A decana da Escola Politécnica, Sandra Mara Oliveira Einloft, recebeu o título da Universidade Toulouse. A Universidade Francesa têm histórico de cooperação em pesquisa com a PUCRS. / Foto: Divulgação

A professora e pesquisadora Sandra Mara Oliveira Einloft, da Escola Politécnica da PUCRS, recebeu, nesta segunda-feira (26), o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Paul Sabatier-Toulouse III, na França. A docente, que também é a decana da escola, conta como se sente honrada com o reconhecimento do seu trabalho e com o fato de seus esforços estarem sendo valorizados e apreciados por instituições de renome.  

Saber que meu nome foi proposto pelos pesquisadores que eu colaboro na Universidade Paul Sabatier-Toulouse III (UPS) e ter passado por pareceristas da minha área de atuação que avaliaram a relevância e impacto do meu trabalho é muito gratificante”, celebra. 

“Honoris Causa” significa “por causa da honra” em latim – a expressão nomeia o título concedido a profissionais que possuem grande relevância e importância em sua área de atuação. A concessão do Honoris Causa requer a aprovação de muitas pessoas e instituições. No caso da professora Sandra, a aprovação veio do conselho científico da Universidade Toulouse e do Ministério das Relações Exteriores francês. 

Além de ser uma grande emoção, a pesquisadora também recebe o título com um grande senso de responsabilidade: 

“Implica em manter o compromisso de continuar trabalhando em prol da excelência acadêmica e do avanço do conhecimento científico da área de mudanças climáticas, mais especificamente no desenvolvimento de soluções tecnológicas para capturar o dióxido de carbono emitido em processos industriais, que é a área que atuo e colaboro com a UPS.” 

PUCRS e UPS tem histórico de cooperação em pesquisa  

A decana recebe o título de Doutora Honoris Causa com alegria. / Foto: Giordano Toldo

A PUCRS possui parcerias de pesquisa científica com diversas instituições internacionais ao redor do mundo – sendo uma delas a UPS. Sandra colabora com a universidade francesa desde 2011, e a parceria já formou três doutores em regime de dupla titulação, além de um novo doutorando iniciando neste ano, com previsão de passar um ano na França em 2025. “Já publicamos 15 artigos científicos em parceria, e em 2014 atuei como professora convidada na UPS. Nestes anos tivemos diversas missões de pesquisadores brasileiros visitando a UPS e de colegas franceses visitando a nossa universidade”, conta. 

Mulheres cada vez mais presentes na ciência 

Sandra é graduada em Química pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e possui mestrado e doutorado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Também possui pós-doutorado pela Universidade Pièrre et Marie Curie-Paris VI. Na PUCRS, foi Diretora da Faculdade de Química entre 2004 e 2017, sendo atualmente professora titular e decana da Escola Politécnica. Como pesquisadora, seu trabalho se concentra principalmente na área de mudanças climáticas, com foco em captura e transformação de CO2.  

Sendo uma mulher em posição de autoridade dentro de ramos predominantemente masculinos, como engenharia e tecnologia, a docente diz que ganhar o título de Doutora Honoris Causa por seu trabalho nessas áreas demonstra que as barreiras de gênero estão sendo gradualmente superadas, e que as mulheres estão ocupando cada vez mais espaços de liderança e influência nesses campos. 

“Essa representatividade é fundamental para inspirar outras mulheres e mostrar que elas também podem seguir carreiras nessas áreas, encorajando-as a buscar seus objetivos profissionais, independentemente de estereótipos de gênero. Além disso, ao ocupar essa posição, tenho a oportunidade de promover a diversidade, a equidade de gênero e a inclusão, trabalhando para criar um ambiente mais equitativo e acolhedor para todos os estudantes e profissionais da área”, pontua.

Leia também: Juremir Machado recebe título de Doutor Honoris Causa de Universidade francesa

Energia Eólica

A energia eólica representada 12,5% da matriz energética brasileira. / Foto: Pexels

A força dos ventos é utilizada pelas pessoas há muito tempo e, pelo menos há mais três mil anos, a humanidade conhece recursos como o cata-vento, por exemplo. Mas como evoluímos de uma prática primitiva para uma realidade em que o vento – recurso inesgotável – torna-se protagonista e fundamental para a economia e a sustentabilidade de um País?  

A energia eólica é uma fonte de energia limpa e renovável que contribui, inclusive, para a redução da emissão de gases de efeito estufa. Isso acontece porque a sua extração tem um impacto ambiental limitado essencialmente às etapas de fabricação, transporte e montagem. De acordo com o coordenador do curso de Engenharia Mecânica da PUCRS, Sérgio Boscato Garcia, a fonte de energia favorece o desenvolvimento sustentável e é compatível com a agropecuária e outros usos do solo, não sendo necessárias desapropriações de áreas ou remanejamentos de pessoas.   

O docente, que coordena também o Laboratório de Energia Eólica (Lab-Eólica), espaço dedicado à pesquisa, extensão e ao ensino-aprendizagem, explica que a energia eólica contribui para o desenvolvimento econômico descentralizado e que a instalação de parques próximo a centros de carga reduz as perdas elétricas na transmissão de energia, além de aumentar a confiabilidade da região.    

Segundo dados da da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), esse tipo de energia tem um impacto positivo em economias locais aumentando o PIB e o IDH municipal em cerca de 25%. Estima-se que a cada R$ 1,00 investido em eólicas há um impacto de R$ 2,9 no PIB e, atualmente, cerca de 11 postos de trabalho são gerados por megawatt (MW) instalado. De acordo com Sérgio, essa fonte de energia pode ser bastante vantajosa para os proprietários das terras, pois permite a continuidade das plantações ou criação de animais e gera renda e melhoria de vida com arrendamento para colocação das torres.   

“É importante destacar que a energia eólica é intrinsicamente complementar, pois o vento é uma variável aleatória e requer uma análise probabilística para a predição do abastecimento. Entretanto, no Brasil, os regimes naturais eólicos e hidráulicos se complementam, o que fica evidente na matriz elétrica nacional, que tem como principal fonte as hidrelétricas, com 54,6%, e em segundo lugar a eólica, com 12,5%”, destaca o pesquisador. 

Leia mais: Tecnologia pioneira na América Latina removerá até 5.000t de CO2 do ar por ano

Como funcionam as turbinas eólicas 

Segundo o relatório da ABEEólica publicado em 2021, o RS é o quinto estado brasileiro que mais produz energia eólica. / Foto: Pexels

As turbinas eólicas são máquinas projetadas para extrair a energia cinética do vento, a qual pode ser utilizada para fins como a realização de trabalho ou a conversão em energia elétrica. O coordenador do Lab-Eólica esclarece que o funcionamento de uma turbina eólica é baseado na rotação de um rotor que opera sob a ação dos ventos. De acordo com o professor, trata-se de um equipamento complexo e sua operação envolve vários campos do conhecimento, como meteorologia, aerodinâmica, eletricidade, controle, bem como as diferentes áreas da engenharia.  

Atualmente, existem diferentes tipos e tecnologias de turbinas eólicas, as mais comuns e amplamente utilizadas na produção de energia elétrica são as de eixo horizontal de grande porte, denominadas assim, pois possuem um rotor que gira sobre um eixo disposto horizontalmente. O rotor é o principal componente de uma turbina eólica e geralmente é formado por três pás com perfis aerodinâmicos conectadas por suas bases em um elemento denominado cubo.   

Boscato explica que com a incidência do vento sobre as pás, são desenvolvidas forças aerodinâmicas responsáveis pela rotação do rotor que aciona um gerador elétrico. Uma vez que funcionam pelo princípio físico da sustentação aerodinâmica – similar ao observado nas asas de um avião – são classificadas como turbinas de sustentação.  

“A significativa produção de energia elétrica a partir da energia eólica advém de complexos com múltiplas turbinas instaladas, denominados parques eólicos. Parques eólicos e sistemas conectados à rede não utilizam baterias para o armazenamento de energia, ou seja, produzem energia somente quando existe disponibilidade de vento”, conta

Saiba mais: Energia do futuro? Entenda o que é o hidrogênio verde

Crescimento na indústria brasileira  

Com um investimento de 42 bilhões de dólares entre 2010 e 2021, a energia eólica apresentou um significativo crescimento nos últimos 15 anos e agora ocupa o segundo lugar em fonte de energia da matriz elétrica brasileira. Atualmente, são 24,13 GW de capacidade instalada, com 869 parques eólicos e mais de 9770 turbinas eólicas em operação em doze estados do País.   

Saiba mais: Energia do futuro? Entenda o que é o hidrogênio verde

Em 2021, foram produzidos mais de 72 TWh de energia eólica, um crescimento de 27% em relação à 2020. Conforme Boscato, essa produção de energia significa que cerca de 108 milhões de habitantes foram beneficiados e que cerca de 34 milhões de toneladas de CO2 foram evitadas pelo uso da energia eólica.  

Em relatórios da ABEEólica, foram apresentados que os cinco estados com maior produção no ano de 2021 foram Rio Grande do Norte (21,23 TWh), Bahia (21,15 TWh), Piauí (9,10 TWh), Ceará (7,91 TWh) e Rio Grande do Sul (5,63 TWh), sendo a região Nordeste com uma produção muito próxima ao total do sistema. Em um panorama global, com informações do Global Wind Energy Council (GWEC), o Brasil subiu uma posição no Ranking Mundial de capacidade eólica acumulada onshore em 2021, atrás apenas da China, EUA, Alemanha, Índia e Espanha.  

Estude Energia Eólica na PUCRS 

A PUCRS é a primeira Universidade do Sul a criar um curso de graduação em Engenharia de Energias Renováveis. Com um currículo atual, feito por profissionais que são referência na área, os estudantes possuem contato com inovação e desenvolvimento social, científico, cultural e econômico, para atuarem nas áreas de produção e uso de energia, de infraestrutura de transporte dos vetores energéticos e de gestão e comercialização de energia.  

Leia também: Consórcio internacional discute avanços na construção de universidades mais sustentáveis

O Laboratório de Energia Eólica fica localizado na Escola Politécnica da PUCRS. / Foto: Jonathan Heckler

Além disso, a Escola Politécnica da PUCRS dispõe de diversos laboratórios e grupos de pesquisa que atuam com as mais diferentes fontes de energia. Um deles é o Lab-Eólica, coordenado pelo professor Boscato, que possui uma estrutura e equipamentos que permitem uma vivência única, tornando possível a realização de experimentos que demonstram a teoria abordada durante a graduação, ou também em cursos de extensão e pós-graduação. Seu espaço está disponível para o desenvolvimento de trabalhos de conclusão de curso, estudos de equipes de competição estudantil, testes e ensaios em geral.   

Dentre os trabalhos acadêmicos desenvolvidos, em 2020, o egresso Vinícius Kronhardt Calgaro, realizou um estudo sobre Desenvolvimento de um Equipamento para Aplicação da Técnica de Visualização de Fluxo por Fumaça em Túnel de Vento, artigo publicado no VIII Congresso Brasileiro de Energia Solar com a coautoria de Gabriel Simioni e orientação do professor Boscato. Também, recentemente, em 2022, o alumni Vinícius de Souza Rebello foi premiado na Universidade como Melhor Trabalho de Conclusão de Curso com seu estudo intitulado Análise da Distribuição de Pressões em um Aerofólio Multi-Elementos com Foco em Downforce, sob a orientação do professor Jorge Hugo Silvestrini, coordenador do Laboratório de Simulação de Escoamentos Turbulentos (LaSET).  

O LaSET é um laboratório de pesquisa orientada ao estudo de escoamentos transicionais e turbulentos em meios geofísicos, ambientais e industriais, no qual, com a orientação dos professores Jorge Hugo Silvestrini e Karina Ruschel, a acadêmica egressa Caroline Bitencourt Fraccaro desenvolveu o trabalho de conclusão intitulado Simulação Numérica de Turbinas Eólicas: Um Estudo de Caso. 

A Escola Politécnica também oferece o curso de Especialização em Energias Renováveis, que se configura por ser uma capacitação de recursos humanos em energias renováveis e meio ambiente.   

Estude na PUCRS em 2023

Gabriela Zorzo

A aluna de Ciência da Computação Gabriela Zorzo esteve presente na Conferência Anual de Desenvolvedores da Apple. / Foto: Arquivo Pessoal

Imagine ser premiada em uma competição e ainda poder participar do maior e mais aguardado evento de lançamentos da Apple: essa é a história da Gabriela Zorzo, aluna do curso de Ciência da Computação, da Escola Politécnica da PUCRS. Em 2022, ao lado de outros cinco estudantes, ela venceu o Swift Student Challenge, uma competição da Conferência Anual de Desenvolvedores da Apple (WWDC), e que visa estimular o interesse dos estudantes em programação.  

Dentre as oportunidades que surgiram com a premiação, uma delas foi o convite para prestigiar presencialmente um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, a Conferência Anual de Desenvolvedores da Apple. A edição deste ano aconteceu no último dia 5 de junho, na cidade de Cupertino, na Califórnia (EUA).  

Leia mais: Educação para o futuro: como personalizar a sua formação

“Eu acompanho esse evento de forma online desde que me tornei desenvolvedora iOS, mas esse ano tive a oportunidade de assistir presencialmente uma parte do evento diretamente do Apple Park na Califórnia”, comemora.  

A WWDC é uma conferência mundial de tecnologia que a Apple realiza anualmente desde 1983. É um dos eventos mais aguardados no ano no setor, pois é nele que a Apple realiza seus lançamentos, atualizações de software e mostra as novas tecnologias no iOS, iPadOS, macOS, e demais sistemas. Com transmissão online desde 2020, é voltado para desenvolvedores cadastrados nas plataformas da empresa. Gabriela participou em 2022 do programa Apple Developer Academy da PUCRS e contou sobre sua experiência na conferência. 

“Além de poder ver todos os lançamentos em primeira mão, como o novo MacBook Air 15” e o Apple Vision Pro, também foi possível conversar com diversos especialistas sobre as tecnologias da Apple, inclusive para tirar dúvidas. Esse ano também foram abertas áreas do Apple Park para visitarmos que não tinham sido abertas para o público antes, o que torna esse evento mais especial ainda.” 

A estudante participou do evento com um seleto grupo de convidados. Ela destaca que conhecer pessoas de diferentes lugares do mundo foi uma das partes mais legais do evento. 

“Com tantas novidades lançadas e conhecimentos novos adquiridos, agora o próximo passo é começar a utilizar essas novas tecnologias pra desenvolver aplicativos cada vez melhores.” 

Estude Ciência da Computação na PUCRS em 2023

Alunos da Escola Politécnica participam de parceria com a University of California, Irvine (UCI)/ Foto: Divulgação | Tecnopuc

Em 2022, a PUCRS e a Universidade da Califórnia, Irvine (UCI) formalizaram uma parceria que promoveu a versão conjunta do Beall and Butterworth Product Desing Competition. Por meio dos parques tecnológicos, as universidades propiciaram a interação entre os alunos da Escola Politécnica da PUCRS com estudantes de Engenharia e Ciência da Computação da UCI. A iniciativa, que é promovida anualmente pela UCI, incentiva a criação de novas tecnologias ou soluções para problemas de Design que tenham potencial para comercialização. 

Entre Agosto de 2021 e o início de 2023, Rafael Prikladnicki, professor da Escola Politécnica, atuou como pesquisador visitante na UCI. A permanência do docente na Universidade de Irvine nesse período foi um dos fatores que impulsionou a parceria entre as duas universidades – o acordo entre as duas instituições foi formado em 2022 no Tecnopuc Experience. Além do professor Prikladnicki, estavam presentes no evento Leandro Pompermaier, (Gestor de Relacionamento e Negócios do Tecnopuc), Rafael Chanin (que na ocasião atuava como Líder do Tecnopuc Startups), David Ochi (Diretor da competição na UCI) e Pedro Matia (aluno da Escola Politécnica e participante da competição). 

Dividido nessas duas áreas, os participantes trabalharam para desenvolver produtos voltados ao mercado brasileiro e americano. A avaliação dos trabalhos foi realizada por uma banca avaliadora formada por especialistas do mercado e por professores da PUCRS e da UCI, e os vencedores foram anunciados no dia 24 de maio. O grupo vencedor, Nimko, é formado pelos alunos do 4° semestre da Engenharia de Software da PUCRS, Thomas Melison, Felipe Rava e Léo Falcão, além de mais quatro alunos da UCI. Eles desenvolveram um aplicativo, com inteligência artificial, para equilibrar o que seria benéfico para a saúde física e mental das gestantes. Os alunos da PUCRS foram responsáveis por desenvolver o protótipo do aplicativo, como toda a parte de design e front-end da plataforma.  

Parceria entre a PUCRS e a UCI faz parte das iniciativas de internacionalização do Tecnopuc/ Foto: Divulgação | Tecnopuc

“Foi muito bom ter essa experiência. Eles foram bem receptivos e conseguimos nos comunicar bem. Foi uma ótima experiência para aprender inglês, conhecer outras culturas e desenvolver o aplicativo”, afirma Thomas.

Como parte do prêmio, os alunos vencedores da  PUCRS e da UCI poderão visitar a universidade parceira. O trio soube da parceria entre PUCRS e UCI em uma das disciplinas do curso. Eles escolheram o grupo em que iam trabalhar a partir da descrição da proposta, realizada pelos alunos da UCI. A partir de então, os estudantes se conectaram e passaram a trabalhar em conjunto. Sandra Einloft, Decana da Escola Politécnica, ressalta a felicidade em ver que os estudantes da Escola foram os vencedores da competição.

“É fantástico para o aprendizado, não só a técnica, mas por poder conviver com pessoas de outra cultura e falar outra língua. Agora, ser vencedor, é maravilhoso”, comenta a decana. Daniela Eckert, líder do Tecnopuc Startups, também relata a experiência. “O programa é uma a oportunidade de fazer conexões e dar os primeiros passos para desenvolver negócios globais sem sair do RS. Ter essa visão empreendedora e global é essencial nos dias de hoje. Promover essas conexões na academia faz parte do propósito do Tecnopuc”, afirma.  

A parceria entre PUCRS e UCI é uma das ações de internacionalização do Tecnopuc. O Desenvolvimento dessas iniciativas faz parte do planejamento estratégico do Parque que visa promover ações globais. Esse posicionamento tem duas frentes, a que busca uma educação empreendedora mais globalizada e outra que visa desenvolver negócios globais conectando startups e empreendedores a investidores e empresas de grandes centros, como São Paulo e Estados Unidos. A parceria entre as duas universidades para o desenvolvimento do programa com os alunos faz parte da frente de educação empreendedora.   

Leia também: Conheça as diferenças entre os cursos da área de TI

As conquistas e resultados dos projetos realizados no Laboratório de Inovação em Software (LIS) foram apresentados na última quarta-feira, 15 de março, durante evento que reuniu executivos da HP, representantes da Reitoria da PUCRS, líderes e membros dos projetos do LIS. O encontro aconteceu na sede do laboratório, na Escola Politécnica.  

Desde 2011, o LIS vem contribuindo de maneira ativa e consistente na formação complementar de estudantes da graduação e pós-graduação da Universidade. Fruto do convênio entre a PUCRS e a HP Inc., o espaço une o conhecimento acadêmico com as necessidades da HP, promovendo um ambiente de aprendizado teórico e prático na área da Tecnologia da Informação (TI), focado na capacitação, qualificação e inovação. Em cada projeto há o envolvimento de alunos/as, técnicos e professores da Universidade, e profissionais da HP. 

Na ocasião, o decano associado da Escola Politécnica e coordenador do LIS, professor Marcelo Yamaguti, apresentou os dados sobre o histórico do LIS, além do modelo de trabalho utilizado no laboratório e alguns indicadores de contratações, alunos/as capacitados/as. O destaque ficou para a valorização da diversidade e da inclusão, premissas dos projetos de bolsas de estudo lançados nos últimos anos, como Projeto Gladys e Projeto Grace, que possibilitam o ingresso de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica na área de TI. 

“Neste período mais de 170 estudantes passaram pelo LIS. A maioria ingressou na HP Inc., como estagiário, e vários se tornaram profissionais da empresa. E já tivemos casos de ex-alunos que retornaram como profissionais da HP para atuar em projetos do Laboratório, fechando um ciclo de formação completo”, ressaltou o professor.    

Também foram convidados/as a compartilhar suas experiências a estudante de Ciência de Dados e Inteligência Artificial Rafaela Albuquerque, que ingressou na PUCRS por meio do projeto Gladys; o mestrando em Ciência da Computação e integrante do LIS, Ricardo Leonarzyck; e os alunos participantes dos projetos Lottus e Trellis.  

Cirano Silveira, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da HP Brasil, enfatizou a importância de projetos que valorizem a liderança e a diversidade, e parabenizou todas as pessoas envolvidas. A Líder de Recursos Humanos da HP América Latina, Cândida Silveira, também comemorou as conquistas desses anos de parceria entre a empresa e a Universidade.  

“O Laboratório de Inovação em Software é um celeiro de talentos para a HP, pois os alunos e alunas que entram aqui recebem uma formação alinhada aos valores da nossa organização. A expectativa é que possamos cada vez mais expandir esses projetos com a PUCRS”, pontua.  

Rafaela Albuquerque, que foi estagiária de Machine Learning no LIS e hoje trabalha na HP, contou como a oportunidade foi importante para a sua carreira: 

“É uma oportunidade sem igual, é para mudar a vida mesmo. Ao entrar aqui a tua perspectiva de futuro muda, oportunidades se abrem, eu vejo minha trajetória se desenhando. O projeto é incrível. Venho de escola pública, de outro grupo social e encontrei aqui uma oportunidade sem igual. Seja no convívio com pessoas daqui que tem Ph.D., que tem dupla titulação, eu nunca pensei que conviveria com pessoas assim, por isso, tento aprender ao máximo em cada contato. Seja também pelo acolhimento que a PUCRS oferece, como o serviço psicossocial, de orientação para a carreira, é uma mudança que eu não conseguiria imaginar”, conta 

Conheça os projetos: 

Em parceria com a HP Inc., o Projeto Gladys tem como objetivo promover a transformação na vida de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica por meio de bolsas de estudos integrais na PUCRS para o curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial. 

Promovida pela SOFTEX em parceria com a PUCRS, o Projeto Grace pretende oportunizar o ingresso de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica em cursos de TI, por meio de bolsas de estudo integrais. Os/as selecionados/as podem escolher entre os cursos de graduação em Ciência da ComputaçãoCiência de Dados e Inteligência ArtificialEngenharia de ComputaçãoEngenharia de Software e Sistemas de Informação.  

O Laboratório de Inovação em Software (LIS) envolve o estudo e aplicação de métodos, ferramentas e tecnologias inovadoras de tecnologia da informação, complementando os conteúdos abordados nos cursos de graduação. O projeto foi inaugurado em 2011, dentro do convênio entre a PUCRS e a HP Inc. Desde então, já passaram pelo LIS mais de 170 alunos e a maioria foi contratada como estagiários ou funcionários da HP. 

Dia Mundial do Urbanismo

Foto: Camila Cunha

Responsável por moldar parte importante da cultura e história da sociedade, arquitetura pode ser um verdadeiro universo a explorar. A primeira coisa que quem deseja atuar nessa área precisa saber é: há muitas possibilidades no mercado para esses profissionais. Abrangendo temas como paisagismo e urbanismo, a Arquitetura é intrínseca ao caminhar da humanidade e, obviamente, o progresso da tecnologia também se faz presente e influente neste campo do conhecimento. 

Camila Fujita, professora e integrante da comissão coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica da PUCRS contextualiza:  

“Os avanços científicos e tecnológicos recentes têm influenciado tanto a forma de pensar, como fazer e experienciar a arquitetura, através da interação em ambientes virtuais e de realidade aumentada, de novos softwares de criação e gerenciamento, de tecnologias e da automação para a construção civil, bem como das tecnologias da informação e comunicação aplicadas às cidades e aos espaços públicos, dentre muitos outros.” 

Inovações tecnológicas traçam novos caminhos para a área 

Assim como em tantas outras áreas do conhecimento, a arquitetura entra em uma nova era, na qual novas tecnologias modificam cada vez mais tanto o trabalho de arquitetos/as quanto ambientes projetados por esses profissionais. A coordenadora do curso, Maria Alice Medeiros Dias, elenca como importantes e inovadoras as tecnologias relacionadas à modelagem 3D, realidade aumentada, automação residencial e nanotecnologia. 

De acordo com a pesquisadora, que tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase no Projeto de Espaços Livres Urbanos, ferramentas de modelagem tridimensional possibilitam maior eficiência, economia e integração à execução de projetos de casas e edifícios. Um exemplo de inovação nessa área é o Building Information Modeling (BIM), ou Modelagem da Informação da Construção, em português. Trata-se de uma metodologia que estabelece diretrizes e parâmetros para melhorar o fluxo de trabalho em áreas como Arquitetura, Engenharia, Administração Economia e Ciência da Computação. O BIM geralmente é comportado por softwares de modelagem como o Autodesk Revit e o Graphisoft Archicad. 

Foto: Jonathan Heckler

A automação residencial modifica a forma como o ser humano interage com os ambientes e equipamentos à sua volta. Além disso, a realidade aumentada tem se mostrado útil em transações no mercado imobiliário e a nanotecnologia vem contribuindo para a descoberta de materiais inovadores e mais sustentáveis. “A arquitetura se transforma na mesma medida que o conhecimento e a tecnologia, pois tudo e todos necessitam estar e interagir em algum lugar, seja esse real e/ou virtual”, diz. 

Outro tema constante, cuja incorporação ao trabalho dos arquitetos já se mostra como um passo natural, é o metaverso. Isso se deve ao fato de que a proposta de integração entre os ambientes real e virtual já é algo presente no cotidiano da profissão por meio do crescente uso de recursos computacionais.  

“Nesta nova camada de experiências da realidade, em qualquer que seja a oportunidade de negócio ou desenvolvimento de serviços será necessário trazer referências espaciais de lugares e ambientes, oportunizando a participação do arquiteto e urbanista. Temos, inclusive, egressos do curso que já estão atuando nesta área”, comenta Maria Alice. 

Um curso que prepara para um mercado repleto de novidades 

Em constante atualização, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica é composto de uma nova e atual matriz curricular que inclui muitas das novas transformações tecnológicas e mercadológicas. Entre as reflexões e atividades propostas estão uma maior integração e aplicação dos conhecimentos por meio de aulas e práticas nos diversos ateliês do curso, laboratórios, além de viagens de estudo, vivências com profissionais do mercado e aproveitamento de ambientes de aprendizagem dentro e fora do Campus. O ensino, sobretudo nos ateliês de projeto, ocorre essencialmente por meio de metodologias ativas que buscam dar conta de transmitir as melhores práticas da atualidade e realizar um acompanhamento próximo e atento ao desenvolvimento do/da estudante.  

As professoras explicam que os próprios edifícios e espaços abertos do Campus da PUCRS servem como verdadeiras aulas práticas nas áreas de arquitetura, paisagismo e urbanismo. Além de tudo isso, o curso de graduação oportuniza aos alunos viagens de estudo, que são essenciais para a construção de repertório profissional. Nessas viagens, estudantes visitam especialmente patrimônios edificados do Rio Grande do Sul, com o acompanhamento de professores especialistas na área. 

A interdisciplinaridade presente na Escola Politécnica, onde também estão diferentes cursos de Engenharia, promove no curso a abordagem de temas como eficiência energética, gestão, empreendedorismo e sustentabilidade. Este último, em especial, é um tema constante no mercado atual e em toda a sociedade, – conforme ressalta Raquel Rodrigues Lima, também integrante da comissão coordenadora da graduação: 

Foto: Jonathan Heckler

“Nosso curso tem tradição na discussão deste tema e proporciona ao estudante oportunidade de explorar e aprofundar este debate. O tema da sustentabilidade urbana comparece de modo transversal, do primeiro ao último nível da graduação, por meio do ensino nas disciplinas, atividades de extensão e pesquisa, palestras e eventos promovidos”. 

Entre os eventos mais recentes relacionados a essa temática está o Congresso Internacional: Sustainability the City and Society 2023, promovido pelo curso de Arquitetura e Urbanismo em conjunto com a Escola Politécnica, Escola de Humanidades, Centro de Estudos Europeus e Alemães (CDEA – PUCRS/UFRGS), Departamento Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional (PROPUR/UFRGS). O congresso corre entre 19 a 21 de outubro de 2023, no Campus da PUCRS. 

Escola Politécnica é berço de projetos que visam o impacto social 

Com um longo histórico de ensino, pesquisa e extensão, o curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS está direcionado especialmente a temas como inovação social e sustentabilidade. Um exemplo é o projeto Urbanistas Contra o Corona, realizado em 2020. A ação, que reuniu professores, alunos e egressos do curso, tinha como propósito formar uma rede de apoio no Estado e produzir soluções emergenciais a fim de garantir equidade social e espacial nos espaços periféricos, diante da pandemia de Covid-19. O projeto integra uma rede nacional de instituições de ensino, de classe e outras organizações.  

Também há o projeto Service Learning, que oportuniza parcerias entre disciplinas do curso e instituições que trazem para dentro da sala de aula desafios que precisam de soluções. A disciplina proporciona a interação dos estudantes com representantes de associações de moradores, como a Associação Integração dos Anjos e a Associação de Amigos da Praça David Ben-Gurion, além das prefeituras de Guaíba, Imbé, Osório e Porto Alegre, a Câmara de Vereadores da capital e a Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC). 

Em cada semestre, estudantes desenvolvem projetos e posteriormente os apresentam aos representantes das instituições parceiras. Entre os resultados já foram entregues ideias para projetos urbanos em cidades, estudos para praças urbanas e habitação social, oficinas sobre arquitetura e sustentabilidade urbana para estudantes de comunidades carentes, entre outros.   

Estude Arquitetura e Urbanismo na PUCRS

Capaz de assumir a forma de imagem, textos e até músicas, a inteligência artificial (IA) generativa tem provocado diferentes reações após o recente lançamento do ChatGPT, uma tecnologia que simula a conversa humana por meio de mensagens de texto. Este subcampo da inteligência artificial é capaz de criar novos conteúdos por meio de machine learning, uma tecnologia apta a dar vida às ideias de criadores de áreas como publicidade, marketing e criação.  

Em 2022, alguns lançamentos de inteligência artificial generativa chamaram a atenção e até mesmo chegaram às mãos do público, ocasionando debates sobre seus impactos em diferentes áreas do conhecimento: o DALLE-2, que assim como o ChatGPT, foi criado pela OpenAI, e o Stable Diffusion e o Dream Studio, da Stability AI. Analistas preveem que, até 2030, essa indústria deve fazer circular US$ 110 bilhões. É unânime que IA generativa se tornará mais popular e que é mais um campo da Tecnologia da Informação que necessitará de profissionais habilitados.  

Segundo o coordenador do curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS e doutor em Ciência da Computação, Daniel Callegari, à medida em que a IA passa a ser empregada em todas as verticais de mercado, a demanda por profissionais capazes de lidar com essas tecnologias só aumentará. 

“A formação nessa área do conhecimento passa a ser uma oportunidade de atuar na ponta inovadora da ciência e de sua aplicação prática, podendo gerar uma diferença real no mundo. Adicionalmente, os salários tendem a ser muito atrativos; e o ambiente de trabalho tende a ser muito dinâmico, com novos desafios frequentes”, comenta. 

Mercado de inteligência artificial generativa abre oportunidades 

Todas as áreas do conhecimento serão direta ou indiretamente impactadas pela IA à medida em que os modelos vão sendo aprimorados. Especificamente o subcampo da inteligência artificial generativa, hoje usada principalmente por pesquisadores e desenvolvedores, deve chegar a empresas e consumidores comuns para aplicações simples como escrever e-mails, decupar reuniões e indicar tópicos importantes, elaborar propostas de vendas, criar peças publicitárias e até fazer a recomendação de produtos.  

Leia também: DALL-E 2: sistema revoluciona a geração de imagens e conteúdo visual  

É provável que a IA continue a ser integrada a uma variedade de indústrias e tecnologias, potencialmente levando a mudanças significativas na forma como vivemos e trabalhamos. Segundo Callegari, é possível apontar alguns exemplos de áreas que serão mais impactadas: o diagnóstico de doenças, veículos autônomos, detecção de fraudes financeiras, melhora em processos de manufatura, recomendações personalizadas no varejo, previsão de estoque e até mesmo textos jurídicos.  

machine-learning e inteligência artificial generativa

Decisões sobre produtos, negócios e até de gestão de talentos estão sendo tomadas com base na leitura de dados 

É fato que em um mundo acelerado movido a tecnologias, profissionais capazes de analisar e cruzar dados para solucionar problemas complexos em situações de incerteza são cada vez mais valorizados e decisivos em organizações de todos os tipos. Por este motivo separamos alguns motivos para apoiar quem ainda está em dúvidas sobre cursar Ciência de Dados e Inteligência Artificial:  

Leia também: Tendências 2023: metaverso, inteligência artificial e jogos eletrônicos 

Uma das áreas que mais se desenvolve atualmente: neste conteúdo falamos com destaque sobre inteligência artificial generativa, mas estamos na era do Big Data, na qual a informação é um dos ativos mais valiosos e sua importância só tende a aumentar. O curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS é o único bacharelado presencial do Sul do Brasil. Ele se difere das demais opções pela consistência, atualidade e abrangência. Por ser uma formação mais aprofundada, o estudante tem contato com um volume maior de disciplinas e conhecimentos, ampliando as oportunidades de atuação no mercado de trabalho. 

Poderá aplicar os conhecimentos em qualquer outra área de domínio: cada vez mais, todas as áreas do conhecimento precisam profissionais capazes de desvendar tendências, antever o futuro e desenvolver novas tecnologias de maneira ética e responsável, em conexão com as principais tendências do mundo: saúde, direito, finanças, marketing. Diferente dos tecnólogos, os bacharelados são reconhecidos por se configurarem em uma formação mais profunda, abrangente e completa. O curso da PUCRS tem um currículo sintonizado com as principais referências internacionais da área, especialmente da Europa e Estados Unidos. 

Demanda crescente por profissionais qualificados: com a crescente demanda das empresas e organizações por soluções analíticas, a busca por cientistas de dados segue em alta. Na economia digital, dados estão entre os bens mais valiosos para uma empresa. Decisões sobre produto, sobre o negócio e até de gestão de talentos estão sendo tomadas com base na leitura de informações cada vez mais complexas. O relatório do Fórum Econômico Mundial (2020) sobre profissões do futuro aponta que cientista de dados, especialistas em inteligência artificial e Big Data, estão entre as profissões que terão maior aumento de demanda até 2025. O Fórum prevê a criação de 97 milhões de novos empregos no mundo. 

Salários muito atrativos: um estudo feito pela consultoria Bain & Company em conjunto com a comunidade de data science brasileira Data Hackers, mostra que os cientistas de dados estão sempre observando novas oportunidades, mesmo quando estão satisfeitos com o atual emprego. Segundo a pesquisa, a remuneração dos profissionais da área de dados aumentou significativamente entre 2019 e 2021, com um aumento médio de cerca de 40%. A proporção de entrevistados ganhando R$ 12 mil por mês ou mais subiu de 10,2% em 2019 para 24,1% em 2021. A pesquisa ouviu 2.645 profissionais de ciência de dados de todo o Brasil. 

Baixe o e-book sobre o curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS 

cursos de TI, Ciência de Dados, Ciência da Computação

Pesquisas mostram que a remuneração dos profissionais da área de dados aumentou significativamente entre 2019 e 2021, com um aumento médio de cerca de 40% Foto: Pexels

Oportunidades globais: que empresas do mundo todo estão buscando profissionais nessa área nós já sabemos, mas como se preparar para as melhores oportunidades? Na PUCRS, por meio do Programa de Mobilidade Acadêmica, é possível escolher, ainda durante a graduação, seu próximo destino de estudos em Universidades parceiras em mais de 20 países. O programa é uma oportunidade de prática de segundo idioma, contato com novas culturas e internacionalização do currículo. 

Além da interação com o programa de Pós-Graduação em Computação da PUCRS, estudantes podem cursar disciplinas da pós durante a graduação, abordando com mais profundidade conteúdos que estão sendo pesquisados no Brasil e no mundo. Outro diferencial é a interação com o Tecnopuc, considerado o maior Parque Tecnológico do Brasil, onde há possibilidades de bolsas e estágios logo no início do curso.  

Clique aqui para conhecer detalhes sobre o bacharelado em Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS.  

ESTUDE CIÊNCIA DE DADOS E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 

 

Menina realizando um projeto de arquitetura; Dia Mundial do Urbanismo

No Dia Mundial do Urbanismo, saiba mais sobre a aréa que estuda as relações entre a sociedade e o espaço em que ela está inserida. / Foto: Camila Cunha

O Dia Mundial do Urbanismo, comemorado no dia 8 de novembro, propõe um debate consciente sobre a promoção e criação de soluções de urbanismo, que podem contribuir para uma saudável integração dos elementos de uma comunidade. Entre os temas debatidos estão mobilidade urbana, locais para habitação, soluções de lazer e planejamento de áreas verdes. De acordo com o professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS Flávio Kiefer, o Urbanismo é a ciência que estuda os fundamentos que estão por trás das formas que as pessoas encontraram para compartilharem suas vidas em conjunto. 

Para o docente, o urbanismo aborda arquitetura, distribuição de serviços, trabalho, habitação, lazer, capital, religião, ideologia e muitos outros aspectos que condicionam a forma da cidade. Desta forma, conhecer todas essas dimensões permite ao urbanista antecipar o planejamento e desenho da transformação das cidades, acompanhando o permanente processo de mudança que nos caracteriza. 

Na PUCRS, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica é responsável pela formação de profissionais prontos para atuar em diversos nichos e capazes de entender as necessidades da sociedade, de pensar criativamente e de forma inovadora, de ver o mundo com sensibilidade e de expressar as suas ideias por meio do trabalho. Durante a graduação, o aluno reflete sobre os lugares, seja casa, bairro ou cidade, para entender e atuar em cada um desses ambientes, trazendo cada vez mais harmonia e significado para o mundo. 

Leia também: Arquitetura e Urbanismo: saiba como a tecnologia está impactando essa profissão

Qualidade de vida nas cidades 

O urbanismo é a área do conhecimento que estuda as relações entre a sociedade e o espaço em que ela está inserida. Com seu surgimento após a revolução industrial, no fim do século XIX, seu papel é planejar espaços urbanos para facilitar a vida das pessoas. Durante esse período, os grandes centros urbanos passavam por intensas transformações causadas pelo aumento populacional e por conta disso se tornou necessário refletir a qualidade de vida nas cidades. 

Desta forma, assim como a arquitetura, o urbanismo nasce com a função de organizar os espaços urbanos para execução de várias funções, para manter a sociedade em pleno funcionamento e com sustentabilidade. O que difere das áreas são suas complexidades e escalas de projeto. A professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS Caroline Kuhn explica que as equipes multidisciplinares de urbanismo buscam resolver esse espaço complexo que são as cidades, onde vivem hoje quase 60% da população mundial. 

“O desafio atual é grande, o de migrarmos para um modelo sustentável de desenvolvimento urbano, com cidades igualitárias e inclusivas, tendo como pautas a habitação, mobilidade, meio ambiente, saneamento e desenvolvimento socioeconômico”, complementou a docente. 

Caroline cita a colocação de Françoise Choay, professora francesa de urbanismo, arte e arquitetura na Université de Paris VIII, que disse que o “urbanismo quer resolver um problema: o planejamento da cidade”. Desde então, foram muitas as teorias e modelos de cidades desenvolvidos, preocupando-se em resolver os problemas urbanos em termos de estrutura, relações sociais, econômicas e ambientais. 

Urbanismo na PUCRS 

A professora Caroline integra o grupo de pesquisa Cidade, Projeto e Gestão vinculada à Escola Politécnica, coordenado pela Prof. Cibele Vieira Figueira. Pesquisadores, professores e alunos desenvolvem metodologias para o reconhecimento de áreas de reabilitação e requalificação em zonas urbanas com tecido histórico, tendo como estudo de caso o Quarto Distrito de Porto Alegre. 

O objetivo dos projetos realizados pelo grupo é instrumentalizar as tomadas de decisão, reforçando a ideia de sustentabilidade como melhor aproveitamento dos recursos existentes, neste caso, a manutenção de edificações e conjuntos edificados que valorizam e contribuem para a ambiência histórica do local. Em março, o PUCRS Pesquisa divulgou alguns destes projetos em celebração aos 250 anos de Porto Alegre, confira mais no especial

O professor Flávio Kiefer pesquisa e escreve sobre a cidade a partir de sua história, de sua memória, buscando encontrar elementos que ajudem a balizar a sua transformação sadia. Já a professora Caroline Kuhn atua como consultora de planejamento urbano e geoprocessamento, além de atuar como professora da Escola Politécnica da PUCRS.  

Conheça o curso de Arquitetura e Urbanismo

GRADUAÇÃO PRESENCIAL

Cadastre-se e receba informações sobre formas de ingresso, cursos e muito mais.

Foto: Pexels

Nos últimos 40 anos a produção agropecuária brasileira se desenvolveu, de forma que vem produzindo excedentes cada vez maiores, expandindo vendas para o mundo, conquistando novos mercados e gerando superávits cambiais que fortalecem a economia brasileira, sendo um dos pilares mais fortes da economia brasileira e fator de desenvolvimento do país. Em 2020, o valor bruto da produção (VBP) agropecuária alcançou R$ 1,10 trilhão, dos quais R$ 712,4 bilhões na produção agrícola. Em 2021, o valor bruto da produção de soja (1º lugar) foi de R$ 398,1 bilhões, seguido do milho (3º lugar) com R$ 138,4 bilhões (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA Brasil).

Ainda assim, um dos grandes problemas existentes na cadeia logística de transporte e de distribuição da produção agrícola consiste na forma e no tempo necessário para que os granéis sólidos sejam descarregados dos caminhões. Atualmente o problema de descarga de granéis sólidos é resolvido pelo uso de carrocerias basculantes ou da descarga manual em carrocerias graneleiras e rampas elevatórias fixas instaladas em poucos locais (devido ao elevado investimento e custo de operação), representando um sistema moroso e determinando um gargalo no escoamento da produção agrícola junto a instalações de armazenagem, processamento e transbordo.

Visando solucionar o problema, uma nova tecnologia foi desenvolvida pelo pesquisador da Escola Politécnica Rafael Roco de Araújo, em parceria com Sérgio Brião Jardim, otimizando o processo de descarga de forma simples e com baixo custo. A patente, intitulada como Dispositivo para Veículo Transportador e Método de Acondicionamento e Descarga de Granel Sólido em Veículo Transportador, foi recentemente concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Denominado como Sistema de Descarga Rápida de Granéis sólidos (SDRGS) e atuando por meio de um dispositivo inflável, os princípios que norteiam a proposta são a simplicidade, a utilização da gravidade para a descarga natural, a conservação de energia, o baixo custo de aquisição, de operação e de manutenção, a segurança dos operadores, minimizando o trabalho humano, e – principalmente – a rapidez do processo.

A solução consiste em um dispositivo e um método para descarga rápida de granéis sólidos em veículos transportadores, embarcados em caminhões rígidos, articulados ou biarticulados; de porte leve, médio, semipesado, pesado e extrapesado; equipados com carrocerias graneleiras, compreendendo um sistema sem intervenção de mão-de-obra humana para manusear os granéis e resultando em elevado volume de descarga em menor tempo.

Entenda a nova tecnologia

Foto: Pexels

A solução compreende um mecanismo de um bolsão pneumático (inflável) que se mantém constantemente pressurizado e assentado sobre o assoalho da carroceria e em toda a sua extensão. Com a carga completa, o bolsão é comprimido e achatado contra o assoalho, liberando o volume útil para carregamento. Já com baixa carga ou na inexistência de carga, o bolsão pneumático mantém-se inflado, apoiando o processo de descarga ao inflar e expulsar o restante da carga que tenderia a ficar retida na carroceria.

As dimensões do sistema proposto podem ser adequadas as dimensões (comprimento e largura) da carroceria do veículo e da sua capacidade de carga, independente do fato de ser do tipo rígido (com 2, 3 ou 4 eixos), articulado (veículo-trator e semireboque) ou biarticulado (veículo-trator e dois semi-reboques).

Para a sua concepção, a tecnologia leva em consideração o uso de componentes já existentes nos caminhões e dispositivos adaptáveis já existentes e disponíveis no mercado, sem necessidade de alterações estruturais significativas para as adaptações nos veículos de carga tradicionais, com baixo desgaste e pouca manutenção. Além disto, é facilmente reversível, pois não exige modificações na estrutura do veículo (chassi e transmissão) e justamente por ser instalada em carrocerias graneleiras simples, podendo ser retirada/recolocada a qualquer momento, considerando o transporte de outros tipos de produto, ao contrário da carroceria basculante, que restringe as possibilidades de carga a ser transportadas pelo veículo.

A descarga rápida dos grãos ocorrerá por gravidade, em duas fases e sem interrupção do processo. Na primeira fase, onde a maior parte da carga será transferida, a descarga acontecerá pela abertura das laterais da carroceria. Na medida em que a descarga vai ocorrendo, acontece a segunda fase na qual, naturalmente, expande-se o bolsão pneumático devido à redução da pressão a que o mesmo se encontrava submetido. A dilatação completa do bolsão pneumático expulsa o restante da carga que tenderia a restar depositada no assoalho da carroceria.

Quando o veículo volta a ser carregado, o peso do conteúdo pressiona o bolsão pneumático que, contraído, achata-se ao longo de toda a extensão do assoalho. A injeção e pressurização do ar do mecanismo são feitas por sistema de compressor e reservatório de ar tradicionalmente utilizado nos caminhões. A pressão a manter dentro do bolsão pneumático dependerá da densidade dos granéis sólidos transportados (soja, arroz, milho, trigo, etc). Essa pressão poderá ser facilmente regulada por instrumentos correntemente utilizados, como manômetros, pressostatos, válvula de alívio e de regulagem.

Método versátil e inteligente

Dentre as vantagens que tornam a tecnologia competitiva estão o aumento da produtividade pelo processo acelerado de descarga, não havendo a necessidade de manuseio das lonas de cobertura da carga ou de recursos humanos para descarga, a versatilidade de não tornar a carroceria dedicada a um único tipo de carga/material, a portabilidade e a possibilidade de uso/reuso/retirada, a utilização do sistema de alimentação de ar existente no próprio veículo, sem requer aumento de aceleração do motor para acionar o mecanismo, como acontece com sistemas concorrentes, a ausência de consumo adicional de combustível, a ausência de emissão de gases, podendo inclusive o motor estar desligado e a baixa necessidade de manutenção. Os materiais são de custo acessível, de fácil obtenção no mercado.

Estima-se que o tempo de descarga com o dispositivo possa reduzir em 1/3 o atual tempo de descarga em uma carroceria convencional que para um caminhão extrapesado (tipo carreta) dura entre 20 e 30 minutos. Sendo acessível ao transportador, quanto maior o número de usuários, menor será a espera total nos locais de descarga. Ou ainda, poderá resultar no mesmo ganho de preferência na fila que os caminhões basculantes possuem.

Para informações de licenciamento desta tecnologia e/ou oferta de outras tecnologias da PUCRS, os contatos podem ser realizados com o NIT da PUCRS: Agência de Projetos, setor de Tech Transfer, pelo telefone 3320-3907 ou e-mail techtransfer@pucrs.br.

Sobre o pesquisador

O professor e pesquisador Rafael Roco de Araújo é formado em Engenharia Civil, com mestrado e doutorado na área com ênfases em Sistemas de Transporte e Logística e experiência em Engenharia de Produção. Além disto, o professor tem uma trajetória de vida que o direcionou para estes caminhos, filho de transportador autônomo de cargas.

Assistir a filmes e séries é um dos passatempos favoritos de muitas pessoas – mas sabia que pode ser também uma boa pedida para quem ainda está em dúvida sobre qual curso fazer? Afinal, as produções audiovisuais exploram os mais diversos assuntos, e vários deles se relacionam ao que é estudado nUniversidade. Por isso, reunimos algumas sugestões de professores das Escolas da PUCRS. Nesta edição, os filmes e séries são relacionados aos cursos da Escola Politécnica.

Prepare a pipoca e confira:

1. Black Mirror (2011-), criada por Charlie Brooker 

“A série apresenta um futuro próximo, ou presente alternativo, em que tecnologias de ponta (como inteligência artificial, robótica, realidade virtual, realidade aumentada, holografia, gagdets e wearablescibersegurança) influenciam o cotidiano e trazem consequências às relações humanas. Cada episódio nos faz refletir sobre os impactos positivos e negativos que a tecnologia pode ter na sociedade”. 

A série, que conquistou seis Emmys, é uma indicação do professor Marcelo Hideki Yamagutidecano associado da Escola Politécnica e professor da área de Informática. 

2. O Homem ao Lado (2009), de Gastón Duprat, Mariano Cohn 

“O filme tem como pano de fundo a famosa Casa Curutchet (na cidade de La Plata, próximo à Buenos Aires), única obra construída de Le Corbusier na América do Sul. A trama envolve uma relação conflituosa entre vizinhos de diferentes classes sociais, questionando algumas diretrizes urbanísticas. A casa é mostrada em detalhes”. 

O filme argentino é indicado pelo professor Daniel Pitta Fischmann, de Arquitetura e Urbanismo.

3. Megaconstruções (2003-), de Alan Lindgren, Ed Fields, Megan Reilly  

A série apresenta os desafios enfrentados pela engenharia civil em seus projetos. Mostrando a evolução do homem nas técnicas de construção de edificações, que, apesar de ser voltado para a construção civil e arquitetura, serve como exemplo para todas as engenharias”. 

A série americana, cujo nome original é Extreme Enginnering, é uma indicação do professor Anderson Terroso, da Engenharia. 

4. Apollo 13 (1995), de Ron Howard 

“Há 50 anos, um quase desastre a caminho da lua se tornou o que a NASA considera um de seus maiores sucessos. A história do resgate dos astronautas que ficaram praticamente à deriva no espaço após uma explosão traz reflexões importantes sobre trabalho em equipe, tomada de decisão e coesão multidisciplinar para resolver problemas inesperados de grande complexidade. Pra quem curtir, existe ainda uma série (Da Terra para a Lua, dos mesmos produtores) que expande sobre as demais missões do programa espacial”. 

Indicada ao Oscar de Melhor Filme, essa é uma sugestão do professor de Ciências Aeronáuticas, Lucas Fogaça.

5. Erin Brockovich – uma mulher de talento (2000), de Steven Soderbergh 

“Conta a história real de Erin Brockovich, que buscava uma oportunidade em um escritório de advocacia e acaba por descobrir uma fonte de contaminação na água que abastecia uma cidade na Califórnia. Ela, então, consegue rastrear a contaminação química, encontrar a causa e acaba por mobilizar a comunidade toda em um processo de mais de 300 milhões de dólares”. 

O filme, que rendeu o Oscar de Melhor Atriz a Julia Roberts, é indicado pelo professor de Química Marcus Seferin.

Explore ainda mais a Escola Politécnica no Open Campus 2022

Curtiu as sugestões e se interessou pelos temas estudados na Escola Politécnica? O Open Campus da PUCRS 2022 é perfeito para explorar ainda mais as possibilidades de cursos e profissões nessa área, além de experimentar um gostinho da vida universitária e do que há de melhor no campus. O evento acontece no dia 16 de setembro, das 8h às 17h30, e já está com inscrições abertas.

Inscreva-se no Open Campus