Um dos espetáculos naturais mais queridos observados atualmente, e que vem chamando muito a atenção, é a superlua. O fenômeno acontece sempre que a Lua ocupa o perigeu, posição mais próxima da Terra (cerca de 357.448 km).
De acordo com o técnico do Laboratório de Astronomia da Escola Politécnica da PUCRS, Marcelo Bruckmann, isso acontece porque ocorre uma eventual coincidência entre a posição da Lua em sua órbita entorno da Terra e a fase cheia. Por considerações astronômicas, o momento de perigeu com noite de Lua Cheia foi na terça-feira, dia 7 de abril, mas nesta quarta-feira ainda se observa uma certa continuidade.
“A distância entre a Terra e a Lua varia ao longo do mês, contudo, ao longo do ciclo lunar, temos um ponto de maior distância, o apogeu, e outro de menor distância, o perigeu. Todo o “mês lunar”(ciclo lunar) tem um dia de apogeu e outro de perigeu. Entretanto, esses momentos quase nunca coincidem com o início de uma fase lunar, como vimos ontem”, explica.
Considerando a influência do fenômeno, Marcelo destaca que toda Lua cheia potencializa as diferenças de marés, por exemplo. “E essas relações, pela gravitação universal (leis de Newton) se intensificam com a proximidades dos corpos. É justamente essa coincidência que caracteriza essa noite. Podemos esperar, por exemplo, um movimento de marés diferente de Lua Cheia convencional”.
O atual momento é de ficarmos em casa, mas para aqueles que tiverem uma janela para a direção do horizonte leste (do nascer do Sol) podem acompanhar o surgimento da Lua e acompanhar o fenômeno.
O tempo necessário para que a Lua complete um giro ao redor da Terra é de aproximadamente 27 dias. Nesse movimento de translação, sempre teremos um dia de perigeu e outro de apogeu. O que faz a Superlua ser especial é o exato momento em que ela se encontra na posição do perigeu e o momento da ocorrência da fase cheia.
A questão da cor é para reforçar o início da primavera no hemisfério norte, onde, nos Estados Unidos, acaba se caracterizando pelo desabrochar de uma flor típica de cor rosa.
Visualmente é praticamente impossível estabelecer diferenças de tamanho e brilho aparente de uma superlua para uma Lua cheia normal. Se fosse possível, desde os mesopotâmicos, egípcios, gregos, entre outros, teríamos menções a esse fenômeno. Contudo, o espetáculo de uma brilhante Lua no céu sempre nos sensibiliza. Aproveite e, com toda a segurança desse momento por estarmos em casa, observa.
Essa é a primeira Lua cheia depois do equinócio, ou seja, essa é a Lua cheia da Páscoa. O domingo de Páscoa é determinado pela seguinte sequência de eventos: equinócio de outono, a primeira Lua cheia depois do equinócio e o domingo seguinte a esta Lua cheia.