Além de tratar disfunções de mobilidade corporal, o fisioterapeuta também ajuda o paciente a lidar com as questões emocionais ligadas à condição física
sexta-feira, 25 de outubro | 2024Fisioterapia como a profissão que se dedica à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento de disfunções do movimento, assim como à funcionalidade do corpo humano. / Foto: Laísa Mendes
O corpo humano está sempre em movimento. Assim como uma máquina que nunca para, em algum momento da vida nosso organismo inevitavelmente vai precisar de tratamento para corrigir, por exemplo, lesões causadas por acidentes ou limitações provocadas pelo avanço do tempo. Aliás, com uma expectativa de vida cada vez maior da população, mais pessoas estão buscando ajuda para chegar à terceira idade com uma boa qualidade de vida.
E uma das formas mais eficientes para reabilitar o corpo e prevenir problemas físicos é a Fisioterapia. Por meio de exercícios terapêuticos, técnicas manuais e equipamentos específicos, essa profissão tem o propósito de contribuir para a saúde e o bem-estar das pessoas. Além do conhecimento técnico, o fisioterapeuta precisa ter empatia com a situação enfrentada pelo paciente e saber ouvi-lo atentamente para proporcionar o melhor atendimento possível.
Quer saber mais sobre a Fisioterapia? É só seguir a leitura do artigo para descobrir quais são as possibilidades de carreira, onde há oportunidades de emprego e como se tornar um profissional reconhecido.
Uma das areas de atuação da profissão é a Fisioterapia Traumato-Ortopédica, que trata as lesões musculoesqueléticas, por exemplo fraturas, lesões articulares e problemas posturais. / Foto: Envato
Podemos definir a Fisioterapia como a profissão que se dedica à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento de disfunções do movimento, assim como à funcionalidade do corpo humano. Ou seja, a pessoa formada nessa área avalia o problema, define quais as melhores abordagens para ajudar o paciente e aplica os exercícios, técnicas e equipamentos mais indicados para melhorar a sua lesão, doença ou disfunção.
Essa é uma carreira bem “mão na massa”, então o profissional está sempre em contato direto com seu público e, muitas vezes, até com as famílias. Em algumas áreas da Fisioterapia, como a Pediátrica e em Gerontologia, por exemplo, pode ser que os pais, parceiros ou filhos acompanhem as sessões. Isso significa que, além de trabalhar com as questões do corpo humano, o fisioterapeuta também lida muito com aspectos pessoais e emocionais que envolvem seus pacientes.
Falando em especialidades na Fisioterapia, existem diversos caminhos que o profissional pode seguir, assim como locais em que pode atuar e modalidades de trabalho diferentes que pode escolher.
A profissão oferece diversas aréas de atuação, e um fisoterapeuta pode trabalhar em academias, clinicas, centros de reabilitação e muito mais. / Laísa Mendes
As possibilidades são tão variadas quanto as partes do corpo humano. O fisioterapeuta pode trabalhar em hospitais, clínicas, centros de reabilitação, academias, equipes esportivas, entre outros espaços. Ainda é possível atender em domicílio (home care), abrir o seu próprio negócio ou fazer um concurso para atuar no setor público. A carreira acadêmica é mais um caminho interessante, principalmente para quem quer se tornar pesquisador e professor, e ela também pode ser conciliada com outras atividades.
Sobre as áreas de atuação, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) reconhece 17 especialidades, então não faltam opções para os profissionais escolherem. Conheça algumas delas:
Uma das aréas de atuação em da profissão é a Fisioterapia em Gerontologia que envolve o cuidado com idosos, ajudando a manter a mobilidade, prevenir quedas e melhorar a qualidade de vida na terceira idade. / Foto: Envato
O setor de saúde privada no Brasil movimenta cerca de R$ 415 bilhões todos os anos, e o gasto dos brasileiros na área está em ascensão. Segundo dados do IBGE, esse crescimento das despesas fez com que a participação do segmento no Produto Interno Bruto (PIB) chegasse a 9,7% nos últimos anos.
Uma das razões para esse aumento pode ser a inatividade de boa parte das pessoas. Estima-se que 52% da população brasileira realiza atividades físicas raramente ou nunca, o que amplia as chances de surgirem problemas de mobilidade e dores crônicas, por exemplo.
Além disso, uma das tendências mais importantes no segmento é o home care. O mercado global de saúde domiciliar foi avaliado em US$ 390,24 bilhões em 2023, número que deverá crescer ainda mais até 2030. A mesma pesquisa indica que, nos Estados Unidos, os distúrbios de mobilidade são o campo que mais cresce, apontando que 11,1% dos adultos norte-americanos têm alguma deficiência relacionada à mobilidade.
Além de tratar disfunções de mobilidade corporal, o fisioterapeuta também ajuda o paciente a lidar com as questões emocionais ligadas à condição física. / Foto: Envato
Antes de mais nada, é preciso ter uma formação acadêmica e técnica de qualidade para atuar em uma profissão que lida diretamente com a saúde e a qualidade de vida das pessoas. Com o avanço da tecnologia e o surgimento de novas terapias, o fisioterapeuta também deve se manter atualizado e dominar as práticas e tendências da área.
As competências ligadas ao comportamento são tão importantes quanto o conhecimento específico quando se trata do setor da saúde. Por isso, desenvolver uma comunicação eficiente, ter empatia e paciência, analisar os casos de forma crítica, exercitar um olhar multidisciplinar, demonstrar motivação para inovar e saber trabalhar em equipes com profissionais de outras áreas são competências muito valorizadas no mercado de trabalho.
Outra forma de se diferenciar é ser especialista em um segmento da Fisioterapia, afinal quando um profissional domina determinado tema ele se torna uma referência. A PUCRS, por exemplo, oferece cursos de pós-graduação em três segmentos diferentes para quem busca aprofundar os estudos. São as especializações em Fisiologia do Exercício Aplicada ao Treinamento Físico, em Prescrição do Exercício para Grupos Específicos em Fisioterapia Dermatofuncional e em Fisioterapia Neonatal e Pediátrica. A Universidade também conta com o Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica, uma opção mais voltada para o ensino e a pesquisa.
O curso de Fisioterapia da PUCRS é nota 5 no Guia da Faculdade do Estadão. / Foto: Envato
Uma pessoa paciente, comunicativa, empática, sempre disposta a ajudar e que tem interesse pelo movimento humano. Se identificou com algumas dessas características? Elas exemplificam o perfil que o fisioterapeuta costuma ter, mas não descarte o curso se não se encaixar em todas elas. Ao longo da graduação, essas e outras habilidades são desenvolvidas junto com o aprendizado técnico para você se tornar um profissional preparado para os desafios.
Na graduação da PUCRS, por exemplo, os futuros fisioterapeutas estudam os temas específicos da área e as competências interpessoais desde o primeiro semestre. Confira as disciplinas:
Do segundo semestre em diante, o currículo aprofunda os conteúdos e apresenta as especialidades em disciplinas como:
As atividades de prática clínica e os estágios supervisionados também estão muito presentes na graduação da PUCRS, que tem um grande foco na empregabilidade. Nelas, os estudantes aprendem a avaliar e tratar pacientes reais em diferentes áreas, como na Fisioterapia Traumato-Ortopédica, na Neurofuncional e na Respiratória.
O curso conta com uma estrutura própria para as disciplinas vivenciais, que abrange centro de reabilitação, piscina terapêutica, laboratórios de ponta e o Hospital São Lucas da PUCRS. Além disso, os alunos podem fazer intercâmbios em universidades estrangeiras de referência e se formar em duas graduações (Fisioterapia e Educação Física) com o aproveitamento de muitas disciplinas.
Achou o universo da Fisioterapia interessante? Essa profissão tem o importante papel de ajudar na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de disfunções do movimento, impactando diretamente na saúde, no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas. Gostou da ideia de fazer esse curso e quer saber mais?