Como encontrar sentido na vida e felicidade na carreira e nos estudos

Professor Luciano Marques e professora Cláudia Furtado / Foto: Reprodução

A chave ou a base do ser humano é a teimosa vontade de fazer com que a vida tenha sentido. Essa foi a mensagem central do segundo dia de Open Campus, que contou com a participação do professor, filósofo e coordenador do curso de Filosofia da Escola de Humanidades da PUCRS Luciano Marques de Jesus e de uma das principais referências sobre Felicidade nas Organizações, Carla Furtado, professora do PUCRS Online. 

Parafraseando o neuropsiquiatra austríaco Viktor Emil Frankl, Luciano e Carla trouxeram aspectos importantes da sua teoria. Segundo ele existem três formas principais de atribuir sentido à vida: 

1. Fazer o melhor para as outras pessoas

É possível dar sentido ao nosso trabalho desde as tarefas mais simples até as mais sofisticadas e isso depende muito mais da forma que você se coloca e impacta o seu entorno e as pessoas. São os valores criativos, aquilo que se faz para o mundo. 

2. Colher o que o mundo dá

O que Frankl chama de valores vivenciais são as experiências: de viver a amizade, o amor, a arte, a música. São coisas que a vida e o mundo oferecem e ajudam as pessoas a se sentirem mais completas. 

Luciano conta sobre a tristeza que sente ao ouvir alguém dizer que “era feliz e não sabia”. Segundo ele “vivemos em uma sociedade desatenta, não estamos prestando atenção nas coisas que nos acontecem. Por isso essa frase acaba por se repetir mais do que as pessoas gostariam. 

Às vezes estamos no ensino fundamental e queremos ir para o médio. No médio queremos ir para a faculdade. Na faculdade queremos tralhar. E quando vemos a vida passou e não vivemos nada”, explica o professor sobre a necessidade de viver cada etapa da vida cheia de sentido. 

3. Lidar com as diferentes situações da vida

Como encontrar sentido na vida e felicidade na carreira e nos estudosPara isso são utilizados os valores atitudinais, segundo Frankl. O sofrimento fará parte da vida, mas é necessário enfrentá-lo. “Quando não conseguimos mudar a realidade que nos circunda, está nas nossas mãos mudarmos a nós mesmos”. 

“Ser feliz no trabalho não é modismo, é uma urgência”

Carla Furtado é professora e pesquisadora na área de Psicologia Positiva, o movimento que investiga cientificamente a felicidade. “Estamos em um tempo que compreendemos que a vida não tem banco de horas”, destaca. 

Há algumas décadas o sonho médio dos brasileiros e brasileiras era poder ter “a vida que sempre sonhou” no dia em que se aposentasse. Hoje, o momento é diferente: “Sabemos que o tempo que não é vivido bem não vai para uma poupança”. 

“Quando olho para a vida encarando a segunda-feira ou horário de trabalho como algo muito pesado, focando na sexta-feira, nos finais de semana ou nas férias, o que sei é que estou deixando a vida passar”, acrescenta. 

De qual felicidade estamos falando, afinal? 

Como encontrar sentido na vida e felicidade na carreira e nos estudosAs pessoas convivem com emoções felizes e tristes. E esses sentimentos não estão ligados ao consumo, por exemplo. É possível ter o prazer de adquirir algo, mas isso passa, pois é volátil. 

Dois pilares são vividos simultaneamente, podendo variar em diferentes fases: de um lado está uma vida com mais emoções positivas do que negativas, conectadas principalmente às relações. E do outro estão o sentido e o significado de vida que, em casos bem-sucedidos, podem até ser acompanhados de um propósito. 

O sentido é cognitivo: conseguir compreender de maneira racional o que traz sentido para a vida. Já o propósito é algo que existe com esse sentido lógico e que já está em operação na sua vida. 

“O propósito tem um segredo… A ciência sabe que o que sustenta toda a percepção de felicidade não são as emoções, mas sim essa âncora que chamamos de propósito. Ela faz com que a gente olhe para a vida, para além das dificuldades, e entenda que vale a pena viver, apesar das circunstâncias“. 

Segunda a definição de Santo Agostinho, felicidade é “seguir desejando aquilo que já se possui”. 

Fique por dentro do Open Campus 

Com mais de 200 atividades gratuitas para quem tem interesse em ingressar na graduação, o Open Campus 2020 contou com convidados e convidadas especiais de diferentes áreas. Marlova Noleto, diretora e representante da Unesco no Brasil, abriu o evento com uma conversa sobre Escolher mudar o mundo. Já o encerramento ficou por conta da youtuber Débora Aladim, com dicas sobre Como estudar utilizando as redes sociais. 

Ficou com interesse em saber mais sobre como ter uma trajetória acadêmica com propósito? Estude na PUCRS e faça parte da mudança que você quer ver no mercado de trabalho. Conheça as formas de ingresso neste link. 

Confira a live completa com Luciano Marques e Carla Furtado sobre Onde encontrar o sentido da vida e a felicidade nas carreiras: 

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A logoterapia interpreta o ser humano e a vontade de sentido / Foto: Pixabay

Lembranças e vontades. Simples atos, como abraçar, ter contato familiar, praticar um esporte coletivo, confraternizar com amigos, viajar a destinos desconhecidos. Muitos são os desejos compartilhados pelas pessoas, principalmente nas redes sociais, diante da quarentena provocada pela Covid-19. Essa falta de liberdade, em razão do isolamento social, tem afetado a saúde mental da população, gerando ansiedade e depressão. Muitas reflexões têm sido realizadas neste período crítico, e uma abordagem psicoterapêutica se propõe a analisar o sentido da vida: a logoterapia.

Leia também: PsiCOVIDaconhecimento científico a favor do bem-estar   

Segundo o professor da Escola de Humanidades da PUCRS, Luciano Marques de Jesus, a logoterapia, fundada pelo neuropsiquiatra austríaco Viktor Frankl, é também conhecida como a Terceira Escola Vienense de Psicoterapia. O médico ficou mundialmente conhecido depois de descrever a sua experiência dramática em quatro campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, em seu best-seller internacional Em Busca de Sentido. “Frankl preconiza que a chave interpretativa do ser humano é a vontade de sentido, diferentemente da vontade de prazer de Sigmund Freud (Psicanálise) e da vontade de poder de Alfred Adler (Psicologia Individual)”, comenta o docente da PUCRS.

Autor do livro Qual é o sentido?: reflexões sobre o sentido da vida a partir de Viktor Frankl, da editora Edipucrs, o professor da Universidade aborda a pandemia e a logoterapia.

Viktor Frankl passou por vários campos de concentração, experimentando o que de pior a humanidade foi capaz de produzir. Nessa experiência, constatou que as perspectivas freudiana e adleriana se mostraram insuficientes. O que caracteriza o ser humano é a sua vontade de descobrir um sentido na vida. Encontramos sentido sempre pela realização de valores. Valores criadores ou criativos, por exemplo, o que fazemos pelo mundo, como o nosso trabalho ou uma ação de voluntariado. Valores vivenciais ou experienciais, aquilo que recebemos do mundo: a amizade, o amor, a arte ou a música. Também valores atitudinais, que é a nossa atitude diante do sofrimento inevitável; não podendo modificar a realidade que nos circunda, está nas nossas mãos mudar a nós mesmos.

Em logoterapia, temos a tríade: Liberdade da Vontade, Vontade de Sentido e Sentido da Vida. Para Frankl, o ser humano é incondicionalmente livre, é o ser que constrói a câmara de gás e também o que entra na câmara de gás, de cabeça erguida, com um Pai Nosso ou um Shemá Israel nos lábios.

A questão da busca e da descoberta do sentido da vida é uma tarefa personalíssima e indelegável, compete a cada ser humano e varia de pessoa para pessoa e em cada momento da vida.

O momento no qual vivemos nos desafia, a cada dia, descobrir um novo sentido. Podemos ajudar o mundo e fazer nossa parte ficando em casa e, quando não conseguimos mudar a realidade externa, podemos mudar a nós mesmos.

Ansiedade e depressão no Brasil

Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2019, o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno. Já em relação à depressão, são 5,8% da  sociedade brasileira -, taxa acima da média global, que é de 4,4%. Essa porcentagem significa que quase 12 milhões de brasileiros sofrem com a doença.

Mais sobre o professor

Um dos maiores especialistas do Brasil em Viktor Frankl e logoterapia. Filósofo, professor e palestrante, Luciano Marques de Jesus atua principalmente nos seguintes temas: Introdução à Filosofia, Ética e Cidadania, Antropologia Filosófica, Descartes e Filosofia Moderna, Viktor Frankl, Logoterapia e Sentido da Vida. É autor do livro A questão de Deus na Filosofia de Descartes.

O professor também faz parte do quadro docente de seis pós-graduações do PUCRS Online:

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Foto: Luiz Munhoz

“O que é uma vida boa para os mortais?” Esse foi o questionamento que norteou a conferência do filósofo francês Luc Ferry nesta segunda-feira, 11 de novembro. O intelectual escreveu o último capítulo da edição de 2019 do Fronteiras do Pensamento. Com o Salão de Atos da UFRGS lotado, o conferencista conversou com o público gaúcho do Fronteiras pela segunda vez. Há 12 anos, Ferry esteve na capital para o evento inaugural do seminário. Na ocasião, falou da filosofia como ferramenta para que os pais possam projetar a educação dos filhos. Neste ano, foram oito conferências que giraram em torno do tema Sentido da Vida a partir de abordagens como astronomia, cinema e psicanálise. O evento tem apoio cultural da PUCRS.

O que é uma vida boa? Grandes respostas da humanidade
Para chegar a sua conclusão, Ferry retomou quatro grandes respostas da história da humanidade para o grande questionamento da noite. “O que elas têm em comum? Estão todas ligadas a ideia de harmonia”, explicou. A primeira tem relação com a Odisseia, de Homero, que serve de modelo para toda a filosofia grega. Ela conta a história de Ulisses, rei grego que vai da guerra de Tróia para a paz nos braços da família, do caos a harmonia. “O fio condutor da história é que ele vai da vida ruim para a vida boa. Vida boa para Ulisses é a colocação de si mesmo em harmonia com o mundo”, destacou.

A segunda grande resposta é aquela ligada às religiões. “A harmonia não mais com o cosmos, mas com os mandamentos divinos. Em troca, a salvação”, afirmou o filósofo. A terceira questão que buscou resolver a pergunta principal traz uma solução humanista. Ferry contou que com o iluminismo e a democracia, a resposta para uma vida boa foi humanizada, e não é mais a harmonia com o cosmos ou com Deus. “Ela está numa pequena frase conhecida mundialmente: a minha liberdade termina onde começa a do outro”, salientou. O sentido da vida nesta terceira fase é a harmonia com os outros. O francês complementa: “e, se possível, tenho que fazer algo a mais para acrescentar na humanidade”.

Foto: Luiz Munhoz

Foto: Luiz Munhoz

De acordo com o conferencista, a quarta resposta domina o mundo hoje. “Não gosto dela, mas vou contar: Nietzsche diz que faz filosofia com um martelo. Ele é um “desconstrutor”, rompeu com as transcendências passadas. Quebra as três respostas anteriores com esse martelo, pois pensa que elas são alienações que nos privam da nossa liberdade”, explicou. Ferry contou que, uma vez que tudo são ilusões, então só resta o umbigo de cada um, o individualismo, o narcisismo, a preocupação consigo mesmo. “E o que está atrás de si mesmo? A felicidade. O mundo inteiro está inundado de livros sobre lições de como ser feliz. E isso é o resultado destas desconstruções. Hoje ouvimos que temos que aprender a amar a nós mesmos como amamos nossos filhos. Para mim, isso é a definição de loucura”, expôs.

Mas afinal, qual resposta interessa a Ferry?
A quinta resposta é a que apaixona o filósofo. E ele a divide em duas revoluções: a do amor e a da longevidade.

A revolução do amor
Nos anos 50 e 60, os historiadores se interessaram por algo inédito até então: a história da vida privada. Ou seja, a rotina das pessoas comuns, o que elas comiam, como morriam, como se casavam, etc. “Com isso, eles nos ensinaram duas coisas: todos os casamentos eram arranjados, e o capitalismo inventou o casamento por amor”, explicou.

“O grande problema do casal moderno é transformar a paixão em algo como uma amizade amorosa, uma cumplicidade por amor”

“Antes, a mortalidade era baixa, então as pessoas não ficavam casadas por muito tempo. Hoje, elas vivem mais, e ficam casadas por 50, 60 anos, o que pode parecer uma eternidade”, disse o filósofo, arrancando risos da plateia. Sobre o capitalismo, Ferry relembrou que ele trouxe o trabalho assalariado, com isso, o proletariado e o mercado de trabalho. Essa transformação está intimamente ligada a história das mulheres: “Para elas, é uma formidável emancipação. Autônomas financeiramente falando, elas podem escolher com quem querem casar e, mais do que isso, escolher quem amam. Assim nasceu o casamento por amor”.

Foto: Luiz Munhoz

Foto: Luiz Munhoz

A revolução do transumanismo
Para Ferry, essa é uma revolução muito contemporânea. Para explicá-la, ele relembrou que quando os gregos, os chineses e os árabes inventaram a medicina, só existia um modelo: o terapêutico. O médico estava lá para tratar e cuidar do doente. “Os transumanistas dizem que chegou a hora de acrescentar a medicina da melhoria do ser humano. Fazer com o ser humano o que se faz com o milho transgênico, resistente à seca na África, por exemplo. Dizendo isso, já ouço meus amigos intelectuais criticando a ideia. E não se trata de criar super humanos, mas aumentar a longevidade humana”, defendeu o conferencista.

Ele ainda fez uma ressalva: “não confundam expectativa de vida e longevidade. A expectativa de vida aumentou ao longo da história, a longevidade não. O máximo que uma pessoa já viveu foi 122 anos”. O filósofo complementou: “os transumanistas dizem que chegou a hora de corrigir as falhas genéticas, por exemplo”.

Consequências das duas revoluções
O que os dois movimentos trouxeram está muito relacionado a ideia de pensamento alargado, de Kant. “Com os horizontes ampliados, entendendo outras culturas, você se humaniza mais. Isso nos permite encontrar mais pessoas que podemos amar. O que dá sentido à nossa vida são os horizontes ampliados”, respondeu.

Finalizando a linha de raciocínio, Ferry apontou que a velhice tem uma vantagem: “uma coisa que um jovem muito inteligente jamais conseguirá substituir é a experiência”.

“E, no fundo, essas duas revoluções dão sentido à nossa existência: o amor, que dá sentido à vida, e o aperfeiçoamento de si mesmo, não para olhar para o próprio umbigo, mas para alongar os horizontes e se relacionar mais com os outros”, completa.

Sobre o filósofo francês
Ferry tem 68 e é formado em Filosofia pelas universidades de Sorbonne e de Heidelberg e doutor em Ciência Política pela Universidade de Reims. Recebeu os graus de Cavaleiro da Legião da Honra e da Ordem das Artes e das Letras da República Francesa, além de prêmios como Droits de l’Homme e Ernest Thorel. Entre 2002 e 2004, foi titular do Ministério da Educação do governo de Jacques Chirac.

Luc Ferry esteve no Fronteiras nos anos de 2007, 2011 e 2015. É um dos filósofos franceses mais lidos da atualidade. Autor de dezenas de publicações sobre temas atuais e questões existenciais, foi com seu livro Aprender a viver que se tornou um best-seller conhecimento em todo o mundo. Na obra, ele mostra como a filosofia pode desempenhas o papel de uma alternativa laica à religião.

O Fronteiras do Pensamento Porto Alegre é apresentado por Braskem, com patrocínio Unimed Porto Alegre e Hospital Moinhos de Vento, parceria cultural PUCRS, e empresas parceiras Unicred e CMPC. Universidade parceira UFRGS e promoção Grupo RBS.

2019_04_08-fronteirasO projeto Fronteiras do Pensamento, com apoio cultural da PUCRS, apresenta, no dia 1º de julho, conferência com o filósofo e escritor britânico Roger Scruton, intelectual que analisa as grandes correntes do pensamento ocidental. O evento ocorre no Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110), a partir das 19h45min. A temporada 2019 traz como tema Sentidos da Vida, guiando as falas dos oito conferencistas internacionais. Os ingressos para Porto Alegre estão esgotados.

Considerado um dos mais importantes filósofos da atualidade, Scruton é autor de obras sobre filosofia, política e estética. Professor na Inglaterra e nos Estados Unidos, é um dos expoentes do pensamento conservador contemporâneo e grande polemista. É autor de obras como Estética da arquitetura, A alma do mundo, O rosto de Deus e As vantagens do pessimismo. Além de seus livros e produções acadêmicas, produziu para a BBC o documentário Por que a beleza importa?.

 

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Foto: Camila Cunha

Para a Edipucrs, 2018, além de marcar os 30 anos de sua atuação, representará um período de transformações para os seus leitores. As novidades foram lançadas durante a 12ª Semana do Livro PUCRS. Dentre elas, houve a estreia de uma nova linha editorial, que traz publicações em formato compacto e design moderno, com textos superinformativos e fluidos tratando de temas contemporâneos, escritos por especialistas de diversas áreas. O coordenador do curso de Filosofia, da Escola de Humanidades, Luciano Marques de Jesus, lançou a primeira obra dessa nova linha editorial: Qual é o sentido?: Reflexões sobre o sentido da vida a partir de Viktor Frankl. O autor também realizou a palestra Qual é o sentido da vida?, seguida de sessão de autógrafos do livro.

Outra novidade durante a Semana do Livro PUCRS foi a comercialização de títulos de outras editoras, aproximando a Edipucrs de alunos e professores da PUCRS. Logo será disponibilizada uma ferramenta para que os docentes possam sugerir obras para compor o acervo da Livraria da Edipucrs.

Foto: Bruna Milhoretto/Edipucrs

Foto: Bruna Milhoretto/Edipucrs

Operação Lava Jato

O evento ainda contou com a mesa-redonda Operação Lava Jato – entre jornalistas e juristas, com os professores Beatriz Dornelles, Jacques A. Wainberg (Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos) e Felipe Cardoso Moreira de Oliveira (Escola de Direito), seguida do lançamento dos livros Lava Jato nos Porões do Jaburu: A gravação de Joesley e Temer como notícia de primeira página, organizado por Beatriz, e Comunicação política e emoções coletivas: Lula e os procuradores, organizado por Wainberg.

 

obras da Edipucrs

Editora publica, em média, 65 obras anualmente
Fotos: Camila Cunha

A obra Qual é o sentido? Reflexões sobre o sentido da vida a partir de Viktor Frankl, de Luciano Marques de Jesus, professor da Escola de Humanidades, marca a estreia de um novo conceito editorial da Edipucrs. O lançamento ocorre no dia 8 de maio, às 17h30min, no átrio do prédio 9 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Integrando a programação da 12ª Semana do Livro da PUCRS, o evento é gratuito e aberto ao público, e terá uma palestra sobre o tema do livro, seguida de sessão de autógrafos.

Entre os dias 7 a 11 de maio, em uma tenda montada ao lado do prédio 8, os livros da Edipucrs serão vendidos com 35% de desconto, os de outras editoras terão 10% de abatimento e haverá balaios com obras a R$ 19,90. O atendimento ocorre das 9h às 21h30min.

O novo conceito

A Editora lançará publicações mais leves, em linguagem simples, com temas atuais e de interesse geral da sociedade. “No formato pocket, com cerca de 100 páginas, os livros não vão incluir notas de rodapé nem trarão bibliografias, mas referências para quem quiser se aprofundar no assunto”, explica o editor-chefe da Edipucrs, Luciano Aronne de Abreu. Os autores são professores, mestrandos e doutorandos, não excluindo a participação de estudantes de graduação. “A iniciativa visa estimular a produção dos alunos e aumentar a inserção social do que é publicado”, complementa. Teses e dissertações, assim como obras de cunho técnico e acadêmico, continuarão saindo pela Edipucrs. O novo conceito editorial poderá abrigar um conteúdo desse tipo, desde que adaptado a um público amplo.

Essa é uma das novidades da editora, que completa 30 anos no dia 9 de novembro. Surgiu no contexto de expansão dos cursos de pós-graduação para difundir a pesquisa realizada na Instituição. Mesmo sem cunho comercial, seu desafio hoje é chegar não apenas a um grupo especializado. “Reafirmamos o perfil de lançar obras de todas as áreas e com qualidade, agregando duas concepções: o conhecimento deve circular além do âmbito técnico-científico e a editora deve ser sustentável”, explica o editor-chefe.

Mesa-redonda sobre a Lava jato

Como parte da programação da 12º Semana do Livro, também será realizada a mesa-redonda Lava Jato entre jornalistas e juristas, no dia 10 de maio, às 19h30min, no auditório da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos. Participam os professores Felipe Cardoso Moreira de Oliveira (Escola de Direito), Beatriz Dornelles e Jacques Wainberg (Famecos). Os dois últimos são organizadores, respectivamente, dos livros Lava Jato nos Porões do Jaburu – A gravação de Joesley e Temer como notícia de primeira página e Comunicação política e emoções coletivas: Lula e os procuradores, ambos lançados pela Edipucrs, que terão sessão de autógrafos às 21h.