Na semana do aniversário de 247 anos de Porto Alegre, a PUCRS anuncia diversas iniciativas que irão beneficiar a comunidade. Entre elas, está a revitalização de áreas verdes no trecho da Avenida Ipiranga entre a 3ª Perimetral (Rua Dr. Salvador França) e a Rua Professor Cristiano Fischer, com a proposta de valorizar essa importante região da cidade, atualmente em expansão. A Universidade oficializou nesta sexta-feira, dia 29 de março, a intenção de aderir, de forma pioneira, ao programa de adoção de verdes complementares da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
“Consideramos esse projeto como um verdadeiro presente da PUCRS para a cidade. Nosso propósito é gerar impacto social, promovendo conscientização e qualidade de vida, reforçando o nosso já tradicional papel de protagonistas em inovação e desenvolvimento, e valorizando a região onde estamos inseridos, que se torna cada vez mais relevante para a capital”, afirma o reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira.
Para o prefeito Nelson Marchezan, o projeto da PUCRS irá inspirar outras instituições e servirá de modelo para a Capital. “Esse projeto é um exemplo de paisagismo que vai servir de referência para a cidade, pela criatividade e beleza, e é também exemplo de cidadania e amadurecimento das nossas instituições”, destaca. A revitalização também inclui uma nova ponte que está sendo construída para melhorar o fluxo de trânsito e o acesso ao Hospital São Lucas (HSL) e ao Instituto do Cérebro do RS, e projetos de diagnóstico e monitoramento ambiental, além de um programa de revitalização da Bacia do Arroio Dilúvio.
O canteiro central da Avenida Ipiranga, entre a 3ª Perimetral (Rua Dr. Salvador França) e a Rua Professor Cristiano Fischer, será adotado pela PUCRS. O custo estimado para implantação da proposta será de aproximadamente R$ 200 mil.
Além de serviços básicos, como roçada, capina, varrição e pintura de meio-fio, a proposta da PUCRS prevê 11 mil metros quadrados de extensão de grama e 1.407 metros quadrados de um novo paisagismo, pintura e intervenção artística. Também pretende qualificar a ciclovia, construindo recuos para espaços de descanso e a instalação de totens informativos e educativos que contribuam com a circulação no local, segurança, e a promoção da qualidade de vida.
“A Avenida Ipiranga é uma das vias mais movimentadas da nossa cidade, por onde circulam milhares de veículos e pedestres diariamente. E a adoção desse espaço pretende não só qualificar o atendimento, mas incentivar o cuidado com a cidade, estimulando o sentimento de pertencimento das pessoas e das empresas com o patrimônio que é de todos nós”, disse o secretário municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), Ramiro Rosário.
Conforme o titular da pasta, o custo da prefeitura para manutenção de toda a Avenida Ipiranga é de mais de R$ 500 mil por ano. “Com a adoção dos locais, tal como ocorre em diversos municípios, o objetivo é desonerar os cofres públicos – realocando os recursos para áreas prioritárias à população, como saúde, mas também permitir que os cidadãos tenham acesso a locais que ofereçam maior conforto e acessibilidade. Mesmo que a atual gestão tenha revisado contratos para reduzir custos e otimizar os serviços, adotando, por exemplo, a sazonalidade da capina e roçada de vias – que permite realizá-las em intervalos de 45 dias no verão e 90 dias no inverno – a crise financeira enfrentada pelo município dificulta que tenhamos contratos prevendo uma frequência ainda maior dos serviços”, reforça Rosário.
Anunciada no final do ano passado, por meio de um termo de compromisso firmado com a Prefeitura, a PUCRS está construindo uma ponte em frente à Universidade, na Avenida Ipiranga. A proposta é melhorar o fluxo de veículos, ciclistas e pedestres. Com previsão de término no primeiro semestre de 2019, a obra em frente ao Museu de Ciências e Tecnologia (MCT-RS), dará acesso direto ao estacionamento do HSL e InsCer, evitando que seja necessário o retorno junto à avenida Cristiano Fischer.
A ponte terá a extensão de 26,5 metros, com a largura de 13,6 metros. Serão três faixas de rolamento, uma de ciclovia e uma de passeio. Esse acesso está sendo construído em concreto armado por meio do sistema de pré-moldagem das peças. A ponte terá sinalização viária, sendo implantadas sinaleiras, placas e pintura de faixas.
Ao longo de 9,4 quilômetros do eixo da Avenida Ipiranga, o Arroio Dilúvio recebe a drenagem de parte significativa das regiões central e leste da cidade de Porto Alegre. Embora o Programa Socioambiental tenha minorado significativamente o lançamento de efluentes domésticos por meio da intercepção da rede de esgoto cloacal, uma rede mista decorrente de ligações antigas ainda permanece comprometendo a qualidade de água lançada no Arroio. O lançamento de efluentes com elevada carga orgânica compromete a qualidade ambiental em sentido amplo, impactando de forma significativa, em especial a fauna de peixes.
Por meio do Instituto do Meio Ambiente (IMA) será identificado e quantificado as redes de drenagem pluvial com contaminações de natureza fecal que representam uma importante ferramenta para a gestão da bacia, permitindo otimizar a aplicação de recursos para o saneamento ambiental. Ainda, o monitoramento da qualidade da água ao longo do Arroio Dilúvio, assim como da comunidade de peixes junto à foz com o lago Guaíba, servem como importantes indicadores de qualidade ambiental, permitindo o acompanhamento da evolução deste ecossistema em avaliações de longo prazo.
O Programa de Revitalização da Bacia do Arroio Dilúvio: um futuro possível é uma parceria entre UFRGS, PUCRS e Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Tomando como exemplo a revitalização do Arroio Cheong Gye Cheon, em Seul, na Coreia do Sul, o projeto visa promover uma maior inclusão da Bacia do Arroio Dilúvio ao cotidiano dos porto-alegrenses, como área de referência não só de preservação ambiental, mas também de lazer e qualidade de vida da população.
Agregando, junto aos esforços das Gestões Municipais de Porto Alegre e Viamão, as competências acadêmicas da UFRGS e da PUCRS, bem como a participação ativa da sociedade nesta iniciativa para a melhoria da cidade. Outra iniciativa que merece destaque é o projeto e instalação de armadilha de lixo financiado com recursos da própria Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), por meio do Programa de Pesquisa em Saneamento Básico (PROSAS).
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