Os resultados do exame, ao serem interpretados por profissionais da saúde, têm diferentes utilidades. / Foto: Envato Elements

Você sabe o que é bioimpedância? Realizado através de eletrodos, esse exame visa analisar a composição corporal, identificando o percentual de massa muscular, de ossos e de gordura no organismo. No Parque Esportivo da PUCRS todos os alunos matriculados na Academia podem realizá-lo. Mas, afinal, como isso funciona? Para que serve? Confira a explicação do professor Rafael Baptista, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS.  

1. Como funciona a bioimpedância?  

 O professor Baptista explica que cada tecido do corpo possui uma resistência (também chamada impedância) à corrente elétrica dos eletrodos, e é assim que os índices são calculados e emitidos em um laudo. Antes de realizar a bioimpedância, é necessário passar por uma preparação prévia, pois os índices de líquidos no corpo, por exemplo, podem alterar os resultados.   

2. Para que realizar esse exame?  

Os resultados, ao serem interpretados por profissionais da saúde, têm diferentes utilidades. “Através deles é possível observar se a pessoa possui um volume de gordura ou de músculos adequado à sua idade e ao seu gênero, identificando, por exemplo, se há risco de desenvolver obesidade ou doenças crônico-degenerativas que podem surgir em razão do sobrepeso. Com esses dados é possível intervir antes que esses problemas aconteçam”, explica o professor.   

3. E nos esportes, no que a bioimpedância ajuda?  

Baptista considera importante realizar esse exame ao iniciar um programa de exercícios: “Apesar de não ter uma influência direta no treino, a bioimpedância pode ajudar o profissional de Educação Física ao determinar quais exercícios serão realizados, se serão mais focados na perda de gordura ou no ganho muscular”, afirma. Dessa forma, o treino se torna personalizado.   

4. Você sabia que ela analisa diferentes tipos de gordura?   

Enquanto a maior parte dos exames e métodos utilizados para medir a composição corporal avaliam apenas a gordura subcutânea, que, como o próprio nome já diz, localiza-se embaixo da pele e é menos prejudicial à saúde, a bioimpedância analisa, também, a gordura visceral.   

Essa última se desenvolve atrás dos músculos, junto aos órgãos e é responsável por inúmeros problemas de saúde. Ela promove um aumento de doenças cardiovasculares, da insulina e da glicemia, hipertensão e síndrome metabólica. Além disso, ela pode ampliar a inflamação nos órgãos e reduz a quantidade de adiponectina, um hormônio responsável por acelerar o metabolismo, sua falta dificulta a queima de gordura.   

5. E no Parque Esportivo da PUCRS, como funciona?   

Entendeu bem o que é bioimpedância, como ela é realizada e quais são suas aplicações? Matriculando-se na Academia do Parque Esportivo você pode realizar a sua.  

Nossa academia é gamificada e essa avaliação corporal é um serviço diferenciado ofertado nela. Para isso, é utilizada uma balança da marca In Body, integrado ao aplicativo de treinos. O coordenador da Academia, Ignaldo Rosa, explica que nesse aparelho é possível realizar o exame e logo após o procedimento, o qual dura apenas alguns minutos, os resultados do teste já ficam disponíveis na plataforma.   

A bioimpedância, atualmente, está inclusa no plano dos alunos matriculados na Academia, sendo realizada nos primeiros dias de treino. Por meio dela, é possível atingir melhor os objetivos de cada aluno.  

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Passaporte da vacina: entenda o que é

Passaporte vacinal tem sido discutido em diversos países./Foto: Frank Meriño/Pexels

Assim que as vacinas contra a Covid-19 começaram a ser testadas, a discussão sobre a obrigatoriedade do certificado de imunização ganhou força. Impasses éticos e questões sociais dividiram a população de diversos países, inclusive, do Brasil. Hoje, algumas cidades brasileiras já adotaram a utilização do passaporte da vacina, como o Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Salvador (BA). Para quem ainda tem dúvidas sobre a medida, convidamos o professor da Escola de Direito Cristiano Heineck Schmitt para esclarecer algumas questões. Confira! 

1) O que é o passaporte da vacina e como ele impacta no dia a dia das pessoas? 

O passaporte da vacina é uma medida que busca estimular a população a obter a imunização contra a Covid-19. Com um controle maior sobre a contaminação pelo vírus e com a redução de óbitos e internações hospitalares, as cidades brasileiras têm passado a flexibilizar regras sanitárias, permitindo shows, feiras, jogos e maior acesso a bares e restaurantes, por exemplo. 

Outro ponto importante é que ele poderá ser obrigatório em alguns eventos e facultativo em outros. Ao nível mundial, há estabelecimentos que têm garantido benefícios, como descontos àqueles que comprovam terem realizado a vacinação de forma correta.  

Por outro lado, segundo estimativas do Ministério da Saúde, em torno de 8,5 milhões de brasileiros não tomaram a segunda dose da vacina, o que dificulta a imunização coletiva e mantém o risco de contaminação. O ideal, contudo, é que no atual estágio seja preservado também o uso de máscaras. A polêmica se estende também a ramos como o Direito do Trabalho, sobre a possibilidade ou não de demissão por justa causa ao empregado que se nega a fazer a vacina. 

2) Qual a importância, benefícios e possíveis contrapontos a esse tipo de medida? 

A importância do passaporte da vacina é que ele funciona como um estímulo na busca pela vacinação, imunizando as pessoas, especialmente agora quando se pensa em se poder recompor a vida como ela era. Quanto mais pessoas imunizadas, menos chances de propagação da Covid-19. 

Embora os dados mostrem a grande eficácia da vacinação, existem pessoas contrárias à mesma, pelos motivos mais variados, no que se inclui eventual receio de sequelas negativas da vacina. 

Para aqueles que não desejam se vacinar, um dos argumentos mais usados é o disposto no artigo 5º, inciso XV da CF/88, que trata do direito fundamental à liberdade de locomoção dentro do território brasileiro, o sagrado direito de ir e vir. Contudo, no Brasil, não existem direitos absolutos, os quais passam pelo crivo de um juízo de proporcionalidade.  

A vacinação, no caso, é uma forma de preservar a vida, e algo focado no sujeito e no coletivo. E, para participar deste coletivo, há que se adotar medidas que preservem a vida de todos. 

Drive-Thru, vacinação, Covid-19

Foto: Cristine Rochol/PMPA

3) Existem ações que podem complementar essa medida ou alternativas ao passaporte da vacina? 

Para complementar, há que se manter o uso da mascará, assim indicado pela classe médica. No caso da Covid-19, não há remédio milagroso, nem vacina eficiente por completo. São estruturas agregadas de cuidados sanitários que, somadas, vão controlar a dissipação do vírus. Mesmo pessoas vacinadas tiveram registro de óbito, o que mostra que não serve como medida isolada. 

4) Como o Brasil está em relação a outros países nessa questão? 

Estados e municípios têm realizado movimentação parlamentar para aprovar o passaporte da vacina, dispondo quando ele será obrigatório, ou facultativo, acerca de evento e estabelecimentos. 

No mundo, países como Itália, Portugal, França, Israel, Japão e Dinamarca já adotaram o passaporte, o que, a meu ver, serve para mostrar que o Brasil está agindo bem ao cobrar o referido passaporte. 

5) O passaporte da vacina pode se tornar algo permanente? 

Vai depender da permanência da Covid-19 entre nós. A meu ver, foi uma doença repentina, de grande potencial de contaminação, com um poder lesivo bastante elevado, especialmente por, ao afetar vários sujeitos ao mesmo tempo, levar a óbito milhares deles em face da falta de tratamento, diante de hospitais superlotados. 

O coronavírus sofre contínuas alterações, gerando novas cepas, e isso será uma constante preocupação mundial que deve perdurar alguns anos, até se ter melhores informações de combate eficaz ao mesmo. 

Leia também: Entenda como funciona a produção de uma vacina em 5 passos 

Ar de Arte: projeto conecta pacientes em recuperação a artistas locais - Apresentações ao vivo de diferentes estilos musicais promovem o bem-estar de pessoas internadas no Hospital São Lucas da PUCRS e fomentam o mercado cultural

Rosana Hammarströn comenta que o projeto trouxe mais diversão para o seu dia a dia / Foto: Lucas Vilella

A arte está sempre presente nos mais diferentes aspectos da nossa vida, seja nos grafites nos muros da cidade, seja na música de fundo no supermercado ou até mesmo nos poemas escritos nas ruas. Muitas vezes, estamos tão habituados com a arte que ela passa despercebida. Da mesma maneira acontece com a respiração. É por isso que um projeto que vem acontecendo na Universidade recebeu o nome Ar de Arte. Ele busca lembrar que a arte é tão essencial quanto o ar para viver. 

A iniciativa é de professores e estudantes das Escolas de Medicina, Humanidades e integra as ações do projeto do CNPq Leitura, arte e prazer em espaços do Hospital São Lucas da PUCRS, e além disso, conta com o apoio da equipe do Instituto de Cultura da Universidade. Até o momento, a ação que planeja focar nos momentos em que a arte entra na vida das pessoas atenuando situações que muitas vezes parecem fora de controle – como doenças que surgem de forma inesperada -, já beneficiou pacientes das áreas da Oncologia, da Psiquiatria e da Hemodiálise do HSL.  

Além de promover o bem-estar, o entretenimento e uma recuperação mais tranquila, o projeto também valoriza a indústria cultural local, uma das áreas mais afetadas pela crise e pela instabilidade que se intensificaram na pandemia de Covid-19. O grupo de artistas que participa, com músicos de diferentes estilos, recebe um cachê para cada apresentação, que acontece semanalmente. Ou seja, todos interagem e se beneficiam. 15 tablets, pelos quais são transmitidas apresentações ao vivo por meio de videochamadas, também ficam à disposição para o acesso de playlists no YouTube com um vasto acervo que reúne vídeos de música, artes visuais, dança, curtas metragens e conversas.  

“A gente pensa mais na vida. A música traz muitas lembranças”, conta Flávia de Oliveira, uma paciente. “Traz alegria e ameniza o sofrimento. É uma forma muito gostosa de passar o tempo”, complementa Rosana Hammarströn, outra paciente. 

Um processo de resgate da identidade 

Ar de Arte: projeto conecta pacientes em recuperação a artistas locais - Apresentações ao vivo de diferentes estilos musicais promovem o bem-estar de pessoas internadas no Hospital São Lucas da PUCRS e fomentam o mercado cultural

Paciente Flávia de Oliveira aprova a ação cultural / Foto: Lucas Vilella

Isabela Bitencourt, aluna do curso de Medicina e participante do projeto, conta que teve uma das suas experiências de vida mais emocionantes. “Foi com uma paciente da UTI que eu acompanho. É um caso muito grave, ela usa máscara de oxigênio, está com hipoglicemia e mesmo com toda a fragilidade do quadro de saúde, em uma das lives, ela teve forças para conseguir cantar junto com a cantora e pedir músicas”, conta. 

Ela complementa que a paciente também se emocionou bastante e “conseguiu se reconectar com quem ela era antes de tudo isso, antes da doença. Esse resgate da dignidade é fundamental para o processo de cura ou de tratamento”. 

Entre os depoimentos, algumas das frases mais comuns são “assim me divirto um pouco, gosto de ver vocês”, “estou pronto para mais uma”, “hoje vou pedir música” e “legal, é rock do meu tempo”, conta Ivan Antonello, médico nefrologista no HSL, sobre as manifestações de pacientes que fazem uma ruptura no seu dia comum de diálise, presos às linhas de uma máquina: 

“Surpresos, recebem fones de ouvido e são embalados pela imagem e o som de um músico movimentando-se na telinha do computador. Lembram momentos bons de quando a música e a saúde eram parceiras. Percebem que também podem ser protagonistas ao escolherem a canção. E nós, acadêmicos, enfermagem e médicos nos alegramos com a alegria deles”.

Essa aproximação com pacientes também é uma oportunidade para a formação de estudantes: “Eles aprendem a escutar com mais atenção e nós sabemos que a doença não é tudo que o paciente traz consigo quando interna. Eles carregam sofrimentos que são particulares, individuais e têm causas próprias”, reforça. 

A cultura é o cultivo da vida 

Ar de Arte: projeto conecta pacientes em recuperação a artistas locais - Apresentações ao vivo de diferentes estilos musicais promovem o bem-estar de pessoas internadas no Hospital São Lucas da PUCRS e fomentam o mercado cultural

Ar de Arte leva mais cultura para pacientes do HSL / Foto: Lucas Vilella

Levar a arte para que as pessoas possam respirar e ter um pouco mais de paz em um momento tão difícil. Esse é um dos objetivos do projeto, afirma Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da PUCRS. “Ele nasce da convicção de que a arte é, acima de tudo, uma forma de resistência e reexistência. A cultura é uma forma de nos humanizar, mas também de fortalecer em muitos momentos”, destaca. 

Já para Diego Lopes, um dos músicos da iniciativa, a sua participação é uma forma de devolver o bem que a música o faz. “Em cada época da minha vida eu tenho uma memória afetiva com grandes canções e isso faz parte da minha formação. Poder dividir essas memórias é uma satisfação pessoal muito grande”, reforça.  

Saiba mais sobre o projeto e conheça a equipe.  

LabMed

Espaço representa um momento de atualização e cooperação para a Escola./Foto: Camila Cunha

O lançamento do novo Laboratório de Pesquisa (LabPesq) da Escola de Medicina (EsMed), realizado na última quarta-feira, 18 de agosto, teve importância significativa para a Universidade. A inauguração contou com a presença do reitor Irmão Evilázio Teixeirado vice-reitor Irmão Manuir Mentges e do professor Leonardo Araújo Pinto, decano da EsMed; além de outras lideranças da Universidade e professores da Escola. 

Localizado no oitavo andar do Prédio 12A, o espaço representa um momento de atualização e cooperação para a Escola, principalmente nesta fase em que passa a atuar no Campus Central da PUCRS (anteriormente integrava o Hospital São Lucas – HSL).  

“Uma estrutura como este laboratório só faz sentido se usada como ambiente educativo para além do instrumental, ou seja, um lugar de convívio, presença, aprendizagem coletiva, ética do cuidado com o outro”, afirma Irmão Evilázio.  

Segundo o professor Leonardo, uma característica importante laboratório é a amplitude do espaço e o fato de ser integrado e colaborativo, possibilitando interação dos diversos grupos de pesquisa. “Esperamos oportunizar e colaborar com produtividade da EsMed a partir das possibilidades de integração. A atuação da Escola, com seus laboratórios de simulação (LabSim) e habilidades (LabHab), tem impulsionado o crescimento do curso de Medicina nas áreas de simulação e treinamento de habilidades médicas”, pontua o decano 

De acordo com a coordenadora do laboratório, Bartira Ercília Pinheiro da Costa, o LabPesq será utilizado, inicialmente, por professores pesquisadores e alunos vinculados a docentes que desenvolvem algum projeto de pesquisa. “A ideia é que não haja ociosidade no laboratório. Enquanto houver equipamento livre, bancada livre e professores interessados em usufruir, o espaço será utilizado – desde que respeitadas as boas práticas, preconizadas pela PUCRS, afirma.  

LabMed

Escola de Medicina tem meio século de história./Foto: Camila Cunha

Uma trajetória marcada por excelência, inovação e prestação de serviço à comunidade 

Com 50 anos de história, a Escola de Medicina vem se reinventando ano após ano. Durante sua trajetóriase destacam o ensino de excelênciaa pesquisa, a inovação e os serviços prestados à saúde da populaçãoseja profissionalizando médicos qualificados ou entregando produtos planejados e desenvolvidos dentro de seus laboratórios e programas de pós-graduação. 

Para Leonardo, a produção científica da Escola de Medicina sempre foi muito estimulada por seus laboratórios e pelos estudos clínicos realizados no HSL, mas também afastava as possibilidades de integração da EsMed com as outras escolas e laboratórios da PUCRS. 

Agora, pretendemos impulsionar a produção científica e a interação com outras escolas e laboratórios da Universidade. É importante salientar as possibilidades de intercâmbio e cooperação com a Escola de Ciências da Saúde e da Vida, com vários laboratórios vizinhos; com a Escola Politécnica, que também conta com laboratórios próximos; e especialmente com o BioHub, no Hub de Inovação da área da saúde localizado no TecnoPUC, ressalta o decano. 

Quem poderá utilizar o laboratório? 

Inicialmente, serão quatro grupos de pesquisa imediatamente integrados ao LabPesq da Escola de Medicina. Confira abaixo:  

Leia também: Vida pós-pandemia: reflexões sobre a saúde pública e o bem-estar mental 

Programa Saúde e Bem-Estar, Saber

O Programa Saúde e Bem-Estar (Saber), promovido pela Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, está com inscrições abertas até o dia 23 de agosto para diferentes turmas, com vagas limitadas. O Saber é destinado a prática de atividades físicas e oferece acompanhamento gratuito de profissionais. As aulas são realizadas no Parque Esportivo da PUCRS, contando com toda infraestrutura da Universidade e seguindo todos os protocolos de segurança para prevenção da Covid-19. Interessados/as podem realizar a inscrição pelo site do Saber 

As atividades incluem a execução de exercício que buscam a coordenação motora, flexibilidade, resistência, força e elasticidade enquanto ampliam a autonomia e confiança. “No Saber, a aptidão física está voltada às questões de saúde e qualidade de vida, portanto, o desenvolvimento de habilidades físicas e motoras poderá atuar na prevenção de doenças e na manutenção de um estilo de vida ativo em públicos de todas as idades”, destaca a professora Michelle Guiramand, coordenadora do Programa. 

A professora ainda ressalta a importância da prática de atividades físicas no contexto pandêmico, em que o isolamento social vivido pela sociedade há mais de um ano gerou perdas não só físicas, mas também emocionais.  

“O retorno a uma prática de atividades físicas poderá contribuir na socialização, fazendo com que gradualmente haja um reestabelecimento das relações interpessoais e do convívio social, o que poderá atuar de forma significativa nas questões emocionais”, aponta Michelle. 

Podem participar crianças (de 6 a 11 anos), adolescentes e adultos jovens (de 12 aos 25 anos), adultos (de 26 aos 60 anos) e idosos (a partir de 61 anos). A inscrição de menores de idade deve ser feita pelo/a responsável. Os participantes receberão acompanhamento duas vezes por semana ao longo do semestre, com início das atividades no dia 23 de agosto. 

Confira as turmas: 

Mais informações sobre as inscrições podem ser consultadas no Centro de Educação Continuada da PUCRS (Educon), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na sala 201 do Prédio 40 do Campus ou pelo telefone (51) 3320-3727. 

Sobre o Programa Saber 

Iniciado em 2018, Programa Saúde e Bem-Estar (Saber) orienta crianças, adolescentes, adultos e idosos na busca de uma vida mais saudável e ativa. A iniciativa acontece semestralmente, com vagas limitadas, e oferece aos participantes a oportunidade de praticarem exercícios de forma correta, desenvolvendo atividades motoras não convencionais que desenvolvem a dominação do corpo. 

As atividades são orientadas por professores/as e estagiários/as do curso de Educação Física da Escola de Ciência da Saúde e da Vida da PUCRS. 

Inscreva-se no Programa Saber

Covid-19, coronavírus,

Principais implicações negativas da pandemia em adultos incluem o aumento de sintomas de fadiga / Foto: Tima Miroshnichenko/Pexels

Refletir sobre os impactos da pandemia de Covid-19 na sociedade e a repercussão dessas transformações nos próximos anos é o objetivo da série Vida pós-pandemia. Na última semana, pesquisadores da Universidade lançaram um olhar sobre as implicações da crise sanitária na comunicação e nos negócios. Agora, o foco do debate é a digitalização da saúde pública e a importância da saúde mental da população. Confira! 

Saúde pública cada vez mais digital 

Na medicina, a pandemia acentuou as tensões entre o profissionalismo médico e o bem-estar dos profissionais da saúde. Para os professores Alexandre Padoin e Thiago Viola, da Escola de Medicina, o contexto atípico impôs demandas fundamentais e obrigatórias em sistemas de saúde já sobrecarregados (sobretudo com falta de recursos materiais, de insumos e de mão-de-obra), testou médicos e profissionais de saúde até os limites da competência profissional e causou um impacto considerável na saúde e bem-estar físico e mental de cada um. 

Frente às medidas de distanciamento, uma série de especialidades precisaram se adaptar rapidamente à telemedicina (atendimento médico online). A modalidade expandiu o desenvolvimento tecnológico de comunicação, diagnóstico e tratamento dos pacientes, possibilitando, inclusive, que o ensino da medicina e o treinamento de profissionais ocorressem a distância.  

Leia também: Docentes da PUCRS integram projeto de atenção à saúde mental por teleatendimento 

“Para o futuro há uma necessidade de combinação de trabalho em equipe aprimorado, redução de encargos administrativos, preparação otimizada organizacional e cada vez mais ênfase no desenvolvimento científico e tecnológico”, aponta Alexandre Padoin. 

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Embora desconfortáveis, o medo e a insegurança ajudam as pessoas a estarem alerta para o risco que permanece / Foto: Pexels

Para além do tempo recorde no desenvolvimento de vacinas de RNA mensageiro, os pesquisadores também salientam o avanço dos algoritmos de inteligência artificial, capazes de identificar e rastrear a disseminação do novo coronavírus, predizendo locais geográficos de alto risco. Nesse sentido, segundo Thiago Viola, “o futuro da saúde pública tende a se tornar cada vez mais digital, incluindo o alinhamento de estratégias internacionais para a regulamentação, avaliação e uso de tecnologias digitais para fortalecer a gestão de crises futuras”.  

Sobre os impactos da Covid-19 na saúde da população, os professores destacam que as principais implicações negativas em adultos incluem o aumento de sintomas de fadiga crônica, sofrimento psicológico, problemas de sono, sintomas de depressão e ansiedade. É importante considerar também que pesquisas apontam que os fatores de risco para os sintomas acima são “ser do sexo feminino, apresentar preocupações com a família, medo de infecção, contato próximo com a Covid-19, sentimento de luto e/ou ter sofrido algum impacto socioeconômico familiar, como perda de emprego. 

Em relação ao comportamento da sociedade sobre a saúde pública, os pesquisadores Alexandre e Thiago afirmam que alguns laboratórios de pesquisa já estão mapeando o que foi mais efetivo em termos de cuidados sanitários, visando a futura prevenção.  

“A construção de sociedades resilientes deve incluir a mudança comportamental de toda a população, bem como a redução das desigualdades socioeconômicas. A incorporação de comportamentos nas sociedades requer mudanças nos ambientes físicos e sociais, como a promoção de locais de trabalho seguros e normas sobre condutas de higiene. Estes espaços precisam ser sustentados pela ativação da comunidade, regulamentação da organização e legislação nacional”, ressaltam. 

Tempo para curar 

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A pandemia acentuou as tensões entre o profissionalismo / Foto: Tima Miroshnichenko/Pexels

Manoela Ziebell de Oliveira, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, afirma que diante da realidade de outros países já é esperada a necessidade de um período de adaptação no retorno às atividades presenciais. Para ela “algumas pessoas voltarão com medo e com mais dificuldade de interação. Por isso, precisaremos nos adaptar assim como no início da pandemia, quando adotamos as medidas de isolamento”. 

Sobre os impactos da pandemia na saúde mental da população, a professora destaca uma série de efeitos. O medo da contaminação, a ansiedade com relação ao desempenho nos múltiplos papéis que as pessoas tiveram que conciliar (como trabalhar, cuidar de casa, auxiliar os filhos com ensino remoto, entre outros), o aumento nos níveis de depressão e ansiedade, além do aumento da violência doméstica e suas consequências, são alguns deles. Além disso, aumentaram as incertezas relacionadas ao futuro – seja no âmbito profissional, econômico ou de saúde – especialmente entre as pessoas que se encontravam em situações mais vulneráveis antes da pandemia.  

Mesmo entre pessoas percebidas como saudáveis, observaram-se sintomas de definhamento (sensação de estagnação, vazio, abatimento) após tantos meses de isolamento. Para driblar medos e inseguranças, Manoela alerta para a importância de manter os cuidados como o uso de máscara e de álcool em gel, e evitar as aglomerações. 

“Uma dica também é a prática de mindfulness (exercício de atenção plena no momento presente), para aqueles com dificuldade de concentração ou ansiedade. Também será preciso renegociar limites e tarefas do dia a dia conforme uma maior presencialidade vai sendo inserida na rotina. Além disso, é muito importante buscar ajuda quando a ansiedade ou sentimentos negativos se tornam muito fortes”, completa.  

Embora desconfortáveis, o medo e a insegurança ajudam as pessoas a estarem alerta para o risco que permanece. Buscar conforto e diálogo com pessoas próximas e queridas pode ajudar a lidar com os sentimentos negativos; e manter os níveis de atenção e dedicação na realização das tarefas pode contribuir com a sensação de êxito e autonomia.  

Essas ações não irão eliminar o medo, mas certamente serão úteis para a adaptação durante o retorno das atividades presenciais. “Ainda temos um caminho a ser percorrido e cada um tem um importante papel de manter os cuidados e proteger a si e aos demais”, finaliza. 

Leia também: Vida pós-pandemia: um olhar sobre comunicação, tecnologia e negócios 

5 motivos para conhecer a academia do Parque Esportivo da PUCRS - Com estrutura completa e experiência personalizada e inteligente, espaço é aberto para toda a comunidade e oferece diferentes opções de planos

Treine com o acompanhamento de 22 instrutores e instrutoras / Foto: Camila Cunha

“Um estado de completo bem-estar físico, mental e social”. Essa é a definição de saúde para a Organização Mundial da Saúde (OMS). Um dos pilares para atingir esse equilíbrio do corpo e da mente é o movimento, já que a prática de atividades físicas contribui para uma vida mais saudável e para o aumento do bem-estar. Não por acaso o Parque Esportivo da PUCRS – que passou por um momento de reinvenção para motivar toda a sociedade a não só viver mais, mas também viver bem – integra o Campus da Saúde. 

Um dos espaços do Parque que foi atualizado e está aberto ao público com protocolos rígidos de segurança que o contexto de pandemia exige é a academia. Estruturada com a tecnologia Technogym, referência mundial na área, é agora uma das mais completas da América Latina. Se você está pensando em adotar um estilo de vida mais saudável, confira 5 motivos para conhecer a academia da PUCRS e comece o aquecimento! 

1. Estrutura completa 

Localizada no sexto andar do prédio poliesportivo (81 do Campus da Saúde), a academia conta com mais de 2,2 mil metros quadrados totalmente dedicados à prática de exercícios. A estrutura conta com mais de 350 aparelhos e recursos materiais, quatro salas e diversas opções de aulas e circuitos. 

2. Uma experiência gamificada e inteligente 

A academia oferece uma experiência inteligente e personalizada inédita em Porto Alegre. É possível acessar plataformas como Netflix e YouTube em telas interativas, além de imagens simuladas para sentir que está praticando exercícios em qualquer lugar do mundo. 

5 motivos para conhecer a academia do Parque Esportivo da PUCRS - Com estrutura completa e experiência personalizada e inteligente, espaço é aberto para toda a comunidade e oferece diferentes opções de planos

Transforme a hora do treino em uma jornada conectada / Foto: Camila Cunha

Isso cria um ambiente divertido e desafiador. Além disso, os equipamentos utilizados para treino de força são conectados e possibilitam interação com o aplicativo da Technogym. Esse ecossistema integrado permite transformar a hora do treino em uma jornada conectada, harmoniosa, gamificada e inteligente. 

3. Modalidades que atendem a todos os gostos 

Além da prática de musculação nos equipamentos de força da academia, são oferecidas diversas outras modalidades de atividades físicas que agradam a todas as preferências. Treinos aeróbios em esteiras interativas, treinamento funcional na área de treino integrado e em pequenos grupos, treino em circuito com Bioircuit (alta tecnologia disponível para este método) pilates em estúdio e aulas coletivas como HIIT e Yoga são algumas das opções. 

4. Conte com instrutores capacitados 

Essencial para a prática de exercícios com segurança é o acompanhamento profissional. A academia da PUCRS conta com 22 instrutores capacitados para atender e proporcionar a melhor experiência. Colocando o cuidado acima de tudo, é oferecida uma experiência única e qualificada através da interação entre objetivos, necessidades e recursos técnicos disponíveis. 

5. Um espaço aberto para toda a comunidade 

5 motivos para conhecer a academia do Parque Esportivo da PUCRS - Com estrutura completa e experiência personalizada e inteligente, espaço é aberto para toda a comunidade e oferece diferentes opções de planos

Estrutura da academia do Parque Esportivo da PUCRS conta com mais de 350 aparelhos e recursos materiais / Foto: Camila Cunha

Para praticar exercícios na academia da PUCRS não é preciso ter nenhum vínculo com a Universidade: o espaço é aberto para todos que tenham interesse em se exercitar e cuidar da saúde. Para quem integram a comunidade PUCRS, há benefícios como valores diferenciados. 

Dica bônus: opções de planos que se encaixam na sua realidade 

A academia está com novas opções de planos com até 30% de desconto, além do estacionamento gratuito para todos que treinam no espaço. Informações sobre planos e valores podem ser obtidas pelo WhatsApp (51) 98428-8317. 

Ficou com vontade de conhecer a academia da PUCRS? Agende uma visita pelo e-mail parqueesportivo@pucrs.br ou pelos telefones (51) 3320-3622 e (51) 3320-3910. Não deixe de acompanhar também as novidades nas redes sociais (Facebook e Instagram). 

Leia também: Cuidado por inteiro: conheça as novidades do Parque Esportivo 

Participe da live da Unati e saiba como garantir um envelhecimento saudável

Foto: Pexels

Ter uma alimentação inadequada ao longo da vida pode ocasionar problemas de saúde que repercutem no processo de envelhecimento. Da mesma forma, com os cuidados certos, é possível promover a qualidade de vida e atingir a longevidade de forma saudável. Para isso, confira as orientações das nutricionistas Carolina Böettge e Renata Martins, professoras convidadas da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati). 

No dia 28 de julho, às 15h, a Unati promove a live gratuita Nutrição e envelhecimento saudável, com ambas as profissionais, transmitida pelo canal da PUCRS no YouTube. Ative o sininho para receber o lembrete do evento! 

Carolina e Renata explicam que é possível atenuar os efeitos do avanço da idade. Para isso, é preciso modificar não só a alimentação, mas também adotar um estilo de vida mais saudável, como a prática de atividades físicas e mentais, além do bom convívio social. Conheça os principais aspectos e mitos sobre o tema: 

Alimentação no envelhecimento 

A má alimentação pode causar danos tanto por déficit, quanto por excesso. A escassez de nutrientes contribui para a desnutrição, um distúrbio nutricional observado em idosos/as e que está associado à perda da capacidade funcional, ao comprometimento da função muscular, à diminuição da massa óssea, à disfunção imune, além do aumento do período e da frequência de internações hospitalares e da mortalidade. 

Já o excesso, principalmente de alimentos industrializados, ricos em sal, açúcares e gorduras, pode causar o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dentre elas, a obesidade, o diabetes, a dislipidemia (níveis elevados de gordura no sangue), a hipertensão e as doenças cardiovasculares. 

As DCNT são comuns no envelhecimento, elas tendem a se agravar quando ocorrem em conjunto e estão vinculadas a implicações clínicas, como o declínio funcional do idoso, agravando suas limitações e se associando à perda de independência e de autonomia, o que contribui para a síndrome da fragilidade. 

Mitos sobre alimentação 

Foto: Pexels

É comum se deparar com propagandas e “conteúdos” que atribuem efeitos milagrosos a alimentos e nutrientes. Porém, na grande maioria dos casos, não há evidências científicas que os comprovem. Geralmente são promessas de tratamentos e até de cura para as DCNT ou de combate ao envelhecimento.  

Esses mitos surgem de repente e, na maioria das vezes, têm a função de compensar os maus hábitos alimentares, provocando falsas expectativas em consumidores/as.   

O envelhecimento é um processo inerente ao ser humano, que pode ser saudável ou patológico, de acordo com as escolhas ao longo da vida. Ou seja, não há como evitar esse processo, mas é possível envelhecer com qualidade. 

Aprenda a usar os alimentos a favor da sua saúde 

Para usar os alimentos ao seu favor e atingir a longevidade com saúde é importante dar preferência a produtos in natura e/ou minimamente processados, se hidratar, consumir fibras e ter variedade alimentar. Também é indicado evitar o excesso de carboidratos refinados (como o açúcar branco), industrializados com altos teores de sal, conservantes, aromatizantes e produtos fora da época de consumo (que podem conter mais agrotóxicos para sua produção). 

Uma dieta saudável deve ser equilibrada e variada, de preferência personalizada e acompanhada por profissionais da área de Nutrição. 

Quer aprender ainda mais sobre como incluir hábitos alimentares saudáveis na sua rotina para envelhecer bem? Participe da live Nutrição e envelhecimento saudável, no dia 28 de julho, às 15h, pelo canal da PUCRS no Youtube. 

Foto: Pixabay

Um estudo recente publicado pela PUCRS, UFRGS e UFCSPA, em parceria com a Secretaria de Saúde de Porto Alegre (SMS), mostrou que as medidas não farmacológicas durante a pandemia diminuíram drasticamente o número de hospitalizações por doenças respiratórias em crianças de zero a 18 anos na Capital.  

De 2018 a 2020, foram 10.109 admissões hospitalares devido às causas respiratórias. Ao compararmos os anos de 2018 e 2019 com 2020, o percentual de redução das hospitalizações por bronquiolites foi superior a 90%, asma a 60%, pneumonias 80%. Além disso, o custo do sistema público, devido às internações por doenças respiratórias em crianças, reduziu em 70%. Os resultados foram publicados na revista Paediatric Respiratory Reviews. 

Redução também foi significativa a nível nacional 

O impacto do distanciamento social na saúde respiratória das crianças também foi tema do artigo publicado pelo professor Leonardo Pinto, em que a nível nacional também mostrou uma grande redução nas hospitalizações de crianças com bronquiolite. Publicado na revista Clinical Infectious Diseasesos resultados mostraram uma redução significativa das internações (menos 70%) por bronquiolite aguda em crianças com menos de 1 ano no Brasil. De acordo com o pesquisador, os resultados podem orientar estratégias de prevenção da disseminação viral. 

Segundo a professora da Escola de Medicina da PUCRS Rita Mattiello, as medidas de prevenção como uso de máscara, particularmente quando a pessoa apresenta sintomas respiratórios, lavagem das mãos frequente e de forma adequada e uma melhor ventilação dos ambientes podem contribuir de forma importante com a diminuição das hospitalizações de crianças devido a problemas respiratórios.

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Estudantes no Living 360º, prédio 15 do Campus (2019) / Foto: Camila Cunha

Dispositivos como os smartphones se tornaram cada vez mais integrados à vida da maioria das pessoas. São diversas funcionalidades que auxiliam na realização de tarefas do dia a dia, na comunicação e na organização, por exemplo. Segundo o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), 58% da população brasileira acessava à internet exclusivamente por meio do celular em 2019. 

A combinação entre internet e mobilidade gerou um novo contexto comunicativo, que pode ser batizado como “A era dos smartphones”, segundo Amanda Borges Fortes, mestre em Psicologia, e Carolina Lisboa, professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida. Uma recente pesquisa realizada por Amanda, sob a orientação de Carolina, mostrou que o bem-estar e a regulação emocional podem estar relacionados com a utilização de smartphones de forma controlada. 

Porém, a literatura especializada também aponta prejuízos à saúde mental causados pelo  uso excessivo do celular, além de impactar no cotidiano, ao tirar o tempo para outras atividades, afetar os relacionamentos, aumentar a ansiedade e o estresse, provocar insônia, etc. Mesmo assim, Amanda destaca que a maior influência vem da parte emocional das pessoas: 

“Não necessariamente o tempo que as pessoas ficam utilizando os celulares é prejudicial para a saúde mental, mas sim os diferentes tipos de uso”. 

Para auxiliar que as pessoas saibam como utilizar os dispositivos de forma apropriada, aumentando a sensação de felicidade, a socialização e evitando danos à saúde, as pesquisadoras prepararam algumas orientações úteis sobre o que a ciência diz à respeito do tema. E uma boa notícia: não há contraindicações, pode ler pelo celular! 

1. O problema não é o “quanto”, mas sim o “para quê”

O impacto que os smartphones causam na saúde mental vai depender do tipo de uso. O problema aqui não é somente “o quanto” se usa, mas sim “para quê” (motivação). O dispositivo pode ser usado de forma a promover a qualidade de vida e a saúde, por exemplo para auxiliar no controle de hábitos, como no incentivo à prática de atividades físicas e técnicas de relaxamento. 

2. Estabelecendo momentos para o uso do celular

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Uso do celular também pode ter aspectos positivos / Foto: Camila Cunha

O ideal é não recorrer aos celulares a qualquer instante: “Precisamos entender que o momento em que usamos o smartphones também vai representar um uso saudável ou não”, explica Amanda. Por exemplo, em um almoço em família, em que todos estão reunidos à mesa, não é adequado usar o celular para fins de trabalho ou até mesmo para se conectar com algum amigo que está longe. 

“Devemos sempre nos remeter a um famoso paradoxo referente às pessoas estarem fisicamente presentes, mas ausentes devido ao uso dos smartphones”, relembra Carolina. Para um uso saudável, cuide também o momento em que irá usar os smartphones. O tempo de uso pode ser um dos maiores fatores de risco e precisa de ainda mais atenção no momento em que muitas pessoas estão trabalhando e estudando a distância. 

“Qual seria o tempo adequado? Não sabemos. Mas as pessoas podem se questionar quanto tempo estão dedicando a cada uma das suas atividades de sua vida e, se esse comparativo não for equilibrado, temos um problema”, reforça Amanda.

3. Compartilhando o uso

Se uso do celular for necessário, como muitas vezes a presença das pessoas é exigida, compartilhe o uso que irá fazer. “Me desculpem, vou precisar atender esta ligação”, “olhem que legal esse vídeo que eu assisti”, ou “estou apenas combinando isso com o meu colega, em seguida largarei o celular”. Dependendo do contexto e do momento, é interessante que você possa falar sobre o uso que está fazendo para que a pessoa que está com você não se sinta ignorada ou desrespeitada. 

4. Evite o uso automático

Isso acontece quando não se tem um objetivo evidente e específico para usar o smartphone, percebendo certa perda de controle com relação a essa tecnologia. É o chamado uso “passivo”. Dessa forma, acaba não se percebendo a passagem do tempo e coisas importantes são deixadas de lado (seja conversar com sua família, trabalhar, estudar ou até mesmo dormir e descansar). 

Geralmente, o uso automático é acionado para driblar alguma emoção negativa (tédio, tristeza, frustração) ou até mesmo alguma situação difícil (solidão, desconforto em conversas difíceis, etc). A maneira como as pessoas lidam com as suas emoções pode influenciar na forma de usar a tecnologia. 

5. Precisa ser agora?

Antes de pegar o seu smartphone, faça-se três perguntas: “por quê?”, “para quê?” e “precisa ser agora?”. Ao responder, certamente as funcionalidades disponíveis serão aproveitadas de formas melhores. 

Portanto, o desafio é fazer um uso controlado da tecnologia, já que os smartphones estarão cada vez mais presentes no dia a dia da população. Aceitar isso e entender quais as formas de usá-los sem ter prejuízos é uma tarefa fundamental dos dias atuais. “A tecnologia deve ser usada ao nosso favor. A gente no controle e não com as tecnologias nos controlando”, pontua Carolina. 

Ambas as pesquisadoras integram o Grupo de Pesquisa Relações Interpessoais e Violência – Contextos Clínicos, Sociais, Educativos e Virtuais (Rivi), onde o estudo foi desenvolvido.