O festival internacional de artes cênicas Porto Alegre em Cena encerrou, na última semana, a primeira etapa da sua 29ª edição, que começou no dia 1º de dezembro e contou com um total de 15 espetáculos em diferentes locais da cidade. Em março de 2023, será realizada a segunda etapa da programação.
O evento teve realização da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, em parceria com a PUCRS e o Pacto Alegre, e a presente edição do festival ganhou Direção Artística compartilhada. A equipe é composta por artistas, jornalistas, professores e gestores, responsáveis pela curadoria e montagem da programação: Adriane Azevedo, Adriane Mottola, Airton Tomazzoni, Antônio Grassi, Juliano Barros, Renato Mendonça, Ricardo Barberena e Thiago Pirajira. A produtora encarregada da 29ª edição, selecionada via edital, é a Voz Cultural.
Além do apoio institucional ao Porto Alegre em Cena, a PUCRS recebeu três apresentações no campus: as peças Sísifo e Embarque Imediato, no Salão de Atos Irmão Norberto Rauch, além de um recital de violoncelo e piano, na Igreja Universitária Cristo Mestre.
Sísifo, monólogo de Gregório Duvivier, cativou as 1600 pessoas que lotaram o espaço. Por meio da recriação do famoso mito grego do homem que, como castigo divino, carrega uma pedra todos os dias até o topo de uma montanha, o texto traça um paralelo com a contemporaneidade. Utilizando-se de sátiras e recursos metalinguísticos, aproxima o mito à vida cotidiana do século XXI, apresentando questões existenciais que acabam se tornando pedras a serem carregadas ao longo da vida. Ao final da peça, Gregório ressaltou a importância de festivais como o Porto Alegre em Cena, prestes a completar três décadas, apesar das adversidades – tendo atravessado, inclusive, a pandemia de Covid-19, que restringiu e alterou as formas possíveis de fazer teatro.
Embarque Imediato, que reuniu no palco Antônio e Rocco Pitanga, propôs discussões e perspectivas geracionais sobre o racismo. A abordagem do tema foi realizada a partir do embate de ideias entre dois personagens que se encontram em uma sala de aeroporto: um senhor africano impedido de viajar e um jovem doutorando negro brasileiro, que perdeu seus documentos a caminho da Alemanha para defender uma pesquisa sobre Brecht. O incômodo sonoro que ambienta a peça transmite o conflito entre a suposta evolução da discussão racial no mundo e a permanente violência contra pessoas negras. Ao fim do espetáculo, os atores conversaram com o público sobre os atravessamentos de suas vidas pessoais na construção e idealização da peça.
Por fim, o recital que juntou o violoncelista francês Romain Garioud e a pianista brasileira Liliana Michelsen levou o público da Igreja Universitária Cristo Mestre a uma viagem sentimental por obras clássicas, de músicos como Fauré e Villa Lobos. A apresentação alternou entre solos de violoncelo e piano e composições que contemplam os dois instrumentos. O evento, que ocorreu no dia 7 de dezembro, marcou o encerramento da primeira etapa do festival.
A segunda parte da 29ª edição do Porto Alegre em Cena já está em construção: será realizada de forma presencial na Semana de Porto Alegre, entre os dias 16 e 26 de março. Para além das atrações convidadas para o festival, estão abertas inscrições para espetáculos e grupos gaúchos que queiram integrar a programação. O processo seletivo será julgado pela Direção Artística no período de 10 a 20 de janeiro de 2023, com divulgação dos resultados no dia 24 de janeiro. Para saber mais, clique aqui.
Prestes a completar 30 anos de existência, o Porto Alegre em Cena assume a vocação da cidade que o sedia. Em sua 29ª edição, que terá parte da programação em dezembro de 2022 e parte em março de 2023, o festival se assume porto de troca. Será palco do que vai e do que vem, de novidades e de memórias compartilhadas. Em cena, corpos, conflitos, estéticas, paixões, espaços, gentes. Observatório e espelho. Empatia humana, alumbramento estético e sentido político, tudo no mesmo porto. Porto Alegre e o Mundo em Cena.
Passadas as águas turbulentas da pandemia, o festival respira renovado. Nesse novo horizonte, desponta fortalecendo as artes cênicas, propondo inclusão, diversidade, espetáculos descentralizados e arte nas ruas. Numa realização da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, em parceria com a PUCRS e o Pacto Alegre, esta edição, produzida em tempo recorde, ganhou direção artística compartilhada para pensar o Em Cena daqui para a frente. Integram a equipe artistas, jornalistas, professores, gestores, que estão responsáveis pela curadoria e montagem da programação: Adriane Azevedo, Adriane Mottola, Airton Tomazzoni, Antônio Grassi, Juliano Barros, Renato Mendonça, Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, e Thiago Pirajira.
“Tomamos a ideia de porto como um entre-lugar, onde novas histórias começam e terminam, contraem e se dilatam, nascem e morrem, pulsam. Nesse sentido, o Porto Alegre em Cena, nesta edição que inaugura uma formação coletiva em sua direção artística, amplia os traços que compõem sua narrativa, fortalecendo a potência plural e diversa que todo e qualquer festival pode e deve oferecer”, afirma Thiago Pirajira, em nome da equipe curadora. O futuro aponta para diversos olhares, enfoques, pautas, discussões, reflexão e transformação.
Em evento de lançamento realizado na manhã do dia 8/11, o professor Ricardo Barberena ressaltou a aproximação entre cultura e educação. “Existe uma frase guia para o Instituto de Cultura da PUCRS, que foi proferida pela Fernanda Montenegro quando entregamos o Mérito Cultural. Ela disse que cultura é educação. Nos últimos cinco anos, realizamos mais de 100 eventos culturais, e agora recebemos, dentro dessa parceria, o grande Porto Alegre em Cena. Queremos celebrar a educação e a cultura, e essa união que é fundamental como instrumento de empatia e sensibilização”.
Na grade de programação desta primeira etapa, em dezembro, estão os espetáculos Palácio do fim, da Cia. Incomode-te; Sambaracotu, do Canoas Coletivo de dança; Maria, seus filhos e suas filhas, espetáculo de rua do grupo Levanta Favela; Terra Adorada, criado a partir da pesquisa de Ana Luiza da Silva; Sísifo, de Gregório Duvivier e Vinícius Calderoni; Ilha, do Coletivo Grupelho; Atravessamentos, do Circo Híbrido; Restinga Crew, com apresentação de rua na orla do Guaíba; Novos velhos corpos 50 + de um grupo de bailarinos de Porto Alegre; Embarque imediato, comemorando os 80 anos de Antônio Pitanga, numa montagem de Márcio Meirelles; Medeia, um solo de Tânia Farias, do Ói Nós Aqui Traveiz; Ítaca – Nossa Odisseia I, um espetáculo híbrido de Christiane Jatahy, em vídeo, na Cinemateca Capitólio; a apresentação da Cia Municipal de Dança de Porto Alegre e, por fim, o Recital de violoncelo e piano com Romain Garioud e Liliana Michelsen, que une Brasil e França numa noite de música erudita, na Igreja Universitária Cristo Mestre, no Campus PUCRS.
As produções englobam as áreas propostas pela equipe curadora e incluem teatro de sala, teatro de rua, dança, circo, performance de rua, música, em linguagens híbridas e temas que conversam com os anseios da sociedade. Como já é tradição, o Em Cena promoverá atividades formativas oferecendo oficinas e workshops com artistas, coletivos e arte-educadores, bem como atividades de rua e descentralizadas. Essas atividades serão divididas entre a primeira etapa, em dezembro de 2022 e a segunda etapa, em março de 2023, durante as comemorações da Semana de Porto Alegre. Também está previsto um grande encontro de realizadores e incentivadores de festivais cênicos nacionais e internacionais, intitulado Beijo de Língua, numa referência ao recorte geográfico dos países de língua portuguesa. E ainda, para celebrar este novo momento, o Em Cena terá o tradicional Ponto de Encontro, sediado no Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues, onde artistas e público se reunirão para ampliar as histórias, as emoções e a vivência potente de um festival de teatro em nossa cidade.
O Porto Alegre em Cena tem o afeto dos gaúchos e visitantes desde os anos 90, quando se iniciou. Muitos carregam em suas memórias as aberturas das bilheterias do festival e suas filas culturais e festivas, a cidade repleta de luzes e cores, as salas lotadas, a rua pulsando. Em quase três décadas, o festival que começou tímido, tateando os espaços, mas já com uma programação apontando para o futuro, consolidou-se e abriu caminhos inimagináveis. Trouxe a Porto Alegre espetáculos de Peter Brook, Ariane Mnouchkine, Pina Bausch, Berliner Ensemble, Eimuntas Nekrosius, Patrice Chereau, Sankai Juku, Marianne Faithfull, Philip Glass, Goran Bregovic, Bob Wilson, entre tantas outras produções internacionais de peso.
Apresentou ao longo de sua existência as grandes companhias brasileiras, como o Teatro Oficina, a Armazém Companhia de Teatro, Grupo Galpão, Cia de Dança de São Paulo, importantes companhias vizinhas dos países do Prata, novidades cênicas dos quatro cantos do Brasil. O festival foi impulsionador da efervescência nas artes cênicas locais, movimentando a produção das artes na cidade e no Brasil, promovendo debates, conversas, trocas de saberes. Fomentou a produção local em premiações, oficinas, intercâmbios. Hoje, o Porto Alegre em Cena segue seu caminho, fortalecido e plural, desdobrando-se excepcionalmente em dois momentos distintos, encerrando 2022 e abrindo 2023 em grande estilo.
A Voz Cultural é a produtora responsável pela 29ª edição. A empresa foi selecionada em edital promovido pela Prefeitura em julho deste ano e foi homologada em agosto. Os responsáveis técnicos da empresa, os gestores culturais Vítor Ortiz e Denise Viana Pereira assinam a coordenação geral do festival.
19h – Palácio do fim – Sala Álvaro Moreyra
21h – Sambaracotu – Teatro Renascença
18h – Maria, seus filhos, suas filhas – Espetáculo de Rua – Esquina Democrática
19h – Terra Adorada – Sala Álvaro Moreyra
21h – Sísifo – Salão de Atos da PUCRS
18h – Ilha – Pedro Alvim – IAPI
19h – Sobrevivo – Sala Álvaro Moreyra
21h – Atravessamentos – Teatro Renascença
19h – Restinga Crew – Apresentação de dança – Orla do Guaíba, na pista de skate
19h – Novos velhos corpos – Sala Álvaro Moreyra
19h – Embarque imediato – Salão de Atos da PUCRS
20h – Medeia / solo de Tânia Farias – Terreira da Tribo
16h e 20h – Ítaca – Nossa Odisseia I – Cinemateca Capitólio
20h – Cia Municipal de Dança – Teatro Renascença
20h – Recital de violoncelo e piano com Romain Garioud e Liliana Michelsen – Igreja Universitária Cristo Mestre – Campus PUCRS
De 1 a 7 de dezembro de 2022 (primeira etapa)
Teatro, dança, circo, música, performances e espetáculos de rua
Direção artística: Adriane Azevedo, Adriane Mottola, Airton Tomazzoni, Antônio Grassi, Juliano Barros, Renato Mendonça, Ricardo Barberena e Thiago Pirajira
Coordenação geral: Vítor Ortiz, Denise Viana Pereira e Michel Flores
Produção: Adriane Azevedo e Bruno Mros
Comunicação: Bebê Baumgarten, Aline Gonçalves, Luiza Rabello, Cláudia Rodrigues
Equipe de produção da SMC: José Miguel Ramos Sisto Junior, Claudia Pinto Alves, Ilza Maria Praxedes do Canto, Breno Ketzer Saul, Rosangela Broch Veiga e Adriana Mentz Martins
Hospedagem oficial: Rede Master Hotéis
Apoio: TVE e FM Cultura 107,7
Patrocínio: Zaffari e Panvel
O Porto Alegre em Cena é uma realização da Prefeitura Municipal de Porto Alegre – SMCEC, PUCRS e PACTO ALEGRE
Como parte da programação do 26º Porto Alegre em Cena, a PUCRS recebe nesta quarta-feira e na quinta-feira o espetáculo Happi – A Tristeza do Rei. A encenação ocorre às 19h, no Teatro do Prédio 40 (Av. Ipiranga, 6.681 – Porto Alegre). Os ingressos, no valor de R$ 80,00, podem ser adquiridos no site uhuu.com e na bilheteria oficial no Shopping Total. A comunidade PUCRS (veja lista abaixo) pode comprar os ingressos com valor especial.
Happi – A Tristeza do Rei
O impactante espetáculo de dança contemporânea é fruto da colaboração de dois notáveis artistas de origem africana radicados na França: James Carlès, intérprete e coreógrafo, de origem camaronesa, e Heddy Maalem, coreógrafo, nascido na Algéria. O espetáculo traz ao palco uma coreografia forte, cheia de referências da própria memória e história de Carlès – cuja pesquisa sobre a diáspora negra faz parte de sua obra –, antes de sua mudança para a França, sobre um personagem real, um rei chamado Happi. Abordando noções de trauma e de fim do mundo, a coreografia explora a tristeza deste rei africano, ao passo que vemos a figura do intérprete lutando com todo vigor de seu ser e, ainda assim, sucumbindo em meio a um simbólico cenário branco.
Comunidade PUCRS
Estudantes, Alumni PUCRS (diplomados) e profissionais da Universidade (Parque Esportivo, Tecnopuc, ediPUCRS, Fijo e estagiários), do Hospital São Lucas e do InsCer.
O 26º Porto Alegre em Cena terá sua primeira atração na PUCRS neste sábado e domingo. O espetáculo A Ira de Narciso acontece neste fim de semana, às 19h, no Teatro do Prédio 40 (Av. Ipiranga, 6.681 – Porto Alegre). Os ingressos, no valor de R$ 80,00, podem ser adquiridos no site uhuu.com e na bilheteria oficial no Shopping Total. A comunidade PUCRS (veja lista abaixo) pode comprar os ingressos com valor especial.
A Ira de Narciso
Seguindo a linha de auto ficção de Sergio Blanco, A Ira de Narciso é um monólogo em primeira pessoa que relata a permanência do autor na cidade de Ljubljana, onde é convidado a dar uma palestra sobre o famoso mito de Narciso. Tendo como ambientação única o luxuoso quarto 228 do hotel onde o autor está hospedado, o texto apresenta os últimos preparativos desta conferência ao mesmo tempo que nos conta sobre os diferentes encontros com um jovem Esloveno que acabara de conhecer. A partir da descoberta de uma mancha de sangue no carpete, o relato da viagem profissional e dos encontros amorosos dá lugar a uma intriga policial obscura e inusitada. Alternando sutilmente narração, palestra e confissão, a peça é uma jornada fascinante e arriscada que conduz o espectador num confuso labirinto do eu, da linguagem e do tempo.
Comunidade PUCRS
Estudantes, Alumni PUCRS (diplomados) e profissionais da Universidade (Parque Esportivo, Tecnopuc, ediPUCRS, Fijo e estagiários), do Hospital São Lucas e do InsCer.
Durante o mês de setembro a PUCRS recebe os espetáculos Happi – A Tristeza do Rei e A ira de Narciso, que fazem parte da programação da 26º edição do Porto Alegre em Cena. Com produção brasileira, A ira de Narciso passa pela Universidade nos dias 14 e 15 de setembro, às 19h, e a criação francesa Happi – A Tristeza do Rei acontece nos dias 18 e 19 de setembro, às 19h – ambas no Teatro do prédio 40 (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Os ingressos, no valor de R$80,00, podem ser adquiridos com valor especial para a comunidade PUCRS (veja lista abaixo), no site uhuu.com e na bilheteria oficial no Shopping Total.
Em 2019, o Porto Alegre em Cena propõe nos palcos discussões sobre o Brasil, quem somos e o futuro da humanidade, abrangendo mais temáticas e aprofundando relações entre a natureza e o humano. “A presença do corpo em cena, não apenas humano, mas os corpos da natureza, descentralizar a figura humana das grandes realizações e mesclar suas diferenças, valorizando-as são algumas das propostas de discussão do festival esse ano. Queremos causar reflexões sobre a humanidade e nossas potências e fragilidades”, explica Fernando Zugno, diretor geral do Em Cena. Neste ano, a PUCRS, por meio do seu Instituto de Cultura, é apoiadora cultural do 26º Porto Alegre em Cena – Festival Internacional De Artes Cênicas.
A ira de Narciso
Seguindo a linha de auto ficção de Sergio Blanco, “A ira de Narciso” é um monólogo em primeira pessoa que relata a permanência do autor na cidade de Ljubljana, onde é convidado a dar uma palestra sobre o famoso mito de Narciso. Tendo como ambientação única o luxuoso quarto 228 do hotel onde o autor está hospedado, o texto apresenta os últimos preparativos desta conferência ao mesmo tempo que nos conta sobre os diferentes encontros com um jovem Esloveno que acabara de conhecer. A partir da descoberta de uma mancha de sangue no carpete, o relato da viagem profissional e dos encontros amorosos dá lugar a uma intriga policial obscura e inusitada. Alternando sutilmente narração, palestra e confissão, a peça é uma jornada fascinante e arriscada que conduz o espectador num confuso labirinto do eu, da linguagem e do tempo. Direção: Yara de Novaes / Atuação: Gilberto Gawronski / Duração: 100 min / Recomendação etária: 18 anos
Happi – A Tristeza do Rei (França)
O impactante espetáculo de dança contemporânea é fruto da colaboração de dois notáveis artistas de origem africana radicados na França: James Carlès, intérprete e coreógrafo, de origem camaronesa, e Heddy Maalem, coreógrafo, nascido na Algéria. O espetáculo traz ao palco uma coreografia forte, cheia de referências da própria memória e
história de Carlès – cuja pesquisa sobre a diáspora negra faz parte de sua obra –, antes de sua mudança para a França, sobre um personagem real, um rei chamado Happi. Abordando noções de trauma e de fim do mundo, a coreografia explora a tristeza deste rei africano, ao passo que vemos a figura do intérprete lutando com todo vigor de seu ser e, ainda assim, sucumbindo em meio a um simbólico cenário branco. Solo de Heddy Maalem para e com James Carlès / Duração: 50 min / Recomendação etária: 16 anos
Comunidade PUCRS
Estudantes, Alumni PUCRS (diplomados) e profissionais da Universidade (Parque Esportivo, Tecnopuc, ediPUCRS, Fijo e estagiários), do Hospital São Lucas e do InsCer.