Entenda a atuação do mercado na mitigação das alterações do clima 

Desde 1993, a PUCRS mantém o Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza (Pró-Mata). A área em São Francisco de Paula tem mais de 3 mil hectares e, até o momento, já neutralizou mais de 160 mil toneladas de carbono. / Foto: Divulgação/IMA

O planeta está passando por diversas mudanças climáticas que podem ser percebidas no nosso dia a dia. As temperaturas estão mais extremas e ondas de calor cada vez mais elevadas tem se tornado um padrão nos últimos 13 meses, conforme o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C₃S), da União Europeia. No Brasil, as alterações climáticas podem ser observadas nas fortes chuvas no Rio Grande do Sul e na seca no Centro-Oeste, resultadas em parte pelo fenômeno El Ninõ.  

Não é de hoje que se buscam maneiras de amenizar este problema: as Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), por exemplo, acontecem anualmente desde 1995. A COP é um espaço onde diversos países se reúnem para chegar a um acordo sobre a melhor forma de lidar com esta questão. Na COP de 1997, foi estabelecido o Protocolo de Kyoto, e o tratado visava estabelecer um controle da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.  

O coordenador do curso de Pós-Graduação em Crédito de Carbono: projeto e mercado PUCRS, Bruno de Rosso Ribeiro, explica que o crédito de carbono, originado da COP 97, serve como um instrumento financeiro de origem ambiental. Isto é, a sua origem está no desenvolvimento de projetos que cessem ou mitiguem gases de efeito estufa à atmosfera. Nesse sentido, 1 crédito de carbono equivale a 1 tonelada de CO₂ deixada de emitir no meio ambiente. 

“A participação de países nas metas globais de redução de gases de efeito estufa (GEE) ocorre no campo legislativo, por meio de metas próprias e leis que observam as emissões de indústrias e corporações. Continentalmente, por exemplo, a União Europeia, promoveu o The Green Deal, que estabelece um plano de ação para transformar a UE no primeiro continente climaticamente neutro do mundo. Mirando no Brasil, podemos elencar a lei n.° 7907 de 2023, que beneficia empresas e serviços associados a compras de créditos de carbono. A proposta reduz de 5% para 2% a alíquota do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) para operações com créditos de carbono”, explica o docente.  

Não são só os países que levam a pauta a sério. Empresas e instituições de ensino também têm buscado maneiras de mitigar os efeitos das mudanças climáticas. O professor do curso de certificação Mudanças Climáticas e Mercado de Carbono da PUCRS Filipe de Medeiros Albano explica que governos estão criando limites de emissões em mercados compulsórios (usualmente 25.000tCo2e), com severas multas para empresas que ultrapassarem os limites estabelecidos. A prática já é comum em países como Estados Unidos, Canadá, China, Austrália, Europa, entre outros 

“O Brasil está prestes a aprovar o mercado regulado de carbono (PL 182), que vai obrigar as empresas a terem iniciativas para descarbonizar seus processos e também cria a oportunidade de um mercado para venda de créditos de carbono (para empresas que reduzem ou removem emissões dos gases do efeito estufa, as quais poderiam registrar e vender créditos de carbono). Este tipo de mercado fomenta uma descarbonização em nosso planeta”, explica Felipe.  

O professor Bruno explica que nas empresas é possível contabilizar as emissões de GEE por meio de um inventário de emissões que, por meio de métodos validados, indica e quantifica as emissões por setor da companhia. Esta, por sua vez, pode compensar estas emissões através da compra de crédito de carbono no mercado voluntário.  

“O novo projeto de lei regulará nosso mercado e estabelece metas e diretrizes nacionais, aonde grande parte das empresas serão impactadas”, enfatiza Bruno. 

Nas instituições, como é o caso da PUCRS, outras medidas estão sendo tomadas para mitigar esses efeitos. Desde 1993 a Universidade tem essa preocupação e com Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza (Pró-Mata), até o momento, já neutralizou mais de 160 mil toneladas de carbono. A área de preservação ambiental da PUCRS fica localizada em São Francisco de Paula e possui mais de três mil hectares de área preservada. Além de ser reconhecida internacionalmente como um dos 25 hotspots de biodiversidade mundial, a área também é considerada a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Rio Grande do Sul.  

“O Pro-Mata é uma reserva de altíssima qualidade de elementos voltados à pesquisa de flora, fauna e solo. Compreende um importante bioma no Rio Grande do Sul e atende profissionais e pesquisadores na biologia, florestas, engenharias e ciências da natureza. A permanência do estoque de carbono se dá através justamente da preservação florestal e solo, evitando assim, o desmatamento e degradação, conservando rios e solos”, diz Bruno de Rosso Ribeiro 

A Universidade também conta com outras pesquisas e iniciativas que buscam mitigar a crise climática e a potencializar o uso de energias renováveis. A PUCRS é alinhada como os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas para a Agenda 2030, que consiste em um conjunto de programas, ações e diretrizes que orientaram as práticas sustentáveis dos países. Atualmente, a instituição contribui com 15 das 17 ODS. 

O que o futuro nos reserva? 

O mundo passa por mudanças climáticas sem precedentes, e por esse motivo, a busca por profissionais que atendam as novas necessidades do mercado tem se tornado cada vez mais urgente. A certificação em Mudanças Climáticas e Créditos de Carbono da PUCRS é destinada a estudantes de graduação, pós-graduação, empreendedores, e profissionais interessados em ingressar no mercado de certificação e créditos de carbono. O curso de curta duração começa no dia 27 de setembro e está com as inscrições abertas.  

O professor Filipe de Medeiros Albano explica o que as pessoas interessadas podem esperar do curso:  

“Os participantes terão noção sobre as principais práticas sobre o assunto, considerando tópicos como créditos de carbono, mudanças climáticas, gases do efeito estufa, verificação e validação de projetos, mercado regulado e compulsório de carbono no mundo.  Apresentaremos os fundamentos sobre as mudanças climáticas e soluções para mitigação baseadas em gerenciamento de carbono (redução direta/indireta de emissões, tecnologias de carbono negativo).” 

Sempre atenta ao que o mercado precisa, a PUCRS também conta com o curso de Pós-Graduação em Crédito de Carbono: Projeto e Mercado: o primeiro curso de especialização do país destinado à temática. Indicado para profissionais que desejam adquirir conhecimentos avançados e habilidades especializadas sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa e gestão de créditos de carbono, seja nas áreas de energia, florestamento, preservação ou manejo de campo.  

Bruno de Rosso Ribeiro, coordenador da especialização, explica que o curso conta com profissionais de vários segmentos como engenheiros, agrônomos, geólogos, advogados, químicos, corretores de latifúndios e administradores.  

“Estamos observando um movimento multiprofissional que exige atenção aos contratos de serviços, processos de engenharia, conhecimentos da biologia, solo e qualificação de terras. Dominar os campos necessários a este mercado valorizará o profissional do presente e do futuro, para uma área de atuação de lastro mundial que é o ambiental”, finaliza o docente.  

Inscreva-se na certificação

Todo ano, mais de mil estudantes da PUCRS realizam estágio na Unidade de Saúde Vila Fátima  

Todos os anos, passam pelo CEUVF mais de mil estudantes de nove cursos de graduação: Medicina, Enfermagem, Nutrição, Psicologia, Odontologia, Fisioterapia, Serviço Social, Direito e Educação. / Foto: Giordano Toldo

Quando pediu transferência para a PUCRS, Alexandre Rodrigues Dias se sentiu realizado. “Não que a outra universidade não fosse boa, mas aqui encontrei uma estrutura muito melhor para aprender”, diz o estudante do último semestre de Fisioterapia. O elogio não é atribuído apenas à infraestrutura da Universidade, à grade curricular e ao corpo docente. Refere-se também às atividades de extensão, como a do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima (CEUVF) da PUCRS. “Foi uma experiência muito rica e que agregou demais ao meu currículo”, pontua Dias.   

Criado em 1980, o Vila Fátima está localizado no bairro Bom Jesus, próximo ao campus da Universidade. No princípio, tratava-se de uma iniciativa marista de interação e aproximação com a comunidade – uma das mais carentes de Porto Alegre. A ideia era ter um espaço para vivências práticas a partir da realidade e das necessidades da população. E assim aconteceu.  

Hoje, o CEUVF oferece programas de formação profissional, além de mutirões de saúde e de atendimento social aos 9 mil moradores da região – sempre com a contribuição dos estudantes. Parte disso graças à ampliação que marcou os 40 anos do centro. Em 2020, o CEUVF inaugurou a Unidade de Saúde Vila Fátima, vinculada à Prefeitura de Porto Alegre e ao Sistema Único de Saúde (SUS). 

Com a soma dos esforços da equipe da Unidade de Saúde e do centro de ensino, o Vila Fátima se tornou um espaço interdisciplinar e interprofissional referência para os estudantes, que podem vivenciar a realidade do sistema único de saúde e outras organizações e equipamentos sociais.  

“É uma oportunidade ímpar para praticar o que aprendem na graduação”, diz Clarissa Blattner, professora responsável pela Coordenadoria de Ensino-Serviço em Saúde da unidade. Na prática, o ensino ocorre por meio de estágios obrigatórios, práticas assistidas e disciplinas extensionistas. Isso faz com que os alunos aprendam por meio de desafios reais, tornando-se protagonistas da própria aprendizagem, mais qualificados e competitivos. Todos os anos, passam pelo CEUVF mais de mil estudantes de nove cursos de graduação: Medicina, Enfermagem, Nutrição, Psicologia, Odontologia, Fisioterapia, Serviço Social, Direito e Educação.  

Saiba mais: Saiba quais hábitos podem contribuir para o envelhecimento saudável do cérebro

“Eu sinto que esse é o tipo de experiência que me deixa totalmente preparada para o mercado de trabalho”, conta Carolina Briceno, aluna do 9º semestre de Odontologia da PUCRS. 

Durante o estágio no Vila Fátima, dois semestres atrás, ela aprendeu a fazer anamneses mais criteriosas e a mexer no sistema online de agendamento. Também entendeu melhor o funcionamento do SUS e desenvolveu habilidades técnicas importantes.  

“Às vezes, chegavam atendimentos de urgência bastante complexos, que a gente não tinha contato na faculdade. Era muito dinâmico e instrutivo solucionar esses casos com o suporte dos professores”, diz Carolina.  

Além das hard skills, quem passa pelo CEUVF desenvolve as soft skills – habilidades comportamentais e socioemocionais, como empatia, resiliência e colaboração.  

“O centro faz uma conexão poderosa da teoria com a prática, e aproxima os estudantes a diferentes realidades e desafios. Isso permite que eles desenvolvam um cuidado muito mais humanizado”, afirma a professora Andrea Bandeira, decana da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e atual responsável pela gestão dos cursos de graduação que atuam no Vila Fátima. 

A equipe tem 23 profissionais, além da participação de 28 professores. Em 2023, foram 48,7 mil atendimentos. No mesmo ano, a execução de três emendas parlamentares permitiu a aquisição de novas cadeiras odontológicas. O CEUVF também recebeu pintura na parte externa e reformas nas áreas de odontologia e recepção, com ampliação de espaços e melhorias nos equipamentos e climatização dos ambientes. Esses incrementos impactam diretamente a qualidade dos serviços prestados à comunidade da Vila Fátima, aumentando o número de atendimentos e o bem-estar dos pacientes.  

Transformação através do esporte  

As aulas da NBA Basketball School acontecem no Parque Esportivo da PUCRS. / Foto: Alexandre Carvalho/FOTOP

Com base na definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo a qual saúde é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social”, o Parque Esportivo – que integra o Campus da Saúde – busca sempre oferecer as melhores opções para uma vida mais saudável e para o aumento do bem-estar. Uma delas é a Cicclo, plataforma de esporte e educação com valores inspirados no Judô, que traz na sua metodologia princípios como construção, conquista e compartilhamento.  

O método foi desenvolvido pelo medalhista olímpico Flávio Canto e conta com a participação de outros ex-atletas de destaque, como Tande (vôlei), Gabriel Lima (futsal) e Diego Hypólito (ginástica artística). No Parque Esportivo, as aulas de judô infantil são ofertadas para alunos a partir de quatro anos e as de jiu-jítsu a partir de 15 anos de idade, com o professor e atleta olímpico Alex Pombo. 

Mais recentemente, foi inaugurado no espaço o NBA Basketball School, programa de desenvolvimento pessoal através do basquete. O método NBA instrui os jogadores em um ambiente estruturado, focado no desenvolvimento de habilidades e na promoção de valores positivos, como integridade, trabalho em equipe, respeito e determinação. 

O objetivo final do NBA Basketball School é fortalecer a cultura do basquete juvenil, ensinar lições de vida e capacitar jovens atletas para o sucesso dentro e fora da quadra. No Parque Esportivo, o projeto é destinado a meninos e meninas de seis a 17 anos, contando ainda com uma turma exclusiva para adultos. Método NBA busca fortalecer a cultura do esporte, ensinar lições de vida e capacitar os jovens para o sucesso na carreira. 

*Entrevista originalmente publicada na edição 194 da Revista da PUCRS, lançada no mês de março de 2024. A produção foi cocriada com a República Conteúdo e a edição completa está disponível para download neste link.    

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Através da AGM, PUCRS Consulting apoiará cidades atingidas pelas enchentes com projetos de recuperação  

A assinatura foi realizada na quinta-feira, dia 25 de julho. / Foto: Giordano Toldo

A PUCRS, através da PUCRS Consulting, unidade de consultoria para atender organizações públicas e privadas, assinou nesta quinta-feira (25) um termo de parceria com a Associação Gaúcha dos Municípios (AGM) para fornecer apoio aos municípios gaúchos atingidos pelas cheias. 

Na ocasião, estiveram presentes Ir. Manuir Mentges, Vice-Reitor da PUCRS, Eder Henriqson, Decano da Escola de Negócios, Andrea Bandeira, Decana da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Luís Fernando Saraiva, Head da PUCRS Consulting, Olmir Rossi, Presidente da AGM, Dr. Thiago Oberdan de Goes, Assessor Jurídico da AGM, Lieverson Luiz Perin, Diretor jurídico da AGM, Guilherme Fiel, Coordenador Administrativo da AGM, Luiz Carlos Gauto da Silva, Prefeito de Tramandaí e Vice-Presidente da AGM, Marcos Scorsatto, Prefeito de Itapuca e membro da Diretoria da AGM, e Flávio Lammel, Diretor de Operações do BADESUL. 

O apoio da PUCRS Consulting se dará em cinco grandes frentes: projetos para captação de recursos, desenvolvimento econômico, cidades resilientes, infraestrutura e logística e impacto ambiental. A primeira fase será de entendimento da situação do município por meio de uma reunião inicial, coleta de dados e informações, e ainda, geração de um relatório com análises e recomendações. Na segunda etapa é onde acontecerá a elaboração dos projetos.  

“Estamos muito felizes em fechar essa parceria com a AGM para continuar colaborando na reconstrução do nosso estado. Nesta consultoria, após analisarmos os dados e informações de um município, conseguiremos concluir, por exemplo, que a matriz econômica de um município foi severamente atingida, dificultando a recuperação em um curto período. A partir disso, criamos um projeto para recuperar a matriz atual ou para desenvolver uma nova a partir das características da região e do próprio município”, explica Luís Fernando Saraiva, Head da PUCRS Consulting.  

Os municípios que tiverem interesse em participar da consultoria deverão sempre procurar a AGM. O município de Encantado, no Vale do Taquari, foi o primeiro a aderir ao projeto. Neste momento, os consultores estão na primeira fase, fazendo a análise dos dados e informações enviados pelo município a partir de um instrumento específico e desenvolvendo o relatório com recomendações.  

“Esse termo aumenta a entrega de valor e impacto da PUCRS para a sociedade, atuando através de seu braço de consultoria em um momento crucial para o Estado do Rio Grande do Sul”, complementa. 

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Fotos: Giordano Toldo

A competição oferece visibilidade para profissionais falarem sobre suas trajetórias e desafios

Simone Biles foi uma das principais atletas a levantar a questão da saúde mental no esporte. Foto: Loic Venance/AFP.

A discussão sobre a importância da saúde mental cresce exponencialmente, sendo ampliada para áreas além da psicologia, como o esporte. Nos últimos anos, atletas começaram a falar sobre o tema, trazendo relatos pessoais do impacto nas suas vidas. A estadunidense Simone Biles, da ginástica artística, desistiu de continuar competindo ainda durante os últimos Jogos Olímpicos, em Tóquio.  

Ela fez uma pausa na carreira para cuidar da saúde mental e retornou para o Mundial da modalidade em 2023, que garantiu sua vaga para os Jogos Olímpicos em Paris, trajetória que rendeu uma série documental. Ainda em 2021, quando Simone anunciou a pausa, a tenista japonesa Naomi também falou sobre saúde mental, especificamente sua luta de anos contra a depressão.  

Estes exemplos são importantes para movimentar o mundo do esporte em relação ao psicológico dos atletas. Os esportistas de alto rendimento passam por diversos acompanhamentos físicos, e cada vez mais há também auxílio psicológico profissional, como parte fixa na equipe, assim como fisioterapeutas, nutricionistas e outros especialistas em saúde.  

Ainda é preciso considerar os contextos pessoais dos atletas: a skatista Rayssa Leal, de 16 anos, gerou repercussão ao pedir uma liberação para que sua mãe pudesse acompanhá-la na Vila Olímpica de 2024. Ela disse que a mãe passa uma sensação de segurança e com sua companhia se sente mais forte. Este é um exemplo clássico de impacto na saúde mental, causado por normas técnicas de competições, visto que a liberação para a acompanhante foi negada.  

“Vemos os atletas enfrentarem dificuldades para lidar com as suas emoções e conseguir regular para melhor desempenhar a sua tarefa na modalidade esportiva. Também tem as questões relacionadas à distância familiar, porque isso implica na própria rotina desse atleta. Esses são os principais desafios psicológicos, lidar com as questões da saudade, ansiedade e pressão. Em algumas situações, atletas têm uma dificuldade de lidar com críticas que não são construtivas e isso pode ter repercussão na forma como vai se regular suas emoções”, explica Fernanda Faggiani, psicóloga esportiva e professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida.  

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Outros dois fatores importantes que fazem parte da manutenção da saúde mental são os cuidados com sono e alimentação. É preciso manter uma rotina que tenha descanso e trabalho, mas que incorpore questões de lazer, momentos com a família e amigos. Profissionais ainda ressaltam que é necessário um acompanhamento que considere todos os pontos da saúde de uma pessoa, e nestes casos considerando as peculiaridades de um atleta que vive sob pressão.  

“Assim como a saúde física de um atleta, a saúde mental é fundamental para que ele esteja equilibrado e apto para sua performance esportiva. Isso vai influenciar de forma positiva quando o atleta está saudável mentalmente, possibilitando que ele consiga regular suas emoções e mantenha um foco de atenção naquilo que é relevante na sua prática, e que exigiu longos períodos de treinamento e dedicação exclusiva, como para competir nos Jogos Olímpicos”, reforça a psicóloga esportiva. 

Um dos cuidados para esses atletas em busca de uma medalha olímpica é um acompanhamento das questões emocionais e físicas. Pensando na regulação do sono, da alimentação, no descanso, nas rotinas adequadas e no acompanhamento amplo com o departamento de saúde, além das sessões com um psicólogo.  

A professora ainda ressalta que dependendo da modalidade esportiva também há muitos desafios relacionados a investimento e patrocínio. O que pode causar mais preocupações para os atletas e suas equipes. Principalmente em relação aos atletas paralímpicos, que têm mais dificuldade de reconhecimento na mídia, locais de treinamentos e equipamentos adequados e outros obstáculos.  

Veja ainda: PUCRS já está em Paris para os Jogos Olímpicos de 2024 

GRADUAÇÃO PRESENCIAL

Cadastre-se e receba informações sobre formas de ingresso, cursos e muito mais.

As inscrições acontecem, de forma online, entre 23 e 26 de julho  

Em 2024/2 a PUCRS irá ofertar 350 bolsas pelo Prouni. / Foto: Giordano Toldo

Desde 2004, o Programa Universidade para Todos (ProUni), do Governo Federal, garante a estudantes de todo o Brasil a oportunidade de estudar com bolsas integrais e parciais em universidades privadas. A PUCRS adere ao programa desde a sua criação e, para o segundo semestre de 2024, a Universidade irá disponibilizar 350 bolsas integrais de graduação, divididas entre os cursos online e presenciais. As inscrições devem ser feitas pelo site do Ministério da Educação (MEC) até 26 de julho.   

Entre as bolsas disponibilizadas no segundo semestre de 2024, trezentas são para a graduação PUCRS Online, em que estudantes de todo o País podem se inscrever, e 50 são para os cursos presenciais, realizados no Campus da Universidade, em Porto Alegre. Você pode conferir o número de vagas e quais cursos serão ofertados clicando no link.  

Para concorrer a uma bolsa de estudos do ProUni, o/a candidato/a precisa:   

Para que você tire todas as suas dúvidas sobre o ProUni 2024, nós preparamos um guia completo sobre o programa. Confira!   

Como funciona a seleção?   

Após inscritos, os/as candidatos/as são pré-selecionados pela plataforma do MEC e são ranqueados nas duas primeiras chamadas conforme a nota do Enem. O ProUni divide estudantes entre aqueles/as que estudaram em escola pública e aqueles/as que estudaram em escola particular com ou sem bolsa.    

Os/as candidatos/as de escola pública ou particular com bolsa integral tem preferência neste ranqueamento feito pelo MEC, em detrimento daqueles/as que cursaram o ensino médio em escola particular sem bolsa, por exemplo. Nas duas primeiras chamadas, os/as candidatos posicionados no ranqueamento dentro da quantidade de vagas ofertadas são convocados/as a entregar a documentação.    

Por exemplo: se no curso Nutrição existirem cinco vagas, as cinco primeiras pessoas serão convocadas para entregar a documentação e dar prosseguimento ao processo seletivo. Se depois da análise sobrarem, digamos, três vagas, as próximas três são convocadas para entregar na segunda chamada.   Se aprovados/as, os/as estudantes deverão realizar a matrícula de acordo com a orientação enviada após o resultado final da análise de documentos. 

Datas importantes para ficar ligado/a:   

Quem é você durante o processo?   

Para que não haja imprevistos, é importante que você esteja por dentro das nomenclaturas utilizadas no Programa.    

Se você for pré-selecionado/a, verifique a lista de documentação disponível neste link   

Qual o processo para a entrega da documentação?   

Aqui começa o contato com a PUCRS. A entrega da documentação acontece de forma online. Os candidatos pré-selecionados receberão por e-mail um link de acesso para o envio da documentação. O e-mail utilizado será o mesmo cadastrado pelo candidato no ato da inscrição. Serão analisados somente os documentos enviados dentro do prazo estabelecido em Edital pelo Ministério da Educação. A lista de documentação necessária para a comprovação das informações já está disponível em nosso site pucrs.br/prouni   

Ficou com alguma dúvida sobre a documentação? Entre em contato pelos telefones (51) 3353-7974 ou pelo WhatsApp (51) 98443-0788.     

Como saber se você foi aprovado/a?   

As inscrições para o Prouni acontecem, de forma online, entre 23 e 26 de julho. / Foto: Giordano Toldo

É possível confirmar sua situação de pré-selecionado no site do MEC.  Se você foi pré-selecionado, entregou toda a documentação, e seus documentos foram conferidos e deferidos pela Universidade, seu nome vai aparecer na lista de aprovados. Essa lista é divulgada após o término das análises de cada chamada no site do ProUni do Portal da PUCRS.   

Outras dúvidas que você pode ter:  

1) Para ingressar pelo ProUni é preciso fazer a prova do Vestibular?     

Não. O processo seletivo é aberto para candidatos/as de todo o Brasil, sem necessidade de realizar a prova do nosso vestibular. Caso esteja concorrendo para o curso de Ciências Aeronáuticas, verifique os pré-requisitos exigidos na página do curso.  

2) O que acontece se perder o prazo para a entrega de documentos?   

Não serão recebidos documentos após o prazo determinado pelo MEC.  

3) A matrícula será para o mesmo semestre/trimestre em que a bolsa foi concedida?  

Após a aprovação você receberá todas as informações sobre a matrícula. Os aprovados que não puderem fazer matrícula para 2024/2 em função do calendário acadêmico, farão no próximo semestre ou trimestre (online) em que abrir turma no curso.  Os aprovados que não fizerem matrícula no prazo determinado pela PUCRS terão o usufruto da bolsa encerrado.  

4) Serão ofertadas vagas para todos os cursos?  

Os cursos e a quantidade de vagas são definidos semestralmente de acordo com as exigências do MEC. Portanto as ofertas variam a cada semestre.  

5) Posso trocar a bolsa integral para parcial e vice-versa?  

Não. Você participa para o curso e modalidade para o qual se inscreveu.  

6) Caso não seja pré-selecionado nas chamadas, estou automaticamente inscrito na Lista de Espera?  

Não. Você deve manifestar interesse para participar. A data da manifestação de interesse está disponível no Edital do Processo Seletivo ProUni 2024/2.  

7) Onde verifico as datas do Processo Seletivo do Prouni 2024/2?  

Na página oficial do Ministério da Educação.  

8) Onde vejo a nota de corte?   

No momento da inscrição, na página do Ministério da Educação.  

9) Posso trocar de curso após a aprovação?  

No primeiro semestre não é possível. A partir do segundo semestre pode pleitear caso tenha oferta de reopção de curso. Em nossa página divulgamos semestralmente os editais com as possibilidades de trocas internas.  

10) Qual a lista de documentos devo usar para separar os documentos?  

A lista de documentos varia de instituição para instituição. Os documentos exigidos pelo PUCRS para entregar no processo seletivo você encontra na nossa página. Em caso de dúvida, entre em contato conosco pelos canais de atendimento descritos neste mesmo local.  

11) Aprovei em outra IES, posso transferir a bolsa para a PUCRS?  

No momento a PUCRS não está recebendo bolsistas por transferência. Os editais são disponibilizados semestralmente em nossa página.  

Quero mais informações sobre o Prouni na PUCRS 

Projeto de aprendizagem profissional para pessoas com deficiência conta com 30 aprendizes   

Turma da primeira edição do Programa Somar Aprendiz no Campus da PUCRS. / Foto: Giordano Toldo

Desde 2023, a PUCRS tem atuado ativamente para tornar o mercado de trabalho mais plural e inclusivo. Em parceria com o Senac, a Universidade lançou o Somar Aprendiz, programa de aprendizagem profissional para pessoas com deficiência. No início deste ano, uma nova turma deu início à segunda edição do programa e, em dezembro, a primeira edição irá formar 15 alunos/as, que sairão do curso como profissionais capacitados.   

O curso aborda conteúdos sobre o mundo do trabalho, desenvolvimento pessoal e participação social. Com duração de um ano, promove uma formação teórico-profissional, focada no desenvolvimento de habilidades técnicas e pessoais, com aulas teóricas no Senac e aulas práticas na PUCRS.  

Felipe Barrueco Costa, de 40 anos, é um dos aprendizes da primeira turma. Durante as aulas teóricas, demonstrou estar animado e com grande expectativa pelas experiências práticas no Campus da PUCRS: “A área administrativa é a que mais estou gostando de aprender, pois já trabalhei na área. Mesmo sendo o mais maduro da turma, eu sempre estou pronto para aprender”, contou o aprendiz em outubro de 2023. Hoje, Felipe atua na Biblioteca da Universidade junto da facilitadora Sabrina Rosa Vicari. Saiba mais sobre esta e outras histórias de aprendizes do programa. 

Os facilitadores são treinados para entender a realidade de cada aprendiz: necessidades, competências e habilidades são observadas e valorizadas para garantir a inclusão de cada estudante em atividades que eles se identifiquem e se sintam acolhidos. Simone Flores Monteiro, coordenadora de Processos Museais do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS e uma das facilitadoras do projeto, conta que atua próxima do Pedro Henrique da Silva Martini, aprendiz da área de atendimento ao público.  

Pedro Henrique da Silva Martini é aprendiz no Museu da PUCRS, ao lado da facilitadora Simone Flores Monteiro, coordenadora de Processos Museais. / Foto: Arquivo pessoal

“A nossa relação é bem tranquila tanto no que se refere às atividades como no relacionamento diário e integração dele com a equipe. É uma troca, um aprendizado diário da importância do cuidado nas relações. Este é um projeto que diz muito sobre a valorização da vida e está muito relacionado com o que acredito como pessoa e como profissional: estudamos, ensinamos, preservamos e divulgamos a ciência para que a vida das pessoas melhore, para que vivam em harmonia e esse projeto é sobre isso. Vejo a evolução de cada um, eles passam a se sentir mais valorizados, com autonomia e participativos”, comenta Simone. 

Em junho, 50 colaboradores da PUCRS participaram da segunda edição da formação sobre aprendizagem inclusiva e inclusão de pessoas com deficiência intelectual e mental. “O treinamento foi uma oportunidade para aprofundar conceitos como inclusão e diversidade. Tivemos esclarecimentos sobre as realidades, as dificuldades, as expectativas e o quanto a PUCRS pode contribuir para efetivamente fazer a inclusão acontecer”, conta Simone. 

A formação foi ministrada pela área de Sustentabilidade Ambiental e Bem-estar das Pessoas da PUCRS, pelo Programa de Trabalho Educativo da Prefeitura de Porto Alegre, projeto que encaminha e acompanha pessoas com deficiência no mercado de trabalho, e pelo Capacitar, Organização Não Governamental de voluntários que atende pessoas com questões de saúde mental e suas famílias. O encontro de facilitadores ocorre mensalmente e é um espaço de aprendizado para os participantes, onde compartilham as vitórias e os desafios de trabalhar com inclusão. 

Leonardo de Souza Abreu, auxiliar de Laboratório de Informática na Escola de Humanidades, é o facilitador que acompanha de perto a experiência do Matheus Sartori:

“Tento ao máximo conversar para saber o que o Matheus gosta de fazer, para que ele se encaixe em um trabalho legal depois do programa ou até mesmo com uma futura efetivação aqui na PUCRS. Creio que minha participação esteja sendo boa, vejo Matheus evoluindo e acreditamos que cada pessoa tem o seu próprio processo”.  

Leonardo de Souza Abreu, auxiliar de Laboratório de Informática na Escola de Humanidades, é o facilitador que acompanha de perto a experiência do Matheus Sartori / Foto: Arquivo pessoal

Capacitação profissional e promoção da autonomia  

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que, no fim de 2022, apenas 26% das pessoas com deficiência estavam no mercado de trabalho. Entre as pessoas sem deficiência, eram 60%. A pesquisa destacou também a desigualdades na educação: a taxa de analfabetismo é quase cinco vezes maior entre pessoas com deficiência – neste ano, apenas 25% haviam concluído pelo menos o Ensino Médio. O Programa Somar Aprendiz existe, também, para transformar estes números.  

“Estamos muito felizes com o progresso dos aprendizes da primeira turma. Nossos facilitadores (gestores formados para receber os aprendizes na prática) também estão muito orgulhosos por poder contribuir ativamente na formação desses profissionais. Isso prova que a inclusão é uma via de mão dupla, onde todos saem ganhando. O programa Somar Aprendiz está transformando a realidade dos aprendizes e dos demais colaboradores da PUCRS que apoiam o projeto”, destaca Bruna Bernardes, analista de Diversidade e Inclusão da Gerência de Gestão de Pessoas da PUCRS.  

Professor da Universidade já está no local acompanhando as movimentações para o início do maior evento esportivo mundial 

Arena do vôlei de praia está sendo construída embaixo da Torre Eiffel / Foto: REUTERS/Sarah Meyssonnier

Os Jogos Olímpicos acontecem a cada quatro anos, e em 2024, serão sediados em Paris, capital da França, pela terceira vez. O evento ocorre entre 26 de julho e 11 de agosto, com 32 esportes. Os Jogos Paralímpicos começam em 28 de agosto e terminam em 8 de setembro, com competições em 22 modalidades. Para que o país receba mais de 10 mil atletas, de 206 Comitês Olímpicos Nacionais (CONs), é preciso muito planejamento.  

Paris não comporta o público esperado, por isso as cidades de Lille, Vaires-sur-Marne, Marselha, Lyon, Bordeaux, Saint-Étienne, Nice e Nantes também serão palcos de jogos. Apenas na abertura da competição já são esperadas 300 mil pessoas, entre habitantes, membros das comissões, autoridades, atletas e turistas. Para isso, é necessária uma forte mobilização, antecedida por planejamento, para que a experiência do evento seja agradável aos visitantes.  

O professor Luis Henrique Rolim, do curso de Educação Física e membro do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO) da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin, está em Paris para acompanhar de perto os preparativos dos Jogos Olímpicos. O docente ainda compartilha o cotidiano da viagem nas redes sociais.  

“Dá para perceber que tem uma ampla movimentação e preocupação grande em relação à segurança. Como eu estou aqui num período de pré-evento, ainda consigo circular por diversas áreas, mas em breve muitos locais serão bloqueados, com restrição de movimentação das pessoas. A gente ainda vê que tem bastante coisa sendo feita, últimos detalhes, mas a cidade já está respirando o clima do evento. Estamos com uma expectativa grande para fazer uma excelente participação tanto na apresentação das pesquisas quanto na representação da universidade no evento mais importante da área”, compartilha o professor Luis Rolim.  

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Com a expectativa de 300 mil visitantes, a cidade se prepara para oferecer opções de hospedagem, transporte e alimentação, e para isso, é preciso muito planejamento. A professora do curso de Ciência da Computação, pesquisadora nas áreas de simulação de multidões e pedestres e coordenadora do VHLab, Soraia Musse, comenta sobre como ocorre a preparação de um local para receber milhares de pessoas, e garantir a segurança e o deslocamento.  

“É preciso saber os dados de população e turistas recorrentes e somar à população esperada para o evento, além de saber a capacidade do transporte público, para poder ampliar as viagens e comportar os visitantes. Em Paris também se usa muito metrô, bicicletas, patinetes, além da própria locomoção a pé, que é incentivada. Basicamente se usam dados conhecidos da realidade e estimativas baseadas em todas as variáveis possíveis. Existem ferramentas computacionais que fazem essas estimativas e predições de pedestres e multidões”, explica a professora Soraia Musse.   

As obras já estão nas últimas etapas, e a Vila Olímpica já foi divulgada, e foi construída nas áreas de Saint-Denis, Saint Ouen e L’Île-Saint-Denis. Durante os Jogos Olímpicos, mais de 14 mil atletas serão hospedados no local, e nos Jogos Paralímpicos serão 8.000. Ao todo, são 82 prédios, que depois da competição virarão moradia para os parisienses. O Comitê Organizador dos Jogos de Paris ainda teve o objetivo de promover os Jogos Olímpicos mais ecológicos da história, ao reduzir a emissão de carbono do evento, com até mesmo a pretensão de limpar o Rio Sena para a cerimônia de abertura.  

Leia mais: Complexo esportivo de referência e imersão nos Jogos Olímpicos: conheça as oportunidades ao cursar Educação Física 

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A proposta é mapear profissionais e empresas que trabalhem com economia criativa em Porto Alegre 

O lançamento do Observatório de Economia Criativa aconteceu no início do mês de julho. / Foto: SMDET

A Escola de Comunicação, Artes e Design — Famecos e o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) agora fazem parte do Observatório da Economia Criativa, uma iniciativa da Prefeitura de Porto Alegre lançada no mês de julho. O objetivo do projeto é estabelecer uma extensa base de dados sobre o setor da economia criativa, visando conhecer e mapear a identidade criativa da cidade. 

Conheça o site oficial da iniciativa. 

O evento de lançamento ocorreu durante a reunião mensal do Comitê Municipal de Economia Criativa, realizada no Instituto Caldeira no início do mês e contou com a participação da professora Denise Pagnussat da Famecos, que está à frente do projeto por meio do Hub da Indústria Criativa da escola. 

O Observatório foi criado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET) para facilitar conexões entre profissionais e negócios no setor. A plataforma permite o cadastro de dados profissionais, eventos e conexões, além de servir como uma ferramenta de pesquisa que contém informações e indicadores de negócios espalhados por toda a cidade. 

De acordo com Joana de Macedo Braga, Coordenadora de Economia Criativa na SMDET, a PUCRS é fundamental para a qualificação da ferramenta, tornando mais assertiva a comunicação do conteúdo e proporcionando um olhar sobre a melhor forma de expressão dos dados. 

“O papel da Universidade vai além do desenvolvimento; será essencial para a disseminação do mapa e da plataforma junto à comunidade de alunos e profissionais que, com excelência, contribuem para o mercado a cada semestre. A implementação e evolução do Observatório de Economia Criativa poderão, ainda, contribuir para o desenvolvimento dos processos formativos, servindo de fonte para pesquisas com foco no setor criativo,” afirma Joana. 

Além disso, o site do Observatório reserva um espaço dedicado para concentrar informações sobre os negócios afetados pela enchente que atingiu a capital em maio, sendo que 51% das empresas impactadas pela cheia do Guaíba na cidade estão relacionadas à economia criativa. 

Conheça a iniciativa

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Raquel Cossa de Pinho é moçambicana e venceu o Prêmio Alumni PUCRS em 2023 na categoria Saúde  

Raquel ingressou na Universidade em 2005 mediante a uma bolsa de estudos. / Foto: Arquivo pessoal

Formada em Enfermagem na PUCRS, Raquel Maria Violeta Cossa de Pinho (48) ocupa um cargo no alto escalão no Ministério da Saúde de Moçambique: é Ponto Focal da Violência Baseada no Gênero. Presidente do Conselho Jurisdisciplinar na Ordem dos Enfermeiros do país, Raquel nasceu em Maputo, capital do Moçambique, e é a mais velha de quatro irmãos, filha de um enfermeiro e de uma empregada doméstica. Quando criança, mudou-se com a família para a província de Sofala, no distrito de Gorongosa, epicentro da guerra que atingiu a região por 16 anos. 

“Apesar de ser pequena, na época, ainda lembro das vezes em que precisávamos ficar em casa e evitar acender a luz à noite, com medo”, recorda.  

Alguns anos depois, por conta da escalada do conflito, ela e a família voltaram para Maputo. Foi onde se dedicou aos estudos – e conquistou uma bolsa para vir ao Brasil. Nesta entrevista, ela lembra da experiência na PUCRS e explica como a Universidade contribui para o trabalho que desenvolve atualmente. 

O que você fazia antes de estudar na PUCRS? 

Quando voltamos para Maputo, fiz o ensino primário e cursei dança na Escola Nacional por sete anos. Ao terminar o ensino secundário, em 2000, decidi entrar para a área da saúde e fiz um curso técnico de Medicina. Até que, em 2005, através de uma iniciativa dos Irmãos Maristas, fui selecionada para uma bolsa de estudos no curso de Enfermagem da PUCRS. 

Como foi sua experiência na PUCRS? 

Antes de efetivamente começar as aulas, em 2005, tive que fazer um cursinho preparatório para o vestibular do verão. Também frequentei algumas aulas de português na Universidade. Isso me ajudou a ter mais contato com pessoas nativas do Brasil e de outros países. Tive excelentes professoras e colegas. Fiz o meu primeiro estágio nos cuidados intensivos como voluntária no Hospital São Lucas da PUCRS e depois em outros hospitais, como o Fêmina. Isso foi fundamental para meu crescimento pessoal e profissional. 

E depois? 

Eu só voltei para Moçambique depois de terminar o mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), quando me candidatei para trabalhar no Ministério de Saúde. Após ser selecionada, fui colocada no departamento que cuida e normatiza toda atividade assistencial médica e de enfermagem em Moçambique. No entanto, devido à pressão internacional sobre a violência baseada no gênero em meu país, surgiu a oportunidade de abraçar o desafio de trabalhar nesse segmento. 

Em 2022, você e outros membros do Ministério da Saúde de Moçambique visitaram a PUCRS. Como foi? 

A ideia foi conversar com diversas estruturas e profissionais da PUCRS para partilhar experiências sobre abordagens da violência baseada no gênero e encontrar pontos em comum nas iniciativas nesta área. Aprendemos novas formas de abordagem de prevenção e resposta, especialmente na comunidade, além do processo de reintegração de vítimas de violência de gênero. Tudo isso por meio de ocupação nos tempos livres, apoio na educação e atividades profissionalizantes, o que contribui para o desenvolvimento do indivíduo, bem como do próprio país.  

*Texto originalmente publicado na edição 194 da Revista da PUCRS, lançada no mês de março de 2024. A produção foi cocriada com a República Conteúdo e a edição completa está disponível para download neste link.  

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Parte do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos chegou na Capital Francesa no dia 9 de julho 

A poucos dias dos Jogos Olímpicos de Paris, parte do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO) da PUCRS já chegou à Capital Francesa para acompanhar a edição de 2024. “Paris já está em clima olímpico! As instalações esportivas estão quase prontas e tudo está bem-sinalizado para que todos possam encontrá-las facilmente. Com toda a movimentação, a mobilidade urbana está um pouco limitada por conta das medidas de segurança reforçadas, afinal, as arenas estão nos principais pontos turísticos da cidade e a cerimônia de abertura será no Rio Sena, a primeira vez fora de um estádio”, conta Luis Henrique Rolim, professor do curso de Educação Física na Escola de Ciências da Saúde e da Vida e pesquisador do GPEO. 

O restante da equipe, composta por Nelson Todt, coordenador do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, presidente do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin e vice-presidente do International Pierre de Coubertin Committee, Fernanda Faggiani, coordenadora da Especialização em Psicologia do Esporte, e os colaboradores do GPEO, Christian Kern, Laura Neuhaus e William de Oliveira, chega no dia 19 de julho. 

“A participação da PUCRS nos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris representa uma oportunidade ímpar para a Universidade se destacar em uma plataforma global. Ao integrar-se aos Jogos, a PUCRS ganhará visibilidade e reforçará sua reputação internacional, demonstrando seu papel como membro influente e autoridade no cenário olímpico, através do GPEO”, destaca Nelson Todt. 

O Grupo é reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) por integrar a rede de pesquisa em Estudos Olímpicos, oficialmente chancelada pelo Centro de Estudos Olímpicos do Comitê Olímpico Internacional. 

Entre as atividades realizadas pela equipe em Paris, está a participação no 16º International Symposium for Olympic and Paralympic Research, em Besançon – Université Franche-Comté, a participação no 4º International Colloquium of Olympic Studies and Research Centers, em Besançon – Université Franche-Comté e visita à sede do Comitê Olímpico Internacional. 

Enquanto estiver na França, a equipe de pesquisadores da PUCRS está à disposição para contribuir sobre os mais diferentes aspectos que envolvem os Jogos Olímpicos. Conheça os pesquisadores:  

Currículo dos professores da PUCRS e pesquisadores do GPEO: