Show será no dia 24 de outubro, no Salão de Atos, às 21h

Artista é compositor, letrista, cantor e escritor brasileiro. Foto: Marcelo Soares.

No dia 24 de outubro, a PUCRS recebe Vitor Ramil para o show de lançamento do novo álbum, Mantra Concreto. A apresentação será às 21h, no Salão de Atos da Universidade. Os ingressos estão à venda no Campus da PUCRS e na plataforma Sympla.  

No novo trabalho, o compositor e intérprete gaúcho reúne 15 músicas criadas por ele para versos do poeta curitibano Paulo Leminski. Além dessas novas canções, o show terá no roteiro grandes sucessos de Vitor que ele considera da mesma família das novidades: Loucos de CaraNão é céuAstronauta líricoFoi no mês que vemTierraA ilusão da casaÀ beça, Estrela Estrela e O velho León e Natália em Coyoacán, esta última também uma parceria com Paulo Leminski, gravada originalmente em Tambong (2000) e agora regravada no novo disco.  

No palco com Vitor Ramil (violões, viola e voz), Alexandre Fonseca (bateria, tablas, percussão e programações) e Edu Martins (baixo sintetizador e baixo acústico). Os dois músicos também dividem com Vitor a produção do álbum MANTRA CONCRETO, colaborando na gravação de quase todas as músicas. Além deles, o disco conta ainda com as participações de Carlos Moscardini (violão), André Gomes (sitar e guitarra), Santiago Vazquez (kalimba), Toninho Horta (guitarra), Vagner Cunha (violino e arranjo), José Milton Vieira (trombone) e Pablo Shinke (violoncelo), os três últimos fazem participação especial no show.  

A iluminação do espetáculo é de Isabel Ramil, a concepção de vídeo e animação de Vini Albernaz e o som de Lauro Maia Pedro Schmitt. O álbum “Mantra Concreto” também foi produzido em CD com uma emblemática capa de Felipe Taborda que remete ao construtivismo e cubo futurismo de Rodchenko e Maiakóvski, cujo conceito gráfico também está em cena. O ano de 2024 marca os 80 anos de nascimento de Paulo Leminski. O show é uma celebração à sua vida e sua obra. Amar o poeta é coisa de minutos, como diz Amar você, um dos singles de Mantra Concreto.

Sobre Vitor Ramil 

Compositor, letrista, cantor e escritor brasileiro, Vitor Ramil é autor de doze álbuns. Suas canções podem ser ouvidas também nas vozes de artistas como Mercedes Sosa, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Fito Paez, Jorge Drexler, Adriana Calcanhoto, Chico César, Lenine e Maria Rita, entre outros intérpretes. Recebeu dois Prêmios da Música Brasileira e venceu o Prêmio Açorianos de Música dezoito vezes. Seu álbum Campos Neutrais teve duas indicações ao Grammy Latino. Em março de 2023, a canção Estrela, Estrela tornou-se tema da novela Amor Perfeito, da TV Globo. Parte de sua obra musical está registrada em dois songbooks, Vitor Ramil – Songbook (2013) e Campos Neutrais (2017). Como escritor e ensaista, publicou as novelas Pequod (1995), Satolep (2008), A primavera da pontuação (2014) e o ensaio A estética do frio – Conferência de Genebra (2004). Seu novo álbum – Mantra Concreto – é todo dedicado à poesia de Paulo Leminski.  

Serviço: 

Vitor Ramil – Show de lançamento do álbum Mantra Concreto  

Data: 24 de outubro (quinta-feira)   

Horário: 21h   

Local: Salão de Atos da PUCRS (Av. Ipiranga, 6681, Prédio 4, Partenon, Porto Alegre).  

Classificação Indicativa: Livre  

Ponto de venda de ingressos sem taxa de conveniência: Campus da PUCRS – Av. Ipiranga, 6681, Saguão do Living 360º, Prédio 15, em frente à PUCRS Store (de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h). Nos dias 03, 04 e 24 de outubro, a venda física de ingressos acontece diretamente na Bilheteria do Salão de Atos da PUCRS, Campus da PUCRS, Prédio 04, a partir das 13h até o horário de início do espetáculo do dia.  

Vendas pelo Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/98696/ 

Obra oferece uma reflexão sobre conexões culturais e mudanças climáticas 

Na foto, os artistas Kelvin Koubik e Laura Lolli, ao lado do professor da PUCRS Luís Henrique Rolim. / Foto: Yota Metaxa

O professor e pesquisador Luís Henrique Rolim foi o produtor do mural “KRONOS”, uma obra de grande impacto visual criada pelo artista Kelvin Koubik com a assistência da artista Laura Lolli, inaugurada em Nea Ionia, Atenas. Com 15 metros de largura por 6,5 metros de altura, o mural foi comissionado pela Embaixada do Brasil em Atenas, em parceria com a Prefeitura de Nea Ionia e a agência Awesome Athens Experience. A obra, instalada no berço dos Jogos Olímpicos, oferece uma profunda reflexão sobre a conexão entre Brasil e Grécia, simbolizando o vínculo entre gerações e a importância de preservar a natureza e as tradições culturais. 

“KRONOS” retrata a passagem do tempo e o legado deixado às futuras gerações. No mural, uma figura feminina experiente, representando a Grécia, caminha ao lado de uma criança, que simboliza o Brasil. A criança carrega uma muda de pau-brasil, gesto que reforça a importância de preservar as florestas e respeitar o meio ambiente. A faixa marrom na parte inferior do mural faz referência ao nível das águas durante as enchentes que afetaram Porto Alegre, cidade natal de Luís Henrique Rolim e Kelvin Koubik, refletindo os impactos visíveis das mudanças climáticas. 

“A produção do mural ‘KRONOS’ foi uma experiência única, conectando Brasil e Grécia em uma obra de grande escala. Ao unir essas duas culturas, pudemos destacar questões urgentes como a importância do diálogo intercultural e a preservação ambiental para as futuras gerações,” afirma o professor da PUCRS. 

O nome “KRONOS” é derivado de “Chronos”, a palavra grega para “tempo”. A letra “K” também se conecta à palavra grega “Kosmos”, que significa “pessoas”, enfatizando ainda mais as relações humanas no cerne da obra. Além disso, “KRO-NOS” destaca o coletivo “NOS” — simbolizando a união das pessoas ao longo do tempo. 

Inauguração e colaborações internacionais 

A inauguração de “KRONOS” ocorreu durante o festival cultural “Dias Jônicos”, que celebra a rica herança histórica e cultural de Nea Ionia. Estiveram presentes o embaixador do Brasil, Paulo Roberto Caminha de Castilhos França, e o prefeito de Nea Ionia, Panaiotis Manouris. O mural se tornou um marco na cidade, atraindo a atenção de moradores e visitantes e consolidando-se como um símbolo de colaboração intercultural entre Brasil e Grécia. 

Luis Henrique Rolim já colaborou anteriormente com Kelvin Koubik em projetos internacionais. Em 2022, ambos trabalharam no mural “Borderless”, no Catar, durante a Copa do Mundo de Futebol; e em 2023, uniram forças para criar um mural em homenagem à ex-ginasta Daiane dos Santos, em Porto Alegre. Além disso, o artista gaúcho foi responsável pela pintura do mural na parte leste do Prédio 6, em frente à Rua da Cultura da PUCRS. 

Com ingressos esgotados, apresentação aconteceu no Salão de Atos. Mérito Cultural, que está em sua sétima edição, homenageia personalidades do meio artístico e faz parte do calendário institucional da Universidade

A celebração aconteceu no dia 3 de outubro, no Salão de Atos da Universidade. / Foto: Giordano Toldo

“Quem está aqui?”, pergunta Tony Ramos. “Quem não está aqui?”, questiona Denise Fraga. Essas perguntas abrem a peça O que só sabemos juntos, espetáculo que lotou o Salão de Atos da PUCRS, nesta quinta-feira (3). A apresentação fez parte da cerimônia de entrega do Mérito Cultural a Tony Ramos, artista com mais de 60 anos de carreira e 144 personagens em passagens pelo teatro, televisão e cinema. 

A honraria, que está na sétima edição, simboliza o reconhecimento da PUCRS a uma personalidade do meio artístico. Com discurso emocionante, o reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, descreveu a importância da carreira de Tony Ramos para a cultura brasileira e destacou o seu talento, dedicação e versatilidade. 

“Desde os seus primeiros papéis, ainda jovem, até os personagens mais complexos e icônicos de sua trajetória, Tony, você toca com sua humanidade e com sua capacidade de viver tantas vidas e emoções. Essa sua verdade nos aquece o coração e de algum modo faz parte de nossas vidas”, disse. 

Ao receber a honraria, Tony não escondeu a emoção, deixando nítida a felicidade em estar ali. “Para mim, a maior emoção é receber essa homenagem com a roupa do meu ofício e em um tablado, este lugar que nós, atores, sempre sonhamos em estar. Estou muito feliz e emocionado”, declarou.  

Afinal, o que só sabemos juntos? 

O espetáculo começou antes de começar: Tony e Denise transitam entre o público, enquanto as pessoas buscam seus lugares no teatro. Eles conversam, escutam histórias e olham atentamente nos olhos de cada um. Quando os artistas sobem ao palco, percebemos que essas histórias se tornaram parte do roteiro.  

O que só sabemos juntos se propõe a ser uma experiência singular, autêntica e genuína, algo criado em conjunto entre os dois artistas e a plateia. Uma peça que mistura memórias e sonhos, conquistas e expectativas, experiências reais e todas aquelas que ficaram apenas na imaginação. Enquanto Tony e Denise contam uma história, somos convidados a criarmos as nossas.  

O sentimento de angústia se espalha pela plateia durante as passagens mais densas, em cenas sobre crise climática e feminicídio. O texto também é certeiro ao escancarar o desgaste das relações e os impactos do “ouvir sem escutar” e do “olhar sem ver”. São as questões sociais e interpessoais levantadas pela peça que nos revelam aquilo que podemos aprender juntos, ampliando nossos olhares e nos solidarizando na escuta. 

A sinergia dos dois atores é encantadora. Em uma dinâmica que une dança, música e muita interação com o público, a dupla de atores entrega um verdadeiro show de atuação, desencadeando risos, lágrimas, dúvidas e a certeza de que vale sair de casa (ou do seu lugar preferido) para valorizar a arte.  

“Talvez uma das mais marcantes características de nosso homenageado seja sua fidelidade a si mesmo, aos seus valores, o que lhe permite ter atitudes diante da vida, para além dos palcos e das telas, que nos inspiram, como seu senso de justiça, ética e generosidade. A sua humildade, Tony, faz com que você se mantenha muito próximo de nós, sua plateia, sua gente”, ressaltou Ir. Evilázio. 

Sobre a peça

O que só sabemos juntos se pretende um espetáculo-festa-despertador, uma mola propulsora que tira o espectador da apatia, de sua tela e o convoca a experimentar, no aqui e agora, emoções, ações e, principalmente, entender que todos dependemos uns dos outros tanto durante a peça, como na vida.  

Denise e Tony são dois dos mais célebres e reconhecidos atores do Brasil: ambos são conhecidos por sua consciência cidadã e sua necessidade de dialogarem com temas urgentes da vida, do país e do mundo. Junto aos dois atores, sobem ao palco uma banda de cinco artistas mulheres (Ana Rodrigues, Clara Bastos, Priscila Brigante, Vanessa Larissa e Taís Cavalcanti), sob a direção de Luiz Villaça.️ Angela Russo e Luiz Dinarte, do coletivo Para Todos, fizeram a interpretação em libras. 

Sobre o Mérito Cultural PUCRS  

O Mérito Cultural PUCRS integra o Estatuto e Regimento Geral da Universidade e está inserido nas diversas ações que buscam transformar a instituição em um polo cultural. A pessoa homenageada é alguém que tenha transformado a sua vida artística numa trajetória de defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação.  

Fernanda Montenegro, Maria Bethânia, Lima Duarte, Alcione, Alceu Valença e Martinho da Vila receberam a homenagem nos anos anteriores.  

Programação destacará obras de estudantes, egressos e professores ligados aos cursos da Universidade 

O evento é gratuito e aberto ao público. / Foto: Divulgação

O saguão da Escola de Humanidades de PUCRS (prédio 9) vai se encher de livros nos dias 21 e 22 de agosto, das 15h30 às 19h30, durante a 3ª edição da Feira do Livro da Escrita Criativa (3ª FLEC). Promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL), o evento busca valorizar a produção literária de estudantes, egressos/as, professores/as e que tenham vínculo, atual ou passado, com cursos de graduação, mestrado ou doutorado em Letras e Escrita Criativa da Universidade.  

Durante os dois dias, a comunidade acadêmica e visitantes poderão conferir as obras de mais de 25 escritores e escritoras, que estarão presentes comercializando e autografando seus livros. Serão vendidos livros de poesia, romance, contos, crônicas, fantasia, horror, literatura infantil e juvenil e entre outros. Além da presença de algumas editoras, estão previstas também alguns lançamentos literários.  

Uma novidade deste ano é que escritores/as com obras expostas estarão presentes no evento para autografar seus livros e conversar sobre o seu processo criativo. A organização da 3ª FLEC é das doutorandas em Escrita Criativa Maristela Scheuer Deves e Renata Wolff, com coordenação da professora Regina Kohlrausch. 

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Tradição na formação de escritoras e escritores 

A PUCRS é a casa da mais antiga oficina de criação literária em atividade no Brasil, pela qual já passaram centenas de escritoras e escritores de grande projeção atualmente. É, também, pioneira em oferecer mestrado e doutorado em Escrita Criativa, dentro do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL /PUCRS), além de abrigar, desde 2016, o curso de graduação nessa área.  

Como salientam as organizadoras da FLEC, boa parte das alunas e alunos já ingressam nos cursos com obras publicadas, ou publicam durante e após o curso, conquistando leitores e premiações, as quais atestam a qualidade dessa produção. Foi pensando nisso que surgiu a Feira, a qual quer possibilitar um contato direto entre a comunidade acadêmica com colegas que estão produzindo literatura. Além de tornar as obras dos participantes mais conhecidas, a FLEC quer trazer exemplos aos atuais discentes que aspiram a uma carreira literária, mostrando que essa meta é factível, e oportunizar a quem estuda e se prepara para lecionar (ou já o faz) terá contato com obras contemporâneas.  

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Inscrições de autores 

Estudantes, egressos e professores ligados ao PPGL/PUCRS ou às graduações em Letras e Escrita Criativa da instituição que tenham livros físicos publicados e queiram participar da 3ª FLEC ainda podem se inscrever pelo link. Também será possível fazer a inscrição na hora, no próprio evento. Mais informações pelo e-mail [email protected]

Serviço 

Edital foi criado para ampliar a integração entre ensino, prática e produção cultural 

Com o objetivo de dar espaço para artistas de Porto Alegre e Região Metropolitana, o Hub da Indústria Criativa da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos e o Instituto de Cultura da PUCRS lançaram o projeto Ressoa Música. O edital, que está com inscrições abertas de 1º a 19 de agosto, visa selecionar projetos musicais para apresentações no Campus da PUCRS. Três projetos serão selecionados, e os shows acontecem nos meses de setembro a novembro. As apresentações são gratuitas 

Um dos principais objetivos do Ressoa Música é criar um espaço físico e virtual para que a comunidade conheça outros artistas da música gaúcha. Além de selecionar projetos musicais locais para apresentações no Campus da PUCRS, os laboratórios da Famecos vão produzir conteúdo em áudio, vídeo e imagem sobre os projetos musicais apresentados. A primeira apresentação acontece no dia 14 de agosto, às 18h20, com a artista Izmália, que fará um o pocket show de abertura cantando Rita Lee. Os artistas das edições seguintes, de setembro a novembro, serão selecionados pelo edital do projeto. 

“Da PUCRS para o mundo: a música ressoa em novos artistas, novos sons e na mistura cultural que queremos promover” diz Raul Krebs, professor da Escola de Comunicação Artes e Design da PUCRS.  

O resultado com os projetos selecionados que se apresentarão nos meses de setembro, outubro e novembro será divulgado nas redes sociais e sites da PUCRS Cultura e da Famecos até o dia 23 de agosto de 2024.  

Confira o edital completo

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Uma nova língua abre caminhos para novas possibilidades  

O jogador da seleção masculina de vôlei Yoandy Leal nasceu em Cuba e joga pelo Brasil desde 2019. Foto: Olympics/Divulgação/Buda Mendes/Getty Images

Aprender novos idiomas pode expandir as possibilidades de uma pessoa. Seja para conquistar um novo emprego ou para realizar o sonhado intercâmbio, saber como se comunicar em outra língua vai além da fluência: é uma forma de também conhecer uma nova cultura. Os Jogos Olímpicos são um grande exemplo onde a língua e cultura se encontram.  

Embora o francês e o inglês sejam as línguas oficiais dos jogos, o evento permite que atletas, comissão e outras pessoas envolvidas nas competições tenham contato com outros idiomas e culturas. E esse contato às vezes acontece antes dos jogos, dentro das equipes. Um exemplo disso é o jogador da seleção masculina de vôlei Yoandy Leal que nasceu em Cuba e joga pelo Brasil desde 2019.

Mas, como podemos aprender um novo idioma? Conversamos com a coordenadora do curso de Letras-Inglês da Escola de Humanidades da PUCRS, Aline Fay, e com a professora de Francês Maria Elizabeth Schneider para entender a importância da comunicação em outros idiomas. Confira! 

Antes de tudo: estude de maneira eficaz  

Aprender um idioma amplia nossas possibilidades de conhecer outras referências e de nos conectarmos com pessoas de outras nacionalidades e culturas. Nos Jogos Olímpicos, se você é atleta ou se faz parte do público, se comunicar com clareza é essencial para viver uma experiência positiva. Para a professora Aline Fay, uma das formas mais eficientes e eficazes de se aprender um idioma é através de um ensino sistemático e contínuo. 

“O ideal é investir em cursos de idiomas, presenciais ou online- síncronos, com professores com graduação em Letras, que além da proficiência no idioma, são preparados didaticamente para ensinar uma língua adicional”, explica a docente.  

Superando as dificuldades de uma nova língua  

Estudar uma nova língua pode ser um grande desafio. Ambas as professoras explicam que uma das maiores dificuldades de falantes do português é a pronúncia no francês. Aline Fay esclarece que se ambientar com o alfabeto e a pronúncia das palavras no idioma constitui um dos primeiros passos para aprender francês. Se o objetivo do/a estudante é se comunicar efetivamente em francês, é crucial expandir o vocabulário.  

“Aprender palavras e frases comuns do dia a dia e, gradualmente, adicionar novas expressões ao seu repertório pode ajudar bastante. A gramática pode ser um desafio para os iniciantes em língua francesa, mas ela deve ser entendida como parte importante para o domínio do idioma. Entender os fundamentos da gramática francesa, como artigos, substantivos, verbos, pronomes e adjetivos, é essencial para construir uma base sólida no aprendizado da língua”, elucida Aline.  

Fluência e proficiência na língua: tem diferença? 

Depois de iniciar os estudos em um novo idioma, o nosso próximo pensamento é como tirar aquele conhecimento do papel. Mas como atingir esse objetivo? Antes de tudo, a professora de francês Maria Elizabeth Schneider explica que ser fluente e possuir proficiência são duas competências distintas. A docente enfatiza que uma das principais diferenças entre fluência e proficiência é que o primeiro é referente às habilidades para se comunicar com fluidez em um idioma – capacidade fundamental para vivenciar megaeventos em outros países, como os Jogos Olímpicos. Aqui, o que vale mais é a espontaneidade, inclusive, para entender gírias e expressões típicas de pessoas nativas. 

“Ser fluente tem a ver com a habilidade de se comunicar de forma fluida e natural em situações cotidianas, com um bom domínio do vocabulário e gramática. Uma pessoa fluente é capaz de se expressar com facilidade e compreender a maioria das conversas”, exemplifica.  

Já na proficiência, o indivíduo pode não entender a espontaneidade da comunicação das pessoas nativas, mas, ainda assim, consegue se comunicar. Isso acontece graças aos conhecimentos mais técnicos adquiridos no aprendizado do idioma. 

“Desse modo, a fluência é requerida em situações nas quais o indivíduo precisa se comunicar naturalmente, como em viagens e no atendimento ao público. Por outro lado, a proficiência no idioma é solicitada em ambientes acadêmicos e corporativos devido à necessidade do domínio das estruturas gramaticais e linguísticas.” 

Os níveis de proficiência são medidos em: A1 (básico iniciante); A2 (básico intermediário); B1 (falante independente básico); B2 (falante independente avançado); C1 (proficiente avançado) e C2 (domínio pleno). A professora Maria Elizabeth Schneider explica que o nível A2, correspondente ao pré-intermediário, pode ser o suficiente para se comunicar em um local de outro idioma.  

“Os/as estudantes desse nível de proficiência já sabem falar de forma básica em situações comuns da viagem, como pedir comida em um restaurante, fazer compras em uma loja e solicitar orientações na rua. Com o conhecimento pré-intermediário, é possível se comunicar em outro país para fins básicos, pois os alunos nesse nível já possuem uma noção de palavras mais utilizadas no vocabulário.” 

Além da sala de aula  

Para além do aprendizado por escrito, o contato constante com a nova língua estudada, como ouvir músicas, assistir a filmes e séries, e praticar conversações com nativos, é fundamental para enriquecer suas habilidades de compreensão e expressão oral. A professora Aline Fay lembra que existem diversos recursos disponíveis que podem auxiliar no aprendizado de idiomas, como aplicativos, aulas online e podcasts.  

“Explorar essas diferentes ferramentas pode ser extremamente positivo no aprendizado para além da sala de aula. Além disso, é essencial manter uma atitude positiva e persistente, mesmo diante das dificuldades. A confiança no processo de aprendizado e a disposição para cometer erros e aprender com eles são elementos-chave para superar os desafios e progredir no domínio da nova língua”, sintetiza.  

Leia também: 6 séries disponíveis em serviços de streaming para praticar idiomas 

Estude Idiomas na PUCRS  

Ficou com vontade de aprender um novo idioma? Além do inglês e do francês, a PUCRS, através do Centro de Idiomas – Lexis, também oferece aulas em alemão, chinês (mandarim), coreano, espanhol, italiano, japonês e russo. Os encontros acontecem no formato presencial ou ao vivo com professores altamente capacitados. As inscrições estão abertas e as aulas começam no dia 7 de agosto. 

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Conservar e dar acesso a documentos e artefatos históricos é importante para a sociedade compreender o passado e projetar o futuro  

Em 2023, Martinho da Vila foi homenageado com o Mérito Cultural na PUCRS. / Foto: Giordano Toldo

“Aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo.” A afirmação é de George Santayana, um filósofo, poeta e ensaísta espanhol, e está registrada em A Vida da Razão, livro publicado em 1905. Em outras palavras, compreender o que aconteceu no passado é crucial para saber como agir no presente e projetar o futuro. Por essas e outras razões é que a preservação da memória em nível coletivo é tão importante.   

“Da mesma forma que lidamos com a memória individual, que engloba experiências da trajetória de vida de uma pessoa, também a sociedade precisa preservar sua memória para construir uma identidade coletiva”, diz Charles Monteiro, professor da Escola de Humanidades da PUCRS e autor do livro Porto Alegre e suas escritas: história e memórias da cidade (ediPUCRS, 2006). Na prática, isso significa resguardar e cuidar de documentos antigos, claro. Mas também disponibilizar esses materiais às gerações atuais e futuras.  

A questão é: quais são as narrativas válidas para análise e interpretação dos fatos passados que envolvem uma coletividade? E ainda: de que maneira o confronto de diferentes narrativas organiza uma identidade coletiva, influenciando, de uma forma ou de outra, a trajetória presente e futura da sociedade? São indagações que transpassam o dia a dia do historiador, profissional encarregado de elaborar a memória coletiva a partir de pesquisas em documentos, monumentos e publicações na imprensa, entre outros arquivos.  

Segundo Monteiro, um ponto-chave a considerar é que, antes de tudo, a construção da memória é um processo de seleção entre várias possibilidades, pois não existe apenas uma versão dos fatos. Daí o “confronto” de narrativas. (Cabe lembrar que, em determinados momentos históricos, muitos grupos sociais foram silenciados; portanto, sua versão dos fatos é desconhecida.)  

É preciso estimular as pessoas a refletirem a respeito do que é “memória oficial”. Ou seja, a interpretação mais bem aceita e difundida dos fatos do passado, que acaba por se consolidar ao longo do tempo.  

“Quanto mais rica e diversificada a nossa história, maiores serão as possibilidades de diferentes grupos sociais, de gênero ou etnia se reconhecerem nela”, diz o professor.  

Esse tipo de debate, inclusive quando promovido em espaço público, ajuda a combater posturas radicais e atitudes de violência e preconceito.  

Novos significados 

A identidade coletiva é justamente o que diferencia os gaúchos dos paulistas, cariocas ou baianos. Ao compor essa identidade, porém, existe uma tendência de privilegiar a narrativa que abrange determinados aspectos. É o caso da conquista do campo, destacando a memória das famílias que se desenvolveram a partir da agricultura – e depois através do comércio e da indústria – e que também formaram as principais lideranças políticas do Rio Grande do Sul.  

Para o professor da Escola de Humanidades da PUCRS, essa narrativa se sobrepõe a algumas identidades – como a dos povos originários que ocuparam o território gaúcho (e brasileiro) antes da colonização portuguesa. Ela também é seletiva em relação a outros temas, como a dos negros escravizados.  

Há casos em que a construção da memória inclui novos significados, de modo a inverter até mesmo o sentido original do acontecimento histórico. Para confirmar isso, basta retroceder à Revolução Farroupilha, ocorrida entre 1835 e 1845, quando parte da população gaúcha se rebelou contra o Império. De alguma forma, a sociedade fez da derrota dos farrapos um modelo de heroísmo, que compôs os traços de uma identidade coletiva. Com isso, o insucesso nos campos de batalha se transformou, paradoxalmente, em marca identitária dos gaúchos.  

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Dever da memória 

Em abril de 2023, a cantora Adriana Calcanhotto realizou seu show em homenagem a Gal Costa no Salão de Atos da PUCRS. / Foto: Giordano Toldo

A construção da memória também sofre os impactos da evolução tecnológica. Um dos pontos positivos é que a tecnologia amplia o acesso a informações e dados históricos. Isso se dá, por exemplo, através da digitalização de documentos e da construção de mapas interativos. Ademais, os dispositivos tecnológicos permitem o uso de linguagens mais lúdicas e atrativas, especialmente às novas gerações. É o caso de exposições virtuais, jogos online, podcasts e filmes. Só que o professor Charles Monteiro, da PUCRS, adverte:  

“O avanço tecnológico também diminui o que chamamos de ‘dever da memória’”. Ele diz que, com a facilidade de acesso às informações, armazenadas em nuvens ou dispositivos tecnológicos, as pessoas simplesmente estão deixando de sentir necessidade de lembrar e memorizar o passado.  

Para compreender melhor, talvez valesse adicionar uma perspectiva cognitiva e neurobiológica. Há exemplos bastante práticos nesse sentido. Até pouco tempo atrás, a maior parte das pessoas decorava os contatos telefônicos mais próximos, como os de familiares e amigos. Hoje, a maioria simplesmente não consegue lembrar desses contatos sem checar o celular. “O que fazemos, então, é confiar nossa memória à tecnologia”, diz Cristiane Furini, coordenadora do Laboratório de Cognição e Neurobiologia da Memória da PUCRS (antigo Centro de Memória do Instituto do Cérebro do RS, o InsCer). Ela acrescenta:  

“Se é verdade que o acesso imediato e instantâneo às informações libera espaços em nosso cérebro para o armazenamento da memória, talvez seja o caso também de questionarmos se estamos fazendo bom uso do nosso tempo livre”. As ponderações são instigantes – e é melhor lembrarmos delas.  

Delfos: tesouro histórico aberto ao público 

Em tempos de lembranças voláteis, museus e outros ambientes de preservação da memória exercem uma função extremamente relevante: não apenas armazenam as informações referentes ao passado, mas também ajudam a processá-las e contextualizá-las. É o que faz o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS, que abriga a memória histórica, literária e cultural da sociedade gaúcha.  

“O espaço é amplamente divulgado como um lugar para pesquisas, tanto acadêmicas quanto particulares”, explica Daniela Schestatsky Christ, bibliotecária responsável pelo Delfos.  

Por lá, é possível encontrar documentos referentes às áreas de Letras, Artes, Jornalismo, Cinema, História e Arquitetura. O local armazena itens clássicos e raridades, como originais de livros, correspondências entre autores, fotografias, documentos pessoais, livros com anotações particulares, plantas de arquitetura, jornais antigos e documentos a respeito da imigração alemã no Rio Grande do Sul, entre outros. O Delfos está aberto para consulta de segunda a sexta-feira, das 10h30min às 19h. 

Mérito Cultural homenageia cantor Martinho da Vila  

O cantor e compositor carioca Martinho da Vila recebeu, em 2023, o reconhecimento Mérito Cultural PUCRS. O artista foi homenageado por dar vida ao drama, à luta e à resistência do povo negro contra o racismo e as injustiças sociais. Em sua obra, Martinho aborda questões como negritude, conflitos da vida na favela e rodas de capoeira.  

“Receber uma homenagem como esta, desta Universidade conceituada, me sensibiliza de uma maneira especial”, afirmou.  

Na mesma noite, o cantor inaugurou a Galeria Mérito Cultural, reservada para destacar os artistas reconhecidos com a honraria. A homenagem é atribuída a personalidades do meio artístico que tenham uma trajetória marcada pela defesa da cultura e da educação.  

Relembre as apresentações no Salão de Atos da PUCRS 

O Salão de Atos Irmão Norberto Rauch é o icônico espaço cultural da PUCRS que recebe grandes nomes da cena artística. É o caso da atriz Denise Fraga, que em fevereiro de 2023 protagonizou o espetáculo Eu de Você. Em abril, a cantora Adriana Calcanhotto realizou seu show em homenagem a Gal Costa. Já o israelense Yaron Kohlberg e o palestino Bishara Haroni, que formam o Amal Piano Duo, apresentaram-se em setembro. No mês seguinte, foi a vez de Vitor Ramil – e Martinho da Vila subiu ao palco do Salão de Atos em novembro. Vale lembrar que outros espaços da casa também recebem eventos culturais. A cantora Andréa Cavalheiro, por exemplo, se apresentou em setembro no Auditório do InsCer, no prédio 63 da PUCRS.  

*Texto originalmente publicado na edição 194 da Revista da PUCRS, lançada no mês de março de 2024. A produção foi cocriada com a República Conteúdo e a edição completa está disponível para download neste link.      

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No mês que marca o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, conheça escritoras que compartilham suas histórias, lutas e conhecimentos por meio da literatura 

Em 2020, Conceição Evaristo participou de um episódio da série Ato Criativo, promovido pela PUCRS Cultura. / Foto: Divulgação

Em um país como o Brasil, onde a maioria da população é negra (56 %, segundo o IBGE) e as desigualdades sociais, raciais e de gênero são gritantes. Esse contraste também pode ser percebido na literatura, onde obras de escritoras negras tendem a sofrer os efeitos do embranquecimento e apagamento histórico. Mudar esse cenário está nas mãos de todos e todas, e um dos caminhos para combater o preconceito é conhecer mulheres negras e o trabalho produzido por elas.  

Relembrar suas histórias e conquistas, mas também reconhecer os desafios que seguem enfrentando é essencial – e a literatura é um campo muito rico nesse sentido. Pensando nisso, e como uma forma de celebrar o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (25 de julho), separamos algumas dicas de livros de escritoras negras que estão disponíveis na Biblioteca da PUCRS. Confira!  

1. Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves 

A obra traz a história de uma africana idosa, cega e à beira da morte, que viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido há décadas. Ao longo da travessia, ela vai contando sua vida, marcada pela violência e pela escravidão. Um defeito de cor está inserido em um contexto histórico importante na formação do povo brasileiro, e é narrado de uma maneira na qual os fatos históricos estão imersos no cotidiano e na vida dos personagens. 

O livro, lançado originalmente em 2006, venceu o Prêmio Casa de las Américas e foi considerado pela folha como um dos 200 livros mais importantes para entender a história do Brasil. Em 2024, o livro foi tema do samba enredo da Portela, e devido a homenagem na Sapucaí, a obra alçou o posto dos mais vendidos no Brasil

2. Becos da memória, de Conceição Evaristo 

Nesse importante romance memorialista da literatura contemporânea brasileira, a autora traduz, a partir de seus muitos personagens, a complexidade humana e os sentimentos profundos dos que enfrentam cotidianamente o desamparo, o preconceito, a fome e a miséria; dos que a cada dia têm a vida por um fio. Sem perder o lirismo e a delicadeza, a autora discute, como poucos, questões profundas da sociedade brasileira.  

Conceição Evaristo é escritora e participante ativa dos movimentos de valorização da cultura negra do Brasil. Nascida em Belo Horizonte, ganhou prêmios como o Jabuti de Literatura de 2015, na categoria Contos e Crônicas; e Literatura do Governo do Estado de Minas Gerais de 2018 pelo conjunto de sua obra. Em 2020, Conceição participou de um episódio da série Ato Criativo, promovido pela PUCRS Cultura. A gravação está disponível no YouTube: 

3. Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus 

O livro tem origem no diário da autora, à época catadora de papel e moradora da favela do Canindé, em São Paulo. A obra apresenta um relato feito a partir do olhar sensível e realista da escritora, contando o que viu, viveu e sentiu nos anos em que viveu naquela comunidade.  

O livro foi o primeiro de Carolina Maria de Jesus, publicado em 1960. A obra foi vendida em 40 países e traduzida para 16 idiomas. A autora, uma das primeiras escritoras negras do Brasil, ainda publicou mais dois livros e, após sua morte, em 1977, outras seis obras póstumas foram lançadas. 

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4. Pequeno manual antirracista, de Djamila Ribeiro  

O livro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em onze capítulos curtos, a autora apresenta caminhos de reflexão para quem deseja aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas. Para a escritora, a prática antirracista é urgente e se dá nas atitudes mais cotidianas. E mais ainda: é uma luta de todas e todos.  

Djamila Ribeiro é filósofa, pesquisadora e uma importante voz brasileira no combate ao racismo e ao feminicídio. Já recebeu premiações como o Cidadão SP em Direitos Humanos e Dandara dos Palmares, além de ter sido a primeira brasileira a receber o BET Awards, maior prêmio da comunidade negra estadunidense. Djamila também está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo abaixo de 40 anos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). A autora integra alguns cursos da Pós-Graduação PUCRS Online.  

5. Úrsula, de Maria Firmina dos Reis 

Considerado o primeiro romance escrito por uma mulher no Brasil, a obra traz a história de Tancredo e Úrsula, dois jovens puros e altruístas. Com a vida marcada por perdas e decepções familiares, eles se apaixonam tão logo o destino os aproxima, mas se deparam com um empecilho para concretizar seu amor. Lançado em 1859, o romance também inaugura a literatura afro-brasileira e retrata homens autoritários e cruéis, mostrando atos inimagináveis de mando patriarcal e senhorial em um sistema que não lhes impõe limites. 

Sobre o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha  

A data faz menção ao dia 25 de julho de 1992, quando grupos femininos negros de 32 países da América Latina e do Caribe se reuniram na República Dominicana com o objetivo de denunciar opressões e debater soluções na luta contra o racismo e o sexismo. O encontro ficou marcado na história e foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e da Diáspora.  

No Brasil, 25 de julho também é marcado pelo Dia Nacional de Tereza Benguela e da Mulher Negra, em homenagem à líder quilombola no século 18 e exemplo de luta e resistência contra a escravização e a opressão.  

A experiência da doutoranda em Sociologia e Ciência Política Handiara na Alemanha aconteceu pelo Programa de Voluntariado Internacional 

Doutoranda Handiara dos Santos, na cidade do seu voluntariado na Alemanha.  Foto: Handiara dos Santos/Arquivo Pessoal.

O Programa de Voluntariado Educativo Marista PUCRS, promovido pelo Centro da Pastoral e Solidariedade, é uma iniciativa que busca fomentar a formação de cidadãos comprometidos com o cuidado e a promoção da vida. O programa permite que estudantes, professores e colaboradores trabalhem voluntariamente junto à comunidade em diversas frentes. Recentemente o Programa possibilitou que promove que a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política da PUCRS Handiara dos Santos, embarcasse para a sua primeira experiência como voluntária interprovincial, em Mindelheim, no sul da Alemanha.  

Após três meses de uma imersão na Europa, a estudante compartilhou um pouco de suas vivências como primeira voluntária internacional. Desde sua chegada, a jornada tem sido uma mistura de aprendizado, desafios e interessantes experiências na Maristen JugendHaus, uma casa de juventude Marista na Alemanha.  

“Iniciar uma nova caminhada sendo apoiada por pessoas compreensivas e alegres, faz cada desafio se transformar em longas risadas. Por isso, repito frequentemente que estar nesta cidade, neste bairro, vivenciando a vida em comunidade Marista, rodeada de pessoas acolhedoras e agradáveis, é sem dúvida nenhuma a grande diferença nesse caminho. Também faz parte das minhas atribuições como voluntária a participação no Kidsprogram, que trata de atividades quinzenais com crianças de diferentes nacionalidades em situação de refúgio”, complementa Handiara. 

Suas atividades em Mindelheim são variadas: receber os estudantes, ajudar na organização, participar das atividades, dar apoio quando necessário em eventos e divulgação das programações do espaço. A casa de juventude JugendHaus, é um espaço aberto que recebe os jovens do colégio Marista da cidade, um ambiente acolhedor, onde podem ficar durante o intervalo das aulas ou antes do retorno para casa. 

“Todos os dias tenho um novo aprendizado, seja no idioma, na cultura, na forma de fazer as atividades. Sempre conhecendo lugares e pessoas novas, aumentando a participação em tarefas diferentes. A cada dia aqui, é como um dia de um curso sobre a vida. Aprendo, mas também compartilho conhecimento, e isso é infinitamente rico, a troca é o que faz tudo valer a pena”, reforça a doutoranda em Sociologia e Ciência Política.  

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Seja um Voluntário! 

A experiência de Handiara na Alemanha, a partir do voluntariado internacional da PUCRS, enriqueceu sua trajetória de vida pessoal e acadêmica. Além disso, com a interculturalidade e pluralidade de vivências, o voluntariado segue ampliando seus horizontes e contribuindo significativamente na construção de um mundo mais fraterno e solidário.  O Centro da Pastoral e Solidariedade abre vagas no início de cada semestre letivo, nos meses de janeiro e agosto, respectivamente. Os requisitos básicos para se tornar parte do programa são:  

Quer conhecer mais sobre o Programa de Voluntariado Internacional? Entre em contato com a Pastoral da PUCRS e-mail: [email protected] ou WhatsApp: (51) 983350187. A Pastoral fica na sala 224, prédio 15 (Living 360).  

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Mostra fica em exibição até o dia 29 de julho

Foto: Delfos/Arquivo

Com o objetivo de colocar em destaque as narrativas e vivências negras de Porto Alegre, a exposição Corredor do Samba de Porto Alegre: o Arroio Dilúvio e a Negritude Gaúcha traz uma reflexão a respeito do Arroio Dilúvio e a sua relação com o samba negro da cidade. Abordando a memória e as tradições do córrego, a exibição busca resgatar as experiências de comunidades que possuem relações históricas com as águas. A abertura da exposição acontece nesta quinta-feira, às 18h, no saguão da Biblioteca Central da PUCRS, prédio 16, onde a mostra fica em exibição até o dia 29 de julho.

A curadoria e expografia da exposição é de Sátira Machado, professora e pesquisadora de Culturas Afro-Gaúchas, em parceria com Michel Couto, diretor de arte e idealizador do Hub Formô e a carnavalesca Helena Fernandes. A realização é do Instituto de Cultura da PUCRS.

Idealizadores do projeto:

Sátira Machado é professora de Culturas Afro-Gaúchas, com destaque para a literatura negra do poeta Oliveira Silveira na literatura sul-riograndense e brasileira no contexto da América Latina, na Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Possui graduação em Jornalismo pela Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos (PUCRS), mestrado em Letras (PUCRS), doutorado em Comunicação (Unisinos) e pós-doutorado em Comunicação (UFSM). É líder do Grupo de Pesquisa CriaNegra/CNPq, vinculado ao Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) do Campus Jaguarão da Unipampa. Desenvolve projetos de pesquisa/ensino/extensão sobre a vida, a obra e a consciência negra do poeta afro-gaúcho Oliveira Silveira (1941-2009). É curadora do Projeto RS Negro: educando para a diversidade.

Michel Couto é publicitário, palestrante e fundador da Agência Formô Comunicações e Negócios, agência focada em inovação aberta na periferia. É líder comunitário do Morro da Cruz, onde idealizou e ativou diversos projetos para valorizar a comunidade como Morro da Cruz Center, Natal Morro da Luz, Turismo Periférico, entre outros. Couto também é coordenador no Pacto Alegre, movimento no qual participou da criação do projeto Territórios Inovadores, e atua como assessor técnico do gabinete da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, onde participa da construção de metodologias, projetos e políticas de impacto social.

Helena Fernandes é empreendedora criativa, com foco na economia da cultura ligada ao carnaval, além de ser profissional da saúde. É coordenadora executiva do “Carnaval Descentralizado de Porto Alegre”, responsável pelos desfiles das Escolas de Samba do antigo Grupo Bronze com julgamento de quesitos como: harmonia, fantasia, tema enredo, samba enredo, evolução, bateria e mestre-sala e porta-bandeira. A União das Entidades Carnavalescas do Grupo de Acesso de Porto Alegre (UECGAPA) e a Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (SMCEC – PREFPOA) promoveram a primeira edição desse carnaval descentralizado na Esplanada da Restinga – Bairro Restinga, em 2024.

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