SAPP

Momento simbólico da inauguração da nova ambiência do SAPP. / Foto: Diego Furtado

Na última semana, o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia da PUCRS (SAPP) celebrou a reformulação do seu espaço físico, que agora conta com um ambiente mais acolhedor para receber os/as usuários/as do serviço. Localizado no segundo andar do Prédio 11, o SAPP abrange práticas disciplinares de psicopatologia, avaliação psicológica e estágios supervisionados para estudantes do curso de Psicologia. O serviço, que existe há 49 anos, tem contribuído ativamente com atendimentos à comunidade acadêmica e ao público residente em Porto Alegre. 

Junto à inauguração, também houve a comemoração antecipada dos 70 anos do curso de Psicologia da PUCRS e dos 50 anos do SAPP, que serão celebrados em 2024. O evento reuniu estagiários e colaboradores do Serviço, além da pró-reitora de Graduação e Educação Continuada, Adriana Kampff, do diretor de Graduação, Denizar Melo, da decana da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, professora Andrea Bandeira; da coordenadora do curso de Psicologia, professora Tatiana Baierle, da coordenadora do SAPP, professora Roberta Fin Motta e da artista plástica e arquiteta, Suyê Zucchetti, responsável pela pintura realizada no interior do local. 

As contribuições do Serviço iniciaram em parceria com Serviço de Assistência Jurídica Gratuita da Faculdade de Direito (SAJUG), e depois passou a atender toda a comunidade de Porto Alegre. Segundo a coordenadora Roberta Finn, o SAPP tem o objetivo de desenvolver habilidades e competências dos/as estudantes por meio da integração entre teoria e prática, a partir do compromisso ético e social.  

“Para a comunidade, o SAPP oferece serviços de atendimento em diversas áreas da Psicologia, que podem ser desenvolvidos em ambiente interno ou externo e são realizados pelos/as estudantes das práticas e estagiários/as. Uma das nossas maiores conquistas é o reconhecimento como espaço de formação de gerações de psicólogos e psicólogas e a referência em atendimento psicológico a população de Porto Alegre de múltiplas maneiras”, destaca.  

50 anos de acolhimento à comunidade 

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Foto: Diego Furtado

Durante quase meio século de atuação, o SAPP consolidou a sua relevância tanto para os/as estudantes como para o público atendido diariamente. Somente em 2022, foram realizados 4.070 atendimentos e, neste ano, de janeiro até maio, o espaço já soma mais de 2.500. Atualmente, o serviço de acolhimento é responsabilidade de 11 psicólogos/as supervisores/as e 90 estagiários/as.  

Conforme a professora Roberta, é fundamental que os/as profissionais da psicologia revisitem todas as esferas da vida para que se possa fortalecer discussões científicas, profissionais e acadêmicas, desenvolvendo uma atuação profissional comprometida com a construção de condições de vida dignas. 

“No SAPP temos uma comunidade universitária engajada em prol de uma psicologia plural, democrática, antirracista e pautada pelo compromisso ético-político. Assim, podemos dizer com segurança que o SAPP existe e permanece como uma referência na formação de psicólogas e psicólogos, pelo envolvimento de todos. Estar à frente deste Serviço é honrar quem pensou, idealizou, implementou, construiu e fez crescer um grande projeto. Significa fazer a gestão de uma realidade que se transforma a cada semestre e a cada ano”, destaca. 

acesse a página oficial do sapp

Programa de Acolhimento Psicológico na Pandemia, SAPPA pandemia provocada pela Covid-19 tem nos exigido lidar com rápidas mudanças e sentimentos como incerteza, medo, luto e ansiedade. Diante dessa nova realidade, a atenção e o cuidado com a saúde mental se tornam ainda mais fundamentais. Para atender as demandas da população frente as dificuldades emocionais, o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP) da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS está disponibilizando atendimento online e gratuito para a comunidade. 

Coordenado pelas professoras Renata Dipp e Fernanda Moraes, o SAPP realiza em média cerca de 15 mil atendimentos presenciais por ano. Durante 2020, em decorrência da pandemia, o Serviço foi interrompido entre os meses de março e agosto, retornando com apenas 25% da capacidade para atender aos protocolos de distanciamento social. Em setembro, após liberação do Conselho Federal de Psicologia, os atendimentos realizados pelos estagiários puderam ser adaptados ao modelo online. 

“É nosso papel como universidade devolver o conhecimento científico produzido à sociedade. Estudos demonstraram que ao mesmo tempo em que as medidas de distanciamento social são fatores de proteção fundamentais, elas também evidenciam desfechos psicológicos negativos de diferentes ordens. E isso também foi vivido na prática pelos nossos núcleos de atendimento, o que naturalmente nos levou a pensar em como ampliar a nossa capacidade de serviço, que já estava restrita por conta dos necessários protocolos sanitários”, destaca Renata. 

Acolhimento durante a pandemia

O Programa de Acolhimento Psicológico na Pandemia do SAPP oferece apoio em diferentes áreas, que incluem: psicoterapia individual, de casal, familiar e de grupos temáticos; consultoria às escolas e às empresas; suporte e plantões psicológicos voltados para a comunidade escolar; orientação profissional e aconselhamento de carreira; oficinas sobre o impacto do trabalho remoto e saúde do trabalhador; intervenções psicossociais/comunitárias, dentre outras. 

O atendimento do Programa é voltado para a população de Porto Alegre e região metropolitana. As inscrições para a primeira edição podem ser realizadas a partir do dia 19 de março por meio de um formulário que deverá ser integralmente preenchido através deste link. Todos os inscritos passarão por duas entrevistas de acolhimento para posterior direcionamento do atendimento conforme a demanda identificada. A chamada para os atendimentos seguirá a ordem de inscrições no site e as atividades ocorrerão através de plataformas online.  

“O recurso de atendimentos online nos possibilitou planejar um programa emergencial para acolhimento dessas diferentes demandas decorrentes da pandemia. O Programa permitirá que a comunidade local possa usufruir dessa alternativa de apoio e, também, possibilitará que nossos estagiários atuem conectados as novas demandas técnicas, desde uma perspectiva ética” ressalta Fernanda.    

Pioneirismo e atuação constante

O curso de Psicologia da PUCRS, constituído em 1953, é o segundo do Brasil e primeiro da Região Sul. Criado em 1974 e pioneiro no Estado, o SAPP, além de ser campo de práticas supervisionadas e pesquisa, disponibiliza atendimento gratuito para a comunidade.  

O Serviço possui sete núcleos que atuam em diversas áreas:  Núcleo de Práticas, os Núcleos Clínicos (abordagens psicanalítica, sistêmica e cognitivo-comportamental), e os Núcleos Ampliados (Psicologia Escolar e Educacional, Psicologia Social e Institucional e Psicologia da Carreira e do Trabalho). O Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia da PUCRS é um dos mais procurados em Porto Alegre e conta com uma equipe de sete psicólogos/as supervisores e 96 estagiários/as.

Serviço

Programa de Acolhimento Psicológico na Pandemia

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Material se propõe a ser informativo e, ao mesmo tempo, acolhedor / Foto: Pexels

Informar e levar recomendações para a comunidade escolar sobre formas saudáveis de enfrentamento do distanciamento social é o principal objetivo de um conteúdo desenvolvido pelo Núcleo de Psicologia Escolar e Educacional da PUCRS. A equipe, que compõe o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), serviço-escola do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da Universidade, criou a Cartilha Conversando com a comunidade escolar durante o isolamento pelo Covid-19 – material que já está sendo enviado para instituições de ensino.

A ideia de produzir conteúdos para auxiliar a comunidade escolar surgiu durante uma reunião do Núcleo, formado por 18 estagiários de Psicologia que atuam em cinco escolas (sendo quatro da rede pública e uma escola social Marista). Supervisionado pela psicóloga Berenice Moura da Roza, o grupo busca auxiliar as escolas a lidar com os desafios que envolvem a educação, no âmbito da Psicologia Escolar e Educacional. Ao discutir o contexto de distanciamento social e a falta de contato com os alunos e com os demais sistemas das escolas, uma das equipes do Núcleo, formada por sete estagiários que atuam na escola parceira que compõe o Centro de Extensão Universitária Vila Fátima da PUCRS, no SAPP, refletiu sobre os possíveis impactos que a suspensão das aulas presenciais de forma abrupta poderia causar nos alunos.

Segundo Berenice, o grupo começou a pensar em uma forma de acessar a comunidade escolar nesse contexto. “Inicialmente, fomos inspirados em outros materiais e postagens em redes sociais, em que foram criados vídeos com cartazes e frases de afeto com a mensagem de #fiqueemcasa. Assim, partimos para esse projeto, em uma perspectiva de acolhimento, dentro dos pressupostos científicos que sustentam a formação em Psicologia”, conta. O vídeo foi enviado para uma das escolas de atuação dos estagiários e o retorno positivo estimulou que o projeto não parasse por aí.

Cartilha se propõe a ser informativa e acolhedora

Após o sucesso do primeiro material desenvolvido, o grupo decidiu produzir conteúdos semanais, no formato de cards informativos sobre saúde mental em tempos de crise. Conforme Berenice, a premissa foi a de que, além de informar, os materiais tivessem um caráter afetivo e acolhedor. “À medida que os estagiários enviavam suas produções para a supervisão, entendíamos ser prioritário criar um local para compilar tudo e que permitisse que trabalhássemos junto o material. Criamos, então, uma pasta, na qual começamos a contribuir virtualmente. Em algumas semanas, durante outra reunião de equipe, nasceu a cartilha”, conta.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Psicologia Escolar e Educacional, professora Renata Plácido Dipp, por conhecer a realidade das escolas atendidas, o grupo entende que elas têm um papel que vai além do ensino de conteúdos formais nas comunidades em que estão inseridas. “Elas são referências em formação e informação. Orientam sobre hábitos saudáveis, saúde emocional e sobrevivência, pois de alguma forma, auxiliam essas comunidades das mais variadas formas de (sobre)vivência em seus contextos”, aponta.

Recomendações vão desde hábitos de higiene até sugestões de brincadeiras

A ideia é que, com o intermédio das escolas, as recomendações da cartilha alcancem a comunidade de uma forma geral. Por isso, o material traz informações referentes a diversos assuntos, que incluem hábitos de higiene, dicas de saúde mental, sugestões de brincadeiras e até um passo-a-passo para meditar. “Para a manutenção da saúde física e mental, é essencial que todos possam estar alimentados, com acesso a informações confiáveis e que estabeleçam um diálogo entre os moradores da casa e seus vizinhos – sempre mantendo o distanciamento seguro”, destaca Berenice.

A questão do diálogo recebe uma atenção importante, uma vez que, segundo as gestoras do núcleo, entende-se que a possibilidade de falar e de escutar contribui para diminuir as angústias e inseguranças cotidianas: “Salientamos, também, que por vezes, essas práticas não são suficientes. Por isso, sugerimos na cartilha práticas de relaxamento, de respiração, assim como brincadeiras de fácil acesso para as crianças e seus familiares”. O material esclarece ainda que, se o sentimento de angústia e de ansiedade persistirem, a recomendação é procurar ajuda nos postos de saúde da região de moradia, “para que a pessoa possa receber o devido acolhimento e encaminhamento”, reforça Renata.

Material está disponível online

Assim que a cartilha foi concluída, começou a ser trabalhada pela equipe do Núcleo. Inicialmente, o link do material foi enviado para as coordenações das instituições, com o objetivo que fosse divulgado em suas redes sociais. “A proposta foi muito bem recebida por todos. Assim, também formalizamos que a equipe de estagiários de cada uma das escolas parceiras iria trabalhar, semanalmente, por meio de postagens nas redes sociais destas, um dos tópicos da cartilha”, conta Berenice. Conforme a supervisora, o objetivo é explorar mais os temas abordados e responder questões que possam surgir da comunidade escolar.

Agora, a intenção é divulgar a cartilha para o maior número de comunidades escolares do município. “Assim, entendemos ser possível avançarmos os muros das escolas, hoje sustentados pelo necessário contexto de isolamento social, como forma de preservação da saúde e da vida”, concluem. A cartilha está disponível no site do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul.

Clique aqui para acessar

Confira outras cartilhas desenvolvidas pela Universidade

Professores, pesquisadores e alunos da PUCRS têm se envolvido na produção de cartilhas com conteúdos relacionados ao enfrentamento da Covid-19. Saúde mental, atividades físicas e dicas para pessoas idosas são alguns dos temas desses materiais.

As cartilhas estão disponíveis neste link.

Por uma educação transformadora e inclusiva - Dia Nacional da Visibilidade Trans e os projetos realizados na PUCRS e Tecnopuc

Foto: Camila Cunha

Incluir mais pessoas da população trans no mercado de tecnologia da informação (TI), criar um ambiente seguro de acolhimento para a comunidade LGBTIQ+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexuais, queers e outros) e a revisão de estudos controversos sobre a disforia de gênero. Essas são algumas das ações envolvendo a PUCRS e o Tecnopuc na busca por uma educação transformadora e inclusiva. Apesar dos desafios, as reivindicações da comunidade trans têm ganhado cada vez mais espaço após a criação do Dia Nacional da Visibilidade Trans, em 2004.

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Serviço recebe pessoas acima de 18 anos para escuta em grupo / Foto: Camila Cunha

O Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (Sapp), da Escola de Ciências da Saúde, abriu em 2019 o seu primeiro Laboratório: Sexualidade, Gênero e Psicanálise. Coordenado pelas professoras e supervisoras de estágio Carolina de Barros Falcão e Luciana Redivo Drehmer, está recrutando interessados para seu grupo piloto. Pessoas LGBTQI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queers, intersexuais e outros) com algum sofrimento psíquico advindas da sexualidade e que tenham mais de 18 anos podem participar de um espaço de acolhimento e escuta de forma gratuita.

A pessoa passa por entrevista, quando conhece a modalidade de trabalho em grupo e a equipe clínica identifica se ela se beneficiará desse tipo de abordagem. É possível que ocorram também encaminhamentos individuais. Os atendimentos serão realizados pelos estagiários em psicologia clínica e supervisionados pelas psicólogas responsáveis. Como ocorrem na sala de espelhos, têm acompanhamento da equipe de apoio, que poderá intervir caso haja necessidade. Os pacientes serão informados de todo o processo. “Reconhecemos que esse público é maltratado em muitos lugares. Usaremos de todos os instrumentos para garantir uma escuta qualificada”, justifica Carolina. A equipe busca romper com a lógica binária da cultura patriarcal. “A ideia de que os gêneros se dividem em masculino e feminino não dá mais conta da realidade. Há tantos modos de viver”, constata Luciana.

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Equipe de professores e estudantes dedicados ao atendimento à comunidade LGBTQI+ / Foto: Camila Cunha

Para qualificar o atendimento, a equipe conta ainda com estudiosos do tema, como o professor Ângelo Brandelli Costa, coordenador do Grupo de Pesquisa Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais do Programa de Pós-Graduação e Psicologia. “Esse será um serviço pioneiro que poderá compreender as especificidades desse público.” O sofrimento, por exemplo, nem sempre pode ser reduzido a questões de sexualidade e de gênero e o contrário também acontece, adverte o professor, exigindo que esses aspectos sejam levados em conta. “Tampouco podemos negligenciar o preconceito da família, da sociedade e da própria pessoa que traz grandes repercussões na saúde mental.”

Os alunos e profissionais se prepararam para o trabalho em 2018, com estudo teórico que embasasse a atuação prática. Outra meta do grupo é produzir e disseminar conhecimento científico em Psicanálise.

Demanda

O Laboratório foi idealizado a partir do estímulo dos alunos em sala de aula e dos questionamentos teóricos a respeito das múltiplas formas de sexualidade na atualidade. A demanda por atendimentos no Sapp do público LGBTQI+ também influenciou na decisão.

Como participar dos grupos de escuta

Quando: Quartas-feiras, às 16h, com duração de uma hora e 15 minutos
Público-alvo: pessoas com 18 anos ou mais que apresentam demandas de sofrimento psíquico advindas da sexualidade LGBTQI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queers, intersexuais e outros)
Agendamentos pelo telefone: (51) 3320-3561

Entenda melhor

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Serviço recebe pessoas acima de 18 anos para escuta em grupo/Foto: Camila Cunha

Com 45 anos de tradição na assistência à comunidade, o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (Sapp), da Escola de Ciências da Saúde, abre o seu primeiro Laboratório: Sexualidade, Gênero e Psicanálise. Coordenado pelas professoras e supervisoras de estágio Carolina de Barros Falcão e Luciana Redivo Drehmer, está recrutando interessados para seu grupo piloto. Pessoas com demandas de sofrimento psíquico advindas da sexualidade LGBTQI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queers, intersexuais e outros) e que tenham mais de 18 anos podem participar de um espaço de acolhimento e escuta de forma gratuita.

A pessoa passa por entrevista, quando conhece a modalidade de trabalho em grupo e a equipe clínica identifica se ela se beneficiará desse tipo de abordagem. É possível que ocorram também encaminhamentos individuais.

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Equipe de profissionais e estagiários/Foto: Camila Cunha

Os atendimentos serão realizados pelos estagiários em psicologia clínica e supervisionados pelas psicólogas responsáveis. Como ocorrerão na sala de espelhos, terão acompanhamento da equipe de apoio, que poderá intervir caso haja necessidade. Os pacientes serão informados de todo o processo. “Reconhecemos que esse público é maltratado em muitos lugares. Usaremos de todos os instrumentos para garantir uma escuta qualificada”, justifica Carolina.

A equipe busca romper com a lógica binária da cultura patriarcal. “A ideia de que os gêneros se dividem em masculino e feminino não dá mais conta da realidade. Há tantos modos de viver”, constata Luciana.

Para qualificar o atendimento, a equipe conta ainda com estudiosos do tema, como o professor Ângelo Brandelli Costa, coordenador do Grupo de Pesquisa Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais do Programa de Pós-Graduação e Psicologia. “Esse será um serviço pioneiro que poderá compreender as especificidades desse público.” O sofrimento, por exemplo, nem sempre pode ser reduzido a questões de sexualidade e de gênero e o contrário também acontece, adverte o professor, exigindo que esses aspectos sejam levados em conta. “Tampouco podemos negligenciar o preconceito da família, da sociedade e da própria pessoa que traz grandes repercussões na saúde mental.”

Os alunos e profissionais se prepararam para o trabalho no segundo semestre de 2018, com estudo teórico que embasasse a atuação prática. Outra meta do grupo é produzir e disseminar conhecimento científico em Psicanálise.

Demanda

O Laboratório foi idealizado a partir do estímulo dos alunos em sala de aula e dos questionamentos teóricos a respeito das múltiplas formas de sexualidade na atualidade. A demanda por atendimentos no Sapp do público LGBTQI+ também influenciou na decisão.

Curso de extensão       

Neste semestre ocorrerá ainda o primeiro curso de extensão organizado pelo Laboratório: Dissidências Sexuais e Gêneros Plurais: a Psicanálise Revisitada pelas Subjetividades Atuais. Será nos dias 10 e 11 de maio, com o psicanalista argentino Facundo Bleschter, com notória experiência teórica e clínica no tema. Visa apresentar uma leitura psicanalítica contemporânea acerca das múltiplas expressões da sexualidade contemporâneas.

Como participar dos grupos de escuta

Quando: Quartas-feiras, às 16h, com duração de uma hora e 15 minutos

Público-alvo: pessoas com 18 anos ou mais que apresentam demandas de sofrimento psíquico e que sejam advindas das comunidades LGBTQI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queers, intersexuais e outros)

Agendamentos pelo telefone: (51) 3320-3561

Entenda melhor

Os transexuais possuem uma identidade de gênero diferente do sexo designado no nascimento.

Os queers questionam os rótulos que restringem a amplitude e a vivência da sexualidade.

Os intersexuais apresentam variações anatômicas e/ou genéticas que dificultam sua identificação como tipicamente masculino ou feminino.

 

Foto: Camila Cunha

Foto: Camila Cunha

Escolher um curso para o vestibular, qual área seguir na profissão, que atividades se planeja desenvolver, quais habilidades aprimorar, que tipo de empresa e ambiente se deseja trabalhar. Para tomar decisões mais assertivas é preciso autoconhecimento, saber acessar a própria experiência e identificar fraquezas e habilidades. Para ajudar nesse processo, a PUCRS oferece dois serviços: o Escritório de Carreiras, com atendimento gratuito para alunos e diplomados, e o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (Sapp), aberto também à comunidade externa.

O Sapp é vinculado ao curso de Psicologia e oferece orientação profissional e reorientação de carreira para toda a comunidade. O Escritório de Carreiras auxilia na reflexão, planejamento e na inserção profissional. Uma equipe de psicólogos, com conhecimento de RH, gestão de pessoas e desenvolvimento de carreira, auxilia desde a montagem de currículo e simulação de entrevista a caminhos de busca de oportunidades e como se apresentar nas empresas. Saiba mais na reportagem O desafio de projetar o futuro, da Revista PUCRS.

Pesquisas em Psicologia - Depressão

Foto: Arquivo – Ascom/PUCRS

Nesta quarta-feira, 25 de maio, ocorre a palestra Falando sobre a Ansiedade, que integra um ciclo de atividades promovidas pelo grupo Psicoeducando sobre situações de sofrimento psicológico. A equipe é formada por integrantes do Núcleo de Estágio em Psicologia Clínica da Escola de Humanidades da PUCRS. Os ministrantes são os estagiários, supervisionados por um professor da equipe do Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (Sapp), ao qual o Núcleo é vinculado. O público-alvo são pessoas que passam ou passaram por situações de sofrimento psicológico. O objetivo é informar sobre estes temas e esclarecer as dúvidas dos participantes. Todos os encontros ocorrem entre 12h e 13h30min no Sapp, sala 209 do 2º andar do prédio 11 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). As palestras são abertas ao público e têm entrada franca. Não é necessário realizar inscrição. Outras informações pelo telefone (51) 3320-3561.

Nos dias 8 e 22 de junho ocorrem as atividades sobre Problemas com o peso e as Compulsões alimentares e Diferenças e Semelhanças entre o Tratamento Psicológico e Psiquiátrico, respectivamente.

Pesquisas em Psicologia - Depressão

Foto: Arquivo – Ascom/PUCRS

O grupo Psicoeducando, formado por integrantes do Núcleo de Estágio em Psicologia Clínica da Escola de Humanidades da PUCRS, realiza um ciclo de palestras sobre situações de sofrimento psicológico. Depressão, ansiedade, compulsões alimentares e relações entre tratamentos psiquiátricos e psicológicos serão os temas tratados. O ciclo é composto de quatro encontros. Os ministrantes serão os estagiários, supervisionados por um professor da equipe do Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (Sapp), ao qual o núcleo é vinculado. A atividade é voltada a pessoas que passam ou passaram por situações de sofrimento psicológico. O objetivo é informar sobre estes temas e esclarecer as dúvidas dos participantes. As palestras são abertas ao público e têm entrada franca, sem necessidade de inscrições. Outras informações pelo telefone (51) 3320-3561.

Os dois primeiros eventos, Falando sobre a Depressão e Falando sobre a Ansiedade, estão marcados para os dias 11 e 25 de maio, respectivamente. Em junho ocorrem as atividades Problemas com o Peso e as Compulsões Alimentares, no dia 8, e Diferenças e Semelhanças entre o Tratamento Psicológico e Psiquiátrico, no dia 22. Todos os encontros ocorrem entre 12h e 13h30min no Sapp, sala 209, 2º andar do prédio 11 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre).