Mesmo com a pandemia e a necessidade de distanciamento social, o curso de Produção Audiovisual da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS (Famecos) não deixou de produzir conteúdo. Durante o segundo semestre de 2020, estudantes de diferentes semestres realizaram curta metragens exibidos em sessões públicas realizadas pelo Youtube e com posterior debate na plataforma Zoom. Ao todo, oito filmes participam da exibição.
Fabiano Grendene de Souza, coordenador do curso e professor da disciplina de Realização V, na qual foram produzidos três dos oito filmes, conta que a exibição online não era realizada antes da pandemia, mas que foi a maneira encontrada pelo curso para continuar promovendo eventos de integração com a comunidade. Entretanto, mesmo tendo sido proposto em momento emergencial, esse modelo trouxe benefícios. Fabiano acrescenta que uma importante característica dessa modalidade é a democratização de opiniões sobre o processo de produção dos filmes; enquanto nos eventos presenciais, normalmente, as falas sobre o filme são monopolizadas pelos diretores, nos debates realizados pelo Zoom, toda a equipe participa, trazendo diferentes visões sobre a produção.
Cristiane Mafacioli, decana da Famecos, por sua vez, pontuou que durante a pandemia o setor audiovisual foi bastante prejudicado, inclusive as grandes produções e, por isso, comemora muito a produção desses filmes que apenas foram gravados quando os protocolos de segurança do governo estadual permitiram. Ainda, segundo ela, foi um grande aprendizado tanto para os profissionais, quanto para os estudantes que enfrentaram esse desafio, mostrando que não há barreiras intransponíveis. Por fim, demonstrou sua gratidão a todos os professores, alunos e técnicos que trabalharam em torno de um objetivo comum, fazendo com que essas produções fossem possíveis.
Fabiano acredita que produzir filmes é, em condições normais, um desafio, mas que produzir com a necessidade de distanciamento social, esse desafio se torna ainda maior. Apenas os filmes de conclusão de curso, produzidos pelos formandos, foram gravados presencialmente com equipes de 15 a 20 pessoas. Para isso, a PUCRS disponibilizou EPI’s, além de uma higienista para cuidar da profilaxia do local; os estudantes, por sua vez, precisaram realizar algumas mudanças no roteiro de seus filmes a fim de respeitar a necessidade de distanciamento social e, além disso, realizaram escalas para os momentos de alimentação da equipe. Todos os protocolos exigidos pelo governo estadual foram seguidos e, como comenta o coordenador do curso, houve muito profissionalismo no set de filmagem.
As demais disciplinas – de segundo e quarto semestres -, para as quais os alunos produziram seus curtas, foram realizadas na modalidade online. Alunos de quarto semestre produziram animações, evitando a necessidade de gravações presenciais, enquanto os estudantes de segundo semestre optaram por realizar documentários, gravados, com exceção de um deles, na casa dos estudantes, sem encontros presenciais. O resultado dos filmes foi, como destaca Fabiano, muito positivo.
A primeira sessão de apresentações ocorreu no dia 9 de dezembro, com a exibição das animações Despertar do Eclipse, de Patrícia Cristiane, e Fatale, de Julio Carissini. Participaram do debate os cineastas Otto Guerra e Frederico Pinto. Produzir animações em seis meses é um trabalho que exige muita entrega e profissionalismo, comenta Fabiano, que relata ter sentido muitas emoções durante as apresentações ocorridas.
As expectativas do coordenador em relação aos filmes é alta. No dia 10 de dezembro ocorreu a segunda sessão de apresentações na qual foram exibidos três documentários produzidos por estudantes do segundo semestre. “É muito interessante ver que os alunos, os quais tiveram praticamente todo seu ensino realizado na modalidade online, aprenderam e estão colocando em prática seus conhecimentos”, comenta, não dispensando elogios aos estudantes: “os três têm em comum um olhar afetivo por seus personagens e acho que eles conseguiram entender que fazer documentário, cinema é ter um olhar humanista para a vida, é uma turma muito vigorosa”. Nessa data, foram exibidos os filmes Aurum, de Victor Sartori; A Cidade é Ela, de Giulia Tomasini, e Aqui Dentro, de Gabriel Messias.
Os filmes apresentados na última sessão de exibição são os de conclusão de curso, para os quais houve uma grande produção prévia. Os estudantes de Produção Audiovisual têm duas disciplinas para iniciarem as produções dos filmes antes de sua gravação, ocorrida no último semestre do curso, ou seja, começaram a elaborar os filmes exibidos um ano antes de exibi-los ao público. Os filmes a serem exibidos em 15 de dezembro são Sophia, de Marcela Maldonado Ruiz; Aliena, de Pedro Spieker, e Mikaela, de Guilherme Pacheco.
Todas as sessões são realizadas de maneira virtual e síncrona, transmitidas pelo YouTube, sempre às 19h. Confira os links para assistir às sessões e aos debates abaixo:
O primeiro evento da série Encontros Plurais debaterá sobre a série Bom Dia, Verônica e os assuntos que a constituem, com a presença das atrizes Tainá Müller e Elisa Volpatto. O encontro acontece nesta sexta-feira, 4 de dezembro, das 18h30 às 20h, e é promovido pelo comitê Teccine Plural. Para participar, clique neste link.
O objetivo do projeto é promover a interação da comunidade acadêmica com diversos profissionais do meio audiovisual. Tendo como prioridade a pluralidade de visões, as conversas visam abordar temas urgentes à evolução da sociedade, que há muito tempo já deveriam ter sido elucidados.
Verônica Torres trabalha como escrivã na Delegacia de Homicídios de São Paulo. Após presenciar um suicídio, ela decide investigar por conta própria dois casos esquecidos envolvendo mulheres agredidas. Durante a busca, acontecimentos absurdos vem à tona e constata-se que o poder sempre esteve nas mãos erradas.
Tainá Müller é uma atriz, apresentadora e modelo gaúcha, formada em Jornalismo pela PUCRS. Estreou no cinema com “Cão sem Dono” e fez diversas novelas da Globo, tendo destaque como Marina Meirelles de Em Família. Em 2020, aparece nas telas como protagonista da nova série brasileira da Netflix, Bom Dia, Verônica, que alcançou sucesso não só no Brasil como em outros países também.
Elisa Volpatto é uma atriz gaúcha que começou a trabalhar com audiovisual na minissérie A Ferro e Fogo – Tempo de Solidão, da RBS TV. Atuou em Rummikub, curta-metragem da Casa de Cinema de Porto Alegre, e protagonizou a série Mulher de Fases da HBO. Também participou da série “Doce de Mãe” e atualmente compõe o elenco de Bom Dia, Verônica.
Neste período de isolamento social, ir ao cinema é uma das atividades de lazer que mais está fazendo falta para os amantes da sétima arte. A sala escura e a tela em branco diante de poltronas ocupadas por indivíduos – que estarão diferentes quando subirem os créditos – já deixa saudades nos corações cinéfilos. Ao mesmo tempo, a televisão de casa se torna cada vez mais requisitada, proporcionando momentos de imersão em uma realidade diferente, em uma história nova ou no conforto de um clássico capaz de fazer esquecer, por 90 ou 120 minutos, as angústias da vida.
Não à toa, os cine drive-in ressurgiram com força neste mês. Além de arte que inspira e encanta espectadores, o cinema é um mercado importante, que emprega cerca de 300 mil profissionais e movimenta significativamente a economia no Brasil. “É uma atividade geradora de trabalho e renda, com produtos que não têm data de validade, comercializados via licenciamento a qualquer tempo”, diz o professor João Guilherme Barone, docente do curso de Produção Audiovisual da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS.
Hoje, 19 de junho, é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro. A data se refere ao ano de 1889, quando ítalo-brasileiros registraram as primeiras imagens em movimento no Brasil. E, desde então, o cinema nacional passou por diversas fases, acompanhando e se adaptando às mudanças de formato – das bitolas super-8 à digitalização – e da sociedade, enfrentando momentos críticos para a liberdade de expressão e passando e passando por períodos com políticas públicas mais estruturadas e favoráveis à área nas duas últimas décadas.
Assim, não é errado dizer que o cinema ajuda um pouco a contar a História. Para Barone, ele é um reflexo da sociedade:
“Acredito que a capacidade de representar a sua história, com maior ou menor quantidade de filmes ou ênfases em determinados períodos, é um indicativo da força da indústria audiovisual de um país”.
O professor acredita que, no Brasil, existe uma memória relativamente acessível através do cinema, embora ainda incompleta, se comparada com as cinematografias de países como França, Alemanha, Itália e Estados Unidos. “Algumas lacunas existem. Talvez nos faltem ainda mais filmes sobre a formação do Brasil, considerando os primeiros três séculos após o descobrimento. Nessa periodização, algumas questões estão ainda em pauta, como a situação dos povos indígenas, a escravidão, as consequências da exploração da natureza, as crises e conflitos do Império e da República etc.”.
Atualmente, as produções audiovisuais encontram no streaming novas possibilidades de circulação. Para Barone, esses serviços são decorrência dos avanços tecnológicos que começaram com a revolução digital, ainda em 1990. “Anteriormente, a circulação da obra cinematográfica estava restrita à sala de cinema, ao mercado de home video (com as locadoras) e à televisão (aberta ou por assinatura)”. Agora, com a liberdade de se assistir a um filme em casa, independentemente da programação de uma emissora de televisão ou da sala de cinema, o professor acredita que “há uma mudança radical no comportamento do público que vai ao cinema e que também gosta de consumir em casa”.
O cinema como espetáculo a ser desfrutado em uma sala específica para isso, segundo Barone, nunca poderá ser oferecido da mesma forma em um ambiente doméstico. “Ao mesmo tempo, há um dilema relativo ao tamanho do circuito exibidor mundial, que, com mais de 250 mil salas, ainda é insuficiente para poder lançar todos os filmes produzidos no momento certo e mantê-los em cartaz pelo tempo ideal para que todos possam assistir”, observa. No Brasil, por exemplo, os blockbusters internacionais chegam a ocupar 80% das 3.200 salas, fazendo com que filmes nacionais não encontrem lugar no circuito. “Estes poderão ser vistos no streaming, pouco tempo depois do lançamento nas salas e até quando não são lançados nos cinemas”, pontua.
O professor Carlos Gerbase aponta que, para as séries nacionais, o streaming é ainda mais interessante, uma vez que a remuneração de um produto único, como um longa-metragem, costuma ser pequena. “Ainda assim, esse mercado beneficia muitos produtos de qualidade que teriam dificuldade em encontrar seu espaço de divulgação em outros meios”, afirma.
O curso de Produção Audiovisual da PUCRS foi lançado em 2003. Antes disso, tanto Barone quanto Gerbase já lecionavam na Universidade, compartilhando com os estudantes o que há anos viviam na prática. “Minha relação com o cinema começou na infância, no Rio de Janeiro, assistindo a desenhos animados e filmes de aventura, mas também através da literatura”, lembra Barone. Carioca, conta que o pai escrevia roteiros e que visitou algumas produtoras com ele na época: “Na juventude, foi inevitável me tornar um cinéfilo apaixonado”.
O professor veio para Porto Alegre em 1977, em função de uma proposta de trabalho. “Aqui, fui acolhido pela Famecos, onde encontrei um ambiente muito estimulante em relação ao cinema”. Em 1985, em parceria com Enio Staub, colega jornalista, concluiu a produção de um documentário em 16 mm sobre a violência política no Cone Sul: “O filme recebeu o prêmio de Melhor Curta Gaúcho no 13º Festival de Gramado, além de outras premiações, e eu achei que era o momento de me dedicar profissionalmente a escrever e dirigir”.
A atuação na academia vem desde 1993, sendo que, cinco anos depois, assumiu a coordenação do curso de especialização em Produção Cinematográfica da Famecos – que foi o embrião para a criação do curso superior de tecnologia em Produção Audiovisual (Teccine). “O projeto do Teccine foi uma grande experiência de aprendizado, compartilhada com o Carlos Gerbase, e até hoje é uma referência em inovação no ensino de cinema”.
Gerbase começou a se interessar por cinema quando já cursava Jornalismo na Famecos, e essa relação também se deu através da literatura. “Eu já escrevia contos quando conheci o colega Nelson Nadotti, que fazia cinema em super-8. Achei que seria interessante se pudesse contar histórias dessa forma”. Os dois, junto com Hélio Alvarez, desenvolveram o filme Meu Primo, em 1979:
“Esse filme foi muito importante pra mim. Acabou sendo a porta de entrada pro mundo do cinema e eu não parei mais”.
Professor da Famecos desde 1981, acredita que a Universidade forma pessoas talentosas e que uma prova disso é a elevação da qualidade dos filmes produzidos no Estado. “O Rio Grande do Sul demorou um pouco a entrar no mercado da educação audiovisual, mas entrou muito bem e os resultados são evidentes”, aponta.
Segundo Barone, a Universidade tem e terá um papel cada vez mais importante no desenvolvimento da atividade audiovisual como um todo. “É preciso relembrar que o cinema nasce como produto da ciência e da tecnologia no final do século 19. Uma câmera fotográfica capaz de registrar o movimento levou ao surgimento de um novo espetáculo público, que se transformou em mídia social e com uma dimensão industrial planetária”, recorda.
O professor destaca o Centro Tecnológico Audiovisual do Rio Grande do Sul (Tecna), como um marco para a produção no Brasil: “É a única iniciativa de uma universidade brasileira para construir uma infraestrutura dedicada ao audiovisual, compartilhada com o mercado. O Tecna é um espaço de convergências e inovação, com ambientes tecnológicos de ponta que até bem pouco tempo eram inacessíveis à produção independente no Rio Grande do Sul e no Brasil”.
O centro, que teve sua estrutura completa inaugurada em novembro de 2019, tem capacidade para receber projetos de filmagens e oferecer todo o fluxo de pós-produção, incluindo mixagem em padrão THX para filmes, comerciais, musicais, séries, animação e games. Ao mesmo tempo, atende programas de formação regular ou de capacitação para os novos profissionais. “Certamente vai trazer muitos benefícios ao setor de produção nacional”, acredita Barone.
Além de ser um espaço de produção cinematográfica, a Universidade também é lugar de preservação da memória. Exemplo disso são arquivos mantidos pelo Delfos. Um dos registros encontrados no acervo diz respeito ao filme Inverno (1983), de Carlos Gerbase, com Giba Assis Brasil como assistente de direção e montador. Em um provável release, consta que o filme foi dublado e sonorizado nos estúdios da Famecos. “O som do filme é muito bom, comparado com o que fazíamos nos filmes anteriores, que era na base da fita cassete em estúdios caseiros. Ali já deu pra ver que era possível brincar um pouco mais com o som. Inverno foi uma escola para mim e as lembranças que eu tenho desse período são as melhores possíveis”, conta o professor, que vê a Famecos também como sua casa.
“Acho que a gente pode falar de pelo menos quatro gerações de cineastas que tiveram sua base na PUCRS. Em mais de 40 anos, muitos cineastas tiveram suas carreiras diretamente ligadas à Universidade”, aponta.
Um dos profissionais que Gerbase considera da “segunda geração” e que atua como professor na PUCRS há 14 anos é Gustavo Spolidoro. Seu primeiro filme, Velinhas (1998), é um curta metragem de 16mm, que ganhou os prêmios de Melhor Direção em Gramado e de Melhor Filme e Direção no Festival de Brasília. “Foi aí que começou minha carreira. Um tempo depois comecei a dar aula, fiz e sigo fazendo outros filmes”. Atualmente envolvido em três produções, Spolidoro diz que o mais lhe encanta em fazer cinema é o processo:
“Pensar num roteiro, numa equipe, nos festivais… é tudo muito interessante. A alegria de fazer cinema vem daí e das relações que a gente estabelece”.
Gerbase considera essa possibilidade do trabalho coletivo como algo muito forte do cinema. “Ele é feito coletivamente e também é assistido coletivamente, e pra mim isso foi muito importante, pois me colocou em contato com pessoas talentosas e interessantes. Além disso, eu acho muito bacana quando muitas pessoas estão concentradas em volta da mesma história. O ser humano é um animal social, então contar histórias socialmente é muito bom”. Talvez por isso as salas de cinema estejam fazendo tanta falta.
O curta “Flores”, produzido por alunos e diplomados do curso de Produção Audiovisual (Teccine), da Escola de Comunicação, Artes e Design, está marcando presença em festivais internacionais. Participou da 2ª Muestra de Cine Queer, em Bucaramanga (Colômbia), do 10º OMOVIES – LGBT Q Film Festival, em Napoli (Itália), do 6º Mumbai Shorts International Film Festival 2017, em Mumbai (Índia) e de 23 a 25 de fevereiro estará no Watersprite Film Festival, em Cambridge (Inglaterra). Ainda, foi selecionado para a 4ª Edição do Tlanchana Fest, Festival de Cine y Arte Digital, que acontecerá em Metepec, no México, de 11 a 15 de Abril. Além disso, também integrou a programação de eventos nacionais, no 10º Festival Curta Cabo Frio (RJ), na Mostra Criar na Cidade (Pelotas/RS), no 3º FFF – Festival de Filmes de Faina (GO) e no Cine MIS – Mostra de Cine Museu da Imagem e do Som (SP).
Escrito e dirigido pelos estudantes Vado Vergara e Henrique Bruch, o curta é uma realização do Teccine e da Pocilga Filmes, e conta com atuação de alunos do Teccine em diversas funções, como produção executiva, arte e produção de elenco, entre outras. As imagens foram feitas no LAB V, da PUCRS, com duas diárias na “Ocupação Violeta”. Já a edição e finalização de som e imagem duraram um ano após a formatura dos estudantes, em julho de 2016, e foram realizadas pela produtora de Vergara. “A PUCRS foi de essencial participação na trajetória do filme, desde a contribuição do conhecimento disponibilizado na formação acadêmica até a facilitação da produção de um filme, que hoje em dia está cada vez mais difícil com o sucateamento da cultura e todas as áreas sociais. Somos muito gratos pela liberdade de fazer o filme, tanto na forma quanto no conteúdo, e de poder circular um discurso sobre temas tão polêmicos na atualidade”, afirma.
No festival Watersprite, o curta concorre na categoria de melhor cinematografia. Vado recebeu um convite para representar o filme e participar presencialmente da premiação. Ele embarca para a Inglaterra em 19 de fevereiro. “Fiquei muito feliz com reconhecimento do trabalho. O mais legal disso tudo são as possibilidades que a seleção no festival proporciona e o quanto isso pode interferir positivamente na distribuição e trajetória do filme dentro do circuito de festivais”, avalia. Dentro da programação do festival, acontecerá o evento Pitch Perfect, para o qual Vergara enviou seu próximo projeto chamado “Front”. Caso seja selecionado e vença, ele terá a oportunidade de apresentá-lo para profissionais da BBC e da Bankside Films.
O curta de 17 minutos aborda o crescimento de grandes centros urbanos e mercado imobiliário enquanto pessoas são despejadas destes espaços que estavam ociosos e acompanha o dia de dois jovens que buscam compreender a relação afetiva que os une. Um deles, artista visual, divide a moradia ocupada com uma mulher trans de 70 anos viciada em drogas e busca a realização profissional em outra cidade.
Antes do Lembrar
Outra produção de diplomados do Teccine também marcou presença em terras estrangeiras. O curta “Antes do Lembrar”, realizado pela produtora Pátio Vazio, de Luciana Mazeto e Vinicius Lopes, e com produção executiva de Leandro Engelke, integra a mostra Bright Future Short do Festival Internacional de Filmes Rotterdam. O evento ocorre entre 24 de janeiro e 4 de fevereiro. O filme de 20 minutos explora o ato de contar e recontar histórias em sítios arqueológicos do RS e mostra como o homem recria o mundo a sua volta.