Quatro novas impressoras 3D foram doadas à PUCRS pela Unimed, totalizando seis equipamentos viabilizados por meio da parceria entre as instituições. A iniciativa integra o movimento de abertura dos laboratórios do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) para apoiar no combate ao avanço da Covid-19.
A empresa também já havia disponibilizado insumos para a produção de protetores faciais, que resultaram em benefícios para a comunidade. Na última semana, os materiais foram entregues para a Sociedade Porto-alegrense de Auxílio aos Necessitados (Spaam), o Conselho Comunitário Itu Sabará e a Escola Estadual Especial Recanto da Alegria.
Desde março, Tecnopuc Fablab, Tecnopuc Crialab e Tecnopuc Usalab estão abertos para soluções inovadoras em meio à pandemia. Para participar, é necessário preencher o formulário disponível aqui. Além da Unimed, o projeto conta com parcerias como Projeto GRU, Taurus, Still, Grendene, Senge, Braskem, Laerdal Medical, BIA, IBASE e Randon.
Para Nilson Luiz May, presidente do Instituto Unimed RS, o melhor caminho para superar o momento são as parcerias. “De nossa parte, a cada entrega de materiais é recompensador vermos quantas pessoas já foram beneficiadas, e quantas mais ainda serão. Contem conosco e vamos adiante”, comenta.
Alcides Mandelli Stumpf, diretor administrativo do Instituto, destaca que o propósito da ação é cuidar das pessoas. “Com as entregas de materiais para profissionais que se dedicam diariamente na luta pela vida estamos transmitindo uma importante mensagem: a de que juntos podemos transformar crises em oportunidades, impactando positivamente a sociedade”.
“São muito importantes parcerias que viabilizam ações relevantes e solidárias da Universidade junto à comunidade, apoiando hospitais, clínicas geriatrias e projetos sociais neste momento de crise sanitária que vivemos”, conta Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS.
Luis Humberto Villwock, assessor de inovação do Tecnopuc, fala sobre o orgulho em participar de iniciativas como esta. “Nessa ação solidária, as duas instituições projetam o futuro, pois essas impressoras 3D poderão servir para o desenvolvimento de novos projetos dos nossos alunos e alunas. É uma visão clara de que uma adversidade, ao ser encarada de forma integrada, pode reverter numa melhoria das condições de futuro”.
Os protetores faciais são produzidos no Tecnopuc Fablab, laboratório gerido pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da PUCRS (Ideia). Segundo Flávia Fiorin, executiva do Tecnopuc e responsável pela gestão das demandas dos laboratórios, até o momento foram mais de 180 demandas da sociedade inscritas, cerca de 130 instituições atendidas. “Já distribuímos mais de 15 mil máscaras faciais, além do apoio ao desenvolvimento de vários produtos relacionados ao combate à pandemia”.
Eduardo Giugliani, diretor do Ideia, destaca a importância de promover o bem comum, o cooperativismo e as causas sociais. “O apoio atual para o Tecnopuc Fablab deve nos permitir a expansão futura do laboratório para outra estrutura dentro da Universidade, assim mantendo a atuação social”, explica Giugliani.
Eduardo Grigolo, da equipe técnica do Ideia, entregou os materiais no Conselho Comunitário Itu Sabará e na Escola Estadual Especial Recanto da Alegria. “Desde março, estou engajado no processo de produção destes escudos faciais. No Fablab, trabalhamos de forma silenciosa, respeitando as exigências do isolamento social, mas sempre atentos ao bom andamento de nossa missão”, relembra ao falar sobre como tudo mudou com a chegada do coronavírus.
Para ele, a equipe busca transformar a reação dos agentes que atuam nas frentes de combate a Covid-19 em um pouco de satisfação e motivação para seguir trabalhando em condições tão adversas. “Ter a oportunidade de realizar pessoalmente a entrega de parte deste trabalho multiplica enormemente a certeza de que estamos fazendo parte de algo realmente grande e impactando de forma muito positiva os esforços no combate a pandemia”, sintetiza.
Profissionais da saúde ou quem integra algum tipo de serviço social diariamente, durante a pandemia, está cada vez mais exposto ao vírus. Pensando nisso, a PUCRS, em parceria com o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), tem realizado doações de máscaras e protetores faciais para diversas instituições desde março.
A prática do uso de equipamentos para proteção facial (EPI’s) se estendeu em todo o mundo por conta da disseminação do novo coronavírus. Os materiais doados pela PUCRS são fabricados no Tecnopuc FabLab e o esforço de atender demandas das áreas da saúde e social integra a ação de abertura dos Laboratórios do Tecnopuc como Tecnopuc Usalab, Tecnopuc CriaLab e Tecnopuc FabLab, com o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da PUCRS (Ideia).
A equipe do Tecnopuc Viamão, entregou 200 protetores faciais para o Hospital Viamão, localizado no centro da cidade. A entrega foi realizada por César Borges Teixeira, responsável pela área de infraestrutura do Parque Tecnológico. Os protetores foram doados pelo Projeto GRU e pela Taurus, via parceria com a PUCRS e o Tecnopuc.
Também em parceria com o Projeto GRU e a Taurus, as últimas doações foram destinadas para galpões de reciclagem de resíduos, beneficiando mais de 10 instituições. Solimar Amaro, Relações Institucionais da PUCRS, realizou as entregas e contou que “foi um dia de pura humildade e de nos curvarmos diante daqueles que silenciosamente fazem a reciclagem dos nossos resíduos. Eles realizam um trabalho que contribuí para nossos lares e trabalhos, com uma madura seleção dos resíduos” destaca.
Jorge Audy, Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, destaca que a parceria com o Projeto GRU e a Taurus “ampliou a capacidade de atendimento das demandas de ações sociais e projetos importantes de apoio em áreas de maior vulnerabilidade diante da Covid-19 que recebemos nos Laboratórios do Tecnopuc.”
Desde março, cerca de 45 instituições de saúde já foram atendidas com o recebimento de máscaras doadas pelo Tecnopuc. Entregues pelo Solimar, instituições como o Hospital Cristo Redentor, Comando-Geral da Brigada Militar, Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, Hospital Moinhos de Vento e Guarda Municipal de Porto Alegre foram contempladas.
Em todos os cantos do mundo existem mais de 700 escolas da Rede Marista. São diretores, professores e estudantes que seguem os valores de São Marcelino Champagnat diariamente. A cada oito anos, a sede do Governo Geral Marista (que acompanha as outras sedes administrativas dos mais de 80 países com presença Marista), localizada em Roma, na Itália, convida lideranças da Instituição para refletir sobre a atualidade, definir diretrizes e pensar grandes estratégias para a missão do mundo Marista.
A partir da última edição, realizada em 2017, quando o Instituto Marista completou 200 anos, foi desenvolvida a 22ª edição do Capítulo Geral Marista, um documento que atualiza as premissas e diretrizes da atuação Marista. A partir dessas diretrizes, surgiu o propósito de criar uma Rede Global de Escolas Maristas. A Secretaria de Educação e Evangelização da sede do Governo Geral Marista, liderada por Ir. Carlos Alberto Rojas, iniciou o projeto.
O primeiro passo foi constituir um grupo de trabalho. Nesse momento, o Ir. Manuir Mentges, Pró-reitor de Graduação e Educação Continuada da PUCRS, conectou o Secretário, Ir. Carlos Alberto Rojas, ao Laboratório de Criatividade do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS, Tecnopuc Crialab. A equipe do laboratório atua nas interfaces entre diferentes áreas do conhecimento através da cocriação, utilizando metodologias que potencializam a manifestação da criatividade e da inovação em projetos.
O Ir. Manuir Mentges destaca que sugeriu o Tecnopuc Crialab pela capacidade de conectar o ecossistema de Inovação da PUCRS com diversas áreas do Instituto Marista. “Eles são capazes de assessorar e fornecer metodologias para articular estratégias e ações, considerando a diversidade do mundo Marista”, salienta. De acordo com a líder do Tecnopuc Crialab, Ana Berger, as metodologias utilizadas pelo time do laboratório se encaixam no desafio da criação de uma Rede Global das Escolas. Para o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, “é uma enorme responsabilidade participar deste importante projeto da Rede Global das Escolas Maristas, e temos tentado contribuir da melhor forma possível, com as nossas capacidades e time do Tecnopuc Crialab para o sucesso da ação”.
Primeiros passos
Para começar a transformar a ideia em realidade, um Grupo de Trabalho com participantes de vários países do mundo se reuniu em maio de 2019 na sede do Governo Geral Marista. Ana Berger conta que “um ponto interessante é a pluralidade desse grupo. Temos Irmãos Maristas e leigos, ou seja, pessoas muito envolvidas na comunidade Marista – neste caso, especialmente no contexto da educação básica”.
A partir desse primeiro encontro, o Grupo percebeu que não seria possível conceber uma Rede Global sem ouvir diretores, professores, estudantes e familiares destes alunos. Por isso, entre maio e dezembro do mesmo ano, o Tecnopuc Crialab realizou uma consulta global: a equipe enviou um questionário para esses públicos no mundo todo. Foram mais de 15 mil respostas. “Além dos questionários, também realizamos 26 grupos focais com diretores e professores que representam 14 províncias Maristas”, relembra Ana. Com isso, foram 16 mil participantes em 58 países.
Resultados e próximos passos
Com o material coletado, a equipe do Tecnopuc Crialab analisou as respostas e reuniu as percepções de cada grupo sobre o que entendem por uma Rede Global de Escolas. “As respostas mostraram de que forma a iniciativa poderia beneficiá-los e quais são os sonhos para essa rede”, conta Ana. Os resultados estão reunidos em um relatório disponível em quatro línguas: francês, português, espanhol e inglês. Para acessá-los, clique aqui.
Em dezembro de 2019, o Grupo de Trabalho reuniu-se novamente na Espanha, quando a equipe do Tecnopuc Crialab compartilhou os resultados da pesquisa. Com a amostra, foram definidos tópicos cruciais para a Rede Global de Escolas Maristas, como uma plataforma digital conectando toda a comunidade, o desenvolvimento de projetos com significados compartilhados, como os valores Maristas, e estratégias para o envolvimento de Escolas em situações político-econômicas extremas em que o acesso a internet é limitado.
Os cinco projetos considerados destaque ganharão uma série de prêmios, como a participação no programa de mentoria Rocket e no Programa Startup Garagem e 20h de consultoria com o Tecnopuc Fablab. Entre esses projetos será escolhido um único vencedor, que terá direito, além das premiações anteriores, a uma viagem para São Paulo com despesas pagas para até 4 pessoas, com o objetivo de conhecer a sede de uma empresa de tecnologia. O Torneio Empreendedor é realizado pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear).
Vencedor em 2018, projeto LagARTEando incentiva a divulgação de marcas artísticas locais
Da inquietude de um grupo de cinco estudantes universitários, motivados pela necessidade de valorização de artistas locais, nasceu o vencedor do Torneio Empreendedor 2018 na categoria Desafio Ambiental. O projeto LagARTEando tem como proposta conectar artistas portoalegrenses com a população através de produtos ecológicos e exclusivos. O negócio une produção responsável, consumo consciente e criatividade. Parcerias e a confecção de ecobags e cadernos com estampas de ilustradores locais, que recebem parte dos lucros, está entre as ações.
Para Ana Paula Pires, de 19 anos, estudante do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos e uma das integrantes do grupo, a proposta incentiva a valorização da produção local. “Acreditamos que pequenas atitudes geram grandes e importantes resultados”, ressalta. Antes da apresentação final do projeto, já haviam ecobags prontas, e o projeto estava ativo nas redes sociais. Para Ana Paula, a iniciativa só obteve a conquista porque a equipe se manteve unida ao trabalho. “Cada colega teve sua participação, e todos foram responsáveis por uma parte. Formamos uma conexão de amigos”, afirma.
A origem do Nome
No perfil do grupo no Instagram, um post justifica o nome. “Mas por que lagarteando? Porque foi entre uma deliciosa lagarteada e outra que percebemos que estávamos estáticos, inativos, acomodados. Estávamos estacionados no conformismo, que nem lagartos se aquecendo no Sol. Foi também, na mesma lagarteada, que descobrimos um problema em comum. Inspirados pelo nosso entusiasmo e nossa energia acumulada, resolvemos ir atrás de soluções e respostas. Volta e meia ainda é possível nos encontrar lagarteando pelos parques de Porto Alegre, mas não estamos mais estáticos, estamos em constante criação”, declara o manifesto.