Iniciativa é uma parceria entre a PUCRS, Feevale e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET)

O Comitê de Economia Criativa (CMEC) inicia, nesta sexta-feira (19), uma pesquisa para captar informações sobre os profissionais das áreas criativas de Porto Alegre. Em parceria com a PUCRS e com a Feevale, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET) busca mapear as necessidades e as carências de qualificação e de capacitação de profissionais do setor.  

Os dados da pesquisa também têm a intenção de orientar a proposição de políticas públicas e soluções para os setores envolvidos. O segmento criativo engloba artes, entretenimento, design, moda, tecnologia, mídia, produção audiovisual, arquitetura e gastronomia. Segundo a integrante do Comitê e coordenadora do hub da Indústria Criativa da PUCRS, Denise Pagnussatt, será possível construir ofertas colaborativamente e com base no que foi apontado para qualificar o ecossistema. 

“A pesquisa é um suporte para potencializar o setor e a atuação profissional. Porto Alegre é destaque na indústria criativa nacional, sendo a sexta capital do país com o maior número de empresas e postos de trabalho”, conta a titular da SMDET, Júlia Evangelista Tavares. 

Esse trabalho tem o objetivo de incentivar a geração de conhecimento e o mercado de produtos ou serviços, ampliando a participação das indústrias criativas no PIB local.  

“Ouvir a comunidade criativa é de suma importância para que se possa fazer um desenvolvimento econômico mais sofisticado na cadeia, com divisão de trabalho, com potencial de assimilar novos postos também”, explica o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Indústria Criativa da Feevale, Cristiano Max Pinheiro. 

O mercado da economia criativa

A capital gaúcha emprega 125,6 mil pessoas na economia criativa. Cerca de 88% dos empreendimentos de Porto Alegre são microempresas, empresas de pequeno porte ou MEIs e, em média, cada empreendimento deste gera 7,5 postos de trabalho.  

O setor criativo está entre os dez maiores do país e supera indústrias tradicionais como têxtil, farmacêutica e de eletroeletrônicos. No Brasil, são 800 mil pessoas empregadas, representando 2,64% do PIB total. Enquanto a média salarial de outros setores é de R$ 2.451 mil, na indústria criativa o valor pode chegar a R$ 6.270 mil. Um mapeamento realizado em 2022 demonstrou que o setor gera 13,9% dos empregos com carteira assinada no Rio Grande do Sul.  

Sobre o Comitê  

Criado em 2021, o Comitê Municipal de Economia Criativa é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Porto Alegre e do Governo do Estado. O grupo faz parte do Programa de Desenvolvimento e Fomento da Economia Criativa (Poa Criativa), criado com o objetivo de promover um ambiente favorável para o desenvolvimento da economia em Porto Alegre, estimulando a geração de conhecimento e o mercado de produtos ou serviços concebidos com este perfil. A ampliação da participação das indústrias criativas no PIB local também é uma meta do Comitê. 

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Programa Debates Olímpicos apresenta análises e entrevistas sobre o mundo esportivo 

Amanda Criscuoli, Bruna Leão e Luís Henrique Rolim. / Foto: Giordano Toldo

Faltando exatamente 100 dias para os Jogos Olímpicos de Paris, a PUCRS lança a segunda temporada do podcast Debates Olímpicos, que apresenta análises e entrevistas sobre o mundo esportivo.

O programa foi lançado pelo Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO) da PUCRS, vinculado ao Projeto PUCRS Olímpica, e é Comandado por Luís Henrique Rolim, professor do curso de Educação Física da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, e por Bruna Leão, estudante de Educação Física da PUCRS e integrante do GPEO. 

“Com muito bom humor e café, realizamos análises e entrevistas com profissionais, atletas e professores sobre o mundo esportivo e ainda sobre a preparação e cobertura dos Jogos Olímpicos de Paris”, explica Luís Henrique, que também é membro do Comitê Olímpico Brasileiro Pierre de Coubertin.

Entre os assuntos da segunda temporada, estão valores do esporte, saúde mental, liderança e as novas modalidades Olímpicas. O primeiro episódio irá apresentar o novo formato do programa, além de tentar esclarecer a questão: “Olimpíadas ou Jogos Olímpicos, qual o correto?”. Uma das convidadas do podcast é Amanda Criscuoli, atleta de escalada e a mais jovem brasileira a escalar sem queda, vias de graduação 10a, 9b, 9a, 8a, 7a e 6a. O judoca e participante dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Alex Pombo, também já gravou a sua participação. Os episódios serão publicados semanalmente e podem ser conferidos no Spotify e YouTube

Criado em 2023 e com apoio da ATL House esse ano, o podcast Debates Olímpicos teve a primeira temporada comandada por Luís Henrique Rolim e Nelson Todt, coordenador do GPEO, presidente do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin e vice-presidente do International Pierre de Coubertin Committee. 

Sobre o Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO PUCRS) 

Criado em 2002, o GPEO é reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) por integrar a rede de pesquisa em Estudos Olímpicos, oficialmente chancelada pelo Centro de Estudos Olímpicos do Comitê Olímpico Internacional. Possui pesquisas nas áreas do Esporte e Sociedade; Filosofia e Educação Olímpica; Saúde Mental e Atletas. Em 2024, terá uma representação em eventos pré-Jogos Olímpicos de Paris. Leia mais aqui.

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Evento aconteceu na Escola de Humanidades entre os dias 8 e 12 de abril 
 

Foto: Giordano Toldo

A PUCRS foi palco de um evento de importância global, o 8º Colóquio de Bioética, Neuroética e Ética da Inteligência Artificial, que ocorreu entre os dias 8 e 12 de abril na Escola de Humanidades. Com a participação de especialistas, pesquisadores e estudantes de mais de 13 países, presencialmente e online, o colóquio fortaleceu debate contemporâneo sobre os dilemas éticos relacionados à inteligência artificial. 

A cerimônia de abertura contou a participação do Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, a Cônsul Geral dos Estados Unidos em Porto Alegre, Carrie Muntean, o Diretor Técnico-científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul, Rafael Roesler, e a Presidente da Empresa 
Pública de Tecnologia da Informação e Comunicação da Prefeitura de Porto Alegre, Letícia Batistela. Ir. Evilázio, destacou a importância da perspectiva ética nos avanços tecnológicos. 

“Ao mesmo tempo que a tecnociência resolve problemas, também cria outros, para os quais é necessária busca de soluções, não apenas tecnológicas, mas também éticas. Nesse contexto que se insere o presente evento, que trata dos desafios éticos trazidos pela inteligência artificial, que perpassa inúmeros âmbitos da vida humana”, destaca o Reitor. 

O evento faz parte das ações da Rede de Inteligência Artificial Ética e Segura (RAIES), tendo universidades parceiras em diversos países. Para a Cônsul Geral dos Estados Unidos em Porto Alegre, é um grande prazer ter diversos institutos de ensino americanos membros desta organização.  

“Estou orgulhosa da participação de tantas instituições americanas nessa rede, destacando a cooperação internacional. As relações do Brasil e Estados Unidos comemoram 200 anos e temos orgulhos dos laços de nossos pesquisadores”, destaca Carrie Muntean. 

Ao longo do evento, os mais de 400 participantes participaram de palestras, mesas-redondas e workshops, explorando uma variedade de tópicos relacionados à ética da inteligência artificial. Além disso, palestrantes de diversos países e universidades compartilharam suas mais recentes pesquisas e perspectivas acadêmicas para os temas debatidos. Marcaram presença pesquisadores de instituições, como: University of Johannesburg, da África do Sul, Universität Ausgsburg, da Alemanha, National University of Singapore, University of Oxford, da Inglaterra, e Universidad de Oriente, de Cuba. 

 A pesquisadora Luana Chinazzo Müller teve sua tese aprovada com louvor, apresentando uma análise sobre os imaginários em relação às vacinas contra a Covid-19 no X (antigo Twitter)  

Renata Rezende Ribeiro (UFF), Cristiane Freitas Gutfreind (PUCRS), Juremir Machado (PUCRS), Fábio Malini (UFES), Luana Chinazzo Müller, Philippe Joron (Paul Valéry) e Heloísa Juncklaus Preis Moraes (UniSul) / Foto: Arquivo pessoal

Luana Chinazzo Müller, pesquisadora da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS, apresentou, nessa quinta-feira (11), sua tese desenvolvida no modelo de cotutela com dupla titulação, sob a orientação do professor Juremir Machado da Silva, da PUCRS, e do professor Philippe Joron, da Université Paul Valéry Montpellier III. A pesquisa, intitulada “Socialidade e Desinformação: análise de imaginários sobre as vacinas contra a COVID-19 no X (antigo Twitter)”, teve o incentivo do Capes PrInt e foi aprovada com louvor.   

O objetivo da tese foi investigar a presença de desinformação nas conversações sobre o desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19 no X, durante o primeiro ano de pandemia, com foco em compreender como esse contexto influenciou o imaginário brasileiro em relação à vacinação. De forma conclusiva, a pesquisadora destacou que é preciso incentivar a criação, estimular a imaginação, o lúdico e o festivo em relação à temática, explorando a vontade de estar junto, como no caso da pandemia, e fortalecendo o pertencimento deste período pós-moderno.  

“Isso se traduz na adoção de estratégias que valorizam a expressão cultural, a interação social positiva e o desenvolvimento de narrativas, distanciando-se das antíteses. Estratégias que conversam com a cultura digital, em que as mídias mobilizam os usuários”, destacou Luana.  

O professor orientador de Luana e coordenador do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCom), Juremir Machado da Silva, destacou que essa banca consolida a importância da união entre as duas instituições.  

“Estamos aqui para celebrar essa ideia de que é possível fazer pesquisa em equipe, resultando em benefícios em diferentes partes do mundo”, afirma.  

Também comentou sobre a temática da pesquisa, caracterizando que a tese traz expectativas, esperanças e relevância. O professor Joron, representando a Université Paul Valéry Montpellier, destacou o envolvimento da pesquisadora na universidade francesa, ressaltando a participação ativa da estudante em eventos, seminários e aulas. A pesquisadora complementou afirmando que “o conhecimento é feito em colaboração”.  

A banca foi composta pelos professores Cristiane Freitas Gutfreind (PUCRS), Cintia Fernandes Sanmartin (UERJ), Fábio La Rocca (Université Paul Valéry Montpellier), Fábio Malini (UFES), Heloísa Juncklaus Preis Moraes (UniSul) e Renata Rezende Ribeiro (UFF). 

Leia também: Dupla titulação: primeira tese com Universidade de Granada é defendida na Escola de Direito

Áustria, Alemanha e Barcelona são alguns dos destinos de doutorandos dos Programas de Pós-Graduação da Universidade

Rosiane Alves Palacios / Foto: Arquivo pessoal

Por meio do Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt), financiado pela Capes, é oportunizado que alunos de pós-graduação stricto sensu possam realizar atividades internacionais, entre elas, o período de doutorado sanduíche no exterior. Confira quais os destinos escolhidos por alguns estudantes dos Programas de Pós-Graduação da PUCRS e como essa experiência tem contribuído para o avanço de suas pesquisas.

Governança do acolhimento e integração de refugiados

Entre setembro de 2023 e fevereiro de 2024, a doutoranda do Programa de Pós-graduação em Administração da Escola de Negócios, Rosiane Alves Palacios, realizou seu doutorado sanduíche na University for Continuing Education Krems (UWK), na Áustria. Sua pesquisa foca em analisar a governança do acolhimento e integração de refugiados no contexto das cidades inteligentes. Para isso, Rosiane está coletando dados em diversas cidades.

Além das atividades de pesquisa, a aluna participou da NASA International Space App Challenge, evento global de inovação promovido pela NASA. Sua equipe desenvolveu o protótipo de uma plataforma educativa cujo personagem era Lucy, uma refugiada climática que ensina crianças sobre questões ambientais. A equipe foi a vencedora em nível local e, como prêmio, teve a oportunidade de visitar a Hydronaut, uma estação de pesquisa experimental na Czech Technical University in Prague, na República Tcheca.

A doutoranda acredita que sua pesquisa é importante para os resultados poderem ser utilizados pela comunidade, por decisores políticos, autoridades municipais e organizações humanitárias. “O meu principal objetivo é contribuir com material que apoie a tomada de decisões baseada em evidências e melhorar os esforços de acolhimento e integração de refugiados nas cidades”, destaca Rosiane.

Teoria da justiça feminista

Rafaela Mallmann / Foto: Arquivo pessoal

A aluna do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Escola de Humanidades, Rafaela Mallmann, esteve na Universität Bonn, na Alemanha. Em seu doutorado, segue o trabalho que iniciou no mestrado, buscando desenvolver uma teoria da justiça feminista, mas com uma abordagem especial no uso da inteligência artificial. Para isso, define o uso de Machine Learning como foco, a fim de compreender como ocorre a utilização dessa tecnologia e de que forma ela impacta na vida das mulheres e como mitigar os riscos de seu uso.

A realidade vivenciada pelas mulheres em diversas esferas da vida envolve condições de desigualdade, machismo, racismo, entre outras formas de violência.

“O problema central é que a máquina não possui discernimento para compreender que tipo de dado será discriminatório ou não, e por isso é necessário pensar em mecanismos que ajudem a evitar que a tecnologia reproduza a desigualdade social existente. Com base nisso, minha ideia principal é desenvolver princípios éticos feministas para utilizar no processo de criação e uso de Machine Learning”, destaca Rafaela.

Fazer pesquisa na Alemanha é uma oportunidade para entender outras realidades e contextos.

“O contato direto com professores e colegas da Universidade de Bonn oportuniza o conhecimento sobre como a filosofia vem sendo abordada na Europa, e de que modo, por exemplo, a América Latina e em especial o Brasil, são percebidos por aqui”, elenca.

Teoria geral da jurisdição e do processo

Hannah Pereira Alff / Foto: Arquivo pessoal

Até maio, a estudante do Programa de Pós-Graduação em Direito, Hannah Pereira Alff, estará na University of Salzburg, na Áustria. Em seu doutorado, pesquisa sobre a área de Teoria Geral da Jurisdição e do Processo.

Na Áustria, busca levantar informações para avançar em suas análises. “Meu foco nesse programa de doutorado sanduíche tem sido estruturar um bom projeto e fazer coleta de dados bibliográficos que tragam um substancial embasamento teórico para a evolução do meu texto”, destaca Hannah.

Sua rotina multicultural, com colegas e professores de diferentes origens e áreas, tem sido uma oportunidade única de construção de conhecimento.

“É interessantíssimo enquanto pesquisadora poder vivenciar uma realidade de desenvolvimento de pesquisa científica para além das fronteiras do Brasil. Entender o estilo de trabalho europeu, mais especificamente o austríaco e um pouco do alemão devido às colegas de departamento, tem sido enriquecedor para compreender diferentes estilos de escrita, formas de fazer pesquisa e a própria estruturação do trabalho”, menciona.

Deformidades dentofaciais

Na Espanha, a aluna do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Bibiana Mello, realiza seu período de doutorado sanduíche na Universitat Internacional de Catalunya. A discente pesquisa sobre cirurgias bucomaxilofacias e ortodontias, focando em deformidades dentofaciais. No espaço universitário, busca avaliar diferentes técnicas ortocirúrgicas.

Bibiana responsabiliza a oportunidade dada pelo PUCRS-PrInt como uma experiência expansiva de práticas acadêmicas. “O programa PrInt está sendo a maior experiência na minha trajetória acadêmica até agora. Com certeza, esse período tem um grande impacto no meu crescimento profissional. Estou tendo a oportunidade de acompanhar o trabalho e aprender muito com profissionais do mais alto nível, que são referências mundiais na minha área”, destaca a aluna.

Além disso, as oportunidades de interações internacionais, são a construção de um relacionamento científico para futuras parcerias.

“Está sendo muito interessante ver como profissionais de outra cultura trabalham, todo dia temos uma troca muito enriquecedora. Além da convivência com professores e colegas da Espanha, estou tendo a oportunidade de conhecer profissionais de outros países do mundo, potencializando essa troca de conhecimentos e culturas. Inclusive, toda essa rede de contatos é excelente para desenvolver futuras pesquisas”, finaliza.

ESTUDE NA PUCRS

A docente Maria Martha Campos, da Escola de Ciências e Saúde da Vida, foi empossada na última sexta-feira (5) 

A professora Maria Martha Campos tomou posse junto com outros três conselheiros. / Foto: Fapergs/Divulgação

Durante reunião extraordinária do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), quatro conselheiros foram empossados como membros do Conselho Superior da instituição. A reunião aconteceu na última sexta-feira (5), e na ocasião a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Escola de Ciência da Saúde da PUCRS, Maria Martha Campos, tomou posse. Além dela, mais três conselheiros foram empossados: Aderbal Fernandes Lima (FIERGS); Márcia Foster Mesko (UFPel) e Pâmela Billig Mello-Carpes (Unipampa), que virou titular após substituir o conselheiro Rafael Roesler.    

O presidente do Conselho Superior, Pedro Gilberto Gomes, abriu a reunião destacando a importância da atuação do Conselho na instituição. “Queremos que a pesquisa do Rio Grande do Sul se desenvolva com o apoio da Fapergs. Nós temos que dizer para a diretoria da Fundação, que estamos aqui para somar, visando o fortalecimento da Fapergs e da pesquisa”. 

A professora Maria Martha Campos dá sequência às representações da Universidade na entidade. Para ela, é uma honra e uma grande responsabilidade participar do Conselho Superior da Fapergs, sobretudo considerando a relevância da fundação para o apoio à pesquisa e à formação de recursos humanos especializados no RS.  

“O significado dessa participação vai muito além da representação institucional e perpassa os esforços da comunidade científica para a obtenção de recursos que permitam que o RS alcance maior protagonismo na produção científica e tecnológica nacional. Dessa forma, ser membro do Conselho representa uma chance de participar de processos relevantes para alavancar a pesquisa em nosso estado em patamares superiores.” 

A PUCRS é uma universidade de excelência em ensino e pesquisa que oferece uma formação diferenciada em graduação e pós-graduação. De forma que sua relevância no campo científico ao longo de seus 75 anos é notória. Essa história traz consigo uma trajetória de representação dos docentes junto a órgãos relevantes de ensino e pesquisa em nível regional, nacional e internacional.  

“É muito importante estarmos presentes na FAPERGS, trazendo a representatividade da PUCRS em ações de apoio à pesquisa científica e tecnologia no nosso estado”, complementa a professora Maria Martha. 

O diretor presidente da Fapergs, Odir Dellagostin, saudou a todos os conselheiros, enfatizando sua satisfação de ter um Conselho tão qualificado com uma contribuição rica de seus membros.  

“Minha relação com a Fapergs é de longa data, desde a Bolsa de Iniciação Científica. Fui assessor do comitê científico, membro do Conselho, estou como diretor presidente e posso dizer que a Fapergs conta com uma legião de apoiadores.” 

Estiveram presentes na reunião os conselheiros: Afonso Barth, Ednei Primel, Érico Flores, Luiz Carlos Filho, Elizabeth Cirne-Lima e os diretores que integram o Conselho Técnico Administrativo- CTA da Fapergs. 

Conheça os conselheiros  

Maria Martha Campos: possui Graduação em Odontologia (1995), Mestrado em Farmacologia (1997) e Doutorado em Farmacologia (2001), todos pela UFSC. Fez Pós-doutorado na Universidade de Montreal (2001-2002). Realizou outro estágio de Pós-doutorado na UFSC (2003-2005). Desde 2006, é Docente da PUCRS. É Coordenadora do Projeto de cooperação “Desenvolvimento de Tecnologias e Processos Inovadores em Saúde” no âmbito do Programa Institucional Capes-Print (PUCRS). Atualmente, é Diretora de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS.   

Aderbal Fernandes Lima: possui graduação em Engenharia Elétrica UFRGS em julho de 1983. Foi professor de inglês no Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano na década de 70. Exerceu na TRAFO S.A., fabricante de transformadores elétricos de potência e de distribuição, funções nos setores de normas técnicas, projetos e no laboratório de ensaios elétricos. Foi tradutor técnico independente para o GRUPO GERDAU, sendo responsável pela documentação técnica de instalação, posta em marcha e manutenção do forno de lingotamento contínuo que é o coração da Siderúrgica Riograndense. Atualmente é acionista e Presidente do Conselho de Administração na NOVUS PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA onde concilia o tempo com a atividade de pesquisador em tecnologias em películas de filmes finos e de filmes espessos para a produção de sensores por MEMS.   

Márcia Foster Mesko: possui graduação em Bacharelado e Licenciatura em Química pela UFPel, mestrado e doutorado em Química (Química Analítica) pela UFSM. Foi professora da UERGS (2006 a 2008) na área de Ciências dos Alimentos. Atuou como Química da Farmacopeia Brasileira (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA) por mais de 04 anos. Foi membro fundadora dos Cursos de Bacharelado em Farmácia (2010) e Bacharelado em Química Forense (2012) da UFPel. Foi coordenadora do Curso de Bacharelado em Farmácia (2010 a 2013) da UFPel. Atualmente é Chefe do Núcleo de Planejamento e Infraestrutura em Pesquisa, junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPel.   

Pâmela Billig Mello-Carpes: professora Associada na (Unipampa), onde lidera o Grupo de Pesquisa em Fisiologia da Unipampa, coordena o Programa POPNEURO e participa do grupo Cientistas do Pampa. É docente orientadora do Programa de Pós-graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas/Unipampa, do PPG Bioquímica da Unipampa, e do PPG Fisiologia da UFRGS. Foi coordenadora do Programa de Pós-graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas/Unipampa entre 2016 e 2020. Foi professora visitante da Universidade de Valência/Espanha, em 2018 e da Universidade Tecnológica de Chemnitz/Alemanha, entre 2023 e 2024 

*Com informações da Fapergs 

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Média da renda domiciliar per capita do trabalho cresceu 4,6% em um ano nas metrópoles brasileiras, mas entre as famílias mais pobres crescimento foi de apenas 1,54% 

Entre o quarto trimestre de 2022 e o quarto trimestre de 2023 a renda domiciliar per capita do trabalho cresceu 4,6% nas regiões metropolitanas brasileiras. Como resultado, a média de renda chegou a R$ 1.801,60, o maior valor da série histórica iniciada em 2012. No entanto, nem todos os estratos sociais foram beneficiados da mesma forma. Se, entre as famílias que fazem parte das 10% mais ricas, o crescimento foi de 7,6% no período, entre aquelas que estão na base da pirâmide – 40% mais pobres -, o crescimento interanual ficou em 1,54%. A média da renda das famílias desse estrato mais baixo alcançou o valor de R$ 269,54 no final de 2023, o que ainda é 4,7% menor que a média registrada no quarto trimestre de 2019, o último antes da pandemia: R$282,85. Já entre os 50% intermediários, o aumento da renda entre final de 2022 e final de 2023 foi de 4,98%, fazendo sua média chegar a R$ 1.669,70.  

As informações estão na décima quinta edição do “Boletim – Desigualdade nas Metrópoles”, produzido em parceria pelo PUCRS Data Social, o Observatório das Metrópoles e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL). Os dados são provenientes da PNAD Contínua trimestral, do IBGE, e dizem respeito à renda domiciliar per capita do trabalho somente, incluindo o setor informal. O recorte utilizado é o das 22 principais áreas metropolitanas do país, conforme as definições do IBGE. Todos os dados estão deflacionados para o quarto trimestre de 2023, de acordo com o IPCA. 

Os dados reunidos pelo levantamento mostram um cenário onde todos os estratos melhoraram seus rendimentos, mas também no qual as famílias mais pobres tiveram ganhos significativamente menores. Como consequência, alguns indicadores acusam aumento das desigualdades no período. A razão entre a média da renda dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres, por exemplo, apresentou comportamento de aumento desde o final de 2022. No quarto trimestre de 2022 a média de renda das famílias mais ricas era 30,8 vezes maior que a das famílias mais pobres. Um ano depois, no final de 2023, essa razão havia subido para 32,7.  

Já o coeficiente de Gini, que varia de 0 até 1, de modo que quanto maior seu valor maior a desigualdade, tem mostrado tendência de leve aumento, interrompendo assim o movimento de queda ocorrido após a pandemia. Se, no final de 2022, o coeficiente de Gini para o conjunto das regiões metropolitanas ficava em 0,620, no final de 2024 o valor registrado foi de 0,626. O valor encontrado nos últimos três trimestres foi o mesmo (0,626), indicando tendência de estagnação neste indicador

“O coeficiente de Gini é menos sensível à desigualdade entre os extremos da distribuição, e mais sensível a desequilíbrios no meio. Por esse motivo, o Gini mostra maior estabilidade, enquanto a razão de rendimentos indica maior aumento das desigualdades no período”, explica Marcelo Ribeiro, professor do IPPUR-UFRJ e um dos coordenadores do estudo,

De acordo com os pesquisadores, alguns fatores ajudam a entender as razões pelas quais o crescimento da renda foi menor na base da pirâmide.

“Entre o quarto trimestre de 2022 e o mesmo período de 2023, setores de atividade como Transporte e Construção, que são importantes fontes de emprego na base da pirâmide, tiveram desempenho inferior aos demais, chegando a apresentar queda na renda média. Como consequência, o aumento da atividade econômica foi menos benéfico para os trabalhadores pouco qualificados, de modo que entre aqueles com baixa escolaridade a média de renda chegou a cair”, pontua Andre Salata, coordenador do PUCRS Data Social e um dos autores do estudo.

Marcelo Ribeiro lembra que no período tivemos crescimento da atividade econômica, com redução da taxa de desocupação no país – 7,9% para 7,4% -, retomada e aprimoramento de diversas políticas sociais (como o Bolsa Família), e retorno da política de valorização real do salário-mínimo (de R$ 1.212 para R$ 1.320). Segundo o pesquisador, “tais medidas foram importantes para impulsionar o mercado de trabalho e aumentar a renda das famílias a ponto de chegarmos no maior valor da série histórica; no entanto, os dados mostram que tais medidas ainda não garantiram crescimento substantivo do rendimento das famílias mais pobres”.   

Por fim, Andre Salata afirma que no nível nacional, para além do recorte das regiões metropolitanas, as tendências acima mencionadas chegam até mesmo a se intensificar. Segundo Salata, “para o Brasil como um todo, a renda dos 40% mais pobres chegou a apresentar queda de 2,54% no período, caindo de R$ 192,97 para R$ 188,07. Ou seja, os resultados observados por nós não se restringem à realidade metropolitana”.

Por outro lado, Salata lembra que os resultados apresentados se restringem aos rendimentos do trabalho: “os dados aqui analisados não incluem, por exemplo, fontes de renda como o Bolsa Família ou BPC. Ao incluí-los, é possível que as tendências observadas sejam diferentes”, conclui.

Evento irá reunir palestrantes de mais 13 países para debater questões relacionadas à área de pesquisa em ética na IA 

Entre os dias 8 e 12 de abril, a PUCRS recebe o 8º Colóquio de Bioética, Neuroética e Ética em Inteligência Artificial. O evento tem formato híbrido, acontecendo com palestras presenciais e online, e reunirá pesquisadores, professores e alunos de cursos de pós-graduação em filosofia, bioética, medicina, ciências jurídicas, psicologia, neurociência, computação, engenharia, ciências sociais e humanidades de todo o mundo.  

O objetivo é debater, em um fórum público, questões e problemas relacionados a esses temas para celebrar e contribuir para a consolidação da pesquisa em Ética da Inteligência Artificial e a regulamentação da IA no Brasil, integrando startups, empresas, sociedade e o mundo acadêmico.  

O evento faz parte das ações da Rede de Inteligência Artificial Ética e Segura (RAIES) e é realizado em parceria com a Conferência AIRES e com o Colóquio Internacional da RAIES – FAPERGS. Neste ano, irá contar com a participação do Humboldt-Kollegs.  

No momento, as autoridades que já confirmaram presença são: a presidente da Procempa, Letícia Batistela; a Secretária Extraordinária de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Lisiane Lemos; a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp; o diretor-presidente da FAPERGS, Odir Dellagostin. 

confira a programação

Sobre o projeto RAIES 

O projeto visa desenvolver embasamento teórico e técnico para apoiar desenvolvedores e empresas que produzam aplicações através de sistemas inteligentes (IA), a instituir políticas que promovam o desenvolvimento de uma IA Ética e Segura. O RAIES é uma iniciativa da PUCRS contemplado no edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs) destinado à criação de Redes Inovadoras de Tecnologias Estratégicas (RITEs/RS). Atualmente, o projeto conta com 18 instituições internacionais e nacionais, sete empresas e mais de 40 pesquisadores de nove áreas do conhecimento. 

Sobre a AIRES 

A missão AI Robotics Ethics Society (AIRES) é focar na educação dos líderes da IA de amanhã em princípios éticos, para assegurar que a IA seja criada de forma ética e responsável. À medida que a tecnologia avança a um ritmo exponencial, é imperativo que comecemos a pensar em como a IA irá interagir e impactar a sociedade em diferentes facetas da vida diária, com o foco na implicação ética e sua implementação dentro dos sistemas de IA. 

A AI Robotics Ethics Society foi fundada em 2018, na UCLA, em Los Angeles, por Aaron Hui, com o objetivo de se promover a conscientização e a importância da implementação e regulamentação ética da AI. A AIRES é hoje uma organização sem fins lucrativos com capítulos em universidade como University of Southern California (USC), California Institute of Technology (Caltech), Stanford University, Cornell University, Brown University e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Brasil). 

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 Reserva Particular do Patrimônio Natural Pró-Mata da PUCRS monitora o estado das florestas para impedir os efeitos negativos no ambiente 

A conservação das florestas é uma pauta importante para os pesquisadores do programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD) e da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Pró-Mata – parque ecológico da PUCRS. A atual crise climática global preocupa os pesquisadores, pois a estrutura, a dinâmica e a composição de ecossistemas naturais se alteram – causando efeitos no comportamento das espécies locais e mudanças nas propriedades e serviços ecossistêmicos.  

Dados de monitoramento 

Na Amazônia, os dados demonstram uma diminuição na capacidade dessas florestas de acumular biomassa devido ao aumento da mortalidade de árvores grandes. A dinâmica temporal da biomassa é aspecto-chave do sequestro e liberação de carbono pelas florestas, porém o conhecimento sobre as respostas de outros biomas brasileiros às mudanças climáticas ainda é insuficiente. 

“A gente identifica as espécies arbóreas no local e mede o diâmetro do caule à altura do peito e esse diâmetro é marcado, vindo a ser medido de novo depois de 5 anos. O que isso nos diz? O quanto aquela árvore cresceu, se desenvolveu e o quanto isso representa em estoque de carbono,” explica Sandra Muller, pesquisadora no Departamento de Ecologia da UFRGS. 

O subprojeto Parcelas Permanentes na Mata Atlântica do Sul do Brasil do PELD RPPN Pró-Mata dará continuidade ao monitoramento de parcelas estabelecidas em 2009 e implementará novas parcelas, formando um gradiente na transição entre a Floresta com Araucária e a Floresta Atlântica stricto sensu, a ombrófila densa. Os dois tipos florestais variam em composição de espécies de árvores da Floresta Araucária, que possuem preferências climáticas mais temperadas associadas a temperaturas mais frias e da Floresta Atlântica, com espécies mais tropicais associadas a temperaturas mais quentes. 

No total, serão 14 parcelas permanentes implementadas na região nordeste do Rio Grande do Sul ao longo de um gradiente de altitude e temperatura, ideal para monitorar os efeitos das mudanças climáticas. 

Estocagem de biomassa 

A biodiversidade do Sul do Brasil é essencial para o estoque de biomassa, que é a capacidade das florestas tem de estocar carbono nas árvores. Segundo a pesquisadora no LEVEG da UFRGS, Kauane Maiara Bordin, a região do Pró-Mata estoca biomassa em valores semelhantes aos da Floresta Amazônica. 

“Isso reflete a importância da conservação dessas florestas, especialmente considerando a proporção de árvores grandes. Onde há árvores maiores, o estoque de biomassa é maior,” pontua a pesquisadora. 

Coletas das espécies 

As coletas são realizadas com o objetivo de um levantamento ecológico das espécies. O destino dessas ações deve ser uma coleção, que no caso das plantas se chama Herbário, um conjunto de plantas desidratadas armazenadas para fins científicos. Além da disposição das folhas, algumas características são importantes constar nessas coletas como as estruturas reprodutivas, geralmente representada por flores e frutos. 

O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS possui um Herbário com mais de 20 mil exemplares, e o Pró-Mata é uma das maiores fontes de coleta depositadas nesse acervo. Saiba mais sobre o Herbário do Museu aqui! 

Processos ecossistêmicos 

Os processos ecológicos envolvem interações entre organismos, eles são importantes serviços ecossistêmicos porque modificam as condições ambientais, a disponibilidade de recursos, mantem a biodiversidade e promovem interações bióticas. Dentre os processos, é destacada a ciclagem de nutrientes, polinização e a estocagem de carbono. 

“Essa ciclagem de nutrientes pode ser influenciada por fatores abióticos, como a temperatura e a pluviosidade, como por fatores bióticos que diz respeito a composição das espécies vegetais e as características dessas espécies,” comenta Rayana Picolotto, pós-graduanda em Ecologia da UFRGS. 

Poucas espécies aguentam a oscilação de temperatura, as constantes ondas de frio e de calor são extremamente perigosas para a continuidade da biodiversidade no Sul do Brasil e isso reflete negativamente aos estoques de biomassa. Então, os pesquisadores do Pró-Mata estão trabalhando para manter o máximo de carbono estocado possível com a área de preservação, monitorando diariamente as condições climáticas e os animais que se encontram no ambiente. 

Sobre o Pró-Mata 

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Pró-Mata é uma área de preservação adquirida pela PUCRS em 1993 e inaugurado em 1999 com o objetivo de colaborar para a pesquisa científica em Ecologia de Sistemas – conduzido pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) e cofinanciado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS).   

Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) faz parte do bioma Mata Atlântica e é considerado prioritário para a conservação, contando com a presença de diversos pesquisadores, professores e estudantes ao redor do Brasil em participação ativa no projeto. 

Dados sobre a pobreza infantil no Estado foram analisados em reunião na Secretaria de Desenvolvimento Social

O Laboratório de Desigualdades, Pobreza e Mercado de Trabalho (PUCRS Data Social) apresentou, nessa terça-feira (25), para o Comitê Intersetorial pela Primeira Infância (CEIPI), o estudo “Pobreza Infantil no Rio Grande do Sul entre 2012 e 2022”, que analisa dados sobre a incidência de pobreza e extrema pobreza entre crianças de zero a cinco anos e as possíveis associações financeiras, familiares e de escolaridade.

“O convite para participarmos desse diálogo com o poder público é uma evidência de que o PUCRS Data Social tem conseguido alcançar seu objetivo de produzir relatórios com impacto no debate público, a respeito de temas sensíveis à sociedade gaúcha e brasileira. O estudo traz informações objetivas relevantes para o desenvolvimento e monitoramento de políticas públicas voltadas para a primeira infância em nosso estado”, pontua André Salata, professor da Escola de Humanidades e coordenador do PUCRS Data Social.

Para o vice-governador, Gabriel Souza, que coordena os projetos pela primeira infância por meio do Gabinete de Projetos Especiais (GPE), os resultados da pesquisa complementam os indicadores já monitorados pelo governo do Estado e que contribuem para ampliar os cuidados com a faixa etária.

“O estudo da PUCRS traz uma radiografia da primeira infância no Rio Grande do Sul, somando-se a outras ferramentas, como o Dashboard da Primeira Infância, para desenvolvermos e qualificarmos as políticas públicas para as crianças, desde a gestação até os seis anos”, explica.

O secretário da Secretaria de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, ressalta que a proteção e o estímulo na primeira infância são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e intelectual das crianças: “Através dos programas Mãe Gaúcha, RS Nutrir Infâncias e Primeira Infância no SUAS/ Criança Feliz oferecemos um olhar especial para a infância”.

Segunda menor taxa de pobreza infantil no Brasil

Entre as análises do Data Social, foi possível identificar que o Rio Grande do Sul possui a segunda menor taxa de pobreza infantil do país. Em 2022, na faixa etária de zero a cinco anos, 30,2% – cerca de 244 mil indivíduos – vivem em situação de pobreza; já a taxa de pobreza extrema foi estimada em 4,7% – representando 37,9 mil crianças nessa condição. Também foi possível constatar que as crianças negras apresentaram uma taxa de pobreza duas vezes maior em relação à das crianças brancas – 50,5% contra 25,6%.

Políticas públicas amenizam a pobreza infantil no RS

Programas de políticas públicas sociais de transferência de renda foram relevantes para amortizar a situação de pobreza infantil no Estado. A pesquisa do Data Social fez uma simulação de como ficariam as taxas de pobreza em 2020, ano auge da pandemia, sem os auxílios. A porcentagem subiria de 31,6% para 38,3%.

Os dados completos do estudo, realizado pelos pesquisadores André Salata, Izete Bagolin, Ely José de Matos e Tomás Fiori, podem ser acessados em www.pucrs.br/datasocial.

Comitê Intersetorial pela Primeira Infância – CEIPI

O objetivo do CEIPI é elaborar o Plano Estadual pela Primeira Infância para os próximos 10 anos. O enfrentamento à desnutrição e à mortalidade infantil, especialmente nas áreas indígenas, também estão nas pautas do grupo. O tema da atenção às crianças de zero a seis anos integra o Gabinete de Projetos Especiais, vinculado ao Gabinete do Vice-Governador (GVG).

Também participaram da reunião representações de Secretarias de Estado, entidades do Poder Judiciário, sociedade civil organizada e universidades.

*Texto publicado originalmente no site da Secretaria de Desenvolvimento Social