adriana calcanhotto

Foto: Leo Aversa

Coisas sagradas permanecem, diz o verso de Recanto escuro, canção escrita por Caetano Veloso para Gal Costa. É com esse pensamento que Adriana Calcanhotto sobe ao palco para homenagear a artista. A apresentação, que marca a estreia da turnê, acontece no dia 27 de abril, às 21h, no Salão de Atos da PUCRS

Promovido pelo Instituto de Cultura da PUCRS, o espetáculo nasce a partir de uma ideia de Marcus Preto, produtor e diretor artístico de álbuns e shows de Gal nos últimos nove anos. Para prestar um tributo à cantora, ele convida Adriana para cantar junto à equipe da artista baiana. Composta pelos músicos Limma (teclados), Fabio Sá (baixo), Vitor Cabral (bateria e percussões) e Pedro Sá (guitarra e violão), a banda irá interpretar diferentes momentos da carreira da artista, explorando também alguns cruzamentos entre sua trajetória e a de Adriana Calcanhotto. 

Um exemplo é a canção Esquadros, composta por Calcanhotto e registrada por Gal no disco Aquele frevo axé (1998). Além disso, o roteiro de Coisas sagradas permanecem passa por canções que, de alguma maneira, desenham retratos de Gal Costa. Entre elas Meu nome é Gal (de Roberto e Erasmo Carlos) e Caras e bocas (com melodia de Caetano e versos que Maria Bethânia escreveu pensando na cantora). Em vez de buscar uma abordagem cronológica da carreira da artista, o show se estrutura sobre recortes de aspectos de sua obra. A direção é assinada por Adriana Calcanhotto e Marcus Preto, com cenário concebido por Omar Salomão.

Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Guichê Web ou na PUCRS Store (de segunda a sexta-feira, das 10h30 às 20h30 – térreo do Living 360º, prédio 15, Campus da PUCRS). 

Sobre a artista 

Adriana Calcanhotto é compositora, cantora, escritora, ilustradora, professora e embaixadora da Universidade de Coimbra. Desde o início de sua trajetória como artista de palco e estúdio, demonstrou paixão pela palavra, pelos livros e pela poesia. Musicou alguns de seus poetas prediletos, fez parcerias com poetas contemporâneos, realizou saraus e performances.  

Ganhou dois Grammy Latino e lançou algumas antologias de poesia para adultos e para crianças. Suas canções têm enorme apelo popular, tocam nas rádios do mundo todo e nas telenovelas brasileiras. Suas composições vêm sendo gravadas pelos maiores intérpretes da música popular brasileira. 

Serviço: 

Valor dos Ingressos: 

Plateia Baixa: 

Plateia Alta: 

Mezanino: 

Descontos: 

*Os descontos previstos em Lei são limitados a 40% da capacidade do espaço. 

**Os descontos não são cumulativos. 

 Leia também: Galeria a Céu Aberto: campus da PUCRS ganha novo mural no prédio 5

Foto: Giordano Toldo

Dando continuidade ao projeto Galeria a Céu Aberto, o Campus da PUCRS recebe mais um mural, intitulado “Performatividade”. A ação fez parte do 29º Porto Alegre em Cena e levou sete dias para ser concluída pelo paulista Apolo Torres. Para o muralista, é uma honra estar na Universidade ao lado de outros artistas brasileiros nos quais se inspira. 

“Os artistas que estão aqui, todos eu já conhecia, inclusive dois deles pessoalmente. E tenho grande admiração pelo trabalho. Então é muito legal estar aqui fazer parte desse Museu que está sendo construído”, celebra. 

A obra Como Gostais, de William Shakepeare, é o ponto de partida para a criação do mural. Na peça do dramaturgo inglês, somos convidados a refletir sobre os papéis que representamos durante a vida: “O mundo é um palco; os homens e as mulheres, meros artistas, que entram nele e saem. Muitos papéis cada um tem no seu tempo”. 

No mural do Prédio 5 da PUCRS se vê a representação de uma cena familiar, um convite para pensarmos os diferentes papéis que podemos assumir no cotidiano. Ao longo da vida, somos filhas e sobrinhos, padrinhos, maridos, irmãs e mães. Somos colegas em equipes de trabalho, amigos dentro de um abraço, estudantes em sala de aula. Dizemos o que somos em relação às outras pessoas, mas carregamos a multiplicidade dentro de nós. 

“Este trecho da obra fala um pouco sobre como a gente está sempre representando na vida em diferentes situações e como a gente se coloca em diferentes papéis. Um debate constante lá em casa, entre mim e a minha companheira, é justamente sobre a performatividade de gênero e o papel de cada um de nós”, reflete. 

Para Apolo, que trabalha com pinturas realistas, é fundamental ter referências visuais. Ele conta que, primeiro monta uma espécie de Frankenstein, com várias colagens de outras coisas que já viu e, a partir dessas colagens, começa a pensar na sua própria pintura. O artista ressalta, no entanto, que trabalhar com pinturas realistas não é assim tão fácil: é preciso ter cautela para que a obra fique verossímil.  

Foto: Giordano Toldo

“Se você tenta fazer real e não chega lá, qualquer um percebe. Porque mesmo que a pessoa não saiba pintar, todo mundo está em contato com o que é real o tempo inteiro. Então você olha e fala: tem uma coisa estranha. Por isso eu acho importante ter umas referências boas para olhar”, explica.  

Além de ter o artista plástico Candido Portinari como uma das suas grandes inspirações brasileiras, Apolo também se inspira e admira artistas da nova geração, como os grafiteiros Os Gêmeos. Foi no final da sua adolescência que Apolo, vendo a projeção e o reconhecimento que esses novos pintores, muralistas e grafiteiros estavam recebendo, que ele viu que seria possível correr atrás do sonho de também ser artista.  

O mural é financiado pelo Projeto de Lei de Incentivo à Cultura que, através de parceria entre a PUCRS e a Prefeitura de Porto Alegre, está promovendo a 29ª edição do Porto Alegre em Cena. 

Quem é Apolo Torres? 

Nascido em São Paulo, Apolo Torres é pintor e muralista. Se formou em Desenho Industrial na Universidade Mackenzie e também estudou pintura na School of Visual Arts, em Nova York. Além do Brasil, Apolo tem exposições solo nos Estados Unidos e na Itália, e também participou de festivais e exposições coletivas em outros países. Suas obras conversam com a pintura clássica, street art e arte contemporânea.  

Galeria a Céu Aberto 

O projeto realizado desde 2019 pela PUCRS Cultura consiste na criação de intervenções de arte urbana realizadas em locais e paredes ao ar livre do Campus da Universidade. Ao todo, a PUCRS conta com obras de artistas como Renan Santos, Paula Plim, Kelvin Koubik e suas intervenções estão nas paredes da Escola de Humanidades e da Rua da Cultura. 

Dia nacional poesia

Crédito: Divulgação

Poetas são reconhecidos como artistas escritores, que utilizam sua criatividade, imaginação e sensibilidade para escrever, em versos, aquilo que aborda o cotidiano, a vida urbana, o amor, a solidão, as relações humanas e assuntos do momento. No Brasil, o mês de outubro celebra estes profissionais com o Dia do Poeta (20 de outubro) e com o Dia Nacional da Poesia (31 de outubro). Em Porto Alegre, neste mês também acontece a tradicional Feira do Livro da cidade, já em sua 68ª edição.

Na PUCRS, pesquisadores e professores do Programa de Pós-Graduação em Letras e do Curso de Escrita Criativa se dedicam ao gênero lírico da literatura, como o pesquisador da Escola de Humanidades Altair Teixeira Martins. O docente é autor dos livros Labirinto com linha de pesca (Diadorim, 2021) e A paisagem presa na coleira (Patuá, será publicado em 2023), além de ter publicado diversos contos, romances e peças de teatro, como o espetáculo Hospital-Bazar, em cartaz nos dias 19, 20 e 21 de novembro no Teatro Bruno Kiefer, com o apoio do Instituto de Cultura da PUCRS.

Martins coordena o Grupo de Pesquisa “Intersemioses criativas”, onde são exploradas as possibilidades de criação entre a Literatura e as outras artes, combinando campos semânticos distintos. Os alunos e pesquisadores desenvolvem projetos que buscam leitura e compreensão dos diversos campos artísticos, a fim de fomentar a criação literária.

Livros nacionais de poesia para você conhecer

De acordo com o professor, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Hilda Hilst, Cecília Meireles, Jorge de Lima, Manuel Bandeira e Murilo Mendes foram as vozes poéticas do período áureo da lírica brasileira nos anos de 1950. Para Martins, foram eles os que melhor conjugaram a alternância de tom e de silêncio tão caras à poesia. Além disso, foram capazes de converter, no verso, a interpretação de seus tempos – o que, convenhamos, é uma bela forma de contemporaneidade.

1) As impurezas do branco, por Carlos Drummond de Andrade

Publicado pela primeira vez em 1973, As impurezas do branco é um livro singular na vasta e aclamada carreira do autor mineiro. O poeta se mostra atento aos acontecimentos do seu tempo, observando, com ironia e até alguma malandragem carioca, o cotidiano do Brasil e do mundo. Grandes notícias, fait divers, o verão na Cidade Maravilhosa, papel da publicidade em nossas decisões – nada escapa ao olhar crítico do autor.

2) Poemas esparsos, por Vinícius de Moraes

O livro apresenta uma longa e minuciosa pesquisa em livros, jornais, revistas, arquivos e manuscritos que revelam esboços, exercícios, textos inacabados ou recusados pelo autor. No final, o leitor encontrará também, agrupados na seção “Arquivo”, um estudo do percurso poético de Vinicius de Moraes assinado por Ferreira Gullar, crônicas de Fernando Sabino e Carlos Drummond de Andrade que festejam e recordam o amigo, bem como um longo depoimento, inédito em livro, de Caetano Veloso.

3) Viagem, por Cecília Meireles

O livro é composto por 99 poemas, sendo que 13 deles são epigramas (poema curto originário da Antiguidade Clássica, e caracterizado por ser mordaz, picante ou satírico). Os temas tratados nos poemas são o amor, a felicidade, a morte, e o próprio fazer poético.

Além destes autores, o professor também indica os livros “Cantares do sem nome e das partidas”, da Hilda Hilst; “Invenção de Orfeu”, de Jorge de Lima; “Estrela da vida inteira”, do Manuel Bandeira e “Janela do caos”, de Murilo Mendes.

Sobre o espetáculo Hospital-Bazar

O espetáculo Hospital-Bazar esteve em cartaz entre 8 e 12 de outubro, no Teatro Bruno Kiefer, na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre. O texto foi assinado pelo pesquisador Martins e contou com direção de Isaque Conceição. As próximas datas em cartaz são nos dias 19, 20 e 21 de novembro. A primeira edição recebeu o reconhecimento de Melhor Texto Original, Ator Coadjuvante (o professor Altair Martins) e Trilha Sonora Original no 16º Festival de Teatro da Região Carbonífera (FestCarbo).

Hospital-Bazar propõe uma visão crítica acerca do desmanche da educação pública e da conversão da saúde em mercadoria. A partir de um projeto distópico, salas de aula deficitárias são realojadas em hospitais lucrativos. Se uma Professora-Mestra, que se mantém lecionando sozinha, torna-se o bastião da resistência, o Interventor e o Desmontador, em nome da Higiene, precisam desmontá-la. Todos os recursos mais sórdidos são disponibilizados para que a professora se renda e a escola, à força, se transforme num hospital: acusações falsas, chantagem emocional, assédio, machismo e manipulação da justiça e do próprio sistema educacional.

alceu valença

Alceu Valença será o homenageado com o Mérito Cultural PUCRS em 2022, honraria que simboliza o reconhecimento da instituição à uma personalidade do meio artístico. Em meio às comemorações de 74 anos da Universidade, a celebração acontece no dia 17 de novembro, às 21h, no Salão de Atos Ir. Norberto Rauch, com Alceu Valença e banda apresentando o show Anunciação – Tu vens eu já escuto os teus sinais. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Guichê Web ou na PUCRS Store, no térreo Living 360º (prédio 15).

Nesta noite especial, Alceu Valença traz para Porto Alegre um panorama das diversas vertentes de sua obra, com sons do Brasil profundo, como forrós, baiões, xotes, toadas e emboladas. O artista alia temas de sua autoria a clássicos de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, cantando ao lado de Leo Lira (guitarra), Tovinho (teclados), André Julião (sanfona), Nando Barreto (baixo) e Cassio Cunha (bateria). Do sertão ao litoral, da folia ao pop, o show inclui grandes sucessos da música brasileira, como Belle de Jour, Cavalo de Pau, Pelas Ruas que Andei, Como Dois Animais, Tropicana e o hino Anunciação.

A cada ano, o Mérito Cultural PUCRS é atribuído a uma personalidade do meio artístico que tenha uma trajetória marcada pela defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação. O Mérito já homenageou a atriz Fernanda Montenegro (2018), a cantora Maria Bethânia (2019), o ator Lima Duarte (2020) e a cantora Alcione (2021).

50 anos de carreira e mais de 30 discos

Alceu Valença nasceu em São Bento do Una, interior de Pernambuco, em 1946. Formado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, surgiu como expoente da geração da música nordestina nos anos 70 e foi um dos primeiros a promover a união do som do agreste nordestino com a guitarra elétrica. Com Geraldo Azevedo, em 1972, lançou o disco Quadrafônico. Iniciou sua carreira solo em 1974 com o disco Molhado no Suor e já lançou mais de 30 álbuns. Em 2014, dirigiu o filme musical Luneta do Tempo, que ganhou prêmios de trilha sonora e direção de arte no 42º Festival de Cinema de Gramado. Em 2021, lançou seu último álbum, intitulado Saudade.

Sobre o Mérito Cultural 

A honraria Mérito Cultural PUCRS simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. A pessoa homenageada é alguém que tenha transformado a sua vida artística numa trajetória de defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação. 

Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS integra o Estatuto e Regimento Geral da Universidade e está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Instituição em um polo cultural.  Nos últimos quatro anos, homenageou a atriz Fernanda Montenegro que apresentou a leitura dramática Nelson Rodrigues por ele mesmo e a cantora Maria Bethânia que, na ocasião, apresentou seu espetáculo Claros Breus, ambas cerimônias aconteceram no Salão de Atos Ir. Norberto Rauch. Em 2020, Lima Duarte foi homenageado em cerimônia online, na qual relembrou sua história e fez a leitura de excertos de João Guimarães Rosa e Padre Antônio Vieira. Em 2021, Alcione recebeu o reconhecimento em cerimônia transmitida ao vivo pelo YouTube em que relembrou momentos marcantes de sua carreira artística.

Agende-se para o Mérito Cultural

palhaçaQue universo se esconde por trás de um nariz de palhaço? O que é necessário para dar vida a ele, a menor máscara do mundo? Quem tem respostas para essas perguntas é Gabriella Argento, convidada da PUCRS Cultura para dois eventos: a apresentação aberta ao público e gratuita de um solo cômico nomeado Insolação e o Workshop Degustação – O palhaço de cada um.  

Nascida em Santos e radicada em São Paulo, Gabriella tem formação em Teatro e se dedica às artes cênicas e à palhaçaria. Com sua personagem, a palhaça Du’Porto, ela percorreu uma trajetória diversa: passou pelos palcos, tendo atuado com importantes grupos de teatro, como o Jogando no Quintal; por corredores de hospitais, com organizações como Doutores da Alegria; por salas de aula, ministrando oficinas de palhaço e até mesmo em cruzeiros turísticos.  

Em meio a tudo isso, para coroar sua carreira, veio a conquista de se tornar a primeira palhaça brasileira a entrar para o elenco do Cirque du Soleil. Hoje, Gabriella atua como atriz, palhaça, palestrante e professora. Seu maior foco é entender a profundidade e a filosofia por trás do nariz de palhaço, a menor máscara do mundo.   

Solo cômico Insolação e lançamento do livro Onze Estreias 

No dia 25 de agosto, às 20h, no Teatro da PUCRS (prédio 40), ocorre a apresentação do solo cômico Insolação, seguido de um bate-papo entre Gabriella e o escritor e jornalista Fred Linardi, autor do livro Onze Estreias –obra que fala sobre a trajetória da artista e que será lançada nessa mesma noite. A conversa será mediada por Gisela Rodriguez, escritora e doutoranda em Escrita Criativa da PUCRS. O evento acontece no Teatro da PUCRS – Prédio 40, com entrada gratuita, mediante retirada de ingresso no Ateliê PUCRS Cultura (Prédio 30, Escola Politécnica) entre os dias 22 e 24 de agosto, das 12h às 17h, ou na bilheteria do Teatro a partir das 18h, no dia do evento. A distribuição é limitada a 2 ingressos por pessoa. 

Em Insolação, Gabriella Argento retorna aos palcos na pele da palhaça Du’Porto para dividir com o público poesia, música, cenas, impressões do mundo e das pessoas, além de causos da sua trajetória e dos bastidores do maior circo do mundo. A história de vida da atriz e as reflexões acerca da arte circense e da palhaçaria também são o enfoque do livro Onze Estreias, de Fred Linardi. Mesclando o método da investigação íntima com a prosa literária, a narrativa mostra que o riso e o abismo são mais próximos do que se imagina. Gabriella e suas estreias, altos e baixos da bipolaridade, assim como a solitude circense, ajudam a entender o lado mais humano de alguém que vive em busca da risada alheia. 

Workshop Degustação – O palhaço de cada um 

Já nos dias 26 e 27 de agosto, das 14h às 18h, Gabriella ministra o Workshop Degustação – O palhaço de cada um, no Ateliê PUCRS Cultura, localizado no térreo do prédio 30. Ao longo de dois encontros, os participantes serão apresentados ao universo do palhaço e ao trabalho interno necessário para dar vida à menor máscara do mundo: o nariz de palhaço. Por meio de exercícios práticos e lúdicos, a atividade abordará questões como o autoconhecimento, a aceitação de si e do outro, a empatia e a quebra de paradigmas sociais, percebendo o brincar como meio de redescobrir o prazer de ser quem se é. 

Nos dias da oficina, os alunos devem levar toalha de rosto e vestir roupas confortáveis, sem estampa e preferencialmente de cores neutras: branco, preto, cinza ou bege. Haverá tolerância máxima de 15 minutos de atraso para acesso às aulas. Para participar, é necessário ter, no mínimo, 18 anos – compre seu ingresso por meio do link. 

ateliê pucrs cultura

Foto: Jonathan Heckler

Idealizado para proporcionar experiências por meio de práticas artísticas, o projeto Ateliê PUCRS Cultura agora possui um espaço no Campus da PUCRS. Localizado no prédio 30 da Universidade, na Escola Politécnica, o ambiente foi inaugurado nesta segunda-feira, dia 11 de abril. A partir desse mês, todas as atividades serão presenciais.  

O evento contou com a presença de lideranças da Universidade, como o Irmão Marcelo Bonhemberger, Pró-Reitor de Identidade Institucional da PUCRS, o professor Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura (IC), e a professora Sandra Mara Einloft, decana da Escola Politécnica, que cedeu o espaço para o Ateliê.  

O Ateliê foi criado com o intuito de proporcionar à comunidade acadêmica um espaço de criação, encontro, desenvolvimento motor e criativo. O espaço trará propostas e oficinas interartísticas a fim de aproximar e incentivar atividades corporais e cognitivas”, afirma Irmão Marcelo. 

O espaço receberá exposições práticas e teóricas de arte e cultura ao longo do ano, oferecendo cursos e oficinas de diversas atividades artísticas para alunos/as e comunidade em geral. Agora, com um ambiente moldado especificamente para esse fim, a expectativa é que mais pessoas sejam impactadas por essa vivência.

“Hoje, quando cheguei aqui, pensei no orgulho de estar em uma universidade com uma Galeria a Céu Aberto, uma Rua da Cultura e agora um Ateliê”, celebra Ricardo.  

ateliê pucrs cultura

Foto: Jonathan Heckler

De acordo com Michel Flores, produtor cultural do IC, realizar práticas manuais é importante para a manter o equilíbrio emocional. “Proporciona momentos de respiro nas nossas rotinas, nos incita a desenvolver novas habilidades e exercita nossa criatividade e a capacidade de reflexão”. 

História do Ateliê   

Em 2019, a PUCRS Cultura iniciou um projeto de experimentação em artes manuais e corporais, com atividades exclusivas para alunos/as em desenho, aquarela, teatro, técnicas de corpo e voz, entre outras práticas artísticas.  

Com o isolamento social, o projeto ganhou uma versão online, incentivando a atividade artística em casa. Pelo digital, o Ateliê buscou trabalhar a arte e o equilíbrio emocional das pessoas para enfrentar o período de pandemia. Confira os vídeos do Ateliê PUCRS Cultura online aqui.  

Olhar para o futuro   

O Ateliê PUCRS Cultura dá início às atividades nesse mês de abril, com cinco oficinas práticas: Violão para Iniciantes (13), A Semana de Arte Moderna entre o antes e o depois (19), Encadernação Descomplicada (20), Desenhos Criativos em Aquarela para Iniciantes (27) e O sonho transformado em pesadelo: distopias do século XX e o que elas dizem sobre nós (28).   

Saiba como se inscrever   

As vagas para o curso são limitadas e os materiais específicos de cada oficina são fornecidos pelo Ateliê. As inscrições para participar dos cursos e oficinas estão abertas exclusivamente para estudantes, alumni e colaboradores da PUCRS. Além disso, a presença nos eventos confere certificado de horas complementares de acordo com a carga horária da oficina. 

Arnaldo Antunes

Foto: Jonathan Heckler

Além de encher o Campus de vida, o retorno à presencialidade também tem possibilitado uma jornada de reconexão da comunidade universitária com a cultura. Após centenas de atividades online promovidas pelo Instituto de Cultura da PUCRS – em que artistas levaram música, arte e poesia a milhares de lares durante o período de distanciamento – um reencontro aconteceu pessoalmente, no dia 24 de março, no Salão de Atos. O show Lágrimas no Mar, novo trabalho do cantor e compositor Arnaldo Antunes com o pianista Vitor Araújo, foi composto por uma linguagem interartística que reuniu piano, voz, poesia e audiovisual.

A apresentação, que estava programada para 2020 om o álbum O Real Resiste, aconteceu agora com o novo lançamento do artista, dois anos depois, em consequência da pandemia. Este, inclusive, foi o ponto de partida para definir os contornos de Lágrimas no Mar, seu novo e último disco.

“Foi uma noite pautada por elementos tão preciosos como a poeticidade, a delicadeza, o afeto. Vivenciamos um momento especial, um olhar de delicadeza aos pequenos detalhes do cotidiano. Uma espera de dois anos pelo show O Real Resiste acabou desaguando em Lágrimas no Mar, um show com a união de um pianista virtuoso, incrível como o Vitor, e um cantor e poeta que é o Arnaldo. Foi um momento de destaque da PUCRS Cultura nos últimos anos, trazendo essa possibilidade de viver o Campus e sobretudo pensar a cultura como educação”, destaca o diretor do Instituto de Cultura, professor Ricardo Barberena.

O encontro com a plateia

Cerca de mil pessoas estiveram no evento que, segundo o professor, acabou sendo também uma celebração da vida depois de um momento de tantas perdas. “Março é um sempre um mês especial no nosso Campus, de volta às aulas, de recomeços. O show acabou sendo uma grande arte do encontro com a plateia, com os artistas e a esperança de um presente e de um futuro um pouco mais tranquilo”, destacou.

No repertório, além das novas canções, estiveram clássicos como Socorro e O Pulso. Canções de Marisa Monte, Caetano e Itamar Assumpção também emocionaram o público presente, além da participação especial da cantora Marcia Xavier.

Sobre o show Lágrimas no Mar

Arnaldo Antunes e Vitor Araújo apresentam um show que conta com apenas voz e piano, um formato inédito para ambos os artistas, que uniram o gosto pela experimentação na criação do álbum. O disco reúne novas canções, releituras, interpretações e participações especiais. O show teve interpretação simultânea na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Sobre o novo álbum

Lágrimas no Mar, álbum lançado em novembro de 2021, é fruto da sintonia criativa da voz de Arnaldo Antunes com os arranjos do pianista Vitor Araújo. O disco foi gravado no estúdio Canto da Coruja, o mesmo em que Arnaldo havia gravado seus dois últimos discos, num sítio no interior de São Paulo. O novo álbum traz em suas canções a compreensão da natureza emocional, resultado da imersão na música e o convívio com a natureza.

Ar de Arte: projeto conecta pacientes em recuperação a artistas locais - Apresentações ao vivo de diferentes estilos musicais promovem o bem-estar de pessoas internadas no Hospital São Lucas da PUCRS e fomentam o mercado cultural

Rosana Hammarströn comenta que o projeto trouxe mais diversão para o seu dia a dia / Foto: Lucas Vilella

A arte está sempre presente nos mais diferentes aspectos da nossa vida, seja nos grafites nos muros da cidade, seja na música de fundo no supermercado ou até mesmo nos poemas escritos nas ruas. Muitas vezes, estamos tão habituados com a arte que ela passa despercebida. Da mesma maneira acontece com a respiração. É por isso que um projeto que vem acontecendo na Universidade recebeu o nome Ar de Arte. Ele busca lembrar que a arte é tão essencial quanto o ar para viver. 

A iniciativa é de professores e estudantes das Escolas de Medicina, Humanidades e integra as ações do projeto do CNPq Leitura, arte e prazer em espaços do Hospital São Lucas da PUCRS, e além disso, conta com o apoio da equipe do Instituto de Cultura da Universidade. Até o momento, a ação que planeja focar nos momentos em que a arte entra na vida das pessoas atenuando situações que muitas vezes parecem fora de controle – como doenças que surgem de forma inesperada -, já beneficiou pacientes das áreas da Oncologia, da Psiquiatria e da Hemodiálise do HSL.  

Além de promover o bem-estar, o entretenimento e uma recuperação mais tranquila, o projeto também valoriza a indústria cultural local, uma das áreas mais afetadas pela crise e pela instabilidade que se intensificaram na pandemia de Covid-19. O grupo de artistas que participa, com músicos de diferentes estilos, recebe um cachê para cada apresentação, que acontece semanalmente. Ou seja, todos interagem e se beneficiam. 15 tablets, pelos quais são transmitidas apresentações ao vivo por meio de videochamadas, também ficam à disposição para o acesso de playlists no YouTube com um vasto acervo que reúne vídeos de música, artes visuais, dança, curtas metragens e conversas.  

“A gente pensa mais na vida. A música traz muitas lembranças”, conta Flávia de Oliveira, uma paciente. “Traz alegria e ameniza o sofrimento. É uma forma muito gostosa de passar o tempo”, complementa Rosana Hammarströn, outra paciente. 

Um processo de resgate da identidade 

Ar de Arte: projeto conecta pacientes em recuperação a artistas locais - Apresentações ao vivo de diferentes estilos musicais promovem o bem-estar de pessoas internadas no Hospital São Lucas da PUCRS e fomentam o mercado cultural

Paciente Flávia de Oliveira aprova a ação cultural / Foto: Lucas Vilella

Isabela Bitencourt, aluna do curso de Medicina e participante do projeto, conta que teve uma das suas experiências de vida mais emocionantes. “Foi com uma paciente da UTI que eu acompanho. É um caso muito grave, ela usa máscara de oxigênio, está com hipoglicemia e mesmo com toda a fragilidade do quadro de saúde, em uma das lives, ela teve forças para conseguir cantar junto com a cantora e pedir músicas”, conta. 

Ela complementa que a paciente também se emocionou bastante e “conseguiu se reconectar com quem ela era antes de tudo isso, antes da doença. Esse resgate da dignidade é fundamental para o processo de cura ou de tratamento”. 

Entre os depoimentos, algumas das frases mais comuns são “assim me divirto um pouco, gosto de ver vocês”, “estou pronto para mais uma”, “hoje vou pedir música” e “legal, é rock do meu tempo”, conta Ivan Antonello, médico nefrologista no HSL, sobre as manifestações de pacientes que fazem uma ruptura no seu dia comum de diálise, presos às linhas de uma máquina: 

“Surpresos, recebem fones de ouvido e são embalados pela imagem e o som de um músico movimentando-se na telinha do computador. Lembram momentos bons de quando a música e a saúde eram parceiras. Percebem que também podem ser protagonistas ao escolherem a canção. E nós, acadêmicos, enfermagem e médicos nos alegramos com a alegria deles”.

Essa aproximação com pacientes também é uma oportunidade para a formação de estudantes: “Eles aprendem a escutar com mais atenção e nós sabemos que a doença não é tudo que o paciente traz consigo quando interna. Eles carregam sofrimentos que são particulares, individuais e têm causas próprias”, reforça. 

A cultura é o cultivo da vida 

Ar de Arte: projeto conecta pacientes em recuperação a artistas locais - Apresentações ao vivo de diferentes estilos musicais promovem o bem-estar de pessoas internadas no Hospital São Lucas da PUCRS e fomentam o mercado cultural

Ar de Arte leva mais cultura para pacientes do HSL / Foto: Lucas Vilella

Levar a arte para que as pessoas possam respirar e ter um pouco mais de paz em um momento tão difícil. Esse é um dos objetivos do projeto, afirma Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da PUCRS. “Ele nasce da convicção de que a arte é, acima de tudo, uma forma de resistência e reexistência. A cultura é uma forma de nos humanizar, mas também de fortalecer em muitos momentos”, destaca. 

Já para Diego Lopes, um dos músicos da iniciativa, a sua participação é uma forma de devolver o bem que a música o faz. “Em cada época da minha vida eu tenho uma memória afetiva com grandes canções e isso faz parte da minha formação. Poder dividir essas memórias é uma satisfação pessoal muito grande”, reforça.  

Saiba mais sobre o projeto e conheça a equipe.  

Galeria a Céu aberto: novo site apresenta referências e detalhes das obras - Espaço educativo explora saberes e ideias concebidas por cada artista por trás dos muraisO Instituto de Cultura da PUCRS apresenta o mais novo site Galeria a Céu Aberto, que reúne conteúdos sobre os murais artísticos distribuídos pelo Campus da Universidade. Além de expor imagens e vídeos das obras, foram desenvolvidos textos especialmente para o espaço online, que permite que o público conheça mais sobre os artistas envolvidos no projeto. 

Também é possível encontrar referências e inspirações por trás de cada uma das três obras realizadas até o momento. O site está dividido em seis seções, com uma navegação intuitiva para quem deseja explorar e conhecer mais sobre os conceitos, detalhes dos murais, informações sobre cada profissional e seus trabalhos artísticos. 

Galeria a Céu Aberto é um projeto iniciado em 2017, que teve o primeiro mural finalizado em 2019, pelo artista Kelvin Koubik. Também conta com as obras de Paula Plim e Renan Santos. Os três murais estão localizados na Rua da Cultura e na Escola de Humanidades. 

Segundo o diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, a ideia é que seja criado pelo menos um novo mural a cada ano, com a proposta de inserir ainda mais arte e humanismo na vida diária de quem anda no Campus.  

Para saber mais acesse o site oficial do projeto.

Ateliê PUCRS Cultura: Desenhando formas e traços básicos com Anna Jonko - Instagram do Instituto de Cultura lança a série Pratique em casa, com dicas artísticasO Ateliê PUCRS Cultura busca proporcionar experiências por meio de práticas artísticas. Durante a pandemia, a alternativa para dar continuidade ao projeto foi realizar uma versão digital. Para isso, foram publicados vídeos curtos no Instagram da PUCRS Cultura, todos levando propostas práticas para que as pessoas pudessem explorar seu corpo e a sua criatividade sem sair de casa. Que tal aproveitar esses últimos dias de férias para conhecer algumas dessas técnicas e se aventurar?  

Para quem quer aprender a desenhar 

O primeiro episódio da versão virtual do Ateliê PUCRS Cultura, Desenhando formas e traços básicos, traz a ilustradora e professora Anna Jonko, que dá sugestões para quem quer começar a desenhar, utilizando materiais básicos e ensinando modos de soltar a mão e o traço para produzir um desenho mais fluido. Quem sabe você não começa a se expressar pelas artes visuais depois disso?  

Para quem pensa no planeta 

Aprenda a aproveitar o alimento no Ateliê PUCRS Cultura

Aprenda novas receitas e ajude o meio ambiente / Foto: divulgação

Você já pensou no lixo que produz e gostaria de saber como reduzi-lo? No episódio Aproveitando integralmente o alimento a professora e nutricionista Kátia Rangel Petry mostra como aproveitar totalmente alguns alimentos, como a cenoura e a beterraba. A proposta é utilizar partes não tão valorizadas, como talos e cascas, para produzir um prato delicioso sem desperdício. Você pode usar uma receita de panqueca da sua preferência e adicionar os ingredientes, por exemplo.  

Para aqueles que querem conhecer as possibilidades do corpo 

O episódio Corpo casa: despertando para seu espaço e tempo é a oportunidade para que você possa explorar o seu corpo através da dança e se manter ativo mesmo dentro de casa! A coreógrafa convidada é Fernanda Amaral, que pesquisa práticas de improvisação presencial e através de plataformas online com uma abordagem na cultura corporal do movimento acessível a todos. Com isso, independentemente da sua afinidade com a dança ou experiências anteriores, você consegue cuidar do seu corpo e se divertir dançando.  

Para quem tem uma peça de roupa que não usa mais  

Foto: divulgação

Já pensou em customizar aquela peça de roupa esquecida no armário? O episódio Bordando em alto relevo ensina técnicas de bordado que podem ser utilizadas para fazer uma renovação do visual dessa roupa com desenhos exclusivos feitos em casa. A convidada, Lorena Risse, ensinará, em especial, o ponto rosa, também conhecido como ponto teia. Com ele, é possível construir projetos com variedade de alturas, alcançado um resultado multissensorial. 

Para quem tem crianças em casa (ou quer aprender um novo instrumento) 

Tem um violão guardado aí? É a chance de apresentar o mundo dos instrumentos musicais para a criança que vive com você! O professor Pablo Grilo trouxe ao ateliê PUCRS Cultura dois episódios voltados a esse público. Dividido em duas partes, episódio Sensibilização do violão: uma aula inicial para crianças introduz o estudo do instrumento para o público infantil 

Na primeira parte, o professor realiza um convite para o estudo continuado do violão e da música. Em um segundo momento, Pablo Grilo avança nas lições de violão popular e ensina a tocar um acalanto. Apesar da proposta ser se comunicar com o público infantil, adultos que ainda não tiveram contato com o instrumento podem iniciar seus estudos a partir destes vídeos.  

Já experimentou todas essas ideias e quer tentar outras?  

Essa foi apenas uma seleção de alguns dos episódios do Ateliê PUCRS Cultura. Caso você tenha gostado dessas ideias e queira experimentar outros aprendizados artísticos, visite o perfil da PUCRS Cultura no Instagram e assista os demais episódios.