A quarta edição da pesquisa “Quem é o estudante da PUCRS?”, liderada pela Pró-Reitoria de Identidade Institucional (PROIIN), através do Grupo de Pesquisa do Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista, já está disponível e pode ser respondida por alunos/as da graduação presencial até o dia 29 de outubro.
O estudo, que busca conhecer e entender o perfil de quem estuda na Universidade, soma-se ao processo de melhorias e de inovação na oferta de ensino e serviços da Universidade, além de contribuir nos direcionadores estratégicos da instituição.
Podem participar todos/as os/as estudantes de graduação presencial maiores de 18 anos e com matrícula ativa na PUCRS. Quem participou nos anos anteriores, está convidado/a a responder o questionário de 2023. O objetivo é acompanhar as variações que podem ter ocorrido nesse período.
Para responder, basta acessar a pesquisa por meio deste formulário online. É preciso concordar com o termo de consentimento e disponibilizar alguns minutos para o preenchimento das informações. A participação é anônima, não sendo necessário se identificar. Para mais informações ou dúvidas, contate o e-mail observatóriojuventudes@pucrs.br.
Programa de Bolsas em Licenciaturas da Escola de Humanidades beneficiou 160 estudantes em 2022/ Foto: Bruno Todeschini
O Programa de Bolsas de Formação Inicial em Licenciaturas, viabilizado após a participação e seleção da Escola no Edital 66/21 SEB/MEC, possibilitou à Escola de Humanidades da PUCRS a concessão de 160 bolsas nos cursos de Licenciatura em Pedagogia, Letras Português e Ciências Biológicas no primeiro semestre de 2022, quando o projeto foi iniciado. “Dos selecionados, muitos já atuam como docentes ou educadores sociais, da educação infantil ou anos iniciais, mas não têm formação superior”, explica Ana Regina Soster, professora da Escola de Humanidades e coordenadora do projeto. Logo, a ideia é que a iniciativa contribua para a qualificação do ensino básico, principalmente nas escolas públicas.
Conhecida como a “profissão que forma todas as profissões”, a docência exerce um papel fundamental na construção da sociedade. No entanto, sofre com constante desvalorização – além da baixa procura: os cursos de licenciatura são cada vez menos almejados pelos jovens. Segundo uma pesquisa da Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp), o déficit de professores em todas as etapas da educação básica pode chegar a 235 mil em menos de vinte anos. O estudo também aponta que o número de ingressos em cursos presenciais de licenciatura caiu 37,6% na última década. Tudo isso impacta na qualidade da educação e no futuro do País – considerando esse movimento, a Escola de Humanidades busca incentivar a formação de novos professores da educação básica.
O projeto foi construído tendo como base um conjunto de ações de apoio e de formação, como seminários integrados, palestras, oficinas e vivências nas escolas de educação básica. Ana Regina explica que os cursos de licenciatura da Escola de Humanidades passaram por uma grande reestruturação curricular implantada no primeiro semestre de 2020. Com base na aprendizagem pela pesquisa e em um forte caráter interdisciplinar, as licenciaturas possuem, em seu primeiro semestre, disciplinas em comum com todos os cursos. Essas disciplinas contemplam um olhar sobre o contexto social mundial e principalmente nacional. Entre elas, estão: Leituras de Brasil; História, Tempo e Memória e Demografia e Sustentabilidade.
A Iniciação à Docência, na qual os alunos vivenciam experiências em escolas, é realizada do 1º ao 5º semestre. Em todas as etapas da iniciação, os alunos recebem acompanhamento de professores do Núcleo de Iniciação à Docência (NID) da Escola de Humanidades, que possuem experiência com atuação na educação básica em diferentes áreas do conhecimento. A professora ainda ressalta que o contato com alunos de diferentes realidades é fundamental para a construção da consciência social dos estudantes de licenciatura.
Iniciação à Docência contribui para a formação prática dos estudantes de licenciatura/ Foto: Bruno Todeschini
“São estas vivências que aproximam nossos licenciandos da realidade da comunidade escolar, contribuindo para o reconhecimento das dificuldades, possibilidades e para o amadurecimento ao longo do processo na construção de um trabalho coletivo, com projetos interdisciplinares que contribuam de modo mais efetivo nas salas de aula das redes”, destaca.
Ana também comenta a importância do conhecimento e experiência prévios dos alunos que já atuavam na docência antes mesmo de ingressarem na licenciatura:
“A educação é um processo de mão dupla. Como colocado por Paulo Freire: ‘quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender’. Partilhar as experiências vividas, observar a própria prática docente com base na formação construída na universidade são partes do processo de ensino aprendizagem”, pontua a professora.
A divisão das disciplinas de iniciação à docência é feita da seguinte forma:
O Centro de Apoio Discente da PUCRS também integra o projeto e vem contribuindo tanto na perspectiva pedagógica, quanto na socioemocional. O serviço da Universidade atua por meio de três núcleos: o Núcleo de Apoio à Aprendizagem, que oferece monitorias em diversas disciplinas, além de oficinas e atividades extracurriculares; o Núcleo de Apoio à Educação Inclusiva que executa ações para promover o acesso e a permanência de alunos com transtornos de aprendizagem, deficiências e outras necessidades; e por fim, o Núcleo de Apoio Psicossocial que promove o acolhimento e a escuta qualificada para prevenção, intervenção e mediação de questões relativas à saúde mental dos alunos. “Esses núcleos muito têm contribuído para que as(os) estudantes possam superar as dificuldades e consigam usufruir das melhores condições para alcançar o resultado desejado: a conclusão da graduação prevista para o segundo semestre de 2025”, celebra Ana.
Projetos de incentivo à docência são fundamentais para a valorização da profissão/ Foto: Bruno Todeschini
Ana Regina acredita que projetos de incentivo à formação docente, como a iniciativa da Escola de Humanidades, são essenciais para retomar a valorização da profissão. Apesar de várias universidades, em especial as comunitárias, se esforçarem para manter os cursos de licenciatura, a baixa procura pela formação docente faz com que muitos deles acabem sendo descontinuados. Para a professora, é fundamental que os diferentes setores e estruturas de poder da sociedade compreendam a gravidade dessa situação e percebam a importância da educação como um investimento a longo prazo.
“Precisamos valorizar a profissão como carreira, entendo que a graduação é parte de um processo de formação continuada. Não teremos resultados positivos nas provas aplicadas aos estudantes da educação básica se não investirmos pesadamente em formação inicial e continuada, valorização da carreira docente, qualificação das escolas e suporte aos estudantes em todos os níveis para que permaneçam nos bancos das escolas e universidades”, afirma ela.
No entanto, ela pontua que traduzir para a sociedade a importância da formação de novos docentes é um desafio. É necessário um esforço conjunto de universidades e escolas, tanto públicas como privadas, para debater as dificuldades não só de formar novos docentes, mas também de estimular aqueles já formados em diversas áreas do conhecimento, já que muitos não são mais atuantes no mercado, como professores.
“Na sociedade complexa, ambígua, volátil e incerta na qual vivemos, uma formação que não contemple o reconhecimento da interdisciplinaridade, do trabalho colaborativo, do aprender pela pesquisa, do domínio das tecnologias e da inovação não atenderá as necessidades da realidade”, finaliza.
Estude na Escola de Humanidades
Tathyana Tonniges é formada em Administração pela PUCRS e atualmente cursa Enfermagem na Universidade/ Foto: Giordano Toldo
Nunca é tarde para voltar a estudar ou incluir essa rotina no dia a dia. De acordo com o levantamento feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), houve um crescimento de 93,84% de pessoas com mais de 40 anos que entraram na universidade no período de 2011 a 2022. Atualmente, elas representam 13,4% de todos os estudantes universitários do país. Embora possa parecer intimidante retornar à sala de aula, essa decisão demonstra coragem e passa pela busca do autodesenvolvimento contínuo.
Conciliar compromissos como trabalho e família com as demandas acadêmicas pode ser uma das maiores dificuldades para os alunos 40+. Para facilitar essa experiência, a líder de Talentos do PUCRS Carreiras, Bruna Lira, destaca que é importante saber gerir o tempo da melhor maneira possível.
“O aluno precisa elencar prioridades e criar uma lista de tarefas para melhorar o gerenciamento de tempo, anotando tudo o que precisa ser feito. Organizar as atividades a partir de um cronograma também contribui neste momento. E, claro, também é importante ser flexível consigo mesmo, sabendo que os contratempos podem acontecer”.
Por já possuírem uma vivência profissional e terem acumulado diversas experiências ao longo da vida, os estudantes dessa faixa etária possuem diferentes motivos para retornar ao mundo universitário: cursar uma graduação que aperfeiçoe ainda mais a carreira, realizar um sonho que ainda estava no papel ou mudar totalmente de profissão são algumas delas. Na semana em que comemoramos o Dia do Estudante, a PUCRS apresenta a história de alunos/as que, aos 40+, optaram por ingressar no mundo universitário.
Foi a partir da organização do seu tempo que Tathyana Tonniges, estudante do Curso de Enfermagem da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, conseguiu voltar para a Universidade. Formada em Administração em 2014, também pela PUCRS, decidiu mudar para a área da saúde. Para ela, a disciplina é uma estratégia fundamental para conciliar a vida pessoal e a universitária.
“Eu fiz uma escolha no momento em que decidi estudar. Precisei conciliar uma rotina com emprego, afazeres domésticos e vida pessoal. Todos nós, em algum momento da vida, passamos por uma fase que exige um pouco mais de sacrifício, e onde é necessário abrir mão de alguma coisa, porque no final sempre vem a recompensa. Tenho certeza de que o caminho que eu escolhi já está rendendo bons frutos. A troca de experiências com as pessoas de todas as idades, sejam mais jovens ou mais velhas, sempre é válida. Tenho colegas maravilhosos na minha turma, com pensamentos diferentes, mas com uma conexão e sinergia que andam juntas”.
A satisfação de Tathyana hoje é tão grande que a futura enfermeira quer continuar na vida acadêmica, cursando mestrado e doutorado na área.
Laura Medina é jornalista e hoje cursa Psicologia na PUCRS/ Foto: Giordano Toldo
Voltar a estudar depois dos 40 anos é um desafio pela rotina corrida entre trabalho, aulas e vida pessoal. No entanto, contar com o apoio da família torna esse trajeto bem mais fácil. Marilda Blauth é formada em Turismo pela PUCRS. Em 1986 ela trabalhava em uma agência de viagens e resolveu investir nos estudos na área. Apesar das dificuldades financeiras, finalizou a primeira graduação otimista. “Mesmo sendo difícil conciliar estudo, trabalho e família, terminei o curso pensando que faria tudo novamente, pois me apaixonei por este ambiente acadêmico, de pesquisa e convivência com os colegas”.
Cerca de 20 anos depois, durante a pandemia da Covid-19, ela decidiu que retomaria os estudos. Hoje é aluna do Curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e se prepara para fazer a mobilidade acadêmica em Portugal ainda neste semestre. Com o apoio da família, conseguiu dar continuidade a essa etapa, que iniciou de forma online.
“Foram eles que me incentivaram e me ajudaram muito nas questões tecnológicas. Pensamos juntos em um local onde eu pudesse assistir às aulas sem distrações. Também nos revezávamos nas tarefas diárias. Quando voltei ao modelo presencial, tive que me readaptar novamente, mas continuei tendo todo o apoio necessário”.
Bruna Lira reforça a importância de contar com uma rede de apoio que funcione como uma base para que os/as estudantes possam continuar na procura pelo conhecimento. “É claro que neste momento de vida o tempo destinado a essas atividades é mais curto que na juventude, por isso, além da organização, é preciso buscar suporte em uma rede que auxilie no cuidado com os filhos, com a casa e com as atividades da vida adulta”, ressalta.
Laura Medina decidiu mudar o foco profissional aos 50 anos. Depois de uma carreira de sucesso, tendo passado por diversos veículos e sendo reconhecida pela apresentação de programas com foco em saúde, a jornalista resolveu apostar em uma nova paixão: a psicologia.
“Dividir o meu tempo com pessoas mais jovens me renova e me faz sentir em um processo de transformação. Aos 56 anos de idade percebo um novo caminho na minha fase de vida. É um momento que serve como um dispositivo para iniciar uma construção amorosa da minha velhice”.
Voltar à universidade após os 40 anos é poder aproveitar toda a experiência de vida para apostar novas fichas em diferentes possibilidades. “A psicologia é uma profissão que permite entrar no mercado de trabalho em qualquer fase da vida. O curso também é um campo inesgotável de estudo, basta querer”, destaca Laura.
Atualmente com uma rotina flexível de trabalho, a jornalista também ressalta a importância de uma organização que facilite a vida. “Não tenho uma carga horário fixa, mas atendo algumas empresas e eventos. Em casa, possuo horários para as tarefas e um tempo para curtir a família. Não é fácil conciliar tudo. Quando não consigo, respiro fundo e está tudo bem, sigo em frente, com calma, sem cobranças como eu fazia no passado. Viva a maturidade!”, brinca.
Para Laura, a troca com professores e colegas contribui na formação, possibilitando um aprendizado além da grade curricular.
“É enriquecedor a troca de saberes, o aprendizado com a experiência do outro e o compartilhamento de ideias. Está sendo uma bela experiência de vida conviver com colegas bem mais jovens do que eu”.
Objetivo do projeto é entregar um dispositivo eletrônico para contribuir com a proteção das vítimas. / Foto: Giordano Toldo
Um termo de cooperação assinado entre o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e a PUCRS prevê a criação de um aplicativo para proteção de vítimas de violência. A produção será feita pela Agência Experimental de Engenharia de Software (Ages) da Escola Politécnica, composta por estudantes e docentes. O acordo foi celebrado na última semana, em visita à Reitoria.
O objetivo final do projeto será entregar para a população um dispositivo eletrônico para promover a informação, o exercício de direitos e a proteção das vítimas. Além disso, o software também deverá cumprir a função de alimentar o sistema com provas e documentos que serão encaminhados, posteriormente, para a Polícia Civil e para o Ministério Público.
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A viabilização da parceria entre o Ministério Público e a Universidade iniciou por ação da promotora de justiça Márcia Villanova, que atua na Promotoria de Justiça Criminal de Viamão.
“O termo de cooperação com a Ages, da PUCRS, representa a integração dos órgãos de segurança e o uso da tecnologia para uso da informação em prol das vítimas”, disse a promotora.
Parceria foi firmada entre a Universidade e o Ministério Público do Rio Grande do Sul / Foto: Giordano Toldo
O reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, destaca que a PUCRS tem atuado prontamente junto do Ministério Público e outras instituições em busca de soluções que contribuam com questões sociais.
“A inovação, geração de impacto e valor para a sociedade são nossos norteadores essenciais. O trabalho de nossos estudantes e colaboradores da Ages que estarão empenhados na busca de mais uma solução, de tamanha importância quanto essa, é uma grande tradução do nosso compromisso em ensinar para a vida, ensinar para a busca de soluções para questões reais da sociedade e que impactam no dia a dia das pessoas. Nossos laboratórios estão sempre a serviço”, afirma.
Já o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Luciano Vaccaro, participou da assinatura e destaca que o termo de cooperação possibilitará ao Ministério Público um avanço na proteção das vítimas de crimes, com possibilidade de troca mais ágil de informações e até mesmo a obtenção de provas.
O objetivo da ferramenta é difundir o direito das vítimas de violência sustentadas em três pilares: informação, exercício de direitos e proteção das vítimas. Os integrantes da Ages devem trabalhar na versão inicial do software ainda em 2023.
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Núcleo de Prática Jurídica da Escola de Direito proporciona aos alunos vivências práticas da profissão/ Foto: Igor Bandera
O mercado de trabalho em Direito possui, sem dúvidas, uma ampla gama de possibilidades de atuação – especialmente considerando as constantes transformações da área e da sociedade como um todo. A Escola de Direito da PUCRS proporciona aos seus alunos e alunas a oportunidade de unir a teoria aprendida em sala de aula com a prática e, assim, experienciar o mercado de trabalho já durante a graduação – além de gerar impacto positivo na sociedade. Essa é a proposta do Núcleo de Prática Jurídica, que tem como objetivo proporcionar aos estudantes experiências em diversas áreas do Direito – e, para muitos, o primeiro contato com a profissão. Além disso, todos os serviços prestados pelos alunos no Núcleo são oferecidos de forma gratuita à comunidade, democratizando o acesso a atendimento e soluções jurídicos para a população.
Cloves Egídio Knob, encarregado do Núcleo de Práticas Jurídicas, destaca a importância desse espaço como serviço à comunidade:
“Trata-se de prática jurídica real, pois alunos vivenciam a rotina de um escritório de advocacia, mediante o atendimento da comunidade hipossuficiente que necessita de atendimento jurídico. Dessa forma, a Universidade e os estudantes prestam um relevante serviço à comunidade”.
Ele também destaca que as experiências vividas pelos alunos nesses espaços são fundamentais para prepará-los para o mercado de trabalho. Afinal, os estudantes atuam de variadas formas, desde o atendimento ao assistido, passando pela discussão do caso, elaboração de peças processuais, até o acompanhamento de audiências e julgamentos.
“Eles desenvolvem competências comportamentais do profissional do Direito, como postura, ouvir o cliente, trabalhar e discutir o caso em grupo, bem como competências inerentes para o profissional, desenvolvendo seu raciocínio jurídico”, destaca.
O coordenador do curso de Direito, Elton Somensi, ressalta que há habilidades e competências necessárias para a prática jurídica e que precisam ser vivenciadas para um efetivo aprendizado, como: interpretar e aplicar as normas da ordem jurídica, dialogar e argumentar em um contexto de diversidade e pluralismo cultural, identificar e apresentar soluções para os conflitos e trabalhar em grupo. No Brasil, hoje em dia, a maioria dessas experiências acontece em estágios fora das instituições de ensino. “O mesmo acontece na PUCRS, mas temos um diferencial que poucas instituições possuem: nosso Núcleo de Prática Jurídica oferece oportunidades que são complementares e até mesmo suprem a necessidade de recorrer a um estágio fora”, pontua.
Elton ainda acrescenta que os espaços do Núcleo estão passando por renovações, a fim de oferecer aos alunos uma experiência jurídica ainda mais completa.
“Além do contato com a comunidade e uma vivência da pluralidade de realidade socioeconômico e cultural, estamos ampliando nossas parcerias com órgãos públicos e escritórios de advocacia, por meio das quais esta vivência também permitiram uma efetiva inserção no mercado de trabalho. Os escritórios, por exemplo, vão acompanhando, recrutando e preparando os estudantes em vistas a uma futura contratação”, conta ele.
Espaços do Núcleo de Prática Jurídica oferecem serviços de assistência jurídica gratuita à comunidade/ Foto: Giordano Toldo
Segundo dados da Defensoria Pública, 25% da população brasileira está à margem do sistema jurídico e se encontra impedida de acessar seus direitos civis, sendo boa parte dessa população em situação de vulnerabilidade econômica e com renda familiar de até três salários-mínimos. O objetivo do Núcleo de Práticas Jurídicas é justamente ajudar a modificar essa realidade. Em entrevista à GaúchaZH, Felipe Kirchner, professor da Escola de Direito, comentou sobre o que, para ele, é o verdadeiro papel do Direito na sociedade:
“O Direito costuma ser pensado por um viés um tanto elitista, mais relacionado a questões empresariais. Isso, no entanto, é a exceção. O Direito na verdade é um método de resolução de conflitos para o cidadão comum. E é essa uma das vivências que o aluno deve ter na universidade. Ele pode ser advogado, defensor, promotor, juiz e precisa aprender a lidar com essa realidade”, pontua ele.
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Os espaços do Núcleo de Práticas Jurídicas perpassam e já perpassaram a trajetória acadêmica de muitos estudantes da PUCRS – e alguns deles contam suas experiências. Thiago Pauletti, que integrou o Serviço de Assistência Jurídica Gratuita (SAJUG), afirma sentir orgulho de ter participado do serviço.
“Foram apenas seis meses, mas cada pessoa que necessitou do meu auxílio foi de extrema importância, mal sabem elas que me auxiliaram em um grau ainda maior. E nada disso seria possível sem as orientações da professora Dora e da equipe fantástica.”
Thales Moura, também alumni do curso de Direito, também fez parte do SAJUG e destaca o serviço como um diferencial, pois possibilita que os alunos sejam os protagonistas das atividades.
“A minha experiência no SAJUG foi fundamental para chegar aonde estou hoje, pois foi o contato mais próximo que tive da realidade prática de um escritório de advocacia. A equipe qualificada de profissionais que trabalha junto aos professores, fornece todo suporte durante as aulas. Atualmente trabalho em um escritório de advocacia e faço parte do Núcleo de Integridade e Compliance e a PUCRS faz parte desta minha conquista.”
Maria Jucelia, que está cursando o 8º semestre, acredita no impacto da experiência no desenvolvimento das relações humanas, bem como de competências como comunicação, negociação, relação interpessoal, capacidade analítica e estratégica.
“A experiência no SAJUG foi divisora de águas para o encontro do meu propósito na área jurídica. É gratificante a satisfação das pessoas quando atendidas, e ver que elas indicam nosso serviço prestado para a comunidade. Isso representa mais que responsabilidade social, é a essência dos valores maristas.”
Amanda, que está no 10º semestre, afirma que está sendo uma excelente oportunidade de aplicar de forma prática os conhecimentos aprendidos em sala de aula.
“O excelente corpo docente, a dinâmica dos atendimentos e a constante interação com os procedimentos jurídicos me permitiram adquirir um conhecimento que vai além dos bancos da universidade. O aprendizado adquirido ao longo desse semestre engrandece as perspectivas futuras, tanto para vida profissional como acadêmica.”
SAJUG, Balcão do Consumidor, JEC e SADHIR são os espaços que integram o Núcleo de Prática Jurídica/ Foto: Giordano Toldo
O Núcleo de Prática Jurídica conta com espaços de aprendizagem focados em diferentes ramos do Direito. São eles:
No SAJUG, os alunos realizam práticas jurídicas reais, por meio de atividades filantrópicas que envolvem atendimento jurídico gratuito à comunidade vulnerável (com rendimento de até dois salários-mínimos) com processos que tramitem nos foros Partenon ou Central, nas áreas família, cível e penal. Os estudantes realizam os atendimentos no gabinete, em grupos, sempre supervisionados por um professor – são aproximadamente mil atendimentos por semestre. Além disso, realizam uma avaliação durante o semestre, nos mesmos moldes da prova da OAB, e no final entregam um relatório das atividades realizadas.
Iniciativa fruto do convênio entre a PUCRS e o PROCON-RS, o Balcão do Consumidor é dedicado a resoluções de eventuais reclamações nas relações de consumo, promovendo atendimento aos cidadãos em relações que não obtiveram êxito na relação contratual. Entre as atividades exercidas pelos alunos estão: esclarecer, conscientizar, educar e informar o consumidor sobre seus direitos e deveres. Além disso, também orientam, recebem, analisam e encaminham reclamações, consultas e denúncias, facilitando o exercício da cidadania por meio da divulgação dos serviços oferecidos. Os alunos realizam o atendimento e intermediam o contato com as empresas envolvidas, sempre orientados por um professor, que está presente no dia do atendimento. O Balcão do Consumidor atende aproximadamente 100 casos por semestre, sendo em torno de 70% dos conflitos resolvidos pelos alunos.
No JEC, os alunos atuam junto ao Cartório do Juizado, fazendo acompanhamento de audiências e do andamento de processos. O serviço atua como parte da Justiça descentralizada para causas reais de menor complexidade, sendo de grande valia para a população mais vulnerável, principal beneficiária dos atendimentos promovidos pelo JEC – em torno de 500 por semestre. Os alunos atuantes no espaço têm a disponibilidade do professor responsável pelo Juizado para orientá-los e tirar dúvidas.
O SADHIR é um projeto de extensão universitária que conta com a participação de alunos dos cursos de Direito e Relações Internacionais, oferecendo aos alunos uma experiência de acolhida humanitária e promoção dos direitos humanos aos imigrantes em situação de vulnerabilidade – o atendimento é feito tanto de forma presencial quanto online. O SADHIR presta uma assessoria que transcende a esfera jurídica, atuando em rede com diversas entidades da sociedade civil, e também valorizando a esfera acadêmica. O grupo organiza um congresso intitulado “Direitos Humanos e Migrações Forçadas”, que no ano de 2023 contará com a sua sétima edição. Para atuar no SADHIR, os alunos precisam passar por um processo seletivo, e os que ingressam ganham a oportunidade de exercer as atividades de acolhida humanitária durante todo o período do curso.
ESTUDE DIREITO NA PUCRS AINDA 2023
O Vestibular 2024 da PUCRS já tem data marcada: as provas irão acontecer presencialmente no dia 18 de novembro, no Campus da Universidade. A avaliação para quem se inscreveu para curso de Medicina será no mesmo formato dos anos anteriores, com questões de múltipla escolha e redação. Já o vestibular para cursos das demais áreas do conhecimento permanece sendo uma redação. As inscrições para o Vestibular 2024/1 da Graduação Presencial começam no dia 28 de setembro.
A partir de agora, o que muda é o formato da prova – que durante a pandemia foi adaptada à modalidade online por questões de saúde e segurança, e neste ano volta a ser presencial para todos os cursos. No momento da inscrição é possível escolher se a avaliação será feita por meio da nota da prova, do Enem, ou em ambas, em que se considera sua melhor classificação. O custo de inscrição é de R$150 para Medicina e R$ 60 para demais cursos.
Fique atento/a: os vestibulares complementares se mantêm no formato online.
Tem interesse em receber mais informações? Cadastre o seu contato aqui!
Abaixo, listamos algumas dúvidas frequentes sobre o Vestibular. Confira!
Neste ano, a prova para todos os cursos acontece presencialmente, no Campus da PUCRS, em um único dia: 18 de novembro. A entrada será liberada às 12h; e às 13h será dado o início da prova.
A prova do Vestibular da PUCRS foi adaptada à modalidade online durante a pandemia de Covid-19 para seguir os protocolos de saúde e segurança. Agora, a Universidade retoma o formato presencial. No dia da prova, o Campus terá uma programação especial para todos/as os/as estudantes, familiares e acompanhantes. A mudança se conecta ao aniversário de 75 anos da PUCRS, que também acontece no mês de novembro.
As inscrições para o Vestibular ainda não estão abertas, mas quem tiver interesse em receber mais informações pode se cadastrar aqui.
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Imagine um espaço onde você possa aprender sobre inovação, empreendedorismo e novas tecnologias, colocando a mão na massa e trabalhando com base em desafios reais. A Maratona de Inovação da PUCRS (MIP) é a sua oportunidade de realizar tudo isso – e ainda interagir com pessoas de outras áreas do conhecimento. Neste ano, a 5ª edição da Maratona acontece nos dias 1º e 2 de setembro, e os alunos e alunas que tiverem interesse em participar podem se inscrever até o dia 30 de agosto, no site oficial do evento.
Promovida pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) em parceria com o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (IDEAR), a MIP se propõe a integrar o conhecimento acadêmico à prática de mercado. A ideia é explorar o potencial de geração de novos produtos ou negócios, utilizando metodologias ativas, que estimulem a autonomia e protagonismo dos/as estudantes, em um ambiente de inovação, conexão e empreendedorismo. Durante todo esse processo, empresas, startups e hubs do Tecnopuc irão propor desafios e realizar a mentoria das equipes.
Paloma Cogo, que participou da MIP em 2021 durante a graduação em Nutrição, integrou o grupo Autis, projeto que garantiu o primeiro lugar na categoria Educação e Comunicação, com um aplicativo para auxiliar os/as professores na inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na educação pública. Para ela, a experiência trouxe uma série de aprendizados:
“Adquiri um novo conjunto de habilidades e competências relacionadas ao comportamento humano, como o trabalho de maneira interdisciplinar, o pensamento e planejamento estratégico, organização e foco na construção de atividades em um tempo curto de entrega, conteúdo, criatividade e inovação de produto”, ressalta.
Na MIP, os/as alunos/as irão encontrar problemas reais, que os desafiem a pensar e criar soluções a partir do raciocínio investigativo, da empatia e da interação com outros participantes. Por envolver estudantes das sete Escolas da Universidade, o evento também tem o objetivo de fazê-los vivenciar o trabalho em equipe nos projetos de inovação e empreendedorismo: tudo por meio da interdisciplinaridade.
Para 2023, os desafios estão conectados ao tema “Negócios de Impacto: inovação para transformar a sociedade”. A proposta busca impulsionar os/as participantes a experenciar a inovação e o empreendedorismo social e ambiental como meios de gerar mudanças positivas para a humanidade.
Ao longo da jornada, os/as facilitadores, integrantes do IDEAR e da equipe do Tecnopuc Startups, direcionarão os/as estudantes por meio de uma metodologia no formato de “hackathon”. Os/as participantes serão divididos em grupos que, ao final de uma jornada colaborativa, apresentarão soluções focadas em um dos três desafios propostos para esta edição:
A Irmã Inah Canabarro Lucas é bisneta do General David Canabarro. / Foto: Divulgação/Agência RBS/Ronaldo Bernardi
Inah Canabarro Lucas é a pessoa mais idosa do Brasil e da América Latina. São 115 anos de história, com registro de idade validado pelo Gerontology Research Group (GRG). Nascida no dia 27 de maio de 1908, no município de São Francisco de Assis, no interior do Rio Grande do Sul, Inah faz parte de uma família importante para a história do Estado. Ela é bisneta do General David Canabarro, um dos líderes da Revolução Farroupilha (1835-1845). Ao longo de mais de um século, foi testemunha de muitas mudanças. Quando nasceu, o primeiro avião de passageiros não havia feito nem seu voo-teste, não existia internet, a primeira chamada de longa distância foi feita só em 1915, não existia televisão e o celular foi lançado apenas em 1970; no Brasil, em 1990.
Colorada fanática, ela viu o seu time do coração surgir: o Sport Club Internacional foi criado em 1909, um mês antes de Inah completar um ano de idade. Torcedora mais antiga do clube, ela já recebeu diversas homenagens do Inter em função do seu amor pelo time. “Ela é apaixonada pelo Inter, tudo dela tem que ser do seu time do coração”, conta Irmã Lúcia Ignez Bassotto, responsável pela Casa Provincial Irmãs Teresianas Brasil, onde Inah mora.
Mais conhecida como Irmã Inah, a idosa faz parte da Companhia de Santa Teresa de Jesus desde 1927, quando tinha 19 anos. Ainda quando criança estudou em um internato em Sant’Ana do Livramento, também no Rio Grande do Sul. Mais tarde, mudou-se para Montevidéu, no Uruguai, onde se tornou freira. De lá para cá dedicou sua vida religiosa ao magistério, atuando também no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.
Por causa do seu trabalho com educação, a Irmã recebeu no ano passado o título de imortal da Academia Luso-brasileira de Letras do Rio Grande do Sul. A honraria é destina a personalidades de reconhecido valor intelectual, que apoiam, incentivam e promovem o engrandecimento da associação e comunidade luso-brasileira.
E é através da educação que Irmã Inah recebe hoje atendimento para manter sua saúde e bem-estar. Paciente do Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) da PUCRS, é acompanhada, desde 2016, pelo grupo de pesquisa Atenção Multiprofissional ao Longevo (Ampal). Criado em 2012 com o objetivo de promover o acesso à saúde pública para idosos/as, principalmente aos nonagenários e centenários, o grupo de pesquisa garante a pessoas com idade avançada os atendimentos de especialistas em diferentes áreas como fisioterapia, nutrição e odontologia. Mesmo durante a pandemia de Covid-19, com a necessidade de isolamento social, os pesquisadores mantiveram contato com a idosa, realizando os monitoramentos por telefone.
“Desde 2013 fazíamos um acompanhamento domiciliar com os idosos atendidos pelo grupo, mas com a pandemia isso precisou ser feito a distância para que pudéssemos manter a assistência a ela”, explica Ângelo Bós, professor da Escola de Medicina da PUCRS e coordenador responsável pelo projeto.
Josemara Rocha é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica da PUCRS e atualmente presta atendimento à centenária.
“Acompanho a Irmã Inah como pesquisadora e admiradora. A partir do trabalho que o grupo realiza com ela, consegui perceber que o contato direto com as pessoas aumenta ainda mais o respeito por elas. O aprendizado vai além de artigos científicos e estatísticas”.
Esse olhar mais humano e sensível no tratamento da saúde dos idosos é a base do Ampal. Para Marlon Gringol, também doutorando do PPG em Gerontologia Biomédica da PUCRS, o projeto dedica uma atenção especial às necessidades dos idosos. “Eu sempre tive uma inquietação para fornecer melhores respostas para a evolução dos pacientes, e o Ampal traz exatamente isso, alinhando a necessidade dos pacientes à aprendizagem dos alunos com atividades práticas e pesquisas no dia a dia”, conta.
No Rio Grande do Sul, a proporção de pessoas idosas cresceu 74% durante a pandemia, de acordo com dados apresentados no estudo População Idosa no RS – 2020 –2021. Já a Divisão de População da Organização das Nações Unidas (ONU) estima que até o final da década, um milhão de pessoas tenham mais de 100 anos no mundo.
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“Com o crescente número de idosos é muito importante a existência de pesquisas e projetos ligados a essa população. Na PUCRS, desenvolvemos pesquisas que contribuem para a sociedade em diversos aspectos do envelhecimento humano, desencadeando a prevenção e preparação dos indivíduos para um envelhecimento saudável e bem-sucedido. Impactamos, também, a sociedade através de projetos assistenciais em que fornecemos atividades, eventos e produções científicas”, destaca Douglas Sato, diretor do IGG.
Todo o atendimento de saúde e bem-estar que Irmã Inah recebe, permite que ela possa continuar vivendo momentos emocionantes e de muito valor. Na Casa Provincial onde mora, Irmã Inah possui uma enfermeira responsável por ela: a Irmã Velmira Piotrovski. Na primeira vez em que as duas se encontraram, Velmira tinha 18 anos. “Eu estava no colégio e Inah foi até a minha cidade. Ela contou sobre a sua congregação e, por causa dela, decidi ser freira”, conta.
Depois de 60 anos trabalhando em hospitais da Cruz Vermelha, na Venezuela, Irmã Velmira retornou a Porto Alegre. O reencontro entre as duas aconteceu em 2021. Quando chegou à Casa Provincial Irmãs Teresianas Brasil, Irmã Inah estava enferma, mas por meio da fé e dos cuidados recebidos, melhorou.
“Os médicos do hospital em que Inah estava interna deram alta para ela porque, segundo eles, a Irmã não viveria muito tempo. Quando chegamos em casa, eu disse que cuidaria dela nos meus termos. Dois meses depois, ela melhorou ao ponto de voltar a tomar banho sozinha”, conta emocionada.
A amizade e o companheirismo permanecem entre as duas após tantos anos. Para a Irmã Velmira, entre os vários ensinamentos aprendidos com Inah, o principal é levar a vida com leveza. “Ela é forte e possui muita vontade de viver”.
A inauguração contou com a presença de Irmãos Maristas, lideranças das frentes de missão da instituição, empresas parceiras e representantes municipais. / Foto: Rede Marista
Com investimento superior a R$ 3 milhões de reais, a Usina Fotovoltaica Champagnat I foi inaugurada no Recando Marista do Lami, em Porto Alegre, no início de agosto. O projeto é caracterizado como uma usina de médio porte com placas solares instaladas em solo ocupando uma área de aproximadamente 15.000m². Por ano, irá gerar 780MWh e essa energia será revertida em créditos para atender 33 unidades maristas, caracterizadas como de média e baixa tensão, com energia limpa.
No local foram instalados módulos voltaicos que compõem o sistema de geração de energia, além de uma miniestação meteorológica e o sistema off grid. Será permitido acompanhar as condições climáticas, precipitações pluviométricas, velocidade do vento, temperatura dos módulos solares, incidência solar, entre outros a partir da miniestação meteorológica. Já o sistema autônomo não conectado à rede elétrica off grid será responsável por armazenar a energia solar excedente em baterias estacionarias para ser utilizada quando não houver produção.
O presidente da Rede Marista, Irmão Deivis Fisher, enfatizou que a entrega é importante não só para a instituição, mas também para a comunidade: “A ideia de investirmos na geração de energia limpa é inspirada nos apelos sociais, eclesiais e institucionais que vem sendo feitos. Somos chamados a cuidar da nossa Casa Comum”.
A inauguração contou com a presença de Irmãos Maristas, lideranças das frentes de missão da instituição, empresas parceiras e representantes da Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Obras e Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Porto Alegre. A Banda Ecos, formada por educandos e educadores do Centro Social Irmão Antônio Bortolini, se apresentou no encerramento do ato de inauguração.
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O Irmão Lauri Heck (esquerda) e o Irmão Deivis Fischer (direita) durante a inauguração da Usina. / Foto: Rede Marista/Divulgação
Na ocasião, o Irmão Lauri Heck, tesoureiro da Rede Marista, avaliou que o investimento reforça a missão da instituição:
“Temos o objetivo de educar nossas crianças e jovens para o cuidado com a vida em todos os aspectos, incluindo a preservação do meio ambiente. Dessa forma, incentivamos a formação de uma sociedade com consciência ecológica e sustentável”.
Além da produção de energia limpa, a Usina Fotovoltaica Champagnat I também será aberta para a visitação de estudantes e pesquisadores. A partir de setembro, o local estará aberto para visitação de escolas privadas e públicas da rede estadual e municipal e também para universidades. As visitas podem ser agendadas a partir de setembro de 2023, pelo e-mail usina@maristas.org.br.
Para registrar e difundir as memórias do passado e do presente e promover a valorização do legado histórico, espiritual e cultural, o Centro de Espiritualidade e Memória Marista (CEMM) lançou recentemente um espaço digital: www.legadomarista.org.br. O site reúne livros, publicações, cantos maristas, cartas de Champagnat, roteiros formativos, entre outros subsídios, além de apresentar as principais ações do Centro de Memória.
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Marco Félix Jobim (centro), professor da Escola de Direito, celebra o reconhecimento nacional e internacional que o Instituto representa / Foto: Arquivo pessoal
Os docentes e pesquisadores da Escola de Direito Marco Félix Jobim e Vitor de Paula Ramos recentemente se tornaram membros do Instituto Ibero-americano de Direito Processual, cujo objetivo é fomentar a pesquisa, o desenvolvimento científico e a difusão do Direito Processual em diferentes vertentes. A celebração aconteceu durante a 27ª Jornadas Ibero-Americanas de Direito Processual – neste ano, sediada no Campus da PUCRS.
“O momento representa a concretização de um sonho que iniciou ainda na graduação, quando vi que minha paixão pelos estudos era a área do processo. Chegar ao Instituto como membro reforça que concretizar sonhos é uma possibilidade em nossas vidas”, celebra Marco.
Para Vitor, fazer parte do Instituto representa “uma grande honra”, principalmente pelo fato de haver um ritual para a constatação e averiguação da relevância internacional do profissional do Direito escolhido. “Aqui no Brasil, são poucos os profissionais que são convidados a ingressar. E eu me sinto muito honrado de ser reconhecido pelos pares de vários lugares do mundo”.
Com mais de 50 anos de atuação relevante e responsável, o Instituto reúne pesquisadores dos países da Ibero-américa, promovendo o intercâmbio de informações e descobertas na área do Direito Processual. Marco destaca que, por meio desse canal, é possível conhecer com maior profundidade o que está sendo pesquisado em outros países e difundir as pesquisas realizadas aqui no País.
“Como membro do Instituto irei permanecer realizando pesquisas sérias na área processual, participando ativamente dos eventos e auxiliando no fortalecimento da rede de pesquisa em processo da Ibero-América”, ressalta.
De acordo com Vitor, o ingresso no Instituto traz consigo uma responsabilidade ainda maior, pois é uma credencial que acompanha o pesquisador. Para ele, esse reconhecimento é a continuidade de um trabalho que tem sido feito a muitas mãos:
O pesquisador Vitor de Paula Ramos (esquerda) destaca a importância dos esforços de internacionalização realizados pela Escola de Direito. / Foto: Arquivo pessoal
“Esse movimento vem de um trabalho intenso da Reitoria, da Escola, do decanato. É um grande processo de internacionalização, e com certeza é uma vitória de todos nós e um reconhecimento para a nossa Escola de Direito”, comemora.
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Marco Félix Jobim possui pós-doutorado em Direito pela Universidade Federal do Paraná. É doutor em Direito, com linha em Teoria da Jurisdição e Processo pela PUCRS, mestre em Direitos Fundamentais pela Ulbra, graduado em Direito pela mesma. Também é especialista em Saúde e Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), especialista em Direito Civil pela UniRitter, e especialista em Direito Empresarial pela PUCRS. Advogado e sócio da Jobim & Salzano Advogados Associados e professor da PUCRS na graduação e pós-graduação lato e stricto sensu. É professor convidado de outros cursos jurídicos e autor de diversos artigos e livros jurídicos.
Vitor de Paula Ramos é doutor em Direito, Economia e Empresa pela Universidade de Girona, na Espanha. É mestre e doutor em Direito (em cotutela com a UdG) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde se graduou com láurea acadêmica. É professor dos cursos de graduação, mestrado e doutorado da PUCRS e do mestrado na Universidade de Girona, onde também é cocoordenador de uma a especialização. Coordenador da Coleção Raciocínio Probatório, da Editora JusPodivm. Membro efetivo da Associação Internacional de Direito Processual (IAPL), do Instituto Brasileiro de Direito Processual (IBDP) e do Conselho Assessor da Revista Internacional de Direito Probatório Quaestio Facti. Autor de livros e artigos publicados no Brasil e no exterior e diversas traduções jurídicas. Advogado atuante no Rio Grande do Sul e em São Paulo, sócio-fundador do escritório De Paula Ramos Advocacia.