Excelência em pesquisa: a nova publicação científica da PUCRS - Revista aborda pesquisas inovadoras em todas as áreas do conhecimento de forma multidisciplinarConsiderada a melhor Universidade privada do País pelo Times Higher Education (THE), a PUCRS se destaca, entre outras competências, pela sua estrutura e atuação na área da pesquisa. A Universidade distinguiu em 2020, assim como em outros anos, especialmente nas categorias de Pesquisa e Citações. Seguindo esse legado, o lançamento da revista PUCRS Excelência em Pesquisa aconteceu durante um webinar em homenagem ao Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador, celebrado no dia 8 de julho. A publicação reúne alguns dos principais estudos científicos da PUCRS.

“A qualidade da pesquisa desenvolvida na PUCRS é reflexo de um conjunto de estratégias e ações, bem como o incentivo à interdisciplinaridade e iniciativas voltadas ao incremento da internacionalização”, comenta Carla Bonan, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS em seu artigo Ciência e transformação da sociedade, sobre a data.

Excelência em pesquisa

A publicação, que contou com a participação de mais de 50 pesquisadores da PUCRS, engloba estudos de todas as áreas do conhecimento. Confira algumas das soluções transformadoras que contribuem para questões globais da sociedade:

Pesquisas sobre o cérebro, envelhecimento saudável, doenças, fármacos, drogas, entre outros, mostram o trabalho de pesquisadores que se dedicam a desvendar como a Ciência pode auxiliar na qualidade de vida humana em diferentes fases da vida. Entre elas, Os distúrbios do sono e a saúde de crianças e adolescentes, de Magda Lahorgue Nunes; Estresse, trauma e drogas: as mudanças genéticas e estruturais no cérebro, de Rodrigo Grassi-Oliveira; e Intervenções cognitivas para uma vida mais saudável, de Margareth da Silva Oliveira.

De temas como as análises de diferentes perspectivas da violência social até os direitos fundamentais e as sabedorias ancestrais, as pesquisas resgatam assuntos antigos da civilização de forma contemporânea. Entre eles, Sociologia da punição: Violência e encarceramento, de Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo; Pobreza multidimensional, autoeficácia e viés de gênero, de Izete Pengo Bagolin; e O direito às origens quilombolas, de Patrícia Krieger Grossi.

Abordando os direitos humanos, as realidades latino-americanas e como melhorar as relações sociais e o ensino, os estudos abordam diferentes reflexões atuais. Entre elas, O pensar reflexivo da democracia e dos direitos humanos, de Nythamar H. Fernandes de Oliveira Junior; Formar docentes para construir o futuro, de Marcos Villela Pereira; e A linguística aplicada à saúde, de Lilian Cristine Hübner.

Com um olhar atento para os debates urgentes sobre o meio ambiente e a saúde do planeta, as pesquisas propõe soluções mais amigáveis para a natureza. Entre elas, Investigações voltadas à conservação de aves e seus habitats, de Carla Suertegaray Fontana; Células solares e sistemas fotovoltaicos, de Izete Zanesco e Adriano Moehlecke; e Soluções sustentáveis do campo à indústria, de Eduardo Cassel.

Promovendo um futuro cada vez mais em movimento e em constante transformação, nesta área as pesquisas abordam novas tecnologias, aprendizado de máquina, empreendedorismo digital e simulações do que há por vir. Entre elas, Modelos computacionais para simular sistemas naturais, de Walter Filgueira de Azevedo Junior; Inteligência artificial com foco no bem-estar social e na sustentabilidade, de Rafael Heitor Bordini; e Referência internacional em simulação de multidões, de Soraia Raupp Musse.

Combate à Covid-19

Pesquisadores/as das mais diversas áreas do conhecimento entraram em uma verdadeira corrida contra o tempo em busca de soluções para o combate, prevenção e contingenciamento da pandemia do novo coronavírus. Entre as principais ações da PUCRS estão a criação de um novo teste para Covid-19; estudos sobre aspectos da saúde mental durante esse período; avaliações sobre a qualidade do sono; proteção aos profissionais de saúde; análises do impacto do contágio e diferentes abordagens no combate à doença.

Pesquisa brasileira em números

Projeto contemplado pelo CNPq testará método de tratamento para COVID-19 - Pesquisador da PUCRS Marcus Herbet Jones utilizará método com óxido nítrico inalado para tratamentos

Foto: Francisco Venâncio/Unsplash

Considerado o 13º maior País produtor de publicações na área da pesquisa, o trabalho acadêmico do Brasil cresce anualmente. Foram mais de 250 mil papers produzidos no período de 2011 a 2016, segundo os dados multidisciplinares da Web of Science, editada pela Clarivate Analytics e publicados na Revista Época.

O papel das Universidades tem destaque

Este mesmo relatório mostrou que 60% dos gastos internos brutos em pesquisa e desenvolvimento são referentes ao trabalho de instituições de ensino superior. Pelo menos 10% são investidos em pesquisas não orientadas e 30% para fins exclusivos. “Os maiores receptores são os setores agrícola (10%), de tecnologia industrial (6%) e saúde (5%)”.

As áreas de medicina clínica, ciência de plantas e animais, ciências agrárias, química, física e engenharia foram as de maior incidência entre os papers, de acordo com a Época.

Mais de 377 grupos de pesquisa

“A pesquisa desenvolvida na PUCRS está diretamente relacionada com a atuação das estruturas de pesquisa, constituídas por 377 Grupos certificados no último Censo 2016 realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), 16 Centros, 104 Laboratórios e 48 Núcleos, bem como por quatro Institutos. Além disso, a atividade de pesquisa está integrada com os 23 Programas de Pós-Graduação, com 23 Cursos de Mestrado e 22 Programas de Doutorado, envolvendo 344 docentes”, destaca Carla Bonan. A lista completa de estruturas de pesquisa da PUCRS está descrita na Revista.

Leia também: Elas estão alcançando cada vez mais espaços na área de Ciência e Tecnologia

Nesta quarta-feira, dia 8 de julho, em celebração ao Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação realizou o webinar Ciência e a Transformação da Sociedade. O evento teve como objetivo debater sobre a relevância da ciência e do papel do pesquisador na sociedade.

A abertura do encontro contou com a presença do reitor Ir. Evilázio Teixeira, da pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Carla Bonan e da diretora de pesquisa Fernanda Morrone. Na ocasião, Carla destacou a importância da data, reforçando a relevância da ciência para os avanços da humanidade. “Fazer ciência é um desafio. Não depende somente do esforço individual, mas de investimentos no desenvolvimento de um ecossistema que incentive e promova a busca pelo conhecimento científico, do ensino fundamental até o ensino superior”, adicionou.

O reitor Ir. Evilázio Teixeira parabenizou os cientistas da Universidade pela data e agradeceu pelo engajamento dedicado e pelo protagonismo de cada um em levar adiante aulas e atividades de pesquisa dentro do atual cenário. “Encontros como esse reafirmam o nosso compromisso enquanto comunidade científica com a integridade, a ética, a ousadia e a dignidade. Hoje mais do que em outros tempos, a pesquisa se constitui como caminho para inovação e empreendedorismo, como vetor para solucionar problemas demandados da sociedade”, completou.

O reitor também celebrou o trabalho de excelência desenvolvido na PUCRS, colocando a Universidade entre as 20 melhores instituições da América Latina, destacando-se especialmente na área de pesquisa, citações, ensino e perspectivas internacionais.

Excelência na pesquisa

A diretora Fernanda Morrone deu as boas-vindas aos participantes e falou sobre a nova publicação de divulgação científica da Universidade: PUCRS Excelência em Pesquisa. A revista apresenta dezenas de estudos conduzidos por mais de 50 pesquisadores da Universidade, dividida em cinco grandes temas estratégicos:

A revista também traz um panorama sobre as recentes pesquisas conduzidas na Universidade relacionadas à Covid-19, em resposta a essa importante demanda da sociedade. “Todos esses estudos acontecem em mais de 500 estruturas da nossa Universidade, ou seja, laboratórios, centros e institutos, além de também acontecer em nossos 23 Programas de Pós-Graduação“, completou. Acesse a publicação completa neste link.

Desafios de ser pesquisador

Em seguida, um debate mediado pelo professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Régis Mestriner contou com a presença de quatro pesquisadores que, apesar de jovens, estão se destacando em suas áreas de atuação: Aline Machado Lucas (Escola Politécnica), Ana Paula Duarte de Souza (Escola de Ciências da Saúde e da Vida), André Salata (Escola de Humanidades) e Thiago Wendt Viola (Escola de Medicina).

A primeira questão trazida pelo próprio público que acompanhou o evento foi sobre quais são os principais desafios de fazer ciência e seguir a carreira de pesquisador hoje. Salata destacou o fato de os pesquisadores serem também gestores de recurso – tanto de tempo, quanto de verba. “É um desafio saber gerir esses recursos, tanto em saber conciliar o tempo da pesquisa com outras atividades, quanto em trabalhar sistematicamente em seu projeto com a verba disponível”, afirmou.

Viola afirmou que o desafio também envolve o desenvolvimento de pesquisas no momento atual que vivemos. “É desafiador manter-se firme no propósito enquanto vemos a opinião pública tão dividida, onde parte acredita na ciência e a outra parcela reluta sobre sua relevância”, adiciona.

Incentivo à pesquisa desde cedo

Outra questão levantada pelo público envolveu o investimento na iniciação científica desde a escola primária como forma de fortalecer a sociedade para a prática científica. Aline afirmou que introduzir a vivência na pesquisa desde cedo, mostrando que por detrás de qualquer resultado há um processo é fundamental para que a sociedade compreenda de forma prática o trabalho do pesquisador.

“Também acredito que a comunicação científica é fundamental para que a sociedade consiga absorver o conhecimento produzido e confiar na relevância deste trabalho. A ciência leva tempo, mas é essencial para avançarmos”, afirmou Ana Paula.

André Salata afirmou que a crise e o questionamento do discurso científico têm incentivado que os pesquisadores pensem novas formas de catalisar o conhecimento para o grande público, de forma cuidadosa e democrática.

Fazer ciência durante a pandemia

Manter a produtividade, permanecer concentrado e seguir dedicado com sua pesquisa tornou-se um desafio para muitas pessoas durante a pandemia da Covid-19. Questionados sobre dicas para manter a dedicação acadêmica e de pesquisa, Salata reforçou a importância de manter uma rotina. “Pesquisa é sistemática, analisar dados, ler artigos. Reserve um tempo do seu dia para pesquisar, pois é o que permitirá que você alcance o sucesso lá na frente”, aconselhou.

Viola afirmou que o momento atual pode ser utilizado para fundamentação teórica, essencial para uma pesquisa bem construída. “Também pode ser um momento para aprender mais sobre análise de dados, buscando ferramentas online para a capacitação”, finalizou.

Hoje, 08 de julho, são comemorados o Dia Nacional da Ciência e o Dia Nacional do Pesquisador. Datas que foram criadas para destacar a relevância da ciência no nosso País. Ser pesquisador e fazer ciência no Brasil e no mundo é um belo desafio. É necessário ter comprometimento, ousadia, dedicação, paixão, resiliência e habilidades para superar os mais diferentes obstáculos. Entretanto, quais são as motivações para seguir a carreira? Cada um tem causas, aspirações, mas é evidente que todos têm a compreensão sobre o potencial transformador do conhecimento, dimensão que permeia a atuação de um cientista.

A investigação dos grandes problemas contemporâneos e de soluções que melhorem a sociedade e a vida no planeta mobilizam pessoas a transpor as fronteiras do conhecimento. Muito mais do que em outros tempos da história, estamos vivendo um período em que os olhares se voltam com atenção ao trabalho dos cientistas. Pesquisadores do mundo inteiro direcionam seus esforços e recursos à busca de uma vacina, de um medicamento, de avanços que beneficiem a humanidade neste cenário tão crítico. Ao mesmo tempo, também estudam impactos na saúde mental, na educação, na economia e em como haverá de ser a vida pós-pandemia. Muitos têm nos alertado para os riscos que corremos se não mudarmos a interação com o meio ambiente.

Entretanto, o trabalho dos cientistas não depende somente do esforço individual, mas de investimentos no desenvolvimento de um ecossistema que incentive e promova a busca pelo conhecimento científico do ensino fundamental até o ensino superior. Na PUCRS, a qualidade da pesquisa protagonizada por 326 grupos, com mais de dois mil projetos em andamento, é reflexo de um conjunto de estratégias e ações estruturantes que dizem respeito à qualificação do corpo docente, à infraestrutura, bem como ao incentivo à interdisciplinaridade e internacionalização.

Comemoramos a data com o lançamento da publicação Excelência em Pesquisa – que apresenta e valoriza o trabalho de mais de 50 cientistas -, para lembrar e ressaltar que nossa universidade só produz investigação de alto nível, em padrão internacional, em diferentes áreas do conhecimento, por causa do trabalho dedicado e incansável das pessoas que a compõem.

Hoje é um dia para celebrar o importante trabalho de todos os pesquisadores que, mesmo nas situações mais adversas, acreditam que é possível transformar o País e o mundo em um lugar melhor. É um dia para reconhecer que o futuro, em todas as suas dimensões, somente é possível com ciência e educação.

 

 

Referência na área da saúde, Lapafi adquire equipamento de biomecânica - Novo sistema do laboratório veio da Itália e complementa a estrutura de estudo do movimento humano da PUCRS

Foto: Braden Collum/Unsplash

Além de prestar suporte às aulas práticas de diferentes cursos com foco na área da saúde, pesquisas e testes científicos e clínicos são realizados por meio do uso compartilhado dos recursos do Laboratório de Avaliação e Pesquisa em Atividade Física da PUCRS (Lapafi). O laboratório existe, oficialmente, desde 2010. No entanto, a estrutura de biomecânica que começou a ser construída há cerca de quatro anos, hoje conta com um serviço complexo de equipamentos, incluindo a nova aquisição: um sistema de cinemática. Com o dispositivo é possível realizar análises do movimento humano em alta resolução, com diferentes aplicações, como a avaliação de atletas e pessoas com problemas de locomoção, por exemplo.

As possibilidades práticas do sistema são inúmeras, desde os estudos fundamentais na área da biomecânica, até as investigações aplicadas ao esporte e à saúde cinético-funcional. “É possível trabalhar visando melhorar o desempenho esportivo e reduzir o risco de lesões. Assim como avaliar a caminhada e a marcha das pessoas, seja de forma natural ou com o uso de dispositivos tecnológicos”, explica o professor Régis Gemerasca Mestriner, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, e coordenador de projetos na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS (Propesq).

Nova estrutura, novas possibilidades

O sistema adquirido se soma aos demais equipamentos disponíveis no laboratório, fazendo do Lapafi um ambiente completo para o ensino, pesquisa, inovação e desenvolvimento de novas tecnologias na área do movimento humano. “A aquisição tem um impacto muito positivo na vida dos alunos e alunas, qualificando as aulas, trabalhos de Graduação e Pós, além de auxiliar na qualificação do ensino na forma de service learning, em parceria com empresas. Ou seja, o potencial é muito grande e em diferentes níveis”, conta Rafael Baptista, também professor da Universidade e coordenador do Lapafi.

Por meio da técnica de avaliação em biomecânica conhecida como cinemática, o sistema de captura de movimentos opera em alta velocidade, garantindo a captura de pontos que permitem a modelagem e reconstrução da trajetória em diferentes condições.

Sobre o sistema de cinemática

equipamento foi adquirido por meio de um edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e faz parte de um projeto para melhoria da estrutura de equipamentos multiusuários da PUCRS, conduzido pela Propesq. Outros/as docentes da Universidade também participaram da articulação do projeto. O investimento em equipamentos especializados do laboratório gira em torno de R$ 2 milhões, conforme a fabricante BTS Bioengineering.

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Apresentação oficial da publicação será durante o webinar Ciência e a Transformação da Sociedade / Foto: Pexels

No dia 8 de julho, quando é celebrado o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq) lança a revista PUCRS Excelência em Pesquisa. A publicação reúne estudos da comunidade acadêmica que ressaltam o comprometimento da Universidade com a qualidade acadêmica e a geração de conhecimento e inovação à sociedade.

Nos últimos meses o conhecimento científico e os pesquisadores passaram a ser intensamente demandados e valorizados na identificação, gestão e planejamento das possíveis soluções diante da pandemia. Segundo a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Carla Denise Bonan, ao longo de sua trajetória a PUCRS tem recebido reconhecimento nacional e internacional, ocupando uma posição privilegiada entre as melhores universidades da América Latina.

“A qualidade da pesquisa desenvolvida na PUCRS é reflexo de um conjunto de estratégias e ações estruturantes especialmente no que diz respeito à qualificação do corpo docente e da infraestrutura de pesquisa, bem como do incentivo à interdisciplinaridade e iniciativas voltadas ao incremento da internacionalização. Nossa Universidade produz investigação de alto nível, em padrão internacional, nas diversas áreas do conhecimento. Esperamos que esta revista traduza um pouco deste nível de excelência alcançado graças ao trabalho dedicado da comunidade acadêmica”, ressalta.

Vetor que gera soluções para problemas concretos demandados pela sociedade 

Com o intuito de contribuir com soluções transformadoras para questões globais da sociedade, a revista PUCRS Excelência em Pesquisa apresenta cinco grandes temas estratégicos que representam as áreas transversais nas quais se baseiam as atividades de pesquisa da Universidade. São eles:

Com mais de 50 nomes de pesquisadores da Universidade, os estudos englobam as mais diversas áreas do conhecimento. Além disso, a revista também apresenta um panorama de projetos de pesquisa relacionados a Covid-19.

A pesquisa desenvolvida na Universidade está diretamente relacionada com a atuação das estruturas de pesquisa, hoje constituídas por 377 Grupos – certificados no último Censo 2016 realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) -; 16 Centros; 104 Laboratórios; 48 Núcleos; e quatro Institutos. A atividade de pesquisa está integrada com os 23 Programas de Pós-Graduação, com 23 Cursos de Mestrado e 22 Programas de Doutorado, envolvendo 344 docentes.

Lançamento online

Para marcar a data e valorizar os pesquisadores, a apresentação oficial da publicação será durante o webinar Ciência e a Transformação da Sociedade. O debate ocorre às 18h do dia 8 de julho e será conduzido por quatro jovens e promissores pesquisadores: professora Ana Paula Duarte de Souza (Escola de Ciências da Saúde e da Vida, professora Aline Machado Lucas (Escola Politécnica), professor André Salata (Escola de Humanidades) e Thiago Wendt Viola (Escola de Medicina).

Para o reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, o resultado do trabalho do pesquisador depende de um ecossistema formado por diferentes agentes. “Desde o bolsista de Iniciação Científica até as agências de fomento, sem falar em todas as etapas de formação, amadurecimento, escolhas, renúncias, projetos, publicações e o suporte institucional da Universidade. O resultado da pesquisa ocorre por maturação e estamos juntos neste desafio de valorizar e promover a ciência”, comenta.

Para participar do webinar acesse, via Zoom, neste link ou pelo ID 948 3287 8034 (senha: ciencia).

Pesquisa Lato Sensu_BannerWeb907x550-02-01A pandemia do novo coronavírus exigiu adaptações imediatas em todas as áreas. Na educação, não foi diferente. Precisamos rapidamente nos mobilizar, migrando diversas atividades para a modalidade online, alterando alguns prazos, e sempre buscando manter nossa excelência no ensino e no atendimento. 

Este momento de mudanças acaba provocando a reflexão sobre quais são nossos desejos e prioridades. Por isso, escutar os diferentes públicos torna-se ainda mais importante para a Universidade agoraSaber o que esperam do futuro, o que desejam daqui para a frente e como se sentem em relação ao que está acontecendo a nossa volta. Manter esse diálogo aberto é fundamental para que a PUCRS possa seguir alinhada a sua missão de produzir e difundir conhecimento e promover a formação humana e profissional e, ao mesmo tempo, manter-se atenta às adaptações que o contexto exige. 

E, pensando naqueles que já possuem um diploma e que têm o objetivo ou o plano de dar continuidade aos estudos cursando uma especializaçãoa PUCRS, através da área Educação Continuada, desenvolveu uma pesquisa para entender quais suas expectativas neste momento. A intenção é saber as preferências e áreas pelas quais você tem interesse e compreender como a pandemia da Covid-19 impactou sua vida e seus planos de continuar estudando.  

A pesquisa é aberta, podendo ser respondida por toda pessoa que tiver interesse em contribuir.

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O projeto de Barros é ambicioso no sentido que tenta atacar as principais questões em aberto da área de redes neurais. Crédito: Ascom

O professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação Rodrigo Barros foi um dos 23 jovens pesquisadores selecionados pela 3ª chamada pública de apoio à ciência do Instituto Serrapilheira. Os contemplados receberão até R$ 100 mil cada, para investir em seus projetos nas áreas de ciências naturais, ciência da computação e matemática. 

O projeto de Barros, intitulado IA para o bem-estar social: construção de redes neurais justas, explicáveis, resistentes a fatores de confusão e com supervisão limitada foca em uma área específica de Inteligência Artificial (IA): a área de redes neurais (comumente chamada de deep learning, ou aprendizado profundo). 

Redes neurais são sistemas de computação com nós interconectados que funcionam como os neurônios do cérebro humano. Usando algoritmos, elas podem reconhecer padrões escondidos e correlações em dados brutos, agrupá-los e classificá-los, e – com o tempo – aprender e melhorar continuamente.

O objetivo principal do projeto contemplado será verificar a possibilidade de se construir abordagens de redes neurais para problemas ligados ao bem-estar social. Saúde, educação e aquecimento global são temáticas que deverão ser abordadas durante a execução do projeto.

Tecnologia a serviço da sociedade 

O projeto de Barros é ambicioso no sentido que tenta atacar as principais questões em aberto da área de redes neurais. Busca-se saber questões como desenvolver redes neurais robustas, como garantir que o modelo a partir de dados existentes apresente algum grau de fairness (justiça), como aprender como as redes neurais estão de fato aprendendo e como aprender sobre as bases de dados que possuam pouca quantidade de supervisão (anotação) por parte de seres humanos.

De acordo com o pesquisador, o foco central do projeto é o potencial impacto social que pode gerar. “Ao atacar os maiores desafios da área de redes neurais, buscaremos centralizar as soluções desenvolvidas para áreas como análise de imagens médicas de tórax para auxiliar na pandemia da Covid-19, bem como entender e aprender os principais fatores por trás de um dos maiores desafios da história da humanidade, que é o aquecimento global”, adiciona.

Com o valor recebido no edital, Rodrigo Barros conta que investirá em bolsas de doutorado e mestrado, com o objetivo de incentivar jovens talentos de seu grupo de pesquisa a trabalharem com alguns dos maiores desafios enfrentados na área. Além disso, um grupo de pesquisa de IA para o bem-estar social deve ser criado, com o objetivo de tornar a PUCRS uma referência na área.  

Pesquisa sobre superbactériaA partir desta semana a PUCRS passa a integrar a Rede-IES, criada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com o objetivo de construir conexões para uso e compartilhamento de dados sobre a pós-graduação brasileira. Outras 12 instituições de ensino superior (IES) participam do projeto-piloto, que vai estruturar procedimentos para criar uma rede de informações acadêmicas.

O compartilhamento permitirá o estabelecimento de cinco níveis – política pública, organizacional, legal, semântico e técnico – para a integração conjunta com as instituições. O projeto soma-se aos esforços da CAPES e à demanda de pesquisadores para diminuir o preenchimento de informações repetidas em diversos sistemas.

Para a pró-reitora de pesquisa e pós-graduação Carla Bonan, a criação da Rede-IES será muito importante para facilitar a integração de informações entre as Instituições de Ensino Superior e a CAPES. “Portanto, a participação da PUCRS no projeto poderá trazer contribuições importantes para que estes processos se desenvolvam com eficiência, considerando a qualidade da pesquisa e dos nossos programas de pós-graduação”, completa.

A concretização do Rede-IES deve ajudar em processos internos de avaliação, coleta de dados e concessão de fomentos. O projeto deve resultar na criação de padrões e gramáticas da Rede a serem compartilhadas entre os participantes.

Participantes da Rede-IES

Universidade Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)
Universidade de Pernambuco (UPE)
Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Universidade Presbiteriana Mackenzie, Universidade de São Paulo (USP)
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

MeD 2020-2 - Portal_Notícia Em meio à pandemia, mais do que nunca, o trabalho incansável de pesquisadores e professores se torna essencial. Os esforços da ciência se refletem nos avanços da sociedade e impactam a vida da população. Para fazer parte deste movimento em busca de soluções para o futuro, 10 cursos de mestrado e doutorado da PUCRS estão com inscrições abertas até o dia 19 de junho para os interessados em ingressar ainda em 2020. Neste edital, a entrega da documentação será feita online.

Com a melhor pós-graduação do Brasil, de acordo com a média nacional na Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a PUCRS conta com programas reconhecidos nacionalmente e internacionalmente. Tenha contato com temas inovadores e de grande impacto social, com disciplinas constantemente atualizadas e uma estrutura completa de estudo e pesquisa.

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Para conferir os detalhes do ingresso de cada programa, confira o edital na página do curso.

Créditos e bolsas

Os ingressantes de Mestrado e Doutorado têm a possibilidade de concorrer a bolsas de estudo de agências governamentais (CAPES e CNPq) ou bolsas  oriundas de projetos de pesquisa com empresas parceiras para realização do curso. Algumas modalidades de bolsas permitem aos alunos exercerem dedicação em tempo integral aos seus estudos.

Para novos ingressantes que não receberem bolsas, existe a possibilidade de obtenção de crédito educativo pelo Programa de Crédito Educativo da PUCRS (Credpuc), que oferece um auxílio de 50% dos valores das parcelas educacionais, as quais serão reembolsadas após o término do curso, pelo mesmo período de utilização.

Além disso, estudantes que queiram internacionalizar a sua formação poderão ainda aproveitar as oportunidades do Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt), que oferece bolsas de doutorado sanduíche no exterior e outras possibilidades de mobilidade discente durante o curso. Saiba mais sobre o programa clicando aqui.

Estudo avalia “práticas corretivas” da Psicologia em relação à orientação sexual - No Dia Mundial de Combate à LGBTfobia, confira as respostas de profissionais analisadas por pesquisador da PUCRS

Foto: Shutter Stock

Muitos profissionais da Psicologia, principalmente no Brasil, ainda consideram a homossexualidade um transtorno mental ou um desvio do que seria considerado o “normal” socialmente. Com a evolução de estudos sobre o tema, o principal resultado obtido foi a ausência de evidências empíricas para esse tipo de abordagem. Angelo Brandelli, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e coordenador do Grupo de pesquisa sobre preconceito, vulnerabilidade e processos psicossociais da PUCRS, coordenou uma pesquisa inédita no Brasil sobre esse tema.

“De acordo com a literatura, esses profissionais frequentemente praticam intervenções que visam mudar ou reparar a homossexualidade”, explica o artigo publicado. O estudo avaliou as atitudes corretivas (AC) dos profissionais da Psicologia em relação a pacientes lésbicas, gays e bissexuais (LGB), através de um questionário online.

A análise mostrou que 29,48% dos(as) profissionais aplicam AC quando solicitado pelo(a) paciente, e 12,43% quando não, o que agravaria a situação. Ao todo, foram 692 psicólogos registrados que participaram da pesquisa.

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Vieses inconscientes e imaginário social

As investigações demonstraram que os preconceitos mais identificados nos depoimentos, para justificar a aplicação de atitudes corretivas, foram:

Como discutir sobre orientação e sexualidade

A aplicação adequada de intervenções psicológicas com a população LGB deveria se dar por meio de aceitação, apoio e o desenvolvimento da identidade sexual, destaca um trecho da pesquisa.

Pessoas que se identificam como LGB apresentam maior sofrimento psíquico e maior procura por serviços de saúde mental. Historicamente, essa evidência foi apontada como indicativo de um estado psicopatológico ligado à essas variações da sexualidade. No entanto, hoje se sabe que a piora na saúde mental destes grupos se deve a uma maior exposição, violência e discriminação por parte da sociedade.

“As variações na orientação sexual devem ser encaradas com normalidade. Sejam nos seres humanos ou nas demais espécies animais. Homossexualidade e bissexualidade são manifestações perfeitamente saudáveis da vida humana. O que deve ser curado, e ainda precisamos avançar muito na busca por este remédio, é o preconceito”, explica Brandelli.

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O que a lei diz sobre as “práticas corretivas”

Estudo avalia “práticas corretivas” da Psicologia em relação à orientação sexual - No Dia Mundial de Combate à LGBTfobia, confira as respostas de profissionais analisadas por pesquisador da PUCRS

Foto: Unsplash

Há 30 anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) removeu a homossexualidade da classificação internacional de doenças, em 17 de maio de 1990. A data ficou conhecida como o Dia Mundial e Nacional de combate à LGBTfobia. Mesmo sendo um procedimento frequentemente relatados por pacientes, a resolução 001/99 do Conselho Federal de Psicologia proíbe essas técnicas e terapias “corretivas”, consideradas equivocadas.

No início do século 20, a psiquiatria e a psicologia construíram diferentes técnicas na tentativa de curar o que na época era tido como uma doença. “Estas supostas terapias corretivas não mostraram sucesso na mudança da orientação sexual, produzindo, inclusive, extremo sofrimento. Importante ressaltar que diversas sociedades médicas e psicológicas no Brasil e no mundo proíbem a sua realização, de forma a minimizar os danos que podem causar”, ressalta o pesquisador.

Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais

O grupo de pesquisa enfatiza a importância social de estudos sobre a psicologia do preconceito, sobretudo nos modelos da cognição social e do minority stress – termo que descreve níveis cronicamente elevados de estresse que membros de grupos minoritários ou estigmatizados enfrentam.

Além disso, o projeto também avalia a relação com processos psicossociais, como educação e saúde, e promove novas atitudes em relação a preconceitos. Os principais estudos do grupo abordam os efeitos da discriminação nos processos de saúde e adoecimento, especialmente a saúde mental e a sexual.

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Sobre a pesquisa

O projeto original foi concebido por pesquisadores italianos da Sapienza Università di Roma, na Itália, com aplicação no Brasil por Brandelli. Também participaram Damião Soares, aluno de mestrado da Universidade Federal do CearáMozer de Miranda, aluno de mestrado da Universidade Federal do SergipeJean Vezzosi, aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPG) da PUCRS; e os conselhos regionais de Psicologia do Distrito Federal e de Minas Gerais, que divulgaram a pesquisa nos estados.

Pesquisador é referência na área de estudos

Angelo Brandelli Costa, além de coordenar o grupo de pesquisa, é consultor das agências das Nações Unidas e tem pesquisas nas áreas de psicologia social e da saúde. A ênfase da sua área de atuação envolve temas sobre preconceito, sexualidade, gênero, HIV/Aids e saúde integral da população LGBTIQ+. É professor do (PPG) em Psicologia da PUCRS.

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