Com mais de 80 participantes e cerca de 20 projetos entregues, a 14º edição do Torneio Empreendedor integrou diferentes áreas do conhecimento em prol da criação de soluções interdisciplinares para problemas complexos.
“O Torneio Empreendedor é uma excelente oportunidade de se aventurar nos negócios, começar a empreender e conhecer outras pessoas”, comenta o professor Vicente Zanella, da Escola de Negócios e organizador do evento, que é promovido pelo Laboratório de Empreendedorismo e Inovação (Idear).
Os quatro encontros online foram organizados em: formação de equipe e definição de ideia, construção de solução e definição de mercado, formatação de pitch para apresentação e apresentação final para a banca avaliadora. Também houve momentos de mentorias personalizadas, levando em consideração as necessidades de cada projeto.
1º lugar | GarbUs
Por Bruno Santos Costa
Iniciativa desenvolve lixeiras inteligentes com sensores que permitem monitorar a quantidade de lixo de maneira remota. O objetivo do dispositivo é auxiliar as equipes de limpeza na verificação das estações de coleta para escolherem as melhores rotas, tornando a atividade mais dinâmica.
2º lugar | Click Prosa
Por Bernardo Pooter Reis, Camila Rosa de Melo, Lucas Florencio Alves, Michelle de Lima Oliveira e Thays Sanchez
A plataforma é voltada para pessoas idosas e aposta na inclusão como diferencial. O objetivo é que o site proponha uma rotina de aprendizagem e de vínculo entre grupos da mesma faixa etária, além de contar com informações verificadas e de interesse do público.
3º lugar | CineClube
Por Gabriela Ewald Richinitti
Projeto de curadoria que mapeia serviços de streaming e propõe recomendações de conteúdos extras relacionados ao filme escolhido. Também visa promover discussões sobre as obras e manter a comunidade ativa através de eventos.
4º lugar | Apus Drone
Por Henrique Vial Dvogeski, Kauan Boerner dos Santos e Lucas Karlow Puls
Sistema de entregas organizado para funcionar por meio de drones. Entre os diferenciais estão a possibilidade de reduzir custos e acidentes relacionados a entrega de produtos.
5º lugar | Sports Pulse
Por Mariana de Brito Prates
Uma pulseira sensorial que auxiliará na comunicação entre atletas com deficiência auditiva e pessoas surdas com a arbitragem de jogos, facilitando a interação entre praticantes.
Todos os ganhadores e ganhadoras têm direito a participar de um programa de desenvolvimento de projetos em 2021 e a horas de consultoria do Ideia.
Bernardo Pooter, aluno do curso de Administração da Escola de Negócios, foi um dos idealizadores do projeto Click Prosa. Devido ao seu desempenho no Torneio, recebeu o convite da comissão organizadora para representar a PUCRS em um evento internacional, o ASU/ Devex Hackaton. “Quero representar a Universidade e mostrar o potencial da diversidade e do impacto social positivo”, comenta o aluno.
A ideia do evento é criar soluções para os objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e tem como critérios decisivos: escalabilidade, inovação e impacto social.
Também foram selecionados: os projetos CineClube e Apus Drone, pela Agência de Desenvolvimento de Software; e GarbUs, Apus Drone, Cineclube, 100 dúvidas e Click Prosa, pelo Tecnopuc para o Startup Garagem 2021.
Incentiva a atitude empreendedora interdisciplinar e a inovação com impacto positivo na sociedade por meio da formação de pessoas que proponham soluções que possam mudar o mundo. Para saber mais, acesse o site.
A PUCRS, por meio do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), está apoiando o McDia Feliz, dia em que o McDonalds Brasil reserva anualmente para auxiliar o Instituto do Câncer Infantil (ICI). A Universidade doará 250 protetores faciais que serão utilizados pelos voluntários que trabalharão nas unidades do McDonalds no próximo sábado, dia 21 de novembro, quando toda a renda arrecadada na venda do sanduíche Big Mac é revertida para o ICI. A iniciativa nacional contribui para projetos em benefício de adolescentes e crianças com câncer de todo o Brasil e pode ser conferida neste link.
A coordenadora do Desenvolvimento Institucional do ICI, Fernanda Furtado, afirma: “nesse ano cheio de desafios é gratificante ter parceiros como o Tecnopuc junto de ações relevantes como o McDia Feliz. Essa ação beneficia milhares de crianças e adolescentes com câncer e ter o apoio da sociedade faz toda diferença para o sucesso do evento”.
A gestora de operações e empreendedorismo do Tecnopuc, Flavia Fiorin, comenta que impactar positivamente a sociedade, por meio da interação entre pessoas, tecnologias e conhecimento, é o que move o ecossistema de empreendedorismo e inovação do Parque. “Quando nos deparamos com a nova realidade que 2020 trouxe, reafirmamos nosso propósito. Reunimos e integramos esforços para manter nossos laboratórios voltados a somar em iniciativas que atuam para promover transformações sociais. Com satisfação somos parceiros da ação em prol do Instituto do Câncer Infantil”, reforça Flavia.
Este esforço de atender as demandas da área de saúde e social da Universidade e ajudar entidades parceiras da área de saúde, hospitais e clínicas de atendimento infantil e de idosos, integra a ação de abertura dos Laboratórios do Tecnopuc, como Tecnopuc Fablab, Tecnopuc Usalab e Tecnopuc Crialab, com o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da PUCRS (Ideia). Para participar, é necessário preencher o formulário disponível neste link. O movimento conta com o apoio de parceiros como Unimed, Projeto GRU, Taurus, Stihl, Grendene, Senge, Braskem, Laerdal Medical, BIA, IBASE e Randon.
Já são mais de 17,5 mil doações realizadas, entre produção própria no Tecnopuc Fablab e doações de parceiros. Até o momento foram mais de 190 demandas da sociedade inscritas, cerca de 130 instituições atendidas. São solicitações de mais de 30 mil protetores faciais, além de 16 solicitações de apoio ao desenvolvimento de produtos.
O Dia do Empreendedorismo Feminino, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014, é comemorado em 19 de novembro. A data surgiu para chamar a atenção para o impacto econômico e social transmitido pelas mulheres que empreendem. Atualmente, o cenário para mulheres empreendedoras vem melhorando, mas ainda há muitos desafios a superar, e essa data marca um movimento para aumentar a participação das mulheres no mercado de trabalho.
Para fomentar o empreendedorismo feminino e falar sobre mulheres inspiradoras, independentes e protagonistas neste meio, o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), que busca incentivar a inovação, o impacto, a criatividade e o empreendedorismo, desenvolveu uma programação especial, de dois eventos, na semana em que o Dia do Empreendedorismo Feminino é comemorado.
No dia 18 de novembro, às 11h, acontece o Tecnopuc Talks: Protagonistas da própria carreira, que terá quatro mulheres conversando sobre como ter uma atitude empreendedora na vida e no trabalho. O evento possui inscrições gratuitas e será transmitido pelo YouTube. Saiba mais clicando aqui.
Já no dia 20 de novembro, ocorrerá o workshop Planejamento financeiro e comunicação para (futuras) empreendedoras, onde quatro convidadas trarão dicas práticas para ajudar mulheres que querem começar a empreender e não sabem como tirar suas ideias do papel. Dividido em dois blocos, a primeira parte será sobre organização financeira e a segunda sobre divulgação do negócio. O evento possui inscrições gratuitas e será transmitido pelo YouTube. Saiba mais clicando aqui.
Leia também: Donas de si: empreender ainda é um desafio para as mulheres
1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados no planeta a cada ano, cerca de 30% do total produzido, segundo informações da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Esse foi o grande problema que incentivou um grupo de cinco estudantes a criarem a Bendita, um aplicativo que visa diminuir o desperdício de comida enquanto diminui o prejuízo dos estabelecimentos. A solução conecta usuários e estabelecimentos.
A Bendita está no Track Startup PUCRS, trilhando o caminho do empreendedorismo dentro da Universidade: atualmente, o grupo está no Apple Developer Academy, uma colaboração entre o Instituto Eldorado e a Escola Politécnica da PUCRS, em parceria com a Apple, para desenvolver as habilidades de estudantes na área da informática, e no Startup Garage, o Programa de Modelagem de Negócios do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc).
O grupo é formado por Maria Eduarda Casanova Nascimento, estudante do curso de Ciência da Computação da Escola Politécnica da PUCRS, Pedro Enrique Sobrosa Lopes, Rafael Fonseca Ferreira, Henrique Figueiredo Conte, alunos de Ciência da Computação na UFRGS, e Milena Pauli Gomes, estudante de Design Visual da UFRGS. Maria Eduarda explica que o desperdício de alimentos é um problema notado por todos os participantes do grupo. Os integrantes tem amigos e familiares que convivem no meio de produção e venda de alimentos e, frequentemente, escutam relatos da grande quantidade de alimentos, ainda em ótimo estado, que são jogados fora.
Flávia Fiorin, Gestora de Operações e Empreendedorismo do Tecnopuc, conta que a Bendita é um ótimo exemplo de como os programas que fazem parte do Track Startup auxiliam os alunos a não só criarem soluções para problemas reais da sociedade, mas desenvolverem essas soluções, testarem, validarem a proposta e colocarem o negócio no mundo. “Ser um vetor de transformação social está no cerne da Bendita e é um valor essencial para qualquer negócio. A startup tem um grande potencial e temos muito orgulho de poder auxiliar com o conhecimento e estrutura dos programas do Track Startup”, diz Flávia.
Rafael Chanin, integrante do Tecnopuc Startups, professor da Escola Politécnica e instrutor de Empreendedorismo no Apple Developer Academy, reforça: “É muito gratificante ver os nossos alunos desenvolvendo soluções para resolver problemas relevantes do nosso contexto social. A Bendita é um exemplo da trajetória empreendedora da nossa Universidade. Estão hoje no Apple Developer Academy e participando do Startup Garage, ou seja, estão querendo transformar a ideia em um negócio que impactará de fato a vida das pessoas”.
Maria Eduarda conta que recentemente o grupo estava conversando com uma amiga que mora na Alemanha, e que contou sobre um aplicativo que existe lá e que permite que ela experimente diferentes restaurantes a um preço reduzido. Ela relatou que os restaurantes preparavam caixas com os excedentes de produção do dia, que ainda estão ótimos para consumo e que seriam jogados fora, sendo econômico para ela, lucrativo para o restaurante e, ao mesmo tempo, reduzindo o desperdício. Em seguida, os amigos fizeram uma pesquisa perguntando se os seus amigos teriam interesse em comprar alimentos que não foram vendidos com um preço reduzido, e 95% das respostas foram positivas. “Além disso, ao pesquisarmos em fontes oficiais, descobrimos que 1/3 dos alimentos produzidos no mundo são descartados, e que esse excedente corresponde a um prejuízo econômico de 3 trilhões de Reais anualmente. Desse modo, percebemos que esse sistema teria um grande potencial para ser utilizado no Brasil”, explica.
A maior motivação do grupo é reduzir o desperdício de comida. “O meio que encontramos para isso é uma situação win-win, onde o cliente economiza enquanto o estabelecimento lucra, o que é motivacional para todos os lados”, destaca Maria Eduarda. O grupo é multidisciplinar, contando com uma designer e quatro pessoas desenvolvedoras. No design, o grupo lida com experiência de usuário, interfaces para múltiplos dispositivos e marketing. No desenvolvimento, trabalha para iOS, para plataformas Web, para Cloud utilizando microsserviços e, em breve, expandirão para Android. O grupo ainda aplica metodologias ágeis no cotidiano, pois atuam como Scrum Master, Product Owner e Quality Manager.
Maria Eduarda relembra: “O time se formou dentro da Apple Developer Academy, onde tivemos oportunidades de trabalhar juntos em projetos menores anteriormente. Lá, usufruímos da excelente infraestrutura e do suporte diário dos mentores, aprendendo muito sobre desenvolvimento, design, trabalho em equipe e negócios”.
O Apple Developer Academy é uma colaboração entre o Instituto Eldorado e a Escola Politécnica da PUCRS, em parceria com a Apple, com a finalidade de desenvolver as habilidades de estudantes da área da informática de forma a obter êxito no desenvolvimento de aplicativos no ecossistema Apple. Saiba mais.
A equipe está participando da edição atual do Startup Garage. Maria Eduarda diz que esse é o próximo passo para a concretização do negócio. “Agora que já possuímos um produto viável, queremos achar parceiros e investidores para podermos começar a reduzir o desperdício de comida. Além disso, esperamos expandir para novas regiões brasileiras nos próximos meses, e esperamos adquirir o conhecimento necessário para isso no Garage”, salienta a estudante.
O Startup Garage é o Programa de Modelagem de Negócios do Tecnopuc, voltado para empreendedores, alunos de graduação e pós-graduação. Saiba mais.
A Maratona de Inovação de 2020 convidou alunos e alunas de todos os cursos para construir soluções interdisciplinares na temática de desafios sobre Cidades Inteligentes, Humanas e Sustentáveis. Ao todo o evento online reuniu mais de 250 estudantes das sete Escolas da PUCRS.
A MIP 2020 dividiu os desafios em eixos temáticos, sendo eles: Saúde e qualidade de vida; Espaço e Sustentabilidade; Sociedade conectada; e Prosperidade compartilhada.
O desafio Prosperidade compartilhada teve três equipes como destaque: Free Cycling, Fenix e 3W2U. Todos os projetos foram focados em desenvolver soluções comunitárias e que, de alguma forma, beneficiassem o coletivo. Para Vinicius Da Rosa Soares, aluno do curso de Ciências Econômicas da Escola de Negócios e integrante da equipe 3w2u, participar da MIP 2020 foi uma experiência diferente. “O que mais me chamou a atenção foi a oportunidade de fazer networking com outras áreas do conhecimento e poder usar essa diversidade para resolver um problema real”, aponta.
Complementando, o professor da Escola de Negócios e representante do Idear na banca avaliadora do desafio Prosperidade Compartilhada, Vicente Henrique Bastos Zanella acrescenta: “Participar das bancas do MIP me surpreendeu positivamente avaliar boas propostas apresentadas por alunos de cursos diferentes que estiveram trabalhando juntos pela primeira vez”.
Do ponto de vista de Frederike Monika Budiner Mette, professora e Agente de Inovação da Escola de Negócios, a MIP 2020 foi um desafio. Segundo ela, foi uma edição de muitos pontos altos e elogios, com destaque por ser a primeira Maratona de Inovação com interação entre todas as escolas da PUCRS, gerando um maior engajamento e relacionamento entre os alunos envolvidos. “A aproximação entre o Idear, Escolas e Tecnopuc só gera benefícios à toda comunidade da PUCRS, sendo resultado da comunicação entre todos agentes do nosso ecossistema”, conclui.
Integrantes:
Alice Isabela Fernandes de Souza – Escola de Negócios
Bruna Ramalho Abbatepaulo Escola de Negócios
Júlia Alves Oteiro de Oliveira – Escola de Negócios
Isabela Alves Araujo Escola de Negócios
Jonny Anderson Kielbovicz – Escola de Medicina
Camila Ospina Ayala Escola de Medicina
Daise Jamila da Costa Ribeiro – Escola Politécnica
Integrantes:
Olívia Juliana Alves Medeiros – Escola de Ciências da Saúde e da Vida
Vergilio Misael Angoleri Graciano – Escola de Direito
Vitória Ottato Rodrigues – Escola de Humanidades
Integrantes:
Leonardo Niederauer Cabral – Escola Politécnica
Vinicius Da Rosa Soares– Escola Politécnica
Pedro Suplicy Davis – Escola de Negócios
Rafael Barbosa Bolognesi – Escola de Negócios
O Idear incentiva a atitude empreendedora interdisciplinar e a inovação com impacto positivo na sociedade por meio da formação de pessoas que proponham soluções que possam mudar o mundo.
O Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) estimula a pesquisa e a inovação por meio de uma ação simultânea entre academia, instituições privadas e governo. Ambos organizaram a MIP 2020.
Multidisciplinaridade e propostas pertinentes foram alguns dos destaques / Foto: Karolina Grabowska/Pexels
Integrar diferentes tecnologias extraindo o máximo do seu potencial mas, ao mesmo tempo, respeitando os limites de privacidade. Essa era a proposta do desafio Sociedade Conectada da Maratona de Inovação da PUCRS deste ano. Promovida pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS – Idear e pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), a iniciativa teve como tema Vamos construir as cidades que queremos viver?
Computação em nuvem, Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), Realidade Virtual e Aumentada, aplicação de big data e Blockchain são aspectos que vêm mudando gradativamente o panorama das cidades para torná-las mais conectadas e ágeis, o que vai ao encontro da proposta da MIP: encontrar soluções para transformar o lugar onde vivemos em cidades inteligentes, humanas e sustentáveis
A partir do avanço das tecnologias digitais, inúmeras são as oportunidades para transformar a sociedade de maneiras positiva. No entanto, garantir a segurança e privacidade no contexto da interação digital passa a ser fundamental. A dimensão “sociedade conectada” buscou explorar interação entre oportunidade e este desafio.
A coordenadora do Idear e professora da Escola de Negócios, Naira Maria Libermann, que fez parte da banca avaliadora, aponta que cada vez mais a interconexão física e digital é um desafio constante e importante em uma sociedade complexa.
“A Maratona de Inovação propiciou a interdisciplinaridade entre os estudantes. Como resultado tivemos projetos inovadores e portadores de soluções reais necessárias para a comunidade, como, por exemplo, propostas que lidam com sistemas de inteligência tanto de gerenciamento de lixo nas escolas como de lazer em área públicas”, aponta.
Leia também: Maratona de Inovação: cidades mais humanas, inteligentes e sustentáveis
Para que desenvolvessem projetos dentro da proposta do desafio, os estudantes contaram com o apoio de dois agentes de inovação: os professores Eduardo Pellanda, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos; e Ricardo Lupion, da Escola de Direito. Na avaliação dos professores, a Maratona da Inovação é um exemplo de como trabalhar a multidisciplinaridade na prática, ampliando a visão dos estudantes sobre as oportunidades que a Universidade oferece. “A MIP 2020, com a participação de todas as Escolas, foi uma concretização da proposta da nossa universidade de propiciar aos nossos alunos conhecer diferentes pontos de vistas em torno do mesmo desafio”, comenta Lupion.
Para Pellanda, “eventos como esse deixam claro que a inovação precisa ser encarada de diversos ângulos. Estamos formando melhores profissionais com essa vivência”. O professor aponta que os projetos apresentados pelos alunos e alunas, com apoio dos mentores e avaliadores, mostraram soluções pertinentes.
“Precisamos achar formas mais sustentáveis e humanas para conviver nas cidades. A universidade não foge deste desafio de devolver para a sociedade o conhecimento gerado nas nossas pesquisas e atividades”, conclui.
Lupion encarou o desafio de ser agente de inovação na PUCRS como uma oportunidade de colaborar na integração das atividades acadêmicas com o mundo empreendedor e inovador que a PUCRS oferece. Para o professor, empreendedorismo e desenvolvimento estão intimamente ligados às questões ambientais, sociais e de governança.
“Projetos inovadores que privilegiam esses indicadores podem criar valor para a empresa, diferenciando-a dos seus competidores. É cada vez maior a preocupação com esses temas, que podem afetar positivamente a performance da organização”, afirma.
Mais de 250 estudantes das sete Escolas da PUCRS trabalharam de forma interdisciplinar na Maratona de Inovação da PUCRS 2020. Os alunos e alunas criaram soluções em conjunto baseados em desafios sobre Cidades Inteligentes, Humanas e Sustentáveis. As quatro linhas de desafios da MIP 2020 foram: Saúde e qualidade de vida; Espaço e sustentabilidade; Sociedade conectada; e Prosperidade compartilhada.
No desafio de Espaço e sustentabilidade, três equipes foram destaque: Parques Verticais, com três alunos da Escola Politécnica e um aluno da Escola de Direito; GarbUs, com três alunas da Escola de Medicina e dois alunos/as da Escola de Negócios; e a Desimpilha, com quatro alunos/as da Escola Politécnica e uma aluna da Escola de Direito.
Sofia Fleck Ferreira, integrante da equipe Desimpilha e estudante do curso de Direito, conta sobre a importância da MIP para a sua formação, que complementa o seu aprendizado na graduação com conhecimentos sobre empreendedorismo aplicados na prática: “Vejo que a MIP ajuda muito no desenvolvimento de habilidades, além da teoria que aprendemos em sala de aula”. Sobre a indisciplinaridade, comenta que foi uma experiência incrível. “O meu grupo tinha integrantes de áreas totalmente diferentes da minha, o que em alguns momentos parece ser um dificultador, mas incrivelmente me surpreendi, pois com entendimentos de áreas diversas foi possível enxergar os problemas com outra visão”, pontua.
O professor da Escola Politécnica e agente de inovação da MIP 2020, Fernando Lemos, destaca a importância de introduzir aos alunos e alunas temáticas como empreendedorismo e inovação através da Maratona. “O mercado de trabalho mudou em função do que vivemos em 2020. Para empreender e inovar devemos desenvolver novas habilidades. A nossa MIP se adaptou. Desenvolvemos soluções para problemas relevantes, trabalhando de forma remota, com o apoio de mentores especialistas nas mais diversas áreas de atuação. Estamos nos preparando para o presente e para o futuro”, considera.
Para Rafael Baptista, agente de inovação da MIP 2020 e professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, o grande diferencial desta edição foi a interdisciplinaridade de todas as equipes. “Tivemos todas as escolas envolvidas, uma diferença comparada ao ano anterior. Os alunos poderiam ter colegas de vários cursos, como foi o caso das três equipes destaque, o que deu a eles a possibilidade de criar projetos que contemplam diversos aspectos da temática proposta”, enfatiza.
Sobre as palestras oferecidas para que os/as estudantes tivessem mais contato com as linhas dos quatros temas de desafios, Baptista considerou muito valiosa a participação de instituições internacionais na programação. “As palestras da MIP proporcionaram aos estudantes oportunidades fantásticas de grande repercussão nas áreas de tecnologia e desenvolvimento com participantes internacionais, como a MIT e Rice University, o que foi possível por conta do formato remoto da Maratona, e com certeza foi muito rico para os alunos e alunas”, comenta.
Um movimento do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e das organizações instaladas no ecossistema resultou na criação do Grupo de Trabalho da Diversidade. A coordenadora do Grupo e líder da área de Impacto do Tecnopuc, Ana Lucia Maciel, conta que o propósito é refletir e contribuir com o planejamento de políticas e ações voltadas para a pauta da diversidade e da inclusão no ambiente do Parque.
Ana Lucia ainda explica que o GT foi criado no primeiro semestre de 2020, no âmbito da Superintendência de Inovação e Desenvolvimento (SID) da PUCRS. “Por se constituir em uma iniciativa estratégica, o grupo conta com a participação de representantes das organizações do nosso ecossistema que já possuem experiência na área, de modo a favorecer as trocas entre as organizações, bem como inspirar o planejamento e alinhar a atuação coletiva do Grupo”, salienta a líder de impacto do Tecnopuc.
O Superintendente de Inovação e Desenvolvimento (SID) da PUCRS, Jorge Audy, destaca: “essa temática da diversidade é muito relevante no ecossistema de inovação, tratando de aspectos sociais e comportamentais relevantes para a sociedade. A ação está sob responsabilidade da Ana Lúcia, líder da área de impacto social do Parque, envolvendo nossas empresas parceiras.”
Camila Luconi Viana, que trabalha com os temas de cultura na Transformação Digital do Sicredi, uma das organizações do GT, salienta: “na PUCRS, nos sentimos parte do ecossistema. Em tempos de pandemia, têm sido muito bacana poder estar próximo ao ambiente do Parque e ainda mais com um tema tão importante para nós”. Ela também lembra que o Sicredi se uniu com a ThoughtWorks para participar das aceleradoras ágil e inclusiva. “Começamos a ver dores em comum e possibilidades de sinergia. Estamos no começo, mas já sentimos a conexão desse primeiro momento do grupo”, complementa.
Denize da Rosa Vásquez, representante da DB Server no grupo, afirma que participar do GT está sendo um desafio. “Precisamos pensar a partir do olhar das pessoas que neste momento não participam do ecossistema, esse é o nosso grande desafio”, conta. Denize ainda ressalta: “Nós estamos identificando as questões sociais que nos atingem, que nos atravessam, e que podem ter valor neste momento. Nossas ações precisam sair do discurso para chegar na prática e atingir as pessoas”.
Além das organizações do Tecnopuc, Ana Lucia frisa que o GT da Diversidade conta com a representação de colaboradores da SID e da gestão da extensão da PUCRS, de modo a ampliar a rede de parceiros e as possibilidades de sinergia nas ações futuras do grupo. “Abordar a pauta da diversidade e da inclusão é um desafio para todas as organizações e a própria sociedade. Temos que considerar a histórica dívida social que temos perante a realidade de pessoas que ainda vivenciam preconceito, discriminação, intolerância e desrespeito pela sua identidade ou condição de classe, gênero, física, mental, etária, racial e/ou étnica”, comenta.
Para Ana Lucia, os significativos avanços tecnológicos, alavancados por organizações e pessoas que se propõem a inovar, só tem sentido se contribuírem com a melhoria das condições de vida das pessoas. “Logo, a construção de ambientes diversos e inclusivos se torna condição sine qua non para que rumemos para uma sociedade mais igualitária que reconheça e valorize as diferenças que nos constituem”, enfatiza.
A Maratona de Inovação PUCRS 2020 (MIP) convidou os estudantes das sete Escolas da PUCRS a trabalharem em conjunto para criarem soluções em cima de desafios sobre Cidades Inteligentes, Humanas e Sustentáveis. Foram mais de 250 participantes que, em grupos interdisciplinares, imergiram no ecossistema de inovação da Universidade e no universo do empreendedorismo, com mentorias, palestras, workshops e troca de experiências.
A MIP 2020 foi construída pelas Escolas da PUCRS, pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (Idear), e pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). Todas as sete Escolas estão representadas nos grupos destaque.
A premiação dos projetos destaque inclui, para o 1º lugar em cada desafio, a participação em um programa de desenvolvimento de projeto ou de liderança de 16h, realizado pelo Idear; além disso, os integrantes dos projetos destaque serão convidados a participar de uma visita ao Tecnopuc, para conhecerem o Parque, programas e mecanismos de apoio ao desenvolvimento de novos negócios e conexão com o mercado.
As 12 equipes destaque também serão convidadas a participar do Torneio Empreendedor 2020, promovido pelo Idear; e ganharão 12 horas de avaliação/orientação quanto a demandas de certificação de produto, relacionadas ao escopo de atuação do Labelo PUCRS (Laboratórios Especializados em Eletroeletrônica, Calibração e Ensaios). Quatro projetos destaque ainda receberão do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da PUCRS (Ideia) 10 horas de mentoria/consultoria técnica, 10 horas de acesso e utilização dos Laboratórios associados ao Ideia, incluindo impressão 3D.
A Agência Experimental de Engenharia de Software (Ages) premiará 2 projetos da Maratona para participarem do ciclo de desenvolvimento em 2021/01 e 2021/02 para desenvolvimento de aplicativo ou sistema web.
A Superintendência de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS (SID) tem sob sua responsabilidade a gestão do Tecnopuc, que tem como missão ser um ecossistema de inovação, vetor de transformação da Universidade e da sociedade. Para aperfeiçoar o modelo de gestão em rede e reduzir os níveis hierárquicos de atuação do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), a gestão do Parque passou a atuar, desde o dia 1º de outubro de 2020, com duas áreas: a de Operações & Empreendedorismo, sob a liderança de Flávia Fiorin, e a de Relacionamento & Negócios, sob a liderança de Rafael Prikladnicki. A atualização está no contexto do planejamento estratégico iniciado em 2017 pela SID. O movimento projeta que, em 2033, o Tecnopuc alcance o reconhecimento de ser um ambiente global de negócios inovadores, gerador de soluções sustentáveis para a Universidade, as pessoas e as organizações.
A evolução do modelo reforça a atuação Light and Fast da equipe do Parque, ao reduzir os níveis hierárquicos – que antes eram três: Superintendente, Diretor e Executiva -, e que agora serão somente dois: Superintendente e dois Supervisores de áreas. O movimento acompanha as mudanças vivenciadas em diversas organizações que adotam os modelos em rede, reduzindo ao máximo os níveis hierárquicos. Para isso, a atuação do Parque torna-se, progressivamente, mais orgânica e em rede, proporcionando mais espaço para a criatividade e a inovação encontrarem novos caminhos de forma leve e ágil.
A Superintendência de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS (SID) e a Superintendência do Tecnopuc segue tendo como Superintendente Jorge Luis Nicolas Audy.
Abaixo, as responsabilidades das novas áreas do Tecnopuc:
Flávia Fiorin, gestora de Operações e Empreendedorismo do Parque, será responsável pela liderança da equipe do Tecnopuc, da Rede Inovapucrs, da supervisão e atuação interna na área acadêmica da PUCRS, com a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq) e Pró-Reitoria de Extensão (Proex). Além disso, a área tem como atribuição os projetos envolvendo as áreas de inovação e empreendedorismo da Universidade e as ações da Pró-Reitoria de Administração e Finanças (Proaf), nas questões referentes à obras e arquitetura. A área de Operações ainda será responsável pela participação nas reuniões com as Pró-Reitorias Acadêmicas e a Reitoria, quando estiverem relacionadas com as áreas de inovação e empreendedorismo. Também é atributo da área a gestão de projetos de inovação e empreendedorismo.
Rafael Prikladnicki, gestor de Relacionamento e Negócios do Parque, tem como atribuições os relacionamentos externos, tanto com parceiros públicos quanto privados, a captação de novos projetos, o desenvolvimento de novos negócios e prospecção de novos parceiros (como empresas públicas e privadas) e as representações em entidades externas da área de inovação, em nível nacional e internacional, visando a atração de novas parcerias. A área fica responsável ainda pela liderança das ações referentes a questões financeiras com a Pró-Reitoria de Administração e Finanças (Proaf), além da participação nas reuniões com a Proaf e Reitoria relacionadas a políticas financeiras de atração de novos parceiros e projetos e negociações com os parceiros existentes. Por fim, a área também tem como responsabilidade a gestão de projetos de inovação e empreendedorismo.
O modelo é inspirado na obra de Patrick Hollingworth, Light and Fast Organization. O autor traz a perspectiva de que é preciso abandonar a necessidade de estruturas rígidas de comando e controle, implementando modelo de gestão baseados em redes e que estimulem a criatividade e a inovação, respondendo de forma leve e rápida às mudanças constantes e turbulentas no mundo dos negócios. Assim, a criatividade e a inovação encontram novos caminhos, mais leves e ágeis, para lidar com a complexidade, a incerteza, a volatilidade e a ambiguidade do mundo atual.