Você já se questionou sobre como o seu consumo impacta o uso dos recursos naturais do planeta? Anualmente, a Terra tem sido sobrecarregada pela aceleração no ritmo de utilização dos bens fornecidos pela natureza, entrando em déficit ecológico. O Dia da Sobrecarga da Terra é uma data mundial que marca o momento em que a humanidade consumiu todos os recursos naturais que o planeta é capaz de renovar durante um ano. Em 2021, o déficit acontece a partir desta quinta-feira, 29 de julho.
O cálculo da sobrecarga é realizado pela Global Footprint Network (GFN) dividindo a biocapacidade do planeta (quantidade de recursos ecológicos que a Terra pode regerar no ano) pela Pegada Ecológica da humanidade (quantidade de recursos naturais necessários para sustentar os padrões de consumo da população mundial). Segundo a GFN, atualmente, são utilizados os recursos de 1,7 planetas – o equivalente a mais de 74% da capacidade de renovação da Terra.
Em 2020, devido à redução das atividades econômicas pela pandemia de Covid-19, a sobrecarga ocorreu em 22 de agosto – há 15 anos a data não acontecia tão “tarde”. Porém, em 2021 o aumento de 6,6% da pegada de carbono em comparação com o ano passado já recoloca o planeta no patamar pré-pandemia. Além disso, a GFN destaca a redução de 0,5% na biocapacidade florestal do mundo devido, em grande medida, a um aumento do desmatamento na Amazônia. Somente no Brasil, mais de 1 milhão de hectares de floresta foram perdidos em 2020 e estimativas para 2021 indicam um aumento de até 43% no desmatamento.
Na visão da professora da Escola de Negócios da PUCRS Maira Petrini, coordenadora do Grupo de Pesquisa sobre Sustentabilidade e Negócios com Impacto Social, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Administração, para alcançarmos a sustentabilidade é preciso repensar as estruturas e os padrões adotados mundialmente.
“O que a pandemia faz é descortinar as disfuncionalidades dos modelos econômicos atuais e nossos altos níveis de desigualdade e pobreza. Precisamos questionar alguns pontos que podem ter levado a isso, como o individualismo e a competição em detrimento da colaboração. Isso vale para as empresas, para as nações e para as sociedades”.
Maira destaca, ainda, que a construção de uma economia mais sustentável também passa pela ressignificação dos negócios. “A necessidade de as empresas encontrarem um propósito vinculado com o coletivo se tornou exponencial. O propósito engaja colaboradores, fideliza consumidores e constrói marcas fortes. Cada vez mais os negócios precisam mobilizar as pessoas, criando significados e laços de coletividade. E essa pressão vem da sociedade, da nova sociedade, das novas gerações que já nascem provocando e questionando um propósito maior”, aponta.
Diminuir o consumo, optar por produtos e empresas aliadas do desenvolvimento sustentável, evitar o desperdício de recursos ambientais e reduzir as emissões de carbono são ações fundamentais para adiarmos o Dia da Sobrecarga da Terra, mitigando os impactos da crise climática.
Confira alguns passos da campanha #MoveTheDate para adiar o esgotamento dos recursos:
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A PUCRS, em consonância com seu Marco Referencial e de acordo com sua Missão, estabelece como princípios norteadores para a busca da sustentabilidade ambiental o contínuo estímulo à educação ambiental, envolvendo a comunidade em geral; a promoção de ambiente acadêmico-científico favorável para o desenvolvimento e disseminação de tecnologias para a redução dos impactos ambientais; e a contínua melhoria de seus procedimentos técnico-administrativos para a mitigação e prevenção dos impactos ambientais provenientes das suas ações, em concordância com a legislação ambiental vigente.
Entre as ações adotadas pela Universidade está a implementação e manutenção da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Pró-Mata, uma área de conservação ambiental da PUCRS localizada em São Francisco de Paula, na serra gaúcha. Com área aproximada de 2.400 hectares, o Pró-Mata é a maior RPPN do Rio Grande do Sul e recebe anualmente centenas de pesquisadores, professores e estudantes de diferentes instituições, brasileiras e internacionais.
Desde a sua inauguração, são promovidas atividades de ensino, pesquisa e extensão sob a condução do Instituto do Meio Ambiente da PUCRS (IMA).
“Através da conservação de campos e matas em área tão ampla, a PUCRS se destaca entre as universidades de todo o mundo no seu compromisso com o meio ambiente, contribuindo de forma importante para a minimização do efeito estufa através da fixação de carbono atmosférico. A captação de carbono realizada no Pró-Mata já é capaz de neutralizar grande parte ou a totalidade das emissões de carbono decorrentes da operação diária da PUCRS”, destaca o professor Nelson Fontoura, diretor do IMA.
Eficiência das lâmpadas de LED, de módulos de energia fotovoltaica e a relação entre energia e meio ambiente são temas sobre os quais frequentemente se ouve falar. Neste mês, com a medida assinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que altera o valor das bandeiras tarifárias, a conta de luz ficou mais cara. Em momentos como este, a preocupação com formas de melhorar a eficiência energética ganha ainda mais evidência – especialmente para empresas e indústrias.
Segundo o professor da Escola Politécnica e coordenador do Laboratório de Eficiência Energética (LABEE) e do Centro de Demonstração em Energias Renováveis (CEDER), Odilon Duarte, eficiência energética consiste basicamente em usar menos energia:
“É uma prática que busca eliminar os desperdícios, otimizar os sistemas de geração de eletricidade e manter o conforto, a qualidade e a segurança”.
Atingir a eficiência energética é fundamental para um mundo sustentável – seja do ponto de vista ambiental, social ou econômico. Isso porque produzir e distribuir energia é muito caro e tem um impacto negativo em nosso ambiente.
Entre os benefícios gerados por esse meio de gestão da energia estão a redução das emissões de gases de efeito estufa, a diminuição da demanda por importações de energia, o aumento da confiabilidade do sistema de abastecimento e a redução de custos com energia para a empresa e para a sociedade.
“O uso da energia com mais eficiência é uma das maneiras mais rápidas e econômicas de gastar menos dinheiro, reduzir as emissões de gases de efeito estufa, criar empregos e atender à crescente demanda de energia”, destaca Duarte. O professor aponta alguns dos benefícios da eficiência energética para empresas e indústrias:
Ambiental: reduz as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e outros poluentes, bem como diminui o uso da água.
Econômico: melhorar a eficiência energética nos sistemas de força motriz, de refrigeração, de ar comprimido e de iluminação diminui as contas dos serviços públicos individuais, cria empregos e ajuda a estabilizar os preços e a volatilidade da energia.
Benefícios para o sistema elétrico: restringe a demanda geral de energia, reduzindo a necessidade de investir em novos sistemas de geração, transmissão e distribuição de eletricidade, proporcionando uma redução substancial na tarifa.
Gerenciamento do risco: a eficiência energética ajuda a diversificar os portfólios de recursos das concessionárias e é uma proteção contra as incertezas associadas à flutuação dos preços da energia.
A partir dessa forma de gestão de energia, é possível reduzir custos em indústrias, empresas e até mesmo em casa. Além disso, a eficiência energética acaba apresentando as vantagens que essas práticas podem trazer para os empreendimentos.
Pensando nessas questões, o professor Odilon Duarte elencou algumas dicas para empresas e indústrias que buscam melhorar a performance no seu consumo de energia. Confira:
Uma dica que parece básica, mas que pode fazer toda a diferença, sendo que contamos com a luz natural durante um período significativo do dia. Manter as janelas limpas é o primeiro passo para aproveitar a luz do sol, e utilizar cortinas leves e portas de vidro também podem contribuir.
Em processos industriais que envolvam calor, uma forma de melhorar a eficiência energética é procurar empregar o isolamento térmico para minimizar as perdas de temperatura, diminuindo, assim, o consumo de energia.
Esta é uma ferramenta simples e eficaz que indica os equipamentos e eletrodomésticos que menos consomem energia. O selo foi criado em 1993 e apenas produtos que atingem índices de consumo e desempenho estabelecidos são contemplados com a sinalização.
Os motores elétricos são os principais consumidores de energia das indústrias. Por isso, contar com opções de alto rendimento são uma alternativa para atingir a eficiência energética.
O ar cria uma barreira, impedindo a troca térmica entre o ambiente interno e externo. Com isso, o consumo de energia com o sistema de ar-condicionado é reduzido.
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Há muito tempo que a moda vai além de apenas se vestir bem ou acompanhar o que é apresentado nas passarelas. Pode se dizer que a “moda agora é” ser consciente. Mas não basta repetir o discurso das novas ondas, é necessário ter coerência em toda a cadeia de produção. Isso é o que explicam especialistas do setor, que garantem: o novo perfil de consumidores e consumidoras se importa em saber de onde vem, para onde vai, do que é feito, por que é feito e quem tem acesso a cada item colocado no carrinho de compras.
“Todos nós consumimos roupas, sapatos, acessórios e fazemos escolhas que se conectam com a nossa identidade. Mas como tomamos essas decisões? Questionar e agir são formas potentes de transformação. Não só na moda, mas em diversos aspectos”, explica Emily Müller, embaixadora do movimento global Fashion Revolution.
Em abril deste ano, ela que é aluna do 8º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos organizou uma programação especial em parceria com o projeto e reuniu profissionais de diferentes áreas da moda para falar sobre a chamada revolução fashion. Confira cinco tendências apontadas durante os encontros:
Tatuagens, estilos, cores. Tudo o que é carregado no corpo representa narrativas que fazem parte do conceito de moda: que são os modos e a maneira de se colocar no mundo. Uma das tendências do setor é que nada é fixo ou uma coisa só. Segundo Paula Puhl, professora da Famecos:
“Hoje vivemos com identidades muito mais fluídas. Não é como há muitos anos, que a pessoa nascia com um nome, sobrenome e seguia a atividade da família. Hoje somos múltiplos, assim como os contextos, e nos colocamos de maneiras diferentes no mundo. A moda é vista como uma mediadora, de acordo com a forma que a usamos e consumimos”.
Ela ainda diz que a moda está na sociedade, e cada pessoa acrescenta a sua própria forma de comunicar por meio dessa maneira de se expressar.
A indústria da moda é uma das que mais poluem. Segundo a Global Fashion Agenda, esse setor consome 1,5 trilhão de litros de água por ano. Uma das formas de tentar frear esse gasto é repensando a lógica fast fashion, que é o consumo rápido das roupas, como se fossem produtos descartáveis, e priorizando o slow fashion, que é o hábito de comprar só o necessário, em uma perspectiva mais minimalista e consciente.
Nos últimos 15 anos a produção de roupas dobrou, de acordo com dados da Fundação Ellen McArthur. Dos resíduos têxteis, 73% são queimados ou enterrados em aterros sanitários. Apenas 12% são destinados para a reciclagem e menos de 1% retorna para a cadeia de produção e vira peças novas.
O movimento impulsionado pelo Fashion Revolution Quem faz as minhas roupas? levanta um debate não tão novo, mas que permanece atual. Há alguns anos, por exemplo, equipes de fiscalização trabalhista flagraram em três momentos diferentes em São Paulo pessoas estrangeiras submetidas a condições análogas à escravidão produzindo peças de roupa para uma mesma conhecida marca internacional.
Segundo o projeto, o objetivo da campanha, que utiliza majoritariamente as mídias sociais para se promover, é “dar voz às vidas que se entrelaçam nas nossas através das roupas. De ser espelho para as mãos que costuram essas roupas. Porque a roupa, sozinha, é pouco”.
Dessa forma, busca dar visibilidade para o tema e para a luta da categoria por direitos civis, trabalhistas e humanos, como salários e rotinas de trabalho mais justas.
Imagine abrir uma revista ou ligar a televisão e não enxergar ninguém parecido com você. Essa hipótese pode até causar estranhamento para algumas pessoas, mas para outras essa foi e ainda é a realidade. Com as cobranças por mais diversidade e representatividade nas passarelas e nos bastidores, as marcas têm tentado se reinventar em algum nível.
De acordo com o site The Fashion Spot, que analisa o tema a cada estação, 83% das modelos da semana de moda de primavera de 2015 eram brancas, caindo para 60% em 2020, indicando um pequeno avanço. Já as modelos plus-size passaram de 50 contratadas no outono de 2019 para 86 na primavera de 2020.
Um dos fatores que influencia esse movimento é o surgimento de novas marcas já alinhadas a essas reivindicações, com elencos mais contemplativos no quesito pluralidade de corpos e formas de expressão. O tema também foi discutido em diferentes painéis, como no da jornalista e pesquisadora Carol Anchieta, que investiga sobre moda, design, sustentabilidade e Afrofuturismo.
E se o futuro estiver no passado? Para André Carvalhal, consultor tendências de comportamento que participou do encerramento da programação do Fashion Revolution, a ancestralidade deve estar ainda mais presente na moda.
Para ele, o futuro está em voltar a olhar para coisas básicas: “Acredito no pensamento de que o futuro da moda seja um resgate à essa ancestralidade, serviço que a moda já proporcionou alguma vez, com formas mais respeitosas com a natureza e com as pessoas. São pensamentos e atitudes de povos originários, que chegaram muito antes da gente, os quais deveríamos estar olhando com muito mais atenção“.
André finaliza que “deveríamos nos preocupar menos com como serão os carros do futuro, as indústrias e as empresas. E mais para aquilo que nos conecta com a nossa natureza e com a natureza, pois fazemos parte dela, e como disseminar isso em grande escala”.
Curtiu este conteúdo? Confira também algumas pesquisas realizadas pela Famecos:
Cada ação importa. Inspirado neste “lema” o Projeto Espiral Bom Fim está coletando papéis de diferentes tipos para uma ação sustentável em parceria com a organização sem fins lucrativos Passarte e uma rede de empresas conveniadas. O material arrecadado é destinado para a reciclagem e também para a criação de cadernos novos, que são disponibilizados para crianças em situação de vulnerabilidade socioeconômica que estudam em escolas conveniadas com a ONG.
O projeto sustentável foi elaborado por André Dall’Alba, estudante do 7º semestre de Relações Públicas da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS – Famecos. Segundo ele, o nome da iniciativa é uma referência às pequenas ações que cada pessoa pode fazer pelo bem coletivo e do planeta:
“’Espiral’, além de remeter à uma forma de encadernação, é símbolo de evolução e movimento progressivo, algo esperado por meio da colaboração cada vez maior entre os comércios e a população. Já ‘Bom Fim’ refere-se não apenas ao bairro, mas também à um dos objetivos do projeto: dar um bom fim aos materiais que são descartados”, explica.
Apesar de o foco da ação ser auxiliar a sociedade, as empresas também são beneficiadas ao poderem engajar em uma causa que está alinhada aos seus propósitos e que impacta a comunidade positivamente.
Para ajudar, basta escolher um dos pontos de coleta disponíveis no site e no Instagram do Projeto Espiral, que ficam localizados no bairro Bom Fim, em Porto Alegre. São aceitos diversos tipos de papéis, como folhas, jornais, cadernos usados e revistas. Lembre-se de conferir os horários de atendimento dos estabelecimentos conveniados. A ação acontece até o final do mês junho, podendo ser prorrogada.
Atualmente quatro empresas parceiras participam da ação, disponibilizando uma caixa identificada em seus estabelecimentos: CirKula Editora, Livraria & Café, Personalize Artes Gráficas, Livraria Londres e Espaço Veganista.
O projeto começou na disciplina de Práticas Profissionais em Relações Públicas – Estágio Supervisionado em Ação Empreendedora, com orientação da professora Denise Pagnussatt, no primeiro semestre de 2021. A proposta da cadeira é o desenvolvimento de iniciativas empreendedoras em Comunicação, ligadas a uma ou mais organizações, atendendo algum dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) para 2023.
Conheça o curso de Relações Públicas e saiba como ingressar com o Vestibular (com prova de redação online, aproveitamento da nota do Enem ou a modalidade que houver o melhor desempenho), Transferência (para estudantes de outras instituições) e Ingresso de Diplomado (para quem já se formou no ensino superior, com desconto).
Apaixonada por moda desde criança, aos 24 anos Emily Müller foi selecionada para representar o Fashion Revolution, como embaixadora do movimento global que atua em mais de 100 países. Aluna do 8º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, ela contou com o apoio da Universidade para elaborar uma série de eventos online que acontecem de 19 a 25 de abril, com transmissão pela plataforma Zoom.
Para a embaixadora, que decidiu transformar o seu propósito de vida em carreira após trabalhar em uma agência de comunicação de Porto Alegre, onde conheceu o mercado de moda na prática, é necessário pensar para além da indústria fashion. “Sempre me preocupei com questões sociais e ambientais. Aos 17 anos me tornei vegetariana por entender que as escolhas que eu fazia refletiam em grandes questões da sociedade”, conta.
Emily também acredita que sair da zona de conforto pode ser o primeiro passo para começar mudanças de impacto real:
“Todos nós consumimos roupas, sapatos, acessórios e fazemos escolhas que se conectam com a nossa identidade. Mas como tomamos essas decisões? Questionar e agir são formas potentes de transformação. Não só na moda, mas em diversos aspectos”.
O tema também acompanha a estudante na sua trajetória acadêmica. Em 2020, quando resolveu adiantar o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), se dedicou a pesquisar sobre A influência do período de distanciamento social na moda sustentável e no consumo, com orientação de Paula Puhl, que também é professora na Certificação de Conteúdo e Divulgação de Moda.
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Construída em parceria com os/as colegas de diferentes cursos, a programação conta com temas e convidados/as especiais. A ideia é debater como tornar a indústria da moda mais consciente e sustentável. Agende-se:
No dia 19 abril, às 18h30min, com Paula Puhl e Cláudia Trindade
Acesse com o link do Zoom ou com ID 942 9120 1222 e senha 105080.
No dia 20 de abril, às 17h30min, com Emily Müller e Victória Camargo
Acesse com o link do Zoom ou com ID 971 9874 2103 e senha 516180.
No dia 20 de abril, às 19h, com Pedro Menini
Acesse com o link do Zoom ou com ID 929 3744 8286 e senha 432382.
No dia 22 de abril, às 18h, com Sadine Corrêa e Cláudia Rosa
Acesse com o link do Zoom ou com ID 990 1460 7963 e senha 567278.
No dia 22 de abril, às 19h, com Daniel Gontijo
Acesse com o link do Zoom ou com ID 932 8547 5658 e senha 295442.
No dia 23 de abril, às 18h, com Carol Anchieta
Acesse com o link do Zoom ou com o ID 858 552 0294 e senha 123456.
No dia 23 de abril, às 19h, com André Carvalhal
Acesse com o link do Zoom ou com ID 955 0866 7393 e senha 307976.
Para ficar por dentro dessas e de outras atividades, acompanhe a Famecos no Instagram e no Facebook e fique de olho na Agenda da PUCRS.
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Envolvendo os eixos social, ambiental e econômico, a sustentabilidade tem estado cada vez mais em pauta em diversos setores da sociedade. Na área de edificações, o uso racional dos recursos naturais e a busca por eficiência energética e por alternativas inovadoras no campo dos materiais, tecnologias sustentáveis e recursos naturais têm sido considerados diferenciais – principalmente em função das exigências crescentes, tanto no mercado nacional quanto no internacional.
Um dos motivos para a sustentabilidade ganhar espaço no setor é o fato de estar frequentemente presente nas discussões para a formulação de legislações específicas, normas e concursos, como licitações e planos diretores. Outra razão é a sustentabilidade econômica, que também preza pela adoção de medidas mais sustentáveis na área, sejam no contexto do urbanismo, da arquitetura, do paisagismo ou na gestão do projeto, utilizando materiais inovadores e promovendo conforto e desempenho térmico, além da integração de tecnologias para utilização dos recursos naturais.
Conforme explicam os coordenadores do curso de especialização em Projeto e Edificações Sustentáveis da PUCRS, professores Bruno de Rosso e Márcio D’Avila, um projeto nessa área considera inúmeros fatores: “Análise do lugar, aspectos culturais, características climáticas, custo, operação da edificação (manutenção e diferentes consumos, como energia, água e geração de resíduos), adaptabilidade ao longo da vida útil da edificação, gestão, eficiência energética e definição de materiais que demandam pouca energia, geram pouco resíduo e, se possível, fornecidos localmente”. Dessa forma, envolve os processos de projeto, execução, gerenciamento e adaptações, além da reciclagem e do destino dos materiais de construção.
Os professores destacam que as alternativas para o desenvolvimento de projetos sustentáveis que existem atualmente permeiam diferentes níveis. Gerenciamento de obras, uso eficiente da energia, redução da emissão de CO2, iluminação natural, edificações automatizadas e utilização das águas fluviais e servidas (já utilizadas por pessoas, como em tanques e pias) são alguns dos recursos que já estão disponíveis para edificações de caráter sustentável.
As mudanças climáticas e os consequentes novos acordos internacionais e protocolos mais rígidos em relação aos eixos norteadores de projetos têm aumentado a demanda por profissionais especialistas em desenvolvimento para edificações sustentáveis. Na PUCRS, o curso de pós-graduação em Projeto e Edificações Sustentáveis, que está com as inscrições abertas, é voltado para diplomados em áreas como engenharias, arquitetura, gestão privada e pública e administração.
“A especialização abre portas tanto na atividade profissional de projeto como nas de gestão, eficiência energética, aplicação de tecnologias inovadoras (geração de energia, redução de desperdício, reutilização de recursos naturais), desenvolvimento de sistema técnico construtivo, climatização, mobilidade e paisagismo, entre outras”, concluem os coordenadores.
Os estudantes vão aprender a desenvolver projetos sustentáveis na área da arquitetura e engenharia; conhecer alternativas de eficiência energética, desempenho térmico e integração de tecnologias para a utilização de recursos naturais; e aprofundar o conhecimento sobre gestão e políticas públicas de fomento do projeto.
Além da infraestrutura de ensino de alta qualidade os alunos poderão contar com corpo docente interdisciplinar e capacitado e com laboratórios equipados e dedicados com tecnologia de ponta. O curso é presencial mas, caso não seja possível iniciar nessa modalidade, começará de forma online, retomando as aulas no Campus assim que o cenário e condições estabelecidas para o controle da pandemia permitirem.
Provavelmente você já ouviu falar em consumo consciente ou sustentável – mas você realmente sabe o que isso significa e por que é importante colocá-lo em prática? Desde 1970, há um índice que mede o Dia de Sobrecarga da Terra, data em que todos os recursos naturais que o planeta pode renovar durante todo o ano se esgota. Em 2019, isso aconteceu no dia 29 de julho – mais cedo que em todo o histórico do índice. Neste ano, segundo a Global Footprint Network, organização internacional que calcula a pegada ecológica, contabilizando quanto de recurso natural é usado para as necessidades de um indivíduo ou população, será em 22 de agosto.
Apesar de em 2020 entrarmos em défice ecológico quase um mês mais tarde que no ano passado (há 15 anos essa data não chegava tão “tarde”), não há motivos para comemorar: certamente isso se deve à crise gerada pelo coronavírus, que acabou impactando nos hábitos das pessoas em todo o mundo. Porém, existem formas de manter e de melhorar a marca do Dia da Sobrecarga. Uma delas é justamente praticar o consumo de uma forma consciente.
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Segundo a professora da Escola de Negócios Maira Petrini, o conceito de consciência para consumo sustentável é definido como um estado de preocupação em consumir de maneira a melhorar a qualidade de vida a longo prazo. “Estamos falando de um movimento social global que se baseia no aumento da conscientização sobre o impacto das decisões de compra no meio ambiente, na saúde e na vida dos consumidores em geral”, explica. A docente coordena o Grupo de Pesquisa sobre Sustentabilidade e Negócios com Impacto Social, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Administração.
Maira destaca que, consumindo dessa forma, problemas como o desperdício, a poluição e a desigualdade social se agravam. “Nesse contexto, o consumo e produção sustentáveis tratam de dissociar o crescimento econômico da degradação ambiental, aumentando a eficiência dos recursos e promovendo estilos de vida sustentáveis”, pontua.
Apesar de parecer um conceito complexo e distante da realidade, a professora reforça que essa mudança está em nossas mãos. Para isso, adaptar pequenos hábitos, todos os dias, é o caminho para nos tornarmos consumidores conscientes, contribuindo para uma grande mudança.
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Para inspirar quem deseja começar a praticar o consumo consciente, a professora Maira dá algumas dicas:
1. Preste atenção no que você compra: consumir produtos orgânicos é bom para o meio ambiente e para a saúde. Comece substituindo os hortifrútis convencionais por orgânicos. Uma vez por semana, experimente substituir a carne por alimentos com alto teor de proteínas, como feijão, grão de bico, soja, tofu, quinoa, aveia. Com isso, mantém sua ingestão nutricional de proteína e reduz sua pegada de carbono, uma vez que a pecuária tem um forte impacto na produção de gases efeito estufa, além de demandar uma grande quantidade de água para a criação de animais.
2. Observe de quem você compra: privilegie o produtor e as marcas da sua localidade, promovendo o desenvolvimento da economia local e apoiando pequenas empresas. Você reduzirá as emissões de gases de efeito estufa (GEE) associadas ao transporte de mercadorias e embalagens e aumentará o senso de comunidade.
3. Prefira empresas comprometidas com o desenvolvimento sustentável: que medidas a empresa toma para, por exemplo, reduzir o impacto ambiental de suas operações ou desenvolver a comunidade local? Qual a origem dos produtos? Algumas empresas já são reconhecidas pela alta incidência de trabalho infantil e escravo. Há muita informação disponível: com uma pesquisa rápida na internet, é possível descobrir marcas e empresas éticas. A partir do momento que as empresas com propósito passarem a vender mais, as outras seguirão.
4. Fuja do plástico de uso único: leve sua caneca reutilizável com você em vez de usar copos de plástico ou papel para café e água. Outra ação simples é levar sempre sacolas reutilizáveis quando for fazer compras. Assim, você ajuda a reduzir a quantidade sacos plásticos no lixo e nos oceanos. Reciclar a enorme quantidade de resíduos que produzimos é um grande desafio. Mundialmente, somente 7% do lixo plástico é reciclado. Portanto, a melhor solução é tentar não produzi-lo.
5. Compre menos: comece repensando se você realmente precisa de algo ou apenas deseja os produtos que consome. Compras impulsivas nos fazem ter muitas coisas que mal usamos. Mas, se você realmente precisa desse item, opte por comprar produtos de qualidade que durem mais, não quebram com facilidade e reduzem a produção de resíduos.
E volte à primeira dica.
O Brasil atingiu a marca de 300 mil unidades consumidoras de energia solar. O dado, divulgado recentemente pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaiva (Absolar), mostra um grande avanço no País nos últimos anos – mas ainda há muito espaço para esse mercado crescer. Para que isso seja possível, pesquisadores e estudantes de diversos níveis têm se dedicado a estudos no Núcleo de Tecnologia em Energia Solar (NT-Solar) da Escola Politécnica da PUCRS.
Criado em 1997, o NT-Solar é o único centro de P&D da América Latina projetado para a criação e a caracterização de células e módulos fotovoltaicos em escala piloto. Liderado pelos professores Adriano Moehlecke e Izete Zanesco, o Núcleo é o principal local de pesquisa de diversos alunos do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais (PGETEMA).
Os professores contam que a área que envolve estudos de energia solar é interdisciplinar, atraindo estudantes de diferentes áreas da Engenharia, da Química, da Física e da Matemática, por exemplo. “Um ponto positivo do projeto é que sempre envolvemos os alunos em todo o processo, desde a fabricação da célula solar, passando pela instalação, até a análise dos sistemas. Ou seja, estamos diretamente ligados com o mercado”, aponta Moehlecke.
Em tempos em que questões econômicas estão em evidência em função da crise do coronavírus, pensar em alternativas sustentáveis para a geração de energia parece fazer ainda mais sentido. Segundo explica a professora Izete, o custo dos sistemas fotovoltaicos já não é mais tão alto como antes, o que torna essa opção ainda mais competitiva, abrindo espaço para a área no mercado e ampliando a demanda por profissionais. “Podemos ver a aquisição de um sistema fotovoltaico como um investimento para o futuro, uma vez que em cerca de cinco anos pagando a taxa mínima de energia elétrica já é possível recuperar o valor investido na instalação”, destaca.
Atualmente, as empresas oferecem uma garantia de 25 anos para os módulos fotovoltaicos, mas a verdade é que ainda não se conhece ao certo seu tempo de vida – pode ser que seja de 50 anos, por exemplo. “O consumidor pode se tornar um produtor de energia e ter sua independência do ponto de vista energético”, reforça Izete, lembrando que, além do aspecto econômico, a conversão da energia solar é uma maneira eficiente de se preservar o ambiente.
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A doutoranda do PGETEMA Thais Crestani iniciou sua pesquisa sobre energia solar fotovoltaica ainda no mestrado, em 2014, que também realizou na PUCRS. Bacharela em Química, diz nunca ter pensado em fazer uma pós-graduação na Engenharia até saber da possibilidade de desenvolver uma pesquisa focada no meio ambiente. “Poder estudar maneiras de produzir energia elétrica de forma mais barata e com redução de etapas no processo de fabricação de células solares foi algo que me motivou muito a continuar a pesquisa em energia solar fotovoltaica no doutorado. Hoje, estou estudando e tentando desenvolver dispositivos que gerem menos resíduo no processo de fabricação das células e que, com a redução de etapas, torne a produção mais barata”, afirma.
A pesquisa do mestrando Augusto dos Santos Kochenborger também tem como um dos objetivos reduzir os custos da produção de sistemas fotovoltaicos. “Meu trabalho é sobre a otimização de etapas térmicas na fabricação de células solares, ou seja, estou trabalhando para melhorar o processo de produção dos principais componentes dos módulos fotovoltaicos, que transformam energia solar diretamente em energia elétrica. Com isto, os dispositivos podem ser fabricados em menor tempo, gerando menos custo”, relata o bacharel em Engenharia Física.
A questão ambiental também motiva Augusto, que considera as pesquisas na área importantes para poder qualificar a eficiência dos dispositivos. “Isso aumentaria as possibilidades de se produzir energia de fontes limpas”, conclui.
Para Thais, a conversão da energia solar é o futuro: “Sistemas fotovoltaicos podem ser instalados nos lugares mais remotos do mundo, onde não há acesso à energia elétrica, por exemplo”. A estudante, que defendeu sua dissertação em 2016, está concorrendo aos prêmios Conexão com Mercado e Engajamento Popular, promovido pela Rede Sapiens, com o trabalho desenvolvido durante o mestrado no PGETEMA.
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O Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais está com inscrições abertas para mestrado e doutorado. Dentro das áreas de concentração Engenharia e Tecnologia de Materiais e Materiais e Processos Relacionados, abrange diferentes linhas de pesquisa. Interessados em ingressar ainda neste ano podem se inscrever até o dia 19 de junho. Neste edital, a entrega da documentação será feita online.
Nesta terça-feira, dia 17 de dezembro, o Instituto do Meio Ambiente da PUCRS irá promover uma mesa-redonda com foco na conservação do Bioma Pampa. A atividade acontece no auditório térreo da Escola de Negócios (prédio 50), das 14h às 18h.
O objetivo do evento é debater a resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) 360/2017, que estabelece diretrizes ambientais para a prática da atividade pastoril sustentável em Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal no Bioma Pampa. A entrada é gratuita e haverá certificação de participação. Inscrições pelo link.
No dia 17 de dezembro, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) promove a mesa-redonda Bioma Pampa: discutindo a pecuária como uso sustentável em Reserva Legal e APP. O evento tem como objetivo discutir a resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) nº 360/2017, que estabelece diretrizes ambientais para a prática da atividade pastoril sustentável sobre remanescentes de vegetação nativa campestre em Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal no Bioma Pampa. A atividade acontece das 14h às 18h, no auditório térreo do prédio 50 (Escola de Negócios) da PUCRS.
O debate é voltado para estudantes, pesquisadores e professores de áreas relacionadas ao meio ambiente, como Biologia, Agronomia, Geografia e Direito, bem como produtores rurais, entidades representativas e demais interessados em legislação ambiental. O evento será dividido em dois momentos. A primeira parte conta com as apresentações do diretor do Departamento de Biodiversidade da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, Diego Melo Pereira; do professor Carlos Nabinger, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); e do professor Pedro Abreu Ferreira, da PUCRS.
No segundo momento, uma mesa-redonda contará com a participação do promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, Alexandre Sikinowski Saltz; e da superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Rio Grande do Sul, Claudia Pereira da Costa, além dos apresentadores da primeira etapa. O debate será mediado pelo professor Nelson Ferreira Fontoura, diretor do IMA.
O evento é gratuito e terá certificação para os participantes. As inscrições estão abertas e podem ser feitas neste link. Outras informações estão disponíveis no site do IMA e na página do evento no Facebook.