Evento oportuniza a experiência universitária a estudantes do Ensino Médio
Com mais de 200 atividades, a programação está incrível e muito diversa. / Foto: Rafael Fernandez
Nesta sexta-feira acontece mais uma edição do Open Campus – um dos maiores eventos de imersão universitária do Sul do Brasil. Estudantes do Ensino Médio de diversos pontos do Estado terão a oportunidade de vivenciar de perto a profissão que faz seus corações baterem mais forte. Nesse ano, além do Desafio Open Campus, que irá premiar os/as primeiros/as 50 colocados do nível Alumni, preparamos algumas dicas para você aproveitar esse dia ao máximo. Confira!
Fique ligado/a nos locais das atividades! No dia do evento, você irá receber um mapa com a localização de cada prédio e os principais pontos de encontro para todas as atrações que estiverem rolando no Campus.
Com mais de 200 atividades, a programação está incrível e muito diversa. Queremos que você aproveite ao máximo o Campus, por isso, lembre-se de marcar as atividades do seu interesse para personalizar o seu dia.
Não esqueça do Desafio Open Campus! Serão seis etapas e bonificações, sendo que algumas serão liberadas antes do evento e outras deverão ser cumpridas no dia 27 de setembro, durante o Open Campus. Cada passo tem uma pontuação, então você precisa realizar as etapas para ganhar pontos e ficar mais perto de conquistar os prêmios!
Participe das atividades para conquistar mais pontos e lembre-se de computar sua pontuação a cada atividade realizada.
Leia também: Open Campus: saiba mais sobre o desafio especial que premia participantes
Alimente-se e se hidrate! A PUCRS tem restaurantes e bares para todos os gostos quando bater a sede e a fome. Confira aqui quais locais você pode almoçar ou lanchar na Universidade. Bon appetit!
Está perdido/a ou com alguma dúvida? É só ir até a Central de Ajuda mais próxima. E, em caso de emergência, procure o vigilante mais próximo para nossa equipe te ajudar.
Aproveite para dar uma passadinha no estande do Vestibular, tem uma ação surpresa rolando! Além disso, a prova do Vestibular já tem data! Será dia 23/11, presencialmente, no Campus da PUCRS para todos os cursos da graduação presencial.
Em caso de previsão de chuva, previna-se e carregue seu guarda-chuva ou capa da chuva com você. Também utilize um calçado fechado para melhorar a sua experiência. Além disso, considere o clima do dia como fator para o seu planejamento de transporte.
Anotou tudo? Então bora aproveitar essa imersão!
Veja algumas sugestões e tire dúvidas sobre esta modalidade esportiva
Ter companhia e um acompanhamento profissional podem ajudar a sua prática esportiva. | Foto: Bruno Todeschini
A corrida é uma atividade física que está em alta e pode ser praticada em diferentes lugares. Realizar esse tipo de exercício pode trazer diversos benefícios para a saúde, possibilitando a prevenção de problemas cardiovasculares, ansiedades, depressão e outros transtornos. No entanto, é necessário alguns cuidados ao começar a correr.
Para estar bem-preparado para a prática da corrida, confira as orientações do professor Rafael Baptista, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS.
Não existe um biotipo ideal para praticar a corrida. No entanto, pessoas com sobrepeso ou obesidade podem sofrer um impacto muito grande sobre as articulações durante a prática. Por isso, nesses casos, é importante ter o acompanhamento profissional e iniciar a prática esportiva com outra atividade, como musculação, pilates ou caminhada.
A sugestão é começar pela esteira, onde há menos impacto, além de evitar problemas relacionados ao clima, especialmente no verão. Depois de ganhar certo condicionamento utilizando o aparelho, você pode passar a se exercitar na rua. No entanto, nesse caso, é necessário tomar alguns cuidados: não se expor excessivamente ao sol ou a temperaturas elevadas, manter uma boa hidratação e cuidar o tipo de solo, para que seja o mais nivelado possível, prevenindo lesões.
O ideal, antes de começar a correr, é fortalecer alguns grupos musculares e melhorar o alongamento de outros. Sabe-se que o treino de força, como a musculação, é capaz de melhorar a resistência na corrida. Manter-se constante, o que exige uma organização para não faltar aos treinos, também é importante, pois, com a prática, o fôlego aumenta, melhorando o desempenho no exercício. Você ainda pode adquirir algum equipamento ou aplicativo para celular que ajude a contabilizar os treinos de corrida.
Existem divergências sobre se faz diferença utilizar um calçado adaptado para cada tipo de pisada. No entanto, é importante considerar que essa é uma escolha que deve levar em conta as características individuais e que pode ser orientada por um profissional de Educação Física. Ainda é preciso considerar as roupas adequadas, que permitem o movimento livre do corpo, sem causar atritos ou desconfortos. Mulheres, por exemplo, precisam utilizar um top esportivo adequado para o impacto.
Para começar a correr é essencial procurar o auxílio de um profissional de Educação Física, que poderá realizar a avaliação da biomecânica da corrida para prevenir lesões. Além disso, é importante realizar uma consulta com um cardiologista, para verificar a existência de contraindicações, e, caso exista algum histórico de dor nas articulações, buscar um ortopedista para realizar uma avaliação. Caso, ao iniciar a prática de corrida, sinta algum desconforto articular, é recomendado suspender a atividade e realizar uma consulta ortopédica.
Muitas vezes pode ser difícil começar uma nova prática esportiva sozinho. Para incentivar a si mesmo, e outros, chame amigos para correr aos finais de semana, e se der certo, pode virar um compromisso semanal. Ou, então, se junte a grupos de corrida ao ar livre, você verá que cada pessoa tem um ritmo e o importante é se exercitar.
O Parque Esportivo da Universidade é um local que pode ser utilizado por aqueles que desejam começar a correr: além das esteiras presentes na academia, o complexo possui uma pista externa de atletismo e ainda possui atividades de corrida em grupo. Saiba mais no site do Parque.
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De acordo com a Unicef pelo menos uma em cada sete crianças e jovens de dez a 19 anos convive com algum transtorno mental diagnosticado no mundo. / Foto: Pexels
Cuidar da saúde mental vem se tornando tão importante quanto cuidar da saúde física, especialmente entre crianças e adolescentes. O tema foi incluído pela primeira vez em 2021 pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) no Tratado de Pediatria, a principal publicação destinada a médicos que cuidam da saúde de pessoas com até 18 anos no país. Ainda no mesmo ano, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o instituto Gallup, publicou o relatório Situação Mundial da Infância 2021. Na minha mente: promovendo, protegendo e cuidando da saúde mental das crianças, também elegendo a temática como prioridade de atuação.
Os dados levantados pela pesquisa da Unicef servem de alerta: pelo menos uma em cada sete crianças e jovens de dez a 19 anos convive com algum transtorno mental diagnosticado no mundo. Além disso, cerca de 46 adolescentes morrem por suicídio a cada ano no mundo, uma das cinco principais causas de morte nessa faixa etária. Em crianças e adolescentes, os casos mais comuns quando falamos de saúde mental são: depressão, transtornos de ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno por uso de substâncias e transtorno de conduta.
O psicólogo, psicanalista e professor do curso de Psicologia da Escola de Ciências e Saúde da Vida da PUCRS Jefferson Silva Krug, destaca que comportamentos como birra e falta de atenção devem ser considerados em seu poder comunicativo, ou seja, podem indicar que alguma experiência emocional da criança necessita ser avaliada para melhor auxiliá-la. O apoio emocional, principalmente quando ofertado pelos pais, é fundamental para conseguir encontrar um diagnóstico o mais rápido possível.
“Muitas vezes os pais e responsáveis acabam passando muitos anos sem nenhum tipo de orientação e auxílio para o estabelecimento dessa escuta de comunicação entre o que a criança está demonstrando e aquilo que eles conseguem enxergar e acabam tendo medidas de cuidado que podem não ser as mais adequadas – e isso sim pode levar a pioras de quadros emocionais e relacionais também.”
Além do acompanhamento médico, há algumas ações que podem ajudar na prevenção de suicídios e outros problemas relacionados à saúde mental. / Foto: Pexels
Antes de tudo, é preciso prestar atenção aos sinais que crianças e adolescentes podem apresentar quando estão com a saúde mental debilitada. Os mais novos não conseguem se expressar como os adultos, por isso, é importante atentar aos sinais. Entre esses sinais podem estar, por exemplo, mudanças de comportamento e humor, dificuldade de concentração, perda ou ganho de peso repentino, vontade de se machucar e emoções intensas, como um medo excessivo de morrer e dores físicas. Em adolescentes, também vale a recomendação de cuidar se há vontade excessiva de usar álcool e drogas, além de comportamentos de isolamento social.
O aumento do número de diagnósticos de crianças com diferentes transtornos mentais pode assustar, mas para Jefferson, a preocupação deveria ser em como ajudar crianças e adolescentes a lidarem com essa condição. Evitar estereotipar doenças e transtornos mentais e fazer uma divulgação correta sobre quais emoções podem ser vividas durante a experiência infantil e adolescente pode ser um bom começo, que pode ajudar não só os pais, mas também as crianças e adolescentes a buscarem ajuda.
“É preciso orientar os pais a respeito de como cuidar das crianças e dos adolescentes, abrindo espaços para diálogos dentro da família e também em espaços privados, como os atendimentos psicoterápicos. Também é preciso um esclarecimento acerca das possibilidades e benefícios que uma psicoterapia e uma análise com crianças e adolescentes podem trazer para toda a família. E esclarecer também o que elas podem trazer para o desenvolvimento emocional daquela criança ou daquele adolescente e da família como um todo.”
Leia também: Confira 5 dicas de ações diárias para reduzir a ansiedade
Além do acompanhamento médico, há algumas ações que podem ajudar na prevenção de suicídios e outros problemas relacionados à saúde mental. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Hospital Albert Einsten, essas ações, além de diminuir fatores de risco, também podem aumentar a qualidade de vida de crianças e adolescentes.
Relações afetivas com o círculo familiar, ambiente aberto ao diálogo e escuta ativa, praticar atividades prazerosas como ler ou ir ao cinema e também estabelecer uma rotina para diversas atividades. Uma boa alimentação, alinhada a uma boa noite de sono e exercícios físicos regulares também são fundamentais. Tanto a ABP como o Albert Einsten reforçam que crianças e adolescentes também precisam ir ao médico regularmente, além de aprender a administrar emoções.
O psicanalista ainda alerta que, antes de tudo, pais e responsáveis precisam escutar as crianças e adolescentes.
“Não existe uma receita a ser usada de maneira idêntica para todas as crianças. Estamos acostumados a educar dizendo o que elas devem fazer, mas precisamos aprender a ouvi-las e ajudá-las a formular suas percepções sobre si mesmas, auxiliá-las a buscar um sentido para o que estão sentindo. E a partir disso, ajudar as crianças e adolescentes a terem essas experiências e seguir investindo nisso”, finaliza Jefferson.
Leia mais: 5 dicas práticas para começar a meditar no dia a dia
É importante reservar um tempo para cuidar de você. / Foto: Jonathan Heckler
Em meio a um estilo de vida cada vez mais acelerado e conectado, a meditação pode ser um bom recurso para o cultivo da saúde mental e do bem-estar. Esses exercícios, que podem ser feitos em casa, e estimulam a conexão emocional e de autocuidado. Confira as dicas do psicólogo e filósofo Malone Rodrigues, líder do projeto de meditação do Centro de Pastoral e Solidariedade.
Para meditar, você não precisa de nenhum equipamento especial para praticar e não há contraindicação, independentemente da idade ou do estilo de vida. Para conseguir se desconectar e iniciar uma jornada de meditação, é necessário persistência e paciência, até que a prática leve ao hábito.
É possível meditar sozinho/a, com um professor, utilizando um aplicativo, assistindo a um vídeo na internet, entre outros. Confira dicas que podem facilitar nas primeiras práticas:
Se é importante, está na sua agenda! Reservar um momento ao longo do dia para se desligar do mundo externo e se conectar com você é muito importante. Pode ser ao acordar, para começar o dia com menos ansiedade e mais foco; no meio do dia, para descansar um pouco das tarefas; ou quando for se deitar, para acalmar a mente antes de dormir. Idealmente, um período de 10 a 15 minutos é um ótimo tempo para começar e trazer pequenos benefícios em relação à atenção e à respiração, mas cinco minutos já são suficientes para permitir uma sensação de tranquilidade.
É recomendado separar um espaço onde você possa se sentar com um pouco de tranquilidade, como uma sala, um jardim, um sofá, sendo possível na própria cadeira do escritório, ou até no carro, após estacionar antes de ir para o trabalho, por exemplo.
Na PUCRS, há diversos espaços para você praticar a meditação. A Universidade oferece a sala de meditação no prédio 15 (sala 327), no Tecnopuc (sala 117, prédio 96C), a Capela (prédio 23) além dos jardins, um convite para parar e respirar fundo.
Esqueça a postura que costumamos ver por aí, da pessoa sentada em posição de lótus. Essa posição, em especial, exige treinamento prévio. Para quem está começando, ela pode ser bem desconfortável.
Faça alguns breves e leves alongamentos e comece sentando-se em uma cadeira. Pés firmes no chão, mãos sobre as pernas, o queixo levemente levantado. Apenas tome cuidado para que sua coluna fique reta, sem forçar. O importante é que você consiga achar uma postura que te permita ficar relaxado, mas, ao mesmo tempo, desperto e atento.
É importante aprender a dar uma atenção especial a sua respiração, utilizando os pulmões completamente. Deve ser feita uma inspiração profunda, puxando o ar, inflando a barriga e o tórax, e uma expiração lenta e prazerosa.
O controle da respiração pode não ser fácil no começo, o que é percebido durante a prática, mas é importante que seja confortável e sem forçar, para que não se torne um momento desagradável. Um exercício que pode ser feito é contar até quatro na inspiração, e repetir esse tempo para a expiração.
Na meditação tradicional é necessário encontrar um foco para manter a atenção. Geralmente podemos usar um mantra, que é qualquer som, sílaba, palavra ou frase que deve ser repetida várias vezes para exercer um poder específico sobre a mente e que auxilie a concentração para a meditação.
Na meditação cristã é usada a palavra Maranatha. O importante é que você encontre um ritmo confortável para sua respiração, mantendo o foco total no movimento.
É muito comum que surjam diversos pensamentos durante a meditação, e, neste caso, não se deve brigar com eles, mas sim deixá-los vir e depois partir. Jamais vamos “esvaziar nossa mente”, ela é assim e sempre existirão muitos pensamentos. Com o tempo e a prática, fica mais fácil não se prender aos pensamentos.
O Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS disponibiliza diversas iniciativas e conteúdo para quem deseja inserir a meditação na rotina. Entre as atividades estão podcasts, grupos e programas de mentoria. Mais informações sobre as ações podem ser conferidas abaixo:
O curso presencial MindShift: Mude Seu Padrão Mental e Transforme Seus Resultados ocorrerá neste sábado (14) no TECNOPUC, das 8h às 18h. Esta experiência imersiva combina técnicas de mindfulness com estratégias baseadas em ciência para promover mudanças comportamentais e criação de hábitos saudáveis. Ministrado por Malone Rodrigues e Rodrigo Paganella, o curso visa desenvolver habilidades de resiliência, aumentar a autoconsciência e promover transformações significativas na vida pessoal e profissional dos participantes. Inscreva-se e garanta sua vaga!
A Pastoral da PUCRS convida para a nova turma presencial de Meditação Slow, uma prática voltada para a promoção da saúde e bem-estar. Facilitada por Álvaro Righi de Leonço, a turma acontecerá nas quintas-feiras, de 19 de setembro a 31 de outubro, das 12h10min às 13h, na Sala 327. As inscrições são gratuitas e abertas para todos que desejam explorar técnicas de meditação para desacelerar e encontrar equilíbrio no cotidiano.
Em setembro, mês dedicado à saúde mental, a nova temporada do podcast Respira Fundo já está disponível, trazendo conteúdos enriquecedores sobre bem-estar e autocuidado. Com uma abordagem leve e fundamentada em ciência, o podcast é uma iniciativa da Pastoral da PUCRS e do Grupo de Pesquisa: Avaliação em Bem-Estar e Saúde Mental da Escola de Ciências da Vida e Saúde. Apresentado pelo Prof. Wagner de Lara Machado, pela psicóloga Juliana Markus e pelo Psicólogo e filósofo Malone Rodrigues, o programa oferece uma exploração profunda dos temas de saúde mental, com base em estudos recentes e insights aplicáveis à vida diária. Os episódios estão disponíveis quinzenalmente no YouTube da PUCRS e no Spotify.
A Universidade oferece diversos espaços para estudantes praticarem meditação. / Foto: Giordano Toldo
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GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Foto: Giordano Toldo
Com as energias recarregadas após as férias, o início de um novo semestre é sempre um bom momento para planejar os próximos meses, iniciar projetos e se dedicar àquilo que se deseja conquistar. Com o passar do tempo, porém, é comum que toda essa animação diminua um pouco. Para que isso não impeça a concretização dos planos elaborados nem atrapalhe o rendimento acadêmico, a professora do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Fernanda Faggiani dá algumas dicas para não perder a disposição. Confira:
Quando uma demanda parece ser muito complexa pode se tornar assustadora e desanimadora. Por isso, dividi-la em partes menores é uma boa estratégia para encarar o desafio e visualizar a sua evolução.
Uma das melhores maneiras de se manter disposto é, antes de tudo, lembrar por que você está estudando. Mentalizar o que você deseja a longo prazo pode ser um bom motivador. E, para facilitar ainda mais, use objetivos provisórios durante o caminho, que auxiliem a dar um passo de cada vez.
Em geral é mais fácil ficar motivado se os estudos se tornarem parte da sua vida e da sua rotina diária. Nesse período de distanciamento social essa tarefa pode se tornar mais difícil. Por isso, é importante criar uma rotina que faça sentido para você e que atenda às suas necessidades.
É interessante variar os estudos para manter o interesse. Em alguns dias você pode querer examinar um assunto e, em outros, tentar um tema diferente. Também pode ser útil alternar o estilo, encontrando lugares para estudar e variando o estudo sozinho ou com amigos – você pode usar diversas ferramentas para encontros online para isso, como o Microsoft Teams, que é gratuito para alunos da PUCRS.
Respeite os momentos de descanso e de folga. Evite estudar durante as refeições e crie pausas entre uma matéria e outra para relaxar e retomar o foco. Além disso, é preciso reservar tempo para a família, para os amigos e para fazer exercícios físicos. Tudo isso contribui para manter a saúde física e mental em dia.
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GRADUAÇÃO PRESENCIAL
O luto se manifesta por meio de uma série de reações que envolvem respostar emocionais, cognitivas e comportamentais. / Foto: Envato
A morte de uma pessoa amada é considerada uma das experiências mais difíceis de serem superadas, individualmente e pelo núcleo familiar. A dor gerada pelo rompimento de um vínculo afetivo produz a necessidade de reorganização em uma nova realidade a ser experimentada sem a pessoa que faleceu.
“A perda desencadeia o chamado processo de luto, que pode se evidenciar de diferentes formas e intensidades, conforme o vínculo e o significado de quem nos deixou”, explica Ângela Seger, professora do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS.
A docente explica que o luto se manifesta por meio de uma série de reações que envolvem respostas emocionais (sentimentos de tristeza, culpa, raiva, autocensura, ansiedade, saudade), cognitivas (pensamentos de descrença, confusão, preocupação) e comportamentais (distúrbios do sono, do apetite, isolamento social, agitação, choro, evitação de lembranças).
“Essas manifestações são reações naturais e esperadas, e esse processo precisa ser vivido para as transformações necessárias serem efetivadas”, pontua.
A professora também destaca que, no contexto atual, algumas ações que atuam como facilitadoras para o luto, como acompanhar a pessoa em seus últimos dias, ter a sensação de que fez tudo que podia e realizar os rituais formais de despedida, ficaram comprometidas. “O distanciamento físico, as perdas secundárias e a dificuldade para receber apoio podem tornar este processo mais doloroso e as reações podem se intensificar, exigindo maior atenção do enlutado e sua família”, aponta Ângela.
No entanto, alguns comportamentos podem auxiliar a lidar com as perdas. Confira:
Após uma perda é esperado que sentimentos como medo, tristeza, culpa, raiva e insegurança sejam potencializados e, com isso, alguns comportamentos se evidenciem, como o desejo de ficar só e a sensação de falta de energia ou de motivação, por exemplo. É importante observar que, durante o período de luto, suas emoções são respostas às mudanças ocorridas a partir da falta que a pessoa faz em sua vida. Procure acolher seus sentimentos, sem evitá-los ou suprimi-los.
Procure não se cobrar ou exigir de outros familiares e amigos que as mesmas emoções sejam expressas de igual maneira, pois cada pessoa acessa e demonstra seus sentimentos de forma diferente. Lembre-se que o luto necessita de um período para ser vivido, mas que com o passar do tempo a dor da perda poderá se transformar em saudade.
As relações com pessoas afetivamente significativas são uma importante fonte de suporte emocional. Reforçar as estratégias de contato virtual, aumentando sua frequência, não substitui a relação presencial, mas minimiza a tendência ao isolamento, uma reação que, aliada a tristeza e ao desânimo, pode potencializar o afastamento e o sofrimento.
Manter contato com pessoas com quem você se sente confortável para falar sobre sua experiência e pedir auxílio nas atividades cotidianas que estão mais difíceis de serem realizadas são algumas das estratégias que podem ser utilizadas para que você se sinta acolhido/a.
Construir novas rotinas, preferencialmente que contemplem períodos de atividade mais organizadas (trabalho e estudos) e períodos de descanso e relaxamento, pode contribuir para que você se reestabeleça. Você também pode buscar diversificar as atividades, identificando novas possibilidades de interesse e desenvolvimento de habilidades que gerem satisfação e prazer. Fazer um planejamento objetivo dessas atividades permite que elas sejam “concretizadas” no papel, o que facilita a implementação prática.
Para algumas pessoas, a retomada das atividades pode ocorrer de forma mais rápida, como uma maneira de se conectar com outras pessoas e se ocupar de modo saudável, mas há quem necessite de um tempo maior para isso. Entenda seu próprio tempo e não se culpe.
É importante observar que, durante o período de luto, suas emoções são respostas às mudanças ocorridas a partir da falta que a pessoa faz em sua vida. / Foto: Envato
Durante o processo de luto, há a necessidade de ampliar o autocuidado, pois os impactos produzidos pela perda podem fazer com que sejam alterados hábitos como sono, alimentação e cuidado na manutenção de tratamentos de saúde prolongados. A saúde mental também pode ser afetada, pois o sofrimento desencadeado pode levar ao uso de respostas não adaptativas e à busca de estratégias pouco saudáveis. A identificação e realização de atividades que gerem bem-estar e satisfação podem ser utilizadas e incrementadas conforme o interesse do enlutado.
Algumas pessoas podem encontrar esta sensação de bem-estar, mesmo que de maneira temporária, na leitura de um livro, na música, em uma caminhada, em uma conversa com alguém, na pintura, entre outras. A espiritualidade também pode exercer uma função significativa de conforto e proteção nestes momentos. É importante assinalar que cada pessoa deve se observar e descobrir qual ou quais estratégias respondem melhor a sua necessidade e estão de acordo com seus valores e crenças.
Busque ajuda caso perceba que seu sofrimento está muito intenso, se prolongando ou mesmo impedindo que consiga manter suas atividades, causando muito impacto na sua vida e em suas relações. Outro sinal de que é preciso buscar suporte emocional pode surgir quando as pessoas a sua volta sinalizam que estão preocupadas com sua saúde mental. Esses sinais podem significar que as perdas vivenciadas neste período estejam lhe sobrecarregando e, neste caso, pode ser necessário o auxílio de um profissional qualificado para não haver agravamento das dificuldades.
O Núcleo de Apoio Psicossocial realiza atendimentos a estudantes e professores/as com orientações sobre os cuidados com a saúde mental e seus impactos nos processos de ensino e aprendizagem. O acolhimento está sendo feito por profissionais da Psicologia com apoio da equipe multidisciplinar.
Atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, mediante agendamento pelo e-mail apoio.psicossocial@pucrs.br, pelo telefone (51) 3320-3703 ou diretamente na sala 301 do Centro de Apoio Discente (no 3º andar do Living 360°, prédio 15).
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Para acumular pontos, o/a estudante poderá realizar tarefas desde o momento da inscrição
Escolher qual caminho seguir em um mundo de possibilidades é sempre um dos maiores desafios para estudantes. Por isso, o Open Campus da PUCRS é uma imersão universitária com diversas experiências que tem o objetivo de contribuir nessa escolha. E para deixar tudo mais leve e instigar ainda mais a participação no evento, os/as inscritos/as poderão participar de um desafio no qual os/as primeiros/as 50 colocados do nível Alumni serão premiados.
Desde a inscrição, já é possível acessar conteúdos que irão garantir a preparação para o evento que ocorre no dia 27 de setembro, das 8h às 18h. Entre os assuntos estão como produzir uma boa redação, futuro profissional e muito mais.
Outra forma de conseguir pontos é favoritar as atividades que possui mais interesse e assim personalizar a sua própria programação, além de compartilhar o evento com amigos. Ao longo de todas as etapas também haverá outras atividades surpresas que valerão pontos extras. No dia do Open Campus, os estudantes deverão fazer um check-in ao chegar na PUCRS. Ao participar das atividades da programação o estudante descobre que valem pontos. Quanto mais atividades diferentes realizadas, mais chances de ganhar.
As etapas do Desafio Open Campus valem entre 50 e 1.500 pontos. Conforme o/a participante vai acumulando pontos, ele/a, vai passando de nível, até chegar ao Alumni que o/a deixa mais perto da premiação. Os/as vencedores irão levar para casa uma mochila e caderno PUCRS, squeeze, chaveiro, botton, lápis e caneta e voucher de oportunidades em produtos da Universidade. Os vencedores serão anunciados até o dia 4 de outubro de 2024, através do telefone e e-mail que cadastraram na inscrição do evento.
“Nosso maior objetivo com o Open Campus é proporcionar uma experiência incrível para os estudantes. Com esta dinâmica, acreditamos que a conexão com o evento se dará antes mesmo do dia 27, com a interação com os nossos conteúdos, escolha da programação que o estudante vai querer fazer neste dia, além das surpresas que vamos divulgar até a data do evento”, explica Lidiane Lorenzoni, diretora de Comunicação e Marketing da PUCRS.
A expectativa é que 5 mil estudantes participem da imersão que contará com mais de 200 atividades em todas as áreas do conhecimento, conexão com os professores da Universidade e programações culturais. Neste mesmo dia, os participantes já poderão realizar as suas inscrições para o vestibular da PUCRS que acontecerá em 23 de novembro no formato presencial para todos os cursos.
Para educadores, o Open Campus também tem uma programação especial. Os professores também poderão vivenciar o campus e todas as atividades desse dia. Além disso, terão a oportunidade de conhecer mais sobre como são produzidas as aulas do PUCRS Online. Os professores/as também precisam se inscrever para participar do evento. As inscrições para o Open Campus, dúvidas sobre o evento e o regulamento do desafio podem ser obtidas no site opencampus.pucrs.br ou WhatsApp (51) 98443-0788
Além do show do grupo Syon Trio e do DJ Mik Silva, o Open Campus conta com mais de 200 atividades relacionadas aos cursos da Universidade. A programação do evento oferece diversos como bate-papos, circuitos, oficinas, e tours sobre educação, carreira, espiritualidade, saúde física e mental, e muito mais.
E as atrações não param por aí: o Globo Esporte será transmitido ao vivo direto da PUCRS com os comunicadores da RBSTV.
É importante reservar um tempo para cuidar de você. / Foto: Envato
O Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo: 9,3%, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Um estudo publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU) também destacou que a necessidade de aumento nos investimentos em serviços de auxílio psicológico, devido a maior ocorrência de sintomas de depressão e ansiedade em diversos países.
Para auxiliar quem se sente ansioso, o professor Wagner de Lara Machado, docente da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, reuniu cinco dicas de ações diárias para reduzir esses sintomas. Confira:
Pratique meditação, busque dormir bem e identifique os momentos em que você precisa uma pausa para cuidar de si. Há exercícios (como os de respiração, por exemplo) que auxiliam no controle de crises de ansiedade e no desenvolvimento de um foco no presente, no “aqui e agora”. Além disso, essas práticas auxiliam a desenvolver uma “leitura” de seus estados internos (pensamentos e emoções) e seus sinais corporais (coração acelerado, suor, tremores).
Nem tudo está sob nosso controle, procure aceitar isso. Compreender esse fato pode eliminar boa parte das fontes de nossa ansiedade e frustração. Entenda que há momentos em que você está ansioso/a, mas você não é a sua ansiedade. Não exija de si a perfeição. Busque estabelecer metas em que você consiga dar um passo de cada vez. Valorize seus pequenos avanços. Compartilhe com alguém que você tenha intimidade os seus planos e as suas vitórias em relação ao manejo de sua ansiedade.
Aprenda com sua ansiedade. Identifique as situações ou estímulos que deixam você ansioso/a ou muito estressado/a. Uma boa dica é anotar pensamentos e os sentimentos que se repetem. Gradualmente você passa a entender melhor seu funcionamento e pode ir modificando seus pensamentos. Você começará a examiná-los e questionar o quão são justificáveis. Nesta etapa, considerar uma ajuda profissional é fundamental.
Reduza alimentos com cafeína, açúcar, estimulantes e industrializados. Eles podem ser um “gatilho químico” para a ansiedade, ativando em excesso seu sistema nervoso. Faça exercícios físicos regularmente. Entre tantos outros benefícios, a prática de exercícios auxilia na regulação das emoções.
Conheça suas habilidades e procure ampliá-las e desenvolvê-las. Reconheça a melhor versão de si e trabalhe para cultivá-la. Estudos indicam que se envolver em atividades voluntárias, exercitar a gratidão e o otimismo (esperar os melhores resultados mediante engajamento nas tarefas), envolver-se em atividades que geram absorção (concentração, dedicação) e afetos positivos (alegria, realização, tranquilidade) promovem a saúde e diminuem significativamente os efeitos de problemas como a ansiedade.
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Maior bioma do Brasil, a Amazônia contribui para a regulação do clima e abriga uma vasta biodiversidade. / Foto: Juvenal Pereira/WWF Brasil
Representando dois terços das florestas naturais do Brasil e cobrindo quase 50% do território brasileiro, a Amazônia é o maior bioma do País. Com extensão aproximada de 421 milhões de hectares, sendo a principal floresta tropical do mundo, o ecossistema concentra uma vasta biodiversidade.
Celebrado nesta quinta-feira, 5 de setembro, o Dia da Amazônia busca alertar para a necessidade de preservação do bioma, um dos mais valiosos patrimônios naturais da humanidade. Apenas em agosto de 2024, a floresta registrou mais de 38 mil focos de incêndio. A fumaça decorrente das queimadas na Amazônia tem afetado diversos municípios do norte do país.
O professor da Escola de Ciências e Saúde da Vida Pedro Maria de Abreu Ferreira explica que a Amazônia é essencial para o equilíbrio climático e a floresta contribui para a manutenção e distribuição da umidade em todo o continente.
“As árvores da floresta retiram água da terra para uso no metabolismo em todas as partes da planta. A água é levada até as folhas, onde é liberada na atmosfera em forma de vapor. Esse vapor concentrado acima das copas das árvores, aliado à umidade que vem dos oceanos, forma o que conhecemos como ‘rios voadores’, responsáveis pela distribuição da umidade acumulada. Esse fenômeno cria situações interessantes, como a ausência de desertos ao leste da Cordilheira dos Andes, por exemplo, onde se esperaria que ocorressem formações desérticas semelhantes às dos demais continentes”
Apenas em agosto de 2024, a floresta registrou mais de 38 mil focos de incêndio. / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A redução contínua de área florestal, provocada pelo desmatamento, pode levar a consequências catastróficas, além de gerar alterações na dinâmica de umidade. O professor explica que com a redução do número de árvores, o efeito de translocação da umidade do solo para a atmosfera será reduzido, bem como o efeito de atração de umidade oceânica que a floresta como um todo promove.
“O aporte de chuva proveniente dos rios aéreos, principal fonte de umidade para muitas áreas importantes para as atividades de agricultura, por exemplo, reduzirá ou até mesmo cessará. Não sabemos quando isso acontecerá, ou o quanto de floresta pode ser removida sem que isso ocorra. Mas, quando ocorrer, estaremos possivelmente em um ponto sem retorno, com consequências continentais”, alerta.
De acordo com levantamentos do Mapbiomas, entre 1985 e 2022, a perda líquida de cobertura de floresta na Amazônia foi de 67,4 milhões de hectares (15,2%).
O professor da Escola de Ciências e Saúde da Vida enfatiza que a produção científica é primordial para expandir o conhecimento sobre o ecossistema e a biodiversidade.
“As reduções drásticas no financiamento à pesquisa que estão ocorrendo sistematicamente no Brasil só contribuem para a perda cada vez mais acelerada de áreas naturais, incluindo a Floresta Amazônica. Para utilizarmos o potencial dos ecossistemas, precisamos conhecê-los. Para conhecê-los, precisamos pesquisá-los.”
Segundo Pedro, a ciência conhece apenas uma pequena fração de toda a biodiversidade amazônica. Ele também destaca muitas das espécies que estão neste momento sendo extirpadas da natureza pelo desmatamento ou pelas queimadas relacionadas não são conhecidas, ou seja, nunca foram coletadas e formalmente descritas.
“Além de seu valor intrínseco, esta biodiversidade desconhecida tem um valor potencial inestimável no sentido de uso pela sociedade humana. Novos fármacos, cosméticos, e materiais de interesse para a engenharia são apenas alguns exemplos dos potenciais de aplicação”, aponta.
Além da atuação científica, a ação e participação da sociedade é indispensável para a preservação. A PUCRS conta com pesquisadores que realizam estudos sobre o bioma, além de também possui iniciativas voltadas para sustentabilidade, como o Instituto do Meio Ambiente (IMA): criado em 1998, ele tem como objetivo desenvolver projetos de pesquisa e extensão voltados para a conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos
“Há diversas organizações nacionais e internacionais que têm como principal objetivo a conservação da biodiversidade da Floresta Amazônica. Participar ativamente destes grupos é um caminho. Mas, antes disto, penso que o mais importante seja buscar informação. Só se conserva o que se conhece”
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Além da tensão envolvida nos exames em si, a escolha de carreira é motivo de muita ansiedade entre os jovens
Milene acompanhou a filha Helena durante as atividades da última edição do Pré-Grad, evento onde estudantes do Ensino Médio vivenciam uma semana de atividades no Campus da PUCRS. / Foto: Giordano Toldo
Quando os filhos são crianças, a questão “o que você quer ser quando crescer?” é parte comum dos diálogos, e é geralmente levada de forma leve. No entanto, quando eles crescem e chega a hora de tomar decisões importantes, como a escolha de um curso superior, essa pergunta passa a exigir uma resposta séria — o que mexe com a ansiedade e as emoções de muitos jovens. É neste momento que as certezas se dissolvem e podem surgir sentimentos de insegurança, de se sentir perdido e de não saber o que fazer. Por isso, o apoio da família é fundamental.
Para Andreia Mendes, professora do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, a escolha profissional é um assunto que, além de surgir muito cedo no ambiente familiar, também é carregado de fantasias, idealizações e projeções. “Há um desejo (inconsciente) do adulto de que a criança seja sua melhor versão, ou até de que ela seja melhor que ele”, explica a docente. A escolha de um curso muitas vezes é encarada como uma opção para toda a vida, mas muitas vezes não é assim.
“Uma escolha não pode ser confundida com uma certeza e muito menos considerada como prenúncio de sucesso profissional. Além disso, as profissões têm se modificado muito e não raro não precisam ser genuínas; ou seja, hoje os profissionais se fazem por meio de trilhas e escolhas que vão construindo a sua profissionalidade. Mas, enquanto jovens, nossos filhos ainda não sabem disso”.
Nesse momento tão marcante e intenso na vida de muitos adolescentes, a presença da família como rede de apoio é crucial. No entanto, Andreia alerta: isso não deve ser confundido com superproteção, mas sim ser um efetivo encorajamento. Além disso, essa postura dos pais não deve se dar apenas no momento da escolha do curso, pois se esse movimento já vem sendo recorrente durante todo o desenvolvimento e crescimento do indivíduo, essa e outras decisões podem ser enfrentadas de forma mais tranquila.
Trocas, vínculos e confiança familiar: estes elementos são o alicerce para o diálogo e um componente fundamental para famílias funcionais. Claro que, como em qualquer relação, haverá discordâncias e conflitos, mas também sempre haverá o respeito. É neste ambiente de diálogo que os medos e inseguranças do jovem podem ser compartilhados, vistos e dissipados de forma saudável. É papel da família buscar respostas a estes questionamentos, tirando dúvidas, buscando outras informações e apoiando. Além disso, é essencial que se passe ao indivíduo a noção de que escolhas são apostas – mas também que, se ao conhecer mais profundamente o curso ele se der conta de que não é bem isso, sempre existirá o apoio da família.
“Pais são as primeiras referências dos filhos. Sentir ressonância de suas dúvidas no apoio da família é fundamental para superar estas inseguranças naturais, uma vez que demandam escolhas com impacto no futuro. Os pais não são responsáveis em dar as respostas aos filhos, pelo contrário: não devem escolher por eles, mas mostrarem-se fortes o suficiente e respeitosos por suas escolhas”, pontua Andreia.
Ela ainda destaca que o apoio dos pais, nos dias dos exames, pode vir também de formas práticas, como uma carona, um bom café da manhã e um lanche para ser consumido durante ou após as provas. “Outro aspecto importante é evitar conflitos nestes dias, ou próximo deles. O estudante deve estar concentrado na tarefa”, ressalta ela. E, claro, a motivação e o encorajamento também são importantes, como um “não faz mal”, se as coisas não saírem como planejadas. Todo apoio é muito positivo!
As maiores intempéries emocionais que os adolescentes enfrentam em época de vestibular são a insegurança e a ansiedade – e ambas estão interligadas. Esses sentimentos desorganizam a mente, podendo nos paralisar e criar rotas de fuga. Há algumas formas de identificar sinais dessa confusão mental, segundo a professora Andreia:
“Normalmente a agitação, crises de choro e agressividade são sinais de que algo não vai bem. Mas o silêncio, a apatia e o desinteresse também são indicativos importantes”.
Nesse contexto, a melhor maneira para os pais contribuírem é criando um ambiente positivo, valorizando seus filhos e deixando claro que a aprovação não é um compromisso e enfatizando todas as suas conquistas anteriores – essas atitudes de suporte fazem toda a diferença. Algumas estratégias para construir um ambiente de apoio eficaz em casa são a tranquilidade, a atenção às rotinas e, claro, o suporte emocional. Descansar, criar momentos de lazer e relaxar também são fundamentais para criar uma atmosfera positiva – mas sem deixar de lado a revisão de conteúdos, que pode ser uma boa atitude.
Andreia dá algumas dicas de como os pais podem criar um plano de estudos equilibrado para os filhos, tendo consciência de que eles não são mais crianças, tomam decisões (como a escolha profissional), devem ter autonomia e possuem uma ampla experiência anterior de vida escolar.
“O familiar deve dar suporte ao estudante, no entanto, é fundamental que esta organização faça sentido ao próprio vestibulando. Por exemplo, algumas pessoas preferem estudar a noite, outras dormem cedo e acordam também cedo para revisar os conteúdos. Qual o melhor modelo para o estudante? Esta é a pergunta principal. A partir disso, podemos organizar o ambiente, preparar materiais de apoio e garantir um contexto tranquilo para o estudo. Caso o jovem não esteja conseguindo se organizar sozinho, sempre junto dele, o adulto pode discutir possibilidades, seja na organização de um plano, onde dias, horários e conteúdos são contemplados; disponibilizar provas anteriores para que ele faça exercícios, entre outros”, explica.
Por fim, a docente alerta sobre os riscos de os pais pressionarem demais os filhos durante a época de vestibular: isso pode desencadear um aumento da ansiedade e da insegurança, que por sua vez pode ativar mecanismos de fuga, como o “apagão” ou rotas de fuga – como não acordar no horário ou perder o ônibus, por exemplo. Apesar de ser normal que os pais anseiem pelo futuro dos filhos, os próprios adolescentes também estão nervosos nesse momento. Por isso, a conversa na família é essencial.
“São os pais que têm, nesse momento, melhores condições de acompanhar o jovem. Não tome o assunto vestibular como a única pauta da família, e não esqueça de se mostrar totalmente disponível se o jovem quiser conversar ou precisar de algum auxílio. O carinho é fundamental. Esteja junto, mesmo que em silêncio; disponível – mesmo se estiver muito ocupado – e atento! Valorize, mostre quantos desafios já foram superados, e apoie seu filho!”, finaliza.
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