Em meio à emoção da vacinação de profissionais da área da educação contra a Covid-19, surge a esperança de poder voltar a abraçar e ver de perto as pessoas queridas novamente. Três alunas do curso de Enfermagem da Escola de Ciências da Saúde e da Vida puderam vacinar familiares no Hall da Biblioteca Central Irmão José Otão. A imunização teve início nesta semana na Universidade e terá continuidade na próxima segunda-feira, 21 de junho.
As colegas de curso e amigas Brenda Pereira, Giullia Poersch e Jennifer Lipert compartilharam na última segunda-feira, 14 de junho, o momento aguardado há mais de um ano: aplicaram a primeira dose do imunizante na mãe, no pai e no padrasto, respectivamente.
Para Giullia, que vacinou o pai no dia que seria o aniversário da sua mãe, que faleceu quando ela ainda era criança, a oportunidade foi gratificante, “principalmente em meio à uma pandemia que tirou vários familiares de tantas pessoas”. O pai, Adriano Poersch, trabalha como vigilante há oito anos na PUCRS e conta que a formação acadêmica da filha na Universidade é um sonho desde sempre:
“É uma satisfação estar aqui vendo que ela anda a passos largos. Após a grande emoção do nascimento de um filho as maiores emoções vêm a ser no que eles se tornam, as surpresas do dia a dia. Naquele dia nada estava dando certo, uma fila que não terminava mais e eu atrasado para o trabalho. Do nada ela aparece e me diz que era para eu esperar, pois ela ia me vacinar. Aí já fiquei emocionado e veio a vontade de chorar. Me senti especial, me senti muito seguro, pois era a minha menina que ia cuidar de mim”.
Carla Pereira, mãe de Brenda, também é vigilante na PUCRS e destacou o orgulho que sente da filha ao vê-la atuando na linha de frente e ajudando outras pessoas na profissão que escolheu:
“Naquele dia me passou um filme na cabeça. Quando ela tinha 11 anos de idade e a gente descobriu que ela tinha Diabetes Tipo 1, eu aplicava insulina nela quatro vezes ao dia. Agora, aos 20 anos, é como se ela estivesse retribuindo, cuidando, zelando pela minha saúde, com o mesmo sentimento de risco de vida que eu tinha com ela aplicando as insulinas. Ela estar participando neste momento tão importante de imunização, de esperança, de um futuro, representa um marco histórico na nossa vida, um orgulho por ela estar se dedicando tanto aos estudos e tendo a certeza da importância que representa a profissão que escolheu”.
Carla conta ainda que, desde que iniciou o trabalho na vigilância da PUCRS, em 2008, sua vida mudou. Com o subsídio que a Universidade oferece aos colaboradores e familiares para os estudos, ela se formou em Direito e agora a sua filha está cursando Enfermagem.
Em um momento em que muitos sentimentos afloraram, por lembrar que o seu avô faleceu no Natal de 2020 por causa do coronavírus, Jennifer também imunizou Maurício Lipert, o padrasto, que ela considera pai.
“É linda demais a profissão que ela escolheu, ainda mais em meio a uma pandemia mundial. Decidiu ajudar as pessoas se doando e acreditando em um futuro melhor para todos. É uma guerreira, meu orgulho. O subsídio e incentivo que a Universidade oferece para os estudos é imprescindível. A PUCRS pensa no futuro dos seus profissionais e familiares. Eu só tenho a agradecer pela oportunidade, aqui me sinto em casa e acolhido, pois temos uma estrutura imensa à disposição e eu sigo atuando para que ela possa concluir o curso e ter um bom futuro”, relata.
A produção das vacinas contra o coronavírus foi realizada em tempo recorde. Esse feito só foi possível graças ao esforço global de cientistas e do conhecimento prévio com outras variações anteriores da SARS-CoV.
Em uma feliz coincidência, a aplicação do imunizante foi realizada no Hall de um espaço que simboliza a ciência, a pesquisa e a importância do ensino em todos os âmbitos para a sociedade: a Biblioteca. No mesmo saguão que abrigou tantas exposições e foi passagem de grandes nomes do mundo acadêmico, a teoria de anos de estudos se encontrou com a prática para salvar vidas.
Desde o começo da pandemia a PUCRS tem trabalhado em diferentes frentes de combate ao coronavírus. Seja por meio da produção e doação de acessórios de proteção ou no desenvolvimento de novos testes para a identificação do vírus, assim como a atuação em campo, com o apoio de estudantes e docentes.
Confira essas e outras ações promovidas pela Universidade para a contenção do vírus:
Fique por dentro das atualizações sobre o tema no site do coronavírus.
A ideia de um cuidado integrado não é recente: Platão, filósofo que viveu durante o período clássico da Grécia Antiga, por exemplo, já afirmava que cuidando do corpo, cuida-se da alma. Atualmente, a Psicologia não fala mais em alma, mente é o termo utilizado, e promover de maneira interdisciplinar os cuidados relacionados à saúde está se mostrando algo cada vez mais importante para proporcionar o bem-estar.
Na Escola de Ciências da Saúde e da Vida, a aproximação entre diversas áreas é pautada pelos diferentes cursos que a compõem. Entenda, em seguida, o que é o cuidado integral e de que forma ele está presente na da Escola, como nas graduações em Educação Física e Psicologia, que estão com inscrições abertas via Vestibular. Esses e os demais cursos também aceitam Transferência e Ingresso de Diplomado.
Cada vez mais as equipes interdisciplinares estão presentes nas mais diversas áreas. A união de conhecimentos de setores diversos tem mostrado seu valor. Na área da saúde isso também é uma realidade e é por isso que se fala em cuidado integral, o qual consiste em unir diferentes profissionais de forma a promover uma visão do ser humano em sua totalidade, o auxiliando a cuidar do bem-estar de forma ampla.
De acordo com a professora Carolina Lisboa, do curso de Psicologia da PUCRS, essa prática é uma forma de prevenir doenças antes que um problema possa se expressar. “É esse o caminho da área, a gente percebe que atacar pontos específicos não tem sido tão eficaz para a manutenção da saúde quanto uma abordagem mais ampla, que promove um cuidado holístico”, explica.
Em relação à importância de oportunizar essa prática transversal, os professores do curso de Educação Física da Universidade, Rodrigo Sartori e Adriano Detoni, explicam que “essa abordagem é importante para pensarmos na formação de um profissional de saúde com visão sistêmica e com atuação humana nos processos de avaliação, planejamento e intervenção. Buscando exatamente o conceito de saúde trazido pela Organização Mundial de Saúde, de um bem-estar físico, mental e social”.
O cuidado integral ajuda a prevenir doenças antes que um problema possa se expressar / Foto: Envato Elements
Lisboa explica que a prática de exercícios físicos, comprovadamente, produz a liberação de dopamina e de serotonina, que são neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar. “Além disso, o exercício físico produz uma relação diferente do indivíduo com ele mesmo, não existe um padrão de beleza universal, mas um corpo saudável tende a proporcionar uma melhora na autoestima da pessoa e poder cuidar do corpo, faz com que seja possível se sentir no controle de sua própria vida”, acrescenta.
Na pandemia, a necessidade de praticar exercícios físicos se tornou evidente: desde que com os devidos cuidados de prevenção à Covid-19, se manter em movimento se mostrou um aliado no combate a problemas psicológicos como ansiedade e depressão, complementa a professora.
O professor Luciano Castro, decano da Escola de Ciências de Saúde e da Vida, comenta, ainda, que esse momento demonstrou, por exemplo, a importância dos psicólogos no ambiente hospitalar, além da notável necessidade de médicos, fisioterapeutas e enfermeiros: “Os pacientes contaminados pelo coronavírus têm vários impactos na saúde mental, por isso, percebemos que, por mais que cada profissional atue na sua área durante a pandemia, o cuidado de diferentes aspectos da saúde humana é importante”.
O professor Rodrigo Sartori confirma o que foi apresentado pela psicóloga:
“A prática regular de exercícios físicos efetivados de forma sistematizada é atualmente reconhecida na literatura científica como uma estratégia não-farmacológica para o tratamento e prevenção de diversas doenças associadas aos aspectos mentais do ser humano, sejam elas de caráter metabólico, físico e/ou psicológico”
Ele ainda explica que a prática de exercícios auxilia no Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro, uma proteína da família das neurotrofinas, que são responsáveis pela sobrevivência, o desenvolvimento e a função dos neurônios. Muitas doenças mentais, como a esquizofrenia e o transtorno bipolar, estão relacionados a uma redução da expressão dessa proteína, o que comprova, mais uma vez, a relação entre corpo e mente na promoção do bem-estar.
Luciano Castro explica que a ideia é explorar a transversalidade na formação, unindo diferentes áreas em disciplinas comuns de forma a proporcionar a interrelação entre as profissões e o compartilhamento de conhecimentos. Há, por exemplo, a disciplina de Trabalho Integrado em Saúde, que tem como objetivo trazer a discussão da saúde, de modo geral, por futuros profissionais de diferentes áreas.
Os professores Lucio Brandt e Adriano Detoni, da Educação Física chamam atenção, também, para além do ensino: pesquisa e extensão fazem parte do tripé que sustenta uma universidade. “A Escola dispões de grupos de pesquisa, que atuam conjuntamente na busca de novos conhecimentos, aproximando os alunos à teoria e à prática baseada em evidência. Na parte da extensão, hoje temos o Conectar-se, um evento que tem como característica as ações interprofissionais, a busca do trabalho em conjunto e a união de várias áreas de conhecimento na construção de soluções para a área da saúde”, acrescentam.
Atualmente, de acordo com os protocolos estabelecidos pelos governos Estadual e Municipal. os cursos da Saúde estão realizando atividades práticas presenciais. Além disso, os alunos atuam ativamente no combate à pandemia das mais diferentes maneiras: seja através da construção de cartilhas ou, até mesmo, no cuidado hospitalar de internados. Castro complementa que o Plano de Prevenção e Redução de Riscos para a Covid-19 da Universidade tem sido rigorosamente cumprido.
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Assim como os cursos de Psicologia e Educação Física, outras opções de bacharelado e licenciatura estão sendo ofertadas no Vestibular da PUCRS com ingresso em 2021/2, que está com inscrições abertas até o dia 7 de junho! Além disso, é possível estudar na PUCRS por meio de Transferência e Ingresso de Diplomado.
Nesse semestre, os vestibulandos podem optar entre realizar uma prova online de redação, utilizar a nota do Enem ou escolher entre a que tiver o melhor desempenho.
Inscrições abertas para todos os processos de ingresso em 2021/2
As vacinas são a forma mais eficiente de prevenir doenças infecciosas. O pioneiro no desenvolvimento das vacinas foi Edward Jenner, um médico britânico que desenvolveu o imunizante contra a varíola, a qual foi declarada erradicada em 1979 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – devido à grande eficácia do método.
Apesar de não ser uma ferramenta nova de combate a doenças, em meio à corrida para a produção e disponibilização de vacinas contra a Covid-19, também surgem muitas dúvidas por parte da população. Entre as preocupações e as curiosidades estão as orientações para quem pode receber os imunizantes contra a Gripe (Influenza) e o coronavírus, além de como funciona o processo para a produção de uma vacina.
Pensando nisso, a professora Ana Duarte, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, preparou explicações úteis sobre as etapas que envolvem a elaboração de um imunizante. Como pesquisadora, Ana trabalha com temas relacionados a vacinas, imunologia viral, terapias antivirais e antitumorais e respostas de diferentes tipos de células.
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As vacinas funcionam educando o sistema imune. Elas induzem a chamada “resposta de memória específica”, onde células T e células B (produtoras de anticorpos) são ativadas. Quando o corpo entra em contato com o patógeno (organismo que transmite alguma doença), essa resposta irá proteger o sistema, impedindo que a doença se manifeste de forma grave. Deste modo, o corpo fica imune.
É importante lembrar que a vacina não pode ser considerada somente como um meio de proteção individual, e sim coletivo, para que seja atingida a imunidade em grande escala e a redução da circulação do patógeno na população.
Para induzir a resposta imune especifica é necessário um antígeno (componente essencial que causa a produção de anticorpos). O antígeno pode ser o patógeno morto ou atenuado, ou uma parte dele. As estratégias de vacinas mais modernas, como de RNAm e Vetores virais recombinantes, funcionam como uma plataforma para produzir o antígeno. Ou seja, parte do patógeno, no individuo vacinado.
Algumas vacinas ainda possuem adjuvantes (matéria prima que, quando adicionada à fórmula do medicamento, ajuda na sua ação) que são importantes para melhorar a resposta imune. Outros componentes comuns das vacinas são conservantes, para impedir que a vacina seja contaminada depois de aberta, e estabilizantes, para prevenir reações químicas na vacina. Alguns imunizantes precisam de um líquido diluente para deixar a vacina na concentração correta imediatamente antes do seu uso.
O desenvolvimento de uma vacina é semelhante ao desenvolvimento de um medicamento. No total, são quatro etapas: pré-clínica e fases 1, 2 e 3:
Durante os ensaios de fase 3 é recomendado que o grupo voluntário e a equipe de cientistas não saibam quem recebeu a vacina ou o placebo, garantindo que os resultados da eficácia não sejam influenciados por quem está avaliando. Essa etapa costuma ser desenvolvida em diferentes países para analisar a resposta em diferentes populações.
Esse é um processo que costuma ser caro, podendo custar milhões de reais e durar anos até o cumprimento de todas as etapas. Quando a última fase está completa, os resultados são submetidos às avaliações das agências reguladoras de cada país.
Vale ressaltar que as vacinas para prevenção da Covid-19 foram obtidas em tempo recorde. Essa grande conquista científica foi possível devido aos conhecimentos prévios obtidos a partir de outros tipos de coronavírus e um esforço coletivo de muitos cientistas de todo o mundo, com sobreposição das fases clínicas. Ou seja, para acelerar o processo, a organização da fase 3 foi iniciada antes do término da fase 2.
Não é necessário se preocupar, pois as vacinas continuam sendo monitoradas após a aprovação, garantindo a segurança e a saúde das pessoas imunizadas.
Produzir uma vacina não é um processo fácil e varia de acordo com o seu tipo. Um dos principais processos é a produção do ingrediente farmacêutico ativo. Para vacinas que utilizam como antígeno o vírus atenuado ou inativado, o processo consiste na replicação celular a partir de uma cepa de referência (uma variante com construção diferente e propriedades físicas distintas) e posterior purificação e inativação, se necessário. Já as vacinas bacterianas são produzidas por um processo de fermentação.
As vacinas mais recentes de RNAm utilizam a tecnologia do DNA recombinante (clonagem molecular). Para a vacina contra a Covid- 19, por exemplo, a sequência que codifica a proteína Spike (importante para a sobrevivência viral) do vírus SARS-COV-2 é clonada em um plasmídeo (DNA circular bacteriano). Esse plasmídeo é propagado em bactérias para aumentar a sua quantidade.
Posteriormente, a sequência de DNA que codifica a proteína é retirada do plasmídeo e esse DNA servirá de molde para síntese de RNAm in vitro utilizando enzimas especificas (proteínas que regulam reações químicas do organismo). Esse RNAm é o princípio ativo das vacinas e será envolto em lipídeos para facilitar sua entrada nas células de pessoas vacinadas, que irão produzir a proteína Spike que servirá como antígeno e irá induzir a resposta imune.
Para certificar a qualidade esperada dos lotes de vacinas, são realizados testes em cada etapa da cadeia de produção:
E então a vacina está pronta para ser embalada e distribuída para população.
A maioria das vacinas requer refrigeração entre 2°C e 8°C para o armazenamento e transporte. Outras precisam de temperaturas ainda mais baixas, de -20°C a -70°C. Para isso é necessário que haja um planejamento para a distribuição dos imunizantes, com cadeia, infraestrutura e equipes da área de saúde treinadas.
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Mesmo em meio à pandemia, as ligas da Escola de Medicina promovem campanhas solidárias / Foto: Julia M Cameron/Pexels
Tradicionalmente, as ligas acadêmicas da Escola de Medicina da PUCRS promovem ações solidárias em diferentes frentes de atuação da área da saúde. Mesmo com as limitações impostas pela pandemia da Covid-19, as boas ações não podem parar. Como forma de continuar ajudando a quem mais precisa, elas têm realizado diversas campanhas de arrecadação de doações em parceria com outras empresas e projetos sociais.
Confira campanhas solidárias que estão acontecendo até o final do mês de maio e saiba como você pode ajudar:
A campanha solidária Combatendo a Pobreza Menstrual tem o objetivo de promover o cuidado integral da saúde de meninas e mulheres adultas e é uma iniciativa da diretoria da Liga de Ginecologia e Obstetrícia (Ligo). A pobreza menstrual refere-se à falta de acesso a saneamento básico e itens de proteção para o período menstrual, fazendo com que mulheres em vulnerabilidade social faltem a compromissos escolares e no trabalho.
Esse impacto negativo causa prejuízos educacionais, profissionais, sociais, mentais, físicos e de autoestima. “Muitas mulheres usam métodos inseguros para tentar manter a rotina e a higiene durante o período menstrual, como miolo de pão, folhas de jornal, folhas de papel higiênico e até mesmo folhas de árvores”, explica a professora Nadiessa Almeida, uma das organizadoras da ação.
Como forma de ajudar, a Liga está arrecadando desde março produtos de higiene, como absorventes, escova e pasta de dentes, fio dental, sabonete, desodorante, shampoo, condicionador e papel higiênico. As doações serão enviadas ao projeto social +EMPATIA (@maisempatiapoa) e ao Centro de Extensão Universitária Vila Fátima, que realizarão a distribuição.
Como ajudar: você pode doar nos pontos de coleta da PUCRS, no saguão do prédio 12A ou na Panvel (prédio 12); Centro Clínico do Hospital São Lucas da PUCRS (sala 701); e Centro de Extensão Universitária Vila Fátima. Em caso de dúvidas entre em contato pelo Instagram (@ligaginecopucrs) ou no e-mail ligaginecopucrs@gmail.com.
Durante o mês de maio as Ligas de Pediatria (Liped) e de Ginecologia e Obstetrícia irão arrecadar doações para o projeto AHMIbebê, o qual desenvolveu uma caixa que se transforma em berço e que vem recheada de doações para ajudar mães em situação de vulnerabilidade e seus bebês. A iniciativa foi criada pela Associação dos Amigos do Hospital Presidente Vargas (HPV).
Como ajudar: com doações de roupas de recém-nascidos/as, fraldas de tecido e descartáveis, shampoos, sabonetes, cremes para assaduras, cotonetes, lenços umedecidos, algodão, lençóis, mosqueteiros e toalhas de banho. E para as mães: absorventes, sabonetes, escovas de dente, creme dental e álcool em gel.
Os pontos de coleta são na secretaria da Escola de Medicina (prédio 12) e em diversos bairros de Porto Alegre, além de Gravataí, Canoas, Montenegro, Viamão e Osório. Consulte a disponibilidade pelos e-mails ligaginecopucrs@gmail.com e lipedpucrs@gmail.com.
Em maio, mês que marca o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, a Liga de Pediatria também está recebendo doações de itens para a SOS-Casas de Acolhida, um programa de Proteção Especial às crianças que foram vítimas de violência.
Como ajudar: com doações de fraldas G e GG, leite NAN Confort 1, lenços umedecidos, luvas látex M, papel higiênico, papel toalha, pomada de assadura, sabão em pó e soro fisiológico. O ponto de coleta é na secretaria da Escola de Medicina (prédio 12).
Desde 2020 a Liga de Pediatria (Liped) vem promovendo mensalmente campanhas solidárias, e as doações arrecadadas são destinadas para diferentes instituições parceiras. Em abril deste ano, o objetivo foi arrecadar livros, que foram entregues para o Banco de Livros do RS.
Outras instituições beneficiadas pelas ações da Liped são: Kinder, Centro de Integração da Criança Especial, Associação de Amigos do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (AHMI), Vila São Judas e Escola Marista de Ensino Infantil da Tia Jussara.
Confira as próximas ações pelos perfis da liga e do projeto no Instagram (@lipedpucrs e @doutoresdasolidariedade).
As Ligas de Geriatria e Gerontologia e de Fisiopatologia estão arrecadando até o mês de agosto itens de higiene e alimentos para o Asilo Padre Cacique e a Sociedade Porto-alegrense de Auxílio aos Necessitados (Spaan), locais os quais acolhem pessoas da terceira idade que se encontravam em situação de vulnerabilidade social. Ambos os locais utilizam cerca de 500 fraldas e de 120 litros de leite por dia, além de vários outros produtos, e dependem de contribuições da comunidade para se manter.
Como ajudar: doando produtos como fraldas (G e GG) — que são os itens mais necessários, hidratantes, desodorantes sprays, sabonete líquido, fraldas (G e GG), lâminas de barbear, alimentos não perecíveis no geral, alimentos dietéticos e leite. Também é possível doar pelo site de apoio coletivo Vakinha, com o ID 2009787.
Os pontos de coleta presenciais estão localizados na entrada principal do HSL, na farmácia Droga Raia do bairro Três Figueiras, em quatro sedes do cursinho pré-vestibular Método Medicina (Porto Alegre, Bento Gonçalves e Novo Hamburgo) e em quatro sedes do laboratório Exame (nos bairros Mont’ Serrat, Praia de Belas, Centro Histórico e Tristeza).
Confira os endereços nossa página do projeto no Facebook e nos perfis das ligas no Instagram (@ligg.pucrs e @lifpa.pucrs).
Conhecido como Maio Roxo, o mês também é símbolo da conscientização sobre as doenças inflamatórias intestinais. Para ajudar mais pessoas a ter acesso à alimentação básica, o que pode influenciar na saúde do sistema digestivo, a Liga de Gastroenterologia (Ligastro) fez uma parceria com a empresa Comida Y Amor.
Parte do valor obtido em maio com as vendas de barras de chocolate (de 30% a 50%, de acordo com o público) será destinado para o Cozinheiros do Bem, projeto que desde 2015 distribui refeições para pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, aos sábados, em diferentes regiões de Porto Alegre.
Como ajudar: a ação é válida até o fim do mês, para as compras de barras de chocolate no site da loja. Acompanhe as próximas ações no Instagram da liga (@ligastropucrs)
E você sabe o que fazem as ligas acadêmicas? Elas são uma estratégia extracurricular que busca complementar a formação de estudantes. Com práticas que promovem o senso crítico e o raciocínio científico, alunos e alunas têm protagonismo em diversas ações e integração com docentes e profissionais da Universidade.
Acompanhe as redes sociais da Escola de Medicina (Instagram e Facebook) e da PUCRS (Instagram, Facebook e Twitter) para ficar sabendo desses e outros projetos.
Obra conta com textos de diferentes especialistas e é a primeira publicação brasileira sobre o assunto/Foto: divulgação
No dia 13 de maio foi lançado o livro Manual de Internação Psiquiátrica, que reúne textos de diversos especialistas que compõem o Serviço de Psiquiatria da PUCRS, em atividade há mais de 40 anos. Os autores principais foram Lucas Spanemberg e Marco Pacheco, ambos professores da Escola de Medicina da PUCRS, além de duas alunas da especialização em Psiquiatria da Universidade (Alícia Souza de Andrade e Kyuana Azeredo de Lima). Como coautores colaboraram professores e médicos vinculados à PUCRS, bem como a outros hospitais e universidades.
Até a publicação dessa obra, não havia nenhuma outra nacional exclusivamente voltada para o cenário de internação psiquiátrica. Assim, o livro intenciona cobrir uma lacuna e oferecer a especialistas em saúde mental, professores, alunos de graduação da área da saúde, residentes em saúde mental e psiquiatria, um compilado de conteúdos voltado a capacitar e esclarecer sobre patologias, situações e circunstâncias relacionadas à internação psiquiátrica. O livro se propõe a ser um guia prático, tendo como objetivo se tornar referência literária sobre o estado de arte da internação psiquiátrica, atualizando a literatura pertinente nas suas diversas seções.
A internação psiquiátrica é o local onde frequentemente situações dramáticas e graves encontram uma oportunidade de mudança de trajetória e correção de rumos. É também um ambiente único, diferente dos cenários de atenção primária e ambulatórios especializados, onde o próprio ambiente é uma variável fundamental. Por isso, pensar esse ambiente e as práticas que o regem torna-se algo fundamental aos médicos psiquiatras, para que esses possibilitem o melhor tratamento a seus pacientes.
O livro físico pode ser adquirido no site da editora Manole, por meio da qual a publicação foi realizada, além disso, o formato Kindle está disponível para compra na Amazon.
A internação psiquiátrica no Brasil começou a mudar na década de 1940, com a médica Nise Silveira, que atuou no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Rio de Janeiro. Até o momento, as técnicas empregadas nos pacientes eram agressivas e a eles eram atribuídas funções como limpar a unidade em que estavam internados. Silveira se opôs a tratamentos como eletrochoques, insulinoterapia e lobotomia e criou ateliês de pintura para que os pacientes pudessem realizar suas manifestações artísticas, algo que pode ser vantajoso no tratamento psiquiátrico.
Na década de 1970 iniciou-se, efetivamente, o Movimento da Reforma Psiquiátrica no País e há 34 anos aconteceu a primeira Conferência Nacional de Saúde Mental no Brasil, no dia 18 de maio, atualmente considerado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Esses esforços não foram em vão, seu resultado veio no ano de 2001, quando o então presidente, Fernando Henrique Cardoso, sancionou a lei Paulo Delgado (Lei 10.216 de 2001), conhecida como lei da reforma psiquiátrica.
O período posterior ao sancionamento da lei foi marcado pela redução dos manicômios e hospícios no País, visando encontrar formas de assistência em liberdade, com ambientes substitutivos aos manicomiais, e defendendo os direitos dos pacientes. Também foi essa lei que criou os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) no Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o acesso a tratamentos maior e mais democrático.
Atualmente, a internação psiquiátrica tem como objetivo ser um ambiente humanizado, que respeita os direitos dos internados e não os discrimina em nenhum aspecto. Dessa forma, torna-se extremamente necessário um manual que oriente essas práticas e possibilite a atualização dos psiquiatras quanto às mudanças ocorridas na área. Além disso, a pandemia causada pelo coronavírus e o consequente isolamento social, afetaram a saúde mental da população, conforme demonstrado pela pesquisa Covid-19 e Saúde Mental, realizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), tornando evidente a necessidade da ação de psiquiatras, que devem ter subsídios para orientar suas condutas profissionais. Para tornar o manual ainda mais atualizado, os autores da publicação trouxeram informações referentes à internação psiquiátrica durante a pandemia de Covid-19.
Com o início da pandemia do coronavírus, em março de 2020, diversas ações de combate à Covid-19 foram desenvolvidas pelas Escolas da PUCRS. Preocupados com a saúde física, mental e emocional da população, estudantes e professores atuaram tanto na linha de frente do tratamento da doença como nos bastidores – fomentando a geração de conhecimento, se opondo à desinformação e buscando formas de se fazer presente nesse momento tão difícil para todos.
O vice-reitor da PUCRS, Irmão Manuir Mentges, ressalta que, desde o começo do período pandêmico, a Universidade deu respostas aos problemas causados pela Covid-19, seja por meio de pesquisa aplicada, adaptações no modelo de ensino, participação nos testes da vacina Coronavac no Hospital São Lucas ou pela criação de projetos inéditos nas Escolas.
Sobre a relevância de a Universidade se relacionar com a cidade e comunidade em que está inserida, Ir. Manuir destaca que a PUCRS tem um importante compromisso com toda a sociedade. “Tudo aquilo que se ensina, que se pesquisa e que se inova, deve ir ao encontro da sociedade. Se por um lado temos diversos projetos que trazem as pessoas à Universidade, como a Clínica da Odonto, o Centro Vila Fátima e o InsCer, também levamos a PUCRS para a comunidade por meio da participação em comitês estratégicos do Poder Público e participação no processo de vacinação da população. Essa relação não é apenas importante, ela é essencial para manter viva a missão para qual a Universidade é chamada a exercer nos tempos atuais”, complementa.
Abaixo, você confere algumas ações lideradas pelas Escolas de Comunicação, Artes e Design – Famecos, de Humanidades, de Ciências da Saúde e da Vida e de Direito. Na próxima semana, traremos as iniciativas das Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica. Nessa série, já foram abordadas também as iniciativas dos laboratórios do Tecnopuc.
O compromisso do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos é levar informação sobre a Covid-19 à comunidade. É por isso que os estudantes do Editorial J, laboratório convergente do curso, criaram uma newsletter semanal, enviada todas as sextas-feiras por Whatsapp (para se inscrever e receber as atualizações, basta entrar no grupo), com as principais notícias da semana relacionadas ao coronavírus. Nesse ano, o principal enfoque da news são as atualizações em relação à vacinação. Além disso, os estudantes desenvolvem uma thread semanal no Twitter do J para compartilhar relatos de profissionais que estão atuando na linha de frente.
Já no curso de Design os estudantes desenvolveram dois protótipos, sob orientação de seus professores, para auxiliar no cotidiano da população. O primeiro deles foi o projeto Mask Case, vencedor do Prêmio Bonancini de Design. Essa criação surgiu da identificação da dificuldade de armazenamento das máscaras de proteção individual no dia a dia, em atividades como comer em um restaurante, por exemplo.
O resultado foi um compartimento de máscaras que permite guardá-las sem que elas sejam contaminadas. O Mask Case está em código aberto, ou seja, sem propriedade intelectual, permitindo que qualquer um possa produzi-lo, sendo necessária apenas uma impressora 3D para realizar sua confecção. Além disso, em parceria com o Tecnopuc, os estudantes desenvolveram um dispenser de álcool gel e medidor de temperatura.
Durante o isolamento, o entretenimento ganhou um papel importante na vida de todos. Nesse sentido, o curso de Produção Audiovisual conseguiu, apesar das restrições, entregar oito filmes à comunidade em 2020. Nesse semestre, mais oito devem ser produzidos sendo que, destes, já foram iniciadas as gravações de dois. As produções são realizadas no TECNA.
O curso de Relações Públicas, por sua vez, abordou com frequência o tema comunicação na pandemia: foram realizadas lives sobre o assunto por meio da plataforma Zoom, contando com convidados e audiência de todo o Brasil. Além disso, em janeiro de 2021 houve uma oficina de verão sobre Atendimento ao Cliente: crise e gestão em tempos de pandemia. Ainda em 2020/2, os estudantes do 8º semestre do curso criaram projetos voltados para organizações e empresas, orientando sobre posicionamentos de comunicação e relacionamento com seus públicos neste período de pandemia.
Os estudantes de Publicidade e Propaganda que fazem parte do Laboratório de Pesquisa coordenado pelos professores Claudia Trindade e Ilton Teitelbaum, puderam participar de uma pesquisa qualitativa sobre as questões de mobilidade ligadas ao presente a ao futuro da Pandemia da Covid-19, desenvolvida para o Projeto Vida Urgente, da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga. Já nas disciplinas do curso, em Planejamento de Mídia foi realizada, em parceria com a agência Moove, uma campanha de valorização dos médicos e profissionais da saúde em meio à pandemia a ser utilizada pelo Cremers.
O Ir. Édison Hüttner, professor do curso de História da Escola de Humanidades da PUCRS, organizou um grupo de voluntariado para auxiliar aldeias indígenas do Ceará. Participam da ação docentes e discentes do programa de Pós-Graduação em História. Por meio do projeto, foram ajudadas comunidades das etnias potiguara, gavião, tabajara e tubiba tapuya. A ação visa orientar a utilização de um equipamento de luz ultravioleta (UV-C INFO) pelos profissionais de saúde indígena para a esterilização de superfícies. O aparelho foi desenvolvido pela Hüttech, empresa de tecnologia de combate a pandemia de Covid-19, sediada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), e será doado ao órgão responsável. A ação pretende:
Estudantes dos cursos de Enfermagem e de Farmácia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida fazem parte da equipe que atua na linha de frente no combate ao coronavírus. São eles que estão realizando a vacinação dos grupos prioritários e em uma das primeiras semanas de vacinação chegaram a imunizar mais de mil pessoas. Além disso, eles atuam nos cuidados hospitalares dos pacientes internados por Covid-19 no Hospital São Lucas da PUCRS.
Já o curso de Psicologia da Escola, por meio do Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), criou um programa de acolhimento na pandemia, disponibilizando atendimento online e gratuito. Coordenado pelas professoras Renata Dipp e Fernanda Moraes, o SAPP realiza em média cerca de 15 mil atendimentos presenciais por ano, no entanto, devido à situação de crise sanitária, em 2020 o serviço teve uma pausa para adaptações entre os meses de março a agosto, retornando com capacidade de 25% em função dos protocolos sanitários.
Em setembro, após liberação do Conselho Federal de Psicologia, os atendimentos realizados pelos estagiários puderam ser adaptados à modalidade online e em março foi iniciado o programa de acolhimento. As inscrições para a primeira edição iniciaram no dia 19/3 e foram encerradas em 72 horas, após o alcance de 500 inscritos que esgotaram a capacidade de atendimento dessa edição.
Por fim, diversas cartilhas de conscientização sobre os mais variados temas foram desenvolvidas pela Escola: o SAPP produziu orientações sobre saúde mental e a vida a dois na pandemia, saúde mental na pandemia e violência doméstica (visando orientar profissionais a identificarem sinais de abuso sexual em crianças e adolescentes), além de sugerir cuidados para a comunidade acadêmica.
Há, ainda, a força-tarefa PsiCOVIDa, que surgiu com a missão de contribuir para o bem-estar das pessoas com conhecimento científico durante a pandemia. O grupo publicou mais uma série de cartilhas de assuntos como enfrentamento do estresse durante a pandemia, atividades físicas para realizar durante a pandemia e combate à Covid-19 para idosos.
Dezoito estudantes do curso de Fisioterapia da PUCRS realizam estágio junto à equipe de Fisioterapia do HSL na recuperação de pacientes com diferentes patologias, como a Covid-19 / Foto: Lucas Vilella/HSLPUCRS/Divulgação
Todas as cartilhas podem ser conferidas na página sobre o coronavírus no portal da PUCRS e na página do SAPP.
O curso de Fisioterapia, em parceria com o Serviço de Fisioterapia do Hospital São Lucas, está auxiliando na recuperação de pacientes internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com sequelas da Covid-19. Para isso, estão utilizando tecnologias como realidade virtual, ou Virtual Reality (VR), além de eletroestimulação muscular e treinamento muscular ventilatório. Dessa forma, é possível realizar a retomada da força física, do controle e da coordenação motora além de aspectos lúdicos.
O programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais realizou uma série de conteúdos em vídeo para fornecer orientações sobre o Direito e a pandemia. As produções estão disponíveis para acesso e alguns temas abordados foram:
Além disso, a Escola de Direito realizou a publicação de alguns livros como o Ciências Criminais e Covid-19, do professor Nereu Giacomolli e o Direito de Família no Pós-Pandemia: repercussões jurídicas no “novo normal”, desenvolvido pelo grupo de estudos Temas Atuais de Direito das Família, coordenado pelo professor Daniel Ustarroz. Para o lançamento do último, foi realizado um congresso virtual, composto por uma série de palestras, as quais ficaram salva para acesso posterior no canal do professor Daniel no YouTube.
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Estudante participando do drive-thru de vacinação contra a Covid-19 no Campus da PUCRS / Foto: Camila Cunha
Quase 29 milhões de pessoas já receberam pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no Brasil, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa divulgados neste mês. Desde o começo de abril, acontece em paralelo a 23ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe (Influenza) em todo o território nacional, promovida pelo Ministério da Saúde. Se você faz parte do grupo que está apto a receber as duas doses, confira respostas para as principais dúvidas e alguns cuidados importantes antes de se vacinar.
A professora Ana Duarte, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, preparou algumas orientações úteis. Como pesquisadora, Ana trabalha com temas relacionados a vacinas, imunologia viral, terapias antivirais e antitumorais e respostas de diferentes tipos de células.
Antes de procurar um posto de vacinação é importante se informar sobre quais são os grupos prioritários estabelecidos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) (para a Covid-19). No caso no Rio Grande do Sul, acompanhe os informativos no site Te Vacina, da Secretaria Estadual da Saúde.
Os grupos prioritários foram estabelecidos para garantir a proteção de pessoas com maior risco de desenvolvimento dos estágios mais graves dessas doenças, preservando vidas e possibilitando o funcionamento dos serviços de saúde.
Para a Covid-19, pela escassez de doses disponíveis, a preferência é para pessoas com 60 anos ou mais; pessoas com deficiência (PCDs); gestantes; povos indígenas vivendo em terras indígenas; povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas; trabalhadores da Saúde; grupo com comorbidades; entre outros disponíveis no PNI, mas ainda sem previsão para o começo da imunização.
Além dessas, no caso da gripe também estão incluídas: crianças de seis meses a menores de seis anos de idade; pessoas em período pós-parto (puérperas); e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.
Levar o documento e comprovantes é importante no momento de tomar as vacinas para Covid-19 e para a gripe (Influenza) / Foto: Cristine Rochol/PMPA
É importante lembrar de levar algum documento de identificação (com foto, de preferência), comprovantes (caso faça parte dos grupos prioritários não relacionados à idade, como profissionais da saúde) e a carteirinha de vacinação das crianças (para Influenza). Se for receber a segunda dose contra o coronavírus, leve também o comprovante de que você tomou a primeira vacina.
Para preservar a saúde, em alguns casos o ideal é adiar a aplicação das vacinas. Em pacientes com doenças febris, por exemplo, recomenda-se esperar até a melhora dos sintomas. A vacina da Influenza pode ser administrada mesmo com a ingestão de outros medicamentos, entretanto, remédios imunossupressores podem atrapalhar a resposta da vacina.
Pacientes que previamente apresentaram reações alérgicas após ingestão de ovo (angioedema, desconforto respiratório, vômitos repetidos) podem receber a vacina para Influenza, desde que em um ambiente onde seja possível o tratamento de manifestações alérgicas graves e com supervisão médica.
Também é preciso ter cautela e avaliar caso a caso ao administrar a vacina em pessoas com trombocitopenia, qualquer distúrbio da coagulação ou a pessoas em terapia anticoagulante.
Não é recomenda a administração simultânea das vacinas contra o coronavírus e a gripe. A indicação é respeitar um intervalo de pelo menos 14 dias entres as doses.
Imunizações acontecem de acordo com os grupos prioritários estabelecidos no PNI / Foto: Bruno Todeschini
As vacinas contra a Covid-19 atualmente disponíveis no Brasil têm esquemas diferentes de aplicação. Fique atento/a ao cronograma para o momento certo de retornar para segunda dose de acordo com a empresa fabricante:
Crianças com menos de nove anos recebem duas doses da vacina da Influenza na primeira imunização, com intervalo de um mês. Acima de nove anos a dose é única.
As reações adversas mais comuns associadas a todas essas vacinas estão relacionadas à dor local e eventual processo alérgico. Em especial para vacina da AstraZeneca (Fiocruz), existe o risco muito baixo de ocorrência de coágulos sanguíneos. Preste atenção aos possíveis sintomas, como falta de ar, dor no peito, inchaço na perna, dor de cabeça e abdominal.
Todos os imunizantes disponíveis hoje passaram por longos períodos de testes e análises e são seguros para a utilização pela população. Caso seja necessário, procure orientação médica, mas evite se expor aos vírus.
Para que todo mundo possa voltar a fazer planos para o período pós-pandemia, é necessário que cada um e cada uma continue tomando os principais cuidados de higiene e segurança. Se precisar sair, lembre-se de usar máscara e levar o álcool em gel, além de manter o distanciamento social.
Além de docente, Ana Paula Duarte de Souza é graduada em Farmácia Bioquímica e Análises Clínicas (UFSM), tem mestrado em Biotecnologia (UFSC) e doutorado em Biologia Celular e Molecular (PUCRS) com sanduíche na University of Melbourne na Austrália (2009) e pós-doutorado na área de Imunologia (PUCRS).
A Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) promoveu nesta semana o bate-papo online Vacinei, e agora?, que abordou a importância e os efeitos da imunização contra a Covid-19.
O convidado foi o médico Fabiano Ramos, chefe do serviço de Infectologia do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) e líder do estudo de desenvolvimento da vacina Coronavac no Rio Grande do Sul, que contou com mais de mil voluntários/as.
Confira a gravação completa do evento e saiba mais sobre o processo de imunização:
Ter atividades de lazer é importante para o aumento da longevidade. / Foto: Envato
Alcançar a longevidade com saúde exige cuidados e bons hábitos durante todas as fases da vida. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2030 o número de idosos no Brasil deve ultrapassar o número de crianças. A inversão da pirâmide etária no País caracteriza uma mudança do perfil demográfico e amplia a necessidade de atenção para a promoção do envelhecimento saudável.
No livro Só é velho quem quer, o professor da Escola de Medicina da PUCRS Newton Terra destaca que é possível envelhecer com saúde, tornando o processo mais longevo, autônomo e independente. Na obra o autor também destaca que, segundo pesquisas, o envelhecimento depende 25% da genética e 75% do estilo de vida e do ambiente.
Pesquisador do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Terra reuniu sugestões de hábitos que promovem um estilo de vida saudável, fundamental para alcançar a longevidade com qualidade. Confira:
O estresse define um estado em que ocorre uma ameaça (real ou percebida) à homeostase (estabilidade do organismo). Não é considerado uma doença, mas sim uma forma de adaptação e proteção do corpo contra agentes externos ou internos. Pode ser positivo (o eustresse) e negativo (o distresse), que é o estresse propriamente dito. O termo “estressor” define os eventos ou estímulos que provocam ou conduzem ao estresse, e estes podem ser classificados como sensoriais (físicos), psicológicos e infecciosos.
Quando o estressor se torna crônico, acontece o desgaste de tecidos e órgãos, aumentando o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, transtornos neuropsiquiátricos, doenças infecciosas, metabólicas e tumores. Essa forma de impacto do estresse no organismo é conhecida como carga alostática.
Entre as ações que contribuem para gerenciar o estresse estão aumentar a resistência (ou resiliência) aos estressores e mudar a maneira de enfrentá-los. Encontrar opções benéficas de liberar a tensão, como a prática de atividades físicas, também auxilia na redução dos riscos causados pelo estresse.
Dormir regularmente, cultivar um hobby, manter uma organização financeira e buscar atividades de relaxamento meditação como yoga ou mindfulness são comportamentos que também trazem benefícios. Buscar ajuda de psicólogos e conversar sobre aquilo que lhe causa estresse contribui para evitar que os estressores se tornem crônicos.
O lazer é um momento de liberdade interior, expressão da personalidade e da individualidade. É quando podemos decidir o que fazer, como fazer e quando fazer. É o momento do descanso e do divertimento. O lazer é um direito social.
Em todas as fases da vida, inclusive durante o processo de envelhecimento, é fundamental ter momentos de lazer, de acordo com as preferências e condições de cada pessoa. Ler, praticar exercícios físicos, fazer artesanatos, pintar, ouvir música, estimular o raciocínio com jogos, assistir filmes, tocar instrumentos musicais e manter-se aprendendo são práticas que fazem bem em qualquer idade.
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Os idosos são os maiores usuários de remédios devido ao surgimento de doenças crônicas associadas ao processo de envelhecimento e que requerem tratamento medicamentoso. No entanto, é preciso manter a atenção aos efeitos dos medicamentos em todas as idades. Por mais que se consiga eficácia no combate às doenças, o uso da polifarmácia eleva a chance dos efeitos adversos, podendo impactar negativamente na saúde.
Para alcançar a longevidade, o indicado é tomar apenas os medicamentos receitados por médicos e evitar a automedicação – lembrando que muitas pessoas idosas frequentemente ingerem por conta própria ácido acetilsalicílico (conhecido popularmente como aspirina), anti-inflamatórios não esteroides, laxantes e vitaminas, o que deve ser evitado. Em média, essa faixa etária utiliza de dois a cinco medicamentos por dia.
A polifarmácia está associada ao desenvolvimento e agravamento de síndromes geriátricas, incluindo comprometimento cognitivo, delírios, quedas, fragilidade, incontinência urinária, perda de peso, além de aumentar o risco de hospitalizações. A prescrição de medicamentos para quem possui mais de 60 anos é uma tarefa que requer planejamento e monitoramento constantes.
A desprescrição, uma tendência moderna e preventiva, é o processo sistemático de identificar e suspender remédios quando o risco potencial de prejuízo supera os benefícios. Deve ser realizada uma revisão criteriosa da prescrição, junto ao médico, com o objetivo de identificar os medicamentos inapropriados, passíveis de ser retirados.
A nutrição é um dos fatores externos que exerce mais influência na saúde das pessoas ao longo da vida. Efeitos de uma alimentação inadequada, tanto por excesso quanto por déficit de nutrientes, são extremamente prejudiciais. Alimentação adequada é aquela que fornece ao organismo os nutrientes necessários para a manutenção, reparo e crescimento dos tecidos, sem que haja excesso no consumo alimentar.
Uma boa alimentação deve ser suficiente (contém as calorias necessárias ao gasto diário), completa (fornece todos os nutrientes indispensáveis), harmônica (mantém a proporção correta entre proteínas, açúcares e gorduras) e adequada (atende às condições fisiológicas de cada pessoa).
A adoção de uma alimentação de qualidade, com variedade de cores, nutrientes e texturas, e com menor quantidade de químicos, ou isenção de agrotóxicos, pode colaborar para a proteção do organismo contra o desenvolvimento de doenças.
Dentre os principais componentes alimentares que atuam como fatores protetores estão as vitaminas antioxidantes (encontradas em frutas e verduras, de preferência cruas ou frescas), os carotenoides (presentes em alimentos com tons vermelhos, laranjas e amarelos) os compostos fenólicos (estão em frutas cítricas, como limão, laranja e tangerina) e as fibras alimentares (disponíveis em leguminosas, cereais e alimentos integrais).
Sedentarismo é uma palavra derivada do latim que significa “ficar sentado”, sendo definido como a falta, ausência ou diminuição de atividades físicas ou esportivas. É considerada a doença do século por estar relacionada ao comportamento cotidiano da vida moderna e pela associação com várias doenças. Para evitar o sedentarismo, o ideal é realizar exercícios físicos regularmente.
A prática regular de um exercício também é útil para atrasar o processo de envelhecimento e alcançar a longevidade. Existe unanimidade entre os especialistas ao afirmarem que os indivíduos que se exercitam com regularidade vivem mais e com mais qualidade. O exercício físico deve ser praticado por todos, preferencialmente, desde a infância sem interrupção. Os benefícios trazidos pela realização do exercício à saúde são tão transitórios quanto os trazidos pela alimentação e pelo sono. Ao descontinuar a prática de exercícios, os benefícios conquistados também começam a ser perdidos.
Cultivar a espiritualidade: Pesquisas demonstram que os indivíduos que têm uma religião ou que são espiritualizados envelhecem melhor e previnem, tratam e se recuperam com mais sucesso de muitas das doenças.
Evitar o tabagismo: O hábito de fumar é uma doença crônica gerada pela dependência da nicotina. O tabagismo provoca alterações, físicas, emocionais e comportamentais, além de ter relação com 55 doenças diferentes.
Criado por pesquisadores da PUCRS, o protótipo conector para sistema de alto fluxo impresso em 3D possibilita que pacientes em tratamento com Covid-19 recebam maior fluxo de oxigênio, diminuindo a necessidade de intubação. Até o momento, já foram produzidos 120 protótipos que estão sendo utilizados em oito hospitais do Rio Grande do Sul e Minas Gerais: Hospital São Lucas, PUCRS (RS), Hospital Independência (RS), Hospital Divina Providência (RS), Hospital São José (RS), Hospital Santa Isabel (RS), Hospital Estrela (RS), Hospital Bruno Born (RS) e Hospital Nossa Senhora de Fátima (MG).
De acordo com um dos responsáveis pela criação do protótipo, o chefe do Serviço de Clínica Médica no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) e professor na Escola de Medicina Giovani Gadonski, resultados preliminares analisados no HSL – primeiro hospital a utilizar a peça impressa –, mostram que o aumento do fluxo no oxigênio pode reduzir em até um terço a necessidade de intubação. Todas as instituições participantes da pesquisa, que aderiram ao Acordo de Cooperação, estão simultaneamente coletando dados para ampliar a abrangência e qualificação da pesquisa.
A peça, impressa no IDEIA/Tecnopuc FabLab, pode ser conectada na estrutura de suplementação de oxigênio já existente em qualquer hospital. Com o cateter de alto fluxo, é possível fornecer até 30 litros de oxigênio por minuto, sendo que, nos aparelhos convencionais, a quantidade é de até 15 litros de oxigênio por minuto. O dispositivo oferece mais conforto ao paciente e possibilita inclusive a alimentação oral, o que é impossível com a máscara, ou mesmo quando intubado.
Para o professor Eduardo Giugliani, diretor do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico (IDEIA) e responsável pela produção das peças 3D, sob o contexto científico e tecnológico o projeto permite consolidar iniciativas integradas entre vários centros de pesquisa da PUCRS e demonstrar o potencial de uma ação interdisciplinar. Estiveram envolvidos na criação do protótipo múltiplos atores: médicos, engenheiros, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos (tecnologia e saúde), entre outros.
Para o médico e professor Giovani Gadonski, o conector é motivo de alegria por comprovar mais uma vez o impacto da pesquisa no dia a dia da sociedade. “Para quem está inserido na universidade como professor e na assistência dentro do hospital, poder desenvolver uma alternativa que possa ajudar as pessoas no enfrentamento da doença é muito gratificante. Me sinto privilegiado por estar dentro de uma instituição que proporciona um ecossistema de inovação que permite a aplicação translacional da pesquisa e assistência no mesmo ambiente”, comenta.
Para Giugliani outro aspecto que cabe destaque é a urgência em que foi efetivada a pesquisa e a rápida trajetória até a prototipagem do conector, em um processo com duração inferior a 60 dias. “Processo que não seria possível em uma Instituição que não apresenta características e competências tão interdisciplinares como a PUCRS, capacidade de resposta rápida e efetiva para uma ação em rede, além de contar com um capital humano altamente qualificado, em todos os níveis demandados”, completa.
Após mais de um ano de pandemia da Covid-19, máscaras, protetores faciais e álcool em gel se tornaram alguns dos acessórios mais comuns na rotina de quem precisa sair de casa. Porém, ao utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por longos períodos, a superfície da pele pode ficar com marcas e até mesmo machucados.
“Profissionais da linha de frente do combate ao coronavírus têm apresentado peles extremamente avermelhadas, muitas vezes com irritações, feridas e até manchas”, conta Roberta Palazzo, professora do curso de Biomedicina da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e coordenadora da pós-graduação em Estética e Cosmética: Gestão, Negócios e Procedimentos da PUCRS. Já para o público geral, os casos mais relatados são o de surgimento de acne, coceira, descamação, ressecamento, oleosidade, poros dilatados e flacidez.
Uma das causas é o aumento da temperatura dentro da máscara, por causa da respiração. Isso faz com que a transpiração seja maior e, consequentemente, a desidratação da pele também. Uma reação natural de defesa do corpo para isso é produzir oleosidade, cerca de 10% a mais a cada elevação de 1°C.
Outra modificação é a do pH cutâneo, que costuma ser levemente ácido pela presença ácidos graxos e ácido lático no sebo e no suor, respectivamente. Com a maior produção desses fluidos o resultado é uma maior acidificação, causando o desequilíbrio da microbiota cutânea, surgimento de infecções e agravamento de condições pré-existentes como rosácea e psoríase.
O uso prolongado de máscara também foi associado a alterações na elasticidade da pele, por causa do calor e da umidade. O microambiente criado promove uma série de estímulos repetitivos e desconectados das condições atmosféricas reais, gerando as alterações e fatiga cutânea.
Confira algumas orientações de Roberta que podem ajudar na saúde e na recuperação da sua pele:
Se o seu sonho é atuar na área da saúde, conheça as diferentes opções de cursos oferecidos pela PUCRS, como a Biomedicina, por exemplo. O curso forma profissionais capacitados/as para as atividades de biomedicina estética, diagnóstico por imagem e terapia, análises clínico-laboratoriais e toxicológicas, reprodução humana, ciências forenses, genética, entre outros campos de atuação.
E para você continuar se qualificando, conheça a pós-graduação em Estética e Cosmética: Gestão, Negócios e Procedimentos do PUCRS Online e amplie seus horizontes em um dos mercados mais promissores do Brasil e do mundo: a indústria da beleza e do bem-estar.