Ter uma alimentação inadequada ao longo da vida pode ocasionar problemas de saúde que repercutem no processo de envelhecimento. Da mesma forma, com os cuidados certos, é possível promover a qualidade de vida e atingir a longevidade de forma saudável. Para isso, confira as orientações das nutricionistas Carolina Böettge e Renata Martins, professoras convidadas da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati).
No dia 28 de julho, às 15h, a Unati promove a live gratuita Nutrição e envelhecimento saudável, com ambas as profissionais, transmitida pelo canal da PUCRS no YouTube. Ative o sininho para receber o lembrete do evento!
Carolina e Renata explicam que é possível atenuar os efeitos do avanço da idade. Para isso, é preciso modificar não só a alimentação, mas também adotar um estilo de vida mais saudável, como a prática de atividades físicas e mentais, além do bom convívio social. Conheça os principais aspectos e mitos sobre o tema:
A má alimentação pode causar danos tanto por déficit, quanto por excesso. A escassez de nutrientes contribui para a desnutrição, um distúrbio nutricional observado em idosos/as e que está associado à perda da capacidade funcional, ao comprometimento da função muscular, à diminuição da massa óssea, à disfunção imune, além do aumento do período e da frequência de internações hospitalares e da mortalidade.
Já o excesso, principalmente de alimentos industrializados, ricos em sal, açúcares e gorduras, pode causar o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dentre elas, a obesidade, o diabetes, a dislipidemia (níveis elevados de gordura no sangue), a hipertensão e as doenças cardiovasculares.
As DCNT são comuns no envelhecimento, elas tendem a se agravar quando ocorrem em conjunto e estão vinculadas a implicações clínicas, como o declínio funcional do idoso, agravando suas limitações e se associando à perda de independência e de autonomia, o que contribui para a síndrome da fragilidade.
É comum se deparar com propagandas e “conteúdos” que atribuem efeitos milagrosos a alimentos e nutrientes. Porém, na grande maioria dos casos, não há evidências científicas que os comprovem. Geralmente são promessas de tratamentos e até de cura para as DCNT ou de combate ao envelhecimento.
Esses mitos surgem de repente e, na maioria das vezes, têm a função de compensar os maus hábitos alimentares, provocando falsas expectativas em consumidores/as.
O envelhecimento é um processo inerente ao ser humano, que pode ser saudável ou patológico, de acordo com as escolhas ao longo da vida. Ou seja, não há como evitar esse processo, mas é possível envelhecer com qualidade.
Para usar os alimentos ao seu favor e atingir a longevidade com saúde é importante dar preferência a produtos in natura e/ou minimamente processados, se hidratar, consumir fibras e ter variedade alimentar. Também é indicado evitar o excesso de carboidratos refinados (como o açúcar branco), industrializados com altos teores de sal, conservantes, aromatizantes e produtos fora da época de consumo (que podem conter mais agrotóxicos para sua produção).
Uma dieta saudável deve ser equilibrada e variada, de preferência personalizada e acompanhada por profissionais da área de Nutrição.
Quer aprender ainda mais sobre como incluir hábitos alimentares saudáveis na sua rotina para envelhecer bem? Participe da live Nutrição e envelhecimento saudável, no dia 28 de julho, às 15h, pelo canal da PUCRS no Youtube.
Com mais de 250 participantes das sete Escolas, e com a proposta de pensar soluções para cidades mais humanas, inteligentes e sustentáveis, a Maratona da Inovação da PUCRS 2020 teve quatro linhas de desafios: Saúde e qualidade de vida; Espaço e sustentabilidade; Sociedade conectada; Prosperidade compartilhada.
No eixo Saúde e qualidade de vida, os destaques foram para os projetos Medfile, ID Care e Tothem. Para a integrante de um dos projetos, o ID Care, Raquel Jaqueline Eder Ribeiro, a Maratona a instigou na criação de algo com impacto social, além de ser uma oportunidade para confiar nas próprias ideias e empreender. “Junto com meu grupo me senti instigada a criar algo que impactasse de alguma forma a sociedade. E hoje me sinto realizada por ganharmos o destaque e pela oportunidade de confiarmos nas nossas próprias ideias. Por causa da MIP ganhei motivação, e agora pretendo continuar me desenvolvendo na área empreendedora”, afirma a estudante de Medicina do 6° semestre.
Ela e mais oito estudantes* pensaram em um aplicativo (ID Care) que realizasse a divulgação de eventos e estágios voluntários de forma unificada, ajudando aqueles que tenham interesse pelo voluntariado e não sabem por onde começar a procurar oportunidades. Além de aproximar da sociedade as instituições que necessitam de ajuda.
A dica e a motivação para a Raquel e os demais integrantes do ID Care participassem da MIP foi do professor da Escola de Medicina, Giovani Gadonski. O docente avalia como fundamental a participação interdisciplinar no evento, uma vez que envolveu um tema multidisciplinar, que são as cidades inteligentes. “Houve colaboração de diferentes áreas nos projetos, o que fez os alunos se envolverem em situações que não são aquelas originalmente abordadas nos respectivos cursos. Além disso, os alunos das outras Escolas puderam conviver e contribuir com questões relacionadas à saúde, ao bem estar e à vida”.
Sobre os projetos destaque, o que mais chamou a atenção de Gadonski foi a preocupação com o potencial impacto social que as ideias podem gerar. “Desde as reuniões de mentoria até a apresentação, sempre transpareceu a ideia de poder ajudar as pessoas, tanto no âmbito individual, como no coletivo”, complementa.
Para o professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e Agente de Inovação da MIP 2020, Rafael Reimann Baptista, a participação interdisciplinar é algo extremamente positivo. “Alunos de diferentes cursos de graduação e pós-graduação puderam interagir de forma colaborativa e complementar, usando conhecimentos e ferramentas de diferentes áreas do conhecimento na solução de problemas comuns, dentro de uma perspectiva das cidades inteligentes e humanas”.
Sobre as propostas em destaque do eixo Saúde e qualidade de vida, o que mais chamou atenção do docente foi que, de uma maneira em geral, elas focaram no uso de grande quantidade de dados para os cuidados com a saúde. “Esta abordagem, na minha opinião, estava super alinhada com a proposta da Maratona, uma vez que pode se utilizar da internet das coisas e de tecnologias vestíveis para a promoção da saúde e qualidade vida”, considera.
*Demais integrantes do ID Care
Augusto Morioka Bressanim;
Bruno Brocker Nunes;
Eduardo Pletsch Brendler;
Lucas Viegas Dummel;
Marcelo da Mota Iglesias;
Rafael Charrér Wolf;
Victória Scheffer Lumertz;
Vinicius Glevander Rodrigues
Leia Mais Conheça os destaques da Maratona da Inovação 2020
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Pela segunda vez consecutiva, o Rio Grande do Sul perdeu uma posição em ranking que mede a qualidade de vida nos Estados brasileiros. As conclusões integram a sexta edição do Índice de Desenvolvimento Estadual – Rio Grande do Sul (iRS). Numa parceria entre PUCRS e Zero Hora, o estudo avalia o desempenho das unidades da federação e do país em três dimensões: padrão de vida, educação e, reunidas, segurança e longevidade. Cada um dos grupos é composto por três variáveis. Os dados são os mais recentes à disposição em bases públicas – neste caso, de 2017. Todos os resultados do estudo estão disponíveis no site do iRS.
Para o coordenador da pesquisa e professor da Escola de Negócios, Ely José de Mattos, era esperado que o Estado gaúcho perdesse mais uma posição no ranking geral devido à tendência das dimensões acompanhadas pelo levantamento. “Nas últimas edições da pesquisa, educação e segurança e longevidade vêm puxando para baixo o desempenho gaúcho. Houve nova piora nessas áreas”, destaca.
Em 2017, o Rio Grande do Sul foi ultrapassado por Minas Gerais e caiu do quinto para o sexto lugar na lista de 27 unidades da federação. A baixa reflete a piora em variáveis das áreas de educação e segurança.
Pela primeira vez na série histórica, que contempla estatísticas desde 2007, o Rio Grande do Sul não figura entre os primeiros cinco colocados do índice. De acordo com o levantamento, o Estado perdeu posições em duas das três dimensões observadas.
Em educação, área em que está mais distante do topo, o Rio Grande do Sul caiu do 11º para o 14º lugar, com média inferior à nacional. Em segurança e longevidade, passou do quinto para o sétimo posto.
Em padrão de vida, o Rio Grande do Sul manteve-se no quinto lugar. Os gaúchos ocupam esse posto desde 2010. O iRS varia entre zero e um, assim como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Quanto maior o índice, melhor o desempenho.
Em 2017, o indicador geral do Estado até subiu, mas em ritmo menor do que o verificado em locais como Minas Gerais. Na comparação com 2016, o índice do Rio Grande do Sul avançou de 0,630 para 0,638. No mesmo período, o mineiro pulou de 0,619 para 0,642.
No dia 21 de agosto, as conclusões do iRS serão debatidas em fórum na PUCRS, no auditório do prédio 50. O evento será aberto ao público, a partir das 9h30min.
Ideias transformadoras para a melhoria da qualidade de vida dos moradores de Porto Alegre foram selecionadas na manhã desta sexta-feira, dia 24 de maio, durante mais um evento do Pacto Alegre. Com o envolvimento de mais de 60 pessoas de várias entidades, foi concluída a fase de encontros dos macrodesafios, que são seis no total. Estes projetos selecionados serão apresentados para a Mesa do Pacto Alegre (composta por mais de 70 entidades), com reunião programada para o dia 31 de maio, no Campus da Unisinos, na capital gaúcha. As ideias serão avaliadas e priorizadas para que possam ser desenvolvidas de forma coletiva.
Por meio de uma metodologia que estimulou a interatividade entre os participantes, nesse encontro, foram apresentadas 12 propostas. Destas, quatro ações tiveram maior adesão coletiva, as quais foram:
O Pacto Alegre tem a coordenação da Aliança para Inovação (constituída por UFRGS, PUCRS e Unisinos) e da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
Segundo o coordenador do Pacto Alegre, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, o engajamento, o espírito coletivo e o exercício de um processo de cocriação foi elevado nos encontros realizados. “Tivemos um envolvimento crescente de participantes, com incorporação de muitas entidades, além das que estão na mesa, o que mostra que o processo está organicamente se ampliando, com uma aderência e compromisso crescentes”, enfatiza.
Ainda, conforme destaca o coordenador do Pacto Alegre, as ideias serão consolidadas para análise dos envolvidos da Mesa. “Estamos confiantes que, cada vez mais, o Pacto afirma-se como uma plataforma potente para se conectar, alinhar e aumentar o impacto das ações do abundante ecossistema de talentos e inovação da nossa cidade. A partir da reunião da Mesa, teremos o desafio de comunicar e envolver a nossa comunidade”, conclui.
Após a cerimônia de constituição da Mesa do Pacto Alegre, realizada a primeira reunião de trabalho do grupo no dia 26 de março, os desafios que foram identificados como necessidades de enfrentamento pelos integrantes do Pacto. Neste encontro foram listados seis macrodesafios, que estão vinculados projetos e ações.
Os macrodesafios estão separados por: Talentos (gerar, manter e atrair talentos); Transformação Urbana (desenvolver ambientes inteligentes e criativos para viver e trabalhar); Ambiente de Negócios (gerar um ecossistema inovador de classe mundial); Imagem da Cidade Inovadora (promover a imagem de uma cidade inovadora); Qualidade de Vida (melhorar o bem-estar das pessoas em saúde, segurança, cultura e meio ambiente) e Modernização da Administração Pública (qualificar e facilitar o acesso aos serviços para a população e para as empresas).
O Pacto Alegre é uma proposta de movimento de articulação e eficiência na realização de projetos transformadores e com amplo impacto para a cidade. O objetivo é criar condições para que a cidade se transforme em um polo de inovação, atração de investimentos e empreendedorismo. O movimento prevê o compartilhamento de recursos e parcerias com o poder público e a iniciativa privada. A ideia é unir forças da cidade, de todos os segmentos, em prol de uma agenda comum.