O Vestibular de Verão da PUCRS acontece no dia 23 de novembro no Campus da Universidade. / Foto: Giordano Toldo

O futuro quase sempre causa ansiedade, principalmente quando uma prova pode ser o início de uma mudança de vida. O vestibular acaba sendo muitas vezes o divisor de águas para quem está saindo do ensino médio e enxerga a graduação como algo definitivo para a vida toda. Para entender melhor a ansiedade pré-vestibular funciona e buscar formas de acalmar essa sensação, convidamos a professora do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Manoela Ziebell de Oliveira para comentar o assunto. Confira! 

Sensação de angústia pode ser prejudicial  

Segundo a professora, há vários fatores que causam ansiedade em estudantes. Entre esses aspectos, está a mudança de rotina para quem está terminando o Ensino Médio. O distanciamento dos/as amigos/as e do próprio ambiente escolar, que foi sua realidade durante tanto tempo, pode provocar esse sentimento. Muitos/as alunos/as também não se sentem prontos/as para abandonar a escola e entrar na universidade. 

“Eles têm uma trajetória em geral longa nas escolas antes de irem para a universidade. Então esse luto por uma experiência que está encerrando, o não saber como que vai ser dali adiante, pode ser um dos motivos”, comenta. 

A própria prova também gera essa ansiedade pré-vestibular, pois, por mais que os/as alunos/as estudem, se preparem e recebam orientação, não há como saber com exatidão quais conteúdos específicos cairão nos exames. Além disso, alguns estudantes têm mais dificuldade em determinados conteúdos, o que se soma à ansiedade pela prova em si. 

Escolha do curso também é um fator ansiogênico 

Manoela explica que muitos estudantes ficam ansiosos/as por conta da escolha do curso: alguns sentem que essa escolha é algo com que terão que se comprometer pelo resto da vida – o que não necessariamente é verdade. 

“É uma primeira escolha, para criar uma trajetória acadêmica e profissional. E esse momento, muitas vezes, vem com o peso de que ‘eu estou fazendo a escolha que vai ter que durar para sempre’. Quando entendem que essa é uma escolha que não necessariamente é para sempre, que é a melhor escolha que estão fazendo neste momento, às vezes ajuda a aliviar um pouco a ansiedade”, destaca a professora. 

Além disso, a expectativa pelo resultado da prova também pode ser um fator determinante para o surgimento da ansiedade. Afinal, quando se faz uma avaliação, há a expectativa de ser aprovado. No entanto, a professora destaca que a ansiedade não é de todo ruim: o fato de os/as estudantes estarem em estado de alerta e temerem pelo seu desempenho na prova pode ajudá-los/as a ficar mais atentos/as e a se preparar melhor para o exame. 

A ansiedade passa a ser algo negativo quando se torna excessiva e atrapalha antes e no momento da prova. Esse excesso pode ser prejudicial justamente por fazer a pessoa se sentir mal fisicamente e por desviar o foco do objetivo que está à sua frente para o desconforto que se está sentindo. Isso também pode atrapalhar o/a aluno/a na gestão do tempo de prova, além de outros entraves. 

“Isso pode fazer com que o/a estudante perca alguma informação importante em um enunciado de uma questão. A ansiedade excessiva também pode prejudicar o/a aluno/a antes da prova, por exemplo, porque pode afetar o sono e a alimentação, e tudo isso vai tirando energia”, frisa a docente.   

Ansiedade é difícil de controlar, mas não impossível   

O principal motivo tanto da própria ansiedade pré-vestibular quanto da dificuldade em controlá-la é o fato de haver muitas coisas em jogo: futuros, escolhas profissionais e a aprovação do exame. 

Manoela ainda ressalta a importância de procurar ajuda de um/a profissional, caso o sentimento de ansiedade se torne excessivo e atrapalhe de fato a vida da pessoa. Além disso, ela ainda aconselha a realização de treinos e simulados antes das provas de vestibular, isso pode ajudar a adquirir a prática da gestão do tempo durante os exames, por exemplo.    

Outra dica é praticar o mindfulness – que nada mais é do que um exercício de concentração para focar totalmente no agora. Para ela, atos como focar na respiração e colocar prioridades no papel também pode ajudar. 

“Conseguir perceber a relevância, conseguir perceber prioridades, traçar estratégias para se preparar, caso esse seja o problema. Tentar fazer esse exercício de colocar o foco em algum lugar, que pode ser na respiração, pode ser em alguma atividade física, pode ser na alimentação. Isso vai ajudando a gente a ficar mais tranquilo e vai ajudar de maneira geral a cuidar da ansiedade”, ressalta.   

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Segundo relatório publicado pela Unicef, uma a cada sete crianças e jovens entre dez e 19 anos é diagnosticado com algum transtorno mental  

De acordo com a Unicef pelo menos uma em cada sete crianças e jovens de dez a 19 anos convive com algum transtorno mental diagnosticado no mundo. / Foto: Pexels

Cuidar da saúde mental vem se tornando tão importante quanto cuidar da saúde física, especialmente entre crianças e adolescentes. O tema foi incluído pela primeira vez em 2021 pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) no Tratado de Pediatria, a principal publicação destinada a médicos que cuidam da saúde de pessoas com até 18 anos no país. Ainda no mesmo ano, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o instituto Gallup, publicou o relatório Situação Mundial da Infância 2021. Na minha mente: promovendo, protegendo e cuidando da saúde mental das crianças, também elegendo a temática como prioridade de atuação.    

Os dados levantados pela pesquisa da Unicef servem de alerta: pelo menos uma em cada sete crianças e jovens de dez a 19 anos convive com algum transtorno mental diagnosticado no mundo. Além disso, cerca de 46 adolescentes morrem por suicídio a cada ano no mundo, uma das cinco principais causas de morte nessa faixa etária. Em crianças e adolescentes, os casos mais comuns quando falamos de saúde mental são: depressão, transtornos de ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno por uso de substâncias e transtorno de conduta. 

O psicólogo, psicanalista e professor do curso de Psicologia da Escola de Ciências e Saúde da Vida da PUCRS Jefferson Silva Krug, destaca que comportamentos como birra e falta de atenção devem ser considerados em seu poder comunicativo, ou seja, podem indicar que alguma experiência emocional da criança necessita ser avaliada para melhor auxiliá-la. O apoio emocional, principalmente quando ofertado pelos pais, é fundamental para conseguir encontrar um diagnóstico o mais rápido possível. 

“Muitas vezes os pais e responsáveis acabam passando muitos anos sem nenhum tipo de orientação e auxílio para o estabelecimento dessa escuta de comunicação entre o que a criança está demonstrando e aquilo que eles conseguem enxergar e acabam tendo medidas de cuidado que podem não ser as mais adequadas – e isso sim pode levar a pioras de quadros emocionais e relacionais também.” 

Como diagnosticar e lidar com os sintomas? 

Além do acompanhamento médico, há algumas ações que podem ajudar na prevenção de suicídios e outros problemas relacionados à saúde mental. / Foto: Pexels

Antes de tudo, é preciso prestar atenção aos sinais que crianças e adolescentes podem apresentar quando estão com a saúde mental debilitada. Os mais novos não conseguem se expressar como os adultos, por isso, é importante atentar aos sinais. Entre esses sinais podem estar, por exemplo, mudanças de comportamento e humor, dificuldade de concentração, perda ou ganho de peso repentino, vontade de se machucar e emoções intensas, como um medo excessivo de morrer e dores físicas. Em adolescentes, também vale a recomendação de cuidar se há vontade excessiva de usar álcool e drogas, além de comportamentos de isolamento social. 

O aumento do número de diagnósticos de crianças com diferentes transtornos mentais pode assustar, mas para Jefferson, a preocupação deveria ser em como ajudar crianças e adolescentes a lidarem com essa condição. Evitar estereotipar doenças e transtornos mentais e fazer uma divulgação correta sobre quais emoções podem ser vividas durante a experiência infantil e adolescente pode ser um bom começo, que pode ajudar não só os pais, mas também as crianças e adolescentes a buscarem ajuda.  

“É preciso orientar os pais a respeito de como cuidar das crianças e dos adolescentes, abrindo espaços para diálogos dentro da família e também em espaços privados, como os atendimentos psicoterápicos. Também é preciso um esclarecimento acerca das possibilidades e benefícios que uma psicoterapia e uma análise com crianças e adolescentes podem trazer para toda a família. E esclarecer também o que elas podem trazer para o desenvolvimento emocional daquela criança ou daquele adolescente e da família como um todo.” 

Leia também: Confira 5 dicas de ações diárias para reduzir a ansiedade

Além da terapia: como pais, responsáveis e a escola podem ajudar? 

Além do acompanhamento médico, há algumas ações que podem ajudar na prevenção de suicídios e outros problemas relacionados à saúde mental. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Hospital Albert Einsten, essas ações, além de diminuir fatores de risco, também podem aumentar a qualidade de vida de crianças e adolescentes.  

Relações afetivas com o círculo familiar, ambiente aberto ao diálogo e escuta ativa, praticar atividades prazerosas como ler ou ir ao cinema e também estabelecer uma rotina para diversas atividades. Uma boa alimentação, alinhada a uma boa noite de sono e exercícios físicos regulares também são fundamentais. Tanto a ABP como o Albert Einsten reforçam que crianças e adolescentes também precisam ir ao médico regularmente, além de aprender a administrar emoções.  

O psicanalista ainda alerta que, antes de tudo, pais e responsáveis precisam escutar as crianças e adolescentes.  

“Não existe uma receita a ser usada de maneira idêntica para todas as crianças. Estamos acostumados a educar dizendo o que elas devem fazer, mas precisamos aprender a ouvi-las e ajudá-las a formular suas percepções sobre si mesmas, auxiliá-las a buscar um sentido para o que estão sentindo. E a partir disso, ajudar as crianças e adolescentes a terem essas experiências e seguir investindo nisso”, finaliza Jefferson.  

Leia mais: 5 dicas práticas para começar a meditar no dia a dia

Professora do curso de Psicologia explica os processos pelos quais passam as pessoas que perderam alguém

Foto: Envato

A morte de uma pessoa amada é considerada uma das experiências mais difíceis de serem superadas, individualmente e pelo núcleo familiar. A dor gerada pelo rompimento de um vínculo afetivo produz a necessidade de reorganização em uma nova realidade a ser experimentada sem a pessoa que faleceu.

“A perda desencadeia o chamado processo de luto, que pode se evidenciar de diferentes formas e intensidades, conforme o vínculo e o significado de quem nos deixou”, explica Ângela Seger, professora do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS.

A docente explica que o luto se manifesta por meio de uma série de reações que envolvem respostas emocionais (sentimentos de tristeza, culpa, raiva, autocensura, ansiedade, saudade), cognitivas (pensamentos de descrença, confusão, preocupação) e comportamentais (distúrbios do sono, do apetite, isolamento social, agitação, choro, evitação de lembranças).

“Essas manifestações são reações naturais e esperadas, e esse processo precisa ser vivido para as transformações necessárias serem efetivadas”, pontua.

Comportamentos podem contribuir para lidar com o luto 

A professora também destaca que, no contexto atual, algumas ações que atuam como facilitadoras para o luto, como acompanhar a pessoa em seus últimos dias, ter a sensação de que fez tudo que podia e realizar os rituais formais de despedida, ficaram comprometidas. “O distanciamento físico, as perdas secundárias e a dificuldade para receber apoio podem tornar este processo mais doloroso e as reações podem se intensificar, exigindo maior atenção do enlutado e sua família”, aponta Ângela.

No entanto, alguns comportamentos podem auxiliar a lidar com as perdas. Confira: 

1) Acolha suas emoções e as observe

Após uma perda é esperado que sentimentos como medo, tristeza, culpa, raiva e insegurança sejam potencializados e, com isso, alguns comportamentos se evidenciem, como o desejo de ficar só e a sensação de falta de energia ou de motivação, por exemplo. É importante observar que, durante o período de luto, suas emoções são respostas às mudanças ocorridas a partir da falta que a pessoa faz em sua vida. Procure acolher seus sentimentos, sem evitá-los ou suprimi-los.

Foto: Envato

Procure não se cobrar ou exigir de outros familiares e amigos que as mesmas emoções sejam expressas de igual maneira, pois cada pessoa acessa e demonstra seus sentimentos de forma diferente. Lembre-se que o luto necessita de um período para ser vivido, mas que com o passar do tempo a dor da perda poderá se transformar em saudade.

2) Fortaleça o contato com as pessoas significativas, construindo uma rede de apoio

As relações com pessoas afetivamente significativas são uma importante fonte de suporte emocional. Reforçar as estratégias de contato virtual, aumentando sua frequência, não substitui a relação presencial, mas minimiza a tendência ao isolamento, uma reação que, aliada a tristeza e ao desânimo, pode potencializar o afastamento e o sofrimento.

Manter contato com pessoas com quem você se sente confortável para falar sobre sua experiência e pedir auxílio nas atividades cotidianas que estão mais difíceis de serem realizadas são algumas das estratégias que podem ser utilizadas para que você se sinta acolhido/a.

3) Estabeleça novas rotinas, no seu tempo

Construir novas rotinas, preferencialmente que contemplem períodos de atividade mais organizadas (trabalho e estudos) e períodos de descanso e relaxamento, pode contribuir para que você se reestabeleça. Você também pode buscar diversificar as atividades, identificando novas possibilidades de interesse e desenvolvimento de habilidades que gerem satisfação e prazer. Fazer um planejamento objetivo dessas atividades permite que elas sejam “concretizadas” no papel, o que facilita a implementação prática.

Para algumas pessoas, a retomada das atividades pode ocorrer de forma mais rápida, como uma maneira de se conectar com outras pessoas e se ocupar de modo saudável, mas há quem necessite de um tempo maior para isso. Entenda seu próprio tempo e não se culpe.

4) Cuide da saúde física, mental e espiritual

Foto: Envato

Durante o processo de luto, há a necessidade de ampliar o autocuidado, pois os impactos produzidos pela perda podem fazer com que sejam alterados hábitos como sono, alimentação e cuidado na manutenção de tratamentos de saúde prolongados. A saúde mental também pode ser afetada, pois o sofrimento desencadeado pode levar ao uso de respostas não adaptativas e à busca de estratégias pouco saudáveis. A identificação e realização de atividades que gerem bem-estar e satisfação podem ser utilizadas e incrementadas conforme o interesse do enlutado.

Algumas pessoas podem encontrar esta sensação de bem-estar, mesmo que de maneira temporária, na leitura de um livro, na música, em uma caminhada, em uma conversa com alguém, na pintura, entre outras. A espiritualidade também pode exercer uma função significativa de conforto e proteção nestes momentos. É importante assinalar que cada pessoa deve se observar e descobrir qual ou quais estratégias respondem melhor a sua necessidade e estão de acordo com seus valores e crenças.

5) Busque ajuda

Busque ajuda caso perceba que seu sofrimento está muito intenso, se prolongando ou mesmo impedindo que consiga manter suas atividades, causando muito impacto na sua vida e em suas relações. Outro sinal de que é preciso buscar suporte emocional pode surgir quando as pessoas a sua volta sinalizam que estão preocupadas com sua saúde mental. Esses sinais podem significar que as perdas vivenciadas neste período estejam lhe sobrecarregando e, neste caso, pode ser necessário o auxílio de um profissional qualificado para não haver agravamento das dificuldades.

Apoio à comunidade acadêmica 

O Núcleo de Apoio Psicossocial realiza atendimentos a estudantes e professores/as com orientações sobre os cuidados com a saúde mental e seus impactos nos processos de ensino e aprendizagem. O acolhimento está sendo feito por profissionais da Psicologia com apoio da equipe multidisciplinar.

Atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, mediante agendamento pelo e-mail [email protected], pelo telefone (51) 3320-3703 ou diretamente na sala 301 do Centro de Apoio Discente (no 3º andar do Living 360°, prédio 15).

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GRADUAÇÃO PRESENCIAL

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É importante reservar um tempo para cuidar de você. / Foto: Envato

O Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo: 9,3%, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Um estudo publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU) também destacou que a necessidade de aumento nos investimentos em serviços de auxílio psicológico, devido a maior ocorrência de sintomas de depressão e ansiedade em diversos países.  

Para auxiliar quem se sente ansioso, o professor Wagner de Lara Machado, docente da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, reuniu cinco dicas de ações diárias para reduzir esses sintomas. Confira:  

1. Autocuidado 

Pratique meditação, busque dormir bem e identifique os momentos em que você precisa uma pausa para cuidar de si. Há exercícios (como os de respiração, por exemplo) que auxiliam no controle de crises de ansiedade e no desenvolvimento de um foco no presente, no “aqui e agora”. Além disso, essas práticas auxiliam a desenvolver uma “leitura” de seus estados internos (pensamentos e emoções) e seus sinais corporais (coração acelerado, suor, tremores).  

2. Aceitação 

Nem tudo está sob nosso controle, procure aceitar isso. Compreender esse fato pode eliminar boa parte das fontes de nossa ansiedade e frustração. Entenda que há momentos em que você está ansioso/a, mas você não é a sua ansiedade. Não exija de si a perfeição. Busque estabelecer metas em que você consiga dar um passo de cada vez. Valorize seus pequenos avanços. Compartilhe com alguém que você tenha intimidade os seus planos e as suas vitórias em relação ao manejo de sua ansiedade.  

3. Autoconhecimento 

Aprenda com sua ansiedade. Identifique as situações ou estímulos que deixam você ansioso/a ou muito estressado/a. Uma boa dica é anotar pensamentos e os sentimentos que se repetem. Gradualmente você passa a entender melhor seu funcionamento e pode ir modificando seus pensamentos. Você começará a examiná-los e questionar o quão são justificáveis. Nesta etapa, considerar uma ajuda profissional é fundamental.  

4. Bons hábitos 

Reduza alimentos com cafeína, açúcar, estimulantes e industrializados. Eles podem ser um “gatilho químico” para a ansiedade, ativando em excesso seu sistema nervoso. Faça exercícios físicos regularmente. Entre tantos outros benefícios, a prática de exercícios auxilia na regulação das emoções. 

5. Cultive o que há de melhor em você 

Conheça suas habilidades e procure ampliá-las e desenvolvê-las. Reconheça a melhor versão de si e trabalhe para cultivá-la. Estudos indicam que se envolver em atividades voluntárias, exercitar a gratidão e o otimismo (esperar os melhores resultados mediante engajamento nas tarefas), envolver-se em atividades que geram absorção (concentração, dedicação) e afetos positivos (alegria, realização, tranquilidade) promovem a saúde e diminuem significativamente os efeitos de problemas como a ansiedade. 

Leia também: Provas que mudam a vida: como acolher seu filho em época de vestibular e ENEM 

Currículo renovado e conectado com as exigências sociais são destaque da graduação

Georges Hilal se formou no curso de Psicologia da PUCRS, em 2024. / Foto: Giordano Toldo

Georges Hilal é de Sant’anna do Livramento e sempre teve o desejo de escutar e compreender o funcionamento da mente humana. Já Ketlin Costa é natural de Viamão, tinha um objetivo mais específico: aprender sobre como se dão as relações étnico-raciais no contexto brasileiro e os efeitos psicossociais causados pelo racismo, principalmente na população negra. O interesse e a curiosidade pelas particularidades das relações humanas os levaram a um lugar-comum: atualmente, ambos estão no último semestre do curso de Psicologia da PUCRS. 

Para eles, a graduação em Psicologia da PUCRS é um privilégio e um diferencial e tanto na carreira. Georges destaca a excelência do ensino, que o fez escolher estudar na Universidade:  

“Escolhi a PUCRS, pois ela oferece excelência no ensino e reconhecimento no mercado de trabalho, sendo uma das mais renomadas no Brasil e nas Américas. Aqui temos uma experiência completa: das salas de aula bem equipadas aos espaços de lazer, da maior biblioteca da América Latina aos eventos culturais na Rua da Cultura. Além disso, a possibilidade de internacionalização é mais um atrativo. Tudo é pensado para a realização de um futuro promissor.” 

Ketlin descreve a experiência de cursar Psicologia na PUCRS como gratificante e transformadora: 

“Considero a PUCRS uma universidade incrível, que proporciona vivências plurais e diversas ao longo do curso, devido às oportunidades da universidade dentro e fora do campus. Considero que a Universidade, com tantos serviços e ações no campus e articulações fora dele, com tanta qualidade e compromisso, é um diferencial transformador na formação profissional. Sinto-me muito alegre e grata por estudar na PUCRS.” 

Hoje, Ketlin Costa é mestranda do Programa de Pós-graduação em Psicologia da PUCRS / Foto: Giordano Toldo

Nos últimos anos, a preocupação com a saúde mental vem aumentando cada vez mais, juntamente com o número de pessoas atingidas por transtornos psicológicos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais pessoas com ansiedade e o quinto com mais diagnósticos de depressão. Nesse contexto, é essencial a formação de cada vez mais profissionais para cuidar da saúde mental da população e na promoção da saúde. Em vista disso, o curso de Psicologia da PUCRS tem como principal foco formar psicólogos/as generalistas, teórica e tecnicamente embasados/as para atuar em diferentes cenários socioculturais e profissionais; capazes de compreender os sujeitos e seus processos de subjetivação de forma integral, empenhados/as no desenvolvimento profissional, na atuação ética, na transformação social e na promoção da saúde. 

Ocorrida em 1953, a fundação da graduação em Psicologia da PUCRS é anterior até mesmo à regulamentação da profissão no Brasil, pela lei 4119/62. Foi o segundo curso da área a ser fundado no País, permitindo que muitos dos psicólogos que participaram da constituição da psicologia como área de prática profissional e científica fizessem sua formação na PUCRS.  

Cristiano Dal Forno, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e coordenador do curso, reitera a tradição e destaca o currículo renovado e conectado com as exigências sociais, além da localização em um campus universitário que oportuniza aos estudantes intercâmbios com as diversas áreas do saber e vivências transformadoras. 

“O curso conta com um Laboratório de Processos Psicológicos Básicos, no qual se podem realizar experimentos virtuais, além de incomparável estrutura física e humana para a realização das práticas supervisionadas, com mais de 22 salas para atendimentos individuais e de grupos, sala de espelho para atendimentos e observações e mais de dez psicólogos supervisores”, explica ele. 

Serviço-escola oferece atuação prática aos alunos 

O curso de Psicologia conta com diversos espaços de aprendizagem que fomentam o desenvolvimento acadêmico e profissional dos estudantes. O maior destaque é o Serviço Escola do Curso, destaque na área por contar com variados núcleos de estágio: psicologia social-comunitária, escolar, do trabalho, clínica psicanalítica, comportamental e sistêmica e, também, os recém implantados núcleo de avaliação psicológica e núcleo de estágios básicos.

“Como campos de práticas supervisionadas, as instalações do Hospital São Lucas e do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima recebem muitos dos alunos do curso em estágios básicos e profissionalizantes”, acrescenta Cristiano.  

Prédio 11 abriga salas e outros espaços de aprendizagem do curso de Psicologia/ Foto: Divulgação

Além desses espaços, há ainda mais de 100 locais externos à Universidade credenciados para estágio obrigatório, em diferentes áreas de atuação: psicologia clínica (diferentes abordagens teóricas), psicologia do trabalho, jurídica, do esporte, comunitária, hospitalar. O coordenador afirma que esses espaços proporcionam aos alunos contato com o amplo campo da psicologia e do ofício do psicólogo, por meio de práticas supervisionadas por profissionais com experiências em suas áreas. 

“Um dos princípios que direcionam a formação ofertada pelo curso de Psicologia da PUCRS é a ética profissional e atenção aos Direitos Humanos, preceitos fundamentais. Em virtude disso, os espaços de aprendizagem ofertam oportunidades de práticas que colocam o estudante em contato direto com o fazer técnico, mas fomentam, em grande medida, a reflexão ética e a função cidadã da profissão.” 

Georges elogia muito a estrutura física do curso, principalmente as salas de aula, nas quais os alunos passam longas horas de estudo. Além das salas, o espaço que ele mais utiliza – e seu favorito – é o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), que ele descreve como excelente e um terreno fértil para os estudantes que desejam se aventurar nas diferentes áreas da Psicologia. “Lá, inaugurei a minha escuta clínica e vivi instantes marcantes. A sala de espelhos é uma relíquia! Circular pela estrutura física do curso é um privilégio”, afirma. 

Quem também adora o SAPP e a sala de espelhos é Ketlin, que realiza seu estágio obrigatório no serviço. Além disso, ela também exalta os diversos espaços do prédio 11, incluindo as secretarias, o auditório e os grupos de pesquisa do curso. Entre estes últimos, destaca a sala do grupo de pesquisa Psicologia, Saúde e Comunidades, coordenado pela professora Kátia Bones Rocha. 

O quadro docente do curso merece especial destaque: é constituído por professores com consistente formação acadêmica, possuindo pós-graduação stricto sensu, dos quais mais de 70% são doutores em suas áreas de especialidade. 

“Quase a totalidade dos docentes estão vinculados ao mercado de trabalho da psicologia, desempenhado atividades em clínicas, empresas, consultorias e/ou escolas. Tal característica permite que os professores ofertem conteúdos e experiências em sala de aula diretamente relacionados à atualidade do fazer em psicologia, permeados por exemplos de suas próprias práticas profissionais”, destaca o professor Cristiano. 

Por que estudar Psicologia na PUCRS? 

Tradição do curso, currículo consistente e carga prática estão entre os principais diferenciais do curso/ Foto: Giordano Toldo

O aluno graduado em Psicologia pela PUCRS sai preparado para lidar com os mais diversos desafios da profissão. O histórico consolidado do curso propicia reconhecimento por parte do mercado de trabalho, sendo um diferencial competitivo para os egressos. Além disso, as disciplinas práticas e os estágios obrigatórios exercem papel fundamental na preparação dos alunos para atuar na área. “O fato de os alunos terem dois anos de prática em estágios básicos e obrigatórios os coloca diretamente em contato com o mundo do trabalho, em diferentes áreas de atuação da psicologia”, acrescenta o docente.  

Ele destaca os principais atrativos e diferenciais do curso para aqueles que pensam em seguir carreira na Psicologia: a junção da tradição com a inovação, infraestrutura atualizada e excelentes professores.  

“O estudante tem a possibilidade de ter contato com as principais linhas teóricas e áreas de atuação da Psicologia na contemporaneidade, em uma formação abrangente, atualizada e permite a construção de diferentes trajetórias após a graduação. Além das disciplinas obrigatórias do curso, o estudante poderá acessar conhecimentos de diversas áreas por meio de disciplinas eletivas e projetos de extensão, ampliando sua visão de mundo e experiências de vida”, pontua ele. 

Além disso, há a integração da graduação com a pós, por meio do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP). Fundado em 1987, possui avaliação nota 7 pela CAPES (maior nota que um programa de pesquisa pode atingir no país) e é referência nacional e internacional em suas áreas de concentração, mantendo convênios e parcerias com outros programas internacionais de excelência em Psicologia e áreas afins. Por meio da integração com a graduação, os alunos podem desenvolver práticas de iniciação científica, bem como cursar disciplinas do mestrado, por meio de programas de fomento à pesquisa que a Universidade oferece. 

Estude Psicologia na PUCRS

Conheça as diferentes abordagens e as oportunidades de trabalho na área 

curso psico

Foto: Envato Elements

Nunca se falou tanto em saúde mental. As pessoas já vinham se preocupando mais com o autocuidado e desenvolvimento pessoal nos últimos anos, mas os abalos emocionais causados pela Covid-19 intensificaram ainda mais essa busca pelo bem-estar. A saúde mental dos brasileiros, inclusive, foi considerada uma das piores do mundo no pós-pandemia, principalmente entre jovens abaixo dos 35 anos, conforme mostra o relatório do Global Mind Project

É aí que entra a importância dos psicólogos/as, profissionais que avaliam e propõem tratamentos para minimizar o sofrimento emocional em diferentes situações e ambientes. Uma das áreas de atuação mais novas na profissão é, justamente, a de intervenção psicológica em contextos de emergências e desastres. Neuropsicologia, Psicologia do Esporte, Psicologia Forense, Psicologia Ambiental e Psicologia do Trabalho são outros exemplos de caminhos não tão convencionais que as pessoas formadas no curso de graduação podem seguir.  E quem sabe você seja uma delas no futuro, já pensou?

Continue a leitura para conhecer melhor a profissão, as diferentes abordagens e as oportunidades de trabalho na área. 

O que faz um psicólogo? 

De modo geral, o papel do psicólogo é intervir no funcionamento psíquico, nas manifestações comportamentais e nas relações interpessoais. Pareceu complicado? Calma, isso significa que ele avalia a mente, o comportamento e as emoções humanas com o objetivo de recomendar tratamentos que ajudem indivíduos e grupos a lidarem melhor com suas questões internas. Ou seja, onde houver pessoas, a psicologia está ou deveria estar presente. 

Leia também: Não haverá futuro sem saúde mental: conheça mais sobre o curso de Psicologia

Esse profissional pode atuar em diversos espaços, como clínicas particulares, escolas, empresas, indústrias, hospitais e clubes esportivos, por exemplo. Em cada um deles, as atividades do dia a dia e o público atendido pelo psicólogo são diferentes, mas o que não muda é que o seu propósito é contribuir para o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas. Embora a clássica imagem do psicólogo frente a frente com o paciente em um consultório seja a mais comum ao se pensar nessa carreira, as possibilidades vão muito além e podem, inclusive, envolver outras áreas do conhecimento. 

Quais são as oportunidades de trabalho na psicologia? 

Comparada a outras carreiras mais antigas, como Medicina, Advocacia e Contabilidade, a Psicologia é uma ciência relativamente jovem no Brasil. A profissão foi regulamentada há pouco mais de 60 anos, então ainda há muitas possibilidades a serem exploradas e novas áreas de atuação estão surgindo. O curso da PUCRS, aliás, foi primeiro da Região Sul e segundo a ser criado no Brasil, antes mesmo da regulamentação da profissão, sabia disso? 

É possível trabalhar de forma autônoma (em clínicas, consultório próprio ou assessoria psicológica para instituições), atuar no setor público prestando concursos voltados para psicólogos ou ser funcionário de uma empresa privada. A profissão ainda permite atender pacientes de forma remota em home office – aliás, esse serviço cresceu 52% após a pandemia de Covid-19 e segue sendo muito procurado. 

GRADUAÇÃO PRESENCIAL

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Conheça algumas das áreas em que o psicólogo pode atuar: 

Graduada em Administração, Alexandra Faro, de 50 anos, está se formando em Psicologia na PUCRS. / Foto: Luciana Marques

Quais são as principais abordagens?  

Independentemente da área ou do local em que atue, o psicólogo pode escolher a maneira como trabalhará com seus pacientes. Isso porque existem diferentes abordagens ou linhas teóricas que guiam como será a intervenção psicológica. Confira algumas delas: 

Como se destacar na área da psicologia? 

Por existirem tantas áreas e abordagens que o psicólogo pode seguir, a melhor forma de se destacar nesse universo é se tornar um especialista em uma ou mais delas. Fazer um curso que vá além da graduação não só vai aprofundar os conhecimentos sobre métodos e instrumentos de atuação, como também permite conhecer novas possibilidades e caminhos profissionais.  

Para quem quer se qualificar ainda mais, dois bons exemplos são as especializações em Psicologia do Esporte e, ambas oferecidas pela PUCRS. O primeiro curso explica como acontece a interação entre psicólogos e atletas/equipes esportivas, preparando o profissional para atuar no contexto do esporte. 

Leia também: Curso de Psicologia prepara profissionais para os desafios da saúde mental na atualidade

Seu interesse está em outras áreas da Psicologia? Sem problemas, há muitas outras pós-graduações para quem quer se especializar nas demais possibilidades de carreira para psicólogos. Conheça aqui

Será que o curso de psicologia é para mim? 

Se você gosta de ouvir e conversar com pessoas, tem curiosidade para descobrir como funciona a subjetividade humana, questiona por que as pessoas têm determinados comportamentos e consegue olhar para dentro de si de forma analítica, a graduação em Psicologia pode ser uma ótima opção. O principal instrumento de trabalho do psicólogo é a sua capacidade de escuta e reflexão crítica, constituindo-se em condição presente no fazer independentemente da área de especialidade que possa assumir na carreira. 

Tudo isso é aprendido e praticado durante a graduação em Psicologia, que desde o primeiro semestre tem disciplinas que ensinam sobre os comportamentos humanos e apresentam como é a carreira nessa área. Na PUCRS, por exemplo, algumas das disciplinas oferecidas no 1º semestre são: 

Nos semestres seguintes, as atividades aprofundam ainda mais os estudos e abordam as diferentes áreas de atuação. Veja algumas das disciplinas: 

Ao longo do curso, os futuros psicólogos ainda realizam estágios profissionalizantes que são fundamentais não só para ganharem vivência prática, como também para entrarem no mercado de trabalho e começarem sua carreira.  

E aí, ficou interessado em fazer Psicologia? Essa profissão tem uma função muito importante hoje em dia, afinal, as pessoas buscam cada vez mais bem-estar e qualidade de vida. Quer conhecer mais sobre o curso? 

Estude Psicologia na PUCRS

Professores da PUCRS e Conselho Regional de Psicologia oferecem curso gratuito rápido para quem está atuando nos resgates

Neste momento de calamidade no Rio Grande do Sul, a PUCRS abriga pessoas e famílias afetadas pelas chuvas e enchentes no Estado nas dependências do Parque Esportivo (Prédio 81) e também recebe e encaminha doações. Para contribuir com as iniciativas de acolhimento em saúde mental às vítimas, os professores Christian Haag Kristensen e Caroline Santa Maria Rodrigues, integrantes do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trauma e Estresse (Nepte), da Escola de Ciências da Saúde e da Vida criaram um curso rápido, voltado às pessoas que estão atuando como voluntárias em resgates, abrigos e de outras formas. O objetivo é facilitar o atendimento psicológico mais adequado no momento. O material conta também com o apoio do Conselho Regional de Psicologia (CRP-RS).

O curso Primeiros Socorros Psicológicos: Intervindo em Situações de Crises, Desastres e Catástrofes foi gravado pela dupla de pesquisadores especialistas e dividido em duas partes. Na primeira parte, é realizada uma contextualização de desastres, quais os possíveis efeitos psicológicos e ainda, agravantes da situação, como fome, machucados, abusos, entre outras situações. Na segunda, são explicadas as maneiras práticas de abordar e comunicar com as vítimas e as formas de comunicação adequadas. Veja os vídeos no final da página e também no canal do Youtube da PUCRS.

Confira breves instruções de primeiros cuidados psicológicos

Saiba como se comunicar

Incentive estratégias positivas

Eventos como este podem causar reações diversas, que podem durar dias ou semanas

Clique para visualizar as duas partes do curso rápido:

Os professores ainda afirmam que é preciso considerar as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade, como crianças e adolescentes, pessoas com problemas de saúde, deficiências, ou ainda correndo risco de discriminação ou violência. O curso busca oferecer um panorama rápido, para que as pessoas atingidas pela catástrofe sejam tratadas de maneira humanizada.

As atividades acadêmicas foram suspensas, mas o nosso Campus se mantém aberto aos/às estudantes e à comunidade, oferecendo acesso à energia elétrica, equipamentos, ambientes de estudo, serviços de alimentação e uso das estruturas disponíveis.

Confira: Saiba como e o que doar para as pessoas afetadas pelas chuvas no Estado

Com convidados especiais, nova temporada promete mais insights científicos sobre bem-estar e saúde mental

O primeiro episódio contou com a participação da doutoranda e psicóloga Juliana Markus (esquerda), da psicóloga Eduarda Zorgi Salvador (meio) e do líder do Projeto de Meditação da Pastoral, Malone Rodrigues (direita). / Foto: Divulgação

Aguardada com grande expectativa, a segunda temporada do podcast “Respira Fundo” foi lançada nesta segunda-feira, dia 29/4. O programa, que conquistou ouvintes com sua abordagem científica e acessível, é uma iniciativa colaborativa entre o Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS e o Grupo de Pesquisa: Avaliação em Bem-Estar e Saúde Mental (ABES) da Escola de Ciências da Saúde e da Vida.  

Nesta temporada, que conta com a ancoragem do professor Wagner de Lara Machado, da doutoranda e psicóloga Juliana Markus, e do filósofo e líder do Projeto de Meditação da Pastoral, Malone Rodrigues, o podcast promete trazer temas profundamente conectados ao bem-estar e à felicidade, todos fundamentados em pesquisas recentes da universidade. Malone relembra o surgimento do programa e celebra o início da segunda temporada.  

“A Pastoral estabeleceu uma parceria com o grupo de pesquisa ABES para investigar a meditação em realidade virtual, e queríamos compartilhar com a comunidade essa iniciativa de uma maneira leve, mas científica. Percebi que poderíamos utilizar o espaço da Universidade para divulgar as pesquisas que realizamos, relacionadas às práticas de bem-estar, espiritualidade e cuidado integral, por meio de um podcast. Felizmente, a ideia foi bem recebida e agora passamos para uma nova temporada”, conta o apresentador.   

 
Após uma primeira temporada de sucesso, a nova temporada pretende mergulhar ainda mais nos estudos universitários que tocam diretamente a vida cotidiana dos ouvintes. Malone ainda reflete sobre a importância do podcast para auxiliar a divulgação científica de outra maneira.  

“A abordagem leve e acessível permite que informações complexas sejam compreendidas por um público mais amplo. Isso não apenas democratiza o acesso ao conhecimento, mas também promove uma maior conscientização sobre questões de bem-estar e saúde mental. O podcast não apenas informa, mas também empodera os ouvintes, promovendo mudanças positivas em suas percepções e comportamentos”, reforça Malone. 

Confira abaixo os temas dos próximos episódios e seus convidados:  

Por que voltamos para lugares que nos fazem mal? | Convidada: Eduarda Zorgi Salvador (psicóloga) 

Mindfulness e bem-estar | Convidada: Bruna Rocha (psicóloga) 

Exercício físico com sentido | Convidada: Marcela Alves Sanseverino (psicóloga e educadora física) 

Bem-estar na jornada empreendedora | Convidado: Felipe Santos Machado (gestor) 

Imagem corporal e autocompaixão | Convidado: Bolivar Ramos Cibils Filho (psicólogo) 

Vivenciando o luto | Convidada: Luciana Villa Verde Castilhos (psicóloga) 

Terapia do Esquema e Necessidades Emocionais Básicas | Convidado: Leonardo Wainer (psicólogo) 

Bem-estar financeiro | Convidado: Nicolas de Oliveira Cardoso (psicólogo) 

Zen-budismo e saúde integral | Convidado: André Luiz da Silva (médico e monge) 

Para aqueles interessados em ciência aplicada ao cotidiano, com uma pitada de leveza e profundidade, essa nova temporada promete ser uma oportunidade para entender melhor os complexos aspectos da saúde mental e do bem-estar pessoal, em diversos contextos. Os episódios serão divulgados quinzenalmente, tanto no YouTube da PUCRS quanto no Spotify do programa “Respira Fundo”.  

Georges Hilal está no último semestre do curso de Psicologia da PUCRS/ Foto: Giordano Toldo

Georges Hilal, de 22 anos, é de Sant’anna do Livramento, e sempre teve o desejo de escutar e compreender o funcionamento da mente humana. Já Ketlin Costa, de 26 anos e natural de Viamão, tinha um objetivo mais específico: aprender sobre como se dão as relações étnico-raciais no contexto brasileiro e os efeitos psicossociais causados pelo racismo, principalmente na população negra. O interesse e a curiosidade pelas particularidades das relações humanas os levaram a um lugar em comum: atualmente, ambos estão no último semestre do curso de Psicologia da PUCRS. 

Para eles, a graduação em Psicologia da PUCRS é um privilégio e um diferencial e tanto na carreira. Georges destaca a excelência do ensino, que o fez escolher estudar na Universidade:  

“Escolhi a PUCRS pela excelência no ensino e reconhecimento no mercado de trabalho, sendo uma das mais renomadas no Brasil e nas Américas. Aqui temos uma experiência completa: das salas de aula bem equipadas aos espaços de lazer, da maior biblioteca da América Latina aos eventos culturais na Rua da Cultura. Além disso, a possibilidade de internacionalização é mais um atrativo. Tudo é pensado para a realização de um futuro promissor.” 

Ketlin descreve a experiência de cursar Psicologia na PUCRS como gratificante e transformadora: 

“Considero a PUCRS uma Universidade incrível, que proporciona vivências plurais e diversas ao longo do curso. Os serviços e ações dentro do campus e articulações fora dele são um diferencial transformador na formação profissional. Sinto-me muito alegre e grata por estudar aqui.” 

Pluralidade de oportunidades e experiências levaram Ketlin Costa a escolher cursar Psicologia na PUCRS/ Foto: Giordano Toldo

Nos últimos anos, a preocupação com a saúde mental vem aumentando cada vez mais, juntamente com o número de pessoas atingidas por transtornos psicológicos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais pessoas com ansiedade e o quinto com mais diagnósticos de depressão. Nesse contexto, é essencial a formação de profissionais para cuidar da saúde mental da população e para a promoção da saúde.

Em vista disso, o curso de Psicologia da PUCRS tem como principal foco formar psicólogos/as generalistas, teórica e tecnicamente embasados/as para atuar em diferentes cenários socioculturais e profissionais; capazes de compreender os sujeitos e seus processos de subjetivação de forma integral, empenhados/as no desenvolvimento profissional, na atuação ética, na transformação social e na promoção da saúde. 

Ocorrida em 1953, a fundação da graduação em Psicologia da PUCRS é anterior até mesmo à regulamentação da profissão no Brasil, pela lei 4119/62. Foi o segundo curso da área a ser fundado no País, permitindo que muitos dos psicólogos que participaram da constituição da psicologia como área de prática profissional e científica fizessem sua formação na PUCRS.  

Cristiano Dal Forno, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e coordenador do curso, reitera a tradição e destaca o currículo renovado e conectado com as exigências sociais, além da localização em um campus universitário que oportuniza aos estudantes intercâmbios com as diversas áreas do saber e vivências transformadoras. 

“O curso conta com um Laboratório de Processos Psicológicos Básicos, no qual se podem realizar experimentos virtuais, além de incomparável estrutura física e humana para a realização das práticas supervisionadas, com mais de 22 salas para atendimentos individuais e de grupos, sala de espelho para atendimentos e observações e mais de dez psicólogos supervisores”, explica ele. 

Serviço-escola oferece atuação prática aos alunos 

O curso de Psicologia conta com diversos espaços de aprendizagem que fomentam o desenvolvimento acadêmico e profissional dos estudantes. O maior destaque é o Serviço Escola do Curso, destaque na área por contar com variados núcleos de estágio: psicologia social-comunitária, escolar, do trabalho, clínica psicanalítica, comportamental e sistêmica e, também, os recém implantados núcleo de avaliação psicológica e núcleo de estágios básicos.

“Como campos de práticas supervisionadas, as instalações do Hospital São Lucas e do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima recebem muitos dos alunos do curso em estágios básicos e profissionalizantes”, acrescenta Cristiano.  

Prédio 11 abriga salas e outros espaços de aprendizagem do curso de Psicologia/ Foto: Divulgação

Além desses espaços, há ainda mais de 100 locais externos à Universidade credenciados para estágio obrigatório, em diferentes áreas de atuação: psicologia clínica (diferentes abordagens teóricas), psicologia do trabalho, jurídica, do esporte, comunitária, hospitalar. O coordenador afirma que esses espaços proporcionam aos alunos contato com o amplo campo da psicologia e do ofício do psicólogo, por meio de práticas supervisionadas por profissionais com experiências em suas áreas. 

“Um dos princípios que direcionam a formação ofertada pelo curso de Psicologia da PUCRS é a ética profissional e atenção aos Direitos Humanos, preceitos fundamentais. Em virtude disso, os espaços de aprendizagem ofertam oportunidades de práticas que colocam o estudante em contato direto com o fazer técnico, mas fomentam, em grande medida, a reflexão ética e a função cidadã da profissão.” 

Georges elogia muito a estrutura física do curso, principalmente as salas de aula, nas quais os alunos passam longas horas de estudo. Além das salas, o espaço que ele mais utiliza – e seu favorito – é o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), que ele descreve como excelente e um terreno fértil para os estudantes que desejam se aventurar nas diferentes áreas da Psicologia. “Lá, inaugurei a minha escuta clínica e vivi instantes marcantes. A sala de espelhos é uma relíquia! Circular pela estrutura física do curso é um privilégio”, afirma. 

Quem também adora o SAPP e a sala de espelhos é Ketlin, que realiza seu estágio obrigatório no serviço. Além disso, ela exalta os diversos espaços do prédio 11, incluindo as secretarias, o auditório e os grupos de pesquisa do curso. Entre estes últimos, destaca a sala do grupo de pesquisa Psicologia, Saúde e Comunidades, coordenado pela professora Kátia Bones Rocha. 

O quadro docente do curso merece especial destaque: é constituído por professores com consistente formação acadêmica, possuindo pós-graduação stricto sensu, dos quais mais de 70% são doutores em suas áreas de especialidade. 

“Grande parte dos docentes estão vinculados ao mercado de trabalho da psicologia, desempenhando atividades em clínicas, empresas, consultorias e/ou escolas. Tal característica permite que os professores ofertem conteúdos e experiências em sala de aula diretamente relacionados à atualidade do fazer em psicologia, permeados por exemplos de suas próprias práticas profissionais”, destaca o professor Cristiano. 

Por que estudar Psicologia na PUCRS? 

Tradição do curso, currículo consistente e carga prática estão entre os principais diferenciais do curso/ Foto: Giordano Toldo

O aluno graduado em Psicologia pela PUCRS sai preparado para lidar com os mais diversos desafios da profissão. O histórico consolidado do curso propicia reconhecimento por parte do mercado de trabalho, sendo um diferencial competitivo para os egressos. Além disso, as disciplinas práticas e os estágios obrigatórios exercem papel fundamental na preparação dos alunos para atuar na área. “O fato de os alunos terem dois anos de prática em estágios básicos e obrigatórios os coloca diretamente em contato com o mundo do trabalho, em diferentes áreas de atuação da psicologia”, acrescenta o docente.  

Ele destaca os principais atrativos e diferenciais do curso para aqueles que pensam em seguir carreira na Psicologia: a junção da tradição com a inovação, infraestrutura atualizada e excelentes professores.  

“O estudante tem a possibilidade de ter contato com as principais linhas teóricas e áreas de atuação da Psicologia na contemporaneidade, em uma formação abrangente, atualizada e que permite a construção de diferentes trajetórias após a graduação. Além das disciplinas obrigatórias do curso, o estudante poderá acessar conhecimentos de diversas áreas por meio de disciplinas eletivas e projetos de extensão, ampliando sua visão de mundo e experiências de vida”, pontua ele. 

Além disso, há a integração da graduação com a pós, por meio do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP). Fundado em 1987, possui avaliação nota 7 pela CAPES (maior nota que um programa de pesquisa pode atingir no país) e é referência nacional e internacional em suas áreas de concentração, mantendo convênios e parcerias com outros programas internacionais de excelência em Psicologia e áreas afins.

Por meio da integração com a graduação, os alunos podem desenvolver práticas de iniciação científica, bem como cursar disciplinas do mestrado, por meio de programas de fomento à pesquisa que a Universidade oferece. 

ESTUDE PSICOLOGIA NA PUCRS

5 dicas, como praticar o autoconhecimento
Praticar o autoconhecimento auxilia a ampliar a autoconsciência e a visão sobre a autoimagem. / Foto: Envato Elements

O aforismo atribuído ao filósofo grego Sócrates, “conhece-te a ti mesmo”, é uma das referências mais citadas quando o assunto é o autoconhecimento. Saber identificar suas habilidades, vulnerabilidades, desejos e comportamentos é uma habilidade fundamental para o desenvolvimento individual. Conhecer a si mesmo, portanto, significa ampliar a autoconsciência e a visão sobre a autoimagem.

Praticar o autoconhecimento, no entanto, nem sempre é fácil. Para auxiliar, professora Manoela Ziebell, do curso de Psicologia daEscola de Ciências da Saúde e da Vida, listou cinco ações que podem facilitar seu processo de desenvolvimento. Confira:   

1) Conecte seu passado com seu presente para pensar sobre o futuro 

A pessoa que você é hoje foi construída ao longo de sua trajetória de vida a partir de interesses, tomadas de decisão e experiências. O exercício de repensar sobre momentos da sua história possibilita que você se pergunte o porquê de algumas escolhas. Essas respostas podem auxiliar a entender seus interesses, hábitos, relações e preferências atuais.  

Conectar esses pontos também permite que você pense sobre o futuro com mais clareza, identificando objetivos com maior sentido em sua vida e estabelecendo metas mais factíveis considerando seu contexto atual. A clareza sobre seu ponto de partida, onde você está hoje e o que quer alcançar pode contribuir para aumentar o sucesso no cumprimento de suas metas.  

2) Observe sua energia e engajamento 

Em que momentos do dia você tem mais energia? E em quais tem menos? Que tipos de atividade lhe dão mais prazer? Quais gostaria de não precisar fazer? Por que isso acontece? Responder essas perguntas pode ajudar você a organizar melhor seu dia e suas atividades de forma a ter mais prazer e mais energia quando as realiza. 

Isso aumenta seu senso de autoeficácia e atende uma necessidade de competência que todas as pessoas têm. Se você não sabe a resposta, procure observar como se sente ao longo da semana e faça registros. Identifique, para cada atividade, como está sua energia e o quanto você se sente envolvido com ela.  

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3) Experimente coisas novas 

5 dicas, como praticar o autoconhecimento
Experimentar novos desafios e diferentes formas de realizar atividades contribui para que você se conheça mais. / Foto: Envato Elements

Procure ter novas experiências e observe como se sente. Neste momento de distanciamento social, experimente diferentes formas de se organizar para estudar; fazer uma comida que você nunca fez; ampliar o tempo e a forma como lida com um hobby; ou aprender algo diferente. 

Procure desafios compatíveis com o tempo de que você dispõe e com o seu nível de habilidade. Experimentar coisas novas e muito difíceis pode fazer com que você desanime ou avalie negativamente a experiência. Se você tentou algo novo e não teve certeza sobre o que pensa ou como se sente, experimente mais uma vez. E tome cuidado para não se expor a riscos desnecessários nesse processo. Se precisar, peça ajuda. E, se não tiver certeza de que é seguro, melhor não fazer. 

4) Pergunte a pessoas próximas 

Escolha pessoas com quem tenha intimidade o suficiente (para que elas não se sintam constrangidas em ser sinceras) e peça um feedback. Questione o que elas identificam em você como melhores e piores características. E, mais importante do que isso, peça exemplos de situações em que você mostra esses comportamentos. Esse exercício é importante para identificar pontos fortes e pontos de melhoria, mas principalmente para poder pensar em como melhorá-los. Se estiver disposto fazer esse exercício, lembre-se de escolher algum ponto para desenvolver e, depois de algum tempo, pergunte à mesma pessoa que lhe ajudou se ela consegue notar alguma mudança ou melhoria. 

5) Pense sobre seus pensamentos, sentimentos e desejos 

Na correria do dia a dia, não costumamos reservar um tempo para pensar sobre nós mesmos e como nos sentimos em relação às diferentes situações. Isso pode fazer com que a nossa ação seja sempre automática ou sempre uma reação (no sentido de responder ao que acontece e não de fazer com que as coisas aconteçam). Esse exercício de olhar para dentro não precisa ter hora marcada, mas, para quem não tem o costume, pode ser uma boa ideia tentar fazê-lo antes de dormir.  

Refletir sobre como você pensa, sobre seus sentimentos e desejos pode ajudar a entender melhor como você reage a diferentes situações, sendo o primeiro passo para que você consiga administrar melhor suas respostas emocionais e comportamentais. Por exemplo, se você entrou em uma discussão com um amigo e respondeu de forma dura, pense sobre o que fez com que respondesse assim, como se sentiu e como gostaria de ter respondido. Avalie se teria como fazer diferente ou como poderia lidar com a mesma situação caso ela acontecesse de novo. Esses insights podem te ajudar a agir melhor e de forma mais coerente com quem você é e quem deseja.  

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