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Há um aumento pela demanda de profissionais capacitado/as para atuar no mercado e gerenciar os projetos que irão surgir. / Foto: Bruno Todeschini

Sustentabilidade é um assunto urgente nos mais diferentes espaços da sociedade. É impossível hoje imaginar um futuro com desenvolvimento social, ambiental e econômico sem atentar para maneiras de preservar os recursos naturais e de agredir menos a Terra. Neste contexto, algumas profissões e setores se destacam ao protagonizar a mudança, entre elas a de engenheiro/a de energias renováveis. O Brasil é hoje o segundo país que mais emprega no setor, inclusive nas áreas de energia eólica e hidráulica, ficando atrás apenas da China.  

Para apoiar quem tem interesse em Engenharias e considera essa carreira uma possibilidade, preparamos este artigo que explica um pouco mais sobre o trabalho deste profissional e suas funções no dia a dia. Continue a leitura e entenda mais sobre o tema! 

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O QUE FAZ UM PROFISSIONAL DE ENGENHARIA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS? 

Para começar a entender o que faz um engenheiro de energias renováveis, primeiro é preciso aprender sobre o conceito de energias renováveis: fontes de energia derivadas de processos naturais regenerativos, capazes de se reabastecer constantemente. Diferentemente das fontes tradicionais de energia, como combustíveis fósseis, as energias renováveis são extraídas de elementos naturais como sol, vento, água e biomassa, que são inesgotáveis e se renovam naturalmente. 

Além disso, são ambientalmente mais sustentáveis, pois sua geração e uso resultam em emissões mínimas ou nulas de gases de efeito estufa e outros poluentes, reduzindo o impacto ambiental em comparação com as fontes de energia convencionais. Tendo isso em mente, o engenheiro de energias renováveis se dedica ao desenvolvimento e implementação de tecnologias que aproveitem essas fontes limpas e sustentáveis. Quando formado, ele poderá atuar em diferentes frentes, seja como pesquisador da área, seja como um funcionário de uma empresa específica responsável por implementar projetos ou até mesmo fazendo a gestão de  sustentabilidade da marca.  

Quais são os tipos de energias renováveis? 

Estudante da PUCRS Rodrigo Garcia escolheu cursar Engenharia de Energias Renováveis para fazer a diferença no mundo. / Foto: Giordano Toldo

Atualmente, são conhecidos 5 tipos de energias renováveis, cada uma obtida de um tipo de material. São elas: 

Como se destacar como engenheiro de energias renováveis?

A atuação do profissional de energia renovável é muito ampla, mesmo que possa não parecer. Em geral, ele atua em diferentes frentes visando aumentar a sustentabilidade de algum lugar, seja este lugar uma única empresa ou até mesmo, o mundo. No primeiro caso, ele pode atuar em indústrias e em sua estratégia sustentável. Nesse contexto, ele é responsável por aumentar as medidas sustentáveis de determinada marca.  

No segundo, seria um trabalho voltado mais à pesquisa, a buscar novos meios de produzir energia renovável, além de criar mecanismos que apoiem a aplicação destas fontes de energia. Também é preciso entender que existem empresas privadas que pesquisam por esses temas, visando encontrar novas ferramentas que não prejudiquem o meio ambiente. Um bom exemplo disso são os carros elétricos. Para ter ideia, a venda desse tipo de veículo cresceu 76% no Brasil em 2023 se comparado ao mesmo período em 2022. Esses carros não utilizam combustível fóssil, gerando uma pegada de carbono menor .  

Importância do aprendizado contínuo

Dada a complexidade e a rápida evolução do campo de energias renováveis, os profissionais frequentemente buscam aprimoramento além da graduação, optando por especializações e pós-graduações. Essa formação adicional não só aprofunda seus conhecimentos técnicos e habilidades práticas, mas também abre portas para oportunidades de emprego mais qualificadas. 

A PUCRS conta com painéis solares instalados no Centro de Demonstração em Energias Renováveis, e o espaço é destinado a capacitação de estudantes. / Foto: Bruno Todeschini

Se você tem interesse nesse passo extra, a PUCRS oferece, por exemplo, o curso de Pós-Graduação em Energias Renováveis. Nele, o/a aluno/a aprofunda conhecimentos sobre fontes renováveis com o objetivo de analisar, planejar e projetar unidades integradas de processos na área. Ele é voltado para arquitetos, engenheiros, administradores e demais profissionais interessados no setor. 

Quais as perspectivas de carreiras e oportunidades neste setor em ascensão?

A sustentabilidade é uma urgência no mundo, como já citamos aqui. Para ter ideia, em 2022, seis a cada dez empresas tinham uma área dedicada ao tema e mais de 45% dos empresários disseram exigir certificados ambientais a fornecedores e parceiros. Os dados são da Confederação Nacional da Indústria (CNI).  

Além disso, estima-se que o mercado de energias renováveis deve movimentar 124 bilhões de dólares até 2040. Assim, o engenheiro de energias renováveis tem se tornado um profissional requisitado e procurado pelas empresas. Outro dado interessante: conforme a Bloomberg New Energy Finance (BNEF), empresa de pesquisa do setor, as energias renováveis advindas do sol e do vento representarão quase 50% da produção mundial de energia em 2050. E, considerando todas as energias renováveis existentes, 62% das produções energéticas serão renováveis. É evidente que o mercado das energias renováveis será, e já está sendo, promissor.  

Leia também: Estudos apontam soluções renováveis para a crise energética 

O QUE É REDUÇÃO NA PEGADA DE CARBONO E COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS? 

A pegada de carbono é o rastro de gases de efeito estufa que grande parte das atividades humanas deixam, principalmente quando se refere ao uso de energias não renováveis. Quase tudo que o ser humano faz gera uma pegada de carbono, desde como nos alimentamos, nos transportamos, até como produzimos.   

A redução da pegada de carbono é uma medida que vem sendo tomada visando diminuir esse impacto ambiental que geramos, que causa prejuízos tanto para o planeta quanto para a nossa própria vida. A pegada de carbono gerada pela vida do ser humano gera consequências irreversíveis para o planeta. Ela é responsável pelo aumento do efeito estufa, o que consequentemente gera mudanças climáticas extremamente prejudiciais para a Terra.  

Pensar e implementar maneiras alternativas de viver e utilizar recursos torna ainda mais essencial o papel do engenheiro de energias renováveis.  

QUAL É A IMPORTÂNCIA DA ENGENHARIA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS? 

Laboratório NT-Solar, energias renováveis

Escola Politécnica conta com Núcleo de Tecnologia em Energia Solar / Foto: Bruno Todeschini

A engenharia de energias renováveis desempenha um papel fundamental na busca por soluções sustentáveis para os desafios energéticos do mundo atual. Além disso, ela impulsiona a inovação tecnológica, tornando as energias renováveis cada vez mais acessíveis e eficientes. Entenda melhor: 

1) Redução das emissões de gases de efeito estufa

O uso de energias renováveis ​​ajuda a reduzir a dependência de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, que são fontes significativas de emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros poluentes. Isso contribui para a mitigação das mudanças climáticas e a diminuição do impacto ambiental. 

2) Diversificação da matriz energética

A dependência excessiva de uma única fonte de energia pode ser arriscada para a segurança energética de um país. A engenharia de energias renováveis ​​permite a diversificação da matriz energética, tornando-a mais resiliente a interrupções no abastecimento. 

Em 2023, por exemplo, as fontes renováveis foram responsáveis por um crescimento de 3,3 gigawatts (GW) da matriz elétrica brasileira. 49,15% vieram de energia eólica, enquanto 37,19% vieram da energia solar fotovoltaica. Esses dados foram divulgados pelo Governo Federal. 

3) Criação de empregos 

A indústria de energias renováveis ​​é uma fonte significativa de empregos em todo o mundo. Desde a concepção e fabricação de equipamentos até a instalação e manutenção de sistemas, muitos postos de trabalho são criados, impulsionando a economia local e global. De acordo com relatório “Energias Renováveis e Empregos: Revisão Anual”, publicado em 2023, por exemplo, foram 13,7 milhões de empregos gerados na área de energia renovável. 

Leia também: Construção de um futuro energeticamente mais sustentável é o foco da graduação em Engenharia de Energias Renováveis da PUCRS 

COMO É O CURSO DE ENGENHARIA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS? 

Energia Eólica

A energia eólica representa 12,5% da matriz energética brasileira. / Foto: Pexels

Gostou dessa perspectiva de carreira? Saiba que no curso de graduação em Engenharia de Energias Renováveis o estudante terá uma abrangente seleção de disciplinas voltadas à Física, Matemática, Química e Biologia no ciclo básico e disciplinas  mais específicas a partir do quinto semestre. 

Podemos ver, por exemplo, a grade curricular do curso da PUCRS que oferece uma formação abrangente, combinando conceitos contemporâneos de ensino com uma abordagem multidisciplinar. No início, alunos/as estudam disciplinas fundamentais como: 

À medida que avançam, são introduzidos a conteúdos mais específicos: 

Sem falar que, durante a graduação, os estudantes participam de atividades práticas em colaboração com outras áreas da Escola Politécnica. Isso inclui trabalhos de pesquisa e projetos  junto também de outras áreas do conhecimento como tecnologia da informação, proporcionando uma experiência valiosa não apenas no campo da engenharia de energias renováveis​​. 

Entendeu o que é a Engenharia de Energias Renováveis e por que ela é tão importante? Com ela, podemos garantir novos meios para a diminuição dos impactos ambientais causados pelo ser humano, melhorando nossa vida na Terra. Gostou do artigo e quer conhecer mais sobre esse curso?  

ESTUDE ENGENHARIA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS NA PUCRS 

Dia Mundial do Urbanismo

Foto: Camila Cunha

Responsável por moldar parte importante da cultura e história da sociedade, arquitetura pode ser um verdadeiro universo a explorar. A primeira coisa que quem deseja atuar nessa área precisa saber é: há muitas possibilidades no mercado para esses profissionais. Abrangendo temas como paisagismo e urbanismo, a Arquitetura é intrínseca ao caminhar da humanidade e, obviamente, o progresso da tecnologia também se faz presente e influente neste campo do conhecimento. 

Camila Fujita, professora e integrante da comissão coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica da PUCRS contextualiza:  

“Os avanços científicos e tecnológicos recentes têm influenciado tanto a forma de pensar como fazer e experienciar a arquitetura, por meio da interação em ambientes virtuais e de realidade aumentada, de novos softwares de criação e gerenciamento, de tecnologias e da automação para a construção civil, bem como das tecnologias da informação e comunicação aplicadas às cidades e aos espaços públicos, dentre muitos outros.” 

Inovações tecnológicas traçam novos caminhos para a área 

Assim como em tantas outras áreas do conhecimento, a arquitetura entra em uma nova era, na qual novas tecnologias modificam cada vez mais tanto o trabalho de arquitetos/as quanto ambientes projetados por esses profissionais. A coordenadora do curso, Maria Alice Medeiros Dias, elenca como importantes e inovadoras as tecnologias relacionadas à modelagem 3D, realidade aumentada, automação residencial e nanotecnologia. 

De acordo com a pesquisadora, que tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase no Projeto de Espaços Livres Urbanos, ferramentas de modelagem tridimensional possibilitam maior eficiência, economia e integração à execução de projetos de casas e edifícios. Um exemplo de inovação nessa área é o Building Information Modeling (BIM), ou Modelagem da Informação da Construção, em português. Trata-se de uma metodologia que estabelece diretrizes e parâmetros para melhorar o fluxo de trabalho em áreas como Arquitetura, Engenharia, Administração Economia e Ciência da Computação. O BIM geralmente é comportado por softwares de modelagem como o Autodesk Revit e o Graphisoft Archicad. 

Foto: Jonathan Heckler

A automação residencial modifica a forma como o ser humano interage com os ambientes e equipamentos à sua volta. Além disso, a realidade aumentada tem se mostrado útil em transações no mercado imobiliário e a nanotecnologia vem contribuindo para a descoberta de materiais inovadores e mais sustentáveis. “A arquitetura se transforma na mesma medida que o conhecimento e a tecnologia, pois tudo e todos necessitam estar e interagir em algum lugar, seja esse real e/ou virtual”, diz. 

Outro tema constante, cuja incorporação ao trabalho dos arquitetos já se mostra como um passo natural, é o metaverso. Isso se deve ao fato de que a proposta de integração entre os ambientes real e virtual já é algo presente no cotidiano da profissão por meio do crescente uso de recursos computacionais.  

“Nesta nova camada de experiências da realidade, em qualquer que seja a oportunidade de negócio ou desenvolvimento de serviços será necessário trazer referências espaciais de lugares e ambientes, oportunizando a participação do arquiteto e urbanista. Temos, inclusive, egressos do curso que já estão atuando nesta área”, comenta Maria Alice. 

Um curso que prepara para um mercado repleto de novidades 

Em constante atualização, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica é composto de uma nova e atual matriz curricular que inclui muitas das novas transformações tecnológicas e mercadológicas. Entre as reflexões e atividades propostas estão uma maior integração e aplicação dos conhecimentos por meio de aulas e práticas nos diversos ateliês do curso, laboratórios, além de viagens de estudo, vivências com profissionais do mercado e aproveitamento de ambientes de aprendizagem dentro e fora do Campus. O ensino, sobretudo nos ateliês de projeto, ocorre essencialmente por meio de metodologias ativas que buscam dar conta de transmitir as melhores práticas da atualidade e realizar um acompanhamento próximo e atento ao desenvolvimento do/da estudante.  

As professoras explicam que os próprios edifícios e espaços abertos do Campus da PUCRS servem como verdadeiras aulas práticas nas áreas de arquitetura, paisagismo e urbanismo. Além de tudo isso, o curso de graduação oportuniza aos alunos viagens de estudo, que são essenciais para a construção de repertório profissional. Nessas viagens, estudantes visitam especialmente patrimônios edificados do Rio Grande do Sul, com o acompanhamento de professores especialistas na área. 

A interdisciplinaridade presente na Escola Politécnica, onde também estão diferentes cursos de Engenharia, promove no curso a abordagem de temas como eficiência energética, gestão, empreendedorismo e sustentabilidade. Este último, em especial, é um tema constante no mercado atual e em toda a sociedade, – conforme ressalta Raquel Rodrigues Lima, também integrante da comissão coordenadora da graduação: 

Foto: Jonathan Heckler

“Nosso curso tem tradição na discussão deste tema e proporciona ao estudante oportunidade de explorar e aprofundar este debate. O tema da sustentabilidade urbana comparece de modo transversal, do primeiro ao último nível da graduação, por meio do ensino nas disciplinas, atividades de extensão e pesquisa, palestras e eventos promovidos”. 

Escola Politécnica é berço de projetos que visam o impacto social 

Com um longo histórico de ensino, pesquisa e extensão, o curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS está direcionado especialmente a temas como inovação social e sustentabilidade. Um exemplo é o projeto Urbanistas Contra o Corona, realizado em 2020. A ação, que reuniu professores, alunos e egressos do curso, tinha como propósito formar uma rede de apoio no Estado e produzir soluções emergenciais a fim de garantir equidade social e espacial nos espaços periféricos, diante da pandemia de Covid-19. O projeto integra uma rede nacional de instituições de ensino, de classe e outras organizações.  

Também há o projeto Service Learning, que oportuniza parcerias entre disciplinas do curso e instituições que trazem para dentro da sala de aula desafios que precisam de soluções. A disciplina proporciona a interação dos estudantes com representantes de associações de moradores, como a Associação Integração dos Anjos e a Associação de Amigos da Praça David Ben-Gurion, além das prefeituras de Guaíba, Imbé, Osório e Porto Alegre, a Câmara de Vereadores da capital e a Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC). 

Em cada semestre, estudantes desenvolvem projetos e posteriormente os apresentam aos representantes das instituições parceiras. Entre os resultados já foram entregues ideias para projetos urbanos em cidades, estudos para praças urbanas e habitação social, oficinas sobre arquitetura e sustentabilidade urbana para estudantes de comunidades carentes, entre outros.   

Estude Arquitetura e Urbanismo na PUCRS

Rodrigo Garcia escolheu cursar Engenharia de Energias Renováveis para fazer a diferença no mundo/ Foto: Giordano Toldo

Fazer a diferença no mundo: esse era o objetivo principal na escolha de carreira de Rodrigo Garcia, de 24 anos – embora, inicialmente, ele não soubesse exatamente como alcançar esse objetivo. Natural de Guaíba, ele atualmente reside em Porto Alegre e está no 4º semestre do curso de Engenharia de Energias Renováveis da PUCRS. Foi nesse curso que ele se encontrou e pode colocar em prática suas aptidões e habilidades. “É um jeito de cuidar do planeta de modo que as futuras gerações possam viver em um ambiente seguro e confortável, mas sempre zelando e respeitando o meio ambiente”, diz.  

Eduardo Medeiros está cursando o mesmo semestre que Rodrigo e que escolheu cursar Engenharia de Energias Renováveis por ser uma graduação diversificada. Para ele, é fundamental que o curso aborde todos os temas necessários para formar um profissional capacitado a fazer a diferença no mercado de trabalho, atuando frente aos desafios relacionados à transição energética: “Escolhi a PUCRS por conta do seu histórico e tradição em formar grandes engenheiros”, pontua. 

O engenheiro de energias renováveis é o profissional capacitado para conduzir a produção, a engenharia e a sociedade em uma direção sustentável. Além de ser o primeiro curso de Engenharia de Energias Renováveis do Brasil e o único da região Sul, a graduação da PUCRS possui um currículo atualizado, desenvolvido por profissionais referências na área, além de ser pautado pela inovação e pelo desenvolvimento social, científico, cultural e econômico. A missão do curso é preparar os/as estudantes para atuar nas áreas de produção e uso de energia, de infraestrutura de transporte dos vetores energéticos e de gestão e comercialização de energia. 

O professor da Escola Politécnica e coordenador do curso, Odilon Duarte, destaca que, diferentemente dos outros cursos de Engenharia de Energia existentes no mercado, este é um curso voltado especificamente às energias renováveis.  

“Além das temáticas de produção, transmissão, distribuição e uso da energia, o curso possui o diferencial de possuir um direcionamento para temas inovadores envolvendo a transição energética, como redes elétricas inteligentes, mercado livre de energia, armazenamento de energia (hidrogênio e baterias) e mobilidade elétrica”, explica o docente. 

Leia também: Há 15 anos, Projeto USE gera conscientização sobre o uso de recursos energéticos 

Laboratórios do curso são pioneiros em desenvolvimento de novas formas de energia 

Tradição da Universidade e diversidade na área levaram Eduardo Medeiros a escolher o curso/ Foto: Giordano Toldo

A Escola Politécnica possui os mais diversos ambientes de aprendizagem à disposição dos alunos. Entre os principais laboratórios utilizados pelo curso de Engenharia de Energias Renováveis estão o Laboratório de Energia Eólica (Lab-Eólica), o Centro de Demonstração em Energias Renováveis (CEDER), o Laboratório de Eficiência Energética (Labee), o Laboratório Computacional da Engenharia, o Laboratório de Conversão Eletromecânica de Energia (LCEE) e o Laboratório de Motores e Combustíveis Alternativos (LMCA) 

Para Eduardo, esses laboratórios são fundamentais no dia-a-dia dos alunos, pois nesses espaços eles realizam simulações, pesquisas e testes, aplicando o que aprendem em sala de aula na prática.  

“Me encantam os laboratórios do curso, seja o Labee e todos os laboratórios que envolvem a energia eólica, fora o conhecimento técnico referente aos módulos fotovoltaicos da energia solar, assim temos a vivência com várias áreas das energias renováveis”, diz o estudante. 

Além desses espaços, vale o destaque para o Núcleo de Tecnologia em Energia (NT-Solar), o único centro de pesquisa e desenvolvimento na América Latina projetado para desenvolver e caracterizar células solares e módulos fotovoltaicos em escala piloto.  

“Outras universidades podem ter plantas de produção de energia com sistemas fotovoltaicos, mas somente a PUCRS tem a capacidade de fabricar e caracterizar dispositivos industriais. Os laboratórios permitem que os alunos aprendam por meio de experiências e simulações, bem como projetos que se aproximam das atividades exigidas no mercado de trabalho. Os alunos também podem participar de projetos de pesquisa com os professores nos laboratórios, sendo introduzidos na pesquisa básica e aplicada, desenvolvendo atividades com empresas e demais órgãos da sociedade civil., destaca o professor Odilon. 

Tanto a estrutura física quanto a estrutura docente da Escola Politécnica tornam singular a experiência de cursar Engenharia de Energias Renováveis na PUCRS. Os professores se mantêm constantemente atualizados em relação às tendências do mercado, realizando projetos na área de energia, participando de congressos no setor, atuando como revisores de periódicos nacionais e internacionais e realizando visitas técnicas nacionais e internacionais, entre outros. Alguns professores, além de atuarem em sala de aula, também possuem atividades profissionais em companhias, além de participarem de associações e demais atividades na área da engenharia. 

Saiba mais: Energia Solar: entenda tudo sobre o mercado de sistemas fotovoltaicos no Brasil

Alunos são os futuros profissionais da sustentabilidade 

Alunos saem do curso preparados para construir um futuro energeticamente mais sustentável/ Foto: Giordano Toldo

A graduação em Engenharia de Energias Renováveis da PUCRS forma o profissional do futuro da área de energia, que será cada vez mais demandado pelo mercado. Apesar de ser um curso novo, a maioria dos estudantes já iniciam atividades de estágio em laboratórios e em empresas nos primeiros semestres do curso. Os egressos saem preparados para o presente na área tecnológica, entendendo todos os sistemas e processos envolvidos. E, acima de tudo, estarão preparados para projetar o futuro, sendo capazes de entender as novas tecnologias como modificadoras constantes dos paradigmas do setor de energia. 

“Este é um curso único na região Sul do país, que aborda a questão energética sob um viés de transição para uma matriz mais sustentável. Não teremos engenheiros para sistemas ‘estáticos’ de energia, mas para sistema ‘evolutivos’, que se adaptam as novas situações criadas pela sociedade e preservam os recursos naturais e o ambiente”, acrescenta o coordenador. 

A visão de futuro e sociedade intrínseca ao curso foi o que atraiu Eduardo: 

“Escolhi o curso de Engenharia de Energias Renováveis pois trata de todos os assuntos necessários para formar um profissional capacitado a fazer a diferença no mercado de trabalho, ajudando nos desafios relacionados a transição energética. O grande diferencial da PUCRS é a estrutura disponível para ajudar o aluno, seja através da biblioteca, laboratórios ou professores, que agregam de várias maneiras para a formação profissional do estudante”, afirma. 

Já Rodrigo conta que conheceu a PUCRS por meio de relatos da mãe, que é socióloga formada pela Universidade. Inicialmente, iria prestar vestibular para outro curso, porém quando descobriu que a PUCRS estava ofertando a nova graduação em Engenharia de Energias Renováveis, trocou de opção. 

“Sempre gostei de Engenharia, então troquei na hora, o coração falou mais alto pela graduação em Renováveis. Minha mãe me contou como a PUCRS é uma instituição de ponta e que tem toda a estrutura para melhor experiência possível do aluno enquanto na graduação. A Universidade é incrível em termos de laboratórios, estrutura em geral para os alunos, e os professores nos acolhem desde o primeiro momento. A PUCRS cuida de seus estudantes como nenhuma outra universidade, em todos os sentidos”, finaliza. 

ESTUDE ENGENHARIA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS NA PUCRS

Projeto USE é coordenado pelo professor Odilon Duarte, da Escola Politécnica/ Foto: Giordano Toldo

A preocupação cada vez maior com o meio ambiente e o futuro do planeta leva cada vez mais empresas e instituições a adotarem medidas sustentáveis e a assumirem o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Um desses objetivos, a meta nº 7, diz respeito ao acesso à energia limpa: o uso dos recursos energéticos, bem como formas mais sustentáveis de gerar e consumir energia, são pauta fundamental na construção de um futuro que torne viável a permanência da vida na Terra. A PUCRS se compromete com a pauta de energia sustentável há 15 anos por meio do Projeto USE – Uso Sustentável de Energia, que busca levar às pessoas conhecimentos e informações sobre o consumo consciente de energia e práticas de sustentabilidade. 

Instituído pela PUCRS em março de 2008, participantes do projeto já realizaram mais de 4.600 ações dentro e fora da Universidade. Odilon Duarte, coordenador do USE e do curso de Engenharia de Energias Renováveis da Escola Politécnica, onde é realizado o projeto, destaca que o impacto social gerado vai além do Campus e é gerado por meio da sensibilização das pessoas, seja por trabalhos técnicos, eventos, palestras, entrevistas, visitas técnicas e educacionais ou por do uso das redes sociais. 

“O Projeto USE dissemina conteúdo para que os cidadãos sejam protagonistas na proteção do planeta em que habitam, para que sua qualidade de vida não seja afetada de forma negativa, reduzindo o uso de fontes não renováveis e a emissão de gases do efeito estufa, trazendo pautas ambientais a lugar de destaque”, comenta ele. 

Leia mais: Projeto USE: novas ações por um ambiente mais verde 

Ao longo de tantos anos de realização, o Projeto USE deixa um extenso legado de conscientização e transmissão de conhecimentos sobre medidas que promovem o uso eficiente de energia, bem como as consequências do bom e mal uso desta que refletem em questões sociais, climáticas e financeiras. “Tal aprendizado é aplicado tanto na PUCRS quanto nos lares dos indivíduos que atuam na Universidade”, pontua o docente. Tudo isso reflete a importância de iniciativas como o Projeto USE para o futuro do meio ambiente e do planeta em geral. 

“O projeto realiza estudos para mitigar as consequências das ações humanas no planeta. Neste sentido, a iniciativa leva em consideração a disponibilidade dos recursos naturais para suprir as necessidades da humanidade, juntamente com a redução das emissões dos gases de efeito estufa”, conta Odilon. 

Atuação efetiva em diferentes frentes 

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Projeto USE promove diversas ações dentro e fora da Universidade para promover o consumo consciente de energia/ Foto: Bruno Todeschini

O projeto é dividido em três frentes de atuação: o vetor técnico, o vetor educacional e o vetor de comunicação e relacionamento. No vetor técnico, são desenvolvidos trabalhos voltados para sistemas de consumo de energia (iluminação, refrigeração, climatização, entre outros). No vetor educacional, são realizadas ações de sensibilização para os públicos internos e externos da Universidade, a fim de promover o uso consciente da eletricidade. E no vetor de comunicação e relacionamento, são realizadas campanhas de conscientização, participação em eventos e publicações informativas em redes sociais. Neste também ocorre a concessão de entrevistas para veículos de comunicação, sendo estas textuais, para rádio e TV. 

Entre as diversas pesquisas e ações desenvolvidas pelo Projeto USE recentemente, destacam-se participações em seminários importantes, como o 11º Seminário Cidade Bem Tratada, especificamente no painel temático “Mobilidade, Energia e Descarbonização”, juntamente com especialistas da área. O projeto também marcou presença no seminário 3º Seminário sobre Energias Renováveis, participando do painel de capacitação, também junto a especialistas. Também foram concedidas diversas entrevistas sobre temáticas como energias renováveis, apagão e eficiência energética. Odilon destaca outras ações recentes: 

“Realizamos avaliação da qualidade da energia de sistemas consumidores de energia no Campus Universitário; levantamento do perfil de consumo de energia elétrica das edificações; análise da viabilidade econômica para o emprego da mobilidade elétrica e na eficiência energética para a substituição do sistema de climatização do Laboratório de Alto Desempenho (LAD) e no Hospital São Lucas (HSL) da PUCRS, entre outras ações”, explica. 

Leia também: Pesquisadores da PUCRS buscam desenvolver células solares mais potentes e baratas 

Alunos protagonizam o projeto 

Adriano Klein/ Foto: Arquivo pessoal

Seja como estagiários ou voluntários, muitos estudantes da Universidade já passaram pelo Projeto USE, dos mais diversos cursos, entre eles todas as Engenharias, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Biológicas, Direito, Psicologia, Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda. Adriano Klein, formado em Engenharia Elétrica com ênfase em Sistemas de Energia pela PUCRS, participou do projeto quando era aluno e afirma ter sido uma experiência enriquecedora, e que o fez compreender uma nova forma de se relacionar com a energia. 

“No projeto eu pude perceber que a energia não se limita ao aspecto físico, mas envolve muitas outras questões relevantes para um profissional que atuará no mercado de energia. Hoje, vejo o setor e as grandes empresas do ramo se movendo em direção à descarbonização, algo que está na essência do Projeto USE. A experiência ampliou a minha visão sobre a energia e foi fundamental para a minha trajetória profissional, pois me fez entender a importância do uso sustentável da energia. Os aprendizados que obtive no projeto alimentam o meu propósito de trabalhar com esse tema fascinante”, comenta ele. 

Matheus do Carmo/ Foto: Arquivo pessoal

O alumnus Matheus do Carmo, também formado no mesmo curso e ênfase que Adriano, destaca a importância que ter participado do projeto teve em sua formação: 

“Foi fundamental, tanto do lado profissional, por me moldar em um perfil ímpar para o mercado, quanto do lado pessoal, por fomentar minha atuação em causas importantes como o combate ao aquecimento global por meio dos conhecimentos da atividade que decidi exercer. A PUCRS, com sua infraestrutura, permitiu que eu fosse exposto, ainda na graduação, a desafios de liderança, proatividade e maturidade, participando, inclusive, de seminários internacionais como expositor, ao lado de colegas com pós-doutorado. Isso foi responsável por parte considerável das conquistas que tive até o momento como engenheiro.” 

Gabriele Schmeling/ Foto: Arquivo pessoal

A estudante Gabrielle Schmeling, do curso de Engenharia de Produção, integra atualmente o Projeto USE e conta que seu interesse em participar do projeto veio da possibilidade de atuar em uma iniciativa que gerasse impacto social e ambiental. 

“Uma das motivações e expectativas pela qual iniciei no projeto USE foi poder participar de forma ativa em um programa que contribuísse de fato com a comunidade, e aprender na prática a relevância das fontes de energias renováveis, que geram impactos positivos em setores ambientais, sociais e financeiros. É gratificante perceber como a conscientização das pessoas promove o uso eficiente de energia, que reduz as ações negativas no planeta, gerando maior qualidade de vida para todos. Acredito que, desta forma, o projeto vem sensibilizando a sociedade, pois se cada um fizer a sua parte e utilizar os recursos naturais de forma consciente, futuramente mais brasileiros poderão ter acesso à energia elétrica, necessidade básica à qual infelizmente nem todos tem acesso.” 

Saiba mais: Engenharia de Energias Renováveis: conheça a graduação da PUCRS 

Estude Engenharia de Energias Renováveis na PUCRS

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Práticas em sala de aula aproximam estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo das necessidades da sociedade / Foto: Camila Cunha

A acessibilidade universal, a mobilidade urbana e o direito à cidade são temas fundamentais na atualidade. As principais tendências discutidas na área de Arquitetura e Urbanismo estão ligadas à busca por relações mais equilibradas entre humanidade e ambiente, à proposição de soluções inspiradas na natureza e no conceito de biofilia (o amor à vida), e à forte conexão com o mundo natural, incluindo a dimensão humana e o uso de tecnologias. Esses são apenas alguns dos aspectos das chamadas cidades inteligentes, que devem revolucionar a vida em comunidade. 

Dentre as estratégias difundidas nos projetos arquitetônicos, paisagísticos e urbanísticos estão o uso consciente dos recursos. “Nesse sentido, podemos destacar: o uso de recursos renováveis, o sequestro de carbono pelo uso da madeira certificada (que absorve a poluição) e a autogeração de energia nas edificações; a instalação de infraestruturas verdes (com plantas e integração com a natureza), principalmente nas soluções de drenagem urbana e na gestão dos recursos hídricos”, explica a professora Maria Alice Medeiros Dias, coordenadora da graduação em Arquitetura e Urbanismo da PUCRS. 

Para desenvolver projetos com essa lógica são necessários anos de estudo, pesquisa e aprofundamento. Letícia Sebben, que está no 9º semestre da graduação na área, afirma que “a formação acadêmica fornece o conhecimento necessário para embasar tal processo, conferir segurança e valor para a prática profissional, bem como nos preparar para os possíveis caminhos que o futuro revelará para esta profissão” 

Para quem também sonha em atuar no setor, o curso de Arquitetura e Urbanismo está com inscrições abertas para ingresso por meio do Vestibular de Inverno (com prova de redação online, aproveitamento da nota do Enem ou a modalidade que houver o melhor desemprenho), até o dia 6 de junho. Também é possível solicitar Transferência (para estudantes de outras instituições) e Ingresso de Diplomado (para quem já se formou no ensino superior, com desconto). 

O que significa pensar ambientes com foco nas pessoas? 

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Oficina do Open Campus na Escola Politécnica / Foto: Camila Cunha

Maria Alice pontua que a ideia principal é promover a qualidade de vida das pessoas, criar condições dignas de habitação, trabalho e lazer para que, de forma ampla, possam realizar suas atividades e explorar potenciais: 

“Uma cidade inclusiva e pensada para as pessoas impacta positivamente a saúde física e mental da população, contribui para o desenvolvimento humano, abrangendo as diversas demandas da sociedade”. 

Ela também destaca que o respeito ao patrimônio ambiental, cultural e histórico dos espaços deve estar presente na concepção de cidades inteligentes. 

O avanço das cidades inteligentes 

As cidades inteligentes do futuro deverão priorizar o bem-estar das pessoas por meio do uso criterioso de recursos tecnológicos. De acordo com a professora, o importante é assegurar que as novas ferramentas e inovações possam contribuir para que as cidades sejam mais humanas, seguras e eficientes nos serviços que oferecem aos cidadãos e cidadãs. 

“As discussões nesse sentido têm envolvido a academia, as comunidades e os órgãos da administração pública em estudos, atividades e propostas para cidades mais sustentáveis, inteligentes e circulares”, acrescenta. 

Afinal, quem já perdeu a paciência esperando para poder atravessar a rua em uma avenida movimentada e mal sinalizada, ou se encantou com a beleza convidativa de um ambiente ao ar livre planejado para a convivência, consegue entender brevemente qual é a importância prática da área. 

O futuro das cidades será construído por profissionais que inovam 

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O foco das cidades inteligentes do futuro será o bem-estar das pessoas / Foto: Camila Cunha

Os espaços passaram a exercer funções ainda mais importantes na vida das pessoas nos últimos anos, e isso foi intensificado pelo período de distanciamento social causado pela pandemia da Covid-19, salienta a aluna Letícia. Já a professora Maria Alice reforça que os futuros bons arquitetos e arquitetas serão profissionais que estão preparados/as para propor inovações de acordo com as necessidades do momento, tendo também uma visão empreendedora: 

“Será necessário atuar como agente de inovação e transformação, dedicado a colaborar na solução e na gestão das demandas sociais. Criatividade, compartilhamento de ideias e trabalho colaborativo são competências essenciais no perfil de arquitetos e urbanistas”. 

Letícia diz ainda que após a formação espera exercer a sua função com base em valores humanos: “A área de Arquitetura e Urbanismo tem muito potencial para modificar a nossa sociedade, que é o que eu acredito e acho coerente como futura profissional”. 

Estude Arquitetura e Urbanismo na PUCRS em 2022/2

Dia Mundial do Urbanismo

Foto: Camila Cunha

Responsável por moldar parte importante da cultura e história da sociedade, arquitetura pode ser um verdadeiro universo a explorar. A primeira coisa que quem deseja atuar nessa área precisa saber é: há muitas possibilidades no mercado para esses profissionais. Abrangendo temas como paisagismo e urbanismo, a Arquitetura é intrínseca ao caminhar da humanidade e, obviamente, o progresso da tecnologia também se faz presente e influente neste campo do conhecimento. 

Camila Fujita, professora e integrante da comissão coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica da PUCRS contextualiza:  

“Os avanços científicos e tecnológicos recentes têm influenciado tanto a forma de pensar, como fazer e experienciar a arquitetura, através da interação em ambientes virtuais e de realidade aumentada, de novos softwares de criação e gerenciamento, de tecnologias e da automação para a construção civil, bem como das tecnologias da informação e comunicação aplicadas às cidades e aos espaços públicos, dentre muitos outros.” 

Inovações tecnológicas traçam novos caminhos para a área 

Assim como em tantas outras áreas do conhecimento, a arquitetura entra em uma nova era, na qual novas tecnologias modificam cada vez mais tanto o trabalho de arquitetos/as quanto ambientes projetados por esses profissionais. A coordenadora do curso, Maria Alice Medeiros Dias, elenca como importantes e inovadoras as tecnologias relacionadas à modelagem 3D, realidade aumentada, automação residencial e nanotecnologia. 

De acordo com a pesquisadora, que tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase no Projeto de Espaços Livres Urbanos, ferramentas de modelagem tridimensional possibilitam maior eficiência, economia e integração à execução de projetos de casas e edifícios. Um exemplo de inovação nessa área é o Building Information Modeling (BIM), ou Modelagem da Informação da Construção, em português. Trata-se de uma metodologia que estabelece diretrizes e parâmetros para melhorar o fluxo de trabalho em áreas como Arquitetura, Engenharia, Administração Economia e Ciência da Computação. O BIM geralmente é comportado por softwares de modelagem como o Autodesk Revit e o Graphisoft Archicad. 

Foto: Jonathan Heckler

A automação residencial modifica a forma como o ser humano interage com os ambientes e equipamentos à sua volta. Além disso, a realidade aumentada tem se mostrado útil em transações no mercado imobiliário e a nanotecnologia vem contribuindo para a descoberta de materiais inovadores e mais sustentáveis. “A arquitetura se transforma na mesma medida que o conhecimento e a tecnologia, pois tudo e todos necessitam estar e interagir em algum lugar, seja esse real e/ou virtual”, diz. 

Outro tema constante, cuja incorporação ao trabalho dos arquitetos já se mostra como um passo natural, é o metaverso. Isso se deve ao fato de que a proposta de integração entre os ambientes real e virtual já é algo presente no cotidiano da profissão por meio do crescente uso de recursos computacionais.  

“Nesta nova camada de experiências da realidade, em qualquer que seja a oportunidade de negócio ou desenvolvimento de serviços será necessário trazer referências espaciais de lugares e ambientes, oportunizando a participação do arquiteto e urbanista. Temos, inclusive, egressos do curso que já estão atuando nesta área”, comenta Maria Alice. 

Um curso que prepara para um mercado repleto de novidades 

Em constante atualização, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica é composto de uma nova e atual matriz curricular que inclui muitas das novas transformações tecnológicas e mercadológicas. Entre as reflexões e atividades propostas estão uma maior integração e aplicação dos conhecimentos por meio de aulas e práticas nos diversos ateliês do curso, laboratórios, além de viagens de estudo, vivências com profissionais do mercado e aproveitamento de ambientes de aprendizagem dentro e fora do Campus. O ensino, sobretudo nos ateliês de projeto, ocorre essencialmente por meio de metodologias ativas que buscam dar conta de transmitir as melhores práticas da atualidade e realizar um acompanhamento próximo e atento ao desenvolvimento do/da estudante.  

As professoras explicam que os próprios edifícios e espaços abertos do Campus da PUCRS servem como verdadeiras aulas práticas nas áreas de arquitetura, paisagismo e urbanismo. Além de tudo isso, o curso de graduação oportuniza aos alunos viagens de estudo, que são essenciais para a construção de repertório profissional. Nessas viagens, estudantes visitam especialmente patrimônios edificados do Rio Grande do Sul, com o acompanhamento de professores especialistas na área. 

A interdisciplinaridade presente na Escola Politécnica, onde também estão diferentes cursos de Engenharia, promove no curso a abordagem de temas como eficiência energética, gestão, empreendedorismo e sustentabilidade. Este último, em especial, é um tema constante no mercado atual e em toda a sociedade, – conforme ressalta Raquel Rodrigues Lima, também integrante da comissão coordenadora da graduação: 

Foto: Jonathan Heckler

“Nosso curso tem tradição na discussão deste tema e proporciona ao estudante oportunidade de explorar e aprofundar este debate. O tema da sustentabilidade urbana comparece de modo transversal, do primeiro ao último nível da graduação, por meio do ensino nas disciplinas, atividades de extensão e pesquisa, palestras e eventos promovidos”. 

Entre os eventos mais recentes relacionados a essa temática está o Congresso Internacional: Sustainability the City and Society 2023, promovido pelo curso de Arquitetura e Urbanismo em conjunto com a Escola Politécnica, Escola de Humanidades, Centro de Estudos Europeus e Alemães (CDEA – PUCRS/UFRGS), Departamento Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional (PROPUR/UFRGS). O congresso corre entre 19 a 21 de outubro de 2023, no Campus da PUCRS. 

Escola Politécnica é berço de projetos que visam o impacto social 

Com um longo histórico de ensino, pesquisa e extensão, o curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS está direcionado especialmente a temas como inovação social e sustentabilidade. Um exemplo é o projeto Urbanistas Contra o Corona, realizado em 2020. A ação, que reuniu professores, alunos e egressos do curso, tinha como propósito formar uma rede de apoio no Estado e produzir soluções emergenciais a fim de garantir equidade social e espacial nos espaços periféricos, diante da pandemia de Covid-19. O projeto integra uma rede nacional de instituições de ensino, de classe e outras organizações.  

Também há o projeto Service Learning, que oportuniza parcerias entre disciplinas do curso e instituições que trazem para dentro da sala de aula desafios que precisam de soluções. A disciplina proporciona a interação dos estudantes com representantes de associações de moradores, como a Associação Integração dos Anjos e a Associação de Amigos da Praça David Ben-Gurion, além das prefeituras de Guaíba, Imbé, Osório e Porto Alegre, a Câmara de Vereadores da capital e a Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC). 

Em cada semestre, estudantes desenvolvem projetos e posteriormente os apresentam aos representantes das instituições parceiras. Entre os resultados já foram entregues ideias para projetos urbanos em cidades, estudos para praças urbanas e habitação social, oficinas sobre arquitetura e sustentabilidade urbana para estudantes de comunidades carentes, entre outros.   

Estude Arquitetura e Urbanismo na PUCRS

combate à poluição

Pesquisadora da Escola de Negócios Maira Petrini. / Foto: Matheus Gomes

Celebrado no dia 14 de agosto, o Dia do Combate à Poluição existe com o objetivo de fortalecer o debate sobre soluções e medidas ágeis para evitar o processo de alterações negativas no meio ambiente. No mundo, o avanço da poluição se deu a partir da Revolução Industrial, que agilizou o processo de industrialização e urbanização. De acordo com Maira Petrini, pesquisadora da Escola de Negócios, 95% da população global está exposta a concentrações médias de material particulado que excedem o limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de dez microgramas por metro cúbico.  

A docente explica que a carga da poluição do ar tende a ser maior em países de baixa e média renda. Já as taxas de poluição interna tendem a ser mais altas em países de baixa renda devido à dependência de combustíveis sólidos para cozinhar. Com isso, a poluição do ar externo tende a aumentar à medida que os países se industrializam e passam de renda baixa para média. Por conta disso, tornou-se fundamental que as empresas repensem seus processos e implementem maneiras de prevenir, controlar e reduzir a poluição.  

Iniciativas de sustentabilidade 

Nos últimos anos, o desenvolvimento sustentável dos negócios se tornou uma obrigação ambiental e social, que contempla uma série de ações de grande importância na tomada de decisões estratégicas das empresas. Na PUCRS, a professora Maira Petrini desenvolve pesquisas na área de Administração, com ênfase em temas relativos à sustentabilidade e sua adoção estratégica nas empresas, negócios de impacto, economia compartilhada e inovação social. A pesquisadora explica que a poluição do ar é um fator de risco para muitas das principais causas de doenças, câncer e demais fatores de riscos.  

Dados de uma pesquisa internacional apresentam que a poluição contribui com, aproximadamente, 11,65% das mortes no mundo. Entre as principais causas para o aumento da poluição do ar podemos citar a combustão de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo utilizados para eletricidade e transporte rodoviário, as emissões de indústrias, liberando grande quantidade de monóxido de carbono, produtos químicos e compostos orgânicos no ar, e as atividades agrícolas, devido ao uso de pesticidas, inseticidas e fertilizantes que emitem substâncias químicas nocivas. 

combate à poluição

Foto: Pexels

Por conta disso, para reduzir os impactos da poluição do ar na saúde, devemos encontrar soluções que acelerem esse processo para países de baixa e média renda. A professora Maira apresenta algumas das principais estratégias para combater à poluição. Confira!

4 dicas para intensificar o combate à poluição

1) Migrar para combustível renovável e produção de energia limpa: a solução mais básica para a poluição do ar é se afastar dos combustíveis fósseis, substituindo-os por energias alternativas como solar e eólica. 

2) Buscar eficiência energética: não basta produzir energia limpa, mas também é importante reduzir o consumo de energia adotando hábitos responsáveis e usando dispositivos mais eficientes. 

3) Adotar trabalho remoto ou híbrido: embora muitas empresas tenham começado a trabalhar em casa desde o início da pandemia do covid-19, permitir que os funcionários trabalhem em casa regularmente reduz o número de carros na estrada, especialmente o número dirigido por indivíduos individuais enquanto se deslocam para o trabalho. 

4) Controlar as emissões de gases na atmosfera: as empresas podem implementar práticas mais sustentáveis observando e quantificando a poluição do ar ao longo da cadeia de suprimentos e/ou processos de fabricação. As emissões ocorrem tanto durante o processo produtivo como no transporte e distribuição dos produtos, portanto é importante estabelecer programas que reduzam a poluição do ar de suas próprias operações e também de seus fornecedores. 

Legislação brasileira 

De acordo com Maira, a legislação ambiental no Brasil é bastante completa e equiparável com as legislações mais avançadas do mundo. A docente destaca que no país existem leis tanto de caráter punitivo quanto normativo, como por exemplo, a Lei dos Crimes Ambientais que regula a penalização das empresas no caso de crimes ambientais.  

Outro destaque é a Lei da Mata Atlântica, voltada para a proteção e uso dos recursos dessa floresta, como a biodiversidade, assim como o Código Florestal Brasileiro, de 2012, que estabelece a responsabilidade do proprietário na manutenção de espaços protegidos como Área de Preservação Permanente e Reserva Legal. 

Maira também pontua que existem políticas nacionais, a exemplo da Política Nacional de Saneamento Básico e da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Em pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) em 2020 aponta que a produção de resíduos sólidos urbanos cresceu 11% (de 71,2 milhões de toneladas em 2010 para 79 milhões de toneladas em 2020).  Assim, conforme pontua a pesquisadora, ainda é preciso que a sociedade como um todo repensa a realidade ambiental atual. 

“De nada adianta termos uma legislação tão completa, se as empresas e a sociedade a desconhecem ou não se importam. Mais do que órgãos fiscalizadores, precisamos criar uma consciência coletiva de preservação do meio ambiente” finaliza. 

energias renováveis

Com o aumento da demanda, energias renováveis devem representar 33% da matriz energética mundial até 2025 / Foto: Bruno Todeschini

Nos últimos anos, a reestruturação da matriz energética mundial tem aumentado a demanda e a necessidade de energias renováveis. De acordo com dados da Agência Internacional de Energia, a geração de eletricidade a partir de fontes sustentáveis deve​ atender a 99% do aumento da demanda global de eletricidade nos próximos cinco anos, representando 33% da matriz energética até 2025.

Essas mudanças tornam o mercado de geração e distribuição de energia mais flexível e complexo, aumentando a necessidade de profissionais altamente qualificados na área. Neste cenário, a PUCRS lançou o primeiro curso de graduação presencial em Engenharia de Energias Renováveis no Sul do Brasil, que está com inscrições abertas até 6 de junho para o Vestibular de Inverno 2022.

A formação, que integra o portfólio de cursos da Escola Politécnica, promove o estudo em energias limpas e sustentáveis, com o objetivo contribuir na criação e desenvolvimento de soluções inovadoras e não poluentes. Os profissionais formados serão capazes de dimensionar, gerir e analisar sistemas de energia em modalidades como hídrica, eólica, solar, bioenergética e de hidrogênio, além de realizar a gestão de energia e de eficiência energética.

“Precisamos ter uma matriz energética mais diversa, apostando em combustíveis renováveis, e ampliar a eficiência, evitando o desperdício. É essencial percebermos que a população mundial está consumindo mais energia, porém os recursos são finitos. É uma conta que não dará certo se não houver mudanças na forma em como geramos e consumimos energia”, ressalta o professor Odilon Duarte, coordenador do curso.

Aprendizado na prática desde o início

Laboratório NT-Solar, energias renováveis

Núcleo de Tecnologia em Energia Solar é um dos principais centros de pesquisa na área / Foto: Bruno Todeschini

A graduação em Engenharia de Energias Renováveis possui disciplinas atualizadas em relação às novas tendências do mercado e acesso a uma infraestrutura de excelência, tornando a formação acadêmica mais completa e inovadora.

Entre os diferenciais do currículo, estão disciplinas de Redes Elétricas Inteligentes, Eficiência Energética e Métodos Inovativos de Produção de Energia, que preparam os alunos e alunas para conceber e executar estudos de planejamento da expansão das fontes renováveis em sistemas de geração, distribuição e armazenamento de energia.

Desde o início do curso, os estudantes contam com aulas práticas e acesso a laboratórios especializados com equipamentos atuais e que permitem desenvolvimento de diferentes atividades. Entre esses espaços estão o Núcleo de Tecnologia em Energia Solar (NT-Solar), o Centro de Demonstração em Energias Renováveis (CEDER), e os laboratórios de Energia Eólica; Eficiência Energética; de Conversão Eletromecânica de Energia; de Motores e Combustíveis Alternativos e Computacional da Engenharia.

O NT-Solar é o único centro de Pesquisa & Desenvolvimento na América Latina projetado para desenvolver e caracterizar células solares e módulos fotovoltaicos em escala piloto, sendo um grande diferencial para a formação e a carreira de alunos e alunas. Desde a sua inauguração, foram executados 43 projetos de P&D. Entre os resultados do NT-Solar também estão a célula solar com maior eficiência desenvolvida no Brasil, a planta piloto de células solares e módulos fotovoltaicos e o registro de oito patentes junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

“A PUCRS conta com toda a infraestrutura necessária para fornecer o melhor aprendizado aos alunos e alunas. Temos mais de 38 laboratórios disponíveis na Escola Politécnica, e destes, 12 são voltados para energias renováveis, muitos contam, inclusive, com reconhecimento internacional. Ou seja, já temos in loco toda a estrutura para a aplicação dos estudos”, comenta Duarte.

Acesso à pesquisa e internacionalização

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Célula desenvolvida pelo NT-Solar / Foto: Bruno Todeschini

Garantir energia limpa e acessível para todos é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entre as metas da ONU para esse objetivo estão, até 2030, ampliar o acesso à pesquisa e tecnologias de energias renováveis e eficiência energética.

Engajada nesse propósito, a Universidade proporciona aos alunos e alunas diferentes possibilidades de aproximação com a pesquisa científica já ao longo da graduação, como o IntegraPós, além de programas de formação continuada alinhados às necessidades do mercado e da sociedade.

Leia também: Integra Pós possibilita que estudantes concluam a pós-graduação um ano após se formarem

Melhor universidade privada do Sul do País segundo o Mistério da Educação (MEC), a PUCRS reúne Programas de Pós-Graduação (PPGs) reconhecidos nacional e internacionalmente pela excelência. Com nota 5 na Avaliação Quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais da Escola Politécnica oportuniza o desenvolvimento de diferentes linhas de pesquisa integradas com os estudos da Engenharia de Energias Renováveis.

Para atender as demandas de um mercado cada vez mais exigente e globalizado, a PUCRS também conta com projetos e ações voltadas para a internacionalização, formando profissionais com competências multiculturais. Os programas de mobilidade acadêmica da Universidade possuem parcerias e acordos de cooperação com mais de 100 instituições estrangeiras, expandindo as oportunidades de vivências internacionais.

Corpo docente qualificado

Entre os diferenciais da graduação de Engenharia de Energias Renováveis está o conjunto de docentes que atuam na área da energia em diversos setores da sociedade. Muitos dos professores e professoras também são pesquisadores/as vinculados ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) nas áreas de energia ou de materiais, legitimados para proporcionar uma formação de excelência.

Integração com o mercado de trabalho

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Painéis solares instalados no Centro de Demonstração em Energias Renováveis da PUCRS / Foto: Bruno Todeschini

O Brasil é o segundo país com o maior número de empregos em energias renováveis, com mais de um milhão de vagas, segundo dados da Agência Internacional de Energia Renovável. Ao todo, o mercado chegou a 12 milhões de oportunidades na área em 2020, sendo 32% ocupadas por mulheres. A agência também estima que o setor de energia renovável pode representar 38 milhões de empregos em 2030.

Coordenador do curso, Odilon Duarte salienta a aproximação da Universidade com o mercado de trabalho: “Estamos diante de uma das profissões do futuro e nossos/as estudantes com certeza serão muito bem recebidos pelo mercado, com possibilidades de estágios já nos primeiros semestres. A PUCRS é uma universidade com reconhecimento e destaque na área, o que contribuirá ainda mais para que alunos e alunas tenham oportunidades ao longo da carreira”.

A Universidade também conta com serviço de apoio e orientação profissional gratuito para estudantes, que disponibiliza consultorias para planejamento de carreira e mentorias com profissionais do mercado, além de workshops e oficinas sobre diferentes temas.

Multidisciplinaridade e empreendedorismo

Ao longo da graduação, os estudantes terão disciplinas que integram a Agência Experimental de Engenharia, que propõe a construção de projetos multidisciplinares e possibilita o contato com professores/as, alunos e alunas de diferentes cursos da Escola Politécnica.

Os projetos são desenvolvidos com foco na solução de problemas reais, encontrados na sociedade e no mercado, e poderão ser testados e colocados em prática ao longo do curso. “Os/as estudantes irão utilizar os conhecimentos da graduação para propor inovações. Por exemplo, poderemos ter a construção de um novo modelo de carro elétrico, integrando diferentes engenharias”, comenta Duarte.

Com os caminhos de empreendedorismo e inovação da PUCRS, alunos e alunas também podem transformar ideias em negócios, independentemente da fase de maturação do seu projeto. No Track Startup estão reunidas mais de 20 possibilidades integradas com diferentes áreas, como o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (Idear).

Ingresse na graduação de Engenharia de Energias Renováveis ainda em 2022

Mercado dos carros elétricos tem crescido no Brasil

Principal fator que incentiva a utilização de carros elétricos é a diminuição da poluição do ar / Foto: Pexels

No Brasil, os carros elétricos ainda têm um mercado pequeno, mas que cresce rapidamente com iniciativas de empresas e entidades de fomento à tecnologia. De acordo com dados da NeoCharge (2021), empresa que oferece soluções de recarga para veículos elétricos, atualmente existem mais de 65 mil carros deste tipo no País, sendo São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, os estados com mais presença destes automóveis.  

O professor da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos Eduardo Campos Pellanda é responsável por realizar diversas pesquisas sobre tecnologias que impactam a sociedade e foi o primeiro comprador de um veículo elétrico no Rio Grande do Sul. Atualmente, o docente se dedica a investigar as transformações decorrentes da transição deste importante setor.  

Pesquisas sobre mobilidade urbana e novas tecnologias 

O principal projeto que está sendo desenvolvido é em parceria com o Grupo IESA, referência no mercado automotivo no Rio Grande do Sul. A iniciativa propõe criar uma estação de carregamentos de carros elétricos com energia solar que terá sempre veículos das marcas que a empresa representa como demonstração da tecnologia, para que a comunidade acadêmica possa entender o funcionamento desta nova tecnologia. “As universidades têm um papel fundamental neste processo pesquisando soluções e capacitando pessoas para esta nova realidade”, pontua o pesquisador. 

Além das produções individuais, Pellanda também atua com o PLUG: Future Mobily, hub que nasceu da ideia de agregar pesquisa e ensino da PUCRS a startups, empresas, governo e associações que estão trabalhando nestes desafios da nova mobilidade urbana. O grupo surgiu por iniciativa de professores das escolas Politécnica, de Negócios e da Famecos. Por isso, apresentam uma proposta de abordagem multidisciplinar do assunto.  

Vamos produzir conteúdos relevantes com os estudantes do curso de Jornalismo e vamos agregar grupos de pesquisa que estão alinhados com o tema. Com esta convergência de forças, temos certeza de que seremos um espaço relevante nacionalmente e internacionalmente sobre mobilidade e tecnologia”, complementa.   

Carros elétricos e seus impactos  

A adesão dos carros elétricos, assim como bicicletas ou patinetes elétricos, pode transformar as cidades profundamente. De acordo com Pellanda, o principal fator que incentiva a mudança é a não poluição do ar:  

“Cidades com ar mais puro não só ajudam globalmente no controle do aquecimento, mas também permitem uma menor incidência de doenças respiratórias na população. Além disso, carros, ônibus e caminhões elétricos podem fomentar o exercício ao ar livre e também o uso das bicicletas convencionais, já que a poluição é um dos fatores que impede as pessoas de pedalarem em vários centros urbanos”. 

Outro benefício é em relação à poluição sonora. Com os veículos elétricos, as cidades ficariam com menos ruídos, permitindo uma melhor qualidade de vida e pessoas menos estressadas. Além disso, Pellanda também destaca que os prédios históricos sofreriam menos com a fuligem oriunda dos canos de descarga de veículos tradicionais. 

Leia também: PUCRS integra primeiro laboratório para testes de baterias de carros elétricos do País

Você já se questionou sobre como o seu consumo impacta o uso dos recursos naturais do planeta? Anualmente, a Terra tem sido sobrecarregada pela aceleração no ritmo de utilização dos bens fornecidos pela natureza, entrando em déficit ecológico. O Dia da Sobrecarga da Terra é uma data mundial que marca o momento em que a humanidade consumiu todos os recursos naturais que o planeta é capaz de renovar durante um ano. Em 2021, o déficit acontece a partir desta quinta-feira, 29 de julho. 

O cálculo da sobrecarga é realizado pela Global Footprint Network (GFN) dividindo a biocapacidade do planeta (quantidade de recursos ecológicos que a Terra pode regerar no ano) pela Pegada Ecológica da humanidade (quantidade de recursos naturais necessários para sustentar os padrões de consumo da população mundial). Segundo a GFN, atualmente, são utilizados os recursos de 1,7 planetas – o equivalente a mais de 74% da capacidade de renovação da Terra. 

Em 2020, devido à redução das atividades econômicas pela pandemia de Covid-19, a sobrecarga ocorreu em 22 de agosto – há 15 anos a data não acontecia tão “tarde”. Porém, em 2021 o aumento de 6,6% da pegada de carbono em comparação com o ano passado já recoloca o planeta no patamar pré-pandemia. Além disso, a GFN destaca a redução de 0,5% na biocapacidade florestal do mundo devido, em grande medida, a um aumento do desmatamento na Amazônia. Somente no Brasil, mais de 1 milhão de hectares de floresta foram perdidos em 2020 e estimativas para 2021 indicam um aumento de até 43% no desmatamento. 

O equilíbrio ecológico e social exige ações coletivas  

Na visão da professora da Escola de Negócios da PUCRS Maira Petrini, coordenadora do Grupo de Pesquisa sobre Sustentabilidade e Negócios com Impacto Social, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Administração, para alcançarmos a sustentabilidade é preciso repensar as estruturas e os padrões adotados mundialmente.  

“O que a pandemia faz é descortinar as disfuncionalidades dos modelos econômicos atuais e nossos altos níveis de desigualdade e pobreza. Precisamos questionar alguns pontos que podem ter levado a isso, como o individualismo e a competição em detrimento da colaboração. Isso vale para as empresas, para as nações e para as sociedades”. 

Maira destaca, ainda, que a construção de uma economia mais sustentável também passa pela ressignificação dos negócios. “A necessidade de as empresas encontrarem um propósito vinculado com o coletivo se tornou exponencial. O propósito engaja colaboradores, fideliza consumidores e constrói marcas fortes. Cada vez mais os negócios precisam mobilizar as pessoas, criando significados e laços de coletividade. E essa pressão vem da sociedade, da nova sociedade, das novas gerações que já nascem provocando e questionando um propósito maior”, aponta. 

Consumo consciente é essencial para adiar a sobrecarga 

Diminuir o consumo, optar por produtos e empresas aliadas do desenvolvimento sustentável, evitar o desperdício de recursos ambientais e reduzir as emissões de carbono são ações fundamentais para adiarmos o Dia da Sobrecarga da Terra, mitigando os impactos da crise climática. 

Confira alguns passos da campanha #MoveTheDate para adiar o esgotamento dos recursos: 

Leia também:  5 dicas: como consumir de forma consciente 

Seguiremos juntos na busca pela sustentabilidade 

A PUCRS, em consonância com seu Marco Referencial e de acordo com sua Missão, estabelece como princípios norteadores para a busca da sustentabilidade ambiental o contínuo estímulo à educação ambiental, envolvendo a comunidade em geral; a promoção de ambiente acadêmico-científico favorável para o desenvolvimento e disseminação de tecnologias para a redução dos impactos ambientais; e a contínua melhoria de seus procedimentos técnico-administrativos para a mitigação e prevenção dos impactos ambientais provenientes das suas ações, em concordância com a legislação ambiental vigente. 

Entre as ações adotadas pela Universidade está a implementação e manutenção da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Pró-Mata, uma área de conservação ambiental da PUCRS localizada em São Francisco de Paula, na serra gaúcha. Com área aproximada de 2.400 hectares, o Pró-Mata é a maior RPPN do Rio Grande do Sul e recebe anualmente centenas de pesquisadores, professores e estudantes de diferentes instituições, brasileiras e internacionais.  

Desde a sua inauguração, são promovidas atividades de ensino, pesquisa e extensão sob a condução do Instituto do Meio Ambiente da PUCRS (IMA).  

“Através da conservação de campos e matas em área tão ampla, a PUCRS se destaca entre as universidades de todo o mundo no seu compromisso com o meio ambiente, contribuindo de forma importante para a minimização do efeito estufa através da fixação de carbono atmosférico. A captação de carbono realizada no Pró-Mata já é capaz de neutralizar grande parte ou a totalidade das emissões de carbono decorrentes da operação diária da PUCRS”, destaca o professor Nelson Fontoura, diretor do IMA.