Conheça as diferentes abordagens e as oportunidades de trabalho na área 

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Foto: Envato Elements

Nunca se falou tanto em saúde mental. As pessoas já vinham se preocupando mais com o autocuidado e desenvolvimento pessoal nos últimos anos, mas os abalos emocionais causados pela Covid-19 intensificaram ainda mais essa busca pelo bem-estar. A saúde mental dos brasileiros, inclusive, foi considerada uma das piores do mundo no pós-pandemia, principalmente entre jovens abaixo dos 35 anos, conforme mostra o relatório do Global Mind Project

É aí que entra a importância dos psicólogos/as, profissionais que avaliam e propõem tratamentos para minimizar o sofrimento emocional em diferentes situações e ambientes. Uma das áreas de atuação mais novas na profissão é, justamente, a de intervenção psicológica em contextos de emergências e desastres. Neuropsicologia, Psicologia do Esporte, Psicologia Forense, Psicologia Ambiental e Psicologia do Trabalho são outros exemplos de caminhos não tão convencionais que as pessoas formadas no curso de graduação podem seguir.  E quem sabe você seja uma delas no futuro, já pensou?

Continue a leitura para conhecer melhor a profissão, as diferentes abordagens e as oportunidades de trabalho na área. 

O que faz um psicólogo? 

De modo geral, o papel do psicólogo é intervir no funcionamento psíquico, nas manifestações comportamentais e nas relações interpessoais. Pareceu complicado? Calma, isso significa que ele avalia a mente, o comportamento e as emoções humanas com o objetivo de recomendar tratamentos que ajudem indivíduos e grupos a lidarem melhor com suas questões internas. Ou seja, onde houver pessoas, a psicologia está ou deveria estar presente. 

Leia também: Não haverá futuro sem saúde mental: conheça mais sobre o curso de Psicologia

Esse profissional pode atuar em diversos espaços, como clínicas particulares, escolas, empresas, indústrias, hospitais e clubes esportivos, por exemplo. Em cada um deles, as atividades do dia a dia e o público atendido pelo psicólogo são diferentes, mas o que não muda é que o seu propósito é contribuir para o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas. Embora a clássica imagem do psicólogo frente a frente com o paciente em um consultório seja a mais comum ao se pensar nessa carreira, as possibilidades vão muito além e podem, inclusive, envolver outras áreas do conhecimento. 

Quais são as oportunidades de trabalho na psicologia? 

Comparada a outras carreiras mais antigas, como Medicina, Advocacia e Contabilidade, a Psicologia é uma ciência relativamente jovem no Brasil. A profissão foi regulamentada há pouco mais de 60 anos, então ainda há muitas possibilidades a serem exploradas e novas áreas de atuação estão surgindo. O curso da PUCRS, aliás, foi primeiro da Região Sul e segundo a ser criado no Brasil, antes mesmo da regulamentação da profissão, sabia disso? 

É possível trabalhar de forma autônoma (em clínicas, consultório próprio ou assessoria psicológica para instituições), atuar no setor público prestando concursos voltados para psicólogos ou ser funcionário de uma empresa privada. A profissão ainda permite atender pacientes de forma remota em home office – aliás, esse serviço cresceu 52% após a pandemia de Covid-19 e segue sendo muito procurado. 

GRADUAÇÃO PRESENCIAL

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Conheça algumas das áreas em que o psicólogo pode atuar: 

Graduada em Administração, Alexandra Faro, de 50 anos, está se formando em Psicologia na PUCRS. / Foto: Luciana Marques

Quais são as principais abordagens?  

Independentemente da área ou do local em que atue, o psicólogo pode escolher a maneira como trabalhará com seus pacientes. Isso porque existem diferentes abordagens ou linhas teóricas que guiam como será a intervenção psicológica. Confira algumas delas: 

Como se destacar na área da psicologia? 

Por existirem tantas áreas e abordagens que o psicólogo pode seguir, a melhor forma de se destacar nesse universo é se tornar um especialista em uma ou mais delas. Fazer um curso que vá além da graduação não só vai aprofundar os conhecimentos sobre métodos e instrumentos de atuação, como também permite conhecer novas possibilidades e caminhos profissionais.  

Para quem quer se qualificar ainda mais, dois bons exemplos são as especializações em Psicologia do Esporte e, ambas oferecidas pela PUCRS. O primeiro curso explica como acontece a interação entre psicólogos e atletas/equipes esportivas, preparando o profissional para atuar no contexto do esporte. 

Leia também: Curso de Psicologia prepara profissionais para os desafios da saúde mental na atualidade

Seu interesse está em outras áreas da Psicologia? Sem problemas, há muitas outras pós-graduações para quem quer se especializar nas demais possibilidades de carreira para psicólogos. Conheça aqui

Será que o curso de psicologia é para mim? 

Se você gosta de ouvir e conversar com pessoas, tem curiosidade para descobrir como funciona a subjetividade humana, questiona por que as pessoas têm determinados comportamentos e consegue olhar para dentro de si de forma analítica, a graduação em Psicologia pode ser uma ótima opção. O principal instrumento de trabalho do psicólogo é a sua capacidade de escuta e reflexão crítica, constituindo-se em condição presente no fazer independentemente da área de especialidade que possa assumir na carreira. 

Tudo isso é aprendido e praticado durante a graduação em Psicologia, que desde o primeiro semestre tem disciplinas que ensinam sobre os comportamentos humanos e apresentam como é a carreira nessa área. Na PUCRS, por exemplo, algumas das disciplinas oferecidas no 1º semestre são: 

Nos semestres seguintes, as atividades aprofundam ainda mais os estudos e abordam as diferentes áreas de atuação. Veja algumas das disciplinas: 

Ao longo do curso, os futuros psicólogos ainda realizam estágios profissionalizantes que são fundamentais não só para ganharem vivência prática, como também para entrarem no mercado de trabalho e começarem sua carreira.  

E aí, ficou interessado em fazer Psicologia? Essa profissão tem uma função muito importante hoje em dia, afinal, as pessoas buscam cada vez mais bem-estar e qualidade de vida. Quer conhecer mais sobre o curso? 

Estude Psicologia na PUCRS

Professores da PUCRS e Conselho Regional de Psicologia oferecem curso gratuito rápido para quem está atuando nos resgates

Neste momento de calamidade no Rio Grande do Sul, a PUCRS abriga pessoas e famílias afetadas pelas chuvas e enchentes no Estado nas dependências do Parque Esportivo (Prédio 81) e também recebe e encaminha doações. Para contribuir com as iniciativas de acolhimento em saúde mental às vítimas, os professores Christian Haag Kristensen e Caroline Santa Maria Rodrigues, integrantes do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trauma e Estresse (Nepte), da Escola de Ciências da Saúde e da Vida criaram um curso rápido, voltado às pessoas que estão atuando como voluntárias em resgates, abrigos e de outras formas. O objetivo é facilitar o atendimento psicológico mais adequado no momento. O material conta também com o apoio do Conselho Regional de Psicologia (CRP-RS).

O curso Primeiros Socorros Psicológicos: Intervindo em Situações de Crises, Desastres e Catástrofes foi gravado pela dupla de pesquisadores especialistas e dividido em duas partes. Na primeira parte, é realizada uma contextualização de desastres, quais os possíveis efeitos psicológicos e ainda, agravantes da situação, como fome, machucados, abusos, entre outras situações. Na segunda, são explicadas as maneiras práticas de abordar e comunicar com as vítimas e as formas de comunicação adequadas. Veja os vídeos no final da página e também no canal do Youtube da PUCRS.

Confira breves instruções de primeiros cuidados psicológicos

Saiba como se comunicar

Incentive estratégias positivas

Eventos como este podem causar reações diversas, que podem durar dias ou semanas

Clique para visualizar as duas partes do curso rápido:

Os professores ainda afirmam que é preciso considerar as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade, como crianças e adolescentes, pessoas com problemas de saúde, deficiências, ou ainda correndo risco de discriminação ou violência. O curso busca oferecer um panorama rápido, para que as pessoas atingidas pela catástrofe sejam tratadas de maneira humanizada.

As atividades acadêmicas foram suspensas, mas o nosso Campus se mantém aberto aos/às estudantes e à comunidade, oferecendo acesso à energia elétrica, equipamentos, ambientes de estudo, serviços de alimentação e uso das estruturas disponíveis.

Confira: Saiba como e o que doar para as pessoas afetadas pelas chuvas no Estado

Com convidados especiais, nova temporada promete mais insights científicos sobre bem-estar e saúde mental

O primeiro episódio contou com a participação da doutoranda e psicóloga Juliana Markus (esquerda), da psicóloga Eduarda Zorgi Salvador (meio) e do líder do Projeto de Meditação da Pastoral, Malone Rodrigues (direita). / Foto: Divulgação

Aguardada com grande expectativa, a segunda temporada do podcast “Respira Fundo” foi lançada nesta segunda-feira, dia 29/4. O programa, que conquistou ouvintes com sua abordagem científica e acessível, é uma iniciativa colaborativa entre o Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS e o Grupo de Pesquisa: Avaliação em Bem-Estar e Saúde Mental (ABES) da Escola de Ciências da Saúde e da Vida.  

Nesta temporada, que conta com a ancoragem do professor Wagner de Lara Machado, da doutoranda e psicóloga Juliana Markus, e do filósofo e líder do Projeto de Meditação da Pastoral, Malone Rodrigues, o podcast promete trazer temas profundamente conectados ao bem-estar e à felicidade, todos fundamentados em pesquisas recentes da universidade. Malone relembra o surgimento do programa e celebra o início da segunda temporada.  

“A Pastoral estabeleceu uma parceria com o grupo de pesquisa ABES para investigar a meditação em realidade virtual, e queríamos compartilhar com a comunidade essa iniciativa de uma maneira leve, mas científica. Percebi que poderíamos utilizar o espaço da Universidade para divulgar as pesquisas que realizamos, relacionadas às práticas de bem-estar, espiritualidade e cuidado integral, por meio de um podcast. Felizmente, a ideia foi bem recebida e agora passamos para uma nova temporada”, conta o apresentador.   

 
Após uma primeira temporada de sucesso, a nova temporada pretende mergulhar ainda mais nos estudos universitários que tocam diretamente a vida cotidiana dos ouvintes. Malone ainda reflete sobre a importância do podcast para auxiliar a divulgação científica de outra maneira.  

“A abordagem leve e acessível permite que informações complexas sejam compreendidas por um público mais amplo. Isso não apenas democratiza o acesso ao conhecimento, mas também promove uma maior conscientização sobre questões de bem-estar e saúde mental. O podcast não apenas informa, mas também empodera os ouvintes, promovendo mudanças positivas em suas percepções e comportamentos”, reforça Malone. 

Confira abaixo os temas dos próximos episódios e seus convidados:  

Por que voltamos para lugares que nos fazem mal? | Convidada: Eduarda Zorgi Salvador (psicóloga) 

Mindfulness e bem-estar | Convidada: Bruna Rocha (psicóloga) 

Exercício físico com sentido | Convidada: Marcela Alves Sanseverino (psicóloga e educadora física) 

Bem-estar na jornada empreendedora | Convidado: Felipe Santos Machado (gestor) 

Imagem corporal e autocompaixão | Convidado: Bolivar Ramos Cibils Filho (psicólogo) 

Vivenciando o luto | Convidada: Luciana Villa Verde Castilhos (psicóloga) 

Terapia do Esquema e Necessidades Emocionais Básicas | Convidado: Leonardo Wainer (psicólogo) 

Bem-estar financeiro | Convidado: Nicolas de Oliveira Cardoso (psicólogo) 

Zen-budismo e saúde integral | Convidado: André Luiz da Silva (médico e monge) 

Para aqueles interessados em ciência aplicada ao cotidiano, com uma pitada de leveza e profundidade, essa nova temporada promete ser uma oportunidade para entender melhor os complexos aspectos da saúde mental e do bem-estar pessoal, em diversos contextos. Os episódios serão divulgados quinzenalmente, tanto no YouTube da PUCRS quanto no Spotify do programa “Respira Fundo”.  

Georges Hilal está no último semestre do curso de Psicologia da PUCRS/ Foto: Giordano Toldo

Georges Hilal, de 22 anos, é de Sant’anna do Livramento, e sempre teve o desejo de escutar e compreender o funcionamento da mente humana. Já Ketlin Costa, de 26 anos e natural de Viamão, tinha um objetivo mais específico: aprender sobre como se dão as relações étnico-raciais no contexto brasileiro e os efeitos psicossociais causados pelo racismo, principalmente na população negra. O interesse e a curiosidade pelas particularidades das relações humanas os levaram a um lugar em comum: atualmente, ambos estão no último semestre do curso de Psicologia da PUCRS. 

Para eles, a graduação em Psicologia da PUCRS é um privilégio e um diferencial e tanto na carreira. Georges destaca a excelência do ensino, que o fez escolher estudar na Universidade:  

“Escolhi a PUCRS pela excelência no ensino e reconhecimento no mercado de trabalho, sendo uma das mais renomadas no Brasil e nas Américas. Aqui temos uma experiência completa: das salas de aula bem equipadas aos espaços de lazer, da maior biblioteca da América Latina aos eventos culturais na Rua da Cultura. Além disso, a possibilidade de internacionalização é mais um atrativo. Tudo é pensado para a realização de um futuro promissor.” 

Ketlin descreve a experiência de cursar Psicologia na PUCRS como gratificante e transformadora: 

“Considero a PUCRS uma Universidade incrível, que proporciona vivências plurais e diversas ao longo do curso. Os serviços e ações dentro do campus e articulações fora dele são um diferencial transformador na formação profissional. Sinto-me muito alegre e grata por estudar aqui.” 

Pluralidade de oportunidades e experiências levaram Ketlin Costa a escolher cursar Psicologia na PUCRS/ Foto: Giordano Toldo

Nos últimos anos, a preocupação com a saúde mental vem aumentando cada vez mais, juntamente com o número de pessoas atingidas por transtornos psicológicos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais pessoas com ansiedade e o quinto com mais diagnósticos de depressão. Nesse contexto, é essencial a formação de profissionais para cuidar da saúde mental da população e para a promoção da saúde.

Em vista disso, o curso de Psicologia da PUCRS tem como principal foco formar psicólogos/as generalistas, teórica e tecnicamente embasados/as para atuar em diferentes cenários socioculturais e profissionais; capazes de compreender os sujeitos e seus processos de subjetivação de forma integral, empenhados/as no desenvolvimento profissional, na atuação ética, na transformação social e na promoção da saúde. 

Ocorrida em 1953, a fundação da graduação em Psicologia da PUCRS é anterior até mesmo à regulamentação da profissão no Brasil, pela lei 4119/62. Foi o segundo curso da área a ser fundado no País, permitindo que muitos dos psicólogos que participaram da constituição da psicologia como área de prática profissional e científica fizessem sua formação na PUCRS.  

Cristiano Dal Forno, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e coordenador do curso, reitera a tradição e destaca o currículo renovado e conectado com as exigências sociais, além da localização em um campus universitário que oportuniza aos estudantes intercâmbios com as diversas áreas do saber e vivências transformadoras. 

“O curso conta com um Laboratório de Processos Psicológicos Básicos, no qual se podem realizar experimentos virtuais, além de incomparável estrutura física e humana para a realização das práticas supervisionadas, com mais de 22 salas para atendimentos individuais e de grupos, sala de espelho para atendimentos e observações e mais de dez psicólogos supervisores”, explica ele. 

Serviço-escola oferece atuação prática aos alunos 

O curso de Psicologia conta com diversos espaços de aprendizagem que fomentam o desenvolvimento acadêmico e profissional dos estudantes. O maior destaque é o Serviço Escola do Curso, destaque na área por contar com variados núcleos de estágio: psicologia social-comunitária, escolar, do trabalho, clínica psicanalítica, comportamental e sistêmica e, também, os recém implantados núcleo de avaliação psicológica e núcleo de estágios básicos.

“Como campos de práticas supervisionadas, as instalações do Hospital São Lucas e do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima recebem muitos dos alunos do curso em estágios básicos e profissionalizantes”, acrescenta Cristiano.  

Prédio 11 abriga salas e outros espaços de aprendizagem do curso de Psicologia/ Foto: Divulgação

Além desses espaços, há ainda mais de 100 locais externos à Universidade credenciados para estágio obrigatório, em diferentes áreas de atuação: psicologia clínica (diferentes abordagens teóricas), psicologia do trabalho, jurídica, do esporte, comunitária, hospitalar. O coordenador afirma que esses espaços proporcionam aos alunos contato com o amplo campo da psicologia e do ofício do psicólogo, por meio de práticas supervisionadas por profissionais com experiências em suas áreas. 

“Um dos princípios que direcionam a formação ofertada pelo curso de Psicologia da PUCRS é a ética profissional e atenção aos Direitos Humanos, preceitos fundamentais. Em virtude disso, os espaços de aprendizagem ofertam oportunidades de práticas que colocam o estudante em contato direto com o fazer técnico, mas fomentam, em grande medida, a reflexão ética e a função cidadã da profissão.” 

Georges elogia muito a estrutura física do curso, principalmente as salas de aula, nas quais os alunos passam longas horas de estudo. Além das salas, o espaço que ele mais utiliza – e seu favorito – é o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), que ele descreve como excelente e um terreno fértil para os estudantes que desejam se aventurar nas diferentes áreas da Psicologia. “Lá, inaugurei a minha escuta clínica e vivi instantes marcantes. A sala de espelhos é uma relíquia! Circular pela estrutura física do curso é um privilégio”, afirma. 

Quem também adora o SAPP e a sala de espelhos é Ketlin, que realiza seu estágio obrigatório no serviço. Além disso, ela exalta os diversos espaços do prédio 11, incluindo as secretarias, o auditório e os grupos de pesquisa do curso. Entre estes últimos, destaca a sala do grupo de pesquisa Psicologia, Saúde e Comunidades, coordenado pela professora Kátia Bones Rocha. 

O quadro docente do curso merece especial destaque: é constituído por professores com consistente formação acadêmica, possuindo pós-graduação stricto sensu, dos quais mais de 70% são doutores em suas áreas de especialidade. 

“Grande parte dos docentes estão vinculados ao mercado de trabalho da psicologia, desempenhando atividades em clínicas, empresas, consultorias e/ou escolas. Tal característica permite que os professores ofertem conteúdos e experiências em sala de aula diretamente relacionados à atualidade do fazer em psicologia, permeados por exemplos de suas próprias práticas profissionais”, destaca o professor Cristiano. 

Por que estudar Psicologia na PUCRS? 

Tradição do curso, currículo consistente e carga prática estão entre os principais diferenciais do curso/ Foto: Giordano Toldo

O aluno graduado em Psicologia pela PUCRS sai preparado para lidar com os mais diversos desafios da profissão. O histórico consolidado do curso propicia reconhecimento por parte do mercado de trabalho, sendo um diferencial competitivo para os egressos. Além disso, as disciplinas práticas e os estágios obrigatórios exercem papel fundamental na preparação dos alunos para atuar na área. “O fato de os alunos terem dois anos de prática em estágios básicos e obrigatórios os coloca diretamente em contato com o mundo do trabalho, em diferentes áreas de atuação da psicologia”, acrescenta o docente.  

Ele destaca os principais atrativos e diferenciais do curso para aqueles que pensam em seguir carreira na Psicologia: a junção da tradição com a inovação, infraestrutura atualizada e excelentes professores.  

“O estudante tem a possibilidade de ter contato com as principais linhas teóricas e áreas de atuação da Psicologia na contemporaneidade, em uma formação abrangente, atualizada e que permite a construção de diferentes trajetórias após a graduação. Além das disciplinas obrigatórias do curso, o estudante poderá acessar conhecimentos de diversas áreas por meio de disciplinas eletivas e projetos de extensão, ampliando sua visão de mundo e experiências de vida”, pontua ele. 

Além disso, há a integração da graduação com a pós, por meio do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP). Fundado em 1987, possui avaliação nota 7 pela CAPES (maior nota que um programa de pesquisa pode atingir no país) e é referência nacional e internacional em suas áreas de concentração, mantendo convênios e parcerias com outros programas internacionais de excelência em Psicologia e áreas afins.

Por meio da integração com a graduação, os alunos podem desenvolver práticas de iniciação científica, bem como cursar disciplinas do mestrado, por meio de programas de fomento à pesquisa que a Universidade oferece. 

ESTUDE PSICOLOGIA NA PUCRS

5 dicas, como praticar o autoconhecimento
Praticar o autoconhecimento auxilia a ampliar a autoconsciência e a visão sobre a autoimagem. / Foto: Envato Elements

O aforismo atribuído ao filósofo grego Sócrates, “conhece-te a ti mesmo”, é uma das referências mais citadas quando o assunto é o autoconhecimento. Saber identificar suas habilidades, vulnerabilidades, desejos e comportamentos é uma habilidade fundamental para o desenvolvimento individual. Conhecer a si mesmo, portanto, significa ampliar a autoconsciência e a visão sobre a autoimagem.

Praticar o autoconhecimento, no entanto, nem sempre é fácil. Para auxiliar, professora Manoela Ziebell, do curso de Psicologia daEscola de Ciências da Saúde e da Vida, listou cinco ações que podem facilitar seu processo de desenvolvimento. Confira:   

1) Conecte seu passado com seu presente para pensar sobre o futuro 

A pessoa que você é hoje foi construída ao longo de sua trajetória de vida a partir de interesses, tomadas de decisão e experiências. O exercício de repensar sobre momentos da sua história possibilita que você se pergunte o porquê de algumas escolhas. Essas respostas podem auxiliar a entender seus interesses, hábitos, relações e preferências atuais.  

Conectar esses pontos também permite que você pense sobre o futuro com mais clareza, identificando objetivos com maior sentido em sua vida e estabelecendo metas mais factíveis considerando seu contexto atual. A clareza sobre seu ponto de partida, onde você está hoje e o que quer alcançar pode contribuir para aumentar o sucesso no cumprimento de suas metas.  

2) Observe sua energia e engajamento 

Em que momentos do dia você tem mais energia? E em quais tem menos? Que tipos de atividade lhe dão mais prazer? Quais gostaria de não precisar fazer? Por que isso acontece? Responder essas perguntas pode ajudar você a organizar melhor seu dia e suas atividades de forma a ter mais prazer e mais energia quando as realiza. 

Isso aumenta seu senso de autoeficácia e atende uma necessidade de competência que todas as pessoas têm. Se você não sabe a resposta, procure observar como se sente ao longo da semana e faça registros. Identifique, para cada atividade, como está sua energia e o quanto você se sente envolvido com ela.  

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3) Experimente coisas novas 

5 dicas, como praticar o autoconhecimento
Experimentar novos desafios e diferentes formas de realizar atividades contribui para que você se conheça mais. / Foto: Envato Elements

Procure ter novas experiências e observe como se sente. Neste momento de distanciamento social, experimente diferentes formas de se organizar para estudar; fazer uma comida que você nunca fez; ampliar o tempo e a forma como lida com um hobby; ou aprender algo diferente. 

Procure desafios compatíveis com o tempo de que você dispõe e com o seu nível de habilidade. Experimentar coisas novas e muito difíceis pode fazer com que você desanime ou avalie negativamente a experiência. Se você tentou algo novo e não teve certeza sobre o que pensa ou como se sente, experimente mais uma vez. E tome cuidado para não se expor a riscos desnecessários nesse processo. Se precisar, peça ajuda. E, se não tiver certeza de que é seguro, melhor não fazer. 

4) Pergunte a pessoas próximas 

Escolha pessoas com quem tenha intimidade o suficiente (para que elas não se sintam constrangidas em ser sinceras) e peça um feedback. Questione o que elas identificam em você como melhores e piores características. E, mais importante do que isso, peça exemplos de situações em que você mostra esses comportamentos. Esse exercício é importante para identificar pontos fortes e pontos de melhoria, mas principalmente para poder pensar em como melhorá-los. Se estiver disposto fazer esse exercício, lembre-se de escolher algum ponto para desenvolver e, depois de algum tempo, pergunte à mesma pessoa que lhe ajudou se ela consegue notar alguma mudança ou melhoria. 

5) Pense sobre seus pensamentos, sentimentos e desejos 

Na correria do dia a dia, não costumamos reservar um tempo para pensar sobre nós mesmos e como nos sentimos em relação às diferentes situações. Isso pode fazer com que a nossa ação seja sempre automática ou sempre uma reação (no sentido de responder ao que acontece e não de fazer com que as coisas aconteçam). Esse exercício de olhar para dentro não precisa ter hora marcada, mas, para quem não tem o costume, pode ser uma boa ideia tentar fazê-lo antes de dormir.  

Refletir sobre como você pensa, sobre seus sentimentos e desejos pode ajudar a entender melhor como você reage a diferentes situações, sendo o primeiro passo para que você consiga administrar melhor suas respostas emocionais e comportamentais. Por exemplo, se você entrou em uma discussão com um amigo e respondeu de forma dura, pense sobre o que fez com que respondesse assim, como se sentiu e como gostaria de ter respondido. Avalie se teria como fazer diferente ou como poderia lidar com a mesma situação caso ela acontecesse de novo. Esses insights podem te ajudar a agir melhor e de forma mais coerente com quem você é e quem deseja.  

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Entre os empregos que mais tendem a crescer se encontram especialistas em IA, especialistas em sustentabilidade, entre outros. / Foto: Foto: Envato Elements

Quais são as profissões do futuro? Com a velocidade das transformações tecnológicas e o avanço da inteligência artificial, essa dúvida se torna cada vez mais comum. Além disso, com tantas funções antes exercidas exclusivamente por humanos agora sendo automatizadas, muitas pessoas se perguntam como atingir o sucesso profissional nesse novo cenário. 

Listamos algumas profissões que estão ganhando destaque e se tornando mais relevantes nesse cenário. Confira os principais caminhos possíveis e como enfrentar os desafios para aproveitar as novas possibilidades que surgem. 

Qual o panorama do mercado de trabalho hoje? 

O mercado de trabalho tem passado por diversas transformações e desafios. O avanço tecnológico acelerado, a automação e a inteligência artificial estão presentes no dia a dia das pessoas, e isso gera muitas dúvidas e inquietações. É o que diz o Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2023, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, em parceria com a Fundação Dom Cabral: Quase um quarto dos empregos (23%) deverá mudar nos próximos cinco anos, com um crescimento de 10,2% e um declínio de 12,3%. De acordo com as estimativas das 803 empresas pesquisadas para o relatório, os empregadores estimam que 69 milhões de novos empregos sejam criados e 83 milhões eliminados entre os 673 milhões de empregos correspondentes ao conjunto de dados. 

Nesse cenário, os profissionais que acompanham as tendências do mercado, que investem em educação continuada e que estão dispostos a adquirir novas habilidades têm maiores chances de obter o almejado sucesso na sua trajetória profissional. 

Quais são as 5 profissões do futuro? 

É claro que algumas profissões vão se destacar nesses novos cenários, enquanto outras podem até desaparecer, é algo natural. O Relatório sobre o Futuro dos Empregos também atesta que “embora a tecnologia continue a representar desafios e oportunidades para os mercados de trabalho, os empregadores esperam que a maioria das tecnologias contribua positivamente para a criação de empregos”. 

Listamos as profissões que devem se destacar nos próximos anos. Confira: 

1) Cientista de dados 

Os cientistas de dados são considerados os profissionais do futuro. Em um mundo digitalizado, a quantidade de informações geradas é impressionante — em cerca de seis minutos, são gerados 9,1 mil terabytes de dados! Logo, a necessidade de extrair insights valiosos desses dados é fundamental para as empresas se destacarem no mercado. 

Nesse cenário, o curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS se destaca. Por meio de um ensino amplo, consistente e fundamentado em um currículo inédito, ele capacita os profissionais para exercerem atividades nos mais diversos segmentos profissionais. 

“Análise de mídias sociais, de sentimentos (por exemplo, como uma marca está sendo percebida pelo público), de imagens para diagnósticos médicos e processamento de textos na área jurídica são algumas atuações possíveis para os graduados em Ciência de Dados e Inteligência Artificial. Além disso, o profissional dessa área pode atuar em conjunto a setores que vêm crescendo muito no mercado de trabalho, como o agronegócio e a saúde”, destaca o coordenador do curso, Daniel Callegari. 

2) Engenheiro de energias renováveis 

cursos para o futuro

A PUCRS conta com painéis solares instalados no Centro de Demonstração em Energias Renováveis, e o espaço é destinado à capacitação de estudantes. / Foto: Bruno Todeschini

Com a crescente preocupação global em relação às mudanças climáticas e a necessidade de reduzir a dependência de combustíveis fósseis, a demanda por profissionais qualificados na área está em constante ascensão. O Brasil, inclusive, está entre os 10 países que mais geram energia solar. Esse cenário, por si só, já mostra como esse é um dos cursos para o futuro nos quais vale a pena ficar de olho. 

A PUCRS foi pioneira entre as universidades do Sul a criar um curso de Engenharia de Energias Renováveis, preparando os alunos para trabalhar nas áreas de infraestrutura de transporte dos vetores energéticos, produção e uso de energia, e gestão e comercialização de energia. O coordenador do curso, Odilon Duarte, destaca a estrutura da Escola Politécnica: 

“A PUCRS conta com toda a infraestrutura necessária para fornecer o melhor aprendizado aos alunos e alunas. Temos mais de 38 laboratórios disponíveis na Escola Politécnica, e destes, 12 são voltados para energias renováveis, muitas contam, inclusive, com reconhecimento internacional. Ou seja, já temos in loco toda a estrutura para a aplicação dos estudos”. 

3) Tecnólogo em Comunicação Empresarial 

Saber como se comunicar com os consumidores e com os diversos públicos de uma marca, organização ou projeto é cada vez mais importante para a sociedades. Afinal, entender o que eles pensam e sentem é essencial para o sucesso de um empreendimento. Nesse contexto, o curso de Comunicação Empresarial da PUCRS surgiu como uma ideia inovadora, sendo fundamentado nas necessidades do mundo moderno. Nele, os alunos são preparados para atuar como estrategistas de comunicação, auxiliando os negócios a alcançarem novos patamares. 

“Qualificamos os profissionais para que liderem a comunicação e os relacionamentos de marcas e organizações. Com tudo que aprendem nas aulas, estão preparados para melhorar a forma das empresas se relacionarem, inclusive lidando com crises midiáticas”, pontua Rosângela Florczak, da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos). 

4) Bacharel em relações internacionais  

cursos para o futuro

Vitor Colombo é aluno de Relações Internacionais da PUCRS e em 2023 realizou um intercâmbio para a Alemanha por meio do Programa de Mobilidade Acadêmica. / Foto: Giordano Toldo

Viver em um mundo globalizado tem seus desafios, sendo as relações entre os países a espinha dorsal de uma sociedade interconectada. As nações tecem laços, criando pontes de cooperação e entendimento, dessa forma, a diplomacia e o diálogo tornam-se ferramentas poderosas. Neste contexto, a atuação dos profissionais de relações internacionais é fundamental. Eles são os responsáveis por gerenciar essa complexa teia de interações, assegurando que as decisões tomadas beneficiem a todos. 

Se você busca uma carreira com impacto real e deseja ser parte dessa busca por harmonia e avanço coletivo, essa é uma das profissões para o futuro. Ao cursar a graduação em Relações Internacionais na PUCRS, você terá acesso a todo conhecimento necessário para analisar e interferir em diferentes cenários e terá diversas oportunidades de trabalho, tanto na esfera pública quanto na privada. 

De acordo com Teresa Marques, coordenadora do curso, essa área está em expansão: 

“O crescimento do campo permite diversas possibilidades de inserção internacional. A globalização torna o mercado mais dinâmico e potencializa a importância de pessoas com as competências necessárias para auxiliar organizações a atuarem nesse cenário”. 

5) Tecnólogo em produção audiovisual 

A produção audiovisual vai além de simplesmente registrar imagens e sons. Em uma era dominada pelo conteúdo visual, a capacidade de tecer narrativas impactantes se destaca como uma estratégia fundamental para construir sentido no mundo. Não se trata apenas de operar uma câmera, mas sim sobre entender profundamente a história, a técnica e o contexto de cada tomada. E o setor, em constante transformação, anseia por profissionais bem-preparados. 

Nesse contexto, investir no curso de Produção Audiovisual da PUCRS é essencial para adquirir conhecimento e se posicionar de maneira competitiva em um mercado em crescimento. Portanto, se você aspira uma trajetória de sucesso e deseja estar na vanguarda, a formação na área é um passo fundamental.  

“Na última década vimos um crescimento muito forte do audiovisual em todos os tipos de tela. Os smartphones se tornaram meios de acesso a múltiplos conteúdos, os serviços de streaming se multiplicaram, entre muitas outras novas formas e plataformas de consumo audiovisual. Por conta do acesso a esses novos canais, decidimos remodelar esta formação para preparar os futuros profissionais e capacitá-los para o desenvolvimento de produções para todos os formatos, abrangendo filmes, séries e conteúdos diversos”, destaca a coordenadora do curso, Helena Stigger. 

Como escolher a sua carreira desde já? 

Com tantas opções e caminhos a considerar, é normal se sentir um pouco confuso. Apresentamos algumas dicas, compartilhadas por Manoela Ziebell, professora do Curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, para ajudar você nesse processo. Confira: 

1) Explore suas paixões e interesses 

cursos para o futuro

O Relatório do Futuro do Trabalho estima que 69 milhões de novos empregos sejam criados. / Foto: Envato Elements

Mergulhe no que você ama e no que sente prazer em realizar. Pense em atividades que tragam empolgação e satisfação pessoal. Seja experimentando diferentes áreas ou realizando projetos pessoais, essa exploração inicial pode ajudar a descobrir quais atividades te motivam genuinamente. Dessa forma, você estará mais próximo de encontrar uma carreira alinhada aos seus valores e aspirações. 

“Importante conseguir diferenciar aquilo que nos interessa e aquilo no que que somos bons. Essas coisas, evidentemente, vão ser aquelas em que vamos ter os melhores resultados”, ressalta Manoela. 

E atenção: não escolha um dos cursos para o futuro apenas pensando no retorno financeiro. Antes disso, veja se as suas habilidades e interesses se alinham com essas novas profissões. 

2) Reflita sobre suas habilidades e talentos 

Além das paixões, é válido reconhecer suas habilidades e talentos naturais. Todos temos aptidões específicas que nos destacam em determinadas áreas. 

“Acho que a melhor forma de alguém entender quais são as suas habilidades é experimentando coisas diferentes. A competência requer habilidade e também requer ação. Tornar-se bom em alguma coisa implica que essa coisa seja feita repetidas vezes e de formas diferentes para que tenhamos fluência”, destaca Ziebell. 

Portanto, faça uma lista das suas habilidades e considere como elas podem ser aplicadas profissionalmente. Às vezes, o talento que você menos espera pode abrir portas para boas oportunidades. 

3) Pesquise sobre o mercado de trabalho 

Uma vez que você tenha uma ideia das áreas que despertam o seu interesse e das suas habilidades, é hora de pesquisar o mercado de trabalho. Explore as tendências, as demandas do mercado e as possibilidades de crescimento em cada área. 

“O mercado de trabalho muda relativamente rápido, cada vez mais rápido. Então, observar de que forma nós e o mercado mudamos, e o que fica estável no mercado são estratégias que podem nos ajudar a pensar”, pontua a professora. 

Além disso, pesquise sobre os cursos para o futuro, converse com profissionais atuantes, leia relatos de carreira e esteja atento às mudanças tecnológicas e sociais que podem impactar o futuro. 

4) Não tenha medo de experimentar 

cursos para o futuro

Desde 2019, a PUCRS Carreiras já realizou mais de 32 mil contratos de estágios, impulsionando jovens no mercado de trabalho. / Foto: Giordano Toldo

Uma forma eficaz de ter clareza sobre a sua escolha profissional é vivenciar diferentes experiências. Faça estágios, trabalhos voluntários ou projetos freelancers para entender como é trabalhar na área que você está considerando. Dessa forma, você pode obter insights valiosos e ainda consegue construir uma rede de contatos profissionais. 

“Uma boa sugestão é que possamos experimentar até aquelas coisas que nunca pensamos. Que não nos restrinjamos àquelas experiências que são dadas, que são fáceis, que sempre achamos que íamos querer, que possamos estar mais abertos a outras experiências que talvez, sozinhos, nós não pensássemos”, afirma Manoela. 

5) Considere o equilíbrio entre vida pessoal e profissional 

Por fim, é fundamental considerar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional ao escolher sua carreira. Avalie se a área que você está considerando oferece flexibilidade, horários compatíveis com seus objetivos e a possibilidade de conciliar trabalho e vida particular de forma saudável. 

“É preciso auto-observação. É preciso se conhecer, e é preciso entender as situações para conseguir fazer uma conciliação daquilo que é importante para nós, com nossas características, com as oportunidades que se apresentam. É conseguir enxergar mais claramente como distribuímos o nosso tempo, um recurso finito. Então, para podermos dedicar diferentes papéis, precisamos organizar um pouco a nossa vida. Então, às vezes, visualizar o tempo ajuda”, ressalta a professora. 

Agora que você já conhece alguns dos principais cursos para o futuro, é hora de agir! Escolha aquele mais adequado ao seu perfil e interesses pessoais e profissionais. Além disso, invista constantemente na sua educação e não tenha medo de se reinventar sempre que for necessário. Lembre-se de que você é o protagonista da sua carreira. 

Gostou deste conteúdo? Aproveite para conhecer os cursos da PUCRS e comece a trilhar a sua jornada rumo ao sucesso profissional! 

Georges Hilal está no último semestre do curso de Psicologia da PUCRS/ Foto: Giordano Toldo

Georges Hilal, de 22 anos, é de Sant’anna do Livramento, e sempre teve o desejo de escutar e compreender o funcionamento da mente humana. Já Ketlin Costa, de 26 anos e natural de Viamão, tinha um objetivo mais específico: aprender sobre como se dão as relações étnico-raciais no contexto brasileiro e os efeitos psicossociais causados pelo racismo, principalmente na população negra. O interesse e a curiosidade pelas particularidades das relações humanas os levaram a um lugar comum: atualmente, ambos estão no último semestre do curso de Psicologia da PUCRS. 

Para eles, a graduação em Psicologia da PUCRS é um privilégio e um diferencial e tanto na carreira. Georges destaca a excelência do ensino, que o fez escolher estudar na Universidade:  

“Escolhi a PUCRS pois ela oferece excelência no ensino e reconhecimento no mercado de trabalho, sendo uma das mais renomadas no Brasil e nas Américas. Aqui temos uma experiência completa: das salas de aula bem equipadas aos espaços de lazer, da maior biblioteca da América Latina aos eventos culturais na Rua da Cultura. Além disso, a possibilidade de internacionalização é mais um atrativo. Tudo é pensado para a realização de um futuro promissor.” 

Ketlin descreve a experiência de cursar Psicologia na PUCRS como gratificante e transformadora: 

“Considero a PUCRS uma universidade incrível, que proporciona vivências plurais e diversas ao longo do curso, devido às oportunidades da universidade dentro e fora do campus. Considero que a Universidade, com tantos serviços e ações dentro do campus e articulações fora dele, com tanta qualidade e compromisso, é um diferencial transformador na formação profissional. Sinto-me muito alegre e grata por estudar na PUCRS.” 

Pluralidade de oportunidades e experiências levaram Ketlin Costa a escolher cursar Psicologia na PUCRS/ Foto: Giordano Toldo

Nos últimos anos, a preocupação com a saúde mental vem aumentando cada vez mais, juntamente com o número de pessoas atingidas por transtornos psicológicos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais pessoas com ansiedade e o quinto com mais diagnósticos de depressão. Nesse contexto, é essencial a formação de cada vez mais profissionais para cuidar da saúde mental da população e na promoção da saúde. Em vista disso, o curso de Psicologia da PUCRS tem como principal foco formar psicólogos/as generalistas, teórica e tecnicamente embasados/as para atuar em diferentes cenários socioculturais e profissionais; capazes de compreender os sujeitos e seus processos de subjetivação de forma integral, empenhados/as no desenvolvimento profissional, na atuação ética, na transformação social e na promoção da saúde. 

Ocorrida em 1953, a fundação da graduação em Psicologia da PUCRS é anterior até mesmo à regulamentação da profissão no Brasil, pela lei 4119/62. Foi o segundo curso da área a ser fundado no País, permitindo que muitos dos psicólogos que participaram da constituição da psicologia como área de prática profissional e científica fizessem sua formação na PUCRS.  

Cristiano Dal Forno, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e coordenador do curso, reitera a tradição e destaca o currículo renovado e conectado com as exigências sociais, além da localização em um campus universitário que oportuniza aos estudantes intercâmbios com as diversas áreas do saber e vivências transformadoras. 

“O curso conta com um Laboratório de Processos Psicológicos Básicos, no qual se podem realizar experimentos virtuais, além de incomparável estrutura física e humana para a realização das práticas supervisionadas, com mais de 22 salas para atendimentos individuais e de grupos, sala de espelho para atendimentos e observações e mais de dez psicólogos supervisores”, explica ele. 

Serviço-escola oferece atuação prática aos alunos 

O curso de Psicologia conta com diversos espaços de aprendizagem que fomentam o desenvolvimento acadêmico e profissional dos estudantes. O maior destaque é o Serviço Escola do Curso, destaque na área por contar com variados núcleos de estágio: psicologia social-comunitária, escolar, do trabalho, clínica psicanalítica, comportamental e sistêmica e, também, os recém implantados núcleo de avaliação psicológica e núcleo de estágios básicos.

“Como campos de práticas supervisionadas, as instalações do Hospital São Lucas e do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima recebem muitos dos alunos do curso em estágios básicos e profissionalizantes”, acrescenta Cristiano.  

Prédio 11 abriga salas e outros espaços de aprendizagem do curso de Psicologia/ Foto: Divulgação

Além desses espaços, há ainda mais de 100 locais externos à Universidade credenciados para estágio obrigatório, em diferentes áreas de atuação: psicologia clínica (diferentes abordagens teóricas), psicologia do trabalho, jurídica, do esporte, comunitária, hospitalar. O coordenador afirma que esses espaços proporcionam aos alunos contato com o amplo campo da psicologia e do ofício do psicólogo, por meio de práticas supervisionadas por profissionais com experiências em suas áreas. 

“Um dos princípios que direcionam a formação ofertada pelo curso de Psicologia da PUCRS é a ética profissional e atenção aos Direitos Humanos, preceitos fundamentais. Em virtude disso, os espaços de aprendizagem ofertam oportunidades de práticas que colocam o estudante em contato direto com o fazer técnico, mas fomentam, em grande medida, a reflexão ética e a função cidadã da profissão.” 

Georges elogia muito a estrutura física do curso, principalmente as salas de aula, nas quais os alunos passam longas horas de estudo. Além das salas, o espaço que ele mais utiliza – e seu favorito – é o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), que ele descreve como excelente e um terreno fértil para os estudantes que desejam se aventurar nas diferentes áreas da Psicologia. “Lá, inaugurei a minha escuta clínica e vivi instantes marcantes. A sala de espelhos é uma relíquia! Circular pela estrutura física do curso é um privilégio”, afirma. 

Quem também adora o SAPP e a sala de espelhos é Ketlin, que realiza seu estágio obrigatório no serviço. Além disso, ela também exalta os diversos espaços do prédio 11, incluindo as secretarias, o auditório e os grupos de pesquisa do curso. Entre estes últimos, destaca a sala do grupo de pesquisa Psicologia, Saúde e Comunidades, coordenado pela professora Kátia Bones Rocha. 

O quadro docente do curso merece especial destaque: é constituído por professores com consistente formação acadêmica, possuindo pós-graduação stricto sensu, dos quais mais de 70% são doutores em suas áreas de especialidade. 

“Quase a totalidade dos docentes estão vinculados ao mercado de trabalho da psicologia, desempenhado atividades em clínicas, empresas, consultorias e/ou escolas. Tal característica permite que os professores ofertem conteúdos e experiências em sala de aula diretamente relacionados à atualidade do fazer em psicologia, permeados por exemplos de suas próprias práticas profissionais”, destaca o professor Cristiano. 

Por que estudar Psicologia na PUCRS? 

Tradição do curso, currículo consistente e carga prática estão entre os principais diferenciais do curso/ Foto: Giordano Toldo

O aluno graduado em Psicologia pela PUCRS sai preparado para lidar com os mais diversos desafios da profissão. O histórico consolidado do curso propicia reconhecimento por parte do mercado de trabalho, sendo um diferencial competitivo para os egressos. Além disso, as disciplinas práticas e os estágios obrigatórios exercem papel fundamental na preparação dos alunos para atuar na área. “O fato de os alunos terem dois anos de prática em estágios básicos e obrigatórios os coloca diretamente em contato com o mundo do trabalho, em diferentes áreas de atuação da psicologia”, acrescenta o docente.  

Ele destaca os principais atrativos e diferenciais do curso para aqueles que pensam em seguir carreira na Psicologia: a junção da tradição com a inovação, infraestrutura atualizada e excelentes professores.  

“O estudante tem a possibilidade de ter contato com as principais linhas teóricas e áreas de atuação da Psicologia na contemporaneidade, em uma formação abrangente, atualizada e que permite a construção de diferentes trajetórias após a graduação. Além das disciplinas obrigatórias do curso, o estudante poderá acessar conhecimentos de diversas áreas por meio de disciplinas eletivas e projetos de extensão, ampliando sua visão de mundo e experiências de vida”, pontua ele. 

Além disso, há a integração da graduação com a pós, por meio do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP). Fundado em 1987, possui avaliação nota 7 pela CAPES (maior nota que um programa de pesquisa pode atingir no país) e é referência nacional e internacional em suas áreas de concentração, mantendo convênios e parcerias com outros programas internacionais de excelência em Psicologia e áreas afins. Por meio da integração com a graduação, os alunos podem desenvolver práticas de iniciação científica, bem como cursar disciplinas do mestrado, por meio de programas de fomento à pesquisa que a Universidade oferece. 

ESTUDE PSICOLOGIA NA PUCRS

Foto: Envato

A morte de uma pessoa amada é considerada uma das experiências mais difíceis de serem superadas, individualmente e pelo núcleo familiar. A dor gerada pelo rompimento de um vínculo afetivo produz a necessidade de reorganização em uma nova realidade a ser experimentada sem a pessoa que morreu.

“Frente a uma perda é desencadeado o chamado processo de luto, que pode se evidenciar de diferentes formas e intensidades, conforme o vínculo e o significado de quem nos deixou”, explica Ângela Seger.

A professora explica que o luto se manifesta por meio de uma série de reações que envolvem respostas emocionais (sentimentos de tristeza, culpa, raiva, autocensura, ansiedade, saudade), cognitivas (pensamentos de descrença, confusão, preocupação) e comportamentais (distúrbios do sono, do apetite, isolamento social, agitação, choro, evitação de lembranças).

“Essas manifestações são reações naturais e esperadas, e esse processo precisa ser vivido para que as transformações necessárias sejam efetivadas”, pontua.

Comportamentos podem contribuir para lidar com o luto 

A professora também destaca que, no contexto atual, algumas ações que atuam como facilitadoras para o luto, como acompanhar a pessoa em seus últimos dias, ter a sensação de que fez tudo que podia e realizar os rituais formais de despedida, ficaram comprometidas. “O distanciamento físico, as perdas secundárias e a dificuldade para receber apoio podem tornar este processo mais doloroso e as reações podem se intensificar, exigindo maior atenção do enlutado e sua família”, aponta Ângela.

No entanto, alguns comportamentos podem auxiliar a lidar com as perdas. Confira: 

1) Acolha suas emoções e as observe

Após uma perda é esperado que sentimentos como medo, tristeza, culpa, raiva e insegurança sejam potencializados e, com isso, alguns comportamentos se evidenciem, como o desejo de ficar só e a sensação de falta de energia ou de motivação, por exemplo. É importante observar que, durante o período de luto, suas emoções são respostas às mudanças ocorridas a partir da falta que a pessoa faz em sua vida. Procure acolher seus sentimentos, sem evitá-los ou suprimi-los.

Foto: Envato

Procure não se cobrar ou exigir de outros familiares e amigos que as mesmas emoções sejam expressas de igual maneira, pois cada pessoa acessa e demonstra seus sentimentos de forma diferente. Lembre-se que o luto necessita de um período para ser vivido, mas que com o passar do tempo a dor da perda poderá se transformar em saudade.

 

2) Fortaleça o contato com as pessoas significativas, construindo uma rede de apoio

As relações com pessoas afetivamente significativas são uma importante fonte de suporte emocional. Reforçar as estratégias de contato virtual, aumentando sua frequência, não substitui a relação presencial, mas minimiza a tendência ao isolamento, uma reação que, aliada a tristeza e ao desânimo, pode potencializar o afastamento e o sofrimento.

Manter contato com pessoas com quem você se sente confortável para falar sobre sua experiência e pedir auxílio nas atividades cotidianas que estão mais difíceis de serem realizadas são algumas das estratégias que podem ser utilizadas para que você se sinta acolhido/a.

3) Estabeleça novas rotinas, no seu tempo

Construir novas rotinas, preferencialmente que contemplem períodos de atividade mais organizadas (trabalho e estudos) e períodos de descanso e relaxamento, pode contribuir para que você se reestabeleça. Você também pode buscar diversificar as atividades, identificando novas possibilidades de interesse e desenvolvimento de habilidades que gerem satisfação e prazer. Fazer um planejamento objetivo dessas atividades permite que elas sejam “concretizadas” no papel, o que facilita a implementação prática.

Para algumas pessoas, a retomada das atividades pode ocorrer de forma mais rápida, como uma maneira de se conectar com outras pessoas e se ocupar de modo saudável, mas há quem necessite de um tempo maior para isso. Entenda seu próprio tempo e não se culpe.

4) Cuide da saúde física, mental e espiritual

Foto: Envato

Durante o processo de luto, há a necessidade de ampliar o autocuidado, pois os impactos produzidos pela perda podem fazer com que sejam alterados hábitos como sono, alimentação e cuidado na manutenção de tratamentos de saúde prolongados. A saúde mental também pode ser afetada, pois o sofrimento desencadeado pode levar ao uso de respostas não adaptativas e à busca de estratégias pouco saudáveis. A identificação e realização de atividades que gerem bem-estar e satisfação podem ser utilizadas e incrementadas conforme o interesse do enlutado.

Algumas pessoas podem encontrar esta sensação de bem-estar, mesmo que de maneira temporária, na leitura de um livro, na música, em uma caminhada, em uma conversa com alguém, na pintura, entre outras. A espiritualidade também pode exercer uma função significativa de conforto e proteção nestes momentos. É importante assinalar que cada pessoa deve se observar e descobrir qual ou quais estratégias respondem melhor a sua necessidade e estão de acordo com seus valores e crenças.

5) Busque ajuda

Busque ajuda caso perceba que seu sofrimento está muito intenso, se prolongando ou mesmo impedindo que consiga manter suas atividades, causando muito impacto na sua vida e em suas relações. Outro sinal de que é preciso buscar suporte emocional pode surgir quando as pessoas a sua volta sinalizam que estão preocupadas com sua saúde mental. Esses sinais podem significar que as perdas vivenciadas neste período estejam lhe sobrecarregando e, neste caso, pode ser necessário o auxílio de um profissional qualificado para não haver agravamento das dificuldades.

Apoio à comunidade acadêmica 

O Núcleo de Apoio Psicossocial realiza atendimentos a estudantes e professores/as com orientações sobre os cuidados com a saúde mental e seus impactos nos processos de ensino e aprendizagem. O acolhimento está sendo feito por profissionais da Psicologia com apoio da equipe multidisciplinar.

Atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, mediante agendamento pelo e-mail [email protected], pelo telefone (51) 3320-3703 ou diretamente na sala 301 do Centro de Apoio Discente (no 3º andar do Living 360°, prédio 15).

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Foto: Giordano Toldo

O futuro quase sempre causa ansiedade, principalmente quando uma prova pode ser o início de uma mudança de vida. O vestibular acaba sendo muitas vezes o divisor de águas para quem está saindo do ensino médio e enxerga a graduação como algo definitivo para a vida toda. Para entender melhor a ansiedade pré-vestibular funciona e buscar formas de acalmar essa sensação, convidamos a professora do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Manoela Ziebell de Oliveira para comentar o assunto. Confira!

Sensação de angústia pode ser prejudicial 

Segundo a professora, há vários fatores que causam ansiedade em estudantes. Entre esses aspectos, está a mudança de rotina para quem está terminando o Ensino Médio. O distanciamento dos/as amigos/as e do próprio ambiente escolar, que foi sua realidade durante tanto tempo, pode provocar esse sentimento. Muitos/as alunos/as também não se sentem prontos/as para abandonar a escola e entrar na universidade.

“Eles têm uma trajetória em geral longa nas escolas antes de irem para a universidade. Então esse luto por uma experiência que está encerrando, o não saber como que vai ser dali adiante, pode ser um dos motivos”, comenta.

A própria prova também gera essa ansiedade pré-vestibular, pois, por mais que os/as alunos/as estudem, se preparem e recebam orientação, não há como saber com exatidão quais conteúdos específicos cairão nos exames. Além disso, alguns estudantes têm mais dificuldade em determinados conteúdos, o que se soma à ansiedade pela prova em si.

Escolha do curso também é um fator ansiogênico

Manoela explica que muitos estudantes ficam ansiosos/as por conta da escolha do curso: alguns sentem que essa escolha é algo com que terão que se comprometer pelo resto da vida – o que não necessariamente é verdade.

“É uma primeira escolha, para criar uma trajetória acadêmica e profissional. E esse momento, muitas vezes, vem com o peso de que ‘eu estou fazendo a escolha que vai ter que durar para sempre’. Quando entendem que essa é uma escolha que não necessariamente é para sempre, que é a melhor escolha que estão fazendo neste momento, às vezes ajuda a aliviar um pouco a ansiedade”, destaca a professora.

Foto: Gabriel Schimidt

Além disso, a expectativa pelo resultado da prova também pode ser um fator determinante para o surgimento da ansiedade. Afinal, quando se faz uma avaliação, há a expectativa de ser aprovado. No entanto, a professora destaca que a ansiedade não é de todo ruim: o fato de os/as estudantes estarem em estado de alerta e temerem pelo seu desempenho na prova pode ajudá-los/as a ficar mais atentos/as e a se preparar melhor para o exame.

A ansiedade passa a ser algo negativo quando se torna excessiva e atrapalha antes e no momento da prova. Esse excesso pode ser prejudicial justamente por fazer a pessoa se sentir mal fisicamente e por desviar o foco do objetivo que está à sua frente para o desconforto que se está sentindo. Isso também pode atrapalhar o/a aluno/a na gestão do tempo de prova, além de outros entraves.

“Isso pode fazer com que o/a estudante perca alguma informação importante em um enunciado de uma questão. A ansiedade excessiva também pode prejudicar o/a aluno/a antes da prova, por exemplo, porque pode afetar o sono e a alimentação, e tudo isso vai tirando energia, frisa a docente.  

Ansiedade é difícil de controlar, mas não impossível  

O principal motivo tanto da própria ansiedade pré-vestibular quanto da dificuldade em controlá-la é o fato de haver muitas coisas em jogo: futuros, escolhas profissionais e a aprovação do exame.

Manoela ainda ressalta a importância de procurar ajuda de um/a profissional, caso o sentimento de ansiedade se torne excessivo e atrapalhe de fato a vida da pessoa. Além disso, ela ainda aconselha a realização de treinos e simulados antes das provas de vestibular, isso pode ajudar a adquirir a prática da gestão do tempo durante os exames, por exemplo.   

Outra dica é praticar o mindfulness – que nada mais é do que um exercício de concentração para focar totalmente no agora. Para ela, atos como focar na respiração e colocar prioridades no papel também pode ajudar.

“Conseguir perceber a relevância, conseguir perceber prioridades, traçar estratégias para se preparar, caso esse seja o problema. Tentar fazer esse exercício de colocar o foco em algum lugar, que pode ser na respiração, pode ser em alguma atividade física, pode ser na alimentação. Isso vai ajudando a gente a ficar mais tranquilo e vai ajudar de maneira geral a cuidar da ansiedade”ressalta.  

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Ações diárias como o autocuidado podem auxiliar a reduzir a ansiedade / Foto: iStock

O Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosano mundo: 9,3%, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Um estudo publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU) também destacou que a necessidade de aumento nos investimentos em serviços de auxílio psicológico, devido a maior ocorrência de sintomas de depressão e ansiedade em diversos países. 

Para auxiliar quem se sente ansioso, o professor Wagner de Lara Machado, docente da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, reuniu cinco dicas de ações diárias para reduzir esses sintomas. Confira: 

1. Autocuidado

Pratique meditação, busque dormir bem e identifique os momentos em que você precisa uma pausa para cuidar de si. Há exercícios (como os de respiração, por exemplo) que auxiliam no controle de crises de ansiedade e no desenvolvimento de um foco no presente, no “aqui e agora”. Além disso, essas práticas auxiliam a desenvolver uma “leitura” de seus estados internos (pensamentos e emoções) e seus sinais corporais (coração acelerado, suor, tremores). 

2. Aceitação

Nem tudo está sob nosso controle, procure aceitar isso. Compreender esse fato pode eliminar boa parte das fontes de nossa ansiedade e frustração. Entenda que há momentos em que você está ansioso/a, mas você não é sua ansiedade. Não exija de si a perfeiçãoBusque estabelecer metas em que você consiga dar um passo de cada vez. Valorize seus pequenos avanços. Compartilhe com alguém que você tenha intimidade os seus planos e as suas vitórias em relação ao manejo de sua ansiedade. 

3. Autoconhecimento

meditação, ansiedade
É importante reservar um tempo para cuidar de você. / Foto: Jonathan Heckler

Aprenda com sua ansiedade. Identifique as situações ou estímulos que deixam você ansioso/a ou muito estressado/a. Uma boa dica é anotar pensamentos e os sentimentos que se repetem. Gradualmente você passa a entender melhor seu funcionamento e pode ir modificando seus pensamentos. Você começará a examiná-los e questionar o quão são justificáveis. Nesta etapa, considerar uma ajuda profissional é fundamental. 

Leia também: 5 dicas: como praticar o autoconhecimento 

4. Bons hábitos

Reduza alimentos com cafeína, açúcar, estimulantes e industrializados. Eles podem ser um “gatilho químico” para a ansiedade, ativando em excesso seu sistema nervoso. Faça exercícios físicos regularmente. Entre tantos outros benefícios, a prática de exercícios auxilia na regulação das emoções.

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5. Cultive o que há de melhor em você

Conheça suas habilidades e procure ampliá-las e desenvolvê-las. Reconheça a melhor versão de si e trabalhe para cultivá-la. Estudos indicam que se envolver em atividades voluntárias, exercitar a gratidão e o otimismo (esperar os melhores resultados mediante engajamento nas tarefas), envolver-se em atividades que geram absorção (concentração, dedicação) e afetos positivos (alegria, realização, tranquilidade) promovem a saúde diminuem significativamente os efeitos de problemas como a ansiedade. 

Sobre o docente

Wagner de Lara Machado é professor da graduação e do PPG em Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS. Também compõe a equipe científica do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Disputas e Soberanias Informacionais (INCT-DSI), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que busca combater a desinformação. Além disso, comanda um projeto inédito de prevenção em saúde mental para médicos e residentes gaúchos. Leia mais aqui. 

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