No dia 23 de março, terça-feira, às 21h, a PUCRS Cultura realiza a quarta live da série de conversas com o cantor e compositor Vitor Ramil, revisitando os seus 40 anos dedicados à música. Este quarto encontro tem como assunto os discos e criações do artista a partir do ano 2010. Com mediação do diretor do Instituto de Cultura, professor Ricardo Barberena, a conversa é transmitida através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do canal da PUCRS no YouTube – onde fica salva, podendo ser acessada posteriormente.
No ano de 2010, na cidade de Buenos Aires, Vitor Ramil gravou o álbum Délibáb, composto por doze músicas: seis em português, baseadas em poemas de João Da Cunha Vargas (1900-1980), e seis em espanhol, baseadas em poemas de Jorge Luis Borges (1899-1986). O álbum inclui um DVD com o processo completo de gravação do disco, com participação especial de Caetano Veloso (em Milonga de los morenos) e Carlos Moscardini (no violão). O nome deste trabalho, que significa “miragem” ou, mais precisamente, “ilusão ao meio-dia”, vem do húngaro “déli” (do meio-dia) mais “báb” (de bába: ilusão), fazendo referência a um fenômeno natural da planície húngara: um tipo de espelhismo que transporta paisagens longínquas a horizontes quase desérticos, reproduzindo cenas distantes ante os olhos do observador.
Em 2012, Ramil foi citado na lista dos 70 mestres brasileiros da guitarra e do violão da revista Rolling Stone. No ano de 2013, lançou o álbum duplo Foi no Mês que Vem, onde revisita canções lançadas em seus álbuns anteriores, com a presença de convidados especiais: Fito Páez, Jorge Drexler, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Pedro Aznar, Kleiton e Kledir, Kátia B, Marcos Suzano, Carlos Moscardini, Bella Stone, Ian Ramil, entre outros.
Em 2017, lançou o álbum Campos Neutrais, que traz no título uma referência ao tratado de Santo Ildefonso, 1777, que definia uma zona neutra entre os reinos de Portugal e Espanha. Os Campos Neutrais históricos tornaram-se emblemas da condição fronteiriça do Rio Grande do Sul e, no imaginário contemporâneo, ficaram associados às ideias de liberdade, diversidade humana e linguística, miscigenação e criatividade. O álbum recebeu o 29º Prêmio da Música Brasileira na categoria Projeto Visual, pela arte de Felipe Taborda, e foi indicado ao Grammy Latino nas categorias Melhor Álbum de Música Brasileira e Melhor Arranjo (música Campos Neutrais).
No ano de 2019, Vitor Ramil estreou Avenida Angélica, espetáculo de canções inéditas compostas a partir de poemas da escritora pelotense Angélica Freitas.
Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui Graduação (2000), Doutorado (2005) e Pós-Doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).
A voz de sucessos como Não é céu, Deixando o pago e Estrela, estrela completa 40 anos de carreira dedicados à música em grande estilo. Promovida pela PUCRS Cultura, a série de quatro lives com o cantor e compositor Vitor Ramil estreia nesta segunda-feira, 5 de outubro, às 21h.
O primeiro encontro tem como assunto os primeiros discos e criações do artista nos anos 1980. A conversa é transmitida através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do Canal da PUCRS no YouTube e conta com a mediação do diretor do Instituto de Cultura, professor Ricardo Barberena.
Vitor Ramil lançou seu primeiro LP em 1981, aos 19 anos. Estrela, estrela foi gravado no Rio de Janeiro pela PolyGram e contou com arranjos de Wagner Tiso, Egberto Gismonti, Zé Roberto Bertrami, Azimuth, Jamil Joanes, Ricardo Silveira, Mauro Senise, Djalma Corrêa, Robertinho Silva, Luiz Avellar, Victor Biglione, seu irmão, Kleiton, além de seus próprios arranjos. O disco contou ainda com as participações vocais de Zizi Possi, Tetê Espíndola e do outro irmão, Kledir.
Em 1983, Ramil assinou um novo contrato com a gravadora Som Livre, desta vez para lançamento de seu segundo disco: A paixão de V segundo ele próprio. As gravações ocorreram no Rio de Janeiro e os produtores do disco foram seus irmãos Kleiton e Kledir. Para a gravação do disco, novamente reuniram-se músicos de ponta, alguns que já estavam em Estrela, estrela e outros novos, como Nico Assumpção, Hugo Fattoruso, Arthur Maia e Gilson Peranzzetta. Ramil participou da produção de alguns arranjos, além de tocar violão e teclados eletrônicos.
O LP contou com 20 faixas. Essa quantidade só foi possível no formato LP porque as canções eram alternadas com vinhetas (geralmente de até um minuto), tanto no lado A quando no lado B do álbum. Além da quase totalidade de canções autorais, Ramil musicou pela primeira vez em sua carreira, em versão em português, um poema de Jorge Luis Borges, Milonga de Manuel Flores.
Poucos anos depois, em 1986, Ramil mudou-se para o Rio de Janeiro. Nesse período, participou do projeto Pixinguinha ao lado de Zizi Possi. Conseguiu assinar um novo contrato, agora com gravadora EMI, quando começou a trabalhar no novo disco. Os arranjos do terceiro disco, Tango, contam com a parceria da banda: Nico Assumpção, Paulinho Supekovia, Carlos Bala, Hélio Delmiro, Gilson Peranzzetta, Luiz Avellar, Dudu Tretin, Márcio Montarroyos, Léo Gandelman. Não havia arranjos orquestrais como nos discos anteriores. Havia uma maior coesão na banda.
Ao contrário de A paixão, que possuía 20 faixas, Tango tinha apenas oito canções. Vivia-se um período no qual o rock estava no auge, especialmente com a repercussão do primeiro Rock In Rio, que tinha acontecido no ano anterior. Era o momento do surgimento e da popularização do rock nacional, entre os antecedentes musicais estava o tropicalismo. Entretanto, o disco Tango não tinha nada de rock, além disso, trazia algumas canções experimentais, como Virda, a instrumental Nino Rota no sobrado, e as longuíssimas Joquim, versão da canção Joey, de Bob Dylan, e Loucos de cara, parceria com o irmão Kleiton Ramil.
As duas últimas tinham estrutura narrativa: a primeira com oito e a segunda com seis minutos. Ainda assim, Joquim, ao contrário do que ocorria com as músicas comerciais executadas nas rádios, geralmente com duração de três a quatro minutos, foi uma das canções mais pedidas nas rádios de Porto Alegre.
Nas próximas lives com o cantor as conversas serão em torno de suas criações e discos dos anos 1990, 2000 e 2010, e ocorrem respectivamente nos dias 27 de outubro (adiado), 17 de novembro e 8 dezembro.
Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui Graduação (2000), Doutorado (2005) e Pós-Doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).
No dia 24 de agosto, segunda-feira, às 21h, o Instituto de Cultura promove um bate-papo com o cantor e compositor Vitor Ramil sobre a obra de Jorge Luis Borges (1899-1986), escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta. A conversa é transmitida no perfil PUCRS Cultura no Facebook e no Canal da PUCRS no Youtube – onde fica disponível para acesso posterior.
O evento faz parte da série Ato Criativo. Nessa edição a conversa será mediada pelo diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, que conversa com Vitor Ramil sobre sua relação criativa com a obra do escritor argentino. Além disso, Vitor vai cantar poemas de Jorge Luis Borges e conversar sobre o processo de musicar sua obra.
O quê? Ato Criativo com Vitor Ramil e a poesia de Jorge Luis Borges
Quando? 24 de agosto
Que horas? às 21h
Onde? Canal da PUCRS no YouTube e perfil PUCRS Cultura no Facebook
A série de lives No Meu Canto, criada pelo Instituto de Cultura da PUCRS, fruto da readequação das ações culturais da instituição perante o distanciamento social imposto pelo Coronavírus, recebe nesta semana Vitor Ramil. O artista gaúcho conversa sobre sua trajetória na música a canta algumas de suas canções em live mediada pelo diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, na próxima quinta-feira, dia 4 de junho, às 21h, no perfil @pucrscultura, no Instagram.
Desde março, muitos artistas gaúchos e alguns de outros cantos do Brasil já se apresentaram na série que, na maior parte de suas edições, recebe apenas o artista apresentando um pouco de seu trabalho pelo perfil da rede social. Em outras edições, como a que aconteceu com Chico César, o artista convidado, além de apresentar suas canções, faz um bate-papo com o diretor do Instituto de Cultura da Universidade.
Nascido em Pelotas no ano de 1962, Vitor Ramail começou sua carreira artística ainda na adolescência. Seu primeiro disco, Estrela, Estrela (1981), contou com a presença de músicos, cantoras e arranjadores com os quais voltaria a trabalhar, como Egberto Gismonti, Wagner Tiso, Luis Avellar, Zizi Possi e Tetê Espíndola. Ao lançar A paixão de V segundo ele próprio (1984), proporcionou ao público uma antevisão dos muitos caminhos que percorreria no futuro, com canções com sonoridades diversas e letras que misturavam regionalismo, poesia provençal, surrealismo e piadas. Com o disco Ramilonga – A estética do frio (1997), estabeleceu em termos musicais aquilo que já havia explorado no ensaio A estética do frio (1992), refletindo sobre a construção identitária da produção cultural do Rio Grande do Sul.
Outros discos do músico são Tango (1987), À Beça (1995), Tambong (2000), Longes (2004), Satolep Sambatown (com Marcos Suzano, 2007), Délibab (2010), Foi no Mês que Vem (2013) e Campos Neutrais (2017). Suas canções já foram interpretadas por artistas como Mercedes Sosa e Gal Costa. Ramil é também autor dos livros Pequod, Satolep, A primavera da pontuação e A estética do frio. Recentemente apresentava na música seu projeto Avenida Angélica, trabalho realizado a partir dos poemas de Angélica Freitas.
O Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS promove nesta quinta-feira, 24 de novembro, uma conversa com o escritor brasileiro Ricardo Lísias, das 14h às 17h. Já no dia 30 de novembro, a atividade será com o escritor e músico Vitor Ramil, a partir das 14h. Os encontros ocorrem no Delfos, 7º andar da Biblioteca Central, prédio 16 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre).
As vagas são limitadas e as inscrições podem ser realizadas até a véspera das atividades pelo e-mail [email protected]. As atividades são abertas ao público e têm entrada franca. Para alunos da PUCRS, há possibilidade de validação de horas complementares. Informações adicionais pelo telefone (51) 3353-8386.
Ricardo Lísias é escritor brasileiro, autor de romances como O Céu dos Suicidas (2012) e Divórcio (2013). Foi finalista do Prêmio Jabuti de 2008, mais importante prêmio literário do Brasil, com a obra Anna O. e Outras Novelas (2007). Também foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2010 com O Livro dos Mandarins. Seu conto Tólia foi selecionado para a edição da revista inglesa Granta: os Melhores Jovens Escritores Brasileiros.
Vitor Ramil, além de cantor e compositor, é autor das obras Pequod (1995), ficção criada a partir de passagens da sua infância, da relação com o pai e de suas andanças pelo extremo sul do Brasil e pelo Uruguai; A Estética do Frio (2004), em que reflete sobre sua identidade de sulista e sua própria criação; Satolep (2008), romance que narra o retorno do personagem Selbor a Satolep, sua cidade natal, e seu encontro com personagens reais da história de Pelotas, como João Simões Lopes Neto, Lobo da Costa e Francisco Santos, e A Primavera da Pontuação (2014), livro que transcorre no mundo da linguagem, onde o leitor é instigado a confundir-se com os protagonistas da língua e acompanhar a lógica de suas ações.