Equipe PUCRS Olímpica conta sobre a experiência dos jogos em Paris

Equipe PUCRS Olímpica em Paris durante os Jogos Olímpicos. / Foto: Arquivo pessoal

Em sua terceira edição e após 100 anos da realização dos Jogos Olímpicos em Paris, a Cidade Luz voltou a receber o maior evento esportivo global. Paris, com seu charme histórico e moderno, serviu como pano de fundo para os jogos, oferecendo uma localização icônica que combinou de forma única tradição e inovação. Eventos realizados ao ar livre, próximos a locais emblemáticos como o Stade de France, o Grand Palais e o Champ de Mars, ao lado da Torre Eiffel, aproveitaram a beleza e a arquitetura de Paris. Por outro lado, o uso de estruturas temporárias e a renovação de locais existentes refletem o compromisso da cidade com a sustentabilidade. A Vila Olímpica estava situada em Seine-Saint-Denis, com foco na reutilização de espaços e no legado.

A inovação esteve presente não apenas na Abertura dos Jogos que, pela primeira vez na história, ocorreu fora de um estádio. Novas modalidades como escalada esportiva, skate e surfe, introduzidos nas edições anteriores, continuarão a fazer parte dos Jogos, trazendo um frescor e um apelo para públicos mais jovens. Isto contribuiu também como um foco significativo em promover a diversidade, com esforços para garantir a participação de atletas de diferentes origens e gêneros também merece destaque. A edição de Paris 2024 ficará marcada pela igualdade de gênero, com um número recorde de competidoras femininas e eventos igualmente divididos entre homens e mulheres.

A implementação de tecnologias avançadas para melhorar a experiência dos espectadores, como aplicativos móveis e sistemas de transporte eficientes foi outro aspecto positivo junto aos esforços para garantir que os jogos estivessem acessíveis, com infraestruturas adaptadas para pessoas com deficiência – o que contrastou com a dificuldade de acessibilidade em vários pontos da cidade.

A celebração da cultura local com eventos paralelos destacou a rica herança artística da cidade. Paris 2024 teve uma forte ênfase em eventos culturais, com festivais, exposições e atividades que destacam a rica herança artística e cultural da cidade. Esta é uma retomada importante da chamada Olimpíada Cultural. Em resposta aos desafios globais de segurança, houve uma atenção especial para a segurança dos atletas e espectadores, com estratégias abrangentes de gerenciamento de crises e segurança pública. Estes marcos destacam não apenas as inovações e o charme dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, mas também os desafios e as responsabilidades associadas à realização de um evento desta magnitude.

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A terra natal de Pierre de Coubertin

Pierre de Coubertin, o fundador dos Jogos Olímpicos modernos, tem uma conexão histórica profunda com o evento realizado neste ano. Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 não apenas celebram a cidade natal de Coubertin, mas também refletem muitos dos princípios que ele defendia. O francês foi um educador e historiador fundamental para a revivificação dos Jogos Olímpicos na era moderna. Inspirado pelos Jogos da Antiguidade e pelos ideais de educação física e esportiva, ele acreditava no poder do esporte para promover a paz e a compreensão internacional.

Em 1894, Coubertin fundou o Comitê Olímpico Internacional (COI) e organizou a primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna em Atenas, em 1896. Seu trabalho ajudou a estabelecer as bases para a competição como um evento internacional de destaque. Por ser a cidade natal de Coubertin, a realização dos Jogos Olímpicos de 2024 foi particularmente simbólica. A cidade não apenas homenageia seu legado, mas também reforça a importância histórica dele na história olímpica. Os Jogos de Paris 2024 incorporaram o espírito de unidade e paz que o francês promoveu reunindo mais uma vez atletas de todo o mundo para competir em um espírito de amizade e respeito. Os atores representando Coubertin nas diversas instalações esportivas durante os Jogos foi uma justa homenagem que celebra sua visão e contribuição para o movimento olímpico.

Universidade teve uma representação na França através do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO) da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, formado por diplomados e pesquisadores dos cursos de Educação Física e Psicologias. / Foto: Arquivo pessoal

O Time Brasil nos Jogos

A participação do Brasil em Paris 2024 foi significativa e multifacetada, refletindo tanto as expectativas quanto os desafios para o país nos Jogos. Com um histórico de boas performances em algumas modalidades, especialmente após os Jogos do Rio em 2016, o Brasil enfrentou a pressão para entregar resultados de destaque. Entretanto, questões como a falta de infraestrutura adequada e apoio contínuo acabam impactando a preparação dos atletas e, por consequência, comprometendo alguns resultados.

Como acontece a partir de cada edição dos Jogos Olímpicos, a participação em Paris 2024 certamente inspira jovens atletas e promover o desenvolvimento de novos talentos no Brasil. Mas para um legado mais duradouro dos Jogos, é fundamental retomar investimentos que podem incluir melhorias na infraestrutura esportiva e no sistema de suporte para atletas no Brasil. Isso pode beneficiar não apenas os atletas de elite, mas também aqueles em desenvolvimento e amadores.

PUCRS Olímpica em Paris

Mais uma vez a PUCRS foi Olímpica. Com o objetivo de engajar a comunidade universitária e o público com o evento, foram desenvolvidas uma série de iniciativas celebrando o esporte e os valores olímpicos. A #PUCRSOLÍMPICA representa o entusiasmo e o envolvimento da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul com os Jogos Olímpicos de Paris 2024. 

Ao participar de uma série de eventos como palestras, debates e seminários sobre os Estudos Olímpicos buscou-se também educar e inspirar a comunidade acadêmica. Neste sentido, a Universidade teve uma representação na França através do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO) da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, formado por diplomados e pesquisadores dos cursos de Educação Física e Psicologia. A participação nos eventos acadêmico-científicos na cidade histórica de Besançon, reforça o protagonismo internacional da Universidade no âmbito dos Estudos Olímpicos.

A apresentação das pesquisas realizadas com estudantes e as discussões realizadas com os principais pesquisadores do mundo, foram de grande importância para o processo de internacionalização destacado pela PUCRS. Cada vivência acadêmica, cultural e esportiva, se tornarão inesquecíveis para cada um do grupo. A PUCRS Olímpica buscou não apenas celebrar os Jogos Olímpicos, mas também inspirar e fomentar o interesse pela pesquisa e pelo esporte entre os membros da universidade e a comunidade em geral. O legado pode incluir um aumento no engajamento esportivo e científico, além de uma maior valorização dos princípios olímpicos na vida cotidiana.

Agora é se preparar para Los Angeles 2028… Vamos?

*Texto elaborado pela equipe do PUCRS Olímpica.

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Simone Biles foi uma das principais atletas a levantar a questão da saúde mental no esporte. Foto: Loic Venance/AFP.

A discussão sobre a importância da saúde mental cresce exponencialmente, sendo ampliada para áreas além da psicologia, como o esporte. Nos últimos anos, atletas começaram a falar sobre o tema, trazendo relatos pessoais do impacto nas suas vidas. A estadunidense Simone Biles, da ginástica artística, desistiu de continuar competindo ainda durante os últimos Jogos Olímpicos, em Tóquio.  

Ela fez uma pausa na carreira para cuidar da saúde mental e retornou para o Mundial da modalidade em 2023, que garantiu sua vaga para os Jogos Olímpicos em Paris, trajetória que rendeu uma série documental. Ainda em 2021, quando Simone anunciou a pausa, a tenista japonesa Naomi também falou sobre saúde mental, especificamente sua luta de anos contra a depressão.  

Estes exemplos são importantes para movimentar o mundo do esporte em relação ao psicológico dos atletas. Os esportistas de alto rendimento passam por diversos acompanhamentos físicos, e cada vez mais há também auxílio psicológico profissional, como parte fixa na equipe, assim como fisioterapeutas, nutricionistas e outros especialistas em saúde.  

Ainda é preciso considerar os contextos pessoais dos atletas: a skatista Rayssa Leal, de 16 anos, gerou repercussão ao pedir uma liberação para que sua mãe pudesse acompanhá-la na Vila Olímpica de 2024. Ela disse que a mãe passa uma sensação de segurança e com sua companhia se sente mais forte. Este é um exemplo clássico de impacto na saúde mental, causado por normas técnicas de competições, visto que a liberação para a acompanhante foi negada.  

“Vemos os atletas enfrentarem dificuldades para lidar com as suas emoções e conseguir regular para melhor desempenhar a sua tarefa na modalidade esportiva. Também tem as questões relacionadas à distância familiar, porque isso implica na própria rotina desse atleta. Esses são os principais desafios psicológicos, lidar com as questões da saudade, ansiedade e pressão. Em algumas situações, atletas têm uma dificuldade de lidar com críticas que não são construtivas e isso pode ter repercussão na forma como vai se regular suas emoções”, explica Fernanda Faggiani, psicóloga esportiva e professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida.  

Leia mais: Saiba quais hábitos podem contribuir para o envelhecimento saudável do cérebro 

Outros dois fatores importantes que fazem parte da manutenção da saúde mental são os cuidados com sono e alimentação. É preciso manter uma rotina que tenha descanso e trabalho, mas que incorpore questões de lazer, momentos com a família e amigos. Profissionais ainda ressaltam que é necessário um acompanhamento que considere todos os pontos da saúde de uma pessoa, e nestes casos considerando as peculiaridades de um atleta que vive sob pressão.  

“Assim como a saúde física de um atleta, a saúde mental é fundamental para que ele esteja equilibrado e apto para sua performance esportiva. Isso vai influenciar de forma positiva quando o atleta está saudável mentalmente, possibilitando que ele consiga regular suas emoções e mantenha um foco de atenção naquilo que é relevante na sua prática, e que exigiu longos períodos de treinamento e dedicação exclusiva, como para competir nos Jogos Olímpicos”, reforça a psicóloga esportiva. 

Um dos cuidados para esses atletas em busca de uma medalha olímpica é um acompanhamento das questões emocionais e físicas. Pensando na regulação do sono, da alimentação, no descanso, nas rotinas adequadas e no acompanhamento amplo com o departamento de saúde, além das sessões com um psicólogo.  

A professora ainda ressalta que dependendo da modalidade esportiva também há muitos desafios relacionados a investimento e patrocínio. O que pode causar mais preocupações para os atletas e suas equipes. Principalmente em relação aos atletas paralímpicos, que têm mais dificuldade de reconhecimento na mídia, locais de treinamentos e equipamentos adequados e outros obstáculos.  

Estude Psicologia na PUCRS

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A experiência da doutoranda em Sociologia e Ciência Política Handiara na Alemanha aconteceu pelo Programa de Voluntariado Internacional 

Doutoranda Handiara dos Santos, na cidade do seu voluntariado na Alemanha.  Foto: Handiara dos Santos/Arquivo Pessoal.

O Programa de Voluntariado Educativo Marista PUCRS, promovido pelo Centro da Pastoral e Solidariedade, é uma iniciativa que busca fomentar a formação de cidadãos comprometidos com o cuidado e a promoção da vida. O programa permite que estudantes, professores e colaboradores trabalhem voluntariamente junto à comunidade em diversas frentes. Recentemente o Programa possibilitou que promove que a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política da PUCRS Handiara dos Santos, embarcasse para a sua primeira experiência como voluntária interprovincial, em Mindelheim, no sul da Alemanha.  

Após três meses de uma imersão na Europa, a estudante compartilhou um pouco de suas vivências como primeira voluntária internacional. Desde sua chegada, a jornada tem sido uma mistura de aprendizado, desafios e interessantes experiências na Maristen JugendHaus, uma casa de juventude Marista na Alemanha.  

“Iniciar uma nova caminhada sendo apoiada por pessoas compreensivas e alegres, faz cada desafio se transformar em longas risadas. Por isso, repito frequentemente que estar nesta cidade, neste bairro, vivenciando a vida em comunidade Marista, rodeada de pessoas acolhedoras e agradáveis, é sem dúvida nenhuma a grande diferença nesse caminho. Também faz parte das minhas atribuições como voluntária a participação no Kidsprogram, que trata de atividades quinzenais com crianças de diferentes nacionalidades em situação de refúgio”, complementa Handiara. 

Suas atividades em Mindelheim são variadas: receber os estudantes, ajudar na organização, participar das atividades, dar apoio quando necessário em eventos e divulgação das programações do espaço. A casa de juventude JugendHaus, é um espaço aberto que recebe os jovens do colégio Marista da cidade, um ambiente acolhedor, onde podem ficar durante o intervalo das aulas ou antes do retorno para casa. 

“Todos os dias tenho um novo aprendizado, seja no idioma, na cultura, na forma de fazer as atividades. Sempre conhecendo lugares e pessoas novas, aumentando a participação em tarefas diferentes. A cada dia aqui, é como um dia de um curso sobre a vida. Aprendo, mas também compartilho conhecimento, e isso é infinitamente rico, a troca é o que faz tudo valer a pena”, reforça a doutoranda em Sociologia e Ciência Política.  

Leia ainda: Não haverá futuro sem saúde mental: conheça mais sobre o curso de Psicologia 
Seja um Voluntário! 

A experiência de Handiara na Alemanha, a partir do voluntariado internacional da PUCRS, enriqueceu sua trajetória de vida pessoal e acadêmica. Além disso, com a interculturalidade e pluralidade de vivências, o voluntariado segue ampliando seus horizontes e contribuindo significativamente na construção de um mundo mais fraterno e solidário.  O Centro da Pastoral e Solidariedade abre vagas no início de cada semestre letivo, nos meses de janeiro e agosto, respectivamente. Os requisitos básicos para se tornar parte do programa são:  

Quer conhecer mais sobre o Programa de Voluntariado Internacional? Entre em contato com a Pastoral da PUCRS e-mail: voluntariado@pucrs.br ou WhatsApp: (51) 983350187. A Pastoral fica na sala 224, prédio 15 (Living 360).  

Leia também: Núcleo de Apoio Psicossocial completa 18 anos de cuidados com os alunos  

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Psicólogos/as estão entre os profissionais mais procurados da área da Saúde e complexidades da vida em sociedade fazem com que mercado de trabalho cresça cada vez mais  

Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP) é um dos espaços de prática para os alunos. Foto: Camila Cunha

Eventos que causam diferentes transtornos e sofrimentos psicológicos como a pandemia de Covid-19 e os recorrentes eventos climáticos que afetam severamente moradias e famílias – como a enchente ocorrida no Rio Grande do Sul -, alertam para a urgência do cuidado com a saúde mental. Segundo Cristiano Dal Forno, coordenador do curso de graduação em Psicologia da PUCRS, situações assim, cada vez mais frequentes, além dos desafios coletivos e individuais em uma sociedade cada vez mais complexa, fazem com que o mercado de trabalho na área da saúde cresça constantemente não apenas no Brasil, mas mundialmente.  

Os quadros de sofrimento podem se cronificar, gerando transtornos específicos. Tais condições podem ser ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático, dificuldades de interação social e outros. O apoio psicológico é essencial e não apenas em momentos difíceis, mas constantemente. Por este motivo cada vez mais pessoas buscam profissionais da psicologia optando pela terapia como recurso para cuidar da saúde mental e manter a qualidade de vida. Estes profissionais também têm um importante papel de cuidado com as pessoas em empresas e organizações. 

O curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS é o melhor do Rio Grande do Sul e é reconhecido por incentivar seus estudantes a pesquisarem sobre os temas de seu interesse. A graduação é uma referência na psicologia brasileira por ser o primeiro curso do Brasil, fundado em 1953, antes mesmo da regulamentação da profissão, pela lei 4119/62. 

Seu objetivo principal é formar psicólogos para a atuação em diferentes cenários socioculturais e profissionais, que sejam capazes de compreender as pessoas e suas sujetividades, que se empenhem no desenvolvimento profissional, na atuação ética, na transformação social e na promoção da saúde.  

“A importância da psicologia atualmente diz respeito principalmente à capacidade de acolhimento da singularidade humana, pois é uma ciência bastante dinâmica, que responde diretamente ao fenômeno social. Aqui no curso há um cuidado muito grande para uma permanente inovação curricular, temos uma preocupação de manter o ensino alinhado às demandas do nosso tempo. Oferecemos aos nossos alunos uma ampla experiência nos diferentes campos e abordagens, como, por exemplo, área hospitalar, área escolar, área organizacional, área clínica, nas políticas públicas de saúde, assistência social, educação. Cotidianamente nos empenhamos em ensinar uma conduta ética e alinhada às políticas de direitos humanos”, reforça o coordenador do curso de Psicologia, professor Cristiano Dal Forno.  

As maneiras de atuar nesta área depois de ter conquistado o diploma são várias: prestar consultoria para empresas na área da psicologia, assessoria de projetos que necessitem de avaliação profissional, atuação em clínicas, hospitais e consultórios públicos e privados, empreendedorismo em consultório próprio, além da continuação da vida acadêmica por meio de pesquisa.  

“Eu vejo o curso bem estruturado e me agrada bastante que tenhamos uma quantidade grande de cadeiras vinculadas ao conteúdo de psicologia social. Sobre a preparação para o mercado de trabalho, eu busco fazer muita leitura a respeito das temáticas que chamam mais a minha atenção nas aulas, além de estar sempre atenta às oportunidades de estágio ou bolsas de pesquisa e acho muito legal que também podemos participar de pesquisas em outras escolas, como a de Humanidades. Os professores também são ótimos, assim como os materiais disponibilizados, a organização e os espaços da universidade”, comenta a aluna Rafaela Pich, do 3º semestre. 

Espaços e projetos de aprendizagem para além da sala de aula são um diferencial da PUCRS. Um exemplo é o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), campo de práticas e estágios dos acadêmicos e uma possibilidade de atuar em atendimentos gratuitos à comunidade com a supervisão dos professores. Esse serviço oferece diferentes modalidades de atendimentos e consultorias a pessoas, grupos e instituições à população. Ainda há outros tipos de projetos para os alunos, como o PET Psico e o Grupo de Pesquisa Violência, Vulnerabilidade e Intervenções Clínicas (GPeVVIC), que já publicou muitas cartilhas informativas, como a Identificação e manejo de situações de violência no contexto de desastre no Rio Grande do Sul.  

“Além disso, a graduação está integrada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP), que forma mestres e doutores e que obteve, nas últimas avaliações da CAPES, a nota máxima (7). Significa dizer que é um programa de ponta, que desenvolve pesquisas de ponta na ampla área da psicologia e que oportuniza projetos integrados entre graduação e pós-graduação, em que estudantes da graduação podem se inserir em grupos de pesquisa e participar diretamente de projetos conduzidos por mestrandos e por doutorandos, podendo ter essa experiência de iniciação científica”, comenta o coordenador. 

Diferenciais da Escola e oportunidades de aprendizagem contínua 

O Programa de Pós-Graduação em Psicologia oferece os cursos de Mestrado e Doutorado em três áreas de concentração: Psicologia Clínica, Cognição Humana e Psicologia Social.  Entre as atividades, destacam-se reuniões individuais com o orientador, encontros científicos do PPGP, estágio de docência, seminário interno de pré-qualificação, exame de qualificação, publicação científica, e atividades de inserção social e extensão.   

“O profissional da saúde formado pela PUCRS tem em sua formação integral alinhada a valores que permeiam a solidariedade, a presença significativa, o olhar ampliado aos indivíduos, famílias e comunidades, além de estarem atentos e preparados para atender as demandas da sociedade em diferentes níveis de atenção e complexidade. Temos em muitos cursos da nossa Escola a disciplina de Psicologia e Saúde, que aborda aspectos psicológicos essenciais para o desenvolvimento de cada área profissional. Trata-se ainda de um curso que possui uma trajetória histórica e amplamente reconhecida não só nacionalmente como internacionalmente”, complementa a decana da Escola de Saúde e da Vida, professora Andrea Bandeira.  

Além do mestrado e doutorado, ainda é possível continuar a busca por conhecimento na área de psicologia com uma especialização ou os diversos cursos de certificação da Universidade. Há mais de 25 opções de cursos online na área da psicologia. Também existem as capacitações rápidas, cursos em modalidade presencial, com 9h de duração ao todo, que permitem uma imersão nos assuntos abordados. Ainda há algumas opções de especialização, como: Premus- Saúde da Criança e do Adolescente, Premus – Urgência, Psicologia do Esporte, e outras opções.  

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Em três dias, os alunos de Relações Internacionais e de outros cursos, junto com estudantes de ensino médio, protagonizam atividade prática nos moldes da ONU  

Foto: Giordano Toldo

O curso de Relações Internacionais – ou RI, como também é chamado – da Escola de Humanidades, possui uma estrutura transversal em parceria com a Escola de Direito e a Escola de Negócios e prepara os estudantes para enfrentar desafios em diferentes cenários da área, formando profissionais completos e capacitados. Um dos diferenciais é a Simulação em Relações Internacionais da PUCRS (SimulaRI), evento aberto ao público externo e protagonizado por alunos do curso, construído a partir do Modelo das Nações Unidas (MUN). O evento deste ano aconteceu entre os dias 27 e 29 de junho, no 4° andar do Prédio 50.  

O SimulaRI adota desde o princípio uma forma de debates de Instituições Internacionais e segue as normas e as regras advindas das negociações da ONU. Esse estilo de simulação possibilita que os estudantes de graduação e do ensino médio desenvolvam habilidades importantes para o seu crescimento pessoal e profissional, à medida que são expostos a estilos de debates que exigem um conjunto de habilidades específicas, como pesquisa aprofundada, oratória, argumentação, organização de ideias específicas – que não necessariamente convergem com as do participante.  

“A SimulaRI tipifica aquilo que chamamos de metodologia ativa, constituindo uma prática pedagógica que coloca o estudante enquanto agente ativo do seu conhecimento. É uma oportunidade de o aluno colocar em prática aquilo que aprende em sala de aula, bem como explorar soft skills, como comunicação eficaz, empatia e capacidade de resolver problemas”, explica o Prof. João Jung, coordenador da SimulaRI.  

Nesta terceira edição do evento, há uma organização interna para garantir a reprodução fidedigna de um ambiente diplomático internacional da ONU. A organização conta com uma Comissão Organizadora, um Comitê Histórico Graduação, um Comitê Histórico Ensino Médio, um Comitê Atualidades Graduação, um Comitê Atualidades Ensino Médio, um Comitê Conselho de Segurança das Nações Unidas e ainda uma Diretora Administrativa, com assessores e um Diretor de Imprensa, também assessorado. Também é realizada uma cobertura divertida na rede social X (antigo Twitter).  

Foto: Giordano Toldo

“Na dinâmica do evento, as pessoas representam países ou organizações e eles têm que chegar a uma resolução final, explica a estudante de sétimo semestre de Relações Internacionais e uma das organizadoras do evento, Laura Rizzon Toscan.   

Considerando que, neste ano, o evento conta com seis comitês – alguns deles em língua inglesa – foi necessário um grupo de quase 40 alunos para formar a comissão organizadora que, durante um ano, preparou a SimulaRI. 

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“Esse evento nos proporciona uma visão ampla das várias profissões que a gente pode seguir, como a diplomacia, para quem tem o sonho de trabalhar na ONU. Além disso, é um bom momento para networking e conhecer outras pessoas”, comenta Sofia Corrêa da Silva, estudante do 3º semestre de RI. 

Sofia Corrêa da Silva, estudante do terceiro semestre de Relações Internacionais, no primeiro dia do evento. | Foto: Giordano Toldo.

Outras oportunidades para os estudantes de RI 

Analisar e mediar questões internacionais, atuando perante as transformações políticas, econômicas e sociais do mundo em que vivemos estão entre as principais funções do profissional de Relações Internacionais.  

Há muitos espaços de aprendizagem disponíveis para os estudantes, como laboratórios de informática e centros de pesquisa, como o Centro Brasileiro de Pesquisa em Democracia (CBPD), o PUCRS Data Social, entre outros. Além disso, os estudantes têm a oportunidade de participar de diversas atividades práticas, desde a inserção em grupos de pesquisa até a integração em estruturas como o Serviço de Assessoria em Direitos Humanos para Imigrantes e Refugiados (SADHIR), criado pela Escola de Direito e que também conta com alunos de RI como voluntários.  

Outra possibilidade muito interessante para qualquer aluno da PUCRS, é a Mobilidade Acadêmica, experiência que tem muito para agregar especialmente para os futuros internacionalistas. Estudar no exterior proporciona não apenas a vivência internacional, mas permite que os alunos se coloquem competitivamente no mercado, ao conhecer novas culturas e vivenciar o dia a dia em um novo país.   

“O estudante conta com um eixo de formação interdisciplinar com foco em multiculturalidade. Há ainda a formação aberta e a possibilidade de atribuir uma ênfase ao curso por meio das certificações de estudo a serem eleitas por meio dos 24 créditos de disciplinas eletivas. Também vale mencionar que o estudante pode se beneficiar dos editais do programa de mobilidade acadêmica e cursar parte da sua graduação em uma instituição no exterior”, destaca Teresa Cristina Marques, coordenadora do curso da PUCRS.

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O serviço tem como premissa oferecer assistência aos estudantes de forma multidisciplinar e focada no bem-estar. Foto: Bruno Todeschini

Criado em 2006, o atual Núcleo de Apoio Psicossocial da PUCRS completou 18 anos em 2024. Durante estas quase duas décadas de atuação, o serviço já atendeu mais 21 mil estudantes da Universidade, oferecendo acolhimento através de equipe multiprofissional para questões de saúde mental, vulnerabilidade e outras que afetam a condição humana, impactando e a formação. Além disso, professores, coordenadores e gestores também são assessorados sobre questões que são identificadas nas relações com os estudantes e precisam ser mediadas.  O Núcleo faz parte do Centro de Apoio Discente, espaço que também reúne o Núcleo de Apoio à Aprendizagem e o Núcleo de Apoio à Educação Inclusiva, que em 2023, atendeu 990 estudantes.  

Vivemos tempos difíceis como a pandemia de Covid-19 no início da década e, mais recentemente, as enchentes que afetaram milhares de famílias no Rio Grande do Sul. Todos vivemos o sofrimento coletivo e individual decorrente destas questões que afligem o consciente coletivo. Os impactos que vivemos, seja de forma direta ou indireta nos indicam que os cuidados com a saúde mental são cada vez mais necessários.  Além da ajuda de amigos, colegas, e familiares, é preciso também buscar auxílio profissional e o Núcleo de Apoio Psicossocial se torna um serviço institucional essencial no campus, pensado para seus estudantes e que reflete os valores da Universidade.  

“Os estudantes impactados pelas enchentes estão nos procurando de acordo com as necessidades que estão vivenciando. A demanda pelo apoio para superação de traumas com impactos na saúde emocional e mental, é quase que transversal em todos os acolhimentos feitos.  Todos estamos sendo impactados, direto ou indiretamente pelas enchentes que levaram muito da vida em todas suas manifestações. Precisamos segurar na mão do estudante para que outras “enchentes” não o coloquem em risco”, ressalta o responsável pelo Núcleo, Prof. Chico Kern.  

A comunidade no centro  

O Núcleo de Apoio Psicossocial nasce da proposta da então Pró-reitora de Assuntos Comunitários, Prof. Jacqueline Poersch e sua equipe em 2005. Depois de diálogos, avaliações e mediações junto a Administração Superior, o projeto foi aprovado com rapidez e unanimidade pela Reitoria. Nota-se, então, um propósito coletivo da instituição em construir um espaço seguro para que a comunidade acadêmica pudesse acessar de forma gratuita um serviço de prevenção e acompanhamento da saúde mental, bem como, com os cuidados e proteção da vida em todos os sentidos. 

O Centro de Atenção Psicossocial foi inaugurado no dia 30 de março de 2006 e ficava localizado no espaço interno do Colégio Marista Champagnat. Na abertura do serviço, a equipe era constituída por profissionais de quatro áreas fundamentais para o atendimento das demandas dos estudantes: Serviço Social, Psicologia, Educação e Medicina Psiquiátrica. Em 2019 houve uma reorganização da estrutura e, nessa mudança, o Centro de Atenção Psicossocial passou a se chamar Núcleo de Apoio Psicossocial integrando o Centro de Apoio Discente.  

“O nosso atendimento se pauta no acolhimento, escuta sensível, mediações e acompanhamento. Os encaminhamentos para rede de apoio, sempre que necessários, são feitos mediante avaliação profissional. Para isto, temos uma rede de apoio interna e externa, pública e privada, com a qual contamos sempre que nosso estudante necessita de acompanhamento mais sistemático a longo tempo”, reforça o professor Chico.  

O acolhimento multiprofissional em saúde mental na modalidade individual acontece a partir do acolhimento tendo como referência o agendamento do estudante. Além disso, o trabalho do Núcleo foca também em atividades preventivas integradas às escolas e cursos, tais como:  letramento em saúde mental e bem-estar, encontros grupais temáticos intitulado “Café, saúde mental e bem-estar”, Tô na Universidade, e agora?”, debates, campanhas, orientações nas mídias sociais sobre temas relacionados à saúde mental.  Salienta-se também o trabalho integrado em rede com outras instâncias da Universidade como Mobilidade Acadêmica, PUCRS Carreiras, Prouni, Rede Communitas PROIIN, entre outros. 

Apoio ao/a estudante 

Em seus 18 anos de atuação, o Núcleo de Apoio Psicossocial foi se transformando para melhor atender as demandas trazidas pelos estudantes. Com espaço físico mais apropriado e presente no cotidiano da Universidade, a equipe multidisciplinar, alinhada com o projeto e identidade do Centro de Apoio Discente, atua cada vez mais na perspectiva dos cuidados e proteção da vida dos estudantes. Em toda a sua trajetória, valores como cuidado e proteção da vida em todas suas   dimensões foram e continuam sendo prioridade. O trabalho com os estudantes na perspectiva do cuidado e da permanência vai muito além de simples tarefas, mas se constitui como uma postura e entendimento institucional da formação integral de uma Universidade cada vez mais plural. 

Saiba como buscar atendimento 

O Núcleo de Apoio Psicossocial da PUCRS atende estudantes de segunda à sexta-feira, das 8h às 21h, mediante agendamento pelo e-mail apoio.psicossocial@pucrs.br, pelo telefone (51) 3320-3703 ou diretamente na sala 301 do Centro de Apoio Discente (no 3º andar do Living 360, prédio 15). 

Confira também: Relatório de Sustentabilidade da PUCRS destaca ações de impacto realizadas pela Universidade 

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Estudantes são desafiados a resolver problemas de mercado e do dia a dia por meio do design thinking  

Alunos podem aplicar seus conhecimentos em espaços como o Design Lab. Foto: Giordano Toldo

As redes sociais transformaram a maneira como as pessoas se comunicam pois o fluxo intenso de estímulos exige, cada vez mais, uma comunicação visual atraente e capaz de se conectar com os diferentes públicos. Os modelos de negócios e a forma de consumir estão se transformando de forma acelerada e o impacto das mudanças tecnológicas e humanas é notável. Considerando que quase tudo pode ser feito pela tela de um smartphone, é preciso que os aplicativos sejam de fácil acesso, com um layout intuitivo.  

O Design tem a proposta de melhorar a funcionabilidade e deixar mais bonitas as diferentes interações de pessoas com objetos ou aplicativos. Isso acontece, principalmente a partir de problemas reais, e os alunos do curso de Design da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS são desafiados, durante os quatro anos de curso, a testar e apresentar soluções de design, seja físico ou digital.  

Mais do que nunca, a sociedade precisa de profissionais preparados/as para desenvolver soluções de valor, que impactem as pessoas e o mundo. A Famecos propõe uma formação integrada, multidisciplinar e conectada à lógica do mercado. Os/as estudantes recebem um aprendizado abrangente e estratégico, integrando habilidades de diversas áreas, como comunicação visual, moda, tecnologia, mobiliário, jogos e produtos.   

Confira também: UX Design: como uma pesquisa bem estruturada impacta a experiência do usuário 

Ao ingressar no mercado, o/a profissional de Design terá a oportunidade de atuar em inúmeras áreas, já que a essência do trabalho está nas pessoas e no impacto que as soluções desenvolvidas irão causar na vida e na rotina de alguém. Como designer, é possível oferecer soluções inovadoras para desafios sociais, por exemplo, criando produtos, serviços e ambientes acessíveis para melhorar a qualidade de vida de pessoas e comunidades.  Além de criar identidades visuais corporativas, projetar interfaces para games e dispositivos móveis, o profissional desta área poderá estar apto para editar publicações impressas ou digitais e até mesmo atuar em produtoras de cinema. 

Oportunidade para desenhar o mundo que se sonha   

“O Design é uma forma de pensar o mundo. Muito mais que uma prática focada em atender demandas do mercado e desenvolver produtos, é uma maneira de perceber problemas e identificar os modos e meios de solucioná-los. Em uma sociedade cada vez mais complexa, o design é um importante recurso para compreender como nos relacionamos com o planeta que habitamos e com as coisas que produzimos nele”, reforça o coordenador do curso de Design da Famecos, Fernando Bakos.  

Hoje, independentemente da área do design em que o/a estudante se especializar, o pensamento estratégico, sistêmico e inovador precisa estar presente.  Além disso, a flexibilidade do currículo permite que os/as estudantes enriqueçam a formação com aprendizagens de outros cursos, proporcionando uma experiência de aprendizado ainda mais abrangente. São ofertadas semestralmente disciplinas eletivas como design publicitário, ilustração, social media, comportamento e consumo, além de possibilidades de se matricular também para cursar disciplinas em outras Escolas.  

“O curso nos prepara para o mercado de trabalho botando a gente para trabalhar, mão na massa, em contato direto com clientes reais. Pessoas que não são do design, que não te conhecem e que estão ali avaliando seu trabalho. Acho que me prepara para além da parte técnica, traz metodologias de projeto, de prazos, de saber o que precisa estar pronto e até quando. Isso também é muito importante no mercado de trabalho, né? Ter autogestão. E a gente ainda tem contato direto com profissionais, os nossos professores, que estão no mercado, são atualizados, que têm muita abertura com a gente. Isso é uma coisa muito legal e faz com que eu me sinta pronto para ir para o mercado “, compartilha o aluno e ex-participante do Colab da Famecos, Victor Dutra.  

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Construindo uma base sólida para uma carreira de sucesso   

A Famecos se destaca por seu portfólio rico em cursos de graduação, pós-graduação lato e stricto sensu e extensão, além de estar em um ecossistema completo de inovação que permite a junção de muitas possibilidades em um só lugar. O percurso formativo aberto é uma possibilidade que permite aos/às alunos/as a descoberta das suas principais áreas de interesse, pois oportuniza o ingresso em disciplinas de outros cursos da Escola e uma personalização da formação.   

“O mercado está sempre presente nos cursos da Famecos. Costumamos trazer profissionais para a sala de aula. Hoje, além do professor pesquisador, temos um perfil de professor que é aquele que também está no espaço das práticas profissionais em agências, escritórios de design, consultorias e empresas em geral, vivenciando as rotinas do dia a dia da comunicação, das artes e do design. Assim, o aluno tem uma porta de entrada para o ambiente de trabalho. Já faz seu networking durante as aulas”, destaca a professora e decana da Escola, Rosângela Florczak.  

Em termos de estrutura, a Famecos possui um grande conjunto de laboratórios e estúdios, entre eles: o Design Lab e estúdios de televisão, rádio e fotografia. Além disso, neste primeiro de semestre de 2024, o prédio passou por obras para modernizar o seu saguão, e os estudantes já podem acompanhar a etapa de finalização dos espaços.  

Veja ainda os Curso de Inverno da Famecos

GRADUAÇÃO PRESENCIAL

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Um dos problemas de plásticos microscópicos é que o assunto é mais difícil de ser explicado e acaba sendo, muitas vezes, negligenciado pela população, justamente por não ser visível. / Foto: Giordano Toldo

Com o escoamento da água das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, foi possível ter uma dimensão visual do problema do descarte incorreto de lixo. O plástico causa um impacto negativo expressivo:  por boiar, gera o entupimento de bueiros e de outras entradas de escoamento de esgoto. Mas o problema é ainda mais complexo e afeta outras esferas, porque além do meio urbano, os plásticos também já poluem os oceanos há anos, em velocidade exponencial.  

Os diferentes tipos de plástico estão em praticamente tudo que consumimos, e se apresentam nos mais diversos formatos e cores: nas embalagens, na indústria alimentícia, nos remédios, nos supermercados, nos hospitais, nos brinquedos, nas roupas, nos itens de higiene e cosméticos. Isso tudo, aliado ao descarte incorreto destes materiais, tem contribuído para o acúmulo de plástico no meio ambiente. Nestas condições, por processos naturais, os plásticos são continuamente fragmentados em partículas menores, chamadas de microplásticos (MPs) e nanoplásticos (NPs).   

O professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e líder do Grupo de Pesquisa Toxicologia Celular e Molecular, Mauricio Bogo, explica que um dos problemas de plásticos microscópicos é que o assunto é mais difícil de ser explicado e acaba sendo, muitas vezes, negligenciado pela população, justamente por não ser visível, como as grandes ilhas de lixos no oceano, por exemplo. As redes de drenagem urbana também não possuem equipamentos que conseguiam filtrar os pequenos plásticos contidos em cosméticos e itens de higiene. E estes materiais podem contaminar os ambientes a partir de duas formas, a primária e a secundária.  

“Muitos produtos já são fabricados com nano ou microplásticos, que tem uma função completamente diferentes de poluidora, como algumas tintas. Nós chamamos isso de fonte primária porque esses produtos quando descartados, seja de um jeito ou de outro, eles podem liberar estas partículas no ambiente, mas este tipo de contribuição ainda é pequeno no meio ambiente. A poluição de maior impacto acontece com a origem secundária. Quando macroplásticos são descartados e os diferentes tipos de degradação do material, como exposição solar ou atrito, acontecem, é esperado que uma grande quantidade de fragmentos menores surja com a exposição na natureza”, explica o pesquisador Mauricio.  

Conforme o artigo Micro and nanoplastic toxicity: A review on size, type, source, and test-organism implications publicado por sete pesquisadores da PUCRS e uma da UFRGS, na revista Science of the Total Environment, estes materiais microscópicos são um dos principais problemas ambientais atuais devido à potencial poluição e contaminação. 

Dicas de como agir para descartar menos plástico 

Maneiras de diminuir a produção, consumo e descarte incorreto de plásticos devem ser pensadas e executadas. O professor cita alguns exemplos, mas ressalta que apesar de haver boas ideias, a etapa difícil é a implementação:  

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Docente será reconhecida na 23ª edição do Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital 

Foto: Giordano Toldo.

A professora Soraia Musse, do Programa de PósGraduação em Ciência da Computação (PPGCC) da Escola Politécnica, é a Pesquisadora Homenageada do Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital (SBGames), apoiado pela Comissão Especial de Jogos e Entretenimento Digital (CEJOGOS) da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) deste ano. A edição de 2024 acontece em Manaus, no Amazonas, entre 30 de setembro a 3 de outubro.  

Este é o maior evento acadêmico da América Latina nesta área de jogos e reúne professores, pesquisadores, estudantes e empresários que têm os jogos como objeto de investigação e produto de desenvolvimento. Anualmente são recebidos cerca de mil participantes de diferentes regiões do Brasil e de países como Peru, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, dentre outros. 

“Eu fui uma das pesquisadoras da área de Computação Gráfica que criou esse simpósio e ele cresceu e se tornou um dos maiores na área. Já organizei o SBGames três vezes, inclusive, em 2014, aconteceu no Centro de Eventos da PUCRS. Através do SBGames, criamos a área de jogos entretenimento digital no Brasil, no que tange desenvolvimento científico, e que causa muito impacto na indústria. E sobre a premiação, eu fiquei muito feliz, orgulhosa e privilegiada de ser a terceira pesquisadora brasileira a receber esse prêmio e a primeira mulher”, comemora a professora da Universidade e coordenadora do VHLab, Soraia Musse.  

Sobre a docente  

Possui graduação em Bacharelado em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1990), mestrado em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994), mestrado em Cours Postgrade En Informatique Realité Virtuelle – Ecole Polytechnique Federale de Lausanne (1997), doutorado em Doctorat En Science – Ecole Polytechnique Federale de Lausanne na Suíça (2000) e pós-doutorado na Universidade da Pennsylvannia – USA em 2016.  

Sua pesquisa tem ênfase em Processamento Gráfico, principalmente nos seguintes temas: computação gráfica, agentes sintéticos virtuais, multidões de agentes virtuais, percepção visual e visão computacional. Já publicou mais de 60 artigos em periódicos, sendo vários deles de grande impacto. É a terceira pesquisadora mais citada na área de Simulação de Multidões, e a segunda mais citada na área de Simulação de Pedestres, de acordo com o Google Scholar. Na PUCRS, ela orienta alunos de graduação, mestrado, doutorado e bolsistas de pós-doutorado, coordena o Laboratório de Simulação de Humanos Virtuais (VHLab) e participa de outras estruturas de pesquisa. 

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