Iniciativa tem como público-alvo pessoas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul
segunda-feira, 05 de agosto | 2024Iniciativa tem como público-alvo pessoas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul
O serviço foi desenvolvido para ajudar a população a cuidar da saúde mental após as enchentes no RS. / Foto: Lucas Azevedo
Já está disponível uma iniciativa que oferece apoio psicológico às pessoas atingidas pelas fortes enchentes de maio no Rio Grande do Sul. O programa chamado Text4Hope-RS é uma parceria do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trauma e Estresse (NEPTE) da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e da Dalhousie University do Canadá que envia mensagens de texto baseadas na terapia cognitivo-comportamental (TCC).
O professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS Christian Kristensen explica que além de gratuito, o serviço foi desenvolvido especialmente para ajudar a população gaúcha a cuidar da saúde mental e do bem-estar emocional após as fortes chuvas que causaram diversos prejuízos ao estado.
“As recentes enchentes no Rio Grande do Sul causaram impactos devastadores em nossas comunidades. Sabemos que eventos como esse podem afetar profundamente nossa saúde mental. Estudos em diversos países mostram que a exposição a catástrofes desta natureza pode aumentar problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático, e que estes problemas podem persistir por meses ou mesmo anos”, sintetiza.
Leia também: Por mais de um mês, abrigo na PUCRS prestou assistência completa a famílias atingidas pelas enchentes
Depois disso, a pessoa já estará inscrita e começará a receber mensagens baseadas na TCC, com conteúdos sobre autocuidado, apoio emocional e resiliência. O SMS é enviado diariamente, às 9h, durante três meses. O cancelamento do serviço gratuito pode ser feito a qualquer momento.
“Ler e refletir diariamente sobre o conteúdo das mensagens e sobre como os pensamentos e emoções influenciam nos nossos comportamentos, pode fazer uma grande diferença no bem-estar emocional de cada pessoa”, conclui o professor.