Até 2050, é estimado que a população idosa mundial dobre, chegando a 1,5 bilhão de pessoas. No Brasil, esse crescimento já vem sendo observado: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas na terceira idade passou de 11,3% da população em 2012 para 14,7% em 2022. Estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991, o dia 1º de outubro considerado como o Dia Internacional das Pessoas Idosas e marca o início do mês em alusão ao tema.
Em 2022, a comemoração da data pela ONU tem a temática Resiliência de pessoas idosas em um mundo em mudança. O objetivo dessa iniciativa é que os países desafiem estereótipos equivocados sobre o envelhecimento, além de permitir que as pessoas na terceira idade atinjam seu potencial. A PUCRS também é comprometida com o desenvolvimento e bem-estar dessa população que cresce cada vez mais no País e no mundo. Dentro da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati), são oferecidas diversas opções de cursos de curta duração, que vão desde idiomas a atividades físicas e instrumentos musicais.
A Unati foi lançada em junho de 2018, alinhada à proposta marista de proporcionar um futuro melhor por meio da educação, contribuindo para compartilhar o espaço da Universidade com pessoas de diferentes idades, sonhos e trajetórias. As aulas nas mais diferentes áreas são desenvolvidas em uma metodologia exclusiva, em turmas reduzidas. Os/as alunos/as contam com uma infraestrutura completa, que contribui para seu aprendizado, e têm o apoio de professores/as qualificados/as.
Um dos propósitos da Unati é fazer da PUCRS uma Universidade mais aberta a pessoas de diferentes perfis. Mesmo quem ainda não é considerado/a idoso/a pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com menos de 60 anos, tem uma oportunidade de continuar estudando. Além de frequentarem as aulas, estudantes da Unati também podem aproveitar todos os espaços da PUCRS, como restaurantes, os ambientes de estudo e lazer do Living 360° e a Biblioteca Central Ir. José Otão, além das atividades culturais promovidas pela Universidade.
Atualmente, o Brasil possui 31,2 milhões de pessoas na terceira idade, segundo o IBGE. E a tendência é que esse número aumente ainda mais nos próximos anos. Com a expectativa de vida aumentando, surge também uma demanda por atividades para esse público.
A Unati oferece certificações em diferentes áreas arte, cultura, música, literatura, idiomas, aspectos cognitivos e muito mais; com o fim de incentivar o desenvolvimento das mais diversas habilidades. A PUCRS tem uma programação especialmente desenvolvida para pessoas que possuem mais de 60 anos e querem experimentar o novo sem precisar sair de casa. São diversas iniciativas, como palestras, cursos e bate-papos, que contam com profissionais renomados/as em diversas áreas do saber.
Possui alguma dúvida? Entre em contato com a Unati pelo telefone (51) 3320-3583 ou pelo e-mail [email protected]. Também é possível comparecer presencialmente na sala 804 do prédio 40 da PUCRS (Av. Ipiranga, 6681). Mais informações podem ser conferidas no site www.pucrs.br/unati.
Na última terça-feira, 31 de maio, a Universidade Aberta da Terceira Idade (UNATI) celebrou seus quatro anos de existência com o lançamento do livro Quem conta um conto…, publicado pela ediPUCRS. A obra foi criada a partir de contos sobre diferentes temas, escritos por alunos e alunas do curso Português e Literatura para a Terceira Idade: Quem Conta Um Conto…, promovido pela UNATI. O evento contou com uma programação especial e sessão de autógrafos.
Durante o evento também foi realizado um sarau com a apresentação da cantora Elisa Meneghetti, acompanhada no violão por Filipe Narcizo. A dupla fez uma apresentação sensível, que exaltou a cantora Elis Regina.
Coordenado pelas professoras Janaína Baladão, Regina Kohlrausch e Ana Márcia Martins, o curso Português e Literatura para a Terceira Idade: Quem Conta Um Conto… teve parte das produções feitas pelos estudantes transformadas em livro. Ao todo, a obra Quem conta um conto… reúne 82 trabalhos divididos em três categorias de contos: fantástico (ou maravilhosos), policial (ou de mistério) e psicológico (ou de caracteres).
Organizadora da obra, a professora Ana Márcia Martins destaca que a ideia de reunir os contos em uma publicação surgiu desde a primeira edição. “A produção de um livro já estava no projeto desde a primeira turma do curso. Juntamos todos os contos e cada um/a montou o seu livro artesanal. Depois, com as edições online do curso, tivemos um número mais expressivo de contos; então, resolvemos propor à ediPUCRS uma publicação com o material escrito entre 2019 e 2021”.
A professora também reforça que a escrita é uma atividade que proporciona autoconhecimento e reflexão, importantes em todas as idades.
“Todos têm muita história para contar. Então, os textos trazem muita reflexão, ora travestida de ficção, ora revelada como em um diário, proporcionando um encontro entre o que sabem da vida e aquilo que ainda esperam dela”.
Professora aposentada e alumna da PUCRS, Eva Cavasotto conta que sempre gostou de escrever poesias, trovas e textos. Inclusive, na juventude, ela participou de duas edições de livros de poesias. Porém, para ela, retomar a prática da escrita, aos 77 anos, foi um desafio.
“Precisei do estímulo da professora Ana para acreditar que ainda poderia escrever. Mas, agora, pretendo seguir escrevendo e participando dos cursos de literatura da PUCRS, porque me fazem muito bem emocionalmente. É uma terapia estudar e trocar ideias com colegas que também participam das aulas”, comenta Eva.
Para a arte educadora Adriana Antunes, de 55 anos, o curso e a escrita também se tornaram fontes de inspiração e bem-estar. “Foi uma atividade terapêutica para aliviar a tensão da pandemia e da espera da aposentadoria estando em casa. Os cursos de Crônica, Conto, Escrita Criativa e Café com Literatura, todos na Unati, deram sequência à vontade de continuar escrevendo. Mudam-se os suportes e os materiais, e a vontade permanece a mesma: ser feliz em processos artísticos e criativos”.
Leia também: 5 dicas: como começar a escrever
A Unati foi lançada em junho de 2018, alinhada à proposta marista de proporcionar um futuro melhor por meio da educação, contribuindo para compartilhar o espaço da Universidade com pessoas de diferentes perfis, idades, sonhos e trajetórias. As aulas nas mais diferentes áreas são desenvolvidas em uma metodologia exclusiva, em turmas reduzidas e apoio de professores qualificados.
Em parceria com o Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG), a startup Dieta Vida realizou recentemente a etapa final do seu projeto-piloto. A atividade contou com um grupo de 30 pessoas, entre 65 e 83 anos, e integra o programa online de reeducação alimentar e qualidade de vida desenvolvido pela startup.
A plataforma apresenta aulas gravadas, curtas e práticas sobre nutrição funcional, terapia holística e gastronomia. Além disso, os usuários podem tirar dúvidas, baixar e-books em PDF e assistir, ao vivo, mentorias sobre como montar uma dieta de forma individualizada.
Embora a startup já houvesse validado a sua metodologia de um ponto de vista técnico, a usabilidade da plataforma e a efetividade para pessoas que procuram uma melhora da saúde por meio da alimentação, a intenção do projeto é legitimar esse modelo para o público 60+ e outros grupos segmentados, como o público empresarial.
A nutricionista e empreendedora Ana Júlia Canfild conta que o projeto teve muita participação e engajamento do público. Essa foi a primeira vez que a startup trabalhou com um grupo nessa faixa etária.
“O piloto foi importantíssimo para provar que mesmo sendo uma solução totalmente online, funciona também para idosos. Outro aprendizado é que tínhamos a impressão de que o engajamento só existia quando a pessoa pagava, mesmo que um valor simbólico, para esse tipo de serviço. Mas vimos que o grupo mobilizou a todos, fazendo com que houvesse um aproveitamento de quase 100%”, pontua.
Ana Júlia ainda comenta que a startup se mostrou uma oportunidade para empresas que querem oferecer esse tipo de serviço como benefício aos funcionários ou que identificaram a necessidade de melhora da saúde e peso de um grupo específico.
Nair Mônica do Nascimento, de 67 anos, conta que perdeu dois quilos em uma semana utilizando a plataforma da Dieta Vida. “Foi supertranquilo acessar a plataforma, aprendi muito com a nutricionista e senti muita segurança. A integração com o grupo também me ajudou nesse processo”.
Irany Salete Coelho, de 66 anos, exalta sua participação no projeto Dieta Vida.
A Dieta Vida é uma healthtech investida e acelerada no HealthPlus, centro de inovação liderado pela GROW e pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A estrutura é conectada ao BioHub, iniciativa que reúne toda a expertise da PUCRS nas áreas de saúde, tecnologia e inovação, envolvendo as Escolas da Universidade, Hospital São Lucas, Tecnopuc e Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer).
A coordenadora do BioHub, Diana Jardim, destaca a importância de viabilizar esse tipo de conexão, que entrega mais saúde para as pessoas e aumenta a autoestima e a longevidade.
“Este case em especial foi lindo de ver! A melhor idade exaltando energia e felicidade com os resultados alcançados! A Dieta Vida transformou a experiência com a tecnologia em algo acessível e prazeroso, oportunizando escala e inovação em saúde e bem-estar”.
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O número de atropelamentos envolvendo pessoas idosas tem despertado a atenção de especialistas de diferentes áreas. Segundo dados do Observatório Nacional de Segurança Viária, esse grupo representa 36% do total de casos registrados sobre esse tipo de acidente no País.
Pensando nisso, a Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC) e o Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG) criaram o folheto gratuito Vida no trânsito, distribuído em órgãos públicos, em empresas e para a população. O objetivo é prevenir os atropelamentos de pessoas idosas, que por se deslocarem com mais frequência a pé, acabam se expondo mais.
Para explicar e tirar dúvidas sobre quais são os principais fatores que influenciam nesses atropelamentos, aconteceu neste mês um encontro online com representantes de ambas as instituições. A gravação completa está disponível no YouTube.
Confira cinco dicas importantes abordadas no bate-papo:
Primeiramente, é importante destacar que o processo de envelhecimento é algo natural, dinâmico, progressivo, irreversível e universal. Por isso os cuidados com a saúde ao longo da vida auxiliam para que as modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas aconteçam de melhor forma.
Como consequência desse processo, há uma progressiva perda da capacidade de adaptação ao meio ambiente, o que deixa o organismo mais vulnerável. Alguns dos aspectos mais frequentes são mudanças no cérebro e na capacidade de atenção, perda da densidade óssea e alterações na pele, além da diminuição da audição, da visão e do olfato, o que pode influenciar diretamente no número de acidentes.
Existe um conselho que quase todos já ouviram em algum momento da vida: “olhe para o lado antes de atravessar a rua”. Mesmo sendo algo básico, o hábito de conferir se não tem alguém ou um automóvel vindo na sua direção antes de atravessar a rua ajuda a salvar muitas vidas. Também é fundamental procurar utilizar as faixas de segurança e/ou esperar as sinaleiras estarem livres para pedestres, quando disponíveis.
Algumas formas de manter o corpo e a mente saudáveis são fazer avaliações clínicas e físicas de rotina, ter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios que auxiliam em aspectos da força muscular, na mobilidade, na flexibilidade, entre outros. O hábito de ler, aprender novos idiomas e praticar algum jogo também são importantes para o desenvolvimento cognitivo.
Caso você sinta fraqueza muscular, tenha histórico de quedas, tonturas ou alguma condição que precise de auxílio, evite sair sozinho/a. Ou, se for necessário, leve consigo um contato de emergência para caso aconteça alguma situação específica ou urgente.
Assista à transmissão completa do evento do IGG com a EPTC que contou com a participação de convidados como Newton Terra, da Escola de Medicina da PUCRS:
Ter uma alimentação inadequada ao longo da vida pode ocasionar problemas de saúde que repercutem no processo de envelhecimento. Da mesma forma, com os cuidados certos, é possível promover a qualidade de vida e atingir a longevidade de forma saudável. Para isso, confira as orientações das nutricionistas Carolina Böettge e Renata Martins, professoras convidadas da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati).
No dia 28 de julho, às 15h, a Unati promove a live gratuita Nutrição e envelhecimento saudável, com ambas as profissionais, transmitida pelo canal da PUCRS no YouTube. Ative o sininho para receber o lembrete do evento!
Carolina e Renata explicam que é possível atenuar os efeitos do avanço da idade. Para isso, é preciso modificar não só a alimentação, mas também adotar um estilo de vida mais saudável, como a prática de atividades físicas e mentais, além do bom convívio social. Conheça os principais aspectos e mitos sobre o tema:
A má alimentação pode causar danos tanto por déficit, quanto por excesso. A escassez de nutrientes contribui para a desnutrição, um distúrbio nutricional observado em idosos/as e que está associado à perda da capacidade funcional, ao comprometimento da função muscular, à diminuição da massa óssea, à disfunção imune, além do aumento do período e da frequência de internações hospitalares e da mortalidade.
Já o excesso, principalmente de alimentos industrializados, ricos em sal, açúcares e gorduras, pode causar o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dentre elas, a obesidade, o diabetes, a dislipidemia (níveis elevados de gordura no sangue), a hipertensão e as doenças cardiovasculares.
As DCNT são comuns no envelhecimento, elas tendem a se agravar quando ocorrem em conjunto e estão vinculadas a implicações clínicas, como o declínio funcional do idoso, agravando suas limitações e se associando à perda de independência e de autonomia, o que contribui para a síndrome da fragilidade.
É comum se deparar com propagandas e “conteúdos” que atribuem efeitos milagrosos a alimentos e nutrientes. Porém, na grande maioria dos casos, não há evidências científicas que os comprovem. Geralmente são promessas de tratamentos e até de cura para as DCNT ou de combate ao envelhecimento.
Esses mitos surgem de repente e, na maioria das vezes, têm a função de compensar os maus hábitos alimentares, provocando falsas expectativas em consumidores/as.
O envelhecimento é um processo inerente ao ser humano, que pode ser saudável ou patológico, de acordo com as escolhas ao longo da vida. Ou seja, não há como evitar esse processo, mas é possível envelhecer com qualidade.
Para usar os alimentos ao seu favor e atingir a longevidade com saúde é importante dar preferência a produtos in natura e/ou minimamente processados, se hidratar, consumir fibras e ter variedade alimentar. Também é indicado evitar o excesso de carboidratos refinados (como o açúcar branco), industrializados com altos teores de sal, conservantes, aromatizantes e produtos fora da época de consumo (que podem conter mais agrotóxicos para sua produção).
Uma dieta saudável deve ser equilibrada e variada, de preferência personalizada e acompanhada por profissionais da área de Nutrição.
Quer aprender ainda mais sobre como incluir hábitos alimentares saudáveis na sua rotina para envelhecer bem? Participe da live Nutrição e envelhecimento saudável, no dia 28 de julho, às 15h, pelo canal da PUCRS no Youtube.
A experiência e as habilidades desenvolvidas com a maturidade podem ser grandes aliadas no aprendizado de novos idiomas na vida adulta e na terceira idade. Esse público tem mais facilidade para aprender com um professor explicando as regras linguísticas e gramaticais em sala de aula, da forma tradicional, do que as crianças, por exemplo.
Esse conceito é conhecido como conhecimento explícito, aquele que pode ser compartilhado por meio de recursos como textos, imagens, infográficos, vídeos, entre outros materiais. Já as crianças têm mais facilidade para aprender imitando, o que é importante para a sua socialização nessa idade.
Segundo o Centro de Assuntos Bilíngues da Universidade de Edimburgo, na Escócia, nem tudo vai ladeira abaixo com a idade: “As crianças pequenas não são tão boas no aprendizado explícito porque não têm controle cognitivo, capacidade de atenção e memória”.
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Uma boa forma de tornar um o ensino mais atraente e afetivo é elaborando abordagens personalizadas, de acordo com as características de cada turma. Pensando nisso, a Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) oferece cursos voltados para esse público sobre temáticas variadas, que vão desde idiomas a atividades físicas e instrumentos musicais.
As aulas acontecem em diferentes turnos e contam com infraestrutura completa para atender estudantes, com turmas reduzidas, didática exclusiva e corpo docente qualificado, além de valor diferenciado para o público com idade acima dos 60 anos. Saiba mais sobre as turmas de idiomas com inscrições abertas para começo em agosto e garanta o desconto de 50% nas matrículas antecipadas!
Apesar de haver diferentes estudos sobre o tema, não existe consenso sobre qual é a melhor idade para aprender outra língua. Um questionário realizado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) com quase 670 mil pessoas mostrou que o ideal é se dedicar a praticar novos idiomas a partir dos dez anos. Mas os resultados também concluíram que a fluência só é atingida por volta dos 30 anos e que o aprendizado é contínuo ao longo da vida.
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Os institutos da PUCRS geram impacto e beneficiam diferentes setores da sociedade com ações, projetos e serviços. Entre eles estão o Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) e o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), que durante a pandemia ocasionada pela Covid-19 tiveram uma atuação marcante. Mais uma vez, a Universidade mostra sua relevância em momentos de crise, buscando soluções para problemas complexos. Conheça algumas iniciativas dos Institutos da PUCRS no combate à pandemia.
O Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG) se dedica a ações interdisciplinares relacionadas ao envelhecimento humano. Para isso, são realizadas pesquisas que contam com laboratórios e com um corpo docente altamente qualificado. A Universidade Aberta para Terceira Idade (Unati), que busca promover o envelhecimento saudável e com autonomia, também faz parte do IGG. Foi nessas duas frentes que esse instituto atuou diante os desafios pandêmicos.
Visando acompanhar, durante o período de um ano, idosos em idade avançada e com saúde vulnerável provenientes do SUS, o IGG está desenvolvendo a pesquisa Marcadores sociodemográficos, comportamentais, clínicos e moleculares para a identificação de idosos com risco de infecções graves pela Covid-19. Coordenada pelo diretor da instituição, Douglas Kazutoshi Sato, ela foi contemplada pelo edital PPSUS da Fapergs e é realizada em parceria com o Hospital São Lucas.
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Com esse estudo, a instituição espera compreender de que forma esses idosos são afetados pela Covid-19, como o sistema imunológico deles responde às vacinas e à infecção pelo vírus e identificar marcadores para outras infecções. A partir dos resultados dessas análises poderão ser realizadas ações de combate ao coronavírus, como a criação de protocolos clínicos específicos para o manejo da doença nessa população, o incentivo para a criação de políticas públicas de saúde voltadas à proteção do idoso no SUS, especialmente os que estão sujeitos a quadros mais graves da doença, e contribuições com o plano nacional de prevenção de infecções e vacinação em idosos.
Outra pesquisa de destaque também foi realizada pelo professor Sato, em parceria com a Universidade de Keio, em Tóquio. Denominado Hábitos comportamentais de japoneses, descendentes e não descendentes de japoneses diante da pandemia pela Covid-19, o projeto está tendo seus dados analisados, mas indica que diferenças comportamentais e culturais podem ter contribuído para a discrepância no número de contaminações ao comparar ambas as populações. O estudo foi realizado por meio de um levantamento de dados pela plataforma Qualtrics e participaram dele 4.704 indivíduos, 2.685 do Brasil e 2.019 do Japão. O objetivo é de que essa pesquisa possa auxiliar na revisão das medidas profiláticas adotadas em pandemias, identificando hábitos comportamentais preventivos que contribuem para a preservar a saúde.
Além disso, através da Unati, o IGG promoveu conteúdos, lives e cursos voltados aos idosos, incluindo eventos gratuitos. Essa é uma maneira de fornecer conhecimento a esse público, além de facilitar a interação com outras pessoas da mesma faixa etária, o que é de extrema importância durante a pandemia para auxiliar no cuidado à saúde mental do idoso.
Já o InsCer atua em duas frentes: na pesquisa e na assistência. Para oferecer o melhor resultado à população em cada uma delas, conta com um time de neurocientistas renomados internacionalmente e oferece exames de imagem com tecnologia de alto nível. Suas ações durante a pandemia foram voltadas, principalmente, a problemas cotidianos, como as dificuldades de aprendizado de crianças em idade de alfabetização sem atividades presenciais nas escolas, diagnósticos de casos suspeitos de Covid-19 e alterações neurológicas e psicológicas causadas tanto pelo isolamento social quanto pela contaminação pelo coronavírus.
Já no começo da pandemia no Brasil, em abril de 2020 o Laboratório de Biologia Molecular e Imunologia do InsCer passou a oferecer exames RT-PCR – responsáveis por detectar a infecção pela Covid-19 durante o período sintomático da doença – com resultado em 24h para empresas, escolas e pessoas físicas. Mais tarde, disponibilizou o teste RT-PCR Fast, com resultados que saem em 4h, de acordo com janelas específicas durante o dia. Todos os laudos são emitidos em português, inglês e espanhol. Além disso, também foi oferecida a coleta domiciliar do exame, no intuito de auxiliar no diagnóstico de quem não tem a possibilidade de sair de casa, como idosos acamados, por exemplo.
Saiba mais: InsCer oferece diferentes opções de exame RT-PCR para Covid-19
Enquanto isso, pensando na realidade de ensino remoto, a qual impediu crianças de frequentarem presencialmente instituições de ensino, o Instituto desenvolveu o aplicativo Graphogame, um jogo educacional que tem como objetivo auxiliar crianças de 4 a 9 anos no processo de alfabetização. Ele chegou no Brasil por meio do Ministério de Educação, em iniciativa conduzida pelo pesquisador do InsCer, Augusto Buchweitz.
Por fim, o Instituto do Cérebro, que é referência em pesquisas sobre questões relacionadas à Neurociência, também se destacou na área durante a pandemia, liderando três importantes estudos sobre o assunto:
Além disso, pesquisas relacionadas ao coronavírus realizadas pela instituição foram publicadas em revistas internacionais.
Essa é a última de uma série de matérias que compilam ações da Universidade no combate à pandemia.
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Apesar de a Doença de Alzheimer não ter cura, o seu diagnóstico não é uma sentença. Quanto mais cedo é identificada, melhor é a sua resposta aos tratamentos. O Instituto Alzheimer Brasil (IAB) estima que mais de 45 milhões de pessoas tenham algum tipo de demência no mundo e que esse número irá dobrar a cada 20 anos.
No País, dentre a população com mais de 60 anos, cerca de 2 milhões têm Alzheimer (a demência mais comum), de acordo com o IBGE, sendo também o grupo de maior incidência.
Para tirar dúvidas sobre o tema e apresentar as novidades na área, no dia 30 de junho, às 15h, acontece o bate-papo online Quando a memória falha, é Alzheimer? pelo canal da PUCRS no YouTube, promovido pela Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati).
O convidado para o encontro é o médico neurologista Lucas Schilling, que também é professor da Escola de Medicina da PUCRS e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer).
O médico explica que a Doença de Alzheimer hoje é compreendida como um processo biológico progressivo, onde há o acúmulo de proteínas (Beta-Amilóide e Tau) no cérebro de pacientes. Esse processo leva à neurodegeneração e ao comprometimento cognitivo. Segundo o neurologista a ciência tem sido uma importante aliada na busca por soluções:
“Em termos de tratamento, existe a perspectiva de que em um futuro próximo tenhamos medicações específicas para evitar o acúmulo dessas proteínas no cérebro dos pacientes com Alzheimer. Dessa forma, teríamos terapias mais efetivas e promissoras para o tratamento da doença”.
Os biomarcadores (que indicam a presença de alterações características da doença) são um dos grandes avanços na área e vem contribuindo para um melhor entendimento sobre Alzheimer.
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As demências são sintomas cognitivos e sociais que afetam nas atividades do cotidiano por interferirem em funções do cérebro, como a memória e o discernimento. Lucas ressalta que além da idade, outros fatores podem influenciar no desenvolvimento de Alzheimer e até mesmo no agravamento da doença:
“São questões relacionadas ao estilo de vida, como a prática de atividades físicas, ter uma alimentação adequada, evitar tabagismo e álcool em excesso e controlar os fatores de risco cardiovasculares (como hipertensão, diabetes e colesterol elevado)”.
Um estudo realizado pela UFPEL neste ano mostra que o Brasil pode ter 4 milhões de pessoas com Alzheimer em 2050 e que população negra tem menor acesso ao diagnóstico. Além disso, a doença pode desencadear quadros de depressão, como tristeza e problemas emocionais.
Ative o sininho no YouTube e recebe o lembrete para a live Quando a memória falha, é Alzheimer? que acontece no dia 30 de junho, às 15h, pelo canal da PUCRS:
Respeitar a integridade física e psíquica e incentivar a denúncia de ações violentas contra as pessoas idosas. Apesar de parecer uma concepção simples e de conhecimento comum, esta é uma reivindicação que segue atual. Só no primeiro semestre de 2021, foram registradas mais de 33,6 mil violações contra os direitos desse público no Brasil. No começo da pandemia da Covid-19, esse número cresceu 59%.
Os dados são do serviço telefônico Disque 100 e reforçam a importância do Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, marcado pelo dia 15 de junho. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2006.
Para falar sobre o tema, convidamos três especialistas no assunto em diferentes áreas do conhecimento: Anelise Crippa; doutora em Gerontologia Biomédica pela PUCRS e professora do IPA; Irani Argimon, professora do curso de Psicologia e do Programa de Pós-graduação em Geriatria e Gerontologia da PUCRS; e Maria de Azambuja, professora na Escola de Direito da PUCRS e pesquisadora sobre o tema da violência.
Confira as explicações de alguns conceitos e orientações passadas pelas profissionais:
Qualquer pessoa acima de 60 anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este grupo é formado por 28 milhões de brasileiras e brasileiros. Ou seja, 13% da população, e deve chegar a 26% nas próximas décadas, tornando o tema importante também para a elaboração de mais políticas públicas.
Em 2030 essa população deve ultrapassar o total de crianças entre zero e 14 anos e tornar o Brasil um dos países com o maior número de pessoas na terceira idade.
Um levantamento divulgado em 2019 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que mais de 60% dos casos de violência contra a pessoa idosa ocorrem em seus lares, causados por familiares e pessoas próximas. As mulheres costumam ficar mais vulneráveis em casa, já os homens são mais agredidos na rua.
Não são apenas as agressões físicas que preocupam as especialistas, mas também as psíquicas, emocionais e outros tipos de negligência. Conheça algumas:
O sofrimento emocional ou abuso verbal também podem causar falta de apetite, perda de peso, mudanças no comportamento, falta de higiene, manchas no corpo e justificativas vagas ou repetidas.
As denúncias podem ser realizadas pelo serviço telefônico Disque 100, de forma anônima. Basta apenas uma ligação para ajudar. Para formalizar o registro é necessário informar dados como os nomes das pessoas envolvidas, endereço e a descrição do fato para que o órgão competente investigue.
Os casos relacionados com crimes são de competência da Delegacia de Proteção ao Idoso. Em Porto Alegre, ela fica localizada na Avenida Ipiranga, nº 1803, bairro Santana. Confira este e outros serviços destinados a grupos vulneráveis no Rio Grande do Sul.
O Ministério Público também recebe denúncias relacionadas ao assunto, como negligência, abandono, falta de auxílio da família, dentre outros fatores.
As legislações mais específicas disponíveis hoje são a Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso. Porém, as professoras ressaltam que ambas precisam evoluir, garantindo, por exemplo, maiores facilidades de acesso ao sistema de Justiça e aos órgãos de proteção.
Saiba mais: Manual para idosos e seus cuidadores promoverem a qualidade de vida em casa
Breves caminhadas no trajeto entre compromissos, uma pausa para se alongar após algumas horas em frente ao computador, exercícios físicos em lugares especializados e ao ar livre. Essas são apenas algumas das atividades que ficaram menos frequentes ou se tornaram inexistentes em meio à pandemia da Covid-19. Como forma de mostrar alternativas para manter o corpo em movimento e promover um estilo de vida mais saudável com o passar dos anos, a Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) organizou duas atividades online sobre o tema.
“Movimento é vida. A vida é um processo. Melhore a qualidade do processo e você melhora a própria vida”, já dizia Moshe Feldenkrais, cientista e mestre de jiu-jitsu e judô que criou o método que leva seu nome. No Método Feldenkrais, o corpo humano é a ferramenta fundamental para a realização de processos evolutivos profundos.
O tema será foco da Oficina de Movimento Consciente, que acontece de 21 de junho a 26 de julho, no turno da tarde, com a professora convidada Gabriela Guaragna, formada em dança, Arteterapia, Expressões Criativas e no Método Feldenkrais.
Para participar da oficina é necessário se inscrever pelo site da Unati, e as vagas são limitadas. O investimento é de R$ 199,00 para o público geral e R$ 178,00 para alumni PUCRS ou pessoas com mais de 60 anos.
Gabriela afirma que, independentemente da idade, o importante é se manter uma pessoa ativa:
“O que precisamos é criar movimentos diferentes dos nossos habituais, para não nos tornarmos rígidos demais em determinadas áreas e sem movimento em outras”.
Ao fazer isso, não somente a musculatura é ampliada, mas também a forma de ver a vida e a si mesmo/a. Com o tempo, é comum que alguns hábitos se tornem mais difíceis, podendo causar dores e desconfortos. Movimentar-se com mais consciência pode tornar os exercícios e atividades diárias mais prazerosos e fáceis, explica a professora.
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No dia 26 de maio, às 15h, acontece a live Como se exercitar sem sair de casa?, também com Gabriela Guaragna, junto com o professor Rafael Baptista, do Programa de Pós-graduação em Gerontologia Biomédica da Escola de Medicina da PUCRS e dos cursos de Educação Física e Nutrição da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS.
O encontro será transmitido pelo canal da PUCRS no YouTube e abordará formas simples de praticar atividades físicas dentro do espaço que você tem em casa.
Confira algumas orientações preparadas por Rafael:
Gostou das dicas? Salve o evento na sua agenda e aprenda ainda mais no dia 26 de maio, às 15h, pelo canal da PUCRS no YouTube.
A Oficina de Movimento Consciente traz lições de um estudo feito na Austrália, baseado no Método Feldenkrais, que demonstrou melhora no equilíbrio de pessoas idosas. A turma irá aprender a se mover de formas não habituais, com ainda mais atenção. Alunos e alunas serão instigados/as a realizar movimentos pequenos, para que possam perceber todas as partes que estão envolvidas naquela ação.
Esta atividade se propõe a ajudar o/a aluno/a se mover com mais integridade e dar mais qualidade para movimentos da sua vida diária. “Quando movimentamos nossa cabeça para os lados, por exemplo, movemos nossa coluna inteira, nossos ombros, nosso peito, em maior ou menor grau, desenvolvendo também a capacidade proprioceptiva”, acrescenta Gabriela.
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