O IPR fica localizado no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). / Foto: Giordano Toldo

O Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR) conquistou a acreditação internacional da ANSI National Accreditation Board (ANAB), o maior órgão de acreditação da América do Norte que presta serviços em mais de 75 países. 

O título foi conquistado para duas normas: a ISO/IEC 17025 que estabelece os requisitos gerais para competência técnica de laboratórios, incluindo a gestão da qualidade, confiabilidade e rastreabilidade dos dados, e a ISO 17034 que está relacionada a produção de Materiais de Referência Certificados (MRC), com os requisitos para que esses materiais sejam produzidos de forma consistente, garantindo exatidão e rastreabilidade metrológica destes padrões.

“Iniciamos nosso processo de acreditação do Instituto em meados de 2021 com a implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, focados na qualificação de nossos processos e equipe”, comenta o diretor Felipe Dalla Vecchia. O ANAB avaliou o IPR com base nos requisitos exigidos para as duas normas, processo que foi finalizado sem nenhuma não conformidade registrada.  

“A acreditação internacional do IPR evidencia nossa busca por qualidade, seja em nossos laboratórios e processos, quanto em equipe, serviços e pesquisa. Agora, os resultados emitidos pelo IPR podem ser aceitos em qualquer país do mundo, como sendo dados válidos e confiáveis, adiciona o Gerente da Qualidade do Instituto, o Filipe Albano.  

Instituto de pesquisa que desenvolve soluções de PD&I, serviços e produtos focados em óleo e gás, energia, recursos naturais e meio ambiente, foi criado em 2014 como uma extensão do Centro de Excelência em Pesquisa e Inovação em Petróleo, Recursos Minerais e Armazenamento de Carbono (Cepac). O IPR fica localizado no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). 

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Foto: Matheus Gomes

A iniciação científica é uma oportunidade de se conectar com a pesquisa ainda durante a graduação. O programa permite contato com professores de diferentes áreas, métodos de pesquisa e conexão com grandes questões da atualidade. Em 2022, aconteceu a 23ª edição do Salão de Iniciação Científica, que contou com mais de 600 trabalhos apresentados na modalidade de comunicação oral e mais de 100 bancas avaliativas com a presença de professores avaliadores da PUCRS e de outras instituições. 

O evento visa proporcionar o intercâmbio de conhecimentos e dos resultados das pesquisas desenvolvidas por bolsistas e voluntários/as de Iniciação Científica em projetos orientados por pesquisadores/as da Universidade e de outras instituições. Nesta edição, 75 trabalhos obtiveram nota máxima, sendo, portanto, considerados trabalhos destaque. Além destes, seis estudantes saíram vencedores, um em cada grande área do conhecimento, além de três trabalhos agraciados com menção honrosa.  

Quem são os alunos premiados 

Grandes Áreas – Ciências Sociais Aplicadas 

Com a pesquisa intitulada Filogeografia das tartarugas-marinhas do gênero Lepidochelys, a aluna de Ciências Biológicas Bruna Boizonave Andriola estudou os princípios e processos que governam a distribuição geográfica das linhagens genéticas das tartarugas-marinhas do gênero Lepidochelys, com orientação do professor e pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Sandro Luis Bonatto.  

A estudante conta que tentou ingressar em laboratórios diversas vezes até conseguir atuar no Laboratório de Biologia Genômica e Molecular do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da PUCRS. Seu contato com a prática científica permitiu elaborar projetos de pesquisa e conhecer sua área de vocação dentro da Biologia.  

“A partir da iniciação científica pude conhecer mais sobre evolução e genética e aprender como fazer ciência. Atualmente me vejo seguindo na área de pesquisa e ser reconhecida nisso é um impulso muito incentivador. Trabalhar com bioinformática e genética é o que me cativa, é como estudar para entender a história do mundo”, destaca a aluna.  

Grandes Áreas – Ciências Humanas 

salão de iniciação científica

Foto: Matheus Gomes

A estudante de Psicologia Eduarda Baldissera Rospide foi reconhecida por sua pesquisa sobre Padrões Inflexíveis em Indivíduos com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), com orientação da professora e pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Margareth da Silva Oliveira. O estudo teve como objetivo ver a prevalência dos padrões inflexíveis na população com TOC, no qual é a crença de que o indivíduo deve fazer um grande esforço para atingir elevados padrões internalizados de comportamento e desempenho.  

A aluna descobriu sua paixão em Terapia dos Esquemas ao ingressar no Grupo Avaliação e Atendimento em Psicoterapia Cognitivo e Comportamental (GAAPCC) do PPG em Psicologia como bolsista de Iniciação Científica. Desde então, desenvolveu projetos de pesquisa com foco em abordar diversos transtornos de personalidade, mudando a forma de encarar, interpretar e reagir aos esquemas. Além do contato com mestrandos, doutorandos e professores do grupo de pesquisa, Eduarda participou de congressos, seminários e outras edições do SIC da PUCRS, onde pode se conectar com outros pesquisadores.  

“Com a convivência do grupo pude conhecer a área que eu amo e entender que quero seguir trabalhando com pesquisa por um bom tempo. Se a gente não busca conhecer as outras áreas a gente acaba não usufruindo de tudo, além de poder ouvir e ter outras visões e conceitos em conjunto é muito bom. Foi ótimo poder encerrar esse ciclo conquistando nas Grandes áreas das Ciências Humanas”, celebrou a estudante. 

Grandes Áreas – Ciências Exatas e Engenharias 

Com o projeto sobre Modelagem Matemática e Desenvolvimento de Simulador do Processo de Extração Supercrítica, o estudante de Engenharia Mecânica Otávio Augusto Fonseca de Oliveira foi destaque das Grandes Áreas e alcançou nota máxima. Sua pesquisa é fruto de sua atuação no Laboratório de Operações Unitárias (Lope), onde estagiou e foi responsável na parte de manutenção e modulação de equipamentos. 

Otávio conta que conheceu a oportunidade de estagiar no laboratório através do PUCRS Carreiras e com passar do tempo foi convidado a integrar o grupo como aluno de Iniciação Científica, pelo pesquisador da Escola Politécnica e coordenador do Lope Eduardo Cassel. Com isso, o estudante pode unir suas duas paixões, trabalhar com equipamentos e também desenvolver projetos de pesquisa na área de Engenharia Mecânica.  

“Com a Iniciação Científica pude me desenvolver nas áreas de projetos, fazer simuladores e equipamentos de forma integrada com o aprendizado acadêmico e científico que estou tendo no laboratório. Fiquei mais motivado ainda quando falaram meu nome como destaque na área de Engenharias, justamente em meu primeiro Salão de Iniciação Científica. Estava bem nervoso e não esperava, foi uma surpresa muito legal”, contou. 

Grandes Áreas – Linguística e Letras 

salão de iniciação científica

Foto: Matheus Gomes

Arthur Trein é estudante de Letras da UFRGS e foi premiado por sua pesquisa intitulada Percepção de Grau de Acento Estrangeiro em Contexto de Inglês como Língua Franca: Sobre o Papel de Falantes e Ouvintes. Orientado pelo professor Ubiratã Kichöfel Alves, o estudante atua na linha de pesquisa de linguística e desenvolvimento de segunda língua no Laboratório de Bilinguismo e Cognição (LABICO), da UFRGS e no grupo de pesquisa ProLinGue – Estudos relacionados ao processamento da linguagem por indivíduos bilíngues e multilíngues.  

O contato com a área se deu pela proximidade com o professor orientador e com outros colegas através de sua participação em diversos congressos, eventos e salões. De acordo com Arthur, essa experiência como bolsista de Iniciação Científica auxilia muito sua construção enquanto estudante durante a graduação.  

“A Iniciação Científica é além de uma forma de construir uma base sólida para ingressar na atuação acadêmica, mas também funciona para entender a importância de uma pesquisa científica séria e teórica na construção do conhecimento e desenvolvimento do país. Foi meu primeiro SIC da PUCRS e achei muito bom o sentimento de voltar para a presencialidade e o reconhecimento dá uma garantia e uma motivação para seguir produzindo e criando”, finalizou.  

Na categoria de Grandes Áreas, também se destacaram os alunos Guilherme Schoeninger Vieira, em Ciências Sociais Aplicadas, e Isadora Nunes Erthal, na área de Ciências da Saúde. Guilherme foi orientado pelo professor Eugênio Facchini Neto e Isadora pela professora Gabriela Heiden Teló.  

Menção Honrosa – Apoio técnico 

Reconhecida no SIC 2022, a estudante de Engenharia Química Vitória Garcia La Porta desenvolveu o estudo nomeado como Apoio Técnico para o Laboratório de Processos Ambientais (LAPA/PUCRS): Manutenção das Rotinas do Laboratório de Bioprocessos, com orientação do professor e pesquisador da Escola Politécnica Cláudio Luis Frankenberg. Com o projeto, a aluna pode unir suas duas paixões: as áreas de Engenharia Química e Bioengenharia.  

Vitória entrou no LAPA como voluntária de Iniciação Científica, e conta que pode realizar projetos científicas com a maioria dos professores de seu curso, além de poder entender na prática qual é o papel do engenheiro químico na pesquisa.  

“As pesquisas influenciam e seus resultados podem ser usados em várias áreas do conhecimento. E isso, a gente percebe atuando em um grupo multidisciplinar e nas discussões em conjunto entre professores, mestrandos e colegas de laboratório. O Salão é um momento fundamental que permite essa possibilidade de conhecer pessoas, fazer contatos, trocar conhecimento e aprender com as bancas”, destaca Vitória.  

Os alunos João Vitor Boeira Monteiro e Júlia Geitens Valente também foram reconhecidos na categoria de Menção Honrosa. João se destacou no tema de Pet Saúde e Júlia em Extensão Universitária. Orientados pelos professores Samuel Greggio e Ivan Carlos Ferreira Antonello respectivamente.  

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Foto: Jonathan Heckler

O professor e pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Rafael Reimann Baptista foi convidado para organizar e ser editor associado na revista Frontiers In Physiology, da Suíça. Na oportunidade, o docente foi responsável por organizar um Tópico de Pesquisa que apresentou 16 estudos, de 96 cientistas do mundo todo, nas áreas de áreas de biomecânica, exercício e outras intervenções em idosos – tanto saudáveis quanto aqueles com alguma patologia (câncer, cardiopatias, doenças imunológicas, problemas neurológicos). 

O professor Baptista atua no Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica onde desenvolve pesquisas reconhecidas internacionalmente nas áreas de exercício físico, fisiologia e saúde do idoso. Com o convite, assumiu o papel de convidar cientistas da Itália e da Austrália para integrar a banca responsável por selecionar estudos que apresentaram importantes evidências clínicas da eficácia de diferentes intervenções no envelhecimento. 

De acordo com o docente, a importância deste tema de pesquisa se deve ao fato de que no envelhecimento humano ocorrem alterações fisiológicas e biomecânicas que podem estar relacionadas a prejuízos na saúde física e déficits no controle motor dos idosos. Baptista explica que alterações no sistema nervoso, unidade músculo-tendínea e função articular e óssea podem afetar a postura e o movimento em idosos, iniciando com comprometimento funcional leve e progredindo para repouso no leito. 

“Devido ao aumento da expectativa de vida, há uma preocupação mundial e necessidade de desenvolver estratégias para prevenir o comprometimento físico em idosos, promovendo qualidade de vida. Estratégias de tratamento não farmacológico, como o exercício físico, têm sido destacadas em diversos estudos”, finaliza o professor. 

Biomecânica é foco de pesquisas nos laboratórios da PUCRS 

A biomecânica, ciência que estuda as funções motoras realizadas pelo corpo humano, é o foco de estudos do Laboratório de Avaliação e Pesquisa em Atividade Física (LAPAFI), que é um dos espaços da Universidade que reúne mais tecnologia de ponta. O recente sistema de biomecânica do laboratório conta com um serviço complexo de equipamentos, incluindo um sistema de cinemática. Através dele é possível realizar análises do movimento humano em alta resolução, com diferentes aplicações, como a avaliação de atletas e pessoas com problemas de locomoção. O aparelho, avaliado em mais de R$ 2 milhões, é composto por um conjunto de câmeras, sensores e computadores de última geração que capturam os movimentos do corpo e os transformam em dados gráficos, permitindo a modelagem e reconstrução da trajetória em diferentes condições. 

Coordenado pelo professor Rafael, o LAPAFI está situado no prédio 81, mesmo prédio que abriga o Parque Esportivo da PUCRS, e atende a uma ampla gama de cursos e especializações, como Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Odontologia e Gerontologia. O espaço também serve para aulas práticas na graduação e pós-graduação, como pesquisas, Trabalhos de Conclusão de Curso, dissertações de mestrado, teses de doutorado, monografias de especializações, prestação de serviços e projetos com empresas. 

Sobre a Frontiers in Physiology 

Frontiers in Physiology é uma revista líder em seu campo, publicando pesquisas rigorosamente revisadas por pares sobre a fisiologia dos sistemas vivos, dos domínios subcelular e molecular ao organismo intacto e sua interação com o meio ambiente. Atualmente, a revista multidisciplinar de acesso aberto está na vanguarda da disseminação e comunicação de conhecimento científico e descobertas impactantes para pesquisadores, acadêmicos, clínicos e o público em todo o mundo. 

Sua missão é fornecer uma plataforma única para publicar as pesquisas mais destacadas em todas as subespecialidades abrangidas pela fisiologia e criar uma comunidade mundial de indivíduos com ideias semelhantes, a fim de facilitar a troca de ideias e promover interações entre os investigadores de todas as especialidades. Os Tópicos de Pesquisa da Frontiers são particularmente adequados para cumprir esta missão. 

Foto: Matheus Gomes

No dia 15 de dezembro, aconteceu o Seminário de encerramento do Programa de Iniciação Científica Júnior, iniciativa que oportuniza a atuação de estudantes do Ensino Médio em projetos de pesquisa científica da PUCRS. A cerimônia prestigiou os 30 estudantes de 25 escolas de Porto Alegre, região metropolitana e do exterior, que participaram durante cinco meses de diversos projetos de pesquisa orientados por professores e pesquisadores de todas as Escolas da PUCRS.  

Os alunos foram inseridos nas estruturas de pesquisa da universidade, onde puderam vivenciar a iniciação científica na prática em laboratórios, no desenvolvimento de atividades de leitura e de escrita acadêmica, além de interagir com professores e alunos de graduação e pós-graduação da PUCRS. Durante o evento promovido pela Coordenadoria de Iniciação Científica, os bolsistas foram homenageados com a entrega de brindes da universidade e com depoimentos de seus orientadores, que destacaram os trabalhos desenvolvidos durante esse período.  

“O Programa de Iniciação Científica Júnior proporciona a interação de alunos do Ensino Médio com a pesquisa desenvolvida na Universidade em diferentes áreas do conhecimento, bem como a convivência com pesquisadores e alunos de mestrado e doutorado. Esta experiência é muito enriquecedora na formação destes alunos, pois além das atividades de pesquisa eles também vivenciam o ambiente universitário como um todo ”, destacou a coordenadora da Iniciação Científica Laura Roberta Pinto Utz. 

Confira as imagens: 

Carolina Luz Paulo foi premiada no 34º Troféu HQMIX / Foto: Giordano Toldo

Uma forma de literatura expressiva que cada vez mais conquista fãs mundo afora e, mais que isso, inspira novos talentos e publicações aqui no Brasil. O mercado das histórias em quadrinhos vive um momento plural e rico no País, com autores/as, editores/as, tradutores/as, que se destacam por produções criativas e inovadoras e, por que não, pesquisar sobre o tema durante a graduação? Foi o que fez Carolina Luz Paulo, que se formou em Relações Públicas pela Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS, a Famecos. Com a pesquisa Conversações em Rede: Uma análise da interação da Editora Pipoca & Nanquim com seus fãs-clientes nas plataformas digitais, seu trabalho de conclusão de curso (TCC), ela foi premiada no 34º Troféu HQMIX.  

Neste cenário de tantas novas produções o conteúdo encontra-se espalhado em blogs, nas redes sociais, sites e publicações independentes, fazendo com que seja praticamente impossível acompanhar tudo. E ainda bem, uma evidência de que as histórias em quadrinhos se tornam cada vez mais acessíveis às pessoas. A pesquisa de Carolina analisou a interação da empresa Pipoca & Nanquim com seus respectivos fãs-clientes nas plataformas digitais YouTube e Facebook, considerando também a interação realizada por e sobre a editora, nos grupos privados do Facebook e canais 2 Quadrinhos e Comix Zone.  

O tema da pesquisa está diretamente conectado com o gosto pessoal de Carolina, que é fã de quadrinhos e acompanha o Pipoca & Nanquim há mais de dez anos.  

A condição de fã também foi um ponto de conexão importante que, somado à minha paixão pelas artes gráficas, potencializou ainda mais a pesquisa sobre o tema. Costumo pensar: não tem como falar de quadrinhos sem considerar os fãs, uma vez que são o público final dessa maravilhosa arte e fomentam o mercado”, comenta ela.  

Para ela, a editora foi a escolha perfeita para ser o foco do trabalho, pois além de ser uma empresa resultante da publicização de links por meio do programa “Associados da Amazon BR” nos vídeos do seu canal YouTube, ela tem em seu DNA o slogan “de fã para fã”. Esse ideal é expresso em seus vídeos e na apresentação no site:  “O amor pelos quadrinhos e o respeito pelos fãs colecionadores são o eixo da Pipoca & Nanquim, cujo mote é prezar pela melhor qualidade gráfica e editorial, oferecer uma curadoria cuidadosa de títulos e promover o crescimento do mercado”. 

“Por meio da análise de postagens de vídeos e conteúdos publicados pelos canais mencionados, de 2017 a 2021, foi possível compreender que a interação da editora nestas plataformas é propagativa, com alto poder de repercussão e de impacto em sua reputação. No discurso de seus conteúdos, elementos da comunicação humanizada e da conversação em rede ampliam o alcance da editora e engajam fãs-clientes, aumentando ainda mais a venda de seus produtos. É uma empresa que se apropria da cultura de fãs e das diversas narrativas comunicacionais para transformá-los em fãs-clientes”, conta Carolina.  

A professora Silvana Sandini, que foi sua orientadora na Famecos, destaca que o processo de orientação do trabalho foi muito prazeroso e gratificante. 

A professora Silvana Sandini foi a orientadora de Carolina durante sua pesquisa / Foto: Giordano Toldo

“A Carol foi uma ótima aluna, ela dava conta de todo esse processo que é muito sistemático, técnico. Ao longo da semana ela evoluía com a pesquisa, de uma maneira que nos possibilitou efetivamente discutir os resultados, as descobertas dela. Isso foi gerando um texto bastante consistente e muito prazeroso de ler, porque a Carol escreve muito bem. É muito bacana ela ter recebido esse prêmio, porque é um reconhecimento desse olhar que a gente tem da pesquisa e uma conexão também com elementos do mercado. Cada vez mais eu vejo a Universidade vindo ao encontro de interesses da sociedade, que promovem transformação. Então ver um prêmio como esse, que é tão identificado com uma comunidade, que é tão especial para aquele nicho específico, é muito gratificante também”, ressalta ela. 

Carolina conta que o apoio da professora foi essencial para a concretização da pesquisa: “Desde o início, por sua aprovação do tema proposto e adequação ao universo dos quadrinhos. Debatemos muito sobre as possibilidades imaginadas por mim e a transformação dessas nas realidades que permitiram a conclusão do trabalho”. Além disso, ela ressalta que, apesar de ter sido um processo desafiador – a pesquisa foi iniciada em meio à pandemia e ao ensino remoto, além da preocupação em concluir o curso – também foi repleto de aprendizados. 

“Foram os recursos da Universidade, humanos e físicos, quem amenizaram o desespero e cimentaram o chão da pesquisa. O fim dessa jornada me fez valorizar imensamente as etapas de todo processo, de seu início à premiação recente. Foram etapas que não só me atualizaram a nível acadêmico, sobre inúmeros aspectos da comunicação, mas também me permitiram crescimento individual e humano”, destaca a estudante. 

O Oscar dos Quadrinhos Brasileiros 

O Troféu HQMIX foi criado em 1988, pela dupla JAL e Gualberto Costa, no programa TV MIX, da TV Gazeta. O prêmio logo foi apadrinhado pelo então apresentador do programa, Serginho Groisman. A votação nacional é feita pela categoria dos desenhistas de HQs e Humor Gráfico, por meio da Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) e do Instituto do Memorial de Artes Gráficas do Brasil (IMAG).  

Após passar pela banca do júri oficial, que trabalhou por cinco meses para analisar os inscritos nas diversas categorias, e pelo júri nacional composto por mais de dois mil profissionais da área de quadrinhos, entre autores e editores, o 34º Troféu HQMIX divulga a lista dos vencedores, escolhidos como os melhores de 2021. 

Os ganhadores receberão o troféu “Kabelluda”, personagem da desenhista e poeta Pagu, que foi esculpido pelo artista Wilson Iguti. Pagu é considerada um ícone do movimento “Semana de Arte Moderna”, que completou 100 anos de sua realização em 2022. Assim como nos dois últimos eventos, 2020 e 2021, ainda por conta da pandemia de Covid-19, a cerimônia deste ano será novamente virtual e acontecerá no canal do YouTube da unidade do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP, no dia 10 de dezembro, às 19h, com apresentação de Serginho Groisman, padrinho do evento, e dos organizadores Jal e Dani Baptista. A a lista dos vencedores como “Melhores de 2021” está publicada no site HQMIX. 

Para Carolina, ter sido premiada no Troféu HQMIX foi como um sonho, pois ela acompanha a premiação há anos, a fim de coletar referências de autores para aumentar sua coleção de HQs. Além disso, a vitória a impulsionou a continuar o desenvolvimento de sua pesquisa. 

“As histórias em quadrinhos podem ser consideradas por muitos como um hobby, até mesmo infantil. Mas o HQMIX é o prêmio brasileiro que busca desmistificar esse posicionamento, divulgando a seriedade das publicações e impulsionando o mercado brasileiro. Esse reconhecimento é fundamental para que eu continue desenvolvendo a minha carreira acadêmica. Definitivamente todo esse processo, incluindo o encerramento, rendeu aquela famosa frase: ‘Fui mordida pelo bichinho da pesquisa!”

Saiba mais sobre os cursos da famecos

PESQUISA QUEM É O ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO_Banner_Banner_NoticiaA terceira edição da pesquisa Quem é o estudante da PUCRS?, liderada pela Pró-Reitoria de Identidade Institucional (PROIIN), junto ao Grupo de Pesquisa do Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista, teve início em agosto e é possível participar até 28/10. O estudo, que busca conhecer e entender o perfil de quem estuda na Universidade, soma-se ao processo de melhorias e de inovação na oferta de ensino, e visa contribuir subsidiando estratégias e ações institucionais.  

Podem participar todos/as os/as estudantes de graduação maiores de 18 anos e com matrícula ativa na PUCRS. Quem participou em 2021, está convidado/a a responder o questionário novamente, já que o objetivo é acompanhar as variações que podem ter ocorrido nesse período. Quem não participou, é mais que convidado a participar!  

Para responder, basta acessar a pesquisa por meio deste formulário online. É preciso concordar com o termo de consentimento e disponibilizar alguns minutos para o preenchimento das informações. Lembrando que a participação é anônima, ou seja, não é necessário se identificar.   

Leia também: Pesquisa busca compreender o perfil do estudante da PUCRS   

Para mais informações ou dúvidas, contate o e-mail observatóriojuventudes@pucrs.br 

participe da pesquisa

Entre os dias 21 e 23 de setembro, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq) promove o Simpósio Mundo em Movimento: Democracia, Direitos Humanos e Prevenção da Violência, em parceria com a Fulbright e com o Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt). Entre os palestrantes estará o professor Peter Beattie, da Michigan State University (EUA), selecionado para a Cátedra Fulbright em Democracia, Direitos Humanos e Prevenção da Violência na PUCRS. Além dele, pesquisadores de áreas afins radicados em instituições como California State University (EUA), Universität Bonn (Alemanha) e York University (Canadá) integrarão a programação do simpósio. 

O evento científico envolve temas transversais de vários Programas de Pós-Graduação da Universidade, com foco no tema Mundo em Movimento do Projeto PUCRS-PrInt e nas questões sociais e históricas relacionadas à temática Democracia, Direitos Humanos e Prevenção da Violência, incluindo migrações, escravidão e reconciliação.  

O Simpósio é gratuito para professores, estudantes e comunidade em geral e as inscrições devem ser realizadas neste link. O primeiro dia do evento acontece em formato presencial no Auditório do Prédio 50 da PUCRS e os dois dias seguintes serão conduzidos online pela plataforma Zoom. As palestras serão conduzidas em inglês ou português, sem tradução. Participantes receberão certificação. Dúvidas e mais informações sobre o evento podem ser direcionados para o e-mail diretoriapg.internacional@pucrs.br 

Programação 

21 de setembro – Auditório do Prédio 50 

14h: Abertura 

14h10: Palestra A Sequência de Reformas Ligadas aos Direitos Humanos: Punição Corporal, A Pena de Morte, e Escravidão no Brasil e nos Estados Unidos no Século XIX (Prof. Peter Beattie, Michigan State University, Fulbright) 

14h50: Comentários Professora Claudia Fay  (PUCRS) 

15h: Intervalo 

15h30: Palestra Fields of Fire: Emancipation & Resistance in Colombia (Prof. Louis Esparza, California State University, Los Angeles, Fulbright Interdisciplinary Network) 

16h30: Comentários Professores Rodrigo Azevedo e Emil Sobottka (PUCRS) 

17h10: Exibição do documentário Infância Falada – Produzido pelo Prof. Hermílio dos Santos (PUCRS) 

18h30: Encerramento  

  

22 de setembro – Online via Zoom 

14h: Abertura 

14h10: Palestra Reconciliation. Conflict Transformations in Social Orders (Prof. Stephen Connerman, Universität Bonn) 

14h50: Comentários Professores Roberto Pich e Luis Rosenfield (PUCRS) 

15h: Mesa de debate com docentes e pesquisadores 

15h45: Encerramento 

  

23 de setembro – Online via Zoom 

14h: Abertura 

14h10: Palestra Da violência e mobilidade forçada gerada pelo escravismo a democratização do arquivo: O caso de Angola (Prof. José Carlos Curto, York University) 

14h50: Comentários Professores Marçal Paredes (PUCRS) 

15h: Mesa de debate com docentes e pesquisadores 

15h45: Encerramento 

Entre os dias 3 e 7 de outubro acontecerá o 23º Salão de Iniciação Científica (SIC) da PUCRS, o encontro que visa proporcionar o intercâmbio de conhecimento e resultados das pesquisas desenvolvidas pelos/as bolsistas de Iniciação Científica em projetos orientados por pesquisadores. As inscrições estão abertas até o dia 12 de setembro através do link. Na PUCRS, muitos/as estudantes se envolvem com projetos de pesquisa com professores e alunos/as de pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento. A oportunidade proporciona a conexão com a pesquisa científica, explorando na prática diferentes métodos, assuntos e possibilidades.

A universidade conta com a participação de diversos/as estudantes de graduação, que se destacaram ao longo de sua trajetória em grupos e laboratórios de pesquisa. Saiba de que forma o Programa de Iniciação Científica influenciou na jornada profissional e acadêmica de alguns destes alunos:

Foco no ramo profissional

Guylherme Rodrigues Selli / Foto: Matheus Gomes

O estudante da Escola de Humanidades Guylherme Rodrigues Selli desenvolveu o projeto Ambientes de inovação e sinergia: inteligência geoespacial aplicada à captação e mapeamento de talentos na PUCRS, que recebeu a Premiação de Trabalho Destaque na última edição do SIC. O aluno se destacou desde os primeiros semestres do curso, quando foi convidado por um dos seus professores de sala de aula para ingressar na iniciação científica como bolsista. Atualmente, Guylherme está em seu último semestre e participou do programa por dois anos. De acordo com o estudante, esta oportunidade permitiu que ele conhecesse ainda mais sua área.

“Graças ao contato que tive com a pesquisa, pude conhecer ainda mais na prática quais são as possibilidades que tenho profissionalmente na minha área. Com isso, consegui definir meu foco no ramo de Agronomia, Agronegócio e Tecnologia, depois de aprender mais sobre utilizar softwares e desenvolver autonomia ao longo destes anos na Iniciação Científica”, destacou o aluno.

Contato com profissionais de diferentes áreas

Pedro Antonio Fiori / Foto: Matheus Gomes

Pedro Antonio Fiori, estudante da Escola de Direito, também recebeu o reconhecimento de Trabalho Destaque no SIC 2021, com o projeto Trabalho e Previdência em situação de calamidade – altos estudos em tempos de emergência sanitária por Covid-19. O aluno conta que seu interesse com a pesquisa existe desde o início da faculdade, quando resolveu buscar por conta própria se envolver com a iniciação científica. Nesta busca, entrou em contato com a professora Denise Pires Fincato, que logo se tornou sua orientadora. Desde 2020 envolvido com o Programa, o estudante desenvolveu diversos projetos relacionando as leis trabalhistas e a pandemia de Covid-19, sempre em contato com outros colegas e profissionais da área.

“A experiência da Iniciação Científica proporciona o contato próximo com o professor e com outros colegas que estão no mestrado e doutorado. Essa aproximação proporciona bastante aprendizado de desenvolver projetos com pessoas que já atuam profissionalmente na área, tudo isso estando na graduação, por isso se torna uma experiência rica e única que a PUCRS oferece”, ressaltou o estudante.

Conhecer novas possibilidades

Júlia Maria Kuhl da Silva / Foto: Matheus Gomes

A aluna da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Júlia Maria Kuhl da Silva se destacou por sua atuação com o projeto Efeitos da berberina sobre os déficits cognitivos e comportamentais induzidos por crises convulsivas em peixe-zebra. A estudante ingressou na iniciação científica através de uma colega de turma que avisou de uma oportunidade para bolsista de iniciação científica. Sem conhecer muito sobre a área científica, a aluna resolveu ingressar no programa, participando por mais de três anos em diversos projetos de pesquisa, com orientação da pesquisadora Carla Denise Bonan. Nesta trajetória, Júlia pôde trabalhar com colegas de variadas áreas e projetos em diferentes campos da Biologia.

“A Biologia é uma área muito ampla, tem diversos nichos diferentes do que fazer. Essa experiência me ajudou muito a definir o que eu gosto, conhecer novas áreas e explorar diferentes possibilidades. Além disso, trabalhar com colegas engajados e que se apoiam faz toda a diferença para desenvolver o espírito de equipe e autonomia que vão fazer diferença profissionalmente”, comentou a estudante.

Envolvimento com a rotina de pesquisa

Arthur Angonese / Foto: Matheus Gomes

O aluno Arthur Angonese, da Escola de Medicina, desenvolveu o projeto Identificação dos Mecanismos e das Alterações Celulares pela Infecção com SARS-CoV-2 – Um estudo In Vitro. Seu interesse na área de pesquisa veio desde sua infância por influência familiar do seu pai, que desenvolve estudos na área de Tecnologia. Com isso, o estudante buscou a iniciação científica desde seu primeiro momento na graduação, quando encontrou a oportunidade de atuar como bolsista do programa no Laboratório de Biologia Molecular, com a orientação da pesquisadora Denise Cantarelli Machado. Desde então, Arthur se envolve há mais de dois anos em atividades de pesquisa com outros pesquisadores da área.

“Com a iniciação científica pude me aproximar dessa rotina de pesquisa, escrever artigos, conviver com colegas da área e ter aproximação com áreas e professores que me incentivam diretamente. Com essa experiência ficou muito claro que eu quero seguir nessa área de ciência e docência”, finalizou.

 

O 23º Salão de Iniciação Científica (SIC) da PUCRS acontece do dia 3 a 7 de outubro e as inscrições estão abertas até o dia 12 de setembro neste link. O encontro busca proporcionar o intercâmbio de conhecimentos e dos resultados das pesquisas desenvolvidas pelos bolsistas de Iniciação Científica em projetos orientados por pesquisadores. Além de promover a divulgação da pesquisa no âmbito da graduação da Universidade e da comunidade científica e acadêmica em geral, o evento também incentiva a participação dos alunos de graduação em programas de Iniciação Científica.

Com a iniciação científica, estudantes de graduação podem atuar em projetos de pesquisa com professores de diferentes áreas do conhecimento. É uma oportunidade de se conectar ainda mais com a pesquisa científica, explorando diferentes métodos e assuntos.

Em sua 23ª edição, os trabalhos apresentados no SIC serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: qualidade do resumo, domínio do conteúdo, contribuição para o desenvolvimento da pesquisa, clareza/objetividade na exposição oral do trabalho, utilização adequada do tempo de apresentação, adequação das respostas aos questionamentos da banca avaliadora. Todos os trabalhos que obtiverem a nota máxima cinco serão considerados Trabalhos Destaque e receberão um Certificado. Os melhores Trabalhos Destaque por Grandes Áreas serão selecionados seguindo os critérios descritos no Regulamento. Os vencedores serão anunciados no evento de Premiação.

Alunos e alunas da PUCRS, assim como externos vinculados a bolsas institucionais da Universidade têm isenção no valor da inscrição. Para os demais estudantes de outras instituições de ensino, o valor da inscrição é de R$ 100, com um limite de inscrições.

Acesse o site para se inscrever e conferir a programação e demais informações sobre o evento.

Destaque na pesquisa

Na última edição do evento, em 2021, o estudante da Escola de Direito Guilherme Schoeninger Vieira recebeu destaque com o trabalho Limites à jurisdição frente a ‘questões políticas’: o STF e os casos de suspensão de nomeações de Ministros de Estado, orientado pelo professor Eugênio Facchini Neto. Com seu envolvimento foi realizada uma análise sobre o tema do controle judicial de atos essencialmente políticos e seus limites, utilizando ferramentas do Direito Comparado, baseando-se na experiência jurídica de outros países.

Como estudante da graduação da PUCRS, Guilherme ressaltou a relevância da Iniciação Científica em sua trajetória acadêmica: “A oportunidade se trata de um espaço autêntico de pesquisa que ocorre sob a orientação de excelentes professores da Universidade. Nesse sentido, convido todos os colegas a buscarem informações sobre essas ricas oportunidades de estudo”, reforça.

biblioteca

Foto: Bruno Todeschini

As primeiras editoras universitárias do mundo foram criadas na Inglaterra, nas Universidades de Cambridge (1534) e Oxford (1586), sendo ainda hoje consideradas símbolos de distinção e qualidade da produção acadêmica desenvolvida por essas instituições ao longo dos seus quase cinco séculos de existência. Esta informação foi apresentada na pesquisa Formação e produção acadêmica: o papel das editoras universitárias, do pesquisador e professor da Escola de Humanidades Luciano de Abreu, que também atua como editor-chefe da Editora Universitária da PUCRS (EDIPUCRS). 

A EDIPUCRS, criada em 1988, se destaca por sua atuação na publicação de obras de relevância científica, cultural, social, literária e didática em diversos campos do conhecimento. Atualmente vinculada à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESQ), a editora tem como objetivo disseminar e divulgar livros e periódicos científicos sobre temas contemporâneos e resultantes de pesquisas acadêmicas em diversos formatos.   

Em sua pesquisa, Abreu propõe uma reflexão sobre o papel e o sentido acadêmico de uma editora universitária em relação ao projeto institucional de formação, produção e divulgação científica, que se constituem nos eixos de ensino, pesquisa e extensão das universidades brasileiras, tendo como base o processo de constituição da EDIPUCRS. “O papel da EDIPUCRS como editora universitária está se consolidando em sintonia com a Universidade na busca pela redefinição de forma mais integrada e transversal os seus modelos de formação e produção científica nos diversos campos do conhecimento”, destaca o editor-chefe. 

Editoras universitárias no Brasil 

No Brasil, em contraponto ao contexto europeu, as editoras universitárias têm uma história bem mais recente. As primeiras editoras universitárias surgiram em 1961, nas Universidades de Brasília (UnB) e de São Paulo (USP), justamente para assumir um papel mais ativo e integrado às universidades e seu projeto político, de formação e produção acadêmica. Desta forma, como explica Abreu, as editoras universitárias foram surgindo no Brasil para desenvolver, por meio da sua política editorial, um projeto intelectual de preservação do pensamento humano. 

Biblioteca, livros, estante

Foto: Gilson Oliveira

Em sua pesquisa, o professor cita algumas concepções sobre as atribuições de editoras universitárias, como formação do autor, fomento à produção do conhecimento, apoio ao ensino e à pesquisa, produção de séries didáticas, e de preenchimento de lacunas em áreas carentes de bibliografia, se aproveitando para isso da sua facilidade de acesso aos estudos e pesquisas de professores de todas as áreas do conhecimento.  

Com o exemplo da EDIPUCRS, Abreu explica que os títulos publicados englobam temas muito variados, incluindo assuntos como história política, social e cultural europeia e do Brasil, história da arte, formação de professores, avaliação, currículo e internacionalização da educação, educação inclusiva, literatura, envelhecimento e cuidados com idosos, dentre outros.  

Atuação da EDIPUCRS 

A editora publica livros nos formatos digital (e-pub) e impresso sob demanda (POD: print-on-demand), além de diversos periódicos, relatórios e diversos outros produtos institucionais, anais de eventos e cartilhas com a possibilidade de impressão sob demanda, estando disponíveis para comercialização em plataformas digitais como Amazon, Google, Saraiva e Apple, por exemplo. Dentre os títulos de destaques estão Entendendo o funcionamento do Cérebro ao longo da vida, desenvolvido pelos pesquisadores Jaderson Costa da Costa, Magda Lahorgue Nunes e Draiton Gonzaga Souza; A América Latina na Era do Fascismo do professor Antônio Costa Pinto; Enciclopédia Brasileira de Educação Superior (2 vol.) de autoria da pesquisadora Marília Morosini e Percursos de Inovação Pedagógica: ensaios investigativos da prática docente, realizado pelos pesquisadores Adriana Justin Kampf e João Batista Siqueira Harres.  

Abreu pontua também que a PUCRS conta com uma Política Editorial criada de acordo com as necessidades e características das diversas áreas de pesquisa da Universidade. De acordo com o docente, os processos de publicação passam por qualificação e internacionalização do seu Conselho Editorial, rigorosa avaliação por pares de todas as suas publicações, criação de um novo conceito editorial de divulgação do conhecimento científico produzido na instituição em linguagem mais simples e acessível ao público leigo, além da publicação de obras literárias de todos os gêneros, inclusive literatura infantil, que terá o seu primeiro título lançado ainda nesse ano. No caso dos periódicos, estão sendo desenvolvidas diversas ações para ampliar sua circulação e índices de citação e de impacto das revistas atualmente editadas pela Universidade. 

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