Hoje, 18 de maio, é o Dia Internacional dos Museus. Todos os anos a data é comemorada com uma temática escolhida pelo International Council of Museums. Neste ano, o tema escolhido foi O Futuro dos Museus: Recuperar e Reimaginar, levando em consideração a necessidade de adaptação dessas instituições ao segundo ano pandêmico.
Para marcar a data e a Semana Nacional de Museus (realizada há 18 anos pelo Instituto Brasileiro de Museus), o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS preparou uma série de atividades em suas redes sociais. Confira a programação:
De acordo com o último Formulário de Visitação Anual (FVA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibran) e publicado em 2019, o Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS é o museu mais visitado do Rio Grande do Sul, sendo também um dos cinco museus mais visitados na região Sul do País.
Com a pandemia, seu funcionamento precisou ser adaptado para garantir a segurança de todos. Por esse motivo, o MCT-PUCRS desenvolveu espaços virtuais para proporcionar interação aos visitantese se manter unido aos seus públicos nesse delicado momento. Além disso, esses ambientes foram pensados de maneira a democratizar a informação e tornar o visitante um agente ativo na obtenção do conhecimento. Os ambientes virtuais podem ser visitados na sessão Experiências Online do site do museu.
Ao todo, são seis editorias que proporcionam diferentes experiências aos usuários: uma Exposição Digital, onde é possível conhecer, de forma mais detalhada, experimentos do Museu; as Dicas Geniais, que trazem indicações de experiências que podem ser realizadas em casa com a família; as Coleções em Foco, as quais apresentam ao visitante o mundo das coleções científicas do Museu; o Quiz do EuGênio, no qual o mascote do MCT desafia o conhecimento dos visitantes em diferentes áreas da ciência; as Conversas com o EuGênio, que ensina as ciências de forma simples e divertida, facilitando ainda mais o acesso à informação; e os Conteúdos Educativos, que trazem pequenas matérias para que os visitantes ampliem seus conhecimentos, principalmente em relação ao coronavírus.
As redes sociais também foram utilizadas para a produção de conteúdo educativo e é possível conferir o que foi publicado nos perfis do museu no Facebook, no YouTube e no TikTok.
A ideia de realizar exposições de determinados objetos surgiu por meio de colecionadores particulares. Eles guardavam objetos de caráter artístico ou histórico e realizavam exposições restritas a pequenos grupos de pessoas, ou seja, não era algo acessível a todos.
Os primeiros museus propriamente ditos surgem próximos à Idade Moderna (período iniciado em 1789, com a Revolução Francesa), sendo o primeiro deles o Ashmolean Museum. Pertencente à Universidade de Oxford, na Inglaterra, o local surgiu a partir da doação, em 1683, da coleção de John Tradescant por Elias Ashmole, que a havia comprado. O British Museum foi fundado em 1759, após a aquisição, por parte do parlamento britânico, da coleção de Hans Sloan.
Por fim, o conhecido museu do Louvre foi criado em 1793, após a Revolução Francesa, com o intuito de educar a população nos preceitos de civismo e da história nacional. Todos esses museus ainda existem e podem ser visitados. No século XIX, momento de ascensão dos nacionalismos, houve um grande aumento no número de museus no mundo. As recém-fundadas nações queriam contar suas histórias.
No Brasil, o primeiro museu a ser fundado foi o Museu Real, atual Museu Nacional, criado em 1818 por incentivos de D. João VI quando ele esteve no país com a corte portuguesa. A partir da década de 1970, no entanto, houve um aumento na democratização do patrimônio histórico-cultural.
O Museu tem sua origem nos primeiros anos da década de 1960, quando se iniciaram os cursos de Ciências da Universidade. Nessa época, a instituição e seus professores se preocuparam em montar laboratórios de ensino e pesquisa, organizando simultaneamente coleções científicas ou acervos. Na sessão de 4 de julho de 1967 do Conselho Universitário, foi aprovado, como um Departamento da Universidade, o então Museu de Ciências da PUCRS.
Na década de 1980, o então Reitor da PUCRS, Ir. Norberto Francisco Rauch, juntamente com o Diretor do Museu de Ciências, Prof. Jeter Bertoletti, formou um grupo com professores da Universidade e outros colaboradores para criar um novo Museu, que tivesse como característica principal uma exposição interativa.
Em 1993, o espaço para a montagem da exposição ficou pronto. Iniciou-se, então, o trabalho de construir a coleção de experimentos nas oficinas do próprio Museu, bem como de adquirir outros experimentos fora do país – visto que não havia produção dessa natureza no Brasil – para atender o novo conceito do Museu, que passou a incorporar, além das coleções de ciências, uma coleção de experimentos, tendo como justificativa a Museologia das Ideias, em que a experimentação dos objetos dá ao usuário condições de compreender os conceitos científicos e tecnológicos. os novos espaços. Em 14 de dezembro de 1998, a exposição interativa foi oficialmente aberta ao público.
Já sob a gestão do Reitor Ir. Joaquim Clotet, o ano de 2007 marcou o início de um novo processo no Museu, com a posse do professor Emilio Jeckel Neto como Ddiretor, o Museu assume mais efetivamente o papel de museu universitário, ou seja, enquanto canal de diálogo da Universidade com a sociedade, intensificando a divulgação científica por meio de sua atuação como mediador dos saberes produzidos na academia.
Em 2017, o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS passou a integrar a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESQ) e reafirmou seu compromisso de museu universitário com a posse do Reitor, Ir. Evilázio Teixeira. Em dezembro de 2018 o professor Carlos Alberto Santos de Lucena assume a direção do Museu, com o compromisso de impulsionar a missão do Museu que é gerar, preservar e difundir o conhecimento por meio de seus acervos e exposições, contribuindo para o desenvolvimento da ciência, da educação e da cultura.
O Programa Museu Itinerante (Promusit) consiste em uma exposição itinerante composta por cerca de 50 experimentos interativos com as mesmas características daqueles que fazem parte da exposição de longa duração do Museu. Por sua natureza itinerante, o Promusit permite ao Museu levar sua proposta de divulgação científica a pessoas que vivem longe de Porto Alegre. Dessa forma, foi possível que o MCT-PUCRS estivesse presente em mais de 150 eventos, atendendo mais de três milhões de pessoas em dezenas de municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Nesta segunda-feira, 18 de maio, é comemorado o Dia Internacional dos Museus. No Brasil, a data é celebrada dentro da Semana Nacional dos Museus, que, todos anos, tem uma temática. Museus para a Igualdade: diversidade e inclusão é a de 2020. Na Universidade, o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT) tem como foco de suas coleções científicas a biodiversidade. Por isso, no dia de hoje, é importante ressaltar a importante missão social que cumpre ao integrar ensino e pesquisa.
As coleções científicas do Museu, constituídas a partir de trabalhos de pesquisa que envolvem professores e alunos da Universidade, servem de subsídios para outras pesquisas e dão origem às exposições. Para o professor Carlos Alberto de Lucena, diretor do MCT e coordenador das Coleções Científicas do Museu, transmitir a importância dessas coleções aos visitantes é um dos objetivos do espaço.
O conteúdo das coleções cientificas e das exposições do Museu se desdobra em ações educativas que atingem diferentes públicos: comunidade escolar, comunidade universitária, adultos e idosos. “Considerando a tecnologia e a biodiversidade, temas principais de nossas exposições, a prioridade é oferecermos ao público o conhecimento de forma aberta e igualitária. Para isso, mantemos programas que atendem escolas e instituições em situação de vulnerabilidade, proporcionando o acesso a um ‘mundo’ que pode fazer a diferença na formação de futuros cidadãos”, destaca Lucena.
Diversas coleções científicas do MCT se relacionam ao tema da Semana Nacional Nacional dos Museus. Além de serem espaços de diversidade, possuem caráter inclusivo por contarem com a participação de professores e alunos da graduação e da pós-graduação. E sua representação também se estende às exposições. Por isso, resgatamos algumas delas para relembrarmos e para entender como esses assuntos podem se relacionar à ciência e à tecnologia.
A arqueologia estuda as relações das pessoas com os objetos. Analisando como eles são usados, é possível contar histórias sobre o cotidiano de determinadas pessoas e suas épocas. Trata-se de uma narrativa sobre o passado contada no presente com a finalidade de construir o futuro. Nesta área temática, o visitante pode observar exemplares da coleção científica de Arqueologia, além de conhecer a representação de uma escavação arqueológica no Abrigo de Canhemborá (município de Nova Palma, no Rio Grande do Sul).
A exposição apresenta uma visão contemporânea sobre a evolução dos seres vivos, destacando modificações surgidas ao longo do processo evolutivo, que, a partir da seleção natural, permitiram que tais grupos se constituíssem. Pensada a partir das coleções científicas do MCT e do Great North Museum: Hancock (GNM), em projeto selecionado pelo British Council Brasil com financiamento do Newton Fund, Marcas da Evolução tem o foco na divulgação científica, utilizando espécimes preservados para explicar um tema fundamental à Biologia: a evolução.
Para descrever uma nova espécie para a ciência, um pesquisador necessita de vários recursos para investigar quais características a diferenciam de todas as demais. Na divulgação desta descrição, podem ser utilizadas fotografias, imagens em alta resolução ou ilustrações. A exposição Ilustração Científica: a arte na descrição de novas espécies apresenta aos visitantes “obras de arte” que o biólogo Arno Lise produziu durante sua atuação como curador das coleções científicas Aracnídeos e Miriápodes. O objetivo é fazer com que o público do Museu reconheça essas espécies no meio ambiente e saiba como lidar com elas.
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Partindo de um esqueleto completo de baleia-de-Bryde (Balaenopteraedeni), encontrada no Rio Grande do Sul, com cerca de quinze metros de comprimento e 95% de ossos originais montada na exposição, o espaço propõe uma experiência inusitada. A disposição, a forma e o tamanho dos ossos levam o visitante a imaginar o funcionamento do organismo e os hábitos deste grande cetáceo, além de fazer comparações com outros seres vivos. Os esqueletos mostram também os sinais de uma evolução de milhões de anos. Crânios de leão-marinho, golfinho e falsa-orca, além das cerdas bucais de uma baleia-minke, somam-se ao acervo, que, de forma lúdica, auxilia o visitante a compreender o processo evolutivo que permitiu a alguns mamíferos se adaptarem à vida aquática e da importância da preservação do meio ambiente.
Os elementos químicos originados no big bang ou em posteriores colapsos estelares são a matéria-prima do universo. Eles são os ingredientes que compõem tudo o que conhecemos e podemos observar, inclusive o ser humano. Interagindo com a tabela periódica, o visitante descobre os elementos químicos presentes no corpo humano, além de conhecer exemplares da coleção científica de Minerais e Rochas do Museu e possibilitando que o visitante entenda o seu organismo e compreenda a importância dos minerais e das rochas para a vida do planeta.
A exposição foi montada em parceria com a Escola de Ciências da PUCRS, de forma a inserir o visitante em um ambiente de investigação por meio da apresentação de uma cena de crime – o furto do osso de um esqueleto de dinossauro exposto no Museu. A partir desse crime, a capacidade de observação e dedução do visitante é testada em temas como balística, papiloscopia, informática e biologia forense, além de apresentar a importância dos insetos na investigação criminal.
O espaço foi elaborado com a assessoria científica de curadores da coleção científica de Peixes do Museu para divulgar aos visitantes aspectos relevantes da vida e da obra do cientista inglês Alfred Wallace. Ele viveu por cerca de quatro anos na Amazônia brasileira, desenvolvendo pesquisas em diversas áreas da ciência. A exposição destaca informações sobre a vida do cientista em terras brasileiras, desenhos de espécies de peixes e de plantas feitos pelo próprio Wallace e jogos interativos que envolvem a biodiversidade nativa com o objetivo de mostrar o quanto o conhecimento dessa região é importante para a preservação da vida.
Mesmo em período de distanciamento social, em que não se pode visitar fisicamente o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, o espaço segue disseminando conhecimento. No site do MCT, há conteúdos sobre diversos assuntos relacionados à pandemia da Covid-19, inclusive explicando como a ciência pode ajudar a combatê-la.
O Dia Internacional dos Museus foi instituído pelo Conselho Internacional de Museus (Icom), órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). No Brasil, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) coordena a política museológica brasileira e promove a Semana Nacional dos Museus com ações dos museus brasileiros em torno de uma única temática, orientada pelo Icom. Em sua 18ª edição, as ações da Semana são norteadas pelo tema Museus para a Igualdade: diversidade e inclusão.
O Museu de Ciências e Tecnologia (MCT-PUCRS) integra a programação da 17ª Semana Nacional dos Museus, celebrada entre os dias 14 e 19 de maio. Durante o período, o público pode conferir seis atividades especiais, além de 700 experimentos interativos. As ações englobam temas como ilustração científica, mulheres na ciência e literatura, história da evolução e astronomia. Em 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, o benefício da meia-entrada se estende a todos os visitantes, ao valor de R$ 20,00. O funcionamento é de terça a sexta-feira, das 9h às 17, e sábados e domingos, das 10h às 18h. Ingressos estão disponíveis no local (Prédio 40 do Campus – Av. Ipiranga, 6681).
Ciência na Literatura
15 de maio, quarta-feira – às 15h30min
Através de obras consagradas na literatura nacional e internacional, é possível identificar pontos de contato entre o mundo dos livros e os experimentos científicos expostos no MCT.
Ilustração Científica – Aracnídeos
16 de maio, quinta-feira – às 15h30min
Uma oportunidade para enxergar os aracnídeos expostos no Museu de uma forma diferente – com instrumentos profissionais de observação, a atividade permite conhecer a rotina e a prática da catalogação de insetos.
Mulheres na Ciência
17 de maio, sexta-feira – às 15h30min
Uma passagem histórica repleta de curiosidades pela vida das cientistas que revolucionaram a ciência e desafiaram as barreiras sociais de suas épocas.
Uma Noite no Museu
17 e 18 de maio, sexta-feira e sábado – das 21h às 8h
Existe vida em outros planetas? O astronauta do MCT está procurando a resposta e precisa reunir uma equipe de pequenos cientistas para decifrar esse mistério, em uma noite cheia de aventuras e aprendizados. A atração é destinada a crianças de 9 a 12 anos, e possui vagas limitadas. Inscrições e mais informações estão disponíveis neste link.
Uma Viagem à Evolução
18 e 19 de maio, sábado e domingo – às 15h30min
A ocupação do ambiente terrestre, a biodiversidade do planeta e o desenvolvimento da ciência estão ligados a evolução das espécies. O objetivo é conhecer as diferentes teorias da evolução em uma visita orientada pelos mediadores do Museu.
Promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus, a Semana Nacional dos Museus está em sua 17ª edição, com a temática Museus como núcleos culturais: o futuro das tradições. A missão da temporada cultural, realizada em maio, próxima ao Dia Internacional do Museu, é fomentar debates no campo museal e a realização de projetos museológicos no território nacional. Em 2019, são 1.114 instituições participantes, e mais de 3.200 atividades especiais.