atentado escolas, medo online

A disseminação do medo encontra um ambiente fértil nas plataformas de mídia social/ Foto: Soumil Kumar/Pexels

Espaços costumeiramente lotados de crianças e jovens estão atipicamente esvaziados nas últimas semanas por medo de supostos ataques armados em escolas e universidades. Assistimos a um crescente efeito de paralisação social e pânico generalizado diante da disseminação massiva do medo.

O medo sempre foi a grande arma do terrorismo em diferentes circunstâncias históricas e momentos midiáticos. Qual é a dinâmica que sustenta as iniciativas de ataque? Com uma força reduzida e condições objetivas precárias, quem ataca conta com a reação do alvo para obter sucesso.

Explico melhor: um jovem armado que adentra uma escola solitariamente, por exemplo, teria pouquíssimas condições objetivas de ter êxito. Caso o alvo reagisse apenas racionalmente, ele certamente seria interceptado e o dano mitigado.

Entretanto, quem ataca conta com o pânico e o despreparo de uma reação completamente emocional das vítimas que são surpreendidas por um inédito absurdo que não encontra referência anterior para saber como reagir adequadamente. Assim acontece tanto em um ataque isolado em uma cidade de Santa Catarina como em uma grande capital de países do hemisfério norte quando são vítimas de grupos organizados ou de lobos solitários com distintas motivações para o ataque.

No contexto que assistimos nas últimas semanas no Brasil há um agravante que caracteriza o comportamento social contemporâneo. As construções do medo encontram um superaliado nas plataformas de mídia social. Em diferentes épocas, diferentes mídias causaram o mesmo efeito. Há um episódio ocorrido nos Estados Unidos em 1938, quando uma transmissão de radioteatro realizada por Orson Welles, interpretando trechos do livro A Guerra dos Mundos foi apresentado como um episódio de uma série de Halloween, na Rádio CBS. Parte significativa da população acreditou na invasão de marcianos interpretada por Welles e espalhou-se o pânico e a confusão generalizada.

Hoje, a promoção contagiante do medo acontece em plataformas como TikTok, Twitter e, especialmente, nos grupos de comunicadores instantâneos como o WhatsApp. No caso das plataformas das Big Techs que estão por trás das mídias sociais, há um grande negócio sendo sustentado pelos algoritmos que promovem esses conteúdos e têm ganhos diretos com a viralização do medo. Um tema árduo que governos e sociedade precisam enfrentar com rigor e celeridade, afinal, a comunicação gerenciada pelos algoritmos nas mídias sociais não é nem livre, nem democrática. É um negócio com fins lucrativos que usa os conteúdos dos indivíduos como matéria-prima e produto.

Trata-se de uma verdadeira pandemia de problemas de saúde mental sendo gerada pela lógica dos algoritmos que adoece com mais intensidade a parte sensível da nossa sociedade: crianças, adolescentes e pessoas emocionalmente frágeis. O medo e a vertigem se instalam de uma forma tão consistente que passam a definir reações e comportamentos criando a realidade de caos.

O que vemos hoje? Famílias e escolas em guerra de responsabilidade, estudantes e universidades se enfrentando por medidas concretas e impossíveis que façam desaparecer o medo, expressões de raiva que atendam a necessidade emocional de construir a potência para enfrentar os ataques, enfim, o caos instalado. Ainda, um sem-fim de conteúdos falsos de baixíssima qualidade sendo compartilhado atendendo exatamente o que buscam os “frágeis terroristas”. Com esse comportamento, nos tornamos os grandes divulgadores, colaboradores e viabilizadores dos ataques bem-sucedidos.

Quem ganha com o caos? Os grupos e pessoas que estão promovendo os ataques. Desestabilizar os eventuais alvos, desorganizar a reação e esgarçar o tecido social a partir da desunião dos cidadãos já é um resultado concreto, afinal, representa ganho de atenção e de poder do terrorismo sobre a sociedade que se fragiliza pelo medo e abandona sua capacidade de reagir.

No horizonte das esperanças possíveis, há uma pista concreta para compreender como o medo assume esse lugar tão significativo na sociedade, especialmente no caso brasileiro. Não temos mecanismos de cuidado e prevenção. Nos sentimos desprotegidos porque nossa cultura reativa não permite que tenhamos um sistema de proteção confiável. Governos e organizações de todos os portes e todas as naturezas não investem em conhecimento e capacitação das pessoas para o cuidado de si e da coletividade.

Professora Rosângela Florczak, Famecos

Rosângela Florczak é especialista em prevenção de crise em organizações educacionais. / Foto: Arquivo pessoal

Não sabemos como agir quando nos defrontamos com ameaças. Escolhemos não mapear riscos, não falar em prevenção para não causar pânico, preferimos imaginar que nada de ruim vai acontecer e se acontecer não será com a gente.

Essa chave precisa virar. Se nossas crianças souberem qual a rota de fuga em uma situação de perigo, seja ele de causa natural, humana ou estrutural; se identificarmos sinais coletivamente conhecidos para reagir a esses momentos; se nossos professores e trabalhadores da educação estiverem treinados física e emocionalmente para agir; se pais e mães se alfabetizarem digitalmente e protegerem seus filhos e filhas dos perigos e riscos das mídias sociais e de todo ambiente digital, entre tantas outras atitudes preventivas possíveis, vamos enfrentar momentos difíceis com efetividade e segurança.

Construir uma cultura do cuidado não vai impedir as mazelas sociais, os desastres e as tragédias, mas vai economizar vidas e saúde mental coletiva. Vai viabilizar que trabalhemos com cenários complexos e que possamos agir com serenidade e assertividade. Já passou da hora de começar a revolução fundamental do cuidado para evitar a barbárie social.

Sobre a autora

Rosângela Florczak é Doutora em comunicação pela PUCRS. Pesquisadora do projeto Risco e Crise no contexto da Comunicação (UFRGS e PUCRS), pesquisadora do PPGCOM/PUCRS com a linha de pesquisa Prevenção e gestão de crise na ambiência digital. É especialista em prevenção de crise em organizações educacionais, tendo atuado em situações de risco em escolas de educação básica e universidade de todo o País.

Ciências Aeronáuticas, Azul Linhas Aéreas Brasileiras, sala de estudos, segurança, fatores humanos

Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira, dia 23 de agosto, às 11h, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras e a PUCRS inauguram uma sala de estudos dentro da Escola Politécnica da Universidade, uma iniciativa pioneira no País por parte da companhia. O objetivo desse espaço é propor novas contribuições para o universo acadêmico e profissional por meio da colaboração entre alunos e professores do curso de Ciências Aeronáuticas. A iniciativa visa estimular o desenvolvimento de estudos nas áreas de segurança e fatores humanos (comportamentos preventivos da tripulação), contribuindo com ideias para o aprimoramento desses processos na Azul.

O responsável pelo ambiente, localizado na sala 124 do prédio 10, será Bruno Godoy, professor do curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS e comandante da Azul. “Realizaremos uma troca de conhecimentos. Os dados relacionados à segurança de voo e gestão empresarial irão gerar pesquisas”, comenta.

“Tenho certeza de que a inauguração desse espaço aproxima a universidade da indústria e do mercado profissional. Queremos dar oportunidade aos projetos que surgem no mundo acadêmico e que possam ser aplicados na companhia, valorizando ainda mais a segurança, que é o nosso principal valor ”, destaca o comandante Ivan Carvalho, diretor de Segurança Operacional da Azul.

Para o coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, Lucas Fogaça, o novo espaço vai ampliar a contribuição de conhecimento entre a instituição de ensino e a Azul. “A empresa trará desafios reais e os alunos e pesquisadores da graduação e pós-graduação poderão desenvolver as soluções”, projeta.

Nova entrada do Hospital São Lucas

Foto: Bruno Todeschini – Ascom/PUCRS

O Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) inaugurou na manhã desta sexta-feira, 17 de março, um moderno espaço de recepção, informações e serviço para os clientes. Com 170m2, a nova recepção compreende a entrada principal, no térreo, que passou por ampliação e remodelação completa. Entre os principais benefícios está a maior segurança para o público da Instituição, devido à implantação de sistema de catracas para controle de acesso. Os usuários precisarão ser cadastrados e identificados para ingressar no HSL. Diariamente, cerca de nove mil pessoas, entre pacientes, familiares, funcionários, professores e alunos passam pelo local.

A reestruturação buscou também qualificar a acolhida e o bem-estar dos usuários, com climatização e nova ambientação. “O Hospital São Lucas da PUCRS está preocupado em fornecer à população um serviço de saúde de ótima qualidade e que as pessoas tenham instalações confortáveis e seguras. As ações implementadas vão ao encontro das metas de qualificar cada vez mais a instituição, que é um dos maiores hospitais filantrópicos do País”, afirma o superintendente do HSL, Matteo Baldisserotto.

Para 2017, estão previstos investimentos de R$ 15 milhões, dos quais R$ 9 milhões em equipamentos e R$ 6 milhões em ambientes físicos. A segurança está entre as prioridades da instituição, que conta com vigilância da equipe especializada e monitoramento por câmeras.

No ambiente remodelado, o acolhimento ao público é realizado pelo Serviço de Atendimento ao Cliente, que está preparado para auxiliar nos questionamentos e demandas 24h. A área comporta ainda uma ampla farmácia para maior comodidade dos usuários da Instituição.

 

Restaurante dos colaboradores é reformado

Restaurante dos colaboradores do HSL é reformadoOutra obra realizada no período beneficiou o público interno do HSL. No dia 15, foi inaugurado o projeto de modernização do restaurante dos colaboradores da Instituição. As alterações incluíram climatização da área e nova ambientação, com troca de piso, pintura, isolamento acústico e decoração. Com aproximadamente 300m², o setor fornece diariamente 2,7 mil refeições. A iniciativa integra o leque de investimentos direcionados ao cuidado com os colaboradores.

Participaram da cerimônia de inauguração o presidente da Rede Marista, Ir. Inácio Etges, o Reitor da PUCRS, Evilázio Teixeira, o Vice-Reitor, Jaderson Costa da Costa, e o superintendente do HSL, Matteo Baldisserotto. “O diferencial de um hospital está nas pessoas. A qualidade começa no atendimento dado pelo funcionário e vamos cuidar desses funcionários. Esse vai ser um compromisso nosso de progressivamente melhorar as condições e fazer com que se sintam mais felizes nessa casa”, afirmou Baldisserotto.

Etges reforçou a importância de cuidar dos cuidadores e destacou que, apesar das limitações financeiras, são feitos esforços para minimizar os impactos sofridos pelo setor da saúde. “Precisamos firmar um pacto para otimizar espaços e tempos no caminho da superação”. Assim como ele, o Reitor da PUCRS pediu a colaboração de todos para promover melhorias. “Numa obra como essa, o segredo está em duas palavras: engajamento e pertencimento. Usando as nossas melhores energias podemos fazer um hospital melhor”, disse Teixeira.

Fachada do Hospital São Lucas da PUCRSNesta sexta-feira, 17 de março, às 11h, o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) inaugura um moderno espaço de recepção, informações e serviço para os clientes. Com 170m2, a nova recepção compreende a entrada principal, no térreo, que passou por ampliação e remodelação completa. Entre os principais benefícios está a maior segurança para o público da Instituição, devido à implantação de sistema de catracas para controle de acesso. Os usuários precisarão ser cadastrados e identificados para ingressar no HSL. Diariamente, cerca de nove mil pessoas, entre pacientes, familiares, funcionários, professores e alunos, passam pelo local.

A reestruturação buscou também qualificar a acolhida e o bem-estar dos usuários, com climatização e nova ambientação. “O Hospital São Lucas da PUCRS está preocupado em fornecer à população um serviço de saúde de ótima qualidade e que as pessoas tenham instalações confortáveis e seguras. As ações implementadas vão ao encontro das metas de qualificar cada vez mais a instituição, que é um dos maiores hospitais filantrópicos do País”, afirma o superintendente do HSL, Matteo Baldisserotto.

Para 2017, estão previstos investimentos de R$ 15 milhões, dos quais R$ 9 milhões em equipamentos e R$ 6 milhões em ambientes físicos. A segurança está entre as prioridades da instituição, que conta com vigilância da equipe especializada e monitoramento por câmeras.

No ambiente remodelado, o acolhimento ao público é realizado pelo Serviço de Atendimento ao Cliente, que está preparado para auxiliar nos questionamentos e demandas 24h. A área comporta ainda uma ampla farmácia para maior comodidade dos usuários da Instituição.

 

Restaurante dos colaboradores é reformado

Restaurante dos colaboradores do HSL é reformadoOutra obra realizada no período beneficiou o público interno do HSL. No dia 15, foi inaugurado o projeto de modernização do restaurante dos colaboradores da Instituição. As alterações incluíram climatização da área e nova ambientação, com troca de piso, pintura, isolamento acústico e decoração. Com aproximadamente 300m², o setor fornece diariamente 2,7 mil refeições. A iniciativa integra o leque de investimentos direcionados ao cuidado com os colaboradores.

Participaram da cerimônia de inauguração o presidente da Rede Marista, Ir. Inácio Etges, o Reitor da PUCRS, Evilázio Teixeira, o Vice-Reitor, Jaderson Costa da Costa, e o superintendente do HSL, Matteo Baldisserotto. “O diferencial de um hospital está nas pessoas. A qualidade começa no atendimento dado pelo funcionário e vamos cuidar desses funcionários. Esse vai ser um compromisso nosso de progressivamente melhorar as condições e fazer com que se sintam mais felizes nessa casa”, afirmou Baldisserotto.

Etges reforçou a importância de cuidar dos cuidadores e destacou que, apesar das limitações financeiras, são feitos esforços para minimizar os impactos sofridos pelo setor da saúde. “Precisamos firmar um pacto para otimizar espaços e tempos no caminho da superação”. Assim como ele, o Reitor da PUCRS pediu a colaboração de todos para promover melhorias. “Numa obra como essa, o segredo está em duas palavras: engajamento e pertencimento. Usando as nossas melhores energias podemos fazer um hospital melhor”, disse Teixeira.