Entre reflexões e risadas, a atriz Denise Fraga alegrou a noite de terça-feira, 3 de setembro, no bate-papo realizado no auditório da Escola de Humanidades. Em uma parceria entre o Theatro São Pedro e o Instituto de Cultura da PUCRS, o evento contou com mediação do diretor do Instituto e professor Ricardo Barberena e o ator e diretor do Grupo de Teatro Universitário da PUCRS (GTU) Charles Dall’Agnol. Também serviu como um aquecimento para sua mais nova peça, Eu de Você, que estreia nesta sexta-feira, 6 de setembro, com sessões também no sábado e no domingo.
“A gente viveria melhor acompanhado da arte. A arte ajuda você a se reconhecer” foi uma das frases que Denise Fraga argumentou sobre a importância de ler, de ir ao teatro ou ao cinema, assuntos que passaram pelas suas falas. A atriz também lembrou do tema que mais gosta de trabalhar: os encontros do poético e da cultura com a vida cotidiana, em que citou as obras do dramaturgo Bertolt Brecht, uma das suas maiores inspirações.
A vida cotidiana, o humor e a alteridade são tópicos que percorrem grande parte de sua carreira, como o quadro Retrato Falado no Fantástico, em que interpretava relatos inusitados de telespectadores. Em Eu de Você, Denise retoma essa temática com histórias que coletou nas redes sociais traçadas com poetas e referências artísticas.
O limite entre o ético e o cômico
Por mais de uma vez, Denise defendeu o poder do humor como um artifício importante de inteligência e eficácia. “O humor requer de você, faz você pensar. Você ri daquilo que você entende, então a risada é como se fosse uma certeza de que a pessoa entendeu. E o legal é a possibilidade de divertir, comunicar, emocionar e ao mesmo tempo rir”, explicou. A atriz garantiu que existe uma linha que separa o humor da ética, pois o conteúdo das comédias não pode ser avaliado a partir de quantas risadas tiveram ou de como foram essas risadas, mas sim, do tipo de ideia que o comediante quer despertar. Esse limite garante que o cômico ajude a construir o tipo de mundo em que se vive, filtrando o que pode ser aceitado ou não socialmente.
O principal elemento da atuação
Quando questionada pelo ator Charles Dall’Agnol sobre qual seria a principal qualidade da atuação, Denise falou sobre a verdade. Ela comentou sobre a técnica de pegar emprestado a história e a vida de quem está se interpretando e colocar nos palcos, que reforça a autenticidade do papel.
A atriz ainda lembrou da época em que fazia a peça A Vida de Galileu, originalmente escrita por Bertolt Brecht e Hanns Eisler, em que interpretava um Galileu gordo e que adorava comer, mesmo sendo pequena e cheia de enchimentos. “Quando eu estava atuando como Galileu, sempre torcia para que acreditassem no que eu estava fazendo, porque fisicamente o papel não tinha nada a ver comigo”, acrescentou em meio a muitas risadas.
Empatia
Denise Fraga falou diversas vezes sobre a importância de se praticar a empatia. “A gente só é aquilo que a gente é quando reverbera no outro”, comentou. Para a atriz é valoroso refletir sobre a ressignificação da nossa comunicação, não apenas falar sobre suas angústias e vida, mas aprender a escutar o outro com atenção “um exercício de escuta para voltar a conversa e acabar com o discurso unilateral”. Além da relação com o próximo, Denise deixou um grande ensinamento sobre olhar para a vida de outras maneiras, revisitar de outros modos os mesmos lugares. Para a atriz, a alegria se cria.
A atriz Denise Fraga, com atuações de destaque no teatro, cinema e televisão, estará na PUCRS nesta terça-feira, 3 de setembro, para um bate-papo sobre sua carreira e seu mais recente espetáculo, Eu de Você. A ação é promovida pelo Instituto de Cultura, em parceria com o Theatro São Pedro, e terá como mediadores os professores Ricardo Barberena e Charles Dall’Agnol. O evento ocorre a partir das 19h30min, no Auditório da Escola de Humanidades, (prédio 9 do Campus – Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre), e conta com ingressos a R$10,00, com 50% desconto para a comunidade PUCRS, que podem ser adquiridos na PUCRS Store (no térreo do Living 360°) ou pelo site uhuu.com.
O que seria das artes sem a vida comum? E o que seria de nós sem os poetas? Na sua nova peça Eu de Você, que tem pré-estreia entre os dias 6 e 8 de setembro no Theatro São Pedro, Denise Fraga traz diversas histórias reais em meio a narrativas que têm referências da literatura, música, imagens e poesia. O espetáculo conta com dramaturgia de Geraldo Carneiro, direção geral de Luiz Villaça e Leonardo Moreira, direção musical de Fernanda Maia, direção de arte de Simone Mina, direção de movimento de Kenia Dias e produção de José Maria.
A inspiração para esse projeto nasceu do quadro Retrato Falado, de 2000, apresentado no programa Fantástico para a TV Globo, em que interpretava histórias reais e inusitadas mandadas pelos telespectadores. Além de sua longa trajetória no teatro, e quadros no programa Fantástico, Denise trabalhou recentemente para as novelas A Lei do Amor (2016) e 3 Teresas (2013). Também atuou em diversos filmes, como O Auto da Compadecida (2000) e Por Trás do Pano (1999), que lhe rendeu um Kikito e outros sete prêmios de melhor atriz.
Bate-papo com Denise Fraga
Data: Dia 3 de setembro, terça-feira
Horário: 19h30min
Local: Auditório da Escola de Humanidades, (prédio 9 do Campus – Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre)
Mais informações e ingressos neste link.
A noite de 18 de julho de 2019 proporcionou uma experiência inédita e marcante, no Centro de Eventos da PUCRS, aos mais de 1.800 inscritos e ao carismático casal de atores Lázaro Ramos e Taís Araújo que, pela primeira vez, participou de um bate-papo ao vivo, no formato de arena. Mediado pela jornalista Carol Anchieta e pelo professor Ricardo Barberena, da Escola de Humanidades, a conversa descontraída abordou desde a peça O Topo da Montanha, espetáculo que a dupla encena neste final de semana no Theatro São Pedro, com ingressos já esgotados, aos assuntos que mobilizam suas trajetórias pessoais e profissionais, como representatividade de negros e negras, autoestima, afetividade, cotas raciais e a importância de uma educação pública de qualidade com forma de inserção social. Houve espaço, também, para fartas risadas com o público e lágrimas de emoção. Em uma feliz coincidência, o evento ocorreu no Dia Internacional Nelson Mandela, líder sul-africano que legou à humanidade o empenho pela coesão social e o fim do racismo.
Os 90 minutos de duração do evento pareceram pouco para a infinidade de temas interessantes, que tiveram a interação constante da plateia. A respeito da encenação que os trouxe à Capital gaúcha, reinventando o último dia de vida de Martin Luther King, Lázaro Ramos afirmou que na atualidade está muito difícil falar sobre temas concretos. “A subjetividade está mais fácil para mim, e O Topo da Montanha nos permite isso. A peça também oferece uma alternativa à barbárie que vivemos hoje, possibilitando refletir sobre coisas que parece que não vivemos mais. Nosso sentimento é de levar o amor, o acolhimento”, destacou. Para Taís Araújo, o espetáculo que lota casas em todo Brasil há 4 anos consecutivos vai se ressignificando a cada apresentação e reações do público. “Ele reforça nossas escolhas. A gente fala de afeto, de respeito ao próximo, do quanto o outro é importante. Fazemos uma peça para que as pessoas se sintam potentes, com vontade de fazer alguma coisa, mostrar que o mundo tem jeito”, mencionou.
“Queríamos fazer uma peça para que as pessoas se sentissem potentes.” TAÍS ARAÚJO
O livro Na Minha Pele escrito por Lázaro Ramos, lançado em 2017, foi tema de perguntas de Barberena e dos espectadores, via WhatsApp, assim como as quatro obras voltadas ao público infantil. O professor de literatura da PUCRS questionou sobre referências e a inspiração do autor. Lázaro disse que Na Minha Pele traz mais dúvidas do que respostas, mas permite uma discussão sobre identidade e representatividade. “Sou fruto das minhas dúvidas, dos meus afetos – da consciência de que eu afeto as pessoas e de que sou afetado. Tenho consciência de minhas incapacidades. Aí, num determinado momento, resolvi falar sobre isso. Acho que esse livro é mais sobre dúvidas do que respostas. Pude conversar com as pessoas sem me sentir prisioneiro do que essa luta pode fazer com que a gente fique. Vi que é inevitável ser livre e prisioneiro de quem eu sou”, refletiu.
“É inevitável ser livre e prisioneiro de quem eu sou.” LÁZARO RAMOS
Nas histórias dirigidas a crianças, destacou que já escreveu livros para si e para os filhos João Vicente, 8 anos, e Maria Antônia, 4, e que a redação surgiu de forma natural, sem grandes pretensões. “Tinha vontade de falar com as crianças. Em Sinto O Que Sinto – e A Incrível História De Asta e Jaser, escrevi o livro para a criança que fui. Não tive essa referência e acho importante falar de autoestima e de equilíbrio”, apontou.
Carol Anchieta direcionou a Taís uma pergunta sobre desconstruções de mitos e questionamentos pessoais sobre gênero, raça e os papeis vividos como atriz e apresentadora de tevê. Taís revelou que muitas vezes se sentiu ofendida e exposta com determinadas cenas para a teledramaturgia, experiências que a magoaram bastante. Mas falou que a superação desse sentimento começou a partir das suas novas escolhas. “Nossa carreira é feita de escolhas que são políticas – como aquelas envolvendo nossas posições pessoais – e outras que nos mostram novas possibilidades. Para mim, personagem bom é personagem bom, e ponto. Não tenho o menor problema em fazer uma empregada doméstica, desde que a personagem tenha humanidade e uma história para contar”, asseverou. Continuando a relatar a vida profissional, recordou sua graduação em jornalismo, a pedido dos pais, e a incompleta formação em artes cênicas, que espera retomar para reconectar-se com a universidade.
“Adoro o universo acadêmico. É um fetiche que eu tenho. Só na universidade vou ter acesso para estudar os meus autores e a chance de discuti-los”, declarou. A experiência no programa Saia Justa, do canal por assinatura GNT, também foi recordada. Taís disse que, além de abrir mão da oportunidade para poder dedicar-se à personagem Michele Brau, da série Mister Brau, da Rede Globo, também pediu para sair por dar-se conta de que não tem – e não deseja ter – opinião sobre tudo. Foi aplaudida efusivamente pelo público. Brincalhão, Lázaro disse: “eu tenho, sim, opinião sobre tudo, mas nem sempre falo em público. Tenho a Taís para me ouvir e evitar que eu fale bobagens”. E agradeceu: “Obrigado, amorzinho”, seguido de um coro feminino “ooohhh”, ao fundo.
Sobre o aumento do interesse da população negra na busca de ídolos na contemporaneidade, Lázaro disse que ter referência é algo importantíssimo. Sobre nomes de negros e negras no Brasil, ele dividiu a resposta com Taís. O ator acredita que ser referência não é um privilégio de quem é conhecido. “Por causa dos meus livros, tenho tido a oportunidade de visitar muitas escolas, com professoras fazendo trabalhos belíssimos, mas pouco valorizados. Esse é um movimento bonito. Não existe um formato para que a desigualdade acabe. O que importa são os desejos de transformação”, afirmou. Sobre a peça, recordou que resolveu encená-la por não conhecer e entender Martin Luther King. Com o tempo, compreendeu que não era sobre o homem, mas sobre o que todos podem fazer pelo outro.
“Adoro o universo acadêmico. A chance de discutir está dentro da universidade”. TAÍS ARAÚJO
Taís lembrou de dois nomes de mulheres brasileiras pensadoras com quem aprende muito: Sueli Carneiro e Cida Bento. “São pessoas cheias de conteúdo e que têm muito a nos ensinar. Têm estudos publicados aos quais podemos recorrer a qualquer momento”. A escritora Conceição Evaristo também foi recordada. Ao ouvir a pergunta da plateia sobre o que pensa a respeito das cotas raciais, afirmou categoricamente: “são fundamentais e maravilhosas”. Declarou que essa política afirmativa deve ser a base para os governantes promoverem uma educação pública de qualidade para que, no futuro, não seja mais necessário esse recurso. Lázaro argumentou que a melhor maneira de tratar do tema é mostrar, com resultados, o quanto a iniciativa mudou o cenário das universidades no País. “Sempre estimulo as pessoas a buscarem informações para poderem discutir esse assunto”, disse o ator.
Antes de finalizar a conversa, os artistas foram questionados sobre como lidam com a questão do racismo quando conversam com seus filhos. “Não tiramos a infância nem a ingenuidade deles. Quero que sejam crianças livres, independentes, mas não posso fingir sobre o que acontece à volta deles. Precisamos prepará-los para viver nesse País”, afirmou a mãe. Lázaro disse não estar preparando João e Maria para o racismo. “Estamos preparando nossos filhos para serem amados, respeitados, para gostarem de si como são, para terem força e autoestima. Nosso papel é amar e dar segurança, garantir que irão voltar para casa e receber todo nosso afago e apreço”, relatou o pai. Taís ainda reiterou o fato de ensinar a seus pequenos que podem errar, que têm esse direito. “Errar é possível e importante. Não dá para ser excelente o tempo todo”.
“Quando formos falar das questões ligadas à nossa negritude, é importante ter a oportunidade e o investimento para fazer disso algo mais valoroso. Precisamos ter um olhar mais plural, mais aberto para as potências que já existem e que, às vezes, nos recusamos a enxergar”. LÁZARO RAMOS
Esta foi mais uma ação da parceria entre o Instituto de Cultura da PUCRS e a Fundação Theatro São Pedro, firmada em agosto de 2018. Nessa passagem pela capital gaúcha, os atores farão a apresentação da peça O Topo da Montanha, com direção do próprio Lázaro Ramos, no Theatro São Pedro, nos dias 19 a 21 de julho.
No dia 18 de julho, às 19h, o Instituto de Cultura da PUCRS traz os atores Lázaro Ramos e Taís Araújo para um bate-papo aberto ao público com entrada gratuita. Com mediação da jornalista Carol Anchieta e do diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Ricardo Barberena, o encontro será uma oportunidade de os artistas abordarem as suas carreiras no teatro, no cinema, na televisão e em outras atividades. Ao final da conversa, o público poderá fazer perguntas ao casal. O evento tem início às 19h, no Centro de Eventos (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). As inscrições estão esgotadas.
Esta é mais uma ação da parceria entre o Instituto de Cultura da PUCRS e a Fundação Theatro São Pedro, firmada em agosto do ano passado. Nessa passagem pela capital gaúcha, os atores farão a apresentação da peça O Topo da Montanha, com direção do próprio Lázaro Ramos, no Theatro São Pedro, nos dias 19 a 21 de julho.
Perto de completar 90 anos, Nathalia Timberg, um dos grandes nomes do teatro brasileiro, protagonizou uma noite memorável na PUCRS na quinta-feira, 21 de março. Em promoção do Instituto de Cultura, em parceria com o Theatro São Pedro, com entrada franca, a atriz falou para um público atento no Salão de Atos. Advertiu que seria repetitiva, seguindo a própria Fernanda Montenegro na sua vinda à PUCRS, em 2018, mas não poderia deixar de mencionar que “a educação decorre da cultura, e não o oposto”. A frase foi uma resposta à atriz Sandra Dani, que participou como uma das entrevistadoras, sobre como ela via a questão da atual censura à arte. Nathalia comentou ser espantoso que em pleno século 21 haja esse tipo de cerceamento da liberdade, o que acontece não somente no Brasil.
Ao relembrar 1968, quando se perguntava sobre o seu caminho como ser social, citou um diretor italiano que lhe disse: “Quando você atua sobre a inteligência e a sensibilidade de um povo, faz mais do que qualquer panfleto. Não é preciso realizar um tratado de filosofia”.
A força e o papel do teatro estiveram no centro da conversa de Nathalia com Sandra e o ator e diretor Luiz Paulo Vasconcellos, mediada pelo cineasta Carlos Gerbase, professor da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos. Para a convidada principal, o teatro é “uma tribuna onde melhor se discute o homem e a sociedade” ou “o sonho em estado de vigília”.
Nathalia vê o ator como um intérprete, alguém que precisa mergulhar em um universo novo de um autor, diretor e personagem. No caso dos clássicos, além de se manter fiel ao texto, deve torná-lo palatável, trazer para o momento atual e alcançar a plateia. “O ator viaja pelo seu mundo e pela forma de expressão do ambiente em que vive. De repente, tem de abandonar sua maneira de falar e assumir estilos que os autores abordados proporcionam. A desconstrução deve passar pela construção e conhecimento desse universo infinito e conseguir comunicá-lo,” argumenta a atriz.
Na comparação entre teatro, cinema e televisão, a atriz conclui que “não se pode imputar ao veículo o pecado de quem lida mal com ele”. “Quanto mais primária é a formação de um público, mais responsabilidade tem quem se propõe a se comunicar com ele”, defende.
Hoje vê o teatro como sendo de uma minoria. No início da carreira, atuava várias vezes por semana. Recorda ainda a ousadia do seu grupo, com Fernanda Montenegro, Sérgio Britto e Ítalo Rossi, de fazer grandes nomes da dramaturgia universal. Com a novela O direito de nascer, teve consciência do alcance da televisão e da sua responsabilidade.
A sua fala terminou como começou, com o público de pé aplaudindo. Só que, desta vez, instigado pela atriz, em homenagem à memória de Eva Sopher, por sua luta à frente do Theatro São Pedro.
Em visita à reitoria, antes do bate-papo no Salão de Atos, Nathalia fez questão de lembrar o papel de Eva, mantendo Porto Alegre “acordada”. Também expressou sua preocupação com o empobrecimento da linguagem e o sucateamento da formação. Acompanhada de sua produtora, foi recebida pelo reitor Ir. Evilázio Teixeira, pelo vice-reitor, Jaderson Costa da Costa, pelo chefe de gabinete da Reitoria, Alexander Goulart, pelo presidente da Fundação Theatro São Pedro, Antonio Hohlfeldt, também professor da PUCRS, pelo diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, e por Gerbase.
A atriz está em cartaz desta sexta-feira a domingo – de 22 a 24 de março, no Theatro São Pedro, com o documentário cênico Através da Iris. Na peça, Nathalia vive a nova-iorquina Iris Apfel, 97 anos, empresária, designer de interiores e uma das referências mundiais na arte pop e no mundo fashion. Com texto de Cacau Hygino e direção de Maria Maya, a peça retrata uma entrevista de Iris, reconhecida por seu jeito exuberante, que surpreende por sua autenticidade e liberdade de ser e agir.
A atriz Nathália Timberg estará na PUCRS nesta quinta-feira, dia 21 de março, para uma conversa sobre sua trajetória no teatro brasileiro. Com entrada franca, o encontro ocorre às 19h30min no Salão de Atos da Universidade (Avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). As inscrições, gratuitas, devem ser realizadas pelo link http://bit.ly/ConversaComNathaliaTimberg. A promoção é do Instituto de Cultura da PUCRS, em parceria com o Theatro São Pedro.
Com a mediação dos atores Sandra Dani e Luiz Paulo Vasconcellos, Nathalia Timberg, que em 2019 completa 90 anos, falará sobre seus 80 anos de carreira, que incluem mais de 40 peças teatrais e 12 filmes. A atriz também está em Porto Alegre para apresentar o espetáculo Através da Iris, no Theatro São Pedro, que retrata a vida da popstar fashionista Iris Apfel. Na encenação, a personagem é entrevistada – abre sua casa e divide, com uma suposta equipe jornalística, suas histórias e opiniões sobre os mais variados assuntos, sem papas na língua. A peça ocorre nos dias 22, 23 e 24 de março. Mais informações podem ser obtidas neste link.
Nos dias 19, 20 e 22 de outubro, a PUCRS recebe a primeira edição da Primavera Literária Brasileira realizada no País. Com programação gratuita e aberta ao público, o evento terá a participação de convidados nacionais e internacionais. Durante três dias, leituras, debates, oficinas e ações literárias ocorrem no Campus e em outros locais de Porto Alegre.
Idealizado pelo professor de literatura brasileira da Sorbonne Leonardo Tonus, a Printemps Littéraire Brésilien (Primavera Literária Brasileira) teve sua primeira edição em 2014. Desde então, ocorre anualmente em Paris e já levou mais de cem escritoras e escritores, artistas plásticos, quadrinistas, dramaturgos e coreógrafos brasileiros para palestras, debates, saraus, leituras, oficinas e lançamentos de livros.
Local: auditório da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos
Av. Ipiranga, 6.681 – prédio 7 – 2º andar – Porto Alegre/RS
Oficinas distribuídas por três lugares de Porto Alegre (das 15h às 18h):
Além da oficina de Taïa, nesse mesmo dia, a partir das 20h, o Fora da Asa recebe a Noitada da Jornada de Poesia Contemporânea.
A partir das 14h
A partir das 16h
Local: Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos
Av. Ipiranga, 6.681 – prédio 7 – 2º andar – Porto Alegre/RS
Interessados na Jornada de Poesia, do dia 19, podem acessar a programação completa. Inscrições gratuitas pelo link. Para participar das oficinas itinerantes do dia 20, é necessário enviar e-mail para [email protected]. No dia 22, as conversas com escritores recebem inscrições gratuitas pelo link. Vagas limitadas.
Por influência da homenagem que a França fez ao Brasil em 2005, com o Ano do Brasil na França, o professor brasileiro na Sorbonne, Leonardo Tonus, pensou em criar um movimento que repercutiu na Primavera Literária Brasileira. “Recebi autores brasileiros e portugueses em sala de aula com o intuito de divulgar a literatura mais recente como atividade pedagógica, para que os estudantes se interessassem por ela. Com o aumento dessas visitas e uma dinâmica própria decidi, em 2014, realizar uma semana Brasil na universidade, convidando alguns autores. Houve boa recepção dos estudantes e, então, criei o chamado Festival ou Primavera Literária com um formato pedagógico em parceria com os estudantes e em prol deles, pois eles participam na organização, na escolha e no acompanhamento dos autores”, destaca Tonus.
* Com informações de Paulo Jorge Pereira.
Estão abertas, a partir desta sexta-feira (dia 5 de outubro), as inscrições para oficinas gratuitas de teatro oferecidas pelo Instituto de Cultura em parceria com a Fundação Theatro São Pedro. As primeiras atividades serão ministradas em outubro por integrantes de companhias teatrais que se apresentam no Theatro São Pedro em programação que valoriza os grupos locais – Teatro Hoje.
No dia 18, às 16h, ocorre o Laboratório de Percepção, com o Coletivo Errática, na sala de ensaios do Salão de Atos (3° andar, acesso lateral direito). O objetivo é oportunizar a descoberta do teatro como espaço fértil para o reconhecimento do outro e de si como agente criativo. Ministrada pelos professores Guega Peixoto, Gustavo Dienstmann e Nina Picoli, o exercício ocorre a partir de atividades coletivas, jogos de improvisação e procedimentos utilizados nos processos de criação do Errática.
A Oficina de Máscaras Básicas da Desmond School, ministrada pela atriz, produtora e diretora Liane Venturella, da Companhia In.Co.Mo.De-Te, será no dia 25, às 14h, também na sala de ensaios do Salão de Atos. O curso propõe a consciência do corpo na busca para alcançar precisão, economia e limpeza em movimentos cênicos. A máscara é o instrumento utilizado para atingir esses objetivos por meio de jogos, técnicas e domínio do corpo cênico e do jogo teatral.
Em 30 de outubro, às 14h, será a vez de O Ator em Jogo, com a atriz e professora Adriane Mottola e a Cia. Stravaganza, no palco do teatro do prédio 40. A oficina é uma introdução à poética da cena teatral, desenvolvida pela Cia. Stravaganza. O treinamento se dá através de jogos estilizados como o das máscaras, da commedia dell’arte e do clown. A ênfase é no cômico e na relação direta entre ator e espectador. A aproximação ocorre pela fantasia, imaginação, lirismo, absurdo, nonsense e do sentido de improvisação (elemento lúdico fundamental para a construção de energias eternamente em movimento entre ator-palco-plateia).
As inscrições, voltadas ao público em geral, estão abertas pelo [email protected]. As vagas são limitadas.
O Instituto de Cultura e a Fundação Theatro São Pedro são parceiros na promoção de espetáculos artísticos e eventos variados, movimentando a cena cultural de Porto Alegre. Na primeira atividade conjunta, em agosto, a PUCRS levou ao Multipalco o documentário Minha Avó Era Palhaço, sobre a primeira palhaço negra do Brasil, Maria Eliza Alves dos Reis, que atuou nas décadas de 1940 a 1960. Após, houve debate com Daise Gabriel, filha da artista, e Marina Gabriel, neta e uma das diretoras do filme.
Com grande presença de público, ocorreu a exibição do documentário Minha Avó era Palhaço na Sala de Música do Multipalco, ocorrida no dia 17 de agosto. O evento marcou o início da parceria entre o Instituto de Cultura da PUCRS e a Fundação Theatro São Pedro (TSP), que visa ampliar a programação cultural na cidade.
“Em nome da minha família e equipe, ficamos muito orgulhosos pelo convite e com o resultado do evento. Um filme sobre minha vó selar essa parceria entre o Instituto e o Theatro é motivo de muito honra. Além disso, esse olhar às discussões que o filme aborda, como racismo e machismo, além do circo no nosso país, são muito importantes”, enfatizou uma das diretoras do filme, Mariana Gabriel.
Minha Avó era Palhaço mostra a influência dos negros no espetáculo circense e o preconceito que sofriam nesse meio, a partir da história de Maria Eliza ou Xamego, a palhaço que, no início da década de 40 e 60, era a grande atração do Circo Guarany. A neta da artista, Mariana, realizou, em parceria com a cineasta Ana Paula Minehira, a direção do filme que é resultado de entrevistas, consultas no acervo do Centro de Memória do Circo, leituras de teses nacionais e internacionais, sites variados e bibliografia de temas relevantes.
Após a exibição do filme, um pequeno picadeiro foi improvisado na sala do Theatro. Foi o encontro entre a palhaça Birota (encenada pela própria Mariana) e o Xamego. Com uma imagem de sua vó fantasiada, fez uma performance circense, oportunizando momentos de muitas risadas e emoção em memória de sua vó.
Logo após a breve apresentação, Mariana e a sua mãe Daise, filha da palhaço biografada, realizaram um bate-papo com a plateia, que pode expor suas curiosidades sobre o filme e a família Gabriel.
Os principais registros de Minha Avó era Palhaço estão sendo armazenados num blog, escrito por Daise, que é jornalista. Nele, estão as experiências que o documentário vem proporcionando às pessoas.
Para o futuro, Mariana já está em processo de pesquisa para um novo documentário: a história de João Alves, seu bisavô e fundador do Circo Guarany. “A partir do filme sobre a minha vó, pude reparar como a memória audiovisual brasileira é carente desses tipos de registros. Existe muita gente interessada nesses assuntos”, completou a diretora.
A PUCRS também proporcionou outros momentos circences, no caso, na Rua da Cultura. No dia 16 de agosto, a banda porto-alegrense Bandinha Di Dá Dó , com os palhaços Cotoco, Teimoso Teimosia, Invisível e Zé Docinho interagiram com o público, tocando músicas que mesclam ritmos ciganos, world music e rock’n’roll.
Anteriormente, no dia 7 de agosto, aconteceu o espetáculo de rua Circo de Horrores e Maravilhas,concebida pela Cooperativa de Artistas Teatrais – Oigalê.
Confira a galeria de fotos:
O documentário Minha Avó era Palhaço inaugura, no dia 17 de agosto, às 19h, a parceria do Instituto de Cultura da PUCRS com o Theatro São Pedro – Multipalco Eva Sopher. A exibição terá a presença de Mariana e Daise Gabriel, neta e filha da palhaço biografada. Após a sessão, ambas participarão de um bate-papo sobre as diversas questões abordadas no filme. Com duração de 52 minutos, a obra é resultado de entrevistas, consultas no acervo do Centro de Memória do Circo, leituras de teses nacionais e internacionais, sites variados e bibliografia de temas relevantes.
Dirigido por Ana Minehira e Mariana Gabriel, o filme destaca a influência dos negros no espetáculo circense e o preconceito que sofriam nesse meio, a partir da história de Maria Eliza ou “Xamego”, a palhaço que, no início da década de 40 e 60, era a grande atração do Circo Guarany. Para a realização do filme, uma equipe se dedicou por dois anos a resgatar a história dessa palhaço-mulher que, no camarim, amamentava os filhos e, no picadeiro, alegrava e seduzia a plateia com seus chistes, pilhérias, musicais hilários, cachorros e gatos amestrados.
Com vagas limitadas, a entrada é gratuita. Das 13h às 18h30, as senhas podem ser retiradas na bilheteria do Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n° – Centro Histórico). A exibição do documentário acontece na Sala da Música – Multipalco. Mais informações pelos telefones (51) 3227.5100 ou 3227.5300.
O Instituto de Cultura da PUCRS e a Fundação Theatro São Pedro (TSP) pretendem criar uma programação unificada, com trocas de contatos entre a Universidade e a Fundação, com o intuito de atrair mais arte para Porto Alegre. Entre as várias possibilidades, a união pretende promover pocket shows, estreias e oficinas na Universidade para que o público possa, posteriormente, ir ao espetáculo no Theatro. Além disso, dependendo da dimensão da atração cultural, a mesma poderá ser realizada na PUCRS ou no TSP.
Para as apresentações, são muitas opções de espaços físicos disponíveis. A Fundação possui o Theatro São Pedro e o Multipalco e a PUCRS oferece a Rua da Cultura, o Centro de Eventos, o Salão de Atos, o Teatro, entre vários auditórios e ambientes.