A data marca a relevância histórica da imunização individual e coletiva
Uma das metas é atingir um grande número de pessoas vacinadas para eliminar a circulação do vírus. / Foto: Envato
Ao longo da história, as vacinas estiveram presentes em períodos críticos, marcados por tristeza e dificuldade. Trazendo ares de prevenção e esperança há mais de 200 anos, elas vêm garantindo a bilhões de pessoas a saúde, o bem-estar e a continuidade da vida. Neste Dia Nacional da Vacinação, é importante seguirmos conscientes da importância da imunização individual e coletiva. Para a pesquisadora e professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS Ana Paula Duarte Souza, a vacinação é uma prática fundamental para garantir a diminuição dos casos de doença severa e das chances de hospitalização.
“De forma coletiva, quando nos vacinamos reduzimos a possibilidade do vírus circular e, consequentemente, protegemos o restante da população que não está vacinada”, pontua Ana Paula.
A pesquisadora ressalta que essa lógica vale para outras doenças também. Quando tratamos de patologias contagiosas, a meta é atingir um grande número de pessoas vacinadas para poder eliminar a circulação do vírus, como aconteceu com a varíola, erradicada no início da década de 80.
“Nós nem precisamos mais tomar essa vacina e isso representou um avanço imenso para a sociedade. Tivemos também a diminuição nos casos de sarampo e de paralisia infantil, tudo por conta da grande campanha de imunização e do aumento de pessoas vacinadas”.
Para reforçar a relevância da vacinação, selecionamos uma série de conteúdos sobre a temática. Boa leitura!
O pioneiro no desenvolvimento das vacinas foi Edward Jenner, um médico britânico que desenvolveu o imunizante contra a varíola, a qual foi declarada erradicada em 1979 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – devido à grande eficácia do método.
Apesar de não ser uma ferramenta nova de combate a doenças, surgem muitas dúvidas por parte da população. Entre as preocupações e as curiosidades estão as orientações para quem pode receber os imunizantes contra a Gripe (Influenza) e o coronavírus, além de como funciona o processo para a produção de uma vacina. Leia mais.
Patrícia Fisch, professora de Infectologia da Escola de Medicina da PUCRS, explica que a vacinação é uma das intervenções de saúde mais eficazes. A campanha de vacinação em larga proporção mundial conseguiu erradicar a varíola, por exemplo, doença que teve seu último caso no Brasil em 1971, no mundo em 1977, e na Somália foi declarada erradicada pela Organização das Nações Unidas em 1980.
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GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Os casos de dengue no Rio Grande do Sul não param de subir: o Estado já registrou mais de 17 mil casos confirmados de dengue em 2024, o que é seis vezes maior do que o mesmo período no ano anterior. Essa explosão de casos é justificada pelas mudanças climáticas, e as fortes chuvas, combinadas de altas temperaturas, formam o ambiente perfeito para a rápida proliferação e contágio da doença entre a população.
Caracterizada por febre alta, dores pelo corpo e vermelhidão na pele, a dengue já causou 17 mortes no RS e mais de 300 em todo o país. Neste cenário, a vacinação se torna a melhor ferramenta de prevenção contra a doença. No Brasil, a vacina Qdenga é distribuída e aplicada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), fazendo parte do Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde desde fevereiro deste ano.
A farmacêutica Takeda, de origem japonesa, é a responsável pela vacina Qdenga, feita com o vírus atenuado. Nesta composição, o vírus está vivo, mas sua capacidade infecciosa é menor, desenvolvendo a imunidade no corpo humano e torna a vacina segura.
O professor da Escola de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança Marcelo Scotta, garante que o imunizante Qdenga é seguro para a população. “A vacina já possui estudos com seguimento de mais de quatro anos sem apresentar eventos adversos relevantes que tenham sido associados a ela”.
Além desta vacina, concomitantemente, o Instituto Butantan está em fase final do desenvolvimento de um imunizante nacional. Desde 2009, pesquisadores elaboram a vacina que também é feita com o vírus atenuado. Ambas as vacinas protegem contra os quatro tipos de dengue, mas a do Instituto possui em sua composição os quatro diferentes vírus, a que torna mais eficiente. Ambas as vacinas são seguras e oferecem uma boa fonte de proteção.
“A vacina Qdenga reduz em cerca de 80% o número de casos bem como o número de hospitalizações nos indivíduos vacinados”, destaca Scotta.
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Nas regiões em que a vacina já é aplicada, a faixa etária de 10 a 14 anos é o público-alvo, idades que concentram a maior proporção de hospitalização pela doença. O professor destaca que o sucinto público se dá pela limitação de doses disponíveis.
“Como o Brasil é um dos países mais afetados, a aplicação vem em ótimo momento. Entretanto, ainda está sendo feita em faixas etárias restritas por limitações na capacidade de produção do fabricante”, elenca.
Enquanto a vacina não é liberada para a população em geral, a recomendação é a mesma de outras endemias tropicais. “O uso de repelentes e eliminar os focos de reprodução do mosquito, evitando água parada acumulada são as principais ações de proteção”, menciona Scotta.
O Rio Grande do Sul ainda não recebeu doses do Ministério da Saúde, mas as doses podem ser encontradas na rede privada.
Passar o produto nas partes do corpo que ficam expostas, como braços e pernas, é uma maneira eficaz de manter os mosquitos afastados da pele.
O Aedes aegypti é atraído pela substância que o corpo humano elimina por meio do suor e da respiração; por isso, é importante utilizar roupas que cubram a maior parte do corpo para atenuar esse processo.
Evite deixar qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros desde espaços como caixas d’água e piscinas abertas até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta.
Fique, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
Inseticidas são grandes aliados na prevenção da dengue, pois ajudam a eliminar focos do mosquito em locais abertos e fechados. Na PUCRS são realizadas aplicações regulares de inseticidas e larvicidas nas áreas externas em todo o Campus.
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Desde o início da imunização contra a Covid-19 em grupos prioritários, estudantes de 11 cursos da área da saúde PUCRS atuaram na campanha. E, para contribuir com o avanço da vacinação em adultos e crianças, alunos e alunas do curso de Enfermagem da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, permanecem integrando equipes voltadas para a imunização.
Estudante do 5º semestre, Maria Eduarda Bucholz destaca que a atuação na Unidade de Saúde Bananeiras, no bairro Partenon, tem sido positiva para o desenvolvimento pessoal e profissional. “Estou ajudando na vacinação desde o início do mês e fui muito bem recebida já no primeiro dia. Posso dizer que está sendo uma experiência enriquecedora, pois é nas unidades em que podemos ver a forte autonomia da enfermagem e a importante parecia com os outros profissionais de saúde, como os agentes comunitários e de endemias, por exemplo. Além de orientar sobre a importância da vacinação adulta e infantil, tiramos dúvidas sobre a pandemia”, conta.
Em média, 170 adultos são vacinados diariamente na unidade Bananeiras, e, para Maria, a aplicação da imunização proporcionou um momento especial.
“O mais legal de tudo foi poder ter vacinado um amigo muito querido, que também é aluno do curso de Escrita Criativa da PUCRS. Só tenho a agradecer à Universidade e aos professores pela confiança nos estudantes, e à unidade Bananeiras pelo carinho e acolhida”.
Na Unidade de Saúde Santo Alfredo, no bairro São José, cinco alunas do curso de Enfermagem integram a equipe que realiza a imunização infantil. Diariamente, cerca de 250 crianças estão sendo vacinadas na unidade. “É muito bom poder participar da campanha de vacinação e ter o contato com as crianças e os pais. Além de também poder conversar com eles sobre a vacina para a Covid-19, também conseguimos rever muitas vacinas que estavam em atraso devido à pandemia e, então, conseguimos instruir os pais sobre como seguir com o esquema vacinal das crianças. Também foi muito bom ter o contato com a equipe da unidade Santo Alfredo, nos acolheram muito bem. Foi uma ótima experiência”, ressalta Milena Cardoso, aluna do 9º semestre.
Docente do curso de Enfermagem e coordenadora da ação de vacinação junto à Secretaria Municipal de Saúde, a professora Isabel Hentges salienta o retorno positivo da participação dos estudantes. “As unidades de saúde têm destacado que a contribuição dos alunos e alunas possibilitou, inclusive, a ampliação da imunização pelas equipes”.
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No dia 22 de setembro, quarta-feira, a PUCRS será sede do Rolê da Vacina, ação promovida pela Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre com o objetivo de incentivar a vacinação de jovens e adolescentes contra a Covid-19. Na ocasião, poderão receber o imunizante pessoas a partir dos 14 anos (ou a partir dos 12 com comorbidades). Também haverá aplicação da segunda dose de Pfizer, Coronavac e Oxford, além de dose de reforço para idosos e imunossuprimidos (confira os detalhes abaixo).
A vacinação acontecerá das 9h às 17h e, para receber a primeira dose, é preciso apresentar um documento com CPF, comprovante de residência na Capital (que poderá ser no nome dos pais ou responsáveis) e, no caso de haver alguma comorbidade, laudo ou receita que comprove a condição.
A iniciativa teve início no dia 23 de agosto e já passou por diferentes bairros, em espaços como unidades de saúde e quadras de escolas de samba.
A PUCRS tem feito parte da vacinação contra a Covid-19 em Porto Alegre desde o início da campanha, com estudantes atuando na imunização em parceria com as equipes volantes da Secretaria Municipal da Saúde. Em março, a Universidade passou também a sediar a vacinação, quando o estacionamento do prédio 40 foi escolhido um dos pontos de drive-thru. Já em junho, teve início a vacinação dos profissionais da PUCRS, realizada também na Biblioteca Central e concluída em agosto.
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O quê: Rolê da Vacina
Onde: Biblioteca Central da PUCRS (Avenida Ipiranga, 6681)
Quando: 22 de setembro (quarta-feira), das 9h às 17h
Quem poderá se vacinar: jovens a partir dos 14 anos de idade e adolescentes acima de 12 anos com comorbidades (primeira dose). Também poderão receber a segunda dose do imunizante os vacinados com Pfizer há 8 semanas; vacinados com Coronavac há 28 dias; e vacinados com Oxford há 10 semanas. Além disso, será aplicada a terceira dose em idosos com 70 anos ou mais vacinados até 21 de março e em imunossuprimidos vacinados até 28 de agosto.
Documentos necessários para receber a primeira dose: documento de identidade com CPF e comprovante de residência em Porto Alegre (pode ser no nome dos pais ou responsáveis). A vacinação só é permitida para moradores da Capital.
Documentos necessários para receber a segunda ou a terceira dose: documento de identidade e carteirinha de vacinação.
No caso dos adolescentes acima de 12 anos com comorbidades e dos imunossuprimidos é preciso, além dos documentos acima, comprovar a condição por meio de receita, laudo de exame ou laudo ou relatório médico.
Em meio à emoção da vacinação de profissionais da área da educação contra a Covid-19, surge a esperança de poder voltar a abraçar e ver de perto as pessoas queridas novamente. Três alunas do curso de Enfermagem da Escola de Ciências da Saúde e da Vida puderam vacinar familiares no Hall da Biblioteca Central Irmão José Otão. A imunização teve início nesta semana na Universidade e terá continuidade na próxima segunda-feira, 21 de junho.
As colegas de curso e amigas Brenda Pereira, Giullia Poersch e Jennifer Lipert compartilharam na última segunda-feira, 14 de junho, o momento aguardado há mais de um ano: aplicaram a primeira dose do imunizante na mãe, no pai e no padrasto, respectivamente.
Para Giullia, que vacinou o pai no dia que seria o aniversário da sua mãe, que faleceu quando ela ainda era criança, a oportunidade foi gratificante, “principalmente em meio à uma pandemia que tirou vários familiares de tantas pessoas”. O pai, Adriano Poersch, trabalha como vigilante há oito anos na PUCRS e conta que a formação acadêmica da filha na Universidade é um sonho desde sempre:
“É uma satisfação estar aqui vendo que ela anda a passos largos. Após a grande emoção do nascimento de um filho as maiores emoções vêm a ser no que eles se tornam, as surpresas do dia a dia. Naquele dia nada estava dando certo, uma fila que não terminava mais e eu atrasado para o trabalho. Do nada ela aparece e me diz que era para eu esperar, pois ela ia me vacinar. Aí já fiquei emocionado e veio a vontade de chorar. Me senti especial, me senti muito seguro, pois era a minha menina que ia cuidar de mim”.
Carla Pereira, mãe de Brenda, também é vigilante na PUCRS e destacou o orgulho que sente da filha ao vê-la atuando na linha de frente e ajudando outras pessoas na profissão que escolheu:
“Naquele dia me passou um filme na cabeça. Quando ela tinha 11 anos de idade e a gente descobriu que ela tinha Diabetes Tipo 1, eu aplicava insulina nela quatro vezes ao dia. Agora, aos 20 anos, é como se ela estivesse retribuindo, cuidando, zelando pela minha saúde, com o mesmo sentimento de risco de vida que eu tinha com ela aplicando as insulinas. Ela estar participando neste momento tão importante de imunização, de esperança, de um futuro, representa um marco histórico na nossa vida, um orgulho por ela estar se dedicando tanto aos estudos e tendo a certeza da importância que representa a profissão que escolheu”.
Carla conta ainda que, desde que iniciou o trabalho na vigilância da PUCRS, em 2008, sua vida mudou. Com o subsídio que a Universidade oferece aos colaboradores e familiares para os estudos, ela se formou em Direito e agora a sua filha está cursando Enfermagem.
Em um momento em que muitos sentimentos afloraram, por lembrar que o seu avô faleceu no Natal de 2020 por causa do coronavírus, Jennifer também imunizou Maurício Lipert, o padrasto, que ela considera pai.
“É linda demais a profissão que ela escolheu, ainda mais em meio a uma pandemia mundial. Decidiu ajudar as pessoas se doando e acreditando em um futuro melhor para todos. É uma guerreira, meu orgulho. O subsídio e incentivo que a Universidade oferece para os estudos é imprescindível. A PUCRS pensa no futuro dos seus profissionais e familiares. Eu só tenho a agradecer pela oportunidade, aqui me sinto em casa e acolhido, pois temos uma estrutura imensa à disposição e eu sigo atuando para que ela possa concluir o curso e ter um bom futuro”, relata.
A produção das vacinas contra o coronavírus foi realizada em tempo recorde. Esse feito só foi possível graças ao esforço global de cientistas e do conhecimento prévio com outras variações anteriores da SARS-CoV.
Em uma feliz coincidência, a aplicação do imunizante foi realizada no Hall de um espaço que simboliza a ciência, a pesquisa e a importância do ensino em todos os âmbitos para a sociedade: a Biblioteca. No mesmo saguão que abrigou tantas exposições e foi passagem de grandes nomes do mundo acadêmico, a teoria de anos de estudos se encontrou com a prática para salvar vidas.
Desde o começo da pandemia a PUCRS tem trabalhado em diferentes frentes de combate ao coronavírus. Seja por meio da produção e doação de acessórios de proteção ou no desenvolvimento de novos testes para a identificação do vírus, assim como a atuação em campo, com o apoio de estudantes e docentes.
Confira essas e outras ações promovidas pela Universidade para a contenção do vírus:
Fique por dentro das atualizações sobre o tema no site do coronavírus.
Na próxima segunda-feira, dia 21 de junho, a PUCRS irá concluir a aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 em colaboradores que ainda não tenham recebido o imunizante. A vacinação acontecerá no hall da Biblioteca em turnos definidos por idade, mediante apresentação de documento de identidade e crachá.
A organização será a seguinte:
Profissionais com idade acima de 37 anos que estavam aptos a receber a primeira dose na última semana e não puderam comparecer também serão contemplados/as nesta etapa. Para isso, basta comparecer ao Campus em qualquer um dos turnos. Receberemos doses suficientes para todos/as os colaboradores/as, então não haverá limitação por ordem de chegada.
Esta será a última oportunidade para vacinação na PUCRS. Não haverá outro momento para receber a primeira dose na Universidade.
Lembre-se de comparecer para a vacinação apenas no seu turno (exceto para colaboradores/as acima de 37 anos) usar máscara, higienizar as mãos com frequência e manter o distanciamento.
*Conteúdo atualizado em 18/6, às 16h.
Quase 29 milhões de pessoas já receberam pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no Brasil, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa divulgados neste mês. Desde o começo de abril, acontece em paralelo a 23ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe (Influenza) em todo o território nacional, promovida pelo Ministério da Saúde. Se você faz parte do grupo que está apto a receber as duas doses, confira respostas para as principais dúvidas e alguns cuidados importantes antes de se vacinar.
A professora Ana Duarte, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, preparou algumas orientações úteis. Como pesquisadora, Ana trabalha com temas relacionados a vacinas, imunologia viral, terapias antivirais e antitumorais e respostas de diferentes tipos de células.
Antes de procurar um posto de vacinação é importante se informar sobre quais são os grupos prioritários estabelecidos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) (para a Covid-19). No caso no Rio Grande do Sul, acompanhe os informativos no site Te Vacina, da Secretaria Estadual da Saúde.
Os grupos prioritários foram estabelecidos para garantir a proteção de pessoas com maior risco de desenvolvimento dos estágios mais graves dessas doenças, preservando vidas e possibilitando o funcionamento dos serviços de saúde.
Para a Covid-19, pela escassez de doses disponíveis, a preferência é para pessoas com 60 anos ou mais; pessoas com deficiência (PCDs); gestantes; povos indígenas vivendo em terras indígenas; povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas; trabalhadores da Saúde; grupo com comorbidades; entre outros disponíveis no PNI, mas ainda sem previsão para o começo da imunização.
Além dessas, no caso da gripe também estão incluídas: crianças de seis meses a menores de seis anos de idade; pessoas em período pós-parto (puérperas); e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.
É importante lembrar de levar algum documento de identificação (com foto, de preferência), comprovantes (caso faça parte dos grupos prioritários não relacionados à idade, como profissionais da saúde) e a carteirinha de vacinação das crianças (para Influenza). Se for receber a segunda dose contra o coronavírus, leve também o comprovante de que você tomou a primeira vacina.
Para preservar a saúde, em alguns casos o ideal é adiar a aplicação das vacinas. Em pacientes com doenças febris, por exemplo, recomenda-se esperar até a melhora dos sintomas. A vacina da Influenza pode ser administrada mesmo com a ingestão de outros medicamentos, entretanto, remédios imunossupressores podem atrapalhar a resposta da vacina.
Pacientes que previamente apresentaram reações alérgicas após ingestão de ovo (angioedema, desconforto respiratório, vômitos repetidos) podem receber a vacina para Influenza, desde que em um ambiente onde seja possível o tratamento de manifestações alérgicas graves e com supervisão médica.
Também é preciso ter cautela e avaliar caso a caso ao administrar a vacina em pessoas com trombocitopenia, qualquer distúrbio da coagulação ou a pessoas em terapia anticoagulante.
Não é recomenda a administração simultânea das vacinas contra o coronavírus e a gripe. A indicação é respeitar um intervalo de pelo menos 14 dias entres as doses.
As vacinas contra a Covid-19 atualmente disponíveis no Brasil têm esquemas diferentes de aplicação. Fique atento/a ao cronograma para o momento certo de retornar para segunda dose de acordo com a empresa fabricante:
Crianças com menos de nove anos recebem duas doses da vacina da Influenza na primeira imunização, com intervalo de um mês. Acima de nove anos a dose é única.
As reações adversas mais comuns associadas a todas essas vacinas estão relacionadas à dor local e eventual processo alérgico. Em especial para vacina da AstraZeneca (Fiocruz), existe o risco muito baixo de ocorrência de coágulos sanguíneos. Preste atenção aos possíveis sintomas, como falta de ar, dor no peito, inchaço na perna, dor de cabeça e abdominal.
Todos os imunizantes disponíveis hoje passaram por longos períodos de testes e análises e são seguros para a utilização pela população. Caso seja necessário, procure orientação médica, mas evite se expor aos vírus.
Para que todo mundo possa voltar a fazer planos para o período pós-pandemia, é necessário que cada um e cada uma continue tomando os principais cuidados de higiene e segurança. Se precisar sair, lembre-se de usar máscara e levar o álcool em gel, além de manter o distanciamento social.
Além de docente, Ana Paula Duarte de Souza é graduada em Farmácia Bioquímica e Análises Clínicas (UFSM), tem mestrado em Biotecnologia (UFSC) e doutorado em Biologia Celular e Molecular (PUCRS) com sanduíche na University of Melbourne na Austrália (2009) e pós-doutorado na área de Imunologia (PUCRS).
A Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) promoveu nesta semana o bate-papo online Vacinei, e agora?, que abordou a importância e os efeitos da imunização contra a Covid-19.
O convidado foi o médico Fabiano Ramos, chefe do serviço de Infectologia do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) e líder do estudo de desenvolvimento da vacina Coronavac no Rio Grande do Sul, que contou com mais de mil voluntários/as.
Confira a gravação completa do evento e saiba mais sobre o processo de imunização:
Desde o início de fevereiro, Carolina Martins Carvalho, estudante do 9º semestre do curso de Enfermagem, integra o grupo de estudantes e professores da PUCRS que estão atuando nas equipes volantes da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) para a Campanha de Vacinação contra a Covid-19 em Porto Alegre. Mas hoje, dia 30 de março, ela vacinou alguém muito especial: Janita Maria Martins Carvalho, de 68 anos – sua mãe.
O momento, também acompanhado pelos demais colegas e professores que atuam na imunização, aconteceu no drive-thru instalado no Campus da PUCRS. “Quando se aproximou o dia de me vacinar, eu comecei a ficar nervosa. Estou emocionada por ter sido vacinada pela minha filha e por ver ela se formando e fazendo tudo isso. Só tenho a agradecer a Deus pela filha que eu tenho e agora mais ainda por vê-la salvando vidas”, destacou Janita.
A história de Carolina com a profissão, na qual está quase se formando, também tem um detalhe marcante. Há um tempo, quando seu pai precisou ficar hospitalizado por um longo período e ela teve de acompanhá-lo, cursava a graduação em Direito. Foi no período em que esteve com ele no hospital que despertou o interesse pela Enfermagem e pelo cuidado com as pessoas.
“Quando olho para trás, lá em 2017, não sabia quase nada, meu primeiro contato com hospital foi com meu pai internado. Quando entrei na graduação é que fui entender melhor o que é esse cuidado direto com o paciente e hoje, ter a oportunidade de vacinar a minha mãe, é incrível. É um momento único”, comemora.
Em 2020, a profissão de Enfermagem naturalmente estaria em evidência, pois o ano havia sido definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Ano Internacional da Enfermagem. Junto do reconhecimento, veio um momento inesperado e complexo em que a profissão é, mais do que nunca, uma das mais importantes do presente e do futuro.
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*Conteúdo atualizado em 22 de março, quando a vacinação iniciou para pessoas a partir de 73 anos.
A partir desta quinta-feira, 18 de março, o Campus da PUCRS passa a integrar o grupo de unidades de saúde e drive-thrus para vacinação contra a Covid-19 em Porto Alegre. A imunização para idosos acima de 74 anos acontecerá diariamente, das 9h às 17h.
Organizado no estacionamento da Universidade pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em parceria com as farmácias Panvel, o acesso dos carros ao local se dá pela Av. Ipiranga 6681, atrás do Centro de Eventos, com entrada ao lado do Museu de Ciências e Tecnologia. A ação também conta com a participação de estudantes da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS.
Para se vacinar, é preciso apresentar documento de identificação com CPF e comprovante de residência em Porto Alegre. Já para a segunda dose, deve ser apresentado além do documento, o cartão de vacinação com registro da primeira dose.
“Nos gera alegria saber que o cuidado concreto com a vida e a esperança da vacina como força capaz de frear a pandemia está acontecendo aos nossos olhos”, ressalta o reitor, Ir. Evilázio Teixeira. Ele destaca ainda que a PUCRS tem compromisso com a cidadania e responsabilidade social e por este motivo está cooperando com a Prefeitura de Porto Alegre e também com o Exército em mais um momento desde a chegada do coronavírus no País.
“A participação de uma instituição com o porte e a tradição da PUCRS é um reforço fundamental nesta força tarefa do município para enfrentar o desafio da pandemia. Com parcerias valiosas como esta vamos avançar cada vez mais na imunização da nossa população”, afirma o secretário municipal da Saúde, Mauro Sparta.
Conforme a SMS for incluindo novos grupos prioritários e ampliando a faixa etária da vacinação, o drive-thru na PUCRS ampliará a vacinação, o drive–thru na PUCRS ampliará a vacinação, podendo chegar a mil aplicações diárias.
Até o momento, 145,4 mil pessoas tomaram a 1ª dose da vacina em Porto Alegre. Enquanto a segunda dose do imunizante já foi aplicada em 68,9 mil pessoas, segundo monitoramento da SMS. Neste dia o município recebe também uma nova remessa de vacinas Coronavac, que chegaram ao Rio Grande do Sul ontem, dia 17. Serão 54.430 primeiras doses para idosos e trabalhadores da saúde.
O Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) integrou os testes clínicos de eficácia da vacina Coronavac, produzida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan – e aprovada para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Junto a outros 15 centros de pesquisa do País, a atuação dos profissionais e a estrutura da Universidade foi fundamental para a aprovação e início da vacinação em todo o território nacional.
Desde o início de fevereiro, estudantes da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e profissionais da saúde do CEUVF também estão atuando em parceria com as equipes volantes da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS) na campanha de imunização contra a Covid-19.
No que se refere à pandemia, em diferentes âmbitos, a Universidade vem contribuindo com instituições e o poder público há um ano: da doação de máscaras, passando pela representação em comitês, até uma força-tarefa e desenvolvimento de pesquisas. Além disso, evidentemente, com todo atendimento realizado no Hospital São Lucas, no InsCer, no Centro de Extensão Vila Fátima e pelos acadêmicos da área da Saúde que estão também atuando na linha de frente em unidades de vacinação.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, além do novo local situado no Campus, a imunização está disponível em 21 unidades de saúde, das 8h às 17h, e em mais dois pontos de drive-thru, nos estacionamentos do Big Sertório e Big Barra Shopping Sul, das 9h às 17h. As informações completas estão disponíveis neste site.
A SMS destaca que a vacinação está garantida para as faixas etárias desta primeira fase da campanha e, por isso, não é preciso chegar cedo. Os pontos de vacinação também estão aplicando a segunda dose em quem recebeu a primeira vacina da Coronavac há 21 dias. Os profissionais de saúde que foram imunizados no dia 6 de fevereiro e precisam fazer a segunda dose da Coronavac devem procurar os centros de saúde Modelo, Santa Marta ou IAPI.
Vacinação de pessoas acima de 73 anos
Desde o início de fevereiro mais de 20 estudantes da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e profissionais da saúde do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima (CEUVF) estão atuando na campanha de imunização contra a Covid-19. Em março, 13 alunos e alunas e cinco docentes do curso de Enfermagem da PUCRS estão auxiliando na Campanha de Vacinação contra a Covid-19 na Unidade de Saúde Modelo de Porto Alegre e na US Santa Marta. Na última semana, 1283 pessoas já foram imunizadas.
Nas próximas semanas o grupo atuará em unidades de saúde do Distrito Docente Assistencial (DDA) da PUCRS, que contemplam as regiões Leste, Nordeste, Partenon e Lomba do Pinheiro. Os DDAs são estruturas de Integração Docente Assistencial (IDA) aos serviços de saúde de Porto Alegre que possibilitam que a realidade das atividades acadêmicas esteja conectada às demandas da comunidade.
A professora Janete Urbanetto, coordenadora do curso de Enfermagem, destaca a relevância da ação para a contenção do coronavírus:
“Participar de um momento tão importante e esperado como esse tem sido muito gratificante para estudantes e professores. Mesmo com toda a complexidade que estamos vivendo, atuar na prevenção primária por meio da vacinação nos traz a esperança de dias melhores e da redução da circulação da Covid-19″.
A do CEUVF segue trabalhando em parceria com as equipes volantes das Secretaria de Saúde de Porto Alegre (SMS). Além disso, em março o CEUVF também passou a ser um dos pontos de vacinação na Capital gaúcha, seguindo as datas e horários previstos pela SMS. Entenda como estão funcionando os modelos de atuação:
O grupo de estudantes, que já tem experiência de campo, também recebeu capacitação, retomando o protocolo de imunização, procedimentos técnicos e de higienização.
A área da saúde permite uma atuação de grande importância para a sociedade. Na PUCRS, estudantes contam com uma estrutura completa de ensino, pesquisa, assistência e inovação. Conheça os diferentes cursos oferecidos!
Além das Escolas de Ciências da Saúde e da Vida e de Medicina, o Campus da Saúde da PUCRS conta com Parque Esportivo, Hospital São Lucas (HSL), Instituto do Cérebro (InsCer), BioHub, Centro de Reabilitação e, em breve, o Centro Interdisciplinar de Saúde.