Mauricio Bogo, pesquisador da PUCRS, explica as diferenças entre os tipos de plásticos e cita ações para reduzir a quantidade de partículas de plásticos na rede urbana de esgoto e na natureza 

Um dos problemas de plásticos microscópicos é que o assunto é mais difícil de ser explicado e acaba sendo, muitas vezes, negligenciado pela população, justamente por não ser visível. / Foto: Giordano Toldo

Com o escoamento da água das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, foi possível ter uma dimensão visual do problema do descarte incorreto de lixo. O plástico causa um impacto negativo expressivo:  por boiar, gera o entupimento de bueiros e de outras entradas de escoamento de esgoto. Mas o problema é ainda mais complexo e afeta outras esferas, porque além do meio urbano, os plásticos também já poluem os oceanos há anos, em velocidade exponencial.  

Os diferentes tipos de plástico estão em praticamente tudo que consumimos, e se apresentam nos mais diversos formatos e cores: nas embalagens, na indústria alimentícia, nos remédios, nos supermercados, nos hospitais, nos brinquedos, nas roupas, nos itens de higiene e cosméticos. Isso tudo, aliado ao descarte incorreto destes materiais, tem contribuído para o acúmulo de plástico no meio ambiente. Nestas condições, por processos naturais, os plásticos são continuamente fragmentados em partículas menores, chamadas de microplásticos (MPs) e nanoplásticos (NPs).   

O professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e líder do Grupo de Pesquisa Toxicologia Celular e Molecular, Mauricio Bogo, explica que um dos problemas de plásticos microscópicos é que o assunto é mais difícil de ser explicado e acaba sendo, muitas vezes, negligenciado pela população, justamente por não ser visível, como as grandes ilhas de lixos no oceano, por exemplo. As redes de drenagem urbana também não possuem equipamentos que conseguiam filtrar os pequenos plásticos contidos em cosméticos e itens de higiene. E estes materiais podem contaminar os ambientes a partir de duas formas, a primária e a secundária.  

“Muitos produtos já são fabricados com nano ou microplásticos, que tem uma função completamente diferentes de poluidora, como algumas tintas. Nós chamamos isso de fonte primária porque esses produtos quando descartados, seja de um jeito ou de outro, eles podem liberar estas partículas no ambiente, mas este tipo de contribuição ainda é pequeno no meio ambiente. A poluição de maior impacto acontece com a origem secundária. Quando macroplásticos são descartados e os diferentes tipos de degradação do material, como exposição solar ou atrito, acontecem, é esperado que uma grande quantidade de fragmentos menores surja com a exposição na natureza”, explica o pesquisador Mauricio.  

Conforme o artigo Micro and nanoplastic toxicity: A review on size, type, source, and test-organism implications publicado por sete pesquisadores da PUCRS e uma da UFRGS, na revista Science of the Total Environment, estes materiais microscópicos são um dos principais problemas ambientais atuais devido à potencial poluição e contaminação. 

Dicas de como agir para descartar menos plástico 

Maneiras de diminuir a produção, consumo e descarte incorreto de plásticos devem ser pensadas e executadas. O professor cita alguns exemplos, mas ressalta que apesar de haver boas ideias, a etapa difícil é a implementação:  

Confira também:

Docente será reconhecida na 23ª edição do Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital 

Foto: Giordano Toldo.

A professora Soraia Musse, do Programa de PósGraduação em Ciência da Computação (PPGCC) da Escola Politécnica, é a Pesquisadora Homenageada do Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital (SBGames), apoiado pela Comissão Especial de Jogos e Entretenimento Digital (CEJOGOS) da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) deste ano. A edição de 2024 acontece em Manaus, no Amazonas, entre 30 de setembro a 3 de outubro.  

Este é o maior evento acadêmico da América Latina nesta área de jogos e reúne professores, pesquisadores, estudantes e empresários que têm os jogos como objeto de investigação e produto de desenvolvimento. Anualmente são recebidos cerca de mil participantes de diferentes regiões do Brasil e de países como Peru, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, dentre outros. 

“Eu fui uma das pesquisadoras da área de Computação Gráfica que criou esse simpósio e ele cresceu e se tornou um dos maiores na área. Já organizei o SBGames três vezes, inclusive, em 2014, aconteceu no Centro de Eventos da PUCRS. Através do SBGames, criamos a área de jogos entretenimento digital no Brasil, no que tange desenvolvimento científico, e que causa muito impacto na indústria. E sobre a premiação, eu fiquei muito feliz, orgulhosa e privilegiada de ser a terceira pesquisadora brasileira a receber esse prêmio e a primeira mulher”, comemora a professora da Universidade e coordenadora do VHLab, Soraia Musse.  

Sobre a docente  

Possui graduação em Bacharelado em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1990), mestrado em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994), mestrado em Cours Postgrade En Informatique Realité Virtuelle – Ecole Polytechnique Federale de Lausanne (1997), doutorado em Doctorat En Science – Ecole Polytechnique Federale de Lausanne na Suíça (2000) e pós-doutorado na Universidade da Pennsylvannia – USA em 2016.  

Sua pesquisa tem ênfase em Processamento Gráfico, principalmente nos seguintes temas: computação gráfica, agentes sintéticos virtuais, multidões de agentes virtuais, percepção visual e visão computacional. Já publicou mais de 60 artigos em periódicos, sendo vários deles de grande impacto. É a terceira pesquisadora mais citada na área de Simulação de Multidões, e a segunda mais citada na área de Simulação de Pedestres, de acordo com o Google Scholar. Na PUCRS, ela orienta alunos de graduação, mestrado, doutorado e bolsistas de pós-doutorado, coordena o Laboratório de Simulação de Humanos Virtuais (VHLab) e participa de outras estruturas de pesquisa. 

Leia também:

Interessados/as podem se inscrever até o dia 14 de junho e vivenciar o primeiro contato com o ambiente acadêmico. 

O Programa de Iniciação Científica Júnior da PUCRS está com as inscrições abertas para estudantes de Ensino Médio. Interessados/as podem se inscrever entre os dias 15 de abril a 14 de junho e vivenciar o primeiro contato com o ambiente acadêmico. A oportunidade é voltada para quem deseja ingressar no universo da pesquisa e iniciar seu processo de reflexão e de inovação no âmbito da Ciência e da Tecnologia. 

Neste ano, serão disponibilizadas oportunidades nas modalidades de Iniciação Jr. voluntário e de bolsista. As inscrições são realizadas exclusivamente por meio do formulário eletrônico disponível no site do programa, anexando uma carta de vínculo escolar e o seu histórico escolar em um único arquivo PDF.

Confira o cronograma:

Período de inscrição dos candidatos15/4 a 14/6
Período de seleção de alunos20/6 a 19/7
Divulgação dos alunos selecionadosApós 30/7
Evento de acolhida dos alunos15/8
Entrega dos documentos dos alunosAté 29/8
Vigência da chamada1/9 a 31/12
Evento de encerramento das atividades12/12
Envio do vídeo/Relatório Final1º a 20/12

Pré-requisitos da Iniciação Científica Júnior 

Para participar do processo seletivo do programa, o/a estudante deverá estar regularmente matriculado/a no Ensino Médio, apresentar perfil compatível com as atividades previstas, apresentar bom desempenho escolar, assim como se comprometer a executar o plano de atividades aprovado pelo/a professor/a orientador/a com dedicação de 10 horas semanais. Para conferir os demais requisitos, acesse o site.   

Para mais informações sobre o programa e outras oportunidades de iniciação científica na PUCRS entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3353-7719. 

Saiba mais

Homenagem aconteceu durante o Seminário de 20 anos do Sinaes, em Brasília 

Fotos: Giordano Toldo

A última sexta-feira (26) foi um dia especial para Marion Creutzberg, docente da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e assessora da Pró-Reitoria da Graduação e Educação Continuada (Prograd). Na ocasião, a pesquisadora foi reconhecida por sua contribuição para a construção do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), política pública mais longeva de avaliação da educação superior brasileira. A homenagem aconteceu durante o Seminário de 20 anos do Sinaes, em Brasília, e contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, e do presidente do Inep, Manuel Palácios.  

“O Sinaes foi um marco determinante para os nossos processos avaliativos. Tive a oportunidade de observar a evolução tanto do sistema como das instituições de ensino superior, e com certeza estes 20 anos fizeram a diferença na educaçãoe na vida de milhares de jovens que procuram um ensino de qualidade”, celebra Marion.  

Realizado pelo Ministério da Educação (MEC); pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep); e pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), o evento deu continuidade às discussões que cercam a história e evolução do Sinaes ao longo dos seus 20 anos, assim como as principais perspectivas para o futuro da avaliação – já que os resultados também são utilizados para subsidiar inúmeras políticas públicas de regulação, supervisão, financiamento e indução da qualidade da educação. 

“Participo do Banco de Avaliadores dos Sinaes (Basis) desde 2006, e a PUCRS acompanhou de perto todo esse início. Eu fui homenageada representando, principalmente, os docentes do Basis – que conta com cerca de 8 mil avaliadores hoje, mas também representa, na minha leitura, a história coletiva de avaliação aqui na Universidade”, pontua.  

Trajetória ativa e próxima ao Sinaes 

A diversidade de atividades em que a professora Marion esteve inserida ao longo dos anos foi determinante para que fosse convidada a representar os docentes do Sinaes. Em sua trajetória, atuou como avaliadora do Banco de Avaliadores dos Sinaes, participou de diversas comissões do INEP, em especial a Comissão Técnica de Acompanhamento da Avaliação (CTAA) e de processos avaliativos em missões no exterior, como Cabo Verde, São Tomé e Príncipe.  

“Estou na PUCRS desde 1999, entrei como professora do curso de enfermagem e desde então estive em vários espaços da universidade, como na coordenação de departamentos que existiam no curso, e setores avaliativos, como o ENADE, o Censo, a autoavaliação da graduação. E a partir da minha experiência, também puder dar suporte e apoio aos novos colegas que assumiram as funções que eu tinha em algum momento. Então, de alguma forma, nesses anos todos, desde 2006, sempre estive muito próxima das atividades do INEP e, com isso também, podendo contribuir”, conta.  

Leia também: Conecte Alumni PUCRS: conheça a comunidade digital exclusiva para formandos e egressos da Universidade

Evento aconteceu nos dias 19 e 20 de abril e é considerado o mais tradicional encontro científico do RS na área 

Estudantes de iniciação científica e do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS receberam, na última semana, duas importantes premiações no 27º Encontro Gaúcho de Endodontia. O evento, realizado no Teatro do prédio 40 da PUCRS, nos dias 19 e 20 de abril, é organizado anualmente pelo Grupo de Professores de Endodontia do Rio Grande do Sul (GPERGS) e considerado o mais tradicional encontro científico do RS na área. 

Liliana Preto Agostini Stys, doutoranda do PPG em Odontologia (PPGO), recebeu o prêmio principal do evento. Ela conquistou o 1º Lugar na categoria Pesquisa Científica, apresentando o estudo intitulado “Validação de um novo instrumento de autorrelato para rastreamento populacional de periodontite apical: estudo de acurácia diagnóstica”

A pesquisa premiada tem como coautores a aluna de iniciação científica Marinice Ferreira da Rosa, e os egressos do PPGO Gisele Jung Franciscatto, Isadora de Souza Basso e Rafael Chies Hartmann, que também é docente do curso de Odontologia da PUCRS. 

O estudo apresentou e avaliou a precisão diagnóstica de um novo instrumento de autorrelato para triagem populacional de periodontite apical (PA) utilizando tomografia computadorizada de feixe cônico como padrão de referência. Os resultados revelaram que o novo método populacional é eficaz para prever indivíduos com maior probabilidade de apresentar a periodontite apical, com poder preditivo positivo superior a 80%. Este novo método, de baixo custo e rápida aplicação, pode ser uma ferramenta valiosa para o rastreamento epidemiológico da PA, contribuindo para a vigilância endodôntica e para as políticas públicas em saúde bucal

Além do prêmio principal, o PPGO da ECSV recebeu menção honrosa pelas mãos da aluna de iniciação científica Giovana Pittol Dorigoni. Ela apresentou o estudo “Associação entre carga inflamatória bucal, hipertensão e resposta da pressão arterial ao esforço físico”, que tem como coautora a doutoranda do PPGO Barbara Thereza de Freitas Koppe. 

Ambos os estudos premiados foram orientados pelo professor Maximiliano Schunke Gomes, atual coordenador do PPGO da Escola de Ciências da Saúde e da Vida. 

Leia também: Últimos dias para se inscrever nos cursos de especialização e MBA na PUCRS

O contrato foi assinado em março deste ano para prestação de serviço entre entidades 

A Universidade, por meio do Laboratório de Análises Químicas (LAQ), do Instituto do Petróleo e Recursos Naturais da PUCRS (IPR), firmou uma parceria com a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás).  

O acordo foi assinado em março e a partir dele, será analisada a quantidade de odorantes no gás natural, essenciais para detectar vazamentos. Dois desses odorantes são o TBM (terc-butilmercaptana) e o THT (tetrahidrotiofeno) e sua quantidade é determinada usando a técnica analítica de Cromatografia Gasosa acoplada a um Detector Fotométrico de Chama (GC-FPD).  

A coordenadora do LAQ, Naira Poerner Rodrigues, destaca que a medição destes odorantes sulfurados é realizada por uma equipe competente e treinada sob um controle analítico rigoroso para garantir que os resultados sejam válidos; para isso uma mistura-padrão de referência, diferente da usada para a calibração, é avaliada diariamente para validar se os resultados são exatos e reprodutíveis. 

“A quantificação exata e precisa destes odorantes sulfurados é essencial para que a Sulgás mantenha a qualidade do processo de odorização do gás natural, garantindo assim a segurança dos consumidores”, enfatiza. 

Para a Sulgás, distribuidora de gás natural do Rio Grande do Sul, a segurança é o principal pilar de todas as operações. Como medida para manter os altos níveis de excelência dos serviços prestados, a concessionária conta com análises do Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais da PUCRS. Segundo o coordenador de Operação de Rede da Sulgás, Leandro Haubert, a odorização do gás é fundamental para garantir sua detecção, já que o gás é inodoro por natureza.  

“A parceria com o IPR certifica a qualidade desse processo, garantindo segurança nos locais por onde a rede passa. Os ensaios em ambiente acadêmico e em um instituto reconhecido e acreditado, é fundamental para essa certificação, colaborando muito no processo para o gás ter cheiro em todos os pontos do gasoduto. Além disso, a proximidade com o IPR facilita a logística para entrega das amostras, contribuindo com mais eficiência e segurança, gerando com isso também a especialização de profissionais e do mercado local”, explica. 

A parceria estabelecida entre o IPR e a Sulgás é um dos importantes contratos que vêm sendo desdobrados como o resultado do reposicionamento do IPR, destaca Felipe Dalla Vecchia, diretor do Instituto.  

“Trabalhamos todos os dias com o desenvolvimento de pesquisa de ponta para importantes players de diferentes setores, no qual destacamos o setor de energia. Iniciamos em 2018 um movimento de abertura de nossos laboratórios para a comunidade, pela disponibilização de serviços especializados e o desenvolvimento de materiais de referência certificados, pautados por um sistema de gestão da qualidade reconhecido pelo ANAB dos EUA. Este movimento faz com que toda a excelência de nossas equipes e a qualidade de nossa pesquisa e infraestrutura possam estar ao alcance da comunidade, a partir do transbordamento de nossas competências”.

Contar com a parceria da Sulgás reforça ainda mais o compromisso da PUCRS e do IPR com a entrega de resultados, análises, produtos e serviços de excelência para garantir a operação e a agregação de valor às atividades de parceiros e clientes. 

Leia também: Sulgás passa a integrar o Tecnopuc e promove a formação de jovens com o Projeto Pescar

Ofertada nos cursos de Mestrado e Doutorado, o objetivo é criar uma análise sobre o envelhecimento 

O professor Rafael Reimann Baptista é o docente responsável para essa disciplina. / Foto: Giordano Toldo

A relação entre novas ideias, negócios e saúde com o envelhecimento humano é um assunto que necessita de soluções inovadoras para os desafios enfrentados pela população idosa. À medida que a expectativa de vida aumenta e a proporção de idosos cresce, surgem chances para criar e implementar tecnologias que melhorem a qualidade de vida, promovam a saúde e atendam às suas necessidades específicas. 

A iniciativa pioneira, promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica, busca integrar os conhecimentos avançados em inovação e empreendedorismo com o setor da saúde, com um enfoque central no envelhecimento humano. 

Coordenada pelos professores Rafael Reimann Baptista e Daniel Rodrigo Marinowic, a disciplina “Inovação e Empreendedorismo em Saúde e no Envelhecimento Humano” está estruturada em quatro módulos principais: Aproximação e Sensibilização, Instrumentalização, Ideação e Tirando a Ideia do Papel. De acordo com Rafael Reimann Baptista, são utilizados métodos vistos e conhecidos no reality show “Shark Tank” para apresentações de projetos. 

“Nossa intenção é fornecer aos alunos uma compreensão profunda dos desafios e oportunidades presentes no setor da saúde, bem como equipá-los com as ferramentas necessárias para se tornarem líderes inovadores nesse campo,” declara. 

A disciplina abrange o estudo sobre a influência social, cultural e demográfica no envelhecimento, os mitos em relação à velhice, a percepção em diferentes culturas e sociedades, a feminilização da idade, entre outros. Inclui ainda a investigação da história natural das doenças e condições relacionadas à saúde, envelhecimento normal e patológico e pesquisas sobre a saúde dos idosos – incluindo os longevos, para conhecer suas condições de vida.  

Com uma bibliografia que inclui renomados autores na área de inovação e empreendedorismo, como Ron Adner, Robert Alan Baron, Scott A. Shane e Clayton M. Christensen, a disciplina foca na inovação e na possibilidade de liderar mudanças significativas no setor da saúde, especialmente na condição do envelhecimento humano. 

O convidado Martim Velez, director of Programs for Scaleups da Unicorn Factory Lisboa, esteve presente para um intercâmbio de troca de conhecimento em formato de palestra para os estudantes do PPG, oferecendo informações sobre o empreendedorismo e o cenário competitivo no universo das startups. A proposta é de uma imersão nos cenários atuais do mundo empreendedor, enfatizando a importância de ecossistemas importantes como o Tecnopuc Startups e o BioHub em medicina. 

A disciplina oferece uma oportunidade para estudantes interessados em impulsionar a inovação na área da saúde, seja fundando startups ou implementando estratégias inovadoras em organizações já existentes.

“É um convite para os que buscam liderar o empreendedorismo e a inovação no setor médico, capacitando-os para enfrentar desafios e explorar as oportunidades futuras nesse campo”, ressalta o professor. 

Sobre o Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica 

Ficou interessado no assunto? O PPG em Gerontologia Biomédica oferece formação nos níveis de mestrado e doutorado e está dividido em quatro linhas de pesquisa: 

  1. Aspectos biológicos no envelhecimento, 
  2. Aspectos socioculturais, demográficos e bioéticos no envelhecimento, 
  3. Aspectos clínicos e emocionais no envelhecimento e 
  4. Envelhecimento e Saúde Pública. 

As submissões dos trabalhos estão abertas até o dia 20 de maio de 2024  

Para celebrar as três décadas de história, o Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS – Famecos anuncia o lançamento do Prêmio de Teses e Dissertações. As inscrições estão abertas a partir de hoje, 22/4, até o dia 20 de maio. Esta iniciativa visa reconhecer e homenagear pesquisadoras e pesquisadores das diversas áreas da comunicação, destacando suas contribuições inestimáveis para o campo.  

A cerimônia de premiação será realizada em uma sessão festiva, presencialmente e transmitida pela internet, durante o XVI Seminário Internacional de Comunicação, que será realizado na Famecos, em novembro de 2024. A comissão organizadora das premiações é composta pelos seguintes professores: Antônio Carlos Hohlfeldt, André Fagundes Pase, Cleusa Maria Andrade Scroferneker, Juremir Machado da Silva e Deivison Moacir Cezar de Campos.  

Os prêmios foram divididos em modalidades com três prêmios para teses de doutorado e três para dissertações de mestrado. Os prêmios incluem certificados e valores em dinheiro de R$ 2.000 para teses e R$ 1.500 para dissertações. Abaixo, estão detalhadas as modalidades: 

Modalidades dos Prêmios  

Teses:  

Dissertações:  

Confira o regulamento

No Dia da Terra, o combate às mudanças climáticas ganha ainda mais evidência

dia da terra, ebulição global, queimadas

Em 2023 muitos países registraram incêndios nas florestas. / Foto: Victor Moriyama/Greenpeace

O planeta terra está ficando cada vez mais quente. Em 2023, notícias sobre ondas de calor e temperaturas extremas se tornaram rotineiras: no hemisfério norte os termômetros passaram dos 45 °C em agosto, e aqui no Brasil o mês de novembro foi marcado por temperaturas acima da média para a primavera, chegando na marca 42,5 °C graus no Rio de Janeiro. Para o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, essas ondas de calor indicam que o planeta já passou da fase de “aquecimento” e que agora entramos na era da ebulição global.  

O conceito de ebulição global acende o alerta para o aumento das catástrofes relacionadas às mudanças climáticas, como, por exemplo, as queimadas florestais ao redor do mundo, que pioram a qualidade do ar. O diretor do Instituto do Meio Ambiente da PUCRS (IMA) e professor da Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade, Nelson Fontoura, explica que apesar do termo ebulição ser uma figura de linguagem, a frequência com que esses eventos climáticos estão acontecendo está cada vez maior. O docente também ressalta que apesar das altas temperaturas, a ebulição global não está acontecendo por um fato isolado e sim por uma sequência de acontecimentos.  

“Alguns artigos feitos por especialistas há 20 anos já projetavam que o aquecimento do planeta se tornaria mais frequente, assim como eventos climáticos como furacões e ciclones. Em 2004 tivemos o Furacão Katrina no Hemisfério Sul, nesse ano também acompanhamos as fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que causaram inundações pelo Estado, passando de 300 milímetros por dia. Ao mesmo tempo, vemos queimadas extensas que já ocorreram no Amazônia e no Pantanal, mas também observamos incêndios florestais no Chile, na Grécia, Canadá e Portugal. A Espanha também teve seu período de seca. Então é um conjunto de eventos muito significativos para entendermos a situação do planeta.” 

Ultrapassando as projeções e pensando em alternativas  

O mês de julho foi marcado por uma forte onda de calor no hemisfério norte. / Foto: Agência Brasil

Não é de hoje que cientistas e especialistas se preocupam com a temperatura do planeta. Acordos de cooperação entre países firmados com a ONU como o Protocolo de Quioto (1997) e Acordo de Paris (a COP 21, em 2015) se comprometeram a tomar medidas que visam diminuir as emissões de gases estufa e absorver os já emitidos, combatendo diretamente as causas do problema. Os acordos também tinham o objetivo administrar as consequências já visíveis das mudanças climáticas. Especialmente em 2015, uma das ações do tratado era limitar o aumento da temperatura média do planeta a 1,5 °C.  

Apesar do compromisso firmado em 2015, o relatório lançado pela ONU em setembro de 2023 mostrou que se as mudanças não forem cada vez mais fortes, a temperatura mundial deve aumentar 2,6 °C até 2100. Como não é possível frear totalmente o aumento da temperatura no planeta, a ONU tem reforçado cada vez mais o papel das nações, estados, empresas, instituições e cidadãos nesse cenário das mudanças climáticas.   

Na tentativa de pensar uma nova perspectiva sobre clima, institutos de pesquisa e universidades tem redirecionado esforços para mudarem essa dinâmica ambiental. Já existem diversas iniciativas em andamento com parcerias governamentais e acadêmicas pensadas na construção de outras perspectivas ecológicas. Nelson Fontoura explica que a PUCRS tem duas iniciativas grandes de atuação nesse cenário.  

Uma delas é o programa PELD, um projeto de pesquisa ecológica de longa duração financiado pelo CNPq e FAPERGS e desenvolvido na RPPN Pró-Mata. Nele, uma equipe de pesquisadores da PUCRS, UFRGS e UNISINOS realiza monitoramento da Biodiversidade, analisando os padrões de alteração de abundância da fauna e da flora ao longo do tempo.  

“Além disso, temos o projeto Change the Climate, financiado pela Comunidade Europeia através do programa Erasmus+, que induziu o desenvolvimento na PUCRS deum programa de gestão ambiental, visando minimizar o impacto ambiental da Universidade, olhando a pegada de carbono, o consumo de energia e a melhor gestão de resíduos”, afirma. 

Leia mais:

As aulas do pesquisador Bin Gao começam dia 29 de abril na Escola Politécnica  

Bin Gao atua como professor no Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da RPI. / Foto: Rensselaer Polytechnic Institute/Divulgação


Por meio do Cátedra Fulbright, programa de intercâmbio educacional e cultural do governo americano, a PUCRS recebe o professor Bin Gao, da Rensselaer Polytechnic Institute (RPI), para ministrar uma disciplina internacional para alunos/as de mestrado e doutorado. As aulas começam no dia 29 de abril, das 14h às 16h30, onde o professor irá ministrar a disciplina “Novel Technologies for Environmental Sustainability”. 

Durante as aulas com o especialista em sustentabilidade ambiental, estudantes da pós-graduação terão contato com os mais avançados resultados de seus estudos sobre a temática. Além disso, serão discutidas as perspectivas contemporâneas de energias renováveis, reciclagem avançada e materiais ambientalmente responsáveis.   

Para participar da disciplina, é possível se inscrever até o dia 29 de abril, na Secretária de Pós-Graduação a qual o aluno está vinculado. As aulas acontecem na Escola Politécnica (na sala 514 do prédio 32), sempre as segundas-feiras, até o dia 27 de maio. 

Sobre o professor Bin Gao 

Reconhecido internacionalmente por suas contribuições científicas para a área de sustentabilidade ambiental, o professor e pesquisador Bin Gao faz parte do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da RPI. Por seu pioneirismo e excelência científica, ganhou diversos prêmios, como, por exemplo: da American Society of Agricultural and Biological Engineers, instituição líder na promoção de soluções técnicas para desafios agrícolas e ambientais, a Elsevier, uma das principais editoras acadêmicas do mundo, e a National Science Foundation, uma das principais agências de financiamento à pesquisa nos Estados Unidos. 

Além disso, em seu currículo carrega universidades como Cornell University e Yale University, instituições pertencentes da Ivy League, seleto grupo das oito mais prestigiosas universidades americanas. Suas pesquisas buscam compreender a qualidade da água bem como a sustentabilidade ambiental, atuando com temáticas vitais para a sustentabilidade e o bem-estar humano.