As inscrições para a nova edição do Programa estão abertas até o dia 15 de outubro
Tatiana é estudante do curso de Administração de Empresas, da Escola de Negócios da PUCRS. / Foto: Giordano Toldo
“Não é só uma bolsa de estudos: é amizade, carinho e compreensão”. É assim que Tatiane Bauermann define o Programa Raízes, projeto que busca tornar o Ensino Superior mais diverso e inclusivo ofertando bolsas de graduação presencial para estudantes pretos, pardos e indígenas da Região Metropolitana de Porto Alegre. A estudante do curso de Administração de Empresas, da Escola de Negócios da PUCRS, é uma das beneficiadas pelo programa. Para ela, além de toda a estrutura física do Campus, o acolhimento que recebeu na Universidade fez toda diferença.
“Está sendo maravilhoso. Qualquer coisa que eu mencione é muito pouco comparado ao que isso representa para mim. A experiência, o conhecimento, a convivência e tudo que a Universidade tem me proporcionado no pouco tempo que estou aqui é muito incrível. Sinto que o mundo se abriu, que as portas que se abriram. O conhecimento, a visão de mundo e forma de enxergar as coisas: sinto que as coisas mudaram desde comecei a estudar aqui”, conta entusiasmada.
Ingressar no Ensino Superior é um sonho compartilhado entre muitos jovens e adultos. No entanto, os obstáculos são maiores para aqueles que se encontram em vulnerabilidade socioeconômica ou que fazem parte de grupos minoritários, como pretos, pardos e indígenas. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, pessoas negras ou pardas, de 25 anos ou mais, estudam, em média, 1,7 anos a menos do que pessoas brancas. A desigualdade também pode ser vista nos povos originários: em 2021, indígenas representavam apenas 0,5% dos estudantes do Ensino Superior no Brasil.
A PUCRS, por meio do Programa Raízes, busca contribuir para a mudança desse cenário. Iniciado no segundo semestre de 2023, o programa já possibilitou a entrada de 19 alunos e alunas na Universidade. Tatiane conta que, após ser aprovada, foi recebida de braços abertos pela Universidade: “a PUCRS direciona, pega o estudante no colo, abraça e se preocupa com o que alunos e alunas precisam”.
“A equipe responsável pelo Programa Raízes é muito solícita com os estudantes. O professor Francisco Kern está sempre em contato comigo para saber como estou. Não tenho palavras para descrever o carinho e atenção que recebemos”, afirma.
Alysson Machado sempre sonhou em cursar Direito e a sua meta era ingressar na graduação da PUCRS. Após anos tentando, foi contemplado pelo Programa Raízes e, hoje, sente que finalmente está realizando um sonho.
Alysson conta que sempre sonhou em estudar Direito na PUCRS. / Foto: Giordano Toldo
“A Escola de Direito da PUCRS é incrível, a imensidão de conhecimento que adquirimos desde o primeiro semestre é algo maravilhoso. Eu estudo à noite e gosto de chegar bem cedo para aproveitar toda a estrutura do Campus. Acho que o mais incrível desse lugar é a biblioteca: são 14 andares e podemos passar o dia inteiro conhecendo, mas obviamente acabo tendo a biblioteca do Direito como meu local preferido. Os professores também são ótimos, quando olho o currículo de cada um eu sinto um orgulho enorme de poder ser estudante deles”, conta Alysson.
Além do ensino de qualidade, a PUCRS oferece um ecossistema completo com tudo que os/as estudantes precisam. Para Susan Ferreira, estudante de Licenciatura em História da Escola de Humanidades, a experiência universitária está sendo fundamental para adquirir um amplo conhecimento na área, além de permitir ter perspectiva para entender o que ela realmente quer para seu futuro.
“Eu conheci muita gente legal aqui e tenho colegas maravilhosos. Estou participando de um grupo chamado Jogai, cujo objetivo é fazer jogos para tornar o ensino da História mais didático e divertido durante aprendizagem. Eu estou aproveitando coisas que a Universidade oferece além do curso, por exemplo, a oficina de violão do PUCRS Cultura – já que eu sempre quis aprender a tocar este instrumento. Outra coisa que me fascinou também foi a possibilidade de os alunos saírem da Universidade poliglotas cursando disciplinas linguísticas. Eu não tinha noção de tudo isso. Saber que a PUCRS oferece apoio psicológico para os estudantes também é muito bacana”, conta Susan.
Susan está estudando Licenciatura em História, na Escola de Humanidades. / Foto: Giordano Toldo
Quando se trata do lado profissional, a Universidade conta com todo o suporte para que estudantes se desenvolvam, seja com o PUCRS Carreiras, ou com oportunidades dentro do Tecnopuc, por exemplo. Tatiane optou por fazer Administração porque sentia afinidade pela área, mas se sentia sem rumo. Na PUCRS, ela sente que conseguiu encontrar o caminho para o seu futuro.
“Eu descobri aqui dentro infinitas possibilidades e que não é necessário esperar os quatro anos da graduação para me inserir no mercado de trabalho. Aqui eu tenho encaminhamento e acolhimento. A PUCRS nos oferece um mundo de possibilidades.”
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Professores interessados podem se inscrever até esta quinta-feira (10)
Inscrições estão abertas e as aulas iniciam nesta quinta-feira (10) / Foto: Envato
Compreender o conceito e a necessidade de uma educação antirracista através dos estudos sobre a desigualdade racial no Brasil é uma necessidade. A Universidade é comprometida com o aprendizado de diversos segmentos da sociedade, sendo a formação de professores um deles. Por isso, a PUCRS lança o curso Educação Antirracista: reflexões para além do senso comum, destinado para professores do ensino particular e público.
O curso pretende gerar reflexões e aprendizados que garantam mais segurança ao professor para a realização de um trabalho realmente antirracista na escola. As aulas iniciam nesta quinta-feira (10), e ocorrem até o final do mês nas quintas-feiras, das 19h às 22h. Interessados podem se inscrever até o dia 10/10.
“Temos uma legislação, a Lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da cultura e história afro-brasileira e africana em todas as escolas do Brasil, desde o ensino fundamental até o ensino médio, posteriormente atualizada na Lei 11.645/08, que inclui também história e culturas indígenas”, reforça o coordenador do curso, Alexandre Guilherme.
Além das profundas reflexões, os cursistas terão acesso a práticas exitosas, implementadas em salas de aula e no âmbito escolar, demonstrando o que está sendo feito, como é possível fazer e quais os resultados. O professor Alexandre Guilherme e a ministrante e doutoranda em Educação, Cristiane dos Santos, tem como objetivo instruir, inspirar e encorajar os educadores a implementar uma prática antirracista em seus locais de trabalho.
“Por vezes, quando faço formações, ouço de educadores o quanto se sentem inseguros para trabalhar as Relações Étnico-raciais na escola. Dito isso, é preciso refletir que, em qualquer discussão racial na escola, mesmo o mais otimista dos professores admite que a Lei nunca foi implementada plenamente. Ainda dependemos, em grande parte, da vontade do professor de trabalhar na perspectiva antirracista”, pontua a ministrante.
O curso ainda aborda questões como o currículo festivo, nome dado ao método de ensino que trata as discussões de diversidade somente em datas celebrativas, como o Dia da Consciência Negra. A ministrante destaca que este formato “pouco contribui para a quebra de estereótipos racistas”.
Colocar essas culturas lado a lado com a cultura eurocêntrica é uma forma mais efetiva de realizar um trabalho antirracista de qualidade nas escolas. Por isso, o curso trata do conceito de ambiência racial para a diversidade, ou seja, que as culturas africana, afro-brasileira e indígena estejam realmente presentes no dia a dia da escola.
“É impossível implementar uma política de educação antirracista na escola sem formação para tal. A desigualdade racial é uma dura realidade que precisa ser enfrentada na sociedade brasileira e a educação está diretamente implicada neste enfrentamento”, ressalta a ministrante.
As inscrições para a nova edição do Programa estão abertas até o dia 15 de outubro
Ana Luiza da Rosa Antunes tem 19 anos e estuda Psicologia na PUCRS. / Foto: Giordano Toldo
Ingressar no ensino superior é o sonho de diversos jovens em todo o Brasil, e ter uma educação de qualidade muitas vezes é a porta de entrada para um futuro melhor. Tornar o ensino superior mais plural e inclusivo é um dos objetivos da PUCRS, e o Programa Raízes contribuiu com essa missão. As inscrições para a nova edição do programa ficam abertas até o dia 15 de outubro. Neste edital, são 40 bolsas disponíveis para pessoas pretas, pardas e indígenas.
Ana Luiza da Rosa Antunes (19) começou a estudar na PUCRS por meio do Programa Raízes. A estudante de Psicologia ficou sabendo da oportunidade através de familiares e conta que o processo de concessão da bolsa foi rápido. Estudante do primeiro semestre, diz estar encantada com as aulas e com os/as professores/as, que estimulam os/as alunos/as a compartilharem suas experiências.
“Minha parte preferida foi ter a primeira aula no laboratório e analisar o comportamento virtual. Foi muito bacana e eu estava ansiosa para iniciar essa análise. Estou ao mesmo tempo animada e ansiosa para os próximos semestres. Me anima muito saber o que virá das próximas aulas”.
Leia mais: Conheça a história de três estudantes que ingressaram na PUCRS por meio do Programa Raízes
A estudante de Jornalismo da PUCRS Luiza Fagundes de Melo também iniciou os estudos na Universidade por meio do Programa Raízes, e, assim como Ana Luiza, está muito animada com as aulas e com o seu curso. Luiza conta que já na sua primeira aula de reportagem e entrevista ficou perplexa com todas as possibilidades que o curso pode proporcionar para ela. E, para além da graduação, a estudante enfatiza o acolhimento que sentiu na Universidade.
“Até agora eu senti que as pessoas são muito queridas, inteligentes e dedicadas fazendo com que tudo se tornasse mais fácil nesse início para mim dentro da Universidade”.
O apoio familiar é muito importante na jornada até a universidade. Pierry Menezes da Silva de 19 anos foi contemplado pelo Programa Raízes e atualmente está no segundo semestre do curo de Educação Física (bacharelado). Ele ficou sabendo do programa através de sua mãe, que cursou Serviço Social na PUCRS. Como ainda está no início do curso, Pierry ainda não se decidiu sobre o que mais gosta, mas certamente a qualidade do ensino o impressionou.
“Eu estava acostumado com outro tipo de ensino na escola e isso para mim foi um diferencial gritante. As aulas são bem puxadas e espero que com o tempo fique mais fácil”, explica o estudante que vê o Programa Raízes como uma forma de transformar seu futuro profissional. “Sem ele eu com certeza não estaria onde eu estou. Jamais teria a qualidade de ensino que eu estou tendo”, finaliza.
Estudante da área da Saúde ingressou na PUCRS através do Programa Raízes/ Foto: Giordano Toldo
A educação tem o poder de transformar vidas e trajetórias. E esse é um dos princípios do Programa Raízes: transformar realidades através de um ensino plural e de qualidade. Para além da alegria de ter conquistado um lugar na PUCRS, Ana Luiza da Rosa Antunes também quer ser um exemplo para outros jovens.
“Foi um impacto muito grande ter conquistado uma bolsa nesta incrível universidade. Aqui vou ter a oportunidade de me formar em uma instituição tão renomada e saber que tenho todo o aprendizado, ensinamento e apoio necessário para a minha formação como psicóloga. E eu também quero ser um exemplo para as pessoas que eu conheço de terem esta oportunidade através do programa oferecido pela PUCRS”, finaliza.
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Interessados/as podem se inscrever até o dia 31 de outubro, exclusivamente online
No compromisso de seguir transformando realidades por meio do conhecimento, a PUCRS lançou uma nova edição do Programa Sementes, iniciativa que visa conectar oportunidades de acesso ao ensino superior a pessoas em situação de vulnerabilidade econômica. Até o dia 31 de outubro, interessados/as podem se inscrever para concorrer a 300 bolsas integrais para os cursos de graduação a distância da PUCRS. As bolsas contemplam os dez cursos da Graduação PUCRS Online:
Para participar é necessário ser brasileiro, residir no Brasil e ter renda familiar mensal per capita bruta de até um salário-mínimo e meio (que hoje equivale a R$ 2.118,00) por integrante do grupo familiar. Abaixo, confira os demais pré-requisitos:
Inscrições:
Análise da Documentação:
Divulgação dos aprovados na análise da documentação
Inscrição no Vestibular 2025/2 da PUCRS
Matrícula
Início das aulas
Você precisa estar com todos os documentos listados no edital em PDF para iniciar a sua inscrição, enviando a documentação junto ao formulário online. Sem eles, você não conseguirá prosseguir na ficha e a mesma será bloqueada para novas tentativas.
Entenda como esse fenômeno se manifesta e como você pode regular os sintomas
As enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul geraram consequências psicológicas em grande parte da população. Foto: Isabelle Rieger.
Ansiedade climática ou ecoansiedade são termos cada vez mais presentes no vocabulário. Eles dizem respeito a uma série de preocupações das pessoas em relação às mudanças climáticas, causando ansiedade. Com eventos devastantes como enchentes, secas e queimadas cada vez mais frequentes, muitos indivíduos sentem uma angústia em relação ao futuro do planeta.
Com a pressão das mudanças climáticas se intensificando, a sociedade enfrenta um desafio duplo: lidar com as consequências físicas do aquecimento global e, simultaneamente, cuidar da saúde mental dos indivíduos afetados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconheceu a ansiedade climática como uma questão de saúde pública, destacando a necessidade de abordar suas implicações psicológicas.
Mas é importante entender que a ansiedade climática não é um transtorno mental formalmente reconhecido nos manuais diagnósticos atuais, como a 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) ou a Revisão de Texto da 5ª Edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR).
Um certo grau de ansiedade em relação às crescentes alterações climáticas que estamos enfrentando é esperado e, em certos aspectos, pode ser algo positivo. A ansiedade em graus moderados pode impulsionar o indivíduo para se engajar em ações sociais e comunitárias. O problema é quando esta ansiedade se torna intensa, paralisante e causa sofrimento e prejuízo no dia a dia.
“Se a pessoa está experienciando preocupações intensas ou mesmo pensamentos obsessivos sobre alterações climáticas, sofrimento emocional, sentimentos de desesperança ou medo exagerado em relação ao futuro, ou até mesmo reações fisiológicas (fadiga, insônia, taquicardia), e percebe que estas reações estão interferindo severamente no seu funcionamento diário, então este é o momento de buscar uma avaliação junto a um profissional de saúde mental”, explica o psicólogo, professor e pesquisador Christian Kristensen.
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Também há algumas estratégias que a própria pessoa pode colocar em prática, como limitar o tempo de exposição às mídias e a redes sociais, manter o foco naqueles aspectos que podemos controlar, como ações cotidianas e decisões de consumo, e cultivar hábitos saudáveis, como atividade física, contato com a natureza, buscar momentos de relaxamento e se manter socialmente ativo.
Se o ativismo ambiental for realizado de uma forma equilibrada, o efeito geral pode ser positivo em termos de redução da ansiedade. Ainda que as ações individuais não possam, por si só, mitigar totalmente as mudanças climáticas, elas podem proporcionar um sentimento de contribuição significativa, especialmente quando combinadas com esforços coletivos. O envolvimento em grupos de ativismo pode ajudar a experienciar um senso de comunidade, de pertencimento a um coletivo com valores semelhantes e pode até mesmo servir como uma forma de apoio emocional.
“O que vemos nas pessoas que estão em sofrimento psicológico nos quadros de ansiedade climática é uma combinação do conhecimento sobre a realidade e as experiências pessoais. Sabemos por pesquisa que a ansiedade climática é mais prevalente entre aqueles com maior consciência sobre o impacto das mudanças climáticas. Mas também está bem estabelecido que a ansiedade pode ser intensificada por experiências pessoais de eventos climáticos, como desastres naturais, que podem gerar impactos diretos na saúde mental”, ressalta o coordenador do Grupo de Pesquisa Cognição, Emoção e Comportamento e do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trauma e Estresse (NEPTE-PUCRS).
Com as mudanças climáticas e eventos extremos, simples dias chuvosos já podem desencadear ansiedade na população. Foto: Isabelle Rieger.
Na perspectiva do trabalho de prevenção à saúde mental e acompanhamento, o Núcleo de Apoio Psicossocial (NAP) do Centro de Apoio Discente da PUCRS promoveu, em agosto, a atividade psicoeducativa intitulada “Café, saúde mental e bem-estar: ansiedade climática e boas práticas de sustentabilidade da Universidade”, voltada para estudantes da PUCRS.
O objetivo da atividade foi aproximar a comunidade universitária desta rede de compromisso social e ampliar conhecimentos sobre temáticas relacionadas à saúde mental no contexto de catástrofes climáticas e ao mesmo tempo, pensarmos a sustentabilidade das pessoas e instituições.
A atividade, realizada em parceria com a PUCRS Carreiras, foi desenvolvida pela psicóloga Prisla Ücker Calvetti, do Núcleo de Apoio Psicossocial, e abordou pontos da ansiedade climática alinhada com as propostas do relatório de sustentabilidade da Universidade.
A psicóloga Ananda Rodrigues, consultora da PUCRS Carreiras, relatou sobre a sua experiência como voluntária durante o período das enchentes no Rio Grande do Sul. A palestrante também abordou o Programa Empregar Tchê, que visou integrar empresas atingidas e oportunidades aos acadêmicos por meio de oferta de estágios e empregabilidade voltadas para a comunidade atingida diretamente pelas enchentes. Esta parceria entre os serviços institucionais, potencializam o propósito do trabalho em rede do Centro de Apoio Discente.
Centro de Apoio Discente:
O manual está disponível para download gratuito
Nessa atualização, o material está organizado em quatro eixo. / Foto: Pexels
O cuidado com o outro, de forma integral, é uma das diretrizes da Rede Marista. E, para par seguimento a um projeto iniciado em 2020 durante a pandemia de Covid-19, a Rede Marista está lançando uma segunda edição, revisada e atualizada, do guia Saúde Mental de Adolescentes e Jovens em Contextos Educativos: Relações de Cuidado Humano, que traz um olhar sobre a dimensão da saúde.
Nessa atualização, o material está organizado em quatro eixos. No primeiro, apresenta uma compreensão integral de saúde e doença. Nos dois blocos seguintes, aborda o tema do suicídio e da autolesão não suicida. Por fim, sensibiliza para a atuação possível de cada indivíduo e instituição na constituição de redes de apoio efetivas.
O guia está mais direcionado a profissionais de espaços educativos, da Educação Básica ao Ensino Superior, mas também contribui com os educadores de espaços não curriculares, como é o caso das famílias, dos Centros Sociais e outros serviços de acolhimento juvenil.
A organização da primeira versão do guia foi liderada pelo Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista, e escrito com o apoio da Assessoria de Proteção à Criança e ao Adolescente da Rede Marista, da Gerência Educacional dos Colégios da Rede Marista e do Núcleo de Apoio Psicossocial da PUCRS.
A nova versão conta com atualização e revisão de Luiz Gustavo Santos Tessaro e Patrícia Espíndola de Lima Teixeira (Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista); coordenação editorial e projeto gráfico (Pedro Goulart Mondini) da Assessoria de Comunicação Institucional e revisão de Irany Dias. Para o especialista técnico Luiz Gustavo Tessaro, a temática da saúde mental é mais atual do que nunca.
“Os adolescentes e jovens enfrentam constantes desafios. Eventos drásticos, como a pandemia e os desastres climáticos recentes ocorridos no Rio Grande do Sul, agravaram um quadro de adoecimento mental que já vinha sendo observado. Assim, é fundamental que os diferentes profissionais que atuam com esse público nos espaços educativos possam se sentir mais instrumentalizados para sua prática”.
Conversar e tratar sobre o assunto com jovens é essencial para a promoção e um desenvolvimento integral mais saudável. Para Giulia De Conto, estudante de Design e estagiária do Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista, falar sobre saúde mental é importante sobretudo pela fase intensa pelo qual esses jovens passam.
“A abordagem da temática representa preocupação com as juventudes, percebendo os diversos obstáculos que vêm enfrentando em seu percurso. Assim, observamos que o autoconhecimento e a compreensão dos problemas são essenciais para evolução dos indivíduos”.
Desenvolver um entendimento sólido sobre saúde mental pode fazer uma grande diferença para aqueles que acompanham jovens. O guia elaborado pela Rede Marista convida os/as leitores/as à uma reflexão pessoal e sugere materiais adicionais e recursos para busca de ajuda.
De acordo com Patrícia Teixeira, coordenadora do Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista, cada um de nós – pais, mães, tios, padrinhos, amigos, profissionais, gestores públicos e privados, cidadãos – precisa se comprometer com a pauta do cuidado emergencial com as jovens gerações.
“Não podemos ficar alheios aos indicadores que revelam a necessidade real de atenção. Todos os jovens possuem o direito constitucional e humano, para o desenvolvimento de uma vida saudável e segura”, sintetiza.
Para ter acesso ao material completo em sua versão digital, faça o download aqui. Para mais informações ou dúvidas, entre em contato com o Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista pelo e-mail: [email protected].
Interessados/as podem se inscrever até o dia 15 de outubro
Dando seguimento às iniciativas de acesso à educação superior, a PUCRS abre hoje as inscrições para a quarta edição Programa Raízes. Nesse novo edital, a iniciativa irá destinar uma bolsa integral de graduação presencial para candidatos/as pretos/as, pardos/as e indígenas em 40 cursos da Universidade.
Podem participar da seleção pessoas que estejam em comprovada situação de vulnerabilidade socioeconômica, que residam em Porto Alegre ou na Região Metropolitana e que tenham realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entre 2020 e 2023. Os/as candidatos/as precisam de uma ter alcançado uma nota igual, ou superior a 600 (seiscentos) pontos, no caso do curso de Medicina, ou 400 (quatrocentos) pontos para os demais cursos e não ter zerado a redação.
Os/as interessados/as também precisam obter aprovação no Vestibular da PUCRS 2025/1 para o respectivo curso pretendido, tendo realizado sua inscrição por meio da Modalidade II (seleção pela nota do Enem).
As inscrições no Programa Raízes permanecem abertas entre os dias 26 de setembro até o dia 15 de outubro exclusivamente neste link. Depois da pré-aprovação da documentação pela comissão de seleção, os/as candidatos/as pré-selecionados precisam se inscrever no Vestibular 2025/1 até o dia 29/10.
O/a candidato/a deverá, de acordo com o cronograma estabelecido, anexar os documentos (em formato digital), no formulário digital durante a inscrição no Programa Raízes. Os documentos são:
A pontuação será resultante da média aritmética dos pontos obtidos nas 4 áreas e na redação, divididos por 5, a saber, (N1+N2+N3+N4+N5)/5. Caso o/a candidato/a inscrito/a não seja identificado/a pelo Inep ou apresente dados incoerentes com os do Inep, sua inscrição na Modalidade II estará automaticamente cancelada.
Porto Alegre, Alvorada, Araricá, Arroio dos Ratos, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Capela de Santana, Charqueadas, Dois Irmãos, Eldorado do Sul, Estância Velha, Esteio, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Igrejinha, Ivoti, Montenegro, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, São Jerônimo, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Viamão, Taquara e Triunfo.
O resultado da renda per capta é a soma dos rendimentos da unidade familiar dividido pelo número de pessoas que a compõe, de modo que o resultado, por pessoa, não exceda a 1 (um) salário-mínimo nacional (R$1.412,00). Considera-se unidade familiar as pessoas residentes no mesmo domicílio mediante comprovação, independente do vínculo ou relação existe entre as pessoas que ali vivem.
Não. O Bolsa Família e/ou auxílio Brasil e Benefício da Prestação Continuada não são considerados componentes da renda familiar.
Curso | Turno |
Administração – Linha de Formação Administração de Empresas | Noite |
Arquitetura e Urbanismo | Tarde e noite |
Biomedicina | Tarde |
Ciência da Computação | Manhã e noite |
Ciências de Dados e Inteligência Artificial | Manhã e noite |
Ciências Aeronáuticas | Variado |
Ciências Biológicas – Bacharelo | Tarde |
Ciências Econômicas – Linha de Formação Economia | Noite |
Comunicação Empresarial | Noite |
Design | Manhã |
Direito | Noite |
Educação Física – Bacharelado | Noite |
Enfermagem | Manhã e tarde |
Engenharia Civil | Noite |
Engenharia de Computação | Manhã e noite |
Engenharia de Energias Renováveis | Noite |
Engenharia de Produção | Noite |
Engenharia de Sotfware | Noite |
Engenharia de Produção | Noite |
Engenharia Mecânica | Noite |
Engenharia Química | Noite |
Escrita Criativa | Trarde |
Farmácia | Tarde |
Filosofia – Bacharelado | Manhã |
Fisioterapia | Manhã e tarde |
Gastronomia | Manhã |
História – Bacharelado | Manhã |
Jornalismo | Noite |
Letras – Lingua Portuguesa | Noite |
Medicina | Variado |
Nutrição | Tarde |
Odontologia | Variado |
Pedagogia – Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental | Noite |
Produção Artística e Cultural | Noite |
Produção Audiovisual | Manhã |
Psicologia | Noite |
Publicidade e Propaganda | Noite |
Relações Internacionais | Manhã |
Sistemas de Informação | Noite |
Teologia | Manhã |
Atenção: As aulas dos cursos assinalados com variado são ministradas pela manhã e/ou tarde e/ou noite, podendo mudar de acordo com o semestre. Portanto, o/a aluno/a deverá ter disponibilidade de horário para cursar disciplinas em qualquer turno.
No caso de indisponibilidade para cursar a graduação na opção de turno e linha de formação indicado pela Universidade, o/a candidato/a será desclassificado/a e o/a suplente será chamado/a.
Não. O Programa Raízes prevê a isenção da matrícula e a concessão de bolsa integral sobre o valor da mensalidade do curso para o qual o/a candidato/a selecionado/a realizou o vestibular.
Atenção: Os custos que o/a candidato/a terá durante o seu percurso formativo na Universidade são de sua responsabilidade, não estando incluídas no programa quaisquer despesas que não, única e exclusivamente, a matrícula e as mensalidades do respectivo curso do candidato beneficiário, dentro do prazo ordinário de conclusão do curso.
A atividade foi realizada em uma parceria entre a área de Gestão de Pessoas e o PUCRS Carreiras
O evento reuniu 30 Pessoas com Deficiência no Living 360. / Foto: Giordano Toldo
Para comemorar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro), a área de Gestão de Pessoas (Gepes), em parceria com o PUCRS Carreiras, realizaram nessa terça-feira (24), um workshop de carreira para colaboradores do Programa Somar. O evento aconteceu no Living (prédio 15) e reuniu 30 Pessoas com Deficiências (PCDs) para uma tarde de conversas sobre carreira e mercado de trabalho. O workshop também contou com a presença de integrantes da Pastoral da PUCRS e de dois intérpretes de libras para tornar o evento ainda mais inclusivo.
Para a analista de Diversidade e Inclusão da Universidade, Bruna Bernardes, além de ser um momento de celebração, o workshop reforçou o comprometimento da Universidade com a inclusão de PCDs no mercado de trabalho. Ela explica que o evento também serviu como uma forma de presentear os colaboradores pensando no desenvolvimento e no protagonismo de carreira para Pessoas Com Deficiência na PUCRS.
“Desde o ano passado, estamos fazendo uma série de ações e projetos voltados para a diversidade e inclusão. E essa iniciativa de fazer um workshop sobre carreiras vai ao encontro de todo o trabalho que estamos construindo dentro do Programa Somar que é a promoção da equidade para PCDs no mercado de trabalho. Com esse workshop conseguimos mostrar alguns caminhos de carreira para nossos colaboradores”.
Eduardo Scienza de Araujo tem 38 anos e trabalha há seis anos na Universidade. Ele conta que começou a trabalhar no Museu da PUCRS e que há quatro anos atua como auxiliar administrativo na Secretaria da Escola de Ciência da Saúde e da Vida, no oitavo andar do prédio 11. Para Eduardo, participar do workshop serviu como uma espécie de guia para a sua carreira.
Eduardo Scienza de Araujo tem 38 anos e trabalha há seis anos na Universidade. / Foto: Pâmela Maidana
“Eu achei bem interessante, principalmente porque abordou as conexões com os Valores Maristas além de falar sobre planejamento de carreira. Gostei muito do workshop e da participação da PUCRS Carreiras, que está aqui tanto para auxiliar o público interno e externo, sendo um norteador para montar e planejar as nossas carreiras. Às vezes não sabemos como, e se sabemos, muitas vezes temos dúvidas sobre o caminho, por isso esse evento foi importante.”
Ana Cecília Petersen, supervisora do PUCRS Carreiras, vê a parceria com a Gepes como um presente e explica que esse workshop foi apenas o começo de uma série de novas atividades e eventos que ainda estão por vir.
“Essa parceria foi criada para promover o protagonismo de carreira desses profissionais. Acreditamos que, ao incentivar nossos colaboradores a assumirem o controle de suas próprias trajetórias, isso irá trazer um impacto positivo não apenas no desenvolvimento individual de cada um, mas também no fortalecimento de um ambiente mais diverso e inclusivo”, finaliza Ana Cecília Petersen.
Para finalizar o evento e estimular ainda mais os colaboradores a assumirem o protagonismo de suas carreiras, foram sorteados 5 vouchers de Consultoria de Carreira com o PUCRS Carreiras. Além disso, foi divulgado um novo benefício exclusivo para os colaboradores do Programa Somar: Consultoria de Carreira gratuita com o PUCRS Carreiras. Os colaboradores podem demonstrar interesse através do e-mail [email protected].
Candidatos selecionados deverão assinar o Termo de Compromisso em data a ser definida pela Instituição Gestora.
Foto: Andrea Piacquadio/Pexels
Já foram selecionados os/as estudantes que serão contemplados pelo edital de ação afirmativa para a concessão de bolsas de estudo e permanência para cursos de graduação e pós-graduação, na modalidade presencial, viabilizadas por meio do Grupo Carrefour.
Os candidatos selecionados deverão assinar o Termo de Compromisso em data a ser definida pela Instituição Gestora. Esse requisito é indispensável para a concessão do benefício e a não assinatura implicará na desclassificação do processo seletivo.
Viabilizadas por meio do Grupo Carrefour, com recursos do Termo de Ajustamento de Conduta, as bolsas têm o objetivo de viabilizar e ampliar o ingresso de pessoas negras em programas de graduação e pós-graduação.
Para os cursos da graduação, o benefício contempla bolsas de permanência, as quais serão depositadas nas contas dos/as estudantes e poderão ser utilizadas para ajudar nos custos de vida. Já nos cursos de pós-graduação (especialização e mestrado), o benefício contempla bolsas permanência, além do custeio integral da mensalidade dos/as estudantes selecionados. Alunos/as beneficiados/as com bolsas Capes ou CNPq não poderão participar do processo de seleção.
Para receber a bolsa, o/a estudante deverá ser aprovado em todas as disciplinas e precisa cumprir a frequência mínima de presença em aulas. Além disso, deverá estar matriculado na instituição entre o primeiro e o penúltimo ano dos cursos; ou no primeiro ano da pós-graduação (mestrado ou especialização), na PUCRS, nos cursos contemplados no edital; ou ainda, ter obtido aprovação no processo seletivo (normal ou complementar) para ingresso no respectivo curso.
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Conhecido como um dos idealizadores do Plano, palestrante relembra o processo de acabar com a hiperinflação e modernizar a economia do país
Pérsio Arida é um dos principais idealizadores do Plano Real. / Foto: Giordano Toldo
A Escola de Negócios da PUCRS realizou, nesta segunda-feira (23), o evento “Negócios em Foco com Pérsio Arida: 30 Anos de Real”, que reuniu estudantes, jornalistas, profissionais e interessados no setor econômico no Salão de Atos da Universidade. A palestra foi ministrada por Pérsio Arida, um dos principais idealizadores do Plano Real, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre 1993-1994, e ex-presidente do Banco Central do Brasil, em 1995.
Considerado um dos maiores economistas do País, Pérsio definiu o Plano Real como “um dos marcos mais significativos da economia brasileira na segunda metade do Século 20″.
“Conhecer o Plano Real é ver o exemplo de um país que pode dar certo. No mês anterior ao lançamento do Plano, a inflação no Brasil era de 45% ao mês. Em janeiro de 1995, caiu para menos de 2% ao mês, sem congelamento de preços ou desemprego. Isso foi um verdadeiro milagre”, afirmou Pérsio, enfatizando a importância da indexação (política de reajuste de preços, salários e aluguéis com base em uma variável de referência) como uma alternativa para combater a inflação.
O economista também abordou a atual sensação de desesperança no Brasil. “Hoje vivemos um momento de incertezas. O interesse pelo Plano Real é maior nos seus 30 anos do que na celebração de 20 ou 10 anos, porque as pessoas sentem que o País não está indo na direção desejada”, analisou.
Durante o evento, houve um espaço para perguntas, onde o economista comentou sobre as iniciativas do Banco Central para modernizar o sistema financeiro, como o Pix. “O Brasil já estava na vanguarda dos pagamentos em 1994 e continua a inovar. O avanço para moedas digitais poderá colocar o País à frente de outros”, disse.
Conjunto de medidas econômicas implementadas no Brasil em 1994 para controlar a hiperinflação que afetava o Brasil desde os anos 80, o Plano Real foi um sucesso ao reduzir drasticamente a inflação e estabilizar a economia, permitindo o crescimento econômico sustentável nos anos seguintes.
A economista Patrícia Palermo, professora da Escola de Negócios da PUCRS, agradeceu o legado que Pérsio deixou para o País e para a sua vida.
“Acredito que a gente não tem na nossa memória algo tão relevante para mudar a vida como foi o Plano real. Meu pai ganhava seu salário em cheque, sempre nas sextas-feiras, depois das 16h. Chegava na segunda, o cheque já tinha desvalorizado. Não existe fato maior de fazer pobres do que a inflação. O plano real trouxe paz para a minha casa! Muito obrigada por isso!”, declarou.
O debate foi mediado pela coordenadora do curso de Ciências Econômicas, Kellen Fraga, e pelo egresso Thiago Freitas. O decano da Escola de Negócios, Éder Henriqson, ressaltou que a presença de Pérsio Arida foi um presente para a comunidade da PUCRS, em especial da Escola de Negócios.
“Ele é um ícone, uma referência de economista no Brasil. Penso que ficou claro para todos como o trabalho de um economista pode impactar a vida de milhares de pessoas. Foi muito inspirador, neste sentido. O Dr. Pérsio trouxe uma aula de história da economia brasileira, sobretudo do Plano Real, o controle da inflação e os impactos no desenvolvimento econômico e social do país. Foi muito bonito ver estudantes que aprendem sobre o trabalho e as teses do Dr. Pérsio, podendo dialogar diretamente com ele, autografar livros, artigos e tirar fotos. Foi um evento acadêmico denso, ao mesmo tempo, simbólico e festivo”, ressaltou.
Pérsio Arida finalizou a palestra reforçando a necessidade de um capital humano qualificado.
“Todo empreendedor tem que ser otimista. O Brasil precisa de empreendedores e eles têm que ter noção de contabilidade e controle de fluxo de caixa. A essência é o capital humano. E, para isso, é preciso investir em qualificação. As pessoas têm que empreender o tempo todo”. E deixou um conselho para quem está nesse ramo: “esteja com pessoas que te apoiem e te acrescentem. Não tenha sócio que fica com medo e vai embora. O importante é você estar com gente boa do lado”.
Fotos: Giordano Toldo