No dia 22 de junho, às 17h30min, o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural, a Escola de Humanidades – Curso de Letras e a Editora Movimento lançam a segunda edição do livro Um Quarto de Légua em Quadro, de Luiz Antonio de Assis Brasil, como parte do projeto cultural Entreatos. Com a obra, Assis Brasil estreou como escritor, em 1976, e recebeu o Prêmio Ilha de Laytano. Formado em Direito em 1970, exerceu a advocacia por dois anos e ingressou como professor da PUCRS em 1975, primeiro no Direito e depois na Letras. Hoje, além de ministrar as aulas e a Oficina de Criação Literária (com mais de 40 antologias publicadas), é coordenador-geral do Delfos.
A solenidade terá uma mesa-redonda coordenada pela professora Maria Eunice Moreira, do curso de Letras, e contará com a participação do editor Carlos Jorge Appel, da Movimento, e dos professores Léa Masina (UFRGS) e Antonio Hohlfeldt (Faculdade de Comunicação Social/PUCRS), este o primeiro crítico literário de Assis Brasil. Na ocasião, o autor autografará a nova edição. O evento, que contará com o violoncelista Celau Moreyra, será no hall da Biblioteca Central.
Situado no período de 1752-1753, primórdios do povoamento açoriano do Rio Grande do Sul, o romance, escrito em forma de diário pelo médico Gaspar de Fróis, discute as raízes e a gênese do povo. Em Um Quarto de Légua em Quadro, o drama pessoal de Gaspar se funde ao drama coletivo; sem o desejar, o médico torna-se cúmplice e partícipe de fatos que nunca desejou que tivessem acontecido. Obra de estreia, esse romance viria estabelecer o caminho estético do autor.
Assis Brasil começou a escrevê-lo em 1974, quando teve uma doença que o deixou hospitalizado e necessitou de cirurgia. “Minha intenção original era escrever uma obra histórica sobre o povoamento açoriano no Rio Grande do Sul. Pois virou romance, e desde aí não parei mais”, contou, em entrevista, a José Pinheiro Torres. Em 2005, foi lançado o filme Diário de um Novo Mundo, baseado em Um Quarto de Légua em Quadro, com direção de Paulo Nascimento. Estrelado por Edson Celulari e Daniela Escobar, foi premiado no Festival de Gramado como melhor roteiro (Pedro Zimmermann) e prêmio da audiência.