Automação residencial, realidade aumentada, metaverso e nanotecnologia são algumas das novas ferramentas de trabalho do arquiteto e urbanista.
quinta-feira, 01 de agosto | 2024Automação residencial, realidade aumentada, metaverso e nanotecnologia são algumas das novas ferramentas de trabalho do arquiteto e urbanista
Estudantes do Ensino Médio visitam laboratório de Arquitetura durante uma das atividades do Pré-Grad. / Foto: Giordano Toldo
Quando pensamos em Arquitetura, a primeira imagem que vem à mente é de um ambiente bem decorado, com iluminação indireta, móveis modernos e cores neutras. Concorda? E já reparou que, geralmente, não tem pessoas nessa cena? Pensamos em uma foto estática, como se esse lugar estivesse em uma exposição ou revista da área.
Mas é justamente o contrário disso que o arquiteto e urbanista tem como objetivo ao desenvolver suas ideias. Esse profissional busca criar espaços confortáveis, que proporcionem bem-estar e qualidade de vida para as pessoas que moram, circulam ou trabalham nos ambientes projetados. O seu grande propósito é construir cidades mais inclusivas, inteligentes, sustentáveis e humanizadas.
Como tantas outras, essa profissão está vivendo uma nova era devido ao avanço da tecnologia, por isso temas como automação residencial, realidade aumentada, modelagem 3D, metaverso e nanotecnologia vêm se tornando parte da rotina do arquiteto e urbanista. Quer entender como esses assuntos se relacionam? Continue a leitura para descobrir isso e, ainda, conhecer as possibilidades de carreira para quem se forma em Arquitetura e Urbanismo.
A missão desse profissional é pensar e projetar lugares em diferentes escalas, formas e contextos. Ele pode fazer desde o projeto de um simples objeto, como uma cadeira, até o planejamento de bairros e cidades inteiras.
A área da Arquitetura e Urbanismo une arte, técnica e tecnologia para transformar espaços e melhorar as condições de vida da população e das comunidades. Mas isso não significa que está tudo liberado, viu? A profissão também tem no seu DNA o respeito aos valores culturais e à natureza de cada local, por isso busca sempre o equilíbrio entre a humanidade e o meio ambiente na realização dos seus trabalhos.
Por falar em trabalho, o arquiteto e urbanista tem muitas possibilidades de atuação. Uma delas é ser um profissional autônomo, criando projetos de diferentes áreas para pessoas e organizações. Outra opção é o empreendedorismo, seja abrindo um negócio sozinho ou com sócios. Já para quem pensa em ser funcionário de uma empresa privada, os escritórios de arquitetura e construtoras sempre buscam arquitetos para compor suas equipes.
Também é possível prestar serviços para instituições sem fins lucrativos, como Organizações Não Governamentais (ONGs) e institutos que atuam em comunidades em situação de vulnerabilidade social, ou fazer concursos para cargos que envolvam a elaboração, fiscalização ou aprovação de projetos em órgãos públicos.
A resposta simples para essa pergunta é: muitas! E o profissional não precisa, necessariamente, escolher só uma para atuar. Por exemplo, se for contratado para planejar a reforma de uma casa, ele vai precisar utilizar os conhecimentos de várias áreas, desde a elaboração do projeto arquitetônico e luminotécnico, passando pelo acompanhamento da obra e finalizando no design do interior.
Não entendeu bem? Calma, já vamos explicar tudo isso melhor, mas antes é importante dizer que a pessoa formada na área também pode construir uma carreira como especialista em apenas um campo se assim desejar.
Conheça algumas possibilidades de trabalho:
Laura Eleutherio é estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUCRS. Conheça a história dela. / Foto: Giordano Toldo
A tecnologia está revolucionando quase tudo ao nosso redor, e a Arquitetura e Urbanismo não fica de fora dessa realidade. Se antigamente papel, lápis e compasso eram as ferramentas mais utilizadas, hoje os softwares são os grandes amigos do profissional da área. Esses programas e aplicativos ajudam a projetar de forma mais rápida e prática, sem falar que permitem ao cliente visualizar com precisão cada detalhe do espaço.
E as inovações não param por aí: novos materiais, como concreto mais resistente e revestimentos de parede sustentáveis, por exemplo, também já fazem parte do dia a dia do arquiteto e urbanista.
Você já deve ter ouvido falar de lâmpadas que acendem/apagam a partir do toque em aplicativos ou de cortinas que se abrem/fecham ao dar um comando para assistentes virtuais, como a Alexa, da Amazon. Esses são exemplos de automação residencial, que nada mais é do que a capacidade de controlar instrumentos da casa utilizando a tecnologia, modificando a forma como o ser humano interage com os ambientes e equipamentos a sua volta.
A grande contribuição dessa tecnologia é a possibilidade de projetar a realidade no meio digital e antecipar o resultado, criando a sensação de que os objetos desenvolvidos virtualmente estão presentes no espaço real. Para isso, a RA utiliza smartphones, tablets ou óculos especiais para sobrepor gráficos, imagens, sons e outros conteúdos digitais ao ambiente físico. Esse mecanismo também tem sido usado no mercado imobiliário, proporcionando experiências imersivas e interativas nas quais os compradores conseguem visualizar os imóveis sem, necessariamente, estar neles.
As ferramentas de modelagem tridimensional geram mais eficiência, economia e integração na execução de casas e edifícios. Com o 3D, é possível visualizar uma ideia arquitetônica utilizando figuras em três dimensões que se aproximam muito da realidade, então antes mesmo de iniciar um projeto já dá para ter uma pré-visualização dos resultados. Nesse contexto, precisamos falar também sobre a Building Information Modeling (BIM) — ou Modelagem da Informação da Construção, em português —, uma metodologia que reúne em uma só plataforma todas as especificações de construção e materiais utilizados na criação de projetos em 3D.
É uma nova camada de experiência que integra os mundos real e virtual de forma imersiva. Nesse universo, as pessoas podem interagir umas com as outras, trabalhar, estudar e ter uma vida social por meio de seus avatares. Então, assim como na esfera física, a participação do arquiteto e urbanista é fundamental para dar forma e materialidade a esses espaços virtuais, pensando e projetando os lugares ali presentes.
Essa área da ciência está contribuindo para a descoberta de materiais inovadores e mais sustentáveis que podem ser utilizados em diversos setores da sociedade, incluindo a Arquitetura e o Urbanismo. O grande propósito da nanotecnologia é desenvolver produtos a partir de partículas que podem chegar a um tamanho até um bilhão de vezes menor que um metro, assim criando nanomateriais encontrados desde a estrutura até os acabamentos presentes na construção civil.
Existem muitas formas de se tornar um profissional relevante no mercado, mas duas delas são fundamentais: desenvolver habilidades de relação interpessoal e ter o conhecimento técnico aprofundado na sua área.
A primeira maneira envolve competências como ser proativo, ter atitude de liderança e saber se comunicar ao trabalhar em equipe — principalmente quando ela mesclar profissionais de áreas afins, como engenharia, ecologia, geografia e serviço social.
Já a segunda tem a ver com a formação do profissional, por isso buscar novos conhecimentos e se qualificar é tão importante para evoluir na carreira. A PUCRS, por exemplo, oferece duas pós-graduações que são ideais para quem quer se aprofundar em áreas específicas.
A especialização em Patologia e Manutenção das Edificações aborda conteúdos que vão desde a compreensão dos fenômenos que causaram os danos até o diagnóstico e a proposta de reparação. Na especialização em Paisagismo: Interdisciplinaridade e Prática Profissional, o foco está em estudar o paisagismo em contextos urbanos e discutir como ele pode melhorar a qualidade de vida das pessoas por meio do contato com a natureza.
Atividade em que estudantes de Arquitetura e Urbanismo desenharam croquis de espaços da Universidade. / Foto: Rafaela de Felippe
Se estiver pensando que saber desenhar muito bem é obrigatório para cursar Arquitetura e Urbanismo, saiba que outras competências são mais importantes do que essa. Ser curioso, gostar de pensar na transformação de ambientes, desejar compreender as cidades e seus habitantes, ter interesse pela história da arquitetura e querer testar as tecnologias da área são algumas das características que o estudante dessa graduação deve ter.
Já a parte de expressar ideias por meio de desenhos técnicos e expressivos pode ser desenvolvida ao longo das disciplinas. No curso da PUCRS, por exemplo, o estudante começa a treinar essa habilidade desde as primeiras aulas, além de estudar outros temas superimportantes para a profissão. Conheça a estrutura curricular do primeiro semestre:
Nos semestres seguintes, as disciplinas de desenho continuam e outros conteúdos são mais aprofundados. Confira:
Os alunos de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS também têm a oportunidade de realizar viagens de estudo, nas quais podem experimentar a profissão na prática, e intercâmbios internacionais para viver novas experiências. Eles ainda contam com uma infraestrutura excelente no Campus, que reúne laboratórios, ambientes integradores e todo um ecossistema de inovação. Os professores do curso são outro destaque, tanto por suas formações acadêmicas quanto pela relevância dos seus trabalhos no mercado.
Entendeu por que a Arquitetura e o Urbanismo são tão necessários para a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas? Essa é uma profissão que lida diretamente com os espaços que utilizamos no dia a dia, por isso ela tem um papel central no funcionamento da sociedade. Gostou da ideia de fazer esse curso e quer saber mais?
GRADUAÇÃO PRESENCIAL