Foto mostra mestranda ensinando os alunos

Reforço escolar para crianças da Sociedade dos Moradores da Vila São Pedro
Foto: Bruno Todeschini – Ascom/PUCRS

Falta um mês para entregar o TCC. O chefe espera o relatório de mais de cem páginas até o final da tarde. Novas ideias são esperadas para a reunião da equipe. O churrasco da turma é nesse final de semana. Logo chega o feriadão e ainda falta organizar a viagem com o pessoal. Quem tem tempo para estender a mão? Em meio a preocupações e atividades diárias, o outro fica muitas vezes invisível, e desviar o olhar pode ser mais fácil. O ano de 2015 mostrou muitos bons e maus exemplos: guerras, violência urbana, desabrigados pela chuva recebendo doações e refugiados sendo chutados, mas também esperados com caronas até a próxima fronteira.

A humanidade precisa de menos braços cruzados e mais mãos estendidas. Na PUCRS, alunos, professores, diretores e colaboradores olham de frente para a dura realidade, que muitos enfrentam, e agem. Participam de voluntariado, defendem os direitos dos menos favorecidos, oferecem atendimento e dedicam parte de seu tempo.

A Universidade está sintonizada com os movimentos de imigração que ocorrem no mundo. “Segundo a ONU, vivemos o pior fluxo de refugiados desde a 2ª Guerra Mundial, cerca de 60 milhões. É um tema que a comunidade civil e acadêmica precisa dar especial atenção”, frisa o professor da Faculdade de Direito Gustavo Pereira. Esse fenômeno também ocorre no Brasil e chega até o RS. A PUCRS, como instituição católica e marista, desenvolve ações como a criação de um grupo de trabalho para mapear internamente uma rede de serviços visando mediar ações em prol dos refugiados que vivem no RS, coordenada pelo Centro de Pastoral e Solidariedade. “Está na essência do humano a defesa da vida. Champagnat, fundador dos maristas, nos inspira a dar respostas atuais aos desafios sociais, assumindo o compromisso solidário como valor e proposta educativa expressa pela conquista, proteção, defesa e garantia dos direitos das pessoas”, declara Irmão Dionísio Rodrigues, diretor da Pastoral.

A iniciativa conecta-se à missão da Universidade, que tem sua base solidificada nos direitos humanos, na defesa de valores e princípios como solidariedade, fraternidade e construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A proposta é desencadear ações que impactem diretamente as pessoas que buscam no Brasil um lugar para recomeçar. “Queremos construir reflexões e práticas que compreendam e analisem os rumos para onde a humanidade caminha, superando fronteiras e instaurando compreensões e práticas acolhedoras para quem se obriga a migrar para terras longínquas”, adianta o professor do curso de Serviço Social e integrante do grupo, Francisco Kern.

Ainda em fase de consolidação, o grupo já conta com iniciativas como a do professor da   Faculdade de Direito Gustavo Pereira, que pretende apresentar sua experiência acadêmica e humanitária no acolhimento dos migrantes forçados. “Segundo a ONU, vivemos o pior fluxo de refugiados desde a 2ª Guerra Mundial, cerca de 60 milhões. É um tema que a comunidade civil e acadêmica precisa dar especial atenção”, frisa.

Outro exemplo é o Grupo de Pesquisa Uso e Processamento de Língua Adicional, coordenado pela professora Cristina Lopes-Perna. Professores de Linguística e alunos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Letras querem unir pesquisa e solidariedade com a oferta voluntária de aulas de português para refugiados no RS. “Temos em vista ao fomento da cultura da solidariedade e da paz, prevista na missão marista”, acrescenta Cristina.

Leia a reportagem completa na Revista PUCRS nº177, da página 6 a 11.


In English

Movers and shakers

At PUCRS, students, professors, directors and staff members face the harsh reality that many people experience, and take action. They work as volunteers, defending the rights of the lower class, offering assistance, and dedicating part of their time to helping others. Dentist Sandra Pagnoncelli, Professor at the School of Dentistry, provides weekly assistance to the patients of Casa do Excepcional Santa Rita de Cássia. During the clinical dentistry course, she works with students to globally assist patients aged 0 to 18, including those with special needs.

The Master´s student of Engineering Ana Paula Marques participates in the Volunteering Project of the Pastoral and Solidarity Center. She tutors children at Sociedade dos Moradores da Vila São Pedro. The Economic, Solidary and Social Technology Business Incubator provides orientation to institutions such as Associação Fundo de Quintal, which uses 100% of banners in the creation of the most diverse objects, generating income and work to socially vulnerable communities. At the School of Architecture, the Sustenfau group takes part in community meetings, getting involved with socially degraded areas and defending a city oriented toward all people.

The University, as a Catholic and Marist Institution, also reaches out.  Through the Pastoral and Solidarity Center, the Group of Studies on Human Mobility and the Impacts on the Contemporary Society will map internally a service network to act in favor of the refugees that live in RS.