vacinação contra a dengue

Vacinação é a melhor ferramenta para a prevenção da dengue. / Envato Elements

Os casos de dengue no Rio Grande do Sul não param de subir: o Estado já registrou mais de 17 mil casos confirmados de dengue em 2024, o que é seis vezes maior do que o mesmo período no ano anterior. Essa explosão de casos é justificada pelas mudanças climáticas, e as fortes chuvas, combinadas de altas temperaturas, formam o ambiente perfeito para a rápida proliferação e contágio da doença entre a população.  

Caracterizada por febre alta, dores pelo corpo e vermelhidão na pele, a dengue já causou 17 mortes no RS e mais de 300 em todo o país. Neste cenário, a vacinação se torna a melhor ferramenta de prevenção contra a doença. No Brasil, a vacina Qdenga é distribuída e aplicada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), fazendo parte do Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde desde fevereiro deste ano.  

A farmacêutica Takeda, de origem japonesa, é a responsável pela vacina Qdenga, feita com o vírus atenuado. Nesta composição, o vírus está vivo, mas sua capacidade infecciosa é menor, desenvolvendo a imunidade no corpo humano e torna a vacina segura.  

O professor da Escola de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança Marcelo Scotta, garante que o imunizante Qdenga é seguro para a população. “A vacina já possui estudos com seguimento de mais de quatro anos sem apresentar eventos adversos relevantes que tenham sido associados a ela”. 

Além desta vacina, concomitantemente, o Instituto Butantan está em fase final do desenvolvimento de um imunizante nacional. Desde 2009, pesquisadores elaboram a vacina que também é feita com o vírus atenuado. Ambas as vacinas protegem contra os quatro tipos de dengue, mas a do Instituto possui em sua composição os quatro diferentes vírus, a que torna mais eficiente. Ambas as vacinas são seguras e oferecem uma boa fonte de proteção.  

“A vacina Qdenga reduz em cerca de 80% o número de casos bem como o número de hospitalizações nos indivíduos vacinados”, destaca Scotta.  

Leia também: Entenda como funciona a produção de uma vacina em 5 passos 

vacinação contra a dengue

Imunizante Qdenga já está disponível e é seguro para a população/ Foto: Divulgação

Nas regiões em que a vacina já é aplicada, a faixa etária de 10 a 14 anos é o público-alvo, idades que concentram a maior proporção de hospitalização pela doença. O professor destaca que o sucinto público se dá pela limitação de doses disponíveis.  

“Como o Brasil é um dos países mais afetados, a aplicação vem em ótimo momento. Entretanto, ainda está sendo feita em faixas etárias restritas por limitações na capacidade de produção do fabricante”, elenca. 

Enquanto a vacina não é liberada para a população em geral, a recomendação é a mesma de outras endemias tropicais. “O uso de repelentes e eliminar os focos de reprodução do mosquito, evitando água parada acumulada são as principais ações de proteção”, menciona Scotta. 

O Rio Grande do Sul ainda não recebeu doses do Ministério da Saúde, mas as doses podem ser encontradas na rede privada. 

Confira 5 dicas para prevenção da dengue 

1. Utilize repelente  

Passar o produto nas partes do corpo que ficam expostas, como braços e pernas, é uma maneira eficaz de manter os mosquitos afastados da pele.  

2. Cubra a maior parte do corpo, quando possível  

O Aedes aegypti é atraído pela substância que o corpo humano elimina por meio do suor e da respiração; por isso, é importante utilizar roupas que cubram a maior parte do corpo para atenuar esse processo.  

3. Elimine focos de água parada  

Evite deixar qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros desde espaços como caixas d’água e piscinas abertas até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta.  

4. Coloque telas em janelas e portas  

Fique, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.  

5. Aplique inseticidas e larvicidas  

Inseticidas são grandes aliados na prevenção da dengue, pois ajudam a eliminar focos do mosquito em locais abertos e fechados. Na PUCRS são realizadas aplicações regulares de inseticidas e larvicidas nas áreas externas em todo o Campus.  

Leia mais: Dengue: confira dicas para prevenir a doença 

Autoexame é fundamental para a prevenção da doença

Mais de 80% dos casos de câncer de boca estão relacionados a hábitos do paciente. / Foto: Bruno Todeschini

O câncer de boca é um tumor maligno que acomete os lábios e estruturas da boca como língua, céu da boca, gengiva, amígdalas e glândulas salivares. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2022, mais de 15 mil pessoas foram acometidas pela doença, afetando principalmente homens acima dos 40 anos.  

A Organização Mundial da Saúde (OMS), afirma que o câncer de boca pode ser prevenido de forma simples, por meio da promoção da saúde bucal, da ampliação do acesso aos serviços de saúde e do diagnóstico precoce. A PUCRS é referência na área de Saúde Bucal: o Serviço de Atendimento Odontológico do curso de Odontologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e o Serviço de Estomatologia e Prevenção do Câncer Bucomaxilofacial do Hospital São Lucas (HSL) oferecem assistência odontológica em diversas especialidades para a comunidade em Porto Alegre.  

Além disso, pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da PUCRS desenvolvem diversos estudos nas áreas de concentração em Clínica Odontológica e Biologia Oral. A professora Fernanda Salum, que atua na área de Estomatologia, explica quais são as causas do câncer de boca e quais hábitos saudáveis podem ser adotados para evitar a doença. 

Consumo de álcool e cigarro contribui para o aparecimento da doença 

Autoexame é fundamental para a prevenção da doença. / Foto: Pexels

Conforme a docente, mais de 80% dos casos de câncer de boca estão relacionados a fatores externos, ou seja, os hábitos do paciente. Fernanda alerta que o principal fator associado é a exposição ao sol (câncer de lábio), o consumo de tabaco (cigarros, cachimbo, charuto, palheiro e fumo de mascar) e o consumo de álcool.   

Nos últimos anos, o alto número de jovens utilizando cigarros eletrônicos também influenciou os registros de pessoas acometidas pelo câncer de boca, pois o hábito é tão ou mais prejudicial quanto o consumo do cigarro convencional. 

Em 2020, o Atlas de Mortalidade por Câncer relatou que o número de mortes pelo câncer de boca atingiu em sua maioria homens, totalizando 4.767 casos, enquanto o número em mulheres foi de 1.425 casos. A professora explica que o HPV (papiloma vírus humano) também pode causar a doença, podendo então provocá-la principalmente nas regiões mais posteriores da cavidade oral. 

Com isso, além de evitar o consumo de tabaco e álcool, recomenda-se o uso de filtro solar labial para a prevenção do câncer de boca. Outra forma de combater a doença é o autoexame, pois sempre que o paciente perceber feridas (úlceras) bucais que não cicatrizam, placas brancas ou manchas vermelhas na cavidade oral, deve procurar um especialista. Fernanda destaca que, com o diagnóstico ainda nos estágios iniciais, as chances de cura são altíssimas, sem necessidade de cirurgias mutiladoras. 

Como manter a saúde bucal em dia 

Entre as principais doenças da cavidade bucal estão também a cárie e a doença periodontal (doença da gengiva e dos tecidos de suporte dos dentes). Fernanda pontua que as boas práticas de cuidados bucais para a prevenção destas enfermidades envolvem higiene bucal adequada. Isso inclui escovação com pastas de dentes fluoretadas e uso diário de fio dental, além de visitas regulares ao dentista, determinadas de acordo com as necessidades do paciente.  

“Além de manter adequada higiene bucal, o paciente deve estar ciente dos malefícios do tabaco e do álcool. Manter uma dieta adequada também é importante, assim como a hidratação da mucosa com ingestão frequente de água. Evitar bebidas ou alimentos muito quentes e eliminar qualquer fator traumático bucal como próteses mal adaptadas é fundamental”, conscientiza a professora.   

Leia também: Conheça a importância da vacinação para erradicar doenças

atentado escolas, medo online

A disseminação do medo encontra um ambiente fértil nas plataformas de mídia social/ Foto: Soumil Kumar/Pexels

Espaços costumeiramente lotados de crianças e jovens estão atipicamente esvaziados nas últimas semanas por medo de supostos ataques armados em escolas e universidades. Assistimos a um crescente efeito de paralisação social e pânico generalizado diante da disseminação massiva do medo.

O medo sempre foi a grande arma do terrorismo em diferentes circunstâncias históricas e momentos midiáticos. Qual é a dinâmica que sustenta as iniciativas de ataque? Com uma força reduzida e condições objetivas precárias, quem ataca conta com a reação do alvo para obter sucesso.

Explico melhor: um jovem armado que adentra uma escola solitariamente, por exemplo, teria pouquíssimas condições objetivas de ter êxito. Caso o alvo reagisse apenas racionalmente, ele certamente seria interceptado e o dano mitigado.

Entretanto, quem ataca conta com o pânico e o despreparo de uma reação completamente emocional das vítimas que são surpreendidas por um inédito absurdo que não encontra referência anterior para saber como reagir adequadamente. Assim acontece tanto em um ataque isolado em uma cidade de Santa Catarina como em uma grande capital de países do hemisfério norte quando são vítimas de grupos organizados ou de lobos solitários com distintas motivações para o ataque.

No contexto que assistimos nas últimas semanas no Brasil há um agravante que caracteriza o comportamento social contemporâneo. As construções do medo encontram um superaliado nas plataformas de mídia social. Em diferentes épocas, diferentes mídias causaram o mesmo efeito. Há um episódio ocorrido nos Estados Unidos em 1938, quando uma transmissão de radioteatro realizada por Orson Welles, interpretando trechos do livro A Guerra dos Mundos foi apresentado como um episódio de uma série de Halloween, na Rádio CBS. Parte significativa da população acreditou na invasão de marcianos interpretada por Welles e espalhou-se o pânico e a confusão generalizada.

Hoje, a promoção contagiante do medo acontece em plataformas como TikTok, Twitter e, especialmente, nos grupos de comunicadores instantâneos como o WhatsApp. No caso das plataformas das Big Techs que estão por trás das mídias sociais, há um grande negócio sendo sustentado pelos algoritmos que promovem esses conteúdos e têm ganhos diretos com a viralização do medo. Um tema árduo que governos e sociedade precisam enfrentar com rigor e celeridade, afinal, a comunicação gerenciada pelos algoritmos nas mídias sociais não é nem livre, nem democrática. É um negócio com fins lucrativos que usa os conteúdos dos indivíduos como matéria-prima e produto.

Trata-se de uma verdadeira pandemia de problemas de saúde mental sendo gerada pela lógica dos algoritmos que adoece com mais intensidade a parte sensível da nossa sociedade: crianças, adolescentes e pessoas emocionalmente frágeis. O medo e a vertigem se instalam de uma forma tão consistente que passam a definir reações e comportamentos criando a realidade de caos.

O que vemos hoje? Famílias e escolas em guerra de responsabilidade, estudantes e universidades se enfrentando por medidas concretas e impossíveis que façam desaparecer o medo, expressões de raiva que atendam a necessidade emocional de construir a potência para enfrentar os ataques, enfim, o caos instalado. Ainda, um sem-fim de conteúdos falsos de baixíssima qualidade sendo compartilhado atendendo exatamente o que buscam os “frágeis terroristas”. Com esse comportamento, nos tornamos os grandes divulgadores, colaboradores e viabilizadores dos ataques bem-sucedidos.

Quem ganha com o caos? Os grupos e pessoas que estão promovendo os ataques. Desestabilizar os eventuais alvos, desorganizar a reação e esgarçar o tecido social a partir da desunião dos cidadãos já é um resultado concreto, afinal, representa ganho de atenção e de poder do terrorismo sobre a sociedade que se fragiliza pelo medo e abandona sua capacidade de reagir.

No horizonte das esperanças possíveis, há uma pista concreta para compreender como o medo assume esse lugar tão significativo na sociedade, especialmente no caso brasileiro. Não temos mecanismos de cuidado e prevenção. Nos sentimos desprotegidos porque nossa cultura reativa não permite que tenhamos um sistema de proteção confiável. Governos e organizações de todos os portes e todas as naturezas não investem em conhecimento e capacitação das pessoas para o cuidado de si e da coletividade.

Professora Rosângela Florczak, Famecos

Rosângela Florczak é especialista em prevenção de crise em organizações educacionais. / Foto: Arquivo pessoal

Não sabemos como agir quando nos defrontamos com ameaças. Escolhemos não mapear riscos, não falar em prevenção para não causar pânico, preferimos imaginar que nada de ruim vai acontecer e se acontecer não será com a gente.

Essa chave precisa virar. Se nossas crianças souberem qual a rota de fuga em uma situação de perigo, seja ele de causa natural, humana ou estrutural; se identificarmos sinais coletivamente conhecidos para reagir a esses momentos; se nossos professores e trabalhadores da educação estiverem treinados física e emocionalmente para agir; se pais e mães se alfabetizarem digitalmente e protegerem seus filhos e filhas dos perigos e riscos das mídias sociais e de todo ambiente digital, entre tantas outras atitudes preventivas possíveis, vamos enfrentar momentos difíceis com efetividade e segurança.

Construir uma cultura do cuidado não vai impedir as mazelas sociais, os desastres e as tragédias, mas vai economizar vidas e saúde mental coletiva. Vai viabilizar que trabalhemos com cenários complexos e que possamos agir com serenidade e assertividade. Já passou da hora de começar a revolução fundamental do cuidado para evitar a barbárie social.

Sobre a autora

Rosângela Florczak é Doutora em comunicação pela PUCRS. Pesquisadora do projeto Risco e Crise no contexto da Comunicação (UFRGS e PUCRS), pesquisadora do PPGCOM/PUCRS com a linha de pesquisa Prevenção e gestão de crise na ambiência digital. É especialista em prevenção de crise em organizações educacionais, tendo atuado em situações de risco em escolas de educação básica e universidade de todo o País.

foto da fachada da Universidade mostra a escultura da entrada

Serviços requerem agendamento prévio | Foto: Ascom PUCRS

A PUCRS passa a atender de forma presencial alguns dos seus serviços no Campus, mediante agendamento, e seguindo um conjunto detalhado de recomendações, de prevenção e de segurança. A Universidade já deu início à implementação do seu Plano Institucional de Prevenção e Redução de Riscos | Covid-19, voltado à segurança do trabalho, considerando todos os protocolos previstos no modelo de distanciamento controlado do Estado e Município, e já consolidou seu Guia dos casos suspeitos e confirmados, que estabelece os processos de atenção e cuidado com relação à saúde e ao bem-estar da comunidade universitária.

Confira e acompanhe as atualizações emhttp://www.pucrs.br/coronavirus/

Central de Atendimento ao Aluno

A central reabre em regime de atendimento presencial, mediante agendamento, com antecedência mínima de (1) um dia útil. Cada setor da central (Registro Acadêmico, Financeiro e PROUNI) atenderá através dos seus próprios canais. O atendimento presencial no Registro Acadêmico é voltado somente para os casos que não podem ser atendidos de forma online.

Coordenadoria de Registro Acadêmico: [email protected]  ou através do WhatsApp (51) 984430788
Financeiro: [email protected]  ou através do telefone (51) 3320-3588
PROUNI: [email protected]  ou através do telefone: (51) 3353-7974

PUCRS Carreiras

O setor de atendimento do PUCRS Carreiras retorna as atividades presenciais a partir do dia 9 de junho, para assuntos relacionados aos estágios. O serviço funcionará em regime de plantão, nas terças e quintas-feiras, das 10h às 16h, mediante agendamento pelo WhatsApp (51) 9 9984 1653.
Os demais serviços oferecidos pelo PUCRS Carreiras como Consultoria de Carreira, Oficinas e Processos de Seleção continuam acontecendo de forma online.

Parque Esportivo

A primeira unidade do campus a implementar o Plano Institucional e retomar gradualmente as atividades foi o Parque Esportivo. O Parque está recebendo apenas quem já é aluno para atividades agendadas e individuais de pilates, funcional, musculação e natação.  O ambiente foi todo sinalizado e há procedimentos de segurança que buscam garantir a saúde e o bem-estar, tanto dos alunos como de toda a equipe.
A natação está funcionando de segunda a sexta-feira, das 9h às 22h, com as modalidades Natação Aprendizagem, Raia Livre e Condicionamento para o público adulto na piscina olímpica. Todas modalidades precisam ser agendadas, exceto Raia Livre.
Os contatos para todos os agendamentos são: (51) 33320-3910 e (51) 3320-3622, pelo WhatsApp (51) 98428-8317 ou pelo e-mail [email protected].

Biblioteca 

Devoluções e empréstimos podem ser realizados, de forma presencial, pela comunidade acadêmica com vínculo ativo com a Universidade, mediante agendamento, de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h. Além disso, a Biblioteca Irmão José Otão está oferecendo treinamentos online para quem está produzindo sua monografia, artigo e pesquisas.
Os materiais devolvidos ficam em quarentena durante 5 dias e, após esse período, serão higienizados antes de serem incorporados ao acervo para novos empréstimos.
Para retiradas:
Contatos pelo e-mail [email protected]  ,contendo os dados da obra (autor, título e localização na estante) até às 21h do dia anterior à retirada do material. Para retiradas de material nas segundas-feiras, o e-mail deverá ser enviado até às 21h da sexta-feira anterior.
Para verificar a disponibilidade de espaço nos pavimentos, entrar em contato pelos telefones: (51) 3320.3684, (51) 3353.4370 ou (51) 3353.8348.

Leia também: Universidade mantém aulas online até o final do semestre

Incorporado ao Calendário da Saúde desde 2008, o Dia Nacional do Controle da Infecção Hospitalar tem como objetivo reforçar a conscientização de agentes de saúde sobre as medidas de prevenção para a segurança dos pacientes. Entre essas ações preventivas, a higiene de mãos é uma das mais antigas e eficazes, e por isso tem sido constantemente recomendada na luta contra a Covid-19.

Uma aliada histórica, a lavagem das mãos também é a principal ação adotada por profissionais para combater as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Eventos adversos nas instituições de saúde em todo mundo, as IRAS ocorrem através da transmissão de microrganismos durante procedimentos assistenciais. A enfermeira Camila Piuco Preve, membro da equipe do Serviço de Controle de Infecção do Hospital São Lucas (HSL), destaca a importância da conscientização individual para o controle das IRAS. “Ao higienizar as mãos corretamente, o profissional prevenirá a transmissão de infecções, a contaminação do ambiente com potenciais patógenos e a transmissão cruzada de microrganismos. Trata-se da medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação de IRAS, podendo ser realizada com o álcool gel ou água e sabonete”, salienta.

Diante do impacto das IRAS no âmbito da saúde pública, os Serviços de Controle de Infecção (SCI) têm um papel crucial dentro das instituições de saúde. O infectologista Fabiano Ramos, chefe do SCI do Hospital São Lucas, ressalta que o serviço atua em conjunto com a direção do Hospital para levar aos colaboradores e ao corpo médico ações que reforçam a segurança dos pacientes. “Constituído por diversos profissionais como médicos, enfermeiros e farmacêuticos, o SCI é responsável por monitorar e notificar as infecções ocorridas dentro das instituições de saúde, instituir e controlar Medidas de Bloqueio Epidemiológico para prevenção de doenças infectocontagiosas, realizar o controle de antimicrobianos e promover o seu uso racional, além de planejar, executar e implantar ações de prevenção de IRAS e oferecer respaldo científico aos profissionais de saúde”, aponta Ramos.

Covid-19 reforça as ações preventivas

Com a pandemia do novo coronavírus, tornou-se ainda mais evidente a importância da atuação dos Serviços de Controle de Infecção dentro dos hospitais. Os profissionais destes serviços, respaldados por referências científicas e recomendações nacionais e internacionais, orientam e implementam medidas preventivas para a evitar a contaminação de pacientes, familiares e profissionais. Também são responsáveis pelo estabelecimento e mudanças de rotinas institucionais em conjunto com os gestores envolvidos e pela educação das equipes que prestarão assistência aos pacientes com suspeita ou confirmação da Covid-19.

“Como controladores de infecção, atuantes no Hospital São Lucas da PUCRS, esperamos que após a pandemia fique evidente tanto para profissionais quanto para a população no geral que medidas simples, mas muitas vezes negligenciadas anteriormente, como a etiqueta respiratória, a utilização correta de Equipamentos de Proteção Individual, a vacinação, a limpeza e desinfecção de superfícies e ambientes e, principalmente, a higiene de mãos são de extrema importância para a prevenção de disseminação de doenças e garantem a segurança e a saúde de todos os envolvidos”, comenta a enfermeira Camila.

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Foto: SCHUTTERSTOCK

Um dos projetos que faz parte do PUCRS PrInt, proposta da Universidade contemplada em edital do Programa Institucional de Internacionalização da Capes, Aspectos biopsicossociais associados à saúde do indivíduo na vida adulta envolve estudos de professores de diversas áreas e associados com pesquisadores de 22 instituições, dos seguintes países: África do Sul, Bélgica, Canadá, China, Espanha, EUA, Finlândia, Itália, Reino Unido e Suíça. Uma delas é com a Mayo Clinic, líder mundial em assistência médica sem fins lucrativos, dos EUA.

Os estudos avaliam aspectos da saúde através de duas grandes ênfases: clínica e experimental. Na primeira, visam a investigar a saúde de uma forma abrangente. Os experimentais buscam compreender impactos de ambientes estressores precoces no comportamento do adulto, rotas de neurotoxicidade e o seu possível envolvimento em transtornos neurológicos e psiquiátricos e mecanismos de resistência bacteriana. Como resultado, o projeto prevê a elaboração de práticas interventivas e de prevenção.

Leia mais na reportagem Saúde do adulto em foco, na edição 190 da Revista PUCRS.

 

Conferência Marista, Escola de Direito, debateA primeira Conferência Marista sobre Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil acontece no dia 31 de maio, sexta-feira. Em homenagem ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-Juvenil, o encontro busca conscientizar sobre a violência sexual contra jovens. Psicólogos, psiquiatras e juristas se reúnem no auditório do Prédio 11 do Campus (Avenida Ipiranga, 6.681 – Porto Alegre) para discutir o perfil dos agressores, impactos na saúde mental dos abusados e serviços de acolhimento às vítimas. A conferência é uma parceria entre o Centro Marista de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente e a Escola de Direito da PUCRS. O evento é aberto ao público, gratuito e tem início às 8h. As inscrições são limitas e podem ser feitas até 29 de maio, através do link.

Confira a programação completa:

Credenciamento – 8h

Abertura oficial – 8h20min

Anatomia da violência sexual – Perfil psicológico e comportamental do agressor – 8h30min
Palestrante Lisieux Elaine de Borba Telles 

Perfil do Abusador sob a ótica da investigação – 9h10min
Palestrante Luiz Walmocyr Jr 

Intervalo – 9h50min

Os impactos do abuso sexual infantil na saúde mental do abusado – 10h
Palestrante Maria Lucrécia Scherer Zavaschi

O olhar do Sistema de Justiça à Criança e ao Adolescente Vítima – 10h50min
Palestrante Maria Regina Fay de Azambuja

Painel de perguntas – 11h35min
Mediador Carlos Kremer

Encerramento – 12h

Compromisso com a proteção da vida

Na busca pela garantia dos direitos desses jovens, a Rede Marista conta com o trabalho do Centro Marista de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente desde 2018. O órgão é responsável por ações de formação e conscientização, como debates, palestras e visitas aos órgãos públicos vinculados à proteção infantil. Ainda, elabora materiais com orientações para auxiliar na identificação e resolução do problema. O contato com a equipe do Centro pode ser feito presencialmente, na Fundação Irmão José Otão, no prédio 2 do Campus, através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3205-3107.

 

 

 

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4º Seminário Intersetorial de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio

Grande público presente no seminário
Foto: Bruno Todeschini

Promover um profundo diálogo a respeito do suicídio, suas causas e estratégias de prevenção, abordando-o como uma questão de saúde pública. É o que foi proposto no 4º Seminário Intersetorial de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio, sediado na PUCRS e promovido pelo Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio do Rio Grande do Sul e pelo Programa de Assessoramento e Defesa e Garantia da Assistência Social da União Brasileira de Educação e Assistência da PUCRS (UBEA). O evento, ocorrido na última quarta-feira, dia 5 de setembro, no Salão de Atos, reuniu mais 1,5 mil pessoas, entre funcionários públicos, da saúde, educação, acadêmicos, pesquisadores e público em geral, que buscavam compreender melhor essa realidade e capacitar-se para atuar na prevenção, intervenção e no cuidado de casos de suicídio.

No Rio Grande do Sul, estado brasileiro com a maior taxa de ocorrências, por ano, são 11 casos para cada 100 mil habitantes, o dobro dos registros nacionais. “Hoje, procura-se intensificar a informação e a conversa, para ajudar as pessoas que estão no caminho do suicídio e para que se desenvolvam cuidados com os potenciais suicidas e suas famílias. Assim contornar a situação e minimizar a dimensão dessa tragédia para a espécie humana”, afirmou o secretário Estadual de Saúde, Francisco Zancan Paz.

4º Seminário Intersetorial de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio

Cheila Marina de Lima
Foto: Bruno Todeschini

Participou também da solenidade, a secretária de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul, Maria Helena Sartori. A representante do Estado destacou a importância de abordar o tema de forma intersetorial, como se propõe o seminário, envolvendo as famílias, instituições de ensino, órgãos de saúde, a sociedade e cada um, dentro de seus setores, para que tenham a capacidade de identificar sintomas, orientar e atuar na prevenção. Maria Helena apontou algumas ações que vem sendo realizadas pelo Comitê Intersetorial de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio e outras iniciativas públicas, como as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (Cipaves), que vem atuando dentro das escolas estaduais e municipais.

Representando a Universidade, o professor da Escola de Humanidades e responsável pela Representação Estudantil vinculada à Pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários (Proex), Francisco Kern, falou sobre a importância da acolhida daqueles em situação de risco e de crise, do respeito e da empatia. “Sentimento de compaixão é muito importante, não por pena, mas por compreendermos a condição humano do outro como condição de vida que precisa ser potencializada”, afirmou.

4º Seminário Intersetorial de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio

Marilise Fraga de Souza
Foto: Bruno Todeschini

Em seguida, os painéis foram abertos com a palestra Prevenção do Suicídio: Uma questão de saúde pública, apresentado por Cheila Marina de Lima, enfermeira e consultora do Ministério da Saúde, Marilise Fraga de Souza, vice-coordenadora do Comitê Intersetorial de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio da Secretaria Estadual da Saúde,  e Giovanni Salum Junior, médico e professor do curso de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os profissionais apresentaram à plateia, além de dados e estudos, as principais formas de prevenção e intervenção sendo realizadas pelos órgãos e iniciativas públicas, demonstrando o papel de cada setor no combate dessa questão de saúde pública.  “Para enfrentarmos, precisamos de conhecimento, de evidência, de fatos, parcerias e compromisso. Só juntos vamos conseguir mudar essa realidade”, reiterou.

Centro de Atenção Psicossocial (CAP)

A Universidade oferece, através do Centro de Atenção Psicossocial (CAP), atendimento e acompanhamento gratuito para alunos, professores, gestores e colegiados que necessitam de auxílio no enfrentamento de dificuldades que possam afetar o processo de ensino-aprendizagem e de apoio na busca de soluções para essas questões. O CAP é um espaço de escuta, onde são realizados aconselhamentos por uma equipe interdisciplinar de professores da PUCRS com larga experiência docente e profissional. Além disso, possui parceria com o Ambulatório de Psicoterapia Analítica do Hospital São Lucas (AMPA), para o qual faz encaminhamentos quando observada necessidade de atendimento psicoterápico ou psiquiátrico.

O Centro, localizado na sala 803 do prédio 40, 8º andar, está aberto para atendimento de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 21h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3320-3703 ou pelo e-mail [email protected].

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Foto: zorgist / pixabay.com

A Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS (Faca), em parceria com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), está elaborando um documento inédito na área da segurança aérea, com foco em fatores humanos na manutenção de aeronaves. A partir de um projeto de pesquisa, coordenado pelo professor da Faculdade Éder Henriqson, com o apoio de alunos de iniciação científica, mestrado o e doutorado, o trabalho envolverá análise de artigos científicos, documentos técnicos internacionais e levantamento de ocorrências, além de coleta de dados junto a empresas aéreas de média e alta complexidade e em uma organização militar. Entre as atividades propostas no estudo está a simulação de contextos desafiadores do trabalho na manutenção: “Criaremos cenários para o desenvolvimento de treinamentos baseados em simulações, tendo como foco a aprendizagem de habilidades não técnicas para prevenção de erros humanos na manutenção de aeronaves”, avalia o professor.

A proposta final, explica, é a implantação de um documento que poderá servir de base para a criação de um manual sobre Gerenciamento de Recursos de Manutenção (MRM), considerando as melhores práticas internacionais adaptadas e aprimoradas para o contexto da aviação civil e militar brasileira. Segundo Henriqson, o elemento humano é o elo mais frágil na segurança da aviação, passível de cometer os mais diversos erros já constatados nas ocorrências aeronáuticas investigadas. “Por isso, a atividade de prevenção busca criar novas ferramentas para a redução de eventuais falhas e suas consequências”, diz. O documento contribuirá para a tomada de decisão de autoridades da aviação e para o aprimoramento e desenvolvimento de organizações e profissionais da área de manutenção.