A ex-ginasta será homenageada em mural no centro de Porto Alegre. / Foto: G1/Divulgação

A cidade de Porto Alegre vai ganhar mais um mural: dessa vez, a obra que busca homenagear a ex-ginasta Daiane dos Santos ficará na fachada lateral do prédio da Fecomércio no centro da Capital. O professor do curso de Educação Física da Escola de Saúde e Ciências da Vida da PUCRS e pesquisador do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos, Luís Henrique Rolim, faz parte da equipe do projeto ao lado do seu irmão e muralista Kelvin Koubik. Com 50 metros de altura, o mural DOS SANTOS é uma iniciativa da oitava edição da Virada Sustentável. 

A pesquisa realizada por Rolim é parte fundamental para a elaboração do mural, já que serve de base para desenvolvimento do conceito e dos elementos que irão compor a obra de arte. Além da pesquisa documental sobre a trajetória esportiva, o pesquisador entrevistou Daiane dos Santos para compreender aspectos da vida da hoje embaixadora da ONU Mulheres. 

“Nós buscamos informações através de fontes escritas sobre os aspectos da trajetória da Daiane também da vida pessoal da ex-ginasta. Depois nós fizemos uma entrevista exclusiva com ela para captar elementos simbólicos. A entrevista foi um elemento principal da pesquisa e a gente entregou todo esse relatório para o artista desenvolver a sua arte a partir disso. Diferentes elementos simbólicos que vão poder ser vistos na pintura que tem subsídio na pesquisa.” 

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A homenagem destacará em primeiro plano a força de uma menina que conquistou o mundo e, é também, uma referência aos 20 anos do primeiro título mundial conquistado por Daiane dos Santos, ouro no solo no Campeonato Mundial disputado em Anaheim, nos Estados Unidos. O mural pode ser visto ao lado da elevada da Conceição, em um dos principais acessos à Capital. 

Em 2022, o artista e o pesquisador já estiveram juntos no Catar para elaboração do mural SEM FRONTEIRAS, uma homenagem da Embaixada do Brasil em Doha para o país que sediava a Copa do Mudo de futebol. Kelvin Koubik também é o autor do mural que fica no Prédio 6, em frente à Rua da Cultura na PUCRS. 

“É sempre uma satisfação trabalhar com o Kelvin, e a gente sempre buscou achar a formas de desenvolver trabalhos em conjunto. E agora a gente vem conseguindo, principalmente em trabalhos que envolvem aspectos do esporte que é a minha especialidade. Esperamos que outros projetos aconteçam para continuamos essa parceria.” 

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Sobre a Virada Sustentável 

A Virada Sustentável é um movimento de mobilização para a sustentabilidade que organiza o maior festival sobre o tema na América Latina e um dos maiores do mundo. Ocorre em diferentes cidades do país e, em 2019, foi reconhecido pela ONU como um dos três eventos mais importantes na promoção dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em Porto Alegre, chega a sua oitava edição. A Virada Sustentável traz amplo número de atividades culturais e artísticas que promovem a conscientização ambiental e social. O objetivo é contribuir para a construção de um mundo melhor e mobilizar pessoas para uma guinada sustentável, a partir de uma abordagem positiva, propositiva, que não apenas aponte problemas, mas também caminhos e soluções possíveis para a sociedade. 

A nova ponte tem como objetivo melhorar o fluxo bairro-centro na região. / Foto: Giordano Toldo

Foi liberado hoje o trânsito para veículos na nova ponte sobre o Arroio Dilúvio. A partir de um estudo do trânsito no local, o objetivo principal do projeto foi facilitar a circulação de veículos no sentido bairro-centro, resultando em uma redução expressiva das distâncias percorridas. 

A obra faz parte de um acordo firmado entre a PUCRS e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre que tem como objeto melhorar o fluxo de veículos e pedestres no entorno do Campus na Avenida Ipiranga. A ponte é alinhada à saída do Campus Norte, junto ao Prédio 81 (Parque Esportivo), dando acesso à pista centro-bairro, no sentido Porto Alegre-Viamão. 

Em homenagem ao fundador da Universidade, a ponte leva o nome Irmão Afonso e faz parte de mais uma entrega da instituição à cidade, no ano em que completa 75 anos. A primeira ponte construída pela PUCRS sobre o Arroio Dilúvio foi inaugurada em 2019. 

“A PUCRS é uma organização humana de natureza social e comunitária. Mais do que um lugar de ensino, é um local de aprendizagem para todos: estudantes, professores, corpo administrativo, pesquisadores e todas as pessoas que de algum modo são beneficiadas por nossas ações e serviços. A obra marca os 75 anos da PUCRS em entregas e geração de impacto social para Porto Alegre e para o Rio Grande do Sul. A Universidade continua sendo um lugar privilegiado para construir uma sociedade melhor, um lugar em que tudo o que fazemos deve impactar positivamente o desenvolvimento e a transformação da sociedade para melhor, a começar pelo nosso entorno e pela nossa comunidade local”, destaca o reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira.

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Com comprimento total de 30,80 metros e largura de 14,20 metros, a ponte conta com três faixas para veículos (de 3,20 metros de largura cada), uma ciclovia (de 3m de largura) e um espaço para pedestres (de 1,60 metros de largura) protegido por guarda-corpos metálicos, garantindo a segurança de quem utiliza a ponte. Todos os espaços são divididos de maneira eficiente para facilitar o acesso, incentivando a mobilidade sustentável.  

Como parte da obra, foram implantadas medidas de sinalização viária no local, incluindo sinaleiras, placas indicativas e pintura de faixas, proporcionando segurança e orientação clara para os usuários. A ponte conta ainda com iluminação por meio de postes equipados com luminárias de LED que garantem visibilidade adequada durante a noite. 

Construída com concreto armado e utilizando o sistema de pré-moldagem das peças, o que garante eficiência e durabilidade, a classe da obra possui 45 toneladas, atendendo aos padrões de segurança e capacidade exigidos. As fundações da estrutura foram feitas com estacas metálicas, garantindo uma base sólida e resistente, que está sustentada por 10 vigas de concreto, assegurando a resistência necessária. 

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porto alegre antigamente

Fundada no dia 26 de março de 1772, Porto Alegre completa seus 250 anos neste sábado. Para marcar a data, ao longo dos próximos dias serão publicados conteúdos desenvolvidos a partir dos estudos de pesquisadores da Universidade sobre diversos temas que envolvem a Capital gaúcha. O tema que abre esta série especial é o 4.º Distrito, região da cidade que vem passando por mudanças.

Assim como outras grandes capitais brasileiras, Porto Alegre é marcada por sua constante transformação. Atualmente, a arquitetura da Capital é exemplo dessa evolução, pois passa por diferentes épocas e estilos, fazendo com que especialistas debatam sobre novas possibilidades e estratégias para permitir o contínuo desenvolvimento da cidade.

O 4º Distrito de Porto Alegre é um exemplo de como a cidade é um organismo vivo: uma região histórica, que já foi o centro da atividade social e industrial da capital gaúcha e sofreu certo abandono. Mas que, nos últimos anos, vem sendo pauta para diversos estudos que buscam revitalizar a região.

A professora e pesquisadora da Escola Politécnica Cibele Vieira Figueira realiza pesquisas desde 2014 referentes aos bairros históricos de caráter industrial. Atualmente atua como líder do grupo de pesquisa intitulado Cidade, Projeto e Gestão e coordena a linha de pesquisa Função da Propriedade Urbana na Cidade Formal, na qual desenvolveu vários estudos com foco na região do 4.º Distrito de Porto Alegre.

“As pesquisas desenvolvidas visam contribuir para a construção de um olhar sobre a cidade e suas possibilidades de resolver os desafios urbanos, que não fique restrito ao mundo acadêmico, mas que se torne do conhecimento da comunidade em geral e dos agentes envolvidos”, comenta a professora.

O 4.º Distrito de Porto Alegre 

O denominado 4º Distrito de Porto Alegre possui uma área de 1.191 hectares, é composta por cinco bairros (Floresta, São Geraldo, Navegantes, Farrapos e Humaitá). A região está no centro de vários debates que acontecem nas últimas décadas por sua riqueza em potencialidades e problemas de naturezas distintas.

porto alegreCom suas pesquisas, Cibele explica que cada um dos bairros do 4º Distrito apresenta peculiaridades bem definidas, porém todos abrangem a mesma situação que demanda por requalificação de grandes zonas em áreas já consolidadas. Questões de mobilidade, habitação social e patrimônio histórico exigem debates constantes de especialistas e órgãos governamentais.

“O primeiro passo é conhecer em profundidade o que ali existe, permitindo uma leitura adequada da área, identificando suas necessidades e possibilidades, para ser possível a definição de estratégias de intervenção que garantam a desejável qualidade do resultado”, ressalta.

A região, antes uma potente zona industrial, ligada ao principal acesso à cidade e muito próxima ao centro urbano, atualmente se encontra abandonada. A área sofreu com o abandono das fábricas e com o afastamento gradativo de residentes, e por conta disso, Figueira comenta que o 4º Distrito clama por mudança. 

Reabilitação e requalificação da região 

Atualmente há um processo espontâneo promovidos por pequenos empresários que apostam no lugar por sua história, patrimônio e localização. Muitos negócios e iniciativas nos últimos anos estão retomando a qualidade da região, como o Hostel Boutique, o Centro Cultural Vila Flores e, mais recentemente, diversos novos bares. Dentro deste contexto, a pesquisadora da PUCRS acredita que as possibilidades de intervenção devem atuar pela reabilitação e requalificação urbana do 4.º Distrito.

“Entende-se que seria necessário para Porto Alegre estimular exemplos que permitam combinar propriedades urbanas dentro de um projeto que reconheça sua capacidade de reabilitação e requalificação, favorecendo sua preservação e integração à vida urbana, em novas dinâmicas. Somando as ações, torna-se possível realizar melhores transformações e desenvolvimento local”, destaca a pesquisadora.

Em 2017, os estudos produzidos para pesquisa resultaram na participação do maior concurso universitário de urbanismo do Brasil, o Urban 21, sendo a proposta apresentada intitulada Reconhecer: olhar o urbano através do detalhe a vencedora da 3.ª edição do concurso. O trabalho foi realizado em conjunto com alunos da Escola Politécnica, Francine Franco, Carol Solaro, Lucas Gomes, Eduarda Rossato, Aloisio Gianesini Junior, Barbara Remussi, Ricardo Rossi e Gustavo Franco. O objetivo da premiação é incentivar e mobilizar os estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo a pensar novas possibilidades sobre transporte, acessibilidade, densidade urbana, geração de energia e outros assuntos relacionados para construir cidades mais vivas e saudáveis.

Atualmente, através da integração dos professores Caroline Kuhn e Jaime Federice, da Escola Politécnica, a pesquisa investiga em profundidade o território, georreferenciando as informações e buscando equações de análise que evidenciem os valores da região. Entende-se que o material produzido possa ser base para traçar novas possibilidades de desenho urbano para o 4.º Distrito em diferentes aspectos como mobilidade, arquitetura e sustentabilidade social.

A professora salienta que, dada a extensão da área analisada, foram fundamentais a integração de estudantes através de diferentes projetos que promoveram conhecimento de softwares e sua aplicação no território.

Importância da noção de patrimônio e da preservação 

Em etapa de finalização, o artigo Metodologia para reconhecimento de áreas de renovação e requalificação em zonas urbanas com tecido histórico. Aplicação em região industrial obsoleta do 4°distrito de Porto Alegre, RS apresentará cenários possíveis que envolvem questões de requalificação e renovação do território. As propostas se dão a partir do patrimônio existente da região, sem demolir ou apagar a história presente na área, com o discurso de vislumbrar o futuro, aprender com o passado e valorizar a memória urbana da cidade.

Esta etapa de recopilação e revisão envolve também os bolsistas de Iniciação Científica Fernando Feitoza e Carolina Rogatti, que estão engajados com o desafio que envolve estudo analítico para o planejamento urbano.

“É de extrema importância a discussão sobre a noção de patrimônio, o valor do espaço construído e a complexidade de gerência de sua preservação, especialmente quando envolve propriedade privada para realmente não desenvolvermos cidades a partir da destruição”, destacaram os pesquisadores na apresentação do projeto.

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A cidade de Porto Alegre tem uma nova marca, em campanha que está em desenvolvimento e será veiculada para marcar o aniversário de 250 anos da Capital. Após escuta pública realizada nos últimos três meses, a proposta Horizontes venceu com 60% da preferência do público. O anúncio foi realizado no dia 17 de fevereiro, nas redes sociais do Pacto Alegre.

As marcas finalistas – Horizontes, Formas e Caminhos – são fruto de um trabalho colaborativo que ouve os porto-alegrenses desde o início. Interrompido durante a pandemia, o projeto começou em 2018, iniciando com pesquisas e um workshop onde compareceram 120 moradores de 40 bairros – envolvendo diferentes idades, gêneros e classes sociais. A partir de suas percepções sobre a cidade, 40 escritórios de design de Porto Alegre desenvolveram as marcas que foram para avaliação da população.

A proposta vencedora, Horizontes, evidencia a Capital gaúcha como um porto para se encontrar, lugar para se conectar e um horizonte para se reinventar. Assim, transmite a conexão com o meio ambiente, a cultura e a pluralidade de ideias que reforçam a identidade acolhedora da cidade. Além disso, destaca o futuro de uma cidade mais plural, justa e inovadora, tendo a colaboração como um norte para a criação e transformação social.

Uma decisão que contemplou o público

Foto: Luan Furtado

A escuta pública contou com a participação do público de praticamente todos os bairros de Porto Alegre. Com o total de 10.574 votos, mais de 1.600 participações foram feitas por pessoas de fora da cidade, sendo 200 de fora do País. A participação popular foi crucial para a escolha da marca. “Fizemos questão de consultar a comunidade, desde o desenvolvimento até a escolha final das opções desenvolvidas. É a construção de uma marca de todos para todos, de uma forma democrática e representativa”, explica Daniela Lompa Nunes, diretora da Purpous Marcas com Alma e uma das líderes deste projeto.

Para Luiz Carlos Pinto da Silva, Secretário Municipal de Inovação e coordenador do Pacto Alegre, “a construção do projeto Marca de Porto Alegre foi sedimentada a partir dos valores mais importantes que norteiam o Pacto: o fazer compartilhado, a possibilidade de engajamento múltiplo e a validação coletiva”. A escolha da marca a partir da participação popular é um dos diferenciais do projeto da Capital.

Ao longo dos próximos meses, vários pontos de contato com a marca estão previstos e sendo viabilizados através de parcerias público-privadas:

Foto: Luan Furtado

“É possível, com a marca, dar destaque e visibilidade a tudo isto através de uma identidade alinhada aplicada nestes espaços. A marca poderá falar pela cidade através de sites, aplicativos e guias que valorizem e contém as histórias dos lugares e eventos. O mobiliário urbano poderá ser repensado criando relação com a identidade. A identidade visual poderá sinalizar estes espaços especiais e permitir que as pessoas os identifiquem mais facilmente”, destaca o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy.

 

Cidades como Amsterdam (I Am sterdam) e Nova York (I Love NY), até países como Israel (Startup Nation), são referências positivas de uso de marca ou place branding, como é conhecido entre os profissionais da área de design. Na Capital gaúcha, esse trabalho começou em 2018 como um dos projetos escolhidos pela Mesa do Pacto Alegre, entidade criada com o objetivo de melhorar a imagem da cidade e autoestima dos cidadãos para atrair e promover investimentos, reter talentos através de diferentes ações e a promover num mundo globalizado.

Confira artigo do superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge audy, junto da designer, especialista em branding e CEO da Purpous Marcas com Alma, Daniela Nunes, para a GZH.

Sobre o Pacto Alegre

O Pacto Alegre é um movimento que reúne empresários, Instituições de Ensino e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que tem como objetivo transformar Porto Alegre em um ecossistema de inovação de classe mundial para a criação de um futuro melhor para todas as pessoas. Tendo origem na sociedade civil, envolvem empresários, acadêmicos, cidadãos e atores públicos inquietos com o futuro. Tem como alicerce a criatividade, nas novas tecnologias e na inovação, tendo as pessoas como agentes de transformação da sociedade, com alto impacto social e ambiental, e dos negócios, das startups às grandes empresas.

Relacionamento na pandemia mudou

Durante a pandemia, os jovens costumam realizar encontros na sua casa ou na do parceiro/Foto: Pexels

Navegar entre diferentes fotos e descrições, arrastar perfis para o lado, encontrar pessoas que frequentam espaços próximos, utilizar filtro de localização… Essas são apenas algumas das opções para quem decide dar uma chance aos aplicativos de relacionamento. As ferramentas, que já não eram novidade e chegaram a milhões de downloads nos últimos anos, tiveram um crescimento ainda maior durante a pandemia da Covid-19. 

Para entender o que jovens de Porto Alegre de 18 a 25 anos pensam sobre as formas e possibilidades de se relacionar nesse período, estudantes da disciplina de Projeto de Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos elaboraram um estudo que trouxe insights e descobertas interessantes. 

“A ideia era entender como estava a percepção dessas pessoas sobre a pandemia e de que forma o comportamento delas mudou nesse período, e nossos resultados foram muito interessantes”, comenta Phillip Peitz, um dos realizadores da pesquisa, que complementa: “Foi legal perceber, por exemplo, que mulheres e jovens mais velhos, entre 22 e 25 anos, demonstraram uma maturidade maior em relação aos relacionamentos”.  

O que mudou? 

Jovens que antes costumavam ir para bares, festas e restaurantes precisaram buscar alternativas para manter suas vidas sociais ativas durante a pandemia. Não é de se impressionar que os aplicativos de relacionamento tiveram um crescimento grande durante esse período. Tinder, uma das plataformas mais conhecidas, teve o maior número de interações da sua história no final de março de 2020. 

A maioria dos entrevistados para a pesquisa se manteve em isolamento total, saindo apenas para compromissos importantes, pelo menos nos seis primeiros meses da pandemia. Nesse período, os únicos que estiveram em contato com alguém foram os comprometidos, os quais viram seus parceiros. Entretanto, o relacionamento na pandemia seguiu um padrão diferente do habitual: eles revelaram ou passar bem mais tempo juntos ou reduzir consideravelmente as visitas.  

Jovens mudam rotina

Como alternativa aos locais que costumavam ir, jovens estão realizando reuniões na casa de amigos/Foto: Pexels

Mas por que usar um aplicativo de relacionamento? Para a maioria dos participantes, a resposta é a carência e o desejo de solucionar a falta de conversas com pessoas devido ao isolamento social.   

Quando começaram a flexibilizar a quarentena, como alternativa aos locais que costumaram frequentar, os jovens passaram a ir a postos de gasolina e realizar reuniões na casa de amigos, em sua maioria com as pessoas mais próximas, o que significou romper o contato com parte do círculo de amizades.  

Para os comprometidos, ter um relacionamento na pandemia significou um maior companheirismo e parceria, enquanto poucas pessoas identificaram um aumento nos conflitos e brigas no período. A maior parte das pessoas manteve seu status de relacionamento atual. 

O romantismo acabou? 

Comunicação, confiança, compreensão, sinceridade e abertura para conversas. Essas foram as características mais apontadas sobre o que os participantes desejam em um relacionamento sério. No entanto, romantismo, cobranças e “ficar o tempo todo grudado” já não são desejados nessas relações.  

“Eu não acho que seja tão importante romantismo toda hora. Se eu sei que uma pessoa gosta de mim, não vejo um porquê para que ela faça toda hora uma declaração excessiva. Não é algo que eu cobro e vejo que, no geral, é algo que incomoda muita gente”, comenta Eduarda, uma das entrevistadas para a pesquisa.  

Há, no entanto, uma diferença entre gerações no que diz respeito ao que buscam em um parceiro. Enquanto o público mais jovem, de 18 a 21 anos deseja alguém parceiro, confiável e engraçado, os mais maduros querem estar mais em boa companhia do que dar risadas ao lado do companheiro. 

O encontro ideal, também conhecido pelo nome em inglês, date, deve ter diversão e conversas agradáveis, trazer segurança e conforto, além de possibilitar que os jovens sejam eles mesmos. Também foi possível observar uma mudança nos locais escolhidos para essas ocasiões: 90% dos jovens que afirmaram ter participado de um encontro durante a pandemia afirmam que realizaram dates em suas casas ou na casa do parceiro.  

Os aplicativos como alternativa para o relacionamento na pandemia 

Relacionamento na pandemia

Foto: Pexels

Dos 400 respondentes da parte quantitativa da pesquisa, 71% afirmaram já ter usado algum aplicativo de relacionamento, a maior parte (98%) optou pelo Tinder. Durante a pandemia, praticamente metade do público ou manteve ou aumentou o uso desses recursos. Os principais motivos para ingressar nas plataformas são conhecer gente nova, passar o tempo, e inflar o ego ou aumentar a autoestima. Embora beijar na boca apareça em quarto lugar nas respostas gerais, é um dos três principais impulsionadores para homens utilizarem esse tipo de ferramenta.  

Os principais critérios na escolha de um eventual parceiro em aplicativos de relacionamento são a aparência, os interesses em comum e as fotosNas entrevistas em profundidade foi possível perceber que biografias criativas ou que sejam capazes de expressar como essa pessoa é e pelo que ela se interessa são os preferidos pelos usuários. Apesar dos jovens terem se tornados mais seletivos durante a pandemia, apenas as mulheres esperam ampliar a seletividade na escolha de parceiros no pós-pandemia.  

Mas o que leva alguém a usar um aplicativo de relacionamento? O conforto para conhecer pessoas novas e a facilidade para conversar foram as principais vantagens apontadas pelos usuários, enquanto não ter certeza se as pessoas expõem suas vidas reaisdeixar o papo morrer e, principalmente entre as mulheres, o medo de quem está por trás dos aplicativos foram os principais receios entre os jovens.  

Entendendo comportamentos na pandemia 

O estudo foi elaborado pelos/as estudantes Bruna Maciel, Gabriel Teixeira, Julia de Bortoli, Maria Eduarda Diehl e Phillip Peitz, da disciplina de Projeto de Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda, ao longo do primeiro semestre de 2021 e com orientação do professor Ilton Teitelbaun. 

“Essa pesquisa foi importante pois fez com que saíssemos da nossa bolha, muitos dos resultados nos surpreenderam. Algo interessante é que, nesse semestre, 2021/2, temos um projeto prático e pudemos pegar como cliente uma empresa relacionada à temática da pesquisa. Os resultados também serão entregues ao aplicativo Happn, já que uma das especialistas entrevistadas era analista de Marketing da empresa”, comenta. 

Em sua etapa qualitativa, contou com sete entrevistas em profundidade, sendo três delas com especialistas e quatro com jovens de 18 a 25 anos, também foram formados dois grupos focais com oito jovens na mesma faixa etária dos entrevistados. Depois, na fase quantitativa, foram 400 respostas válidas em uma coleta feita por meio de questionário online, sendo a maioria homens e mulheres cisgêneros e heterossexuais, todos moradores de Porto Alegre ou da Região Metropolitana. 

Estudantes vacinaram mais de mil pacientes em uma semana e seguem atuando na imunização

Estudantes do curso de Enfermagem atuando na imunização / Foto: Divulgação

Desde o início de fevereiro mais de 20 estudantes da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e profissionais da saúde do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima (CEUVF) estão atuando na campanha de imunização contra a Covid-19. Em março, 13 alunos e alunas e cinco docentes do curso de Enfermagem da PUCRS estão auxiliando na Campanha de Vacinação contra a Covid-19 na Unidade de Saúde Modelo de Porto Alegre e na US Santa Marta. Na última semana, 1283 pessoas foram imunizadas. 

Nas próximas semanas o grupo atuará em unidades de saúde do Distrito Docente Assistencial (DDA) da PUCRS, que contemplam as regiões Leste, Nordeste, Partenon e Lomba do Pinheiro. Os DDAs são estruturas de Integração Docente Assistencial (IDA) aos serviços de saúde de Porto Alegre que possibilitam que a realidade das atividades acadêmicas esteja conectada às demandas da comunidade. 

A professora Janete Urbanetto, coordenadora do curso de Enfermagem, destaca a relevância da ação para a contenção do coronavírus: 

“Participar de um momento tão importante e esperado como esse tem sido muito gratificante para estudantes e professores. Mesmo com toda a complexidade que estamos vivendo, atuar na prevenção primária por meio da vacinação nos traz a esperança de dias melhores e da redução da circulação da Covid-19″. 

A do CEUVF segue trabalhando em parceria com as equipes volantes das Secretaria de Saúde de Porto Alegre (SMS). Além disso, em março o CEUVF também passou a ser um dos pontos de vacinação na Capital gaúcha, seguindo as datas e horários previstos pela SMS. Entenda como estão funcionando os modelos de atuação: 

O grupo de estudantes, que já tem experiência de campo, também recebeu capacitação, retomando o protocolo de imunização, procedimentos técnicos e de higienização. 

Estudantes vacinaram mais de mil pacientes em uma semana e seguem atuando na imunização

Foto: Divulgação

Para quem sonha em cuidar 

A área da saúde permite uma atuação de grande importância para a sociedade. Na PUCRS, estudantes contam com uma estrutura completa de ensino, pesquisa, assistência e inovação. Conheça os diferentes cursos oferecidos! 

Além das Escolas de Ciências da Saúde e da Vida e de Medicina, o Campus da Saúde da PUCRS conta com Parque Esportivo, Hospital São Lucas (HSL), Instituto do Cérebro (InsCer), BioHub, Centro de Reabilitação e, em breve, o Centro Interdisciplinar de Saúde. 

Estudantes da Escola de Ciências da Saúde e da Vida participam de treinamento para integrar a campanha de vacinação da Secretaria Municipal de Saúde, Enfermagem, Vacina, Coronavírus

Foto: Bruno Todeschini

A partir de hoje, 3 de março, o Centro de Extensão Universitária Vila Fátima (CEUVF) passa a ser um dos pontos de vacinação contra a Covid-19 em Porto Alegre, seguindo as datas e horários previstos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O local é um espaço em que a Universidade tem a possibilidade de interagir e transformar realidades na comunidade em que seu Campus está inserido. Neste local, profissionais e estudantes da PUCRS levam aos moradores serviços de qualidade acadêmica nas áreas de educação, direito, assistência à saúde e assistência e desenvolvimento social 

Desde o início de fevereiro estudantes da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e profissionais da saúde do CEUVF já estão atuando em parceria com as equipes volantes da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS) na campanha de imunização contra a Covid-19.  

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Cronograma de vacinação 

Atualmente, duas vacinas contra o coronavírus estão sendo aplicadas na população

Foto: Bruno Todeschini

Ao longo da semana o local recebeu 150 unidades para a aplicação da primeira dose da vacina tanto em idosos (de acordo com a escala de idade do município de Porto Alegre) e profissionais ativos de saúde com comprovação. A operação acontecerá de quarta a sexta-feira, das 8h às 17h, seguindo o seguinte cronograma e faixas etárias:  

A professora Andrea Bandeira, responsável pela Coordenadoria Ensino-Serviço na Saúde (DAA-Prograd), destaca a importância de o CEUVF estar presente na campanha de vacinação. “Desse modo estamos integrados à rede de atenção à saúde, ampliando o atendimento à população, fortalecendo nossas ações e oportunizando grande aprendizado para os nossos estudantes. Integrar este momento tão importante da vacinação contra a Covid-19 é um reconhecimento e uma valorização dessa equipe que atua há 40 anos na comunidade e que sempre preza pela atenção à saúde de qualidade e pela segurança dos pacientes”, afirma.

Bandeira complementa que o CEUVF estará sempre à disposição da Gerência Distrital e da SMS para as parcerias necessárias à consolidação do SUS e o fortalecimento da Atenção Primária. O CEUVF está localizado na Rua 14, nº 227 P. 90, na Vila Nossa Senhora de Fátima/Mato Sampaio. Informações sobre o atendimento no local estão disponíveis no telefone (51) 3320.-3536 ou pelo e-mail [email protected].

Integrando uma operação humanitária 

O Hospital São Lucas (HSL) foi pioneiro no Estado para os testes de eficácia da vacina Coronavac, produzida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan – e aprovada para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Junto a outros 15 centros de pesquisa do País, a atuação de nossos profissionais e nossa estrutura foi fundamental para a aprovação e início da vacinação em todo o território nacional. 

Leia também: Hospital São Lucas inicia vacinação contra o coronavírus

Educação impulsiona Porto Alegre como uma das melhores cidades para empreender no País

Foto: Bruno Todeschini

Porto Alegre está entre os 10 melhores municípios para quem quer empreender no Brasil. Isso é o que mostra a última edição do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE), mapeamento que analisa o ambiente de negócios do País e que avaliou os 100 maiores municípios. Dentro dessa realidade, a PUCRS oferece um ecossistema de empreendedorismo, inovação e tecnologia com estrutura completa para a capital gaúcha, além de liderar diferentes ações de fomento ao tema. 

Saiba mais: Aliança para Inovação quer transformar a região em referência internacional no ambiente de inovação, conhecimento e empreendedorismo 

O estudo organizado pela Endeavor, rede que apoia empreendedores/as com potencial de impacto econômico e social, colocou Porto Alegre no nono lugar geral e mostra que o Rio Grande do Sul também se destaca em Inovação. A categoria leva em consideração a proporção de profissionais com mestrado e doutorado em Ciência e Tecnologia, pessoas que trabalham no setor, a média de investimentos do BNDES e da Finep, a infraestrutura tecnológica e os contratos de concessão, além de patentes, tamanho da indústria inovadora, da economia criativa e das empresas de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). 

Conforme destaca Naira Libermann, coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Inovação e Empreendedorismo (IDEAR) e professora da Escola de Negócios da PUCRS, a educação e a pesquisa são fundamentais para a aplicação da inovação: 

“Sob esse aspecto o desenvolvimento humano é um dos principais ativos da sociedade. Definidor da cultura, é a base para a formação do capital humano”. 

Saiba mais sobre a atuação do Idear, que incentiva a atitude empreendedora interdisciplinar e a inovação com impacto positivo na sociedade. 

Fomentando negócios e novas tecnologias 

Educação impulsiona Porto Alegre como uma das melhores cidades para empreender no País

Foto: Bruno Todeschini

O Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) é um ambiente de negócios inovadores que promove conexões para impulsionar o setor. Segundo o levantamento, o Estado ainda precisa de força no quesito Cultura empreendedora, que avalia questões como satisfação em empreender, apoio familiar, probabilidade de abertura de negócios, facilidade pessoal para abertura e manutenção de negócios, entre outros. 

“Baseado em um modelo de interação em rede, o Tecnopuc atua como um vetor de transformação da sociedade por meio da promoção de um ecossistema de negócios inovadores capaz conectar a quádrupla hélice – academia, governo, mercado e sociedade, em prol do desenvolvimento econômico e social da região”, explica Flávia Fiorin, gestora de operações e empreendedorismo do Tecnopuc, sobre o papel do Parque Tecnológico no apoio ao desenvolvimento do ambiente de negócios propício a empreender.

Para Daniely Votto, uma das fundadoras da startup 5Marias, empresa voltada para o descarte correto de resíduos, empreender é “sonhar grande desde o primeiro passo”. Graduada e mestre em Direito pela PUCRS, Daniely começou sua empresa com o empurrão do Startup Garage e hoje está sendo desenvolvida na Aceleradora Ágil. “No programa pudemos conhecer melhor o ecossistema de inovação de Porto Alegre e repensar nosso modelo de negócio. Sempre há alguém que pode nos ensinar algo e a qualificação acadêmica foi muito importante para termos maturidade nas nossas decisões. 

Transformar ideias criativas em ações concretas 

Educação impulsiona Porto Alegre como uma das melhores cidades para empreender no País

Espaço de coworking do Tecnopuc / Foto: Camila Cunha

O incentivo ao empreendedorismo acontece dentro e fora de sala de aula na PUCRS. Só em 2020 foram mais de mil estudantes conectados com o tema por meio do Track Startup, iniciativa da Universidade que oferece diferentes caminhos para quem deseja transformar novos empreendimentos em realidade. 

“É um movimento integrado de capacitação para que indivíduos e grupos possam identificar possibilidades e materializar soluções em suas áreas de conhecimento, de maneira interdisciplinar, viável e sustentável”, destaca Naira sobre a base curricular dos cursos da PUCRS, que é voltada para as práticas empreendedoras. 

De acordo com o Fórum Econômico Mundial, em apenas cinco anos, 35% das habilidades consideradas essenciais hoje mudarão. Para a professora, a próxima geração de trabalhos não estará baseada somente em profissões, mas na habilidade de resolver problemas complexos e superar desafios: “Hoje não falamos em empregabilidade, mas sim em trabalhabilidade. Ou seja, profissionais assumem a responsabilidade de gerenciar o desenvolvimento das suas carreiras e transformar ideias criativas em ações concretas”. 

Leita também: 10 formas de empreender na PUCRS além do Campus 

Plataforma simula movimento populacional durante a pandemia

LODUS / Foto: Reprodução

Considerando a dinâmica habitual de deslocamentos de pessoas na cidade, inclusive de indivíduos contaminados pela Covid-19, um grupo de estudantes da PUCRS desenvolveu uma plataforma que permite simular a movimentação da população de Porto Alegre. Chamada de LODUS, a tecnologia foi concebida para ser uma ferramenta que auxilie na tomada de decisões na área da mobilidade urbana. A iniciativa conta com a coordenação da professora Soraia Musse, da Escola Politécnica da PUCRS, e o envolvimento dos alunos de Ciência da Computação André Antonitsch (mestrado), Amyr Borges (pós-doutorado), Diogo Schaffer (graduação), Douglas Schlatter (graduação), Gabriel Fonseca (mestrado) e Vinicius Cassol (pós-doutorado).

O projeto para criação da plataforma obteve recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). Essa solução é uma das primeiras entre as ações que envolvem o novo Centro de Pesquisa, Ensino e Inovação em Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS que terá também, a partir de 2021, o primeiro curso de bacharelado em Ciência de Dados e Inteligência Artificial (IA) da região Sul do País.

Para realizar projeções a ferramenta dispõe de dados gerados pela empresa In Loco, que possui um sistema de geolocalização; além de informações da Prefeitura de Porto Alegre e do Censo Demográfico do Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “A nossa tecnologia apresenta visualmente gráficos, entre eles, um mapa 3D da cidade em que se consegue simular os deslocamentos entre os bairros a partir das movimentações das pessoas via o GPS dos seus celulares. Também pode projetar situações de lockdown, eventos na cidade, estimativas de contágio e alguns dados comportamentais da população”, explica Soraia.

Simulando torcedores da dupla Gre-Nal nos estádios

A plataforma simulou diferentes cenários analisando a presença de torcedores da dupla Gre-Nal nos estádios, caso estivessem sendo frequentados durante a pandemia. Considerando as capacidades da Arena do Grêmio e do Beira Rio e os bairros em que estão localizados, a tecnologia projetou um maior número de contágios em 150 dias (aproximadamente 5 meses) após a realização de uma partida.

Com variações de ocupação dos estádios entre 20% e 80% das capacidades, o simulador analisou exemplos de baixas chances de contato com pessoas distantes, com máscaras e mais cuidadosas e altas chances de contágio, com torcedores sem máscara e se abraçando. Para realizar um parâmetro de porcentagens de contaminações, uma linha base que indica a realidade de infecções em Porto Alegre foi utilizada. Confira os resultados:

ARENA DO GRÊMIO

Ocupação do estádio 20% 80%
 

Alta chance de contágio

 

54 mil pessoas

(100% a mais da linha base)

 

60 mil pessoas

(122% mais da linha base)

 

 

Baixa chance de contágio

 

30 mil pessoas

(11% a mais da linha base)

 

37 mil pessoas

(37% a mais da linha base)

BEIRA RIO

Ocupação do estádio 20% 80%
 

Alta chance de contágio

 

58 mil pessoas

(114% a mais da linha base)

 

61 mil pessoas

(125% a mais da linha base)

 

Baixa chance de contágio 33 mil pessoas

(22% a mais da linha base)

41 mil pessoas

(51% a mais da linha base)

Nos casos simulados, o aumento de pessoas contagiadas, conforme descrito, é avaliado aproximadamente cinco meses depois da realização da partida. Após o dia do jogo, as pessoas que estavam no estádio e se contagiaram, retornam para suas casas e passam a infectar outras que, por sua vez, contagiam outras e assim sucessivamente. “No caso das partidas de Grêmio e Inter, é interessante ver que o jogo no Beira Rio acabou contagiando mais pessoas após 150 dias. Existem algumas possibilidades para isso ter acontecido. Primeiramente, uma diferença na localização dos bairros dos estádios em Porto Alegre. Em segundo lugar, existe uma aleatoriedade na movimentação das pessoas na cidade, uma vez que não conhecemos as origens e destinos dos cidadãos em Porto Alegre. Essas duas questões variam as chances de contágio”, analisa a professora da PUCRS.

A plataforma também mostra a estimativa com maiores e menores chances de contágio e como a movimentação das pessoas na cidade impacta no contágio. Durante a simulação não houve qualquer restrição à movimentação das pessoas, mesmo as que supostamente testaram positivo para a Covid-19. Soraia explica que os resultados de simuladores são dificilmente avaliados como a realidade, pois não se tem detalhes da exata movimentação das pessoas, individualmente, bem como todos os detalhes que envolvem as chances de contágio existentes no dia a dia delas. “O importante das simulações é desenhar cenários e avaliar possíveis impactos, para que pessoas responsáveis possam tomar decisões”, ressalva.

Possibilidades de outros tipos de projeções

O simulador será um legado para a capital gaúcha, pois pode reproduzir diversas projeções de concentração de pessoas, indicando as rotinas padrões de Porto Alegre. “A ferramenta LODUS é adaptável, ou seja, pode ser utilizada para várias situações críticas a serem analisadas”, aponta a professora da PUCRS.

Ainda segundo Soraia, a plataforma pode ser customizada também para outras cidades. “Será possível simular um novo tipo de catástrofe, projetar a abertura ou fechamento de avenidas em determinados horários, as ocupações nas linhas ônibus, entre outras possibilidades que envolvem a mobilidade urbana”, conclui.

Confira a demonstração em vídeo de como funciona a plataforma:

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Instituto de Cultura e professor da PUCRS recebem Açorianos de Literatura 2020

Troféu do Prêmio Açorianos de Literatura / Foto: Divulgação

Na noite da última quinta-feira, 17 de dezembro, aconteceu o Prêmio Açorianos de Literatura 2020, organizado pela Coordenação do Livro e Literatura da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Apresentada por Sergius Gonzaga, a cerimônia premiou e homenageou escritores, obras e iniciativas literárias. O Instituto de Cultura da PUCRS recebeu homenagem especial por suas iniciativas na área da Literatura e o escritor e professor de Letras e Escrita Criativa, Altair Martins, dividiu com o escritor Paulo Scott o prêmio de melhor narrativa longa pelo livro Os donos do inverno. 

A homenagem especial destinada ao Instituto de Cultura se deve às suas diversas iniciativas na área de Literatura, por meio de seus projetos culturais e do Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural. Em mensagem de agradecimento, o Irmão Marcelo Bonhemberger, pró-reitor de Identidade Institucional, agradeceu à sua equipe e destacou a realização de 197 ações culturais que valorizaram diferentes artes e vozes, impactando mais de 164 mil pessoas. Somente na área da Literatura, projetos realizados em 2020, como Ensaios de Morar, Live de Cabeceira, Livros Para Salvar do fogo, Cem Anos de Clarice e Ato Criativo, contaram com a participação de 36 escritores e escritoras do Brasil e de outros lugares do mundo. 

Por decisão do juri, o prêmio de melhor narrativa longa foi entregue a dois escritores: Altair Martins, escritor e professor da Escola de Humanidades, pelo romance Os donos do inverno, e Paulo Scott, pelo romance Marrom e amarelo. Os donos do inverno conta a história de Elias e Fernando, dois irmãos que, apesar de viverem perto um do outro, se evitam há vinte e quatro anos. Em razão de um acontecimento inesperado, o professor Elias pedirá a ajuda de Fernando, taxista, para realizar o antigo sonho de seu falecido irmão mais velho. Lado a lado num táxi, eles terão que cruzar Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina com o objetivo de levar os ossos do jóquei C. Martins até a grande noite do turfe em Buenos Aires. 

Conheça o autor 

Professor Altair Martins / Foto: Davi Boaventura

Altair Martins nasceu em Porto Alegre, em 1975. É bacharel em Letras, além de mestre e doutor pela UFRGS. Atualmente, é professor dos cursos de Escrita Criativa e Letras da PUCRS. Entre outros prêmios, ganhou o São Paulo de Literatura (2009), com o romance A parede no escuro, o Moacyr Scliar (2012), com os contos de Enquanto água, e duas vezes o Guimarães Rosa (1994 e 1999), organizado pela Radio France Internationale, com os contos Como se moesse ferro e Humano. Tem textos publicados em Portugal, Itália, França, EUA, Argentina, Uruguai e Espanha. Em 2018, estreou na dramaturgia com o livro Guerra de Urina, lançado pela ediPUCRS. 

Confira todos premiados/as 

Os donos do inverno, de Altair Martins  

Marrom e amarelo, de Paulo Scott  

Apenas por nós choramos, de Anna Mariano  

Como se mata uma ilha, de Priscila Pasko  

Comigo no cinema, de Martha Medeiros  

Histórias de (não) era uma vez, de Maria Luiza Puglia, ilustrações de Martina Schreiner  

Rabiscos, de Luís Dill, desenhos de Fernando Vilela  

Tudo tem a ver, de Arthur Nestrovski  

Cem poemas de cem poetas: a mais querida antologia poética do Japão / por Andrei Cunha (tradutor)  

Instituto de Cultura da PUCRS  

Editora Figura de Linguagem 

Escritor Rossyr Berny 

Professora Regina Zilberman 

Professor Voltaire Schilling 

Professor Flávio Loureiro Chaves 

Tudo tem a ver, de Arthur Nestrovski