A formação me possibilitou ter orgulho da minha trajetória profissional - Laura Paré conta como a aproximação com o mercado de trabalho ao longo da graduação contribuiu para que atingisse seus objetivos de carreira como jornalista

Curso gratuito capacita educadores e educadoras da rede de ensino / Foto: Envato Elements

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O Novo Ensino Médio trará diversas mudanças estruturais propostas pelo Ministério da Educação (MEC). Dentre elas estão a ampliação do tempo mínimo de permanência de estudantes na escola, a flexibilização do currículo com diferentes possibilidades de escolhas e o foco na formação técnica e profissional.  

Para explicar essas e outras novidades, a PUCRS promoverá uma atividade formativa totalmente gratuita e com certificação para educadores e educadoras da rede pública e privada de ensino. O encontro online está com inscrições abertas e acontece no dia 8 de setembro, das 19h às 20h, pela plataforma Zoom. Agende-se e garanta a sua participação, as vagas são limitadas! 

O evento será mediado pelo Irmão Manuir Mentges, vice-reitor da PUCRS, e contará com a participação do pedagogo e especialista Ricardo Mariz. 

Novo Ensino Médio contemplará abordagens mais atuais 

Aluno desenhando em quadro branco, explicando conteúdo a colegas, no Living 360º

Foto: Bruno Todeschini

De acordo com o portal oficial do MEC, o objetivo da mudança é garantir a oferta de educação de qualidade e aproximar as escolas da realidade dos/as estudantes de hoje, considerando as novas demandas e complexidades do mundo do trabalho e da vida em sociedade. 

A proposta contempla a possibilidade de escolher entre itinerários formativos, conjuntos de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudo, entre outras situações de trabalho, para se aprofundar nos conhecimentos de uma ou mais áreas do conhecimento (além da formação técnica e profissional – FTP). 

“As redes de ensino terão autonomia para definir quais itinerários formativos irão ofertar, considerando um processo que envolva a participação de toda a comunidade escolar”, afirma o comunicado. 

Em portaria publicada no mês de julho, o MEC anunciou que o novo modelo deve começar a ser implementado progressivamente a partir de 2022, começando pelos 1º anos do Ensino Médio. A previsão é de implementação nos 1º e 2º anos em 2023 e nos 3º anos em 2024, completando o ciclo. 

Construindo uma trajetória com propósito 

Sair do ensino médio e fazer decisões sobre o futuro profissional pode ser desafiador. Mesmo assim essa jornada não precisa ser um problema e pode se tornar uma oportunidade de autoconhecimento. 

Para que estudantes comecem a planejar e criar caminhos que façam sentido com os seus objetivos de vida, a PUCRS lançou em 2020 o Projetando o Futuro, uma experiência completa de autodescoberta. O objetivo é incentivar a autonomia e o protagonismo de jovens diante de seus próprios destinos. Conheça o projeto e incentive seus/as estudantes! 

Sobre os convidados 

Ricardo Mariz é pedagogo, doutor em Sociologia e mestre em Educação. Atualmente, coordena a área de Missão e Gestão da União Marista do Brasil (Umbrasil) e o Grupo de Pesquisa Cartografias dos territórios de aprendizagem CNPQ/UCB. Participa do Grupo de Pesquisa de Sociologia Clínica CNPQ/UnB e é conselheiro do Movimento de Educação de Base da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). 

Manuir Mentges é filósofo, doutorando e mestrado em Educação e especialista em Gestão da Educação pela PUCRS. Também atua como pesquisador permanente na Universidade. 

InScreva-se para a formação gratuita sobre o Novo Ensino Médio

Dia Mundial da Educação: quem cuida de quem ensina?

Na pandemia, o trabalho de professoras e professores tem sido essencial para a continuidade do ensino / Foto: Katerina Holmes/Pexels

A pandemia impactou a vida de pessoas no mundo todo, cobrou reações imediatas das autoridades e exigiu da população força e resiliência. A área da educação também precisou se reestruturar e uma nova dinâmica de ensino ganhou espaço, expondo fragilidades e enfatizando desigualdades sociais. Durante este longo período de distanciamento social em que vivemos, já se somam 13 meses de aulas remotas, além de uma série de aprendizados e desafios enfrentados por professores e professoras, principalmente da educação básica. 

No Dia Mundial da Educação, celebrado neste 28 de abril, o contexto de dificuldade reforça a importância de ações que ampliem os investimentos em educação, valorizem os profissionais da área e democratizem o acesso aos ensinos básico, técnico e superior.  

Com o intuito de contribuir com essas reflexões, o estudo Impactos da Pandemia na Pessoa Docente, desenvolvido na Escola de Humanidades da PUCRS e coordenado pela professora Bettina Steren, junto com o seu grupo de pesquisa PROMOT (Processos Motivacionais em Contextos Educativos), identificou nuances da experiência pessoal e profissional dos professores e professoras durante esse período de crise. O grupo faz parte do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCRS, um dos melhores do País, com nota 6 segundo a Capes, e referência internacional. 

A pesquisa ouviu mais de 200 participantes de dezenas de municípios do Rio Grande do Sul e de localidades de fora do Estado e do País, que responderam a um questionário online com 25 perguntas, em maio de 2020. O número mais expressivo de participantes é de docentes de escolas públicas (74,8%), que atuam no Ensino Fundamental (40%) e com mais de 15 anos de docência (36,6%). Eles também representam a maioria (93,6%) das instituições que adotaram o ensino remoto emergencial. 

Superando barreiras que não são físicas 

Dificuldade no uso de tecnologias, adaptação curricular, comunicação, sobrecarga de trabalho e realidade socioeconômica dos estudantes foram os desafios profissionais mais citados pelos participantes. Quando questionados sobre os desafios pessoais, os pontos que mais impactaram a atuação dos docentes foram a expectativa de atender às necessidades tanto dos estudantes e dos pais como das coordenações, e a dificuldade de cativar as turmas sem a possibilidade de contato físico proporcionado em sala de aula.  

De acordo com a pesquisadora, apesar dos obstáculos, os docentes seguem ativos buscando formas de minimizar os impactos negativos da pandemia no futuro dos estudantes – especialmente daqueles que possuem menos recursos:

“Há professores e professoras, juntamente com estudantes, buscando incansavelmente formas de manter o ensino e os processos de aprendizagem em ação. Na visão de docentes de escolas públicas e privadas, segundo dados da pesquisa, a experiência destes dois anos tem contribuído em certa medida para o desenvolvimento da autonomia dos estudantes, assim como a valorização da escola e autoconhecimento emocional”

Perspectiva de superação e aprendizado também é apontada na pesquisa 

Um ano de conquistas e reconhecimentos para a PUCRS - Universidade ganhou prêmios e se destacou em diferentes áreas

O papel da Universidade é transformar o futuro ao lado da comunidade por meio do ensino / Foto: Bruno Todeschini

Além das dificuldades, os professores da educação básica também citaram os aprendizados desse período de docência remota. Dentre os aspectos profissionais, estão o acesso a novas tecnologias e metodologias de ensino, o aprimoramento do planejamento docente e o desenvolvimento profissional. Na perspectiva pessoal, empatia, autoconhecimento, planejamento e resiliência foram os aprendizados mais citados.  

Para o pós-pandemia, Bettina ressalta que as pesquisas sobre bem-estar e mal-estar docente apontam para a necessidade de valorização profissional, representada por melhores condições de trabalho, sejam elas referentes à infraestrutura das escolas, programas de formação docente continuada, aumento salarial, ações governamentais, respeito à trajetória e escuta de cada professor e professora:

“Os estudos indicam, também, a necessidade de institucionalização de redes de apoio nas comunidades escolares em parcerias com universidades e profissionais de diferentes áreas, como apoio psicológico, rodas de conversas e metodologias ativas na resolução de problemas e construção do conhecimento.    

Dia Mundial da Educação para além do ensino superior 

Para o professor e decano da Escola de Humanidades, Draiton Gonzaga, o Dia Mundial da Educação reforça que o presente e o futuro do País passam, necessariamente, pelas mãos de docentes que contribuem para a formação de cidadãos e cidadãs. Profissionais e cidadãos do futuro dependem de educação de qualidade para dar continuidade à sua trajetória no ensino superior nas mais diversas áreas e construir o amanhã, inclusive, como professores e professoras.  

E é a base para esse futuro que é moldada coletivamente no hoje, afirma Ana Soster, decana associada da Escola de Humanidades. “A Universidade exerce um papel fundamental na formação das pessoas que sonham em ensinar. É na interação com o ensino básico e com a comunidade que fortalecemos a função social da docência e contribuímos para as mudanças. No ambiente acadêmico, aprendendo a ensinar, é que compreendemos o quanto esse processo é permanente e contínuo”, destaca.