Uma das frentes do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) é a formação de novos talentos na área de tecnologia da informação (TI). As iniciativas de desenvolvimento profissional e social promovidas pelo Parque têm dois objetivos concretos: atender a demanda da área da TI, em especial de desenvolvedores, e promover a inclusão de jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica no mercado.
De acordo com o estudo Demanda de Talentos em TIC e Estratégia, estima-se que o Brasil tem formado 53 mil pessoas de perfil tecnológico por ano. Entretanto, a pesquisa realizada em dezembro de 2021 pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) mostra que o número não supre a demanda média anual, que é de 159 mil profissionais na área.
Essa alta procura de mão de obra qualificada e o déficit na formação dos talentos impactam diretamente na geração de novas tecnologias e no ecossistema de inovação como um todo. Diante desse panorama, o Tecnopuc promove, atualmente, seis iniciativas voltadas ao desenvolvimento de talentos na área de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TICs) e fomento ao empreendedorismo. Juntas, elas formaram mais de 800 jovens em 2022.
No Tecnopuc, a preocupação com a formação e qualificação de pessoas na área de TI iniciou em 2003, por meio do Centro de Inovação da Microsoft (CI), que formou centenas de jovens em tecnologia. O CI é uma unidade da Escola Politécnica, conectada ao Tecnopuc, e atua em duas frentes principais: projetos de inovação, realizados em parceria com empresas e outras unidades da Universidade, e programas de formação e treinamento, desde cursos de extensão abertos a programas com empresas e outros tipos de organizações.
Em 2022, o CI atuou em quatro dos programas citados. Nas Aceleradoras Ágil e Inclusiva, o Centro participa desde a sua criação, participando da definição de processos, conteúdos e apoio na execução. No Full Stack Social, atua no apoio logístico e no Dev The Devs o CI administra a parte pedagógica.
“Desde o início, a missão do Centro de Inovação está intimamente ligada a formação complementar. Tanto de profissionais, nosso foco no início, como de estudantes nos mais diversos níveis de escolaridade. Atuar ativamente em programas como o Dev the Devs e as Aceleradoras, e os programas em parcerias com as empresas, são a concretização desta missão”, complementa Michael Mora, professor da Escola Politécnica e coordenador do Centro de Inovação da PUCRS.
Quando se trata de programas, as Aceleradoras Ágil e Inclusiva foram as pioneiras, com o protagonismo de empresas globais e nacionais como Thoughtworks, Globo e Sicredi. O projeto tem o objetivo de ensinar os primeiros passos em metodologias e programação ágeis aos jovens e de acelerar o processo de inclusão de grupos sociais mais vulneráveis. Ao longo da jornada de formação, os estudantes são mentorados por representantes das empresas realizadoras que já participaram de edições anteriores e que, além de integrarem essas empresas, colaboram para a formação da nova geração.
A partir dessa experiência, outras iniciativas foram surgindo. O Apple Developer Academy, integrante do Tecnopuc, iniciou suas atividades no Parque em 2013, em parceria com a Apple e o Instituto Eldorado, com a finalidade de capacitar alunos de variadas áreas para o desenvolvimento de produtos nas plataformas Apple (iOS, iPadOS, watchOS e tvOS). Após cada ciclo concluído, com duração de dois anos, 50 jovens tem a oportunidade de dar sequência aos projetos desenvolvidos a partir de uma formação e experiência empreendedora no Tecnopuc.
Em conjunto com o Centro Social Marista (Cesmar), foi lançada a primeira edição do Full Stack Social, um curso ancorado na Lei Nacional do Jovem Aprendiz. O programa tem o compromisso de atender jovens em situação de vulnerabilidade social. A formação tem duração de 14 meses e é dividida em duas partes: a primeira é voltada para a formação teórica, com as aulas acontecendo no Tecnopuc; a segunda metade abrange atividades práticas em empresas como a própria PUCRS e a DB, integrante do Parque, que também financia bolsas de jovens durante todo o período.
Posteriormente, em 2021, nasce o programa DUXTec, que promove o empreendedorismo com impacto social e ambiental. O projeto, realizado em conjunto com a Fundação Gerações, capacitou nove jovens em sua edição piloto, realizada há dois anos. Depois, com a ampliação do formato e das parcerias, o DUXtec beneficiou centenas de participantes de áreas vulneráveis nas principais cidades do Rio Grande do Sul.
Em um cenário que passou a ser híbrido por conta da pandemia, alguns programas também precisaram se adaptar ao contexto e fazer uso dos ambientes virtuais para continuar. O Dev The Devs, criado em setembro de 2021, surgiu como um programa online que oportuniza aos jovens o acesso a formação.
Por meio dele, alunos/as tiveram contato com novos conhecimentos sobre conceitos de computação, funcionamento da internet e impacto na programação de sistemas, além de ferramentas e linguagens de programação para desenvolvimento de sistemas para web. No início, o programa era destinado somente a alunos/as da rede pública estadual. Em 2022, houve a ampliação da atuação para Santa Catarina e Paraná.
O Dev The Devs é uma iniciativa do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) em parceria com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). O Programa é desenvolvido pelo Tecnopuc e conta com o apoio das secretarias estaduais de educação do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, com o Sistema Estadual de Parques Tecnológicos do Paraná (Separtec), com a Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp), o PUCRS Carreiras, ACATE – Associação Catarinense de Tecnologia, HOTMILK | Ecossistema de Inovação PUCPR e a Junior Achievement RS, além de ser uma iniciativa associada ao + PraTI. O programa reúne todos os atores da quádrupla hélice, reunindo Universidade, governo, empresas e sociedade em um mesmo projeto.
“Em todas as iniciativas, oportunizamos o contato dos estudantes com profissionais e empresas que atuam na área. Ouvimos relatos muito marcantes de jovens que nunca haviam pensado em seguir uma carreira em TI e hoje estão empregados em empresas que os próprios programas apresentaram a eles”, conta Daniela Carrion, community manager do Tecnopuc e coordenadora do Dev The Devs.
O Programa encerrou 2022 com 455 alunos formados. Em 2023, o Dev The Devs formou 632 estudantes, sendo 345 do Rio Grande do Sul, 134 de Santa Catarina e 153 do Paraná.
Para Jorge Audy, promover ações de desenvolvimento de talentos e fomento ao empreendedorismo dentro do ecossistema de inovação é missão da PUCRS e do ecossistema de inovação da Universidade.
“Por meio de diversos programas de formação e capacitação, com importantes parceiros do Tecnopuc, como o BRDE, a Secretaria de Estado de Educação, o Sicredi, a Toughtworks, o Cesmar e a DB, nos últimos dois anos atendemos mais de 4 mil jovens, formando mais de mil jovens em desenvolvimento de software e empreendedorismo, muitos deles atuando em empresas de todo o ecossistema gaúcho. Em 2023, vamos ampliar o foco nestas formações, agregando novos parceiros nacionais e internacionais”, completa Audy.
Em 19 anos de história, o Tecnopuc construiu uma sólida atuação em pesquisa, desenvolvimento e geração de novos negócios. Com isso, percebeu-se cada vez mais a força do ecossistema em oportunizar e desenvolver novos talentos com o foco em aproximar as demandas do mercado com profissionais capacitados para atuar na área.
Em 2023, o Tecnopuc lançará o programa TIC em Trilhas em parceria com a Apple e o Instituto Eldorado, dando continuidade aos seus programas de formação e capacitação em Tecnologia da Informação, em especial de desenvolvedores. A ideia é gerar cada vez mais novas oportunidades para jovens que buscam acesso ao mercado de trabalho na área de tecnologia.
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O investimento em tecnologia e educação é fundamental para a sociedade, e o Programa Dev The Devs, curso inicial em Desenvolvimento de Sistemas, tem contribuído para esse movimento desde 2021. Somente neste ano, 632 estudantes concluíram a formação – que é gratuita. Dos formandos, 345 eram do Rio Grande do Sul; 134 de Santa Catarina; e 153 do Paraná. Ao todo, foram mais de 3 mil estudantes inscritos para participar do projeto, e pouco mais de 2.100 deram início à formação em setembro de 2022.
O projeto é realizado pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e já formou mais de mil alunos desde o seu lançamento. A capacitação de estudantes de escolas públicas de forma gratuita e online é o grande objetivo da iniciativa, pois irá possibilitar o crescimento do interesse dos jovens na área de TI.
O foco do curso é conectar os estudantes ao mercado de trabalho, pois essa área cresce no mundo todo. No Brasil, segundo o levantamento Futuro do Mundo do Trabalho para Juventudes Brasileiras, da Fundação Roberto Marinho (FRM), 27% dos jovens e adolescentes do país estão sem estudo e sem trabalho. Mais do que nunca, é importante ter inciativas como Dev The Devs para ofertar aos jovens uma nova perspectiva de futuro.
Daniela Carrion, community manager do Tecnopuc e coordenadora do Programa, destaca a importância da formação complementar que os estudantes recebem durante a participação no projeto. Ela explica que a conexão desses estudantes com o mercado de trabalho se dá através de mentorias com profissionais da área, além de encontros síncronos com empresas de tecnologia.
“Nós contamos com uma preparação para que os estudantes tenham um novo contato com este mercado do trabalho, feitos em parceria com o PUCRS Carreiras e com a Junior Achievement. São feitos workshops de preparação sobre “Como se inserir no LinkedIn?”, “Como construir um currículo?” e “Como se portar numa entrevista?”, por exemplo. Tudo isso é ofertado aos alunos como uma formação complementar”, comenta.
O estudante Gabriel Pereira, da cidade de Taió, em Santa Catarina, participou da cerimônia de encerramento no Tecnopuc. Ele falou sobre a influência da participação do curso para seu futuro profissional.
“Esse curso foi maravilhoso para mim. Quando iniciei, a ideia de entrar na área de tecnologia era um talvez, um será… será que isso é pra mim? O curso proporcionou pra mim uma certeza, uma escolha certa do meu futuro. O que eu vou querer fazer e a área que eu vou seguir. E, através do curso, eu escolhi seguir na tecnologia. Quero agradecer também os professores, as mentorias por trás, e as empresas que fazem parte do projeto”, conclui Gabriel.
Com a temática de saúde, a Rota da Inovação chega ao Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) na próxima sexta-feira, dia 31 de março. A atividade faz parte da programação do South Summit Brazil, proporcionando uma imersão nos ambientes de inovação da cidade. Organizada pelo Pacto Alegre em parceria com os ecossistemas de inovação do Rio Grande do Sul, a iniciativa proporciona a vivência nos espaços que impulsionam o empreendedorismo.
“O ecossistema da PUCRS é uma referência na área de saúde, contando com mais de 90 laboratórios, 100 grupos de pesquisa, 14 programas de pós-graduação stricto sensu, além de inúmeros institutos e centros de pesquisas que integram um living lab de testes e experimentos voltado às ciências da vida”, enfatiza o professor Rafael Baptista, head do BioHub, uma iniciativa da PUCRS, por meio do Tecnopuc, do Instituto do Cérebro (InsCer), do Hospital São Lucas (HSL) e das Escolas da Universidade.
Mais de 30 startups já aplicaram as suas soluções pelo HSL. Dessas, nove foram implementadas como definitivas para o hospital. “O Hospital São Lucas, presente e atuante no ecossistema, é um campo de validação para diversas inovações que têm como foco a experiência do paciente, que ganha em qualidade, acolhimento, excelência e agilidade em toda a jornada no HSL”, comenta Izadora Silveira, gerente de Captação, Projetos e Inovação do Hospital São Lucas.
Na Rota da Inovação, os participantes também poderão conhecer o HealthPlus, parceiro oficial do Tecnopuc que conecta soluções do parque com empresas, startups e investidores.
“O Parque Científico e Tecnológico da PUCRS reúne diversos atores relevantes na cadeia da saúde, possibilitando que o ciclo construir-medir-aprender, uma metodologia para estabelecer de forma rápida e econômica e melhorar continuamente o sucesso de novos produtos, serviços e ideias, seja ainda mais rápido em comparação a um negócio que não está situado dentro do Parque”, destaca Andréia Nullius, gestora do HealthPlus, cluster de saúde criado e gerenciado pela GROW+.
Durante a imersão, os participantes poderão conhecer mais a respeito dos diferenciais do ecossistema, além de participar de uma Feira de Negócios, onde startups e empresas estarão apresentando suas soluções.
Estudantes da PUCRS e de outras instituições, além de ex-alunos da Universidade, participaram nesta terça-feira, 28, do “Open Office: Você no Tecnopuc”. A iniciativa teve o objetivo de apresentar as novidades, tendências do mercado e ainda projetos inovadores. Os cerca de 60 estudantes puderam conhecer de perto sete empresas do Tecnopuc, entender os diferentes nichos de mercado e também ouvir sobre oportunidades de estágio e emprego.
“O grande propósito do PUCRS Carreiras é ser um elo entre a Universidade e o mundo do trabalho. Então ações como o Open Office servem, justamente, para fazer esse movimento e contribuir para que os estudantes entendam quais são as habilidades técnicas esperadas, mas também o que é necessário desenvolver em termos de habilidades comportamentais. Nós acreditamos muito no viés da mentoria e da exploração de mercado, e esse é um momento que proporciona tudo isso”, destaca Ana Cecília Petersen, consultora de carreiras do PUCRS Carreiras.
Os participantes visitaram as empresas HPE Hewlett Packard, organização focada no segmento corporativo, que oferece soluções tecnológicas; Instituto Eldorado, que trabalha no desenvolvimento de soluções sob medida em software e hardware para empresas nacionais e internacionais; EnSilica, líder em projeto de Circuitos Integrados; Aquiris Game Studio, desenvolvedora de jogos para computadores, celulares e consoles; Rede Globo, com canais na TV aberta e por assinatura, produtos digitais como Globoplay, Cartola, G1, GE, Gshow e outros serviços; DB, que cria soluções digitais para empresas no Brasil e no exterior, com especialização em segmentos como finanças, varejo, serviços, indústria e tecnologia, com ênfase em relacionamentos de longa duração; e ainda e-Core, parceiro de serviços de consultoria e tecnologia com foco em inovação digital e transformação de negócios.
Para Pedro Barcelos, aluno do primeiro semestre do Curso de Ciências de Dados e Inteligência Artificial da Escola Politécnica da PUCRS, o evento é uma grande oportunidade para os estudantes. “É muito bom poder conhecer grandes empresas que atuam no Tecnopuc e entender como elas atuam. Estou gostando bastante!”, ressalta.
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Como principal evento de economia criativa e inovação do mundo, o South by Southwest (SXSW) teve sua primeira edição em 1987 e, desde então, vem influenciando o futuro de negócios, das profissões e da educação. Além da participação do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), já tradicional no evento realizado anualmente em Austin, capital do Texas, neste ano o vice-reitor da Universidade, Ir. Manuir Mentges, também integra a missão da Associação Brasileira das Instituições Comunitárias de Educação Superior (ABRUC).
Além de participar da conferência, os integrantes da missão visitarão universidades locais para conhecer práticas e experiências em diferentes áreas, o que possibilita firmar ações de cooperação internacional. Enfrentar o que está no horizonte da educação e do ensino superior requer definir intenções para o futuro enquanto se faz o melhor também no presente. Na edição 2023, o Festival SXSW EDU, do qual o vice-reitor participará mais ativamente, terá cerca de 400 plenárias e sessões sobre temas diversos, pensados por e para educadores, empreendedores, e pessoas que atuam com inovação na área de educação em todo o mundo.
“Participar de SXSW EDU é uma oportunidade única para acessar as últimas tendências em educação, além de conhecer outras e novas perspectivas. Isso nos conecta com ainda mais universidades mundo afora e nos inspira para novas ações que possam contribuir com nosso novo ciclo de Planejamento Estratégico, pois buscamos ser uma nova universidade para uma nova sociedade, reconhecida pelo seu impacto e relevância”, destaca Ir. Manuir Mentges.
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A educação – o aprendizado de forma mais ampla – é uma experiência humana impulsionada pela comunidade em que se está inserido/a e por todas as partes envolvidas no desenvolvimento de uma pessoa. Tem o poder de moldar as gerações futuras e é essencial para a sociedade como um todo. Com essa visão, a programação do SXSW EDU reúne uma comunidade ansiosa para construir entendimento e buscar soluções para a próxima geração de alunos/as e na curadoria de temas desse ano estão: audácia/coragem, imaginação, convergência e evolução.
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Estar presente no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) traz diversas conexões e possibilidades para empresas e startups nacionais e internacionais. Com esse objetivo, o SebraeX, marca de inovação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae RS), chegou ao Campus da PUCRS recentemente. O espaço físico situado no Tecnopuc, em frente ao Prédio 99, tem como objetivo estreitar ainda mais as relações com o Parque e usufruir de todas as oportunidades que o ecossistema de inovação da PUCRS proporciona.
Lançada em agosto de 2021, a marca SebraeX mantém uma relação de parceria com o Tecnopuc desde a sua criação. A sede do SebraeX na PUCRS representa um novo modelo de negócio que reúne soluções para alunos, professores, pesquisadores e potenciais empreendedores. Segundo o Gestor de Projetos de Inovação do Sebrae, Gustavo Moreira, as possibilidades de conexões são enormes: “A estrutura será amplamente adequada para desenvolver atividades, fazer networking, formar parcerias de negócios e absorver conteúdos relevantes na temática de empreendedorismo e inovação, de forma tanto física, como digital”, destaca.
O SebraeX também busca um contato mais próximo dos empreendedores, desenvolvendo ações em parceria com a PUCRS, gerando novos projetos e programas que irão impactar a comunidade.
“As nossas expectativas são de que as pessoas e os negócios possam estabelecer conexões, estruturar novas ideias e capacitar conteúdos de diferentes formatos. Ser um espaço de construção de pontes e promoção de oportunidades de negócios”, completa Gustavo.
O espaço SebraeX será aberto ao público interno e externo, focado tanto no auto atendimento, quanto no atendimento técnico para a comunidade PUCRS. O local contará com mesas, cadeiras, conexão à internet e telas com conteúdos do Sebrae, criando assim, um ambiente plural e aberto onde ocorrerão eventos, workshops, consultorias e exposições.
A sede no Tecnopuc é a primeira operação do SebraeX fora das sedes próprias do Sebrae no Rio Grande do Sul. Segundo Jorge Audy, superintendente de Inovação da PUCRS, a organização tem um papel fundamental junto ao ecossistema de inovação gaúcho em diversas frentes, como startups, ecossistema e missões. “Contar com uma unidade do SebraeX dentro do Tecnopuc, atendendo toda a comunidade de inovação da PUCRS, representada pelo Tecnopuc, é realmente muito importante e demonstra o grau desse relacionamento que estabelecemos”, destaca.
Segundo Audy, o Sebrae é, sem dúvida, o parceiro mais estável e constante ao longo dos 20 anos de existência do Tecnopuc e desde o primeiro ano do Parque tem apoiado diretamente ações do Tecnopuc.
“Seja na antiga Raiar, seja hoje junto às startups em missões nacionais e internacionais de trabalho que nós fizemos parte e organizamos em conjunto, seguimos juntos. A vinda do SebraeX também marca o início próprio das operações de um centro de referência em territórios inovadores junto ao SebraeRS. A ação vai extrapolar nosso ecossistema de inovação e toda a sua abrangência a nível de território, seja em Porto Alegre ou no RS, e também se expandir dentro da própria Universidade, envolvendo área acadêmica, o laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (IDEAR) em ações de empreendedorismo e na geração e desenvolvimento de startups”, ressalta.
Junto ao Sebrae a PUCRS realiza ainda outros projetos relevantes como o Hangar e Territórios inovadores, além de missões e apoio a área de startups.
O Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR) conquistou a acreditação internacional da ANSI National Accreditation Board (ANAB), o maior órgão de acreditação da América do Norte que presta serviços em mais de 75 países.
O título foi conquistado para duas normas: a ISO/IEC 17025 que estabelece os requisitos gerais para competência técnica de laboratórios, incluindo a gestão da qualidade, confiabilidade e rastreabilidade dos dados, e a ISO 17034 que está relacionada a produção de Materiais de Referência Certificados (MRC), com os requisitos para que esses materiais sejam produzidos de forma consistente, garantindo exatidão e rastreabilidade metrológica destes padrões.
“Iniciamos nosso processo de acreditação do Instituto em meados de 2021 com a implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, focados na qualificação de nossos processos e equipe”, comenta o diretor Felipe Dalla Vecchia. O ANAB avaliou o IPR com base nos requisitos exigidos para as duas normas, processo que foi finalizado sem nenhuma não conformidade registrada.
“A acreditação internacional do IPR evidencia nossa busca por qualidade, seja em nossos laboratórios e processos, quanto em equipe, serviços e pesquisa. Agora, os resultados emitidos pelo IPR podem ser aceitos em qualquer país do mundo, como sendo dados válidos e confiáveis”, adiciona o Gerente da Qualidade do Instituto, o Filipe Albano.
Instituto de pesquisa que desenvolve soluções de PD&I, serviços e produtos focados em óleo e gás, energia, recursos naturais e meio ambiente, foi criado em 2014 como uma extensão do Centro de Excelência em Pesquisa e Inovação em Petróleo, Recursos Minerais e Armazenamento de Carbono (Cepac). O IPR fica localizado no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc).
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A Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) e o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) assinaram um acordo de cooperação e apoio às startups incubadas ou aceleradas pela PUCRS, por meio do programa ABES Startup Internship. Com o acordo, as empresas incubadas no Tecnopuc terão acesso aos benefícios do programa da Associação que tem como objetivo fortalecer e promover o empreendedorismo.
Além de usufruir de toda a estrutura da Universidade, as startups agora terão à disposição oportunidades de networking e poderão contar com os mais de 35 anos de experiência da ABES nas áreas jurídica, regulatória, tributária e mercadológica para superarem as complexidades presentes no mercado de Tecnologia da Informação. Outra vantagem com o convênio será a possibilidade de acessar capacitações em compliance e ética, LGPD, entre outros conteúdos e serviços.
“Acreditamos na tecnologia da informação como um agente fundamental para a democratização do conhecimento e para a criação de novas oportunidades, de forma inclusiva e igualitária. E nada mais justo do que apresentar às empresas incubadas no Tecnopuc alguns caminhos e insights para quem busca apoio e investimentos para os seus negócios”, declara Paulo Milliet Roque, Presidente da ABES.
Rafael Chanin, líder do Tecnopuc Startups, também acredita no potencial da parceria. “Nossa missão é ser um vetor de transformação da Universidade e da sociedade. Hoje, formamos um ecossistema composto por 199 organizações, somando mais de 6,2 mil pessoas movimentando o Parque todos os dias. Manter um acordo com a ABES, reconhecida por sua representatividade no mercado tecnológico brasileiro, irá impulsionar as empresas e startups que hoje alçamos a um novo patamar de excelência”, afirma.
O programa ABES Startup Internship visa fortalecer as startups, gerar sinergia entre fundos de investimentos, incubadoras e aceleradoras e contribuir para que os negócios possam superar as dificuldades presentes no mercado, colocando à disposição os seus mais de 35 anos de experiência nas áreas jurídica, regulatória, tributária e mercadológica. A iniciativa disponibiliza todos os serviços oferecidos pelas entidades a seus associados, como plantão jurídico-tributário, certidões, orientadores, guias, completa infraestrutura de compliance, diagnostico LGPD, plano de saúde e dentário, pesquisas de mercado, e comitês sobre relevantes temas do setor.
Pelos termos do acordo firmado, o Tecnopuc também irá colaborar na “Mobilização para a redução da desigualdade”, campanha lançada pela ABES. A parceria com a ReUrbi e o Observatório do Terceiro Setor, com apoio da agência Weber Shandwick, tem como objetivo apoiar projetos de inclusão social que promovam a capacitação na área digital. As organizações coletam equipamentos de TI descartados para reciclagem. As empresas participantes da mobilização buscam contribuir com 9 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Sobre a ABES
A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) tem como propósito contribuir para a construção de um Brasil mais digital e menos desigual, no qual a tecnologia da informação desempenha um papel fundamental para a democratização do conhecimento e a criação de novas oportunidades para todos. Nesse sentido, tem como objetivo assegurar um ambiente de negócios propício à inovação, ético, dinâmico, sustentável e competitivo globalmente, sempre alinhado a sua missão de conectar, orientar, proteger e desenvolver o mercado brasileiro da tecnologia da informação.
Atualmente a ABES representa cerca de 2.000 empresas, que totalizam aproximadamente 85% do faturamento do setor de software e serviços no Brasil, distribuídas em 24 Estados e Distrito Federal, responsáveis pela geração de mais de 228 mil empregos diretos e um faturamento anual da ordem de R$ 87 bilhões em 2021.
A Bienal retornou para construir novos olhares. Com a “Dimensão do indizível” – tema da 13ª edição – novas luzes foram trazidas para a união da arte, natureza e tecnologia, promovendo parcerias em uma travessia para propostas ousadas e contemporâneas. Um dos espaços do evento, que ficou situado no Instituto Caldeira, teve uma mostra muito especial, que nasceu com os artistas passando por um período de vivências e experiências, associando arte aos avanços da tecnologia.
Para tanto, aproveitando a metáfora do futebol em tempos de Copa, uma preparação dedicada e criteriosa, sem deixar de ser flexível iniciou ainda em 2021, contando com equipes interdisciplinares que atuaram em sintonia e cumplicidade com as propostas dos artistas. A intenção da Bienal era também “construir” seu público em um dos ambientes inovador de Porto Alegre, transformando a trilha dos artistas em uma “residência artística”.
Entraram em campo professores, pesquisadores e técnicos da PUCRS, com a ideia de apoiar a conexão da arte com a ciência e a tecnologia, e estabelecer juntos um campo de pesquisa e desenvolvimento. A liderança desta etapa, em sintonia com a curadoria da Bienal, foi exercida pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e pelo IdeiaPUCRS – ambientes voltados à criatividade, inovação e prototipagem.
Foram meses de trabalho conjunto, com protótipos, experimentos, e inovações, identificando pesquisadores para consultas sobre aves, massas, som, eletrônica, luz, e muitos outros temas! Os números surpreendem. Foram mais de 800h de impressão 3D, 300h de apoio técnico, sete mil formiguinhas “impressas”, utilização de laboratórios da PUCRS por artistas daqui e mesmo de fora do Rio Grande do Sul, em uma sinergia que engrandece e amadurece o nosso ecossistema como um todo.
Aprendizagem muito rica, também, para um centro de saber e conhecimento como a Universidade, oferecendo uma visão maior e melhor da vida assim como ela é: sistêmica, complexa e interdisciplinar. Arte e tecnologia. Sim, estamos voltando a respirar, com esperança no futuro!
Durante 24 horas, entre os dias 18 e 19, o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (IDEAR) recebeu pessoas com um interesse em comum: encontrar respostas para as necessidades do futuro, inventando novos usos e serviços da tecnologia espacial para resolver problemas sociais e enfrentar os desafios do mundo atual. O grupo Team IntOrbit, formado pelos/as estudantes Maria Eduarda D’avila Dlugokinski, João Paulo Camargos Carneiro, Gian Schmidt Azambuja e João Cairuga, levou o primeiro lugar na etapa nacional do Act in Space e agora vai para Cannes, na França, concorrer com pessoas de todo o mundo por prêmios que vão desde uma experiência antigravidade até a mentoria de agências espaciais.
Maria Eduarda, aluna do primeiro semestre de Ciências da Computação, bolsista pelo PoaTek e integrante da equipe vencedora conta que este foi seu primeiro hackaton e que não esperava a vitória, considerando que seu grupo escolheu um assunto complexo.
“O nome do nosso grupo é IntOrbit (Int de inteiro e Orbit de órbita) e o nosso nome de projeto é Orbital Quantum Computer. Nosso projeto é colocar um computador quântico em órbita através de um satélite e assim conseguir usar 100% de um computador quântico – algo que ainda não é possível e o objetivo é justamente usar a capacidade máxima dele”, explica a estudante.
O Act in Space foi pensando para incentivar a consciência do empreendedorismo, entendendo que o espaço pode contribuir para o crescimento social e econômico para além do seu ecossistema. Assim, os desafios propostos no evento orbitavam em torno do desenvolvimento do uso e aplicação de tecnologias e dados espaciais, além, é claro, do uso do espaço para benefício da Terra e da humanidade.
“O evento estimulou a interdisciplinaridade e integrou participantes de diversas áreas, como Design, Psicologia, Jornalismo, Educação Física, Computação, Engenharia Agrônoma, entre outros. Durante as 24h de evento interruptas, os participantes puderam planejar, criar e desenvolver seus projetos, com o auxílio de mentores qualificados, com bases nos desafios estipulados pela organização mundial do evento. Novas amizades foram criadas e muitas ideias inovadoras nasceram durante os dias 18 e 19 de novembro”, pontuou a professora da Escola Politécnica da PUCRS Cristina Nunes.
A diversidade presente entre os/as participantes chamou atenção, inclusive para quem frequenta hackatons há mais tempo, como Natália Dal Pizzol, estudante do terceiro semestre de Ciência da Computação.
“Eu adoro participar de hackatons e gostei muito que esse foi dentro da PUCRS, pois tive bastante contato com os colegas que eu já conheci na faculdade, mas também com pessoas de outros cursos. Este foi o evento mais diverso que eu participei, em questão de cursos mesmo – design, física, psicologia – e isso refletiu muito nas soluções que foram bem diferentes e divertidas”, conta.
Para quem participou pela primeira vez, como a estudante Júlia Mendes Ribeiro, o Act in Space foi uma oportunidade de aprendizado em diferentes áreas. Mesmo sendo estudante de negócios e não de tecnologia, que é o público predominante em hackatons como essa, a participante sentiu confiança.
Cada um dos nove grupos participantes escolheu um desafio para desenvolver seu projeto no momento da inscrição. Os desafios estavam divididos em quatro blocos principais – seja um jogador newspace #Space4.0; negócios da vida cotidiana; voe até a lua e além; e o espaço para a Terra e para a Humanidade – com propostas que iam desde a criação de um satélite reciclável, inteligência artificial para precisão (que busca reduzir erros de GPS), reduzir em 50% o impacto da aviação no clima, criação de painéis solares, entre outros.
Os grupos tiveram acesso à mentoria com professores especialistas em negócios ao longo da competição, a fim de solucionar as dúvidas que surgiram durante o desenvolvimento dos projetos. Os critérios de avaliação foram apresentados durante o evento e, ao final, cada time teve oito minutos para apresentar o seu projeto para uma banca. A estudante Natália pontua que apesar de ficar nervosa com a apresentação para os avaliadores, foi uma oportunidade para treinar e receber feedbacks sobre uma ideia.
“Gostamos muito da experiência, foi muito legal ficar 24 horas trabalhando em um mesmo projeto, um projeto que a gente sabe que realmente vai trazer um benefício para a humanidade e impactar a vida das pessoas, seja aqui na terra ou no espaço. Nós crescemos muito como profissionais, como pessoas e aprendemos muito”, complementaram os participantes Vinícius Mateus Strassburger e Daniel Henrique Strassburger.
A etapa nacional agora vai apresentar seu projeto no evento final em Cannes, na França, entre os dias 13 e 14 de fevereiro de 2023. Além disso, o melhor projeto tem participação garantida no Programa de Modelagem de Negócios do Tecnopuc, o Startup Garage 2023. O programa conta com mentoria gratuita na área de negócios.