Alunos do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo da PUCRS terão a oportunidade de vivenciar a rotina de uma agência de viagens dentro do Campus. Eles atuarão como estagiários na unidade da Central de Intercâmbio (CI) que será inaugurada nesta quarta-feira, 24 de agosto, no Laboratório de Hospitalidade, subsolo do prédio 40. “O atendimento será realizado somente pelos estudantes, com a minha supervisão. A ideia é fornecer a eles a oportunidade de colocar em prática o conhecimento adquirido no curso”, diz a coordenadora do projeto, professa Ana Flora Bestetti.
O atendimento da agência será direcionado à comunidade universitária (professores, alunos e técnicos-administrativos), com o objetivo de favorecer a internacionalização. O espaço funcionará de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h. Estudantes da PUCRS poderão ter passagens aéreas com preços diferenciados em alguns programas. A inauguração será às 17h.
Fundada em 1988, a CI é uma empresa de intercâmbio e turismo jovem. Conta com mais de 90 lojas em todo o país e assessora interessados em viajar para intercâmbios, cursos de idiomas no exterior, mochilão, trabalho voluntário no exterior e estágios, entre outros.
Nesta terça-feira, 31 de maio, o Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da PUCRS promove o evento Turismo em Porto Alegre. A partir das 19h, no saguão do prédio 50 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre), ocorrem atividades abertas ao público e com entrada franca com o objetivo de apresentar os pontos turísticos da Capital gaúcha. A exposição é o resultado de um trabalho realizado ao longo do semestre pelos alunos da disciplina de Planejamento Turístico, do 5º semestre. Entre os segmentos de turismo apresentados no evento estão rural, náutico, criativo, cultural, LGBT e de eventos.
Um projeto de caráter sustentável está sendo desenvolvido pela PUCRS na Ilha da Pintada, que integra o Parque Estadual Delta do Jacuí e o bairro Arquipélago de Porto Alegre. Composto por mais 15 ilhas, entre elas a Ilha Grande dos Marinheiros, a Ilha das Flores e a Ilha do Pavão, o bairro comporta mais de 8 mil moradores. A motivação surgiu a partir do Stand Up Paddle (SUP) – em português, Remo em Pé (REP), esporte praticado há mais de 55 anos nas Ilhas do Havaí e, no Brasil, desde 2005, com muitos adeptos à modalidade na Capital. “Pelo perfil do público e o nível cultural dos praticantes de Stand Up, pensamos em levar a população do continente para a Ilha por meio da remada, para que conheçam a riqueza cultural e natural da região”, acredita um dos idealizadores do projeto, o professor dos Cursos Superiores de Tecnologia em Hotelaria e de Gestão de Turismo Fabrício Silveira de Souza.
Segundo o professor, a ilha tem grande potencial de mercado para práticas de turismo sustentável: “Ela está próxima ao Centro de Porto Alegre e de um dos principais pontos turísticos da cidade, que é a Usina do Gasômetro. Tem importância histórica no processo de formação da cidade, e a singularidade da cultura açoriana”, resume. Em abril, a proposta esteve em debate durante a primeira visita técnica na ilha. Junto com o professor, o aluno do curso de Turismo, Matheus Colvello, estagiário do setor de eventos do Laboratório de Hospitalidade da PUCRS, fez o reconhecimento da estrutura turística, visualizando o que já existe, como o Museu Itinerante, que reforça a memória do bairro, mas está em fase de maturação. Além disso, analisaram os atrativos naturais e culturais explorados pelas visitas guiadas, e identificaram os principais agentes que movimentam a economia local, como a prática da pesca e a culinária tradicional conhecida por meio do prato típico Tainha na Taquara, servida aos domingos, na Colônia de Pescadores Z5 (onde as embarcações turísticas ancoram).
Há também o artesanato, bastante conhecido por meio da Art’Escama, que integra a Associação dos Artesãos da Ilha da Pintada e é formada por mulheres artesãs que ganham a vida transformando escamas de peixes em brincos e anéis. Também conversaram com as principais lideranças comunitárias, conheceram o Centro Administrativo Regional Ilhas, que atende as demandas da ilha, e a Associação dos Artesãos Amigos e Pescadores da Ilha da Pintada.
Segundo Silveira, o Museu Itinerante é uma ação recente que desperta nos ilhéus a valorização da cultura local e a relação de pertencimento. Porém, ele destaca, é preciso estimular o turismo, gerando renda e movimento: “o que ainda não ocorre na região é um grande fluxo de pessoas que gere constante movimentação econômica”. Para suprir a carência, o projeto propõe a realização de oficinas nas escolas da Ilha, com a produção de diversos Stand Ups que utilizem garrafas pets, entre outros materiais recicláveis, além de uma competição de SUP, pensada a partir da análise do mercado.
“Os moradores podem empreender tanto no ramo de produção do Stand Up, como no aluguel do mesmo, e, a partir dos eventos, fomentar a gastronomia, as visitas guiadas na ilha, estimulando a qualificação da estrutura urbana e, consequentemente, da própria qualidade de vida”, garante o professor. “Quem dita como o mercado funciona é o cliente, por meio dos seus desejos”, explica Silveira. A partir disso, a pretensão é também implantar na ilha ações de Hospedagem Alternativa, que é uma prática parecida com o AirBNB, (onde os moradores vão poder se cadastrar e oferecer o aluguel de uma casa ou de um quarto para os visitantes); e o Couch Surfing, atendendo o visitante que deseja vivenciar os hábitos e conhecer a cultura do local, sendo guiado por um morador da ilha, sem custo. Essa proposta busca também estimular a participação dos adolescentes. “Eles precisam ter demanda e fluxo de pessoas, então é interessante “arrumar a casa” para gerar uma boa experiência turística. Pensando nisso, vamos promover oficinas em união com outros agentes do poder público, para que os moradores tenham um mínimo de noção sobre atendimento, hospitalidade e turismo”, finaliza.
Para a realização do projeto, serão firmadas parcerias com associações e entidades, com o objetivo de tornar a região referência e ponto de encontro dos praticantes do SUP, além de movimentar o local e as relações de seus moradores. Conheça mais sobre o esporte pelo site cbsup.com.br.
Ao chegar no último semestre do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo da PUCRS, os alunos se deparam com um grande desafio: criar um projeto turístico inovador para algum município gaúcho. Neste primeiro semestre, a cidade escolhida é Veranópolis. Os alunos, divididos em três grupos, desenvolverão ações relacionadas à longevidade; gastronomia e religiosidade; promoção, marketing e eventos turísticos, tendo como foco a inovação para o turismo, a partir de métodos e metodologias. A prática ocorre semestralmente há três anos e já atendeu as cidades de Guaíba, Porto Alegre, São Lourenço do Sul, Nova Petrópolis, Ivoti, Montenegro e Osório. Futuramente a ideia é trabalhar com municípios que comportam a mesma região turística, como a Costa Doce, o Litoral, a Região Metropolitana, a Serra Gaúcha na Região das Hortênsias, a Serra Gaúcha na Região Uva e Vinho e também a região do Vale do Caí.
O objetivo da disciplina de Desenvolvimento de Projetos Turísticos Sustentáveis, segundo o coordenador do curso, Maurício Schaidhauer, é preparar os alunos para o mercado de trabalho. “O principal exercício é o crescimento profissional. Eles precisam se organizar e planejar”, explica. Serão realizadas visitas técnicas ao município e reuniões com gestores. Nos encontros, são apresentados os planos já existentes e, a partir disso, identificadas as carências de cada setor. Até chegar às propostas finais, o grupo pesquisará projetos turísticos ao redor do mundo, no RS e no Brasil. Ao final, as propostas são apresentadas num encontro com o prefeito, secretários e empreendedores da cidade.
Os projetos são voltados para a sustentabilidade econômica, social e ambiental. “A consciência ecológica e ambiental será parte integrante de todos os trabalhos”, complementa o professor. “O planejamento é feito com a intenção de que não ocorram prejuízos para a região, como uma superlotação ou falta de luz e água”, completa.
Claudia Eleone Fernandes, 50 anos, terá a missão de desenvolver um Plano de Marketing para Veranópolis. “Na visita técnica descobrimos que eles são auxiliados por outros municípios nessa área, não contam com um planejamento específico. Será um grande desafio desenvolvê-lo”, antecipa. No local, Claudia percebeu o grande potencial turístico da região. “Poderemos trabalhar com a questão da altitude, belezas naturais, a longevidade e gastronomia com a maçã, que é um produto típico de lá”. Veranópolis sediará, em 2018, o evento Festa Nacional da Maçã, a Femaçã, que poderia potencializar o ecoturismo. “Vamos propor, ainda, a implantação de hostels, fazendo a chamada aculturação, que promove uma troca daqueles que moram lá com os que estão indo conhecer o local”, detalha. Claudia tem formação em Letras, foi professora de redação em cursos pré-vestibulares e, atualmente, é aluna de Turismo e estagiária do Laboratório de Hospitalidade da PUCRS.