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Imagem de divulgação do longa-metragem “Além de Nós”

Com tantas opções de filmes e séries para assistir nos serviços de streaming, escolher entre as novidades recém-lançadas e a lista de espera se tornou uma questão que pode tomar algum tempo e gerar indecisão. Para ajudar, separamos cinco produções realizadas no Tenopuc Tecna, o Centro de Produção Audiovisual da PUCRS, que fica no Tecnopuc Viamão. Confira:

Além de nós (longa-metragem)

Produzida pela Atama Filmes e com direção de Rogério Rodrigues (Kalanga – Cidade das Bicicletas), o filme acompanha uma extensa viagem, começando por Bagé. Estrelado por Thiago Lacerda e Miguel Coelho, o longa começa sua história após Leo, personagem de Miguel, perder o emprego e presenciar a morte de seu pai, Leopoldino (Clemente Viscaíno). Este Longa foi finalizado pela equipe da KF Studios, no Tecnopuc Tecna.

DR4G0N (série)

A série de comédia “dr4g0n” foi a primeira produção original Globoplay sobre E-Sports, em parceria com a Casa de Cinema de Porto Alegre. A trama conta a história de uma família que decreta falência e passa a ter seu sustento atrelado à equipe de E-Sports dos filhos. O time é administrado por Ana Paula, a irmã mais velha, e tem como principal jogador o filho mais jovem, Daniel, ou dr4g0n, um “gênio incontestável” do game, mas que não consegue desenvolver relações pessoais.

A série rodou nos estúdios do Tecnopuc Tecna na transição primeiro para o segundo semestre de 2022.

Placa-Mãe (longa-metragem)

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Divulgação da série de animação “Placa-mãe”

Uma Robô chamada Nadi adquire cidadania e como cidadã ela ganha o direito de adotar duas crianças. Em um mal-entendido durante a adoção, David, o garoto, foge com medo de sua irmã Lina perder o sonhado lar. Enquanto David lida com os perigos da cidade, Nadi tenta encontrá-lo.

O filme foi finalizado no Estúdio de Mixagem do Tecnopuc Tecna

Chef Jack (longa-metragem de animação e desenho)

Chef Jack e Leonard irão cruzar as Ilhas Culinárias para completar as provas da “Convergência de Sabores”, a maior competição gastronômica do mundo e tentar vencer seus concorrentes.

O longa do estúdio mineiro de animação Immagini passou pelo nosso Estúdio de Mixagem para finalização.

O Abraço (The Embrace, longa-metragem)

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Cena de divulgação do longa-metragem “O Abraço”

Uma caçada de cervos entre pai e filho carrega o peso de uma tradição familiar. Porém, sua intrusão perturba o equilíbrio da floresta e desperta a força oculta que a protege. O curta-metragem produzido e dirigido por Gabriel Motta foi gravado na Hungria e premiado no 50º Festival de Cinema de Gramado na categoria Melhor Fotografia.

O projeto foi finalizado nos espaços de Edição de cor e imagem + Estúdio de Mixagem do Tecnopuc Tecna.

Ficou com vontade de atuar nos bastidores das produções do Tecna?

Para além dos longas e curtas-metragens, documentários e séries, a Produção Audiovisual está presente na vida das pessoas também em podcasts, novelas, vídeos para a internet, entre outros. Para formar os mais diversos profissionais que fazem isso acontecer – como roteiristas, produtores, diretores, sonoplastas, entre outros -, a graduação de Produção Audiovisual da PUCRS prepara seus/suas alunos/as para atuar como protagonista na indústria criativa.

Com um currículo que acompanha as transformações mundiais e a evolução tecnológica, desde o primeiro semestre da graduação os estudantes entram em contato com atividades práticas que vão auxiliar os/as acadêmicos/as a planejar suas carreiras de acordo com as suas preferências.

Para quem deseja se aprimorar, a PUCRS oferece a especialização de Práticas Audiovisuais: Entretenimento e Conteúdo, promovida pela Escola de Comunicação, Artes e Desing – Famecos, está com inscrições abertas. Voltado para profissionais de diversas áreas, o curso possibilita conhecer e aplicar técnicas criativas para produzir vídeos de entretenimento e informação. Durante a pós-graduação, os estudantes têm a oportunidade de ter contato com a estrutura do Tecnopuc Tecna, ampliando o conhecimento dos novos formatos de conteúdo e compartilhamento digitais e desenvolvendo um repertório com diversas técnicas em vídeo.

mulheres na ciência, pesquisadora

Foto: Bruno Todeschini

Com o início da pandemia do coronavírus, em março de 2020, diversas ações de combate à Covid-19 foram desenvolvidas pelas Escolas da PUCRS. Preocupados com a saúde física, mental e emocional da população, estudantes e professores atuaram tanto na linha de frente do tratamento da doença como nos bastidores – fomentando a geração de conhecimento, se opondo à desinformação e buscando formas de se fazer presente nesse momento tão difícil para todos 

O vice-reitor da PUCRS, Irmão Manuir Mentges, ressalta que, desde o começo do período pandêmico, a Universidade deu respostas aos problemas causados pela Covid-19, seja por meio de pesquisa aplicadaadaptações no modelo de ensino, participação nos testes da vacina Coronavac no Hospital São Lucas ou pela criação de projetos inéditos nas Escolas  

Sobre a relevância de a Universidade se relacionar com a cidade e comunidade em que está inseridaIr. Manuir destaca que PUCRS tem um importante compromisso com toda a sociedadeTudo aquilo que se ensina, que se pesquisa e que se inova, deve ir ao encontro da sociedade. Se por um lado temos diversos projetos que trazem as pessoas à Universidade, como a Clínica da Odontoo Centro Vila Fátima e o InsCer, também levamos a PUCRS para a comunidade por meio da participação em comitês estratégicos do Poder Público e participação no processo de vacinação da população. Essa relação não é apenas importante, ela é essencial para manter viva a missão para qual a Universidade é chamada a exercer nos tempos atuais”, complementa.  

Abaixo, você confere algumas ações lideradas pelas Escolas de Comunicação, Artes e Design – Famecos, de Humanidades, de Ciências da Saúde e da Vida e de Direito. Na próxima semana, traremos as iniciativas das Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica. Nessa série, já foram abordadas também as iniciativas dos laboratórios do Tecnopuc.

Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos 

jornalistas

Foto: Shutterstock

O compromisso do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos é levar informação sobre a Covid-19 à comunidade. É por isso que os estudantes do Editorial J, laboratório convergente do curso, criaram uma newsletter semanal, enviada todas as sextas-feiras por Whatsapp (para se inscrever e receber as atualizações, basta entrar no grupo)com as principais notícias da semana relacionadas ao coronavírus. Nesse ano, o principal enfoque da news são as atualizações em relação à vacinação. Além disso, os estudantes desenvolvem uma thread semanal no Twitter do J para compartilhar relatos de profissionais que estão atuando na linha de frente.  

Já no curso de Design os estudantes desenvolveram dois protótipos, sob orientação de seus professores, para auxiliar no cotidiano da população. O primeiro deles foi o projeto Mask Case, vencedor do Prêmio Bonancini de Design. Essa criação surgiu da identificação da dificuldade de armazenamento das máscaras de proteção individual no dia a dia, em atividades como comer em um restaurante, por exemplo.  

O resultado foi um compartimento de máscaras que permite guardá-las sem que elas sejam contaminadas. O Mask Case está em código aberto, ou seja, sem propriedade intelectual, permitindo que qualquer um possa produzi-lo, sendo necessária apenas uma impressora 3D para realizar sua confecçãoAlém disso, em parceria com o Tecnopuc, os estudantes desenvolveram um dispenser de álcool gel e medidor de temperatura.  

Teccine PUCRS realiza a produção de oito filmes em 2020

Filme: Eclipse / Foto: Divulgação

Durante o isolamento, o entretenimento ganhou um papel importante na vida de todos. Nesse sentido, o curso de Produção Audiovisual conseguiu, apesar das restrições, entregar oito filmes à comunidade em 2020. Nesse semestre, mais oito devem ser produzidos sendo que, destes, já foram iniciadas as gravações de dois. As produções são realizadas no TECNA 

O curso de Relações Públicas, por sua vez, abordou com frequência o tema comunicação na pandemia: foram realizadas lives sobre o assunto por meio da plataforma Zoom, contando com convidados e audiência de todo o Brasil. Além disso, em janeiro de 2021 houve uma oficina de verão sobre Atendimento ao Cliente: crise e gestão em tempos de pandemia. Ainda em 2020/2, os estudantes do  semestre do curso criaram projetos voltados para organizações e empresas, orientando sobre posicionamentos de comunicação e relacionamento com seus públicos neste período de pandemia.  

Os estudantes de Publicidade e Propaganda que fazem parte do Laboratório de Pesquisa coordenado pelos professores Claudia Trindade e Ilton Teitelbaum, puderam participar de uma pesquisa qualitativa sobre as questões de mobilidade ligadas ao presente a ao futuro da Pandemia da Covid-19, desenvolvida para o Projeto Vida Urgente, da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga. Já nas disciplinas do curso, em Planejamento de Mídia foi realizada, em parceria com a agência Moove, uma campanha de valorização dos médicos e profissionais da saúde em meio à pandemia a ser utilizada pelo Cremers. 

Escola de Humanidades 

Populações indígenas e aldeias contra o coronavírus - No Dia do Índio, povos lidam com fontes de renda comprometidas e desafios ambientais históricos

Foto: Unsplash

O Ir. Édison Hüttner, professor do curso de História da Escola de Humanidades da PUCRS, organizou um grupo de voluntariado para auxiliar aldeias indígenas do Ceará. Participam da ação docentes e discentes do programa de Pós-Graduação em História. Por meio do projeto, foram ajudadas comunidades das etnias potiguara, gavião, tabajara e tubiba tapuya. ação visa orientar a utilização de um equipamento de luz ultravioleta (UV-C INFO) pelos profissionais de saúde indígena para a esterilização de superfícies. O aparelho foi desenvolvido pela Hüttechempresa de tecnologia de combate a pandemia de Covid-19, sediada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), e será doado ao órgão responsável. A ação pretende:  

Escola de Ciências da Saúde e da Vida  

Estudantes vacinaram mais de mil pacientes em uma semana e seguem atuando na imunização

Estudantes atuando na imunização / Foto: Divulgação

Estudantes dos cursos de Enfermagem e de Farmácia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida fazem parte da equipe que atua na linha de frente no combate ao coronavírus. São eles que estão realizando a vacinação dos grupos prioritários e em uma das primeiras semanas de vacinação chegaram a imunizar mais de mil pessoasAlém disso, eles atuam nos cuidados hospitalares dos pacientes internados por Covid-19 no Hospital São Lucas da PUCRS 

Já o curso de Psicologia da Escola, por meio do Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), criou um programa de acolhimento na pandemia, disponibilizando atendimento online e gratuito. Coordenado pelas professoras Renata Dipp e Fernanda Moraeso SAPP realiza em média cerca de 15 mil atendimentos presenciais por ano, no entanto, devido à situação de crise sanitária, em 2020 o serviço teve uma pausa para adaptações entre os meses de março a agosto, retornando com capacidade de 25% em função dos protocolos sanitários. 

Em setembro, após liberação do Conselho Federal de Psicologia, os atendimentos realizados pelos estagiários puderam ser adaptados à modalidade online e em março foi iniciado o programa de acolhimento. As inscrições para a primeira edição iniciaram no dia 19/3 e foram encerradas em 72 horas, após o alcance de 500 inscritos que esgotaram a capacidade de atendimento dessa edição 

Por fim, diversas cartilhas de conscientização sobre os mais variados temas foram desenvolvidas pela Escola: o SAPP produziu orientações sobre saúde mental e a vida a dois na pandemiasaúde mental na pandemia e violência doméstica (visando orientar profissionais a identificarem sinais de abuso sexual em crianças e adolescentes), além de sugerir cuidados para a comunidade acadêmica 

Há, ainda, a força-tarefa PsiCOVIDaque surgiu com a missão de contribuir para o bem-estar das pessoas com conhecimento científico durante a pandemia. O grupo publicou mais uma série de cartilhas de assuntos como enfrentamento do estresse durante a pandemiaatividades físicas para realizar durante a pandemia e combate à Covid-19 para idosos. 

Dezoito estudantes do curso de Fisioterapia da PUCRS realizam estágio junto à equipe de Fisioterapia do HSL na recuperação de pacientes com diferentes patologias, como a Covid-19 / Foto: Lucas Vilella/HSLPUCRS/Divulgação

Todas as cartilhas podem ser conferidas na página sobre o coronavírus no portal da PUCRS e na página do SAPP. 

O curso de Fisioterapia, em parceria com o Serviço de Fisioterapia do Hospital São Lucas, está auxiliando na recuperação de pacientes internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com sequelas da Covid-19. Para isso, estão utilizando tecnologias como realidade virtual, ou Virtual Reality (VR), além de eletroestimulação muscular e treinamento muscular ventilatório. Dessa forma, é possível realizar a retomada da força física, do controle e da coordenação motora além de aspectos lúdicos. 

Escola de Direito 

O programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais realizou uma série de conteúdos em vídeo para fornecer orientações sobre o Direito e a pandemia. As produções estão disponíveis para acesso e alguns temas abordados foram:  

Além disso, a Escola de Direito realizou a publicação de alguns livros como o Ciências Criminais e Covid-19, do professor Nereu Giacomolli e o Direito de Família no Pós-Pandemia: repercussões jurídicas no “novo normal”, desenvolvido pelo grupo de estudos Temas Atuais de Direito das Família, coordenado pelo professor Daniel Ustarroz. Para o lançamento do último, foi realizado um congresso virtual, composto por uma série de palestras, as quais ficaram salva para acesso posterior no canal do professor Daniel no YouTube 

 

Leia também: Laboratórios do Tecnopuc apoiam soluções de enfrentamento a Covid-19 

 

 

 

 

 

Cena do filme Aos olhos de Ernesto, uma das produções do Tecna

Filme Aos olhos de Ernesto foi premiado na 43ª Mostra Internacional de São Paulo e no Festival de Cine de Punta del Este / Foto: YouTube/Reprodução

Assistir a filmes e séries sempre foi uma boa opção de lazer para as férias. Nesse contexto de pandemia, em que o mais indicado é mesmo ficar em casa, a atividade tem ganhado ainda mais adeptos. Para quem já está esgotou a lista de itens para “assistir a seguir” ou fica horas escolhendo o que vai ver, o Tecna – Centro de Produção Audiovisual da PUCRS indica cinco produções realizadas em seus estúdios. As sugestões vão de série a clipe musical. Confira:

1. Clipes do Daniel Drexler: os quatro videoclipes do novo álbum AIRE, do músico uruguaio Daniel Drexler, lançado em novembro de 2020, foram gravados nos estúdios do Tecna e disponibilizados no decorrer do ano no canal do YouTube do artista. Os clipes são das músicas ¿Por qué la infancia es tan corta?Cruz del SurSalvando la Distancia La Letra del Alma.

Direção de Rene Goya Filho, Estação Filmes

Brasil, Mapa Produ(c)tora, 2020

Confira todos os clipes no canal do músico no YouTube.

Leia mais: Músico Daniel Drexler grava clipes no Tecna

2. Sagrados & Profanos: a série documental estreou no mês de setembro de 2020, com gravações realizadas no Rio Grande do Sul e em São Paulo, incluindo estúdios do Tecna entre suas locações. O trabalho demonstra como diferentes manifestações artísticas influenciaram as criações de estilistas do Brasil e do mundo: expressionismo, impressionismo, cubismo, art nouveau e pop art.

Direção de Pedro Zimmermann, Okna Produções. Brasil, 8 episódios x 24 minutos, 2020

Episódios transmitidos na FashionTV Brasil (canal 551 NET, 84 Sky e 634 Vivo)

3. Sementes: mulheres pretas no poder: o documentário conta a história de mulheres negras que disputaram as eleições de 2018, numa espécie de resposta à execução de Marielle Franco (vereadora assassinada em março daquele mesmo ano durante o exercício do mandato), para garantir a continuidade ao seu trabalho em prol da justiça social e dos direitos humanos. O filme recebeu o Prêmio Tecna ao vencer o concurso interativo do Gramado Film Market que escolheu o Melhor Documentário Brasileiro exibido em TVs aberta e paga, VoD, streaming e/ou internet em 2020. Tanto a indicação dos títulos para a votação quanto o voto ocorreram de forma interativa pela internet com o público participante do Festival de Cinema de Gramado.

Direção de Éthel Oliveira e Júlia Mariano

Brasil, 105 minutos, 2020

4. Aos olhos de Ernesto: o filme conta a história de um velho fotógrafo uruguaio que está ficando cego e tenta conviver com as limitações da velhice mas descobre que a vida e o amor são possíveis, também, aos 78 anos. Vencedor do Prêmio da Crítica na categoria Melhor Filme Brasileiro da 43ª Mostra Internacional de São Paulo e Prêmio do Público no Festival de Cine de Punta del Este.

Direção de Ana Luiza Azevedo, Casa de Cinema de Porto Alegre 

Brasil, 122 minutos, 2020

Disponível nas plataformas digitais NOW, Vivo Play e Oi Play e no YouTube

5. A Bênção: a série estreou em setembro em uma produção original do Canal Brasil e realização da Coelho Voador, Ausgang e Anti Filmes. Ambientada em Porto Alegre e mesclando fantasia e suspense, trata de uma invenção química que, ao que tudo indica, pode se tornar mais próxima de uma maldição.

Criação de Frederico Ruas e Leo Garcia, com direção de Davi de Oliveira Pinheiro e Emiliano Cunha 

Brasil, 8 episódios x 52 minutos, 1ª Temporada, 2020

Transmitida no Canal Brasil e disponível no GloboPlay

Ficou com vontade de atuar nos bastidores das produções do Tecna?

A especialização em Práticas Audiovisuais: Entretenimento e Conteúdo, promovida pela Escola de Comunicação, Artes e Desing – Famecos da PUCRS, está com inscrições abertas. Voltado para profissionais de diversas áreas, o curso possibilita conhecer e aplicar técnicas criativas para produzir vídeos de entretenimento e informação. Durante a pós-graduação, os estudantes têm a oportunidade de ter contato com a estrutura do Tecna, ampliando o conhecimento dos novos formatos de conteúdo e compartilhamento digitais e desenvolvendo um repertório com diversas técnicas em vídeo.

Leia também: 5 dicas: como aproveitar o verão com distanciamento social

King Kong en Asunción foi eleito o melhor longa-metragem brasileiro / Foto: Cleiton Thiele / Agência Pressphoto

Prêmio Tecna foi concebido aos destaques do 48º Festival de Cinema de Gramado durante a cerimônia virtual de entrega dos Kikitos, realizada na noite de 26 de setembro, com transmissão direto do Palácio dos Festivais. A honraria, realizada pelo segundo ano consecutivo, tem como realizador o Tecna – centro de produção audiovisual da PUCRS –, considerado um dos mais modernos do país.  

O Tecna premiou os vencedores das categorias de melhores longas-metragens gaúcho e brasileiro do Festival. As equipes agraciadas receberão 15 mil Reais para utilizar em infraestrutura e serviços do centro.   

O filme pernambucano King Kong en Asunción, dirigido por Camilo Cavalcantefoi o melhor longa-metragem brasileiro“Sem a arte a gente não sobrevive ao peso da vida. Seguimos com a vontade de construir um país e uma América Latina mais igual, mais justa e mais afetuosa”, comenta o diretorJá o melhor longa-metragem gaúcho foi Portuñol, da diretora Thaís Fernandesque trata sobre a intersecção de culturas. “É uma narrativa que fala da importância de conviver com as diferenças”, enfatiza  

Outras produções também foram agraciadas. Durante o concurso interativo do Gramado Film Market foram escolhidos a Melhor Série e o Melhor Documentário brasileiros, exibidos em TVs aberta e paga, VoD (vídeo sob demanda), streaming e/ou internet em 2020. Tanto a indicação dos títulos para a votação quanto o voto em si, ocorreram de forma interativa com o público pela web.  

Com cinco produtos audiovisuais participando em cada categoria, o concurso mobilizou o público que assiste e curte o audiovisual brasileiro e obteve 6.785 votos válidos. Os vencedores foram Lupita pelo mundo, série de animação infantil produzida por Petit Fabrik e Druzina Contente, exibida no YouTube, e o documentário Sementes: Mulheres Pretas no Poder, dirigido por Éthel Oliveira e Julia Mariano, com produção da Noix Cultura, com exibição no YouTube.  

Também foram premiados melhor longa gaúcho e, pelo Gramado Film Market, melhores série e documentário / Foto: Edison Vara / Agência Pressphoto

Lupita é uma coprodução que une o Brasil de norte a sul, tendo a PetitFabrik do Amazonas e Druzina Content do Rio Grande do Sul. Agradecemos o carinho e apoio de todos! A premiação do Tecna vai contribuir muito para nossas produções em animação, já que conta a mais moderna tecnologia desde o som até a renderização”salienta Luciana Druzina, produtora executiva da Druzina Content.  

“Nosso filme é uma obra para figurar na história do cinema brasileiro como um registro histórico da luta antirracista. Somos gratas pela força coletiva que nos levou a esse prêmio!”, diz Éthel Oliveira, uma das diretoras do Sementes: Mulheres Pretas no Poder. “Fizemos o filme com muito amor, dedicação e compromisso, e fico imensamente feliz de ver como ele está emocionando as pessoas! Viva essas mulheres maravilhosas que nos dão esperança!”, celebrJulia Mariano, também diretora da obra.  

Os vencedores em cada uma das categorias receberão o valor de 5 mil Reais em serviços de infraestrutura do Tecna, além da possibilidade de negociação de licenciamento de exibição com a Box Brazil para seus canais de TV por assinatura e a plataforma Box Brazil Play.   

Resultado da votação popular do Gramado Film Market  

Melhor série brasileira (votos)  

Melhor documentário brasileiro (votos)  

Conexões com mercado audiovisual  

Visando estabelecer conexões entre o mercado audiovisual, o Gramado Film Market apresentou sete painéis temáticos com convidados de renome nacional e internacional como Débora Ivanov, Alessia Sonaglioni, Laís Bodanzky, Hebe Tabachnik, Luiz Bannitz, Miriam Henze, Roberto Gervitz, entre outros – conteúdo disponível no canal do YouTube do Festival – além de rodadas de negócios com importantes players do mercado como Disney Brasil, Canais Telecine e Globosat/Globoplay  

O evento, em sua quarta edição com o apoio do Tecna, foi promovida em sinergia com o Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual (Forcine). “Esta edição valeu-se das adaptações necessárias ao formato remoto para ampliar as interações entre o mercado local e o internacional”, refere Aletéia Selonk, gerente do Tecna.  

“É sempre muito importante participar do evento de mercado do Festival de Gramado e, principalmente, conhecer a preferência do público e poder tratar diretamente com as produtoras sobre possíveis licenciamentos”, diz Ramiro Azevedo, diretor da Box Brazil.  

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Foto: Bruno Todeschini

Uma das estruturas mais modernas do país    

O Tecna tem um espaço de 3,3 mil metros quadrados de área construída e traz soluções que otimizam os processos produtivos desde a pré-produção, passando pela produção e evoluindo para a pós-produção. Possui três estúdios de cinema e TV com tecnologias como piso flutuante, condicionamento e isolamento acústico. Também tem um estúdio de mixagem de som com certificação THX e tecnologia Dolby Atmos, além de salas individuais para finalização de imagem, laboratório de animação e áreas de apoio à produção com camarins, sala de produção de figurinos, marcenaria, acervo e refeitório.     

No centro de produção audiovisual está localizado, também, o Laboratório de Pesquisas Audiovisuais – Lapav, estrutura de pesquisa vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Escola de Comunicação, Artes & Design – Famecos da PUCRS.   

Leia Também: Destaques do Festival de Cinema de Gramado vão receber Prêmio Tecna

 

Em 2019, vice-reitor da PUCRS durante a entrega do prêmio para longas brasileiros / Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto

Incentivar a indústria criativa concedendo premiações, propiciar o acesso a uma infraestruturde padrão internacional e promover conexões entre os profissionais do setor e, também, o público. É com estas propostas, que o Tecna – centro de produção audiovisual da PUCRS, considerado uma das mais modernas para o audiovisual do país – participa e apoia o 48º Festival de Cinema de GramadoPelo segundo ano consecutivo, o Prêmio Tecna será concedido aos destaques do Festival.   

A premiação reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento do setor audiovisual brasileiro. Sabemos que este movimento passa pelo fortalecimento da produção independente e a nossa infraestrutura representa um porto seguro, um diferencial para as próximas produções que continuarão representando o Brasil”, destaca Aletéia Selonkgerente do Tecna.  

Em cerimônia virtual, o Prêmio Tecna será concedido aos vencedores durante a sessão de entrega dos Kikitos, na noite de 26 de setembro.  

Melhores longas-metragens  

O Tecna irá premiar os vencedores das categorias de Melhor longa-metragem gaúcho e Melhor longa-metragem nacional do Festival. As equipes agraciadas receberão 15 mil Reais para utilizar em infraestrutura e serviços do centro de produção audiovisual.  

Na edição de 2019, os premiados foram Pacarrete, do diretor Allan Deberton (melhor longa-metragem brasileiro) e Raia 4, de Emiliano Cunha (melhor longa-metragem gaúcho).  

Concurso interativo  

No Gramado Film Marketo Tecna apoia o evento  em sua quarta edição, visando estabelecer conexões entre o mercado audiovisual. Entre as iniciativas, está a atuação no Hub Universidades, um espaço dedicado a estudantes, professores, pesquisadores  

espaço do Festival dedicado ao mercado também aconteceu de forma virtual neste ano na sua 4ª edição, o Gramado Film Market, visa estabelecer conexões entre o mercado audiovisual. Com o apoio do Tecna, esta edição ocorre em sinergia com o Forcine – Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisualapresentando painéis temáticosalém das rodadas de negócios e mostra de filmes universitários exibidos pela TVE-RS.  

Visando estabelecer, também, conexões do mercado audiovisual com o públicoo concurso interativo do Gramado Film Market irá escolher a Melhor Série e o Melhor Documentário brasileiros, exibidos em TVs aberta e paga, VoD (vídeo sob demanda), streaming e/ou internet em 2020. A indicação dos títulos para a votação também ocorreu de forma interativa web. A votação popular ocorrerá até dia 25 de setembro, às 23h59, neste link. E os vencedores em cada uma das categorias receberão o Prêmio Tecna para utilização em serviços de infraestrutura no valor de cinco mil Reais, além da possibilidade de negociação de licenciamento de exibição com a Box Brazil para seus canais de TV por assinatura e a plataforma Box Brazil Play.  

No ano passado, os vencedores do concurso do Gramado Film Market foram Expedição Missões – A música colorada, da produtora Adriana Copetti (categoria Piloto de Projetos) e Bem vindo, vídeo Libras de Luiza Caspary (categoria Clipes e Musicais).  

Foto: Pedro Heinrickh

Uma das estruturas mais modernas do país  

Tecna tem um espaço de 3,3 mil metros quadrados de área construída e traz soluções que otimizam os processos produtivos desde a pré-produção, passando pela produção e evoluindo para a pós-produção. Possui três estúdios de cinema e TV com tecnologias como piso flutuante, condicionamento e isolamento acústicoTambém tem um estúdio de mixagem de som com certificação THX tecnologia Dolby Atmos, além de salas individuais para finalização de imagem, laboratório de animação e áreas de apoio à produção com camarins, sala de produção de figurinos, marcenaria, acervo e refeitório  

No Centro está localizado o Laboratório de Pesquisas Audiovisuais – Lapav, estrutura de pesquisa vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Escola de Comunicação, Artes & Design – Famecos da PUCRS 

As mulheres brasileiras estão fazendo história no cenário audiovisual. Cada vez mais elas assumem não apenas o protagonismo das narrativas em frente às câmeras, mas também os bastidores de séries produzidas no Brasil

No dia 9 de setembro, das 18h às 19h30, no canal da PUCRS no YouTube, a Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) promove uma conversa sobre protagonismo das mulheres na indústria criativa. As convidadas são Camila Groch e Janaína Fischer. 

Camila é produtora executiva de séries, filmes e conteúdo, entre eles Coisa Mais Linda (Netflix), Modo Avião (Netflix) e Cheiro do Ralo. Janaína é diretora e roteirista, atuou em Todas as Mulheres do Mundo (Globoplay), Doce de Mãe (Rede Globo) e Vida de República (Canal Futura).  

Para participar é preciso se inscrever neste link e aguardar as orientações de acesso.  

Representatividade 

Em 2014primeira vez em que se obteve dados sobre gênero no cinema brasileiro, as mulheres dirigiram apenas 10% dos filmes lançados comercialmente em salas de exibição. Segundo o último levantamento da Agência Nacional do Cinema (Ancine)em 2018 as mulheres foram responsáveis pela direção de 22% dos títulos. Um aumento considerável, mas que ainda exige mais: as obras dirigidas por mulheres concentraram apenas 12% do públicoou seja, elas ainda não estão na direção dos filmes de maior bilheteria.  

O potencial da indústria criativa 

Em 2017, apenas no Rio Grande do Sul, a economia criativa empregou formalmente 130.079 profissionais. Os dados do Departamento de Economia e Estatística mostram que, no Estado, o setor cultural e a indústria da criatividade empregam mais do que as tradicionais fábricas calçadistas e automobilísticas.  

Este é um dos motivos pelos quais o curso de pós-graduação em Desenvolvimento de Projetos Audiovisuais da PUCRS pretende promover uma ampla visão do mercado audiovisual local e nacional. Pensado para potencializar a atuação de profissionais das diferentes áreas da indústria criativa como produtores, gestores, realizadores e roteiristas, está com inscrições abertas até o dia 1º de outubro, quando iniciam as aulas.  

Segundo o coordenador do curso, professor Eduardo Wannmacher, além de aprender com professores que são referência no mercado audiovisual nacional e internacional, os estudantes têm a possibilidade de interagir com espaços de trabalho, como o Centro Tecnológico Audiovisual do Rio Grande do Sul (Tecna/PUCRS).  

Ele explica que o debate sobre a produção em séries está presente no curso pois o formato assumiu protagonismo no mercado audiovisual, tanto por parte dos produtores quanto do público. “As plataformas de streaming apresentam conteúdos e formatos que demonstram a cultura de consumo na atualidade. Essa é a oportunidade dos roteiristas e realizadores formatarem projetos, de acordo com as tendências de produção, no Brasil e no mundo”, ressalta. 

Fazendo séries brasileiras: a perspectiva das mulheres em frente e atrás das câmeras 

Convidadas 
Camila Groch, Produtora Executiva de Coisa Mais Linda/Netflix 
Janaína Fischer, Roteirista de Todas as Mulheres do Mundo/Globoplay  

9 de setembro, das 18h às 19h30, no canal do Youtube da PUCRS.  

Inscrições: https://lp.rlkpro.com/l/mbom5aABF1187 

 

Novos tempos, novos ritmos, novas prioridades. Em meio à pandemia do coronavírus, o Tecna, Centro de Produção Audiovisual do Rio Grande do Sul, e todo o mercado audiovisual precisaram dar uma pausa. Mais conectados do que nunca – mas cada um em sua casa -, nos últimos meses os/as profissionais da área se dedicaram ao planejamento, à reinvenção e à produção.

Diversos desafios só puderam ser superados porque pessoas de diferentes áreas cooperaram em prol do bem comum, tomando todas as medidas necessárias nesse período delicado. Pensando nisso, o Tecna preparou um vídeo especial como forma de reconhecimento e agradecimento a quem atua no setor audiovisual no Rio Grande do Sul e no Brasil.

“O audiovisual ganhou ainda mais importância no mundo contemporâneo e precisamos valorizar os profissionais que se dedicam a este setor. Os conteúdos produzidos nos enchem de calor humano e, portanto, nos trazem saúde mental e afetiva nestes tempos de pandemia. Esta produção é um exemplo de trabalho coletivo e empático, que envolveu estudantes de graduação, professores e profissionais. A proposta é inspirar a todos para os cuidados necessários nas produções audiovisuais e, também, no dia a dia de todos estes profissionais.” ALETÉIA SELONK, GERENTE DO TECNA. 

Movimentando a economia

Um dos grandes desafios de obter informações sobre a economia criativa é a disponibilidade de dados, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Porém, dois estudos publicados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) revelam a força do setor audiovisual brasileiro, responsável por injetar R$ 24,5 bilhões na economia. Há também a tendência no aumento da participação do segmento de TV por assinatura e da exibição cinematográfica.

Um mercado internacional

“Em 2015 o Brasil exportou US$ 154,8 milhões e importou US$ 1,6 bilhão em serviços audiovisuais. O volume de vendas do Brasil mais que dobrou (crescimento de 110,1%) enquanto as aquisições permaneceram praticamente estáveis (crescimento de 2,9%). O licenciamento de direitos de conteúdo audiovisual foi o principal responsável pelo aumento da exportação de serviços audiovisuais pelo Brasil”, de acordo com o portal oficial da Ancine.

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Daniel Drexler e Goya Filho / Foto: Camila Cunha

Nesta semana, o músico uruguaio Daniel Drexler lançou o single Salvando la distancia, com videoclipe disponível no Youtube. A faixa fará parte do próximo álbum do artista, Aire. Com produção da porto-alegrense Estação Filmes, o clipe alterna as gravações no Estúdio A, do Tecna, centro de  produção audiovisual da PUCRS, realizada em janeiro de 2020, com cenas de ruas vazias nas cidades de São Paulo, Buenos Aires, Nova York, Montevidéu, Cidade do México, Madrid e Wuhan, em branco e preto. A presença do músico no Tecna foi a sua última viagem antes do fechamento das fronteiras em função da disseminação da Covid-19.

Curiosamente, a música Salvando la distancia é uma mensagem para as filhas de Drexler, quando o músico viajava fazendo uma turnê de shows no Brasil. Em tempos de epidemia, os versos ganham outras conotações. A letra retrata que “ir em busca de tua alma, porque sabe que teu coração guarda a ilusão de tempo e distância, pois crê que uma canção pode ajudar a te sentir perto.”

Sobre a direção do vídeo, de René Goya Filho, Daniel Drexler relata que “a experiência de gravar com René e sua equipe significou a possibilidade de agregar uma nova dimensão emocional à minha música. Sempre sonhei com a possibilidade de filmar um filme, de estar em um set de gravação com o diretor gritando: ação! Adorei a ideia de gravar tudo com uma única câmera montada sobre um dolly e com planos longos, com movimentos harmoniosos e com muitas transições de foco. Vivi os dias de preparação e gravação como se fosse um sonho transformado em realidade. Estou muito agradecido com a enorme quantidade de pessoas que participaram deste projeto e, sobretudo, feliz com o resultado que será entregue ao público.”

Leia também: Músico Daniel Drexler grava clipes no Tecna

Lançamento do álbum do artista

A previsão de lançamento do album Aire é para ainda este ano. As músicas foram gravadas no Uruguai com a produção de Fede Wolf, e os vídeos no Brasil foram captados com uma equipe de cinema com a direção de René Goya Filho (indicado ao Grammy Latino 2018).

Confira o videoclipe gravado no Tecna:

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Em 19 de junho é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro / Foto: Bruno Todeschini

Neste período de isolamento social, ir ao cinema é uma das atividades de lazer que mais está fazendo falta para os amantes da sétima arte. A sala escura e a tela em branco diante de poltronas ocupadas por indivíduos – que estarão diferentes quando subirem os créditos – já deixa saudades nos corações cinéfilos. Ao mesmo tempo, a televisão de casa se torna cada vez mais requisitada, proporcionando momentos de imersão em uma realidade diferente, em uma história nova ou no conforto de um clássico capaz de fazer esquecer, por 90 ou 120 minutos, as angústias da vida.

Não à toa, os cine drive-in ressurgiram com força neste mês. Além de arte que inspira e encanta espectadores, o cinema é um mercado importante, que emprega cerca de 300 mil profissionais e movimenta significativamente a economia no Brasil. “É uma atividade geradora de trabalho e renda, com produtos que não têm data de validade, comercializados via licenciamento a qualquer tempo”, diz o professor João Guilherme Barone, docente do curso de Produção Audiovisual da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS.

Um registro da história e reflexo da sociedade

Hoje, 19 de junho, é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro. A data se refere ao ano de 1889, quando ítalo-brasileiros registraram as primeiras imagens em movimento no Brasil. E, desde então, o cinema nacional passou por diversas fases, acompanhando e se adaptando às mudanças de formato – das bitolas super-8 à digitalização – e da sociedade, enfrentando momentos críticos para a liberdade de expressão e passando e passando por períodos com políticas públicas mais estruturadas e favoráveis à área nas duas últimas décadas.

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Assim, não é errado dizer que o cinema ajuda um pouco a contar a História. Para Barone, ele é um reflexo da sociedade:

“Acredito que a capacidade de representar a sua história, com maior ou menor quantidade de filmes ou ênfases em determinados períodos, é um indicativo da força da indústria audiovisual de um país”.

O professor acredita que, no Brasil, existe uma memória relativamente acessível através do cinema, embora ainda incompleta, se comparada com as cinematografias de países como França, Alemanha, Itália e Estados Unidos. “Algumas lacunas existem. Talvez nos faltem ainda mais filmes sobre a formação do Brasil, considerando os primeiros três séculos após o descobrimento. Nessa periodização, algumas questões estão ainda em pauta, como a situação dos povos indígenas, a escravidão, as consequências da exploração da natureza, as crises e conflitos do Império e da República etc.”.

Cinema em tempos de streaming: novas possibilidades de circulação

Atualmente, as produções audiovisuais encontram no streaming novas possibilidades de circulação. Para Barone, esses serviços são decorrência dos avanços tecnológicos que começaram com a revolução digital, ainda em 1990. “Anteriormente, a circulação da obra cinematográfica estava restrita à sala de cinema, ao mercado de home video (com as locadoras) e à televisão (aberta ou por assinatura)”. Agora, com a liberdade de se assistir a um filme em casa, independentemente da programação de uma emissora de televisão ou da sala de cinema, o professor acredita que “há uma mudança radical no comportamento do público que vai ao cinema e que também gosta de consumir em casa”.

O cinema como espetáculo a ser desfrutado em uma sala específica para isso, segundo Barone, nunca poderá ser oferecido da mesma forma em um ambiente doméstico. “Ao mesmo tempo, há um dilema relativo ao tamanho do circuito exibidor mundial, que, com mais de 250 mil salas, ainda é insuficiente para poder lançar todos os filmes produzidos no momento certo e mantê-los em cartaz pelo tempo ideal para que todos possam assistir”, observa. No Brasil, por exemplo, os blockbusters internacionais chegam a ocupar 80% das 3.200 salas, fazendo com que filmes nacionais não encontrem lugar no circuito. “Estes poderão ser vistos no streaming, pouco tempo depois do lançamento nas salas e até quando não são lançados nos cinemas”, pontua.

O professor Carlos Gerbase aponta que, para as séries nacionais, o streaming é ainda mais interessante, uma vez que a remuneração de um produto único, como um longa-metragem, costuma ser pequena. “Ainda assim, esse mercado beneficia muitos produtos de qualidade que teriam dificuldade em encontrar seu espaço de divulgação em outros meios”, afirma.

Universidade: onde (também) se faz cinema

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Teccine foi lançado em 2003 na PUCRS / Foto: Camila Cunha

O curso de Produção Audiovisual da PUCRS foi lançado em 2003. Antes disso, tanto Barone quanto Gerbase já lecionavam na Universidade, compartilhando com os estudantes o que há anos viviam na prática. “Minha relação com o cinema começou na infância, no Rio de Janeiro, assistindo a desenhos animados e filmes de aventura, mas também através da literatura”, lembra Barone. Carioca, conta que o pai escrevia roteiros e que visitou algumas produtoras com ele na época: “Na juventude, foi inevitável me tornar um cinéfilo apaixonado”.

O professor veio para Porto Alegre em 1977, em função de uma proposta de trabalho. “Aqui, fui acolhido pela Famecos, onde encontrei um ambiente muito estimulante em relação ao cinema”. Em 1985, em parceria com Enio Staub, colega jornalista, concluiu a produção de um documentário em 16 mm sobre a violência política no Cone Sul: “O filme recebeu o prêmio de Melhor Curta Gaúcho no 13º Festival de Gramado, além de outras premiações, e eu achei que era o momento de me dedicar profissionalmente a escrever e dirigir”.

A atuação na academia vem desde 1993, sendo que, cinco anos depois, assumiu a coordenação do curso de especialização em Produção Cinematográfica da Famecos – que foi o embrião para a criação do curso superior de tecnologia em Produção Audiovisual (Teccine). “O projeto do Teccine foi uma grande experiência de aprendizado, compartilhada com o Carlos Gerbase, e até hoje é uma referência em inovação no ensino de cinema”.

Gerbase começou a se interessar por cinema quando já cursava Jornalismo na Famecos, e essa relação também se deu através da literatura. “Eu já escrevia contos quando conheci o colega Nelson Nadotti, que fazia cinema em super-8. Achei que seria interessante se pudesse contar histórias dessa forma”. Os dois, junto com Hélio Alvarez, desenvolveram o filme Meu Primo, em 1979:

“Esse filme foi muito importante pra mim. Acabou sendo a porta de entrada pro mundo do cinema e eu não parei mais”. 

Professor da Famecos desde 1981, acredita que a Universidade forma pessoas talentosas e que uma prova disso é a elevação da qualidade dos filmes produzidos no Estado. “O Rio Grande do Sul demorou um pouco a entrar no mercado da educação audiovisual, mas entrou muito bem e os resultados são evidentes”, aponta.

Cinema, ciência e tecnologia

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Estrutura do Teccna tem capacidade para receber projetos de filmagens e e oferecer todo o fluxo de pós-produção / Foto: Bruno Todeschini

Segundo Barone, a Universidade tem e terá um papel cada vez mais importante no desenvolvimento da atividade audiovisual como um todo. “É preciso relembrar que o cinema nasce como produto da ciência e da tecnologia no final do século 19. Uma câmera fotográfica capaz de registrar o movimento levou ao surgimento de um novo espetáculo público, que se transformou em mídia social e com uma dimensão industrial planetária”, recorda.

O professor destaca o Centro Tecnológico Audiovisual do Rio Grande do Sul (Tecna), como um marco para a produção no Brasil: “É a única iniciativa de uma universidade brasileira para construir uma infraestrutura dedicada ao audiovisual, compartilhada com o mercado. O Tecna é um espaço de convergências e inovação, com ambientes tecnológicos de ponta que até bem pouco tempo eram inacessíveis à produção independente no Rio Grande do Sul e no Brasil”.

O centro, que teve sua estrutura completa inaugurada em novembro de 2019, tem capacidade para receber projetos de filmagens e oferecer todo o fluxo de pós-produção, incluindo mixagem em padrão THX para filmes, comerciais, musicais, séries, animação e games. Ao mesmo tempo, atende programas de formação regular ou de capacitação para os novos profissionais. “Certamente vai trazer muitos benefícios ao setor de produção nacional”, acredita Barone.

Ensinamentos e aprendizados que atravessam gerações

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Registro do filme Inverno preservado no acervo do Delfos / Foto: Fernando Wittboldt Rocha

Além de ser um espaço de produção cinematográfica, a Universidade também é lugar de preservação da memória. Exemplo disso são arquivos mantidos pelo Delfos. Um dos registros encontrados no acervo diz respeito ao filme Inverno (1983), de Carlos Gerbase, com Giba Assis Brasil como assistente de direção e montador. Em um provável release, consta que o filme foi dublado e sonorizado nos estúdios da Famecos. “O som do filme é muito bom, comparado com o que fazíamos nos filmes anteriores, que era na base da fita cassete em estúdios caseiros. Ali já deu pra ver que era possível brincar um pouco mais com o som. Inverno foi uma escola para mim e as lembranças que eu tenho desse período são as melhores possíveis”, conta o professor, que vê a Famecos também como sua casa.

“Acho que a gente pode falar de pelo menos quatro gerações de cineastas que tiveram sua base na PUCRS. Em mais de 40 anos, muitos cineastas tiveram suas carreiras diretamente ligadas à Universidade”, aponta.

Um dos profissionais que Gerbase considera da “segunda geração” e que atua como professor na PUCRS há 14 anos é Gustavo Spolidoro. Seu primeiro filme, Velinhas (1998), é um curta metragem de 16mm, que ganhou os prêmios de Melhor Direção em Gramado e de Melhor Filme e Direção no Festival de Brasília. “Foi aí que começou minha carreira. Um tempo depois comecei a dar aula, fiz e sigo fazendo outros filmes”. Atualmente envolvido em três produções, Spolidoro diz que o mais lhe encanta em fazer cinema é o processo:

“Pensar num roteiro, numa equipe, nos festivais… é tudo muito interessante. A alegria de fazer cinema vem daí e das relações que a gente estabelece”. 

Gerbase considera essa possibilidade do trabalho coletivo como algo muito forte do cinema. “Ele é feito coletivamente e também é assistido coletivamente, e pra mim isso foi muito importante, pois me colocou em contato com pessoas talentosas e interessantes. Além disso, eu acho muito bacana quando muitas pessoas estão concentradas em volta da mesma história. O ser humano é um animal social, então contar histórias socialmente é muito bom”. Talvez por isso as salas de cinema estejam fazendo tanta falta.

O músico Daniel Drexler escolheu o Tecna para a gravação dos videoclipes do seu novo disco AIRE. As filmagens, realizadas pela Estação Filmes, com direção do Rene Goya Filho, ocorreram no mês de janeiro no centro de produção audiovisual localizado em Viamão. Nesta quinta, dia 16 de abril, está disponibilizado no YouTube o primeiro clipe, de uma série de cinco vídeos, do single ¿Por qué la infancia es tan corta?, que já está no Spotify, Deezer e Apple Music.

Leia também: Músico Daniel Drexler grava clipes no Tecna

Lançamento online e pós-produção à distância

Após as gravações de janeiro, Drexler viria novamente a Porto Alegre para trabalhar com Goya na pós-produção. Porém, o cenário da Covid-19 obrigou a uma mudança de planos, o processo criativo de montagem e finalização do material audiovisual precisou ser feito totalmente de maneira virtual pelos diversos profissionais envolvidos.

“Eu tenho a sensação de que a pandemia acelerou processos relacionados ao uso da tecnologia, coisas que já estavam acontecendo como shows ao vivo, aulas e encontros virtuais. Já tem anos que eu faço aulas de composição por Skype. Essa é uma das maravilhas da tecnologia, descobrimos uma maneira de trabalhar de forma remota em algo complexo. É um processo que pede muito foco e concentração de todos que estão participando”, comenta Drexler.

Segundo Goya, a pós-produção feita à distância, compartilhando telas, ideias, música e muita criação, tem sido um grande experimento. Ao todo, foram mais de 40 pessoas envolvidas e os espaços utilizados no Tecna foram o Estúdio A, com camarins e sala de produção, e novos ambientes recentemente inaugurados como o catering e a sala de receptivo.

Para o Tecna toda história importa

“Sempre sonhei com a possibilidade de filmar um filme, de estar em um set de gravação com o diretor gritando: ação! Adorei a ideia de gravar tudo com uma única câmera montada sobre uma dolly e com planos longos, com movimentos harmoniosos e com muitas transições de foco”, destaca Drexler. Foram dias de preparação e gravação como se fosse um sonho transformado em realidade, “Estou muito agradecido com a enorme quantidade de pessoas que participaram deste projeto e, sobretudo, feliz com o resultado que será entregue ao público”, ressalva o músico uruguaio.

O Tecna é um Centro de Produção Audiovisual que nasceu para apoiar a produção audiovisual brasileira. Conta com uma infraestrutura de padrão internacional, equipada com tecnologia de ponta, em amplos espaços para o trabalho de produção e finalização. Por aqui já passaram cenas de cinema, filmes publicitários, séries, conteúdos para internet, games e muitas outras histórias.