O Instituto de Cultura tem como uma de suas marcas a promoção de encontros entre leitores e escritores da cena literária contemporânea e, mesmo no período de afastamento social, não poderia deixar de lado essa prática. Sendo assim, dá início, neste mês de maio, à série Live de Cabeceira, que promove entrevistas online e ao vivo com autores do Brasil e do mundo.
O projeto, que estreia nesta quarta-feira, dia 6 de maio, acontece semanalmente, sempre às quartas-feiras, às 18h, no canal da PUCRS no YouTube. Após a transmissão, os vídeos seguem disponíveis para acesso. Com mediação do escritor Reginaldo Pujol Filho, os convidados discutem o atual momento e refletem sobre a força da literatura, fazendo recomendações de livros e realizando a leitura de trechos de contos, romances e poemas.
Sobre o mediador
Reginaldo Pujol Filho é autor dos livros Não, não é bem isso (2019), Só faltou o título (2015), Quero ser Reginaldo Pujol Filho (2010) e Azar do personagem (2007). É doutor e mestre em Escrita Criativa pela PUCRS e tem pós-graduação em Artes da Escrita pela Universidade Nova de Lisboa. Escreve ensaios, críticas e resenhas para veículos como Folha de SP, O Globo, Zero Hora, Suplemento Pernambuco, entre outros. Ministra cursos e workshops de literatura e escrita criativa.
Data: 6, 13, 20 e 27 de maio e 3, 10 e 17 de junho
Local: Canal do Youtube da PUCRS
Horário: 18h
6/5 – José Luís Peixoto
Nasceu em Galveias, em 1974. É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, foi traduzida em um vasto número de idiomas e é estudada em universidades de diversos países. Com Nenhum olha” (2000), recebeu o Prêmio Literário José Saramago (2001); com Cemitério de Pianos (2006), o Prêmio Cálamo Otra Mirada (2007); com Livro (2012), o Prêmio Libro d’Europa (2013); com Galveias (2014), o Prêmio Oceanos (2016).
13/5 – Maria Valéria Rezende
Nasceu em Santos (SP), em 1942, e vive na Paraíba desde 1976. É escritora de ficção e poesia e tradutora, tendo publicado seu primeiro livro, Vasto Mundo, no ano de 2001. O seu romance O voo da guará vermelha (2005) foi publicado em Portugal, França e Espanha. Desde 1960, dedica-se à Educação Popular em diferentes regiões do Brasil e no exterior; além disso, participa do Movimento Mulherio das Letras, que teve sua primeira edição em 2017, em João Pessoa (PB). Ganhou o Prêmio Jabuti nas categorias Infantil (2009), Juvenil (2013), Romance e Livro do Ano de Ficção (2015). Recebeu, também, o Prêmio Casa de las Américas (2017) e o Prêmio São Paulo de Literatura (2017).
20/5 – Ondjaki
Nasceu em Luanda, em 1977. É poeta e prosador, contando com traduções de sua obra em diversas línguas, como francês, inglês, alemão, italiano, espanhol e chinês. Além disso, sua trajetória artística passa pela atuação teatral e pela pintura. Em 2006, foi um dos realizadores do documentário Oxalá cresçam pitangas – histórias de Luanda. É membro da União dos Escritores Angolanos e da Associação Protectora do Anonimato dos Gambuzinos. Com o livro Os da Minha Rua (2007), recebeu o Grande Prêmio de Conto Camilo Castelo Branco (2007); na Etiópia, recebeu o prêmio Grinzane de melhor escritor africano de 2008; com AvóDezanove e o Segredo do Soviético (2008), ganhou a Categoria Juvenil do Prêmio Jabuti (2010); com Os Transparentes (2012), recebeu o Prémio Literário José Saramago (2013).
27/5 – Marília Garcia
Nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 1979. É escritora e tradutora, tendo publicado, entre outros, os livros, Um teste de resistores (2014) e Câmera Lenta (2017), que ganhou o Prêmio Oceanos de Língua Portuguesa (2018). Mantém uma coluna mensal no blog da Companhia das letras.
Entre 12 a 26 de junho, a comunidade universitária participou da primeira edição do projeto Ateliê PUCRS Cultura, que proporcionou quatro oficinas gratuitas de diferentes formas de arte. Nesses dias, estiveram presentes 26 pessoas, dos mais diversos cursos e setores da Instituição. Eles conheceram técnicas de teatro, voz, desenho e aquarela. As atividades envolvendo movimento de corpo ocorreram no palco do Teatro do Prédio 40, enquanto as outras dinâmicas tiveram como espaço o 12º andar da Biblioteca Central Ir. José Otão.
Na oficina de Desenho experimental, ocorrida no dia 12 de junho, os participantes puderam explorar técnicas de observação, experimentação e ilustração com a ajuda do professor Alexandre Copês, mestrando em Artes Visuais pela UFRGS e produtor cultural. No dia 18, Charles Dall’Agnol, doutor em Teoria Literária e diretor do Grupo de Teatro Universitário da PUCRS, mostrou algumas técnicas de atuação para os inscritos na Atuação para Teatro.
Durante a oficina Aquarela para iniciantes, ministrada pela artista visual Anna Jonko, no dia 25, foram expostas técnicas básicas da pintura. No dia seguinte, o tema da oficina foi Corpo e voz, para desenvolver técnicas e posições para cantores. A atividade foi conduzida pelo professor de canto Pedro Cassel, com experiência em teatro, dança, poesia e música.
Para Gabriela Foerster, aluna do curso de Letras, na Escola de Humanidades, “a oficina de Aquarela foi muito agradável. Em pouco tempo, a artista Anna Jonko nos ensinou técnicas para aperfeiçoar a pintura. Mesmo com o aprendizado, a aula foi relaxante, e o local do ateliê é lindo. Foi uma ótima experiência e já estou ansiosa pela próxima”, comenta.
Devido ao sucesso da iniciativa, a equipe do Instituto de Cultura está preparando novas edições para o segundo semestre de 2019, que serão divulgadas pelos canais oficias da Universidade.
Orquestra Filarmônica Jovem de Boston, no Sandeers Theater, Universidade Harvard / Foto: Steve Dunwell
O Instituto de Cultura da PUCRS promove ação com distribuição de 15 pares de ingressos para assistir ao concerto da Orquestra Filarmônica Jovem de Boston, que se apresenta no dia 23 de junho, domingo, às 19h30min, no Auditório Araujo Vianna. A iniciativa é aberta a toda comunidade acadêmica e ao público que frequenta o Campus, e a promoção se encerra na sexta-feira, 21 de junho.
Para participar, é preciso:
1) Seguir o Instagram @pucrscultura;
2) Publicar um vídeo nos seus stories executando uma música em um dos pianos do Campus da PUCRS;
3) Informar qual a música está sendo tocada;
4) Marcar o perfil @pucrscultura no story;
Os stories contemplados com ingressos serão inseridos nos destaques do Instagram @pucrscultura. Os ganhadores receberão orientações para a retirada das suas entradas através de mensagem via perfil.
Confira a lista de pianos disponíveis no Campus:
Uma noite de estreia com casa cheia, risos e emoção. Assim foi a apresentação de Os Palhaços de Tchékhov, de Dilmar Messias, no Teatro do prédio 40, na noite de 28 de maio. A peça cômica, em sua maior parte, também teve seus momentos de drama, cativando o público formado por universitários, professores, comunidade teatral, convidados e público em geral. Ao todo, os cerca de 500 ingressos distribuídos, entre cortesias e trocas por alimentos, garantiram a coleta de 300 quilos de itens não perecíveis, que serão doados à Pequena Casa da Criança, numa parceria entre o Instituto de Cultura, promotor do evento, e o Centro de Pastoral e Solidariedade.
O espetáculo foi prestigiado, entre outras personalidades, por Ruben Oliveira, diretor do Instituto Estadual de Artes Cênicas (IEACen), Antonio Hohlfeldt, professor, crítico de teatro e presidente da Fundação Theatro São Pedro, e Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da PUCRS. Como viés pedagógico, a iniciativa foi explorada por professores dos cursos de Letras e de Escrita Criativa, que levaram os alunos devido à relevância da peça para os temas abordados em sala de aula.
Os Palhaços de Tchékhov tem como ponto central a história de Vassili Smirnov (interpretado por Diego Steffani) velho ator que, após sua apresentação de despedida dos palcos, brinda com seus admiradores. Depois de todos irem embora, embriagado, ele dorme no palco. Quando acorda, encontra Mikhail Usov (interpretado por Tuta Camargo), o ponto, e Natacha Seminova (interpretada por Débora Rodrigues), a camareira. Juntos relembram os momentos de glória, representando algumas farsas de Tchekhov.
Com mais de 18 metros de altura e onze de largura, o artista gaúcho Kelvin Koubik é o responsável pelo graffiti desenhado na parte leste do prédio 6, em frente à Rua da Cultura da PUCRS. Com nove dias para a execução deste trabalho, Koubik desenvolveu essa arte em sintonia com a sua linguagem e se inspirou na missão da Universidade que refere: “promover a formação humana e profissional”.
Na manhã desta sexta-feira, dia 29 de março, ocorreu o ato de entrega, com a presença do reitor Ir. Evilázio Teixeira, que celebrou o encerramento do programa de volta às aulas, com intensa programa cultural.
Neste mês ocorreram eventos como o bate-papo com a atriz Nathalia Timberg, a palestra com a Monja Coen, o show do cantor Armandinho, entre outros.
CONFIRA: Programação cultural de volta às aulas tem oficinas, graffiti e Nathalia Timberg
O projeto foi iniciado no final de 2017 e chegou a ter três tipos de layouts até chegar no conceito executado. Koubik explica que o mural teve como grande inspiração o Museu da Ciência e Tecnologia da PUCRS, local que admira desde quando era uma criança. No seu graffiti, o artista optou por uma coruja, que está em primeiro plano, porque simboliza, no reino animal, o conhecimento e a sabedoria. Já as plantas são elementos que compõe a vida na obra, todas são nativas do Rio Grande do Sul, sendo que, entre elas, estão três violetas, símbolo marista que são virtudes relacionadas à humildade, à simplicidade e à modéstia.
As imagens da Lua e do Sol fazem referência ao universo, afinando ainda mais a relação que a Universidade tem com a ciência e tecnologia. “Nas texturas de fundo do desenho inseri os símbolos Alfa e Ômega, representando o princípio e o fim; as marcas de digitais se referem à individualidade, ao respeito ao próximo e às diferenças, e a cadeira molecular reforça a ciência, a conexão de todos os elementos”, explica.
Koubik aproveitou as próprias árvores do Campus da PUCRS para que a coruja, em perspectiva, estivesse em cima das mesmas. “Sobre as cores, boa parte do trabalho é traçado em azul escuro, com fundo em um tom mais claro, fazendo relação direta à identidade visual da Universidade. Já a cor laranja é alusiva ao prédio que é ocupado pelos alunos do curso de Odontologia”, enfatiza.
Com a finalização deste graffiti, o artista reforça a principal proposta desta arte estampada na Universidade. “O mais importante é que cada pessoa tenha a sua interpretação da obra”, destaca o artista.
Segundo o diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Ricardo Barberena, esta é mais uma ação de transformação da Universidade. “Talvez este graffiti na Rua da Cultura possa ser o primeiro passo para transformarmos o Campus da PUCRS em uma galeria a céu aberto, aproximando a arte da vida cotidiana”, reforça.
No dia 5 de abril, às 14h, Kelvin Koubik realizará juntamente com o artista e pesquisador da História da Arte, Santiago Pooter uma conversa sobre a arte urbana e seus desdobramentos. O evento é gratuito, aberto ao público e acontece no auditório da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, prédio 7. As inscrições podem ser feitas por meio deste link http://bit.ly/arteurbanakelvin.
Na conversa, os artistas buscam apresentar um panorama sobre o tema e falam do processo criativo do graffiti, que recentemente passou a integrar a paisagem do Campus da PUCRS. A mediação é feita por Stefan Von der Heyde Fernandes, professor da Famecos.
A convite do Instituto de Cultura, estudantes e professores da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos farão um minidocumentário sobre o trabalho de Koubik no Campus, além de um time lapse (filmagem que reúne imagens captadas passo a passo, que são exibidas de forma acelerada após a edição). “O painel é uma ação que interessa aos alunos de Comunicação e Design. A produção deste minidocumentário envolverá os estagiários do Laboratório de Conteúdo em função da tecnologia aplicada neste audiovisual, além das técnicas de montagem e edição do vídeo. Todas as etapas do projeto fazem parte de uma atividade pedagógica”, explica o professor de fotojornalismo Eduardo Seidl. A equipe conta com seis estagiários acompanhando diariamente o trabalho. Ao final, o vídeo será exibido em atividade do artista visual no auditório da Escola, prevista para a primeira semana de abril. Participam também os professores Stefan Fernandes e FêCris Vasconcellos.
Natural de Porto Alegre, onde vive e trabalha, Kelvin Koubik nasceu em 1989. Formado em Artes Visuais pela UFRGS, vem traçando seu percurso entre galerias e a arte urbana. É membro fundador do Atelier D43 – premiado coletivo de pesquisa em desenho, integra o duo artístico com seu irmão no projeto Koubiks e é diretor de arte no Studio Kino 23. Neste local é aplicado a sua criatividade em diversas áreas, tendo já ilustrado livros infantis, realizado projetos de ambientação, de decoração e de cenografia, ainda transitando entre as áreas do design gráfico, ilustração e graffiti comissionado.
Desde 2014, tem seu ateliê localizado no Vila Flores, um centro de cultura, educação e negócios criativos que faz parte do Distrito Criativo de Porto Alegre, na zona norte da Capital.
Confira a galeria de fotos: