Doutorando da Escola Politécnica ganha prêmio Google pela terceira vez

Foto: Arquivo pessoal/Henrique dos Santos

Pelo terceiro ano consecutivo Henrique Dias Pereira dos Santos, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Escola Politécnica da PUCRS, foi vencedor no Latin America Research Awards (Lara), premiação promovida pelo Google. Essa é a oitava edição do programa, criado com o propósito de impulsionar a inovação na região e premiar projetos acadêmicos que visam identificar e propor soluções tecnológicas para problemas reais do cotidiano das pessoas.

O projeto Validação da Identificação de Eventos Adversos por Aprendizado de Máquina em Situações Reais, orientado pela professora Renata Vieira, deu vida à startup NoHarm.ai, implantação comercial sem fins lucrativos da pesquisa. Desenvolvida em conjunto com a farmacêutica do Grupo Hospitalar Conceição, Ana Helena Ulbrich, a startup busca agilizar e dar segurança ao trabalho da Farmácia Clínica dentro de hospitais.

“Ela é uma ferramenta que traz diversas inteligências para a farmacêutica, desburocratizando o processo de revisão das prescrições medicamentosas”, afirma Ana. A NoHarm.ai já está atendendo oito hospitais distribuídos nas cidades de Porto Alegre, Passo Fundo, Belo Horizonte, Aracaju e Rio de Janeiro.

Sobre o a premiação

Doutorando da Escola Politécnica ganha prêmio Google pela terceira vez

Foto: Arquivo pessoal/Henrique dos Santos

Dentre os projetos selecionados pelo Lara em 2020, 13 são do Brasil, dois do Chile, quatro da Argentina, um do Peru, um da Colômbia e um do México. Desde seu lançamento, em 2013, o programa já destinou aproximadamente 3 milhões de dólares a mais de 146 projetos de universidades de toda a região.

“Os prêmios do Google foram fundamentais para validar a contribuição científica do projeto para a ciência da computação e viabilizar economicamente a transformação do projeto de pesquisa em um produto que entrega valor para a o sistema de saúde”, comemora Santos.

Confira edições anteriores do prêmio: Alunos da PUCRS vencem o Prêmio LARA 2019, promovido pelo Google e Doutorandos em Ciência da Computação vencem programa de pesquisa do Google

Reunião com equipe do projeto / Foto: Reprodução/TJRS

Um mecanismo de buscas inédito no judiciário brasileiro, que foi desenvolvido por pesquisadores da PUCRS, começou a ser testado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS) em dezembro. Além de facilitar nas pesquisas sobre precedentes de casos, a ferramenta fornece parâmetros objetivos e maior previsibilidade no julgamento, com base em valores fixados a título de indenização por danos morais. 

A plataforma, que permitirá maior estabilidade e uniformidade na aplicação da lei, foi criada por Filipe Zabala, professor da Escola Politécnica, e Fabiano Silveira, formado pela Escola de Direito da PUCRS. Na elaboração do sistema “dos mais de 5 mil processos analisados, selecionamos 1.589 recursos julgados nos últimos três anos, que tiveram indenizações por danos morais fixados, variando os valores entre R$ 800 e R$ 5 milhões, explicam. 

Todos os dados analisados são de domínio público, obtidos no site do tribunal, com base na Lei de Acesso à Informação 12.527 de 18 de novembro de 2011 e no Decreto 7.724 de 16 maio de 2012, que permitem que qualquer pessoa tenha acesso às informações não confidenciais do poder público. 

Como funcionará o sistema 

Tribunal de Justiça do RS vai usar ferramenta de busca criada por pesquisadores da PUCRS

Exibição da tela da ferramenta / Foto: Reprodução/TJRS

O objetivo do sistema é auxiliar magistrados e magistradas na tomada de decisões. A procura pode ser feita por matéria, assunto ou palavra-chave, com um menu intuitivo. Em lista, são apresentadas as pessoas julgadas, com número do processo, a ementa, as peculiaridades do caso e os valores aplicados.  

“O esperado é que o uso da ferramenta reduza a variabilidade e padronize a atribuição de valores por dano moral para processos similares. Por ter sido desenvolvida em software livre, o TJRS tem pleno acesso ao código-fonte para futuras atualizações sem custo financeiro envolvido na manutenção do sistema”, destaca Zabala. 

O lançamento aconteceu no dia 17 de novembro, em uma reunião virtual com o desembargador Alberto Delgado Neto, presidente do Conselho de Informática do TJRS, que elogiou a iniciativa. Também estiveram presentes integrantes da Comissão de Inovação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (InovaJus) e da Escola Superior da Magistratura (Ajuris). 

Leia também: Professores da Escola de Direito integrarão comissão de juristas na Câmara dos Deputados 

Como a parceria começou 

Em 2019 o Núcleo de Inovação da Ajuris participou de um workshop no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). Esse foi o primeiro momento para troca de informações e expectativas, o que resultou na atual parceria. 

Exposição sobre o ostensório jesuíta de 300 anos

Foto: Divulgação

Após seis meses de pesquisa, foi confirmado que o ostensório/esplendor do Divino Espírito Santo, que está na Catedral Diocesana de Cruz Alta, trata-se de uma obra missioneira, arte jesuíta com cerca de 300 anos. A autenticação foi concluída no início de dezembro, pelo professor e pesquisador Edison Hüttner, da Escola de Humanidades da PUCRS, e seu orientando de doutorado, professor Cláudio Lopes. 

A peça, já de volta à Catedral, fará parte de uma exposição neste domingo, 13 de dezembro. “Vi as fotos enviadas e percebi que poderia ser do período e da arte sacra Jesuítico-Guarani. Mas, para comprovar sua identidade, era necessário levar a obra para iniciar um longo estudo em Porto Alegre”, conta Hüttner sobre o item, que é uma raridade. 

Segundo a pesquisa, a idade estimada do ostensório é de 280 a 300 anos. Trata-se de uma peça da arte sacra barroca jesuítica dos séculos 17 e 18.Temos alguns elementos importantes desta escultura, como os detalhes em policromia, que era uma técnica muito utilizada pelos jesuítas, em gesso, com cores amarela, azul e vermelha, que são aspectos dessa tradição. Além dos cravos missioneiros, que são característicos do período”, destaca Hüttner. 

Tecnologia a favor da pesquisa 

Pesquisador da PUCRS confirma que ostensório jesuíta tem quase 300 anos

Ostensório no aparelho de Luz Ultravioleta C / Foto: Divullgação

Para preservar a obra e a saúde dos pesquisadores, a descontaminação da obra foi feita em um aparelho de Luz Ultravioleta C (UV-C) Huttech Tower II, com duas lâmpadas UV-C. O dispositivo foi desenvolvido pelo dentista Eder Abreu Hüttner, coordenador da Startup Huttech, sediada no Parque Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), e irmão do pesquisador. 

A importância da relíquia para o turismo religioso 

O item, que foi encontrado durante a reforma da catedral, deve impactar na procura de turistas que se interessam por temas religiosos. Segundo o padre Márcio Laufer, pároco da catedral, “além de um espaço litúrgico, a catedral está se tornando um local atrativo pela arte sacra, alicerçando o turismo religioso na cidade.

Participe da pesquisa que compara hábitos de japoneses e brasileiros na pandemia

Foto: Zydeaosika/Unsplash

Após meses lidando com uma inimiga silenciosa e invisível, as populações de diferentes partes do mundo aprenderam, mesmo que com adaptações, a conviver com a pandemia da Covid-19 no dia a dia. Para entender e comparar os hábitos entre pessoas japonesas, descendentes e não descendentes de japoneses neste período, a PUCRS está realizando uma pesquisa. Se você tem idade superior a 21 anos e reside no Brasil ou no Japão, pode participar da pesquisa em português ou japonês. 

O projeto realizado pelo Grupo de Pesquisa em Epidemiologia, Neurologia e Imunologia (Genim), é coordenado por Douglas Kazutoshi Sato, diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG), e tem como instituições parceiras: 

A pesquisa será útil não apenas neste momento, mas também para futuras emergências de saúde pública que possam acontecer. “Acreditamos que os resultados serão informativos e contribuirão para a revisão de medidas preventivas diante da pandemia, bem como para a saúde da população e hábitos comportamentais preventivos”, destaca o grupo que elaborou o estudo. 

Um Japão no Brasil 

A história da imigração japonesa no Brasil começou há 112 anos, em 18 de junho de 1908. Estima-se que pelo menos 1,5 milhão de nikkeis – como são conhecidas as pessoas com origem japonesa vivam no País, de acordo com o Consulado Geral do Japão em São Paulo. 

Dessas pessoas, 400 mil vivem em São Paulo. Já no Rio Grande do Sul, a cidade de Ivoti é marcada pelas tradições nipônicas, onde fica o Memorial da Colônia Japonesa. 

Pandemia em números 

Até 7 de outubro deste ano o Japão registrou cerca de 1.500 mortes e pouco mais de 82 mil casos, segundo dados oficiais. A taxa de mortalidade foi de um a cada 100 mil habitantes, enquanto nos EUA chegou a 64 e, no Brasil, passou de 70. 

Participe da pesquisa

Criado em 1999, o Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD) é um programa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que objetiva estabelecer uma rede de sítios de referência para a pesquisa científica de longo prazo em Ecologia de Ecossistemas. Atualmente são 34 sítios PELD em operação, sendo dois no Rio Grande do Sul: o sítio PELD Campos Sulinos e o sítio PELD Estuário da Lagoa dos Patos e Costa Adjacente. Em edital recente, com resultado divulgado nesta semana, o CNPq ampliou a lista para 41 sítios financiados, incluindo a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Pró-Mata como novo sítio PELD no Rio Grande do Sul.

A RPPN Pró-Mata abriga, em seus 3100 hectares, ecossistemas remanescentes primários e em regeneração da Mata Atlântica, localizados na borda do planalto da Serra Geral, no município de São Francisco de Paula. A RPPN inclui áreas de Campos de Altitude, Mata de Araucária e Mata Atlântica stricto sensu e abriga uma notável riqueza de elementos tropicais da flora e fauna. Representando uma fração relevante da Mata Atlântica do Rio Grande do Sul, tombada pela UNESCO e que compõe a Reserva de Biosfera da Mata Atlântica, reconhecida internacionalmente como um dos 25 hotspots de biodiversidade mundial.

Novos projetos

O projeto aprovado, que receberá recursos de R$ 336.728,00, encontra-se dividido em oito subprojetos, cada qual coordenada por um pesquisador experiente e de reconhecimento na área de atuação, com colaboração de pesquisadores da UFRGS e UNISINOS. O conjunto de subprojetos atende aos seguintes objetivos gerais:

1. Descrever e quantificar os processos de sucessão em fragmentos de floresta primária e secundária; a alteração na composição de espécies, na densidade, estrutura etária e biomassa; e como se dá a dinâmica de fixação de carbono.

2. Descrever e quantificar como se dá a sucessão nos fragmentos de campo e na interface dos mesmos com a floresta. Avaliar a influência de distúrbios na diversidade biológica de campos, assim como qual a frequência de eventos de queimada que redunda em maior diversidade vegetal e animal em áreas campestres.

3. Identificar as respostas da biota em processos de longo prazo em contexto de alteração climática global, do aumento do impacto antrópico na alteração e fragmentação de habitats, assim como na aplicação ambiental em larga escala de agroquímicos.

4. Descrever e quantificar, em longa série temporal, as alterações de diversidade a abundância de abelhas nativas como grupo funcional polinizador, de aranhas como invertebrados de topo de cadeia, de anfíbios como grupo mundialmente ameaçado, assim como aves e mamíferos como grupos emblemáticos e altamente significativos.

5. Descrever como se dá a evolução da biota no tempo, tanto em termos de diversidade como em abundância relativa, medidos através da amplificação de fragmentos de DNA ambiental (e-DNA) coletado em amostras de água e de solo, identificados em nível específico através da construção de uma biblioteca de DNA barcoding para a fauna e flora regional.

Josi é servidora estadual há 20 anos / Foto: Ivan Pereira

Pesquisa realizada pela PUCRS com associados do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Rio Grande do Sul (Sintergs) mostra que apenas 3% dos funcionários públicos com graduação são pretos. Entre os 366 participantes, 5,7% são pardos e 0,3%, indígenas. Brancos chegam a 91%. Os dados fazem parte de estudo realizado em 2020 e serviram de base para cartilha lançada pelo Sintergs em outubro.

A baixa representatividade de negros no serviço público, especialmente em cargos de nível superior, demonstra a dificuldade de acesso à educação de qualidade. E deve servir de reflexão neste dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Por isso a importância de questionar a desigualdade e assumir que há privilégios em ser branco. “Esse é o primeiro passo para a mudança”, pontua a diretora do Sintergs, Angela Antunes.

“Entender a necessidade das cotas, da dívida histórica do Brasil com os afrodescendentes e indígenas e desmitificar a meritocracia, como se todos tivessem acesso às mesmas condições, é fundamental”, avalia Angela. Conforme a dirigente, o Dia Nacional da Consciência Negra tem sua raiz em solo gaúcho, no Grupo Palmares, em Oliveira Silveira, Antonio Carlos Côrtes e outros militantes negros e negras. A diretora do sindicato faz um apelo: que o 20 de novembro conscientize também a branquitude.

Para Angelo Brandelli Costa, coordenador da pesquisa e professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS, o racismo estrutural segue grande no país e as discrepâncias raciais saltam os olhos quando deparados aos dados dessa amostra de acesso a cargos públicos. “Existe uma limitação de políticas de inclusão e a necessidade de adotar outras medidas”, analisa.

Educação abre caminho contra racismo

Josi Beatriz Viegas Cunha abriu caminhos para si pela educação, mas revela que não cresceu sozinha – teve a força de sua ancestralidade e o apoio de pai, mãe e irmãs. As guias no pescoço e o dread nos cabelos há 21 anos são marcas de Josi. Mais do que mudar paradigmas, ela diz que carrega suas referências como forma de assumir seu estilo e sua crença na religião afro-brasileira.

Formada em Engenharia Civil pela PUCRS como aluna destaque da turma de 1993, é servidora estadual há 20 anos. Começou sua trajetória na Secretaria de Educação e hoje atua na Secretaria de Obras. Desde que ingressou no serviço público, a profissional tem consciência de seu papel para ajudar a melhorar a vida das pessoas. “O posto de saúde vai para a comunidade preta, a escola estadual vai para a comunidade preta”, conta, motivada pelo trabalho que realiza.

Na carreira, os desafios são grandes. “Minha posição não é de inferioridade, mas estou atrás até de quem entrou agora. Vejo que colegas brancas que fizeram faculdade já chegam em patamar superior, mesmo eu ganhando financeiramente mais, elas têm mais acesso. Tive de ser melhor do que homem branco e que mulher branca, ser a melhor das melhores, pois, além de ser mulher, sou preta”, explica.

“Às vezes, olham pra mim e dizem que as cotas não são necessárias: se tu conseguiste, outros também conseguem. Mas um dos meus anjos, homem preto que conseguiu meu primeiro estágio, não se formou. Faltou suporte familiar e econômico. Meus pais abriram mão de conquistas para eu me formar, eu abri mão. Meu pilar era de madeira, não era de concreto. Não havia estrutura, por isso a necessidade de reparação.”

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Objetivo do estudo foi de identificar, com maior precisão, os fatores responsáveis pela desigualdade de renda entre brancos e negros / Foto: Nappy

No Brasil, as pessoas negras tendem a ter os seus rendimentos do trabalho 17% menores do que em comparação aos brancos devido aos efeitos da própria classificação racial, que se fazem sentir de modo direto (na definição salarial) e indireto (via escolaridade e alocação ocupacional). Estas são algumas das conclusões apontadas pelo estudo que objetiva identificar, com maior precisão, os fatores responsáveis pela desigualdade de renda entre brancos e negros no mercado de trabalho brasileiro. A pesquisa foi desenvolvida pela PUCRS, em parceria com a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL). As informações completas podem ser encontradas neste link. O levantamento é alusivo ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro.

Para realizar as análises, os dados foram extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-IBGE), com foco nas informações do bloco de mobilidade social coletadas em 2014. Foram relacionadas pessoas com idades entre 20 a 64 anos e que estavam inseridas no mercado de trabalho

Em estudo divulgado recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatava que, ainda em 2018, o rendimento do trabalho de brancos era 73,9% superior ao de negros (pretos e pardos). Ainda existe uma grande desigualdade racial no mercado de trabalho brasileiro, mas há um longo debate acerca dos fatores explicativos da distância salarial entre brancos e negros no país. Por esta razão, o estudo buscou separar, de modo mais detalhado, os fatores que explicam as desigualdades entre brancos e negros, incluindo os diferenciais de origem social e, também, a própria classificação racial, entre outros fatoresPara isso, foram selecionadas informações a respeito de diferentes etapas da vida dos indivíduos. Os resultados indicam que os efeitos da classificação racial são fortes e que se fazem sentir ao longo de toda a trajetória dos indivíduos, resultando em rendimentos 17% menores no mercado de trabalho 

Para o coordenador da pesquisa e professor do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da PUCRS, André Salata, o enfrentamento das desigualdades raciais deve ser pensado de modo mais abrangente no Brasil. “É preciso combater os efeitos da classificação racial sobre os diferenciais de escolaridade alcançada, pois esse é um dos principais caminhos a partir do qual os efeitos da cor se fazem sentir nos rendimentos, correspondendo a mais de 40% dos efeitos totais de raça”, aponta.

Ainda, segundo Salata, ao mesmo tempo, as diferenças de origem social ainda respondem por aproximadamente 30% da desigualdade racial total, portanto enfrentar as disparidades de origem social entre brancos e negros é também essencial. “Não devemos esquecer das desigualdades que aparecem no momento da definição salarial. O nosso mercado de trabalho pune os indivíduos negros com uma redução de mais de 7% de seus salários, mesmo quando comparados com indivíduos brancos com a mesma escolaridade, experiência, ocupação e origem social”, complementa

Origem social e classificação racial

Um dos primeiros objetivos do estudo foi comparar os efeitos da origem social – recursos econômicos e culturais da família da origem – com os efeitos da própria classificação racial sobre os rendimentos do trabalhoA fim de tornar alguns dos resultados mais inteligíveis, foram exemplificados quatro casos fictícios de indivíduos: um branco com origem social típica dos brancos; um negro com origem social típica dos negros; um branco com origem social típica dos negros; e, finalmente, um negro com origem social típica dos brancos. 

A partir de simulações estatísticas, chegou-se aos rendimentos esperados para cada um daqueles quatro indivíduos fictícios. Conforme destaca a tabela:

Valores preditos de rendimentos, por perfil de origem social e raça (Brasil, 2014)

No caso do indivíduo branco com origem social típica dos brancos, o modelo estatístico utilizado prevê uma renda esperada de R$ 1.711,16, muito superior a de indivíduo negro com origem social característica dos negros, cujos rendimentos esperados seriam de R$ 1.282,95Esta desvantagem de 25% se deveria tanto à família de origem quanto à classificação racial dos indivíduos.  

Em um caso no qual um indivíduo negro fosse proveniente de uma família com perfil socioeconômico como a média dos brancos, sua renda esperada subiria para R$ 1.421,18, reduzindo sua desvantagem para 17% em relação ao indivíduo branco. Portanto, a sua categoria racial é responsável por uma ampla desvantagem mesmo quando se trata de indivíduos com origens sociais semelhantes

Ao mesmo tempo, é importante perceber que entre os dois indivíduos negros, com origens sociais distintas, há uma diferença relevante de rendimentos. A desvantagem do indivíduo negro com origem social típica dos brancos é aproximadamente 30% menor do que a de um indivíduo também negro com origem social típica dos negros. Isso, segundo os pesquisadores deste levantamento, demonstra o importante efeito dos diferenciais de origem que vêm se reproduzindo ao longo de nossa história sobre as desigualdades raciais. 

Os caminhos do efeito de raça

Uma vez demonstrado que a própria classificação racial possui efeitos significativos sobre os rendimentos dos indivíduos, os pesquisadores quiseram entender em quais momentos da trajetória dos indivíduos estes efeitos estariam mais presentes. No estudo, procuraram considerar os efeitos de raça em três momentos-chave da trajetória dos indivíduos: na escolaridade alcançada, na alocação dentro da hierarquia ocupacional entre indivíduos com a mesma escolaridade e na definição salarial entre indivíduos com a mesma escolaridade e em ocupações similares. 

Decomposição do efeito de raça sobre os rendimentos do trabalho (Brasil, 2014)

Segundo Salata, os resultados indicam que 41,3% dos efeitos de raça sobre os rendimentos passam pela escolaridade. Mesmo quando comparamos indivíduos com características semelhantes, os negros tendem a alcançar menor escolaridade, o que acarreta em rendimentos menores no mercado de trabalho. É preciso entender melhor os mecanismos intraescolares, que levam negros a apresentarem pior desempenho do que brancos. O combate às desigualdades raciais não pode se dar apenas no mercado de trabalho”, comenta

Ao mesmo tempo, 41,6% dos efeitos da classificação racial ocorrem no momento da definição salarial, ou seja, a discriminação no próprio mercado de trabalho é também um importante fator na reprodução das desigualdades raciais. É necessário ter uma visão mais abrangente no combate às desigualdades raciais. Elas começam na própria origem social, passam pela escola e se reforçam no mercado de trabalho. Como resultado, mais de 130 anos após a abolição da escravidão, ainda convivemos com uma sociedade onde a desigualdade racial é gigantesca”ressalva o professor da PUCRS. 

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Foto: shutterstock

A análise em profundidade do Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV e Aids da cidade de São Paulo (SP) trouxe dados alarmantes em relação à forma que essa população se sente e é tratada nos sistemas de saúde. Entre os dados divulgados pela pesquisa – promovida pelo Programa das Nações Unidas para o HIV e a Aids (UNAIDS), pela Gestos -Soropositividade, Comunicação e Gênero e pela PUCRS, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – se destacam o alto percentual de pessoas que vivem com HIV que confirmaram ter recebido diagnóstico de problemas de saúde mental (58,4%) e dificuldade em contar às pessoas sobre seu diagnóstico (80,7%).

A forma de discriminação mais experienciada pelos participantes da pesquisa em São Paulo foi saber de outras pessoas que não são membros da família fazendo comentários discriminatórios ou fofocando porque se é soropositiva(o) para o HIV (43,2%). Mesmo entre membros da família, essa forma de discriminação foi bastante relatada (41,6%), não ficando restrita a fofocas ou comentários discriminatórios, pois também foram relatados assédios verbais (27,4%), agressões físicas (7,7%) e até mesmo perda de fonte de renda ou emprego por ser soropositivo para o HIV (16,6%).

Interações com o serviço de saúde

Os serviços de saúde são essenciais para que as pessoas que vivem com HIV e Aids tenham acesso a seus medicamentos e possam buscar supressão da carga viral e qualidade de vida. Para que esse serviço de saúde atenda a pessoa que vive com HIV ou vive com AIDS é necessário que o sistema esteja preparado para receber essa pessoa desde o momento de prevenção e diagnóstico até o momento de tratamento, acolhendo a população e principalmente fornecendo um serviço que seja Zero Discriminação.

Outro dado que merece uma atenção especial é o percentual de pessoas entrevistadas que relataram o diagnóstico de outros problemas de saúde. 58,4% relataram problemas de saúde mental, além de infecções sexualmente transmissíveis (21,6%), Hepatite (6,2%) e Tuberculose (5,9%).

“Acreditamos que esses dados podem aclarar ainda mais o caminho de luta pelos direitos das pessoas vivendo com HIV contra todo o tipo de discriminação e estigma. Que as pessoas que vivem com HIV e AIDS tenham suas vozes ouvidas”, afirmou Claudia Velasquez, diretora e representante do UNAIDS.

“É mais um acesso de total protagonismo, onde conseguimos chegar até a ponta e ter informações que a população necessita. Esses dados vêm para fortalecer”, destacou Fernanda Falcão, da Rede Nacional de Mulheres Travestis e Transexuais e Homens Trans Vivendo e convivendo com HIV.

Para Jô Meneses, coordenadora de Programas Institucionais da Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero, os seminários são importantes por levarem as informações sobre estigma e preconceito para as cidades onde a pesquisa foi realizada. “Os seminários possibilitam um diálogo sobre os dados do Índice de Estigma e podem dar visibilidade a essas informações com um recorte local. O mais importante é que estão sendo pensadas formas para enfrentar o estigma e o preconceito em cada contexto e em cada território onde a pesquisa foi realizada”.

“Vamos lançar relatórios de analises por população chave, que são pessoas mais vulneráveis ao HIV” projetou o pesquisador responsável e professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS, Angelo Brandelli. Pela Universidade, também participaram do estudo alunos do mestrado e do doutorado do curso de Psicologia: Betinha Aymone, Damião Soares de Almeida, Felipe Vilanova de Gois Andrade, Fernando Martins de Azevedo, Leonardo dos Santos, Letícia Pessoa da Silva e Marina Feijó.

Os dados completos da análise em profundidade de São Paulo encontram-se neste link.

Confira outras informações sobre os seminários locais do Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV e Aids.

Divulgação dos resultados regionais acontecerá até dezembro em seminários online

A divulgação dos dados regionais do Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV e Aids está sendo feita através de seminários online para as sete capitais brasileiras onde a pesquisa foi realizada. O levantamento, feito pela primeira vez no Brasil, é um espelho do que acontece na vida das pessoas vivendo com HIV e Aids mesmo depois de 40 anos do início da epidemia e mostra como essa população ainda é discriminada e sofre com o preconceito e a desinformação.

Os seminários são direcionados para movimentos sociais e pessoas que atuam em defesa dos direitos das pessoas vivendo com HIV e Aids; para profissionais de saúde; para parlamentares e profissionais que trabalham nos Poderes Legislativo e Judiciário. A série de eventos começou em Manaus, em 3 de novembro, em São Paulo, no dia 6 de novembro, e segue até dezembro nas demais cinco capitais onde a pesquisa foi realizada:

Os eventos acontecerão sempre das 14h às 17h (horário local), através da Plataforma Zoom. Para participar é preciso fazer a inscrição através do link. São 50 vagas por seminário.

 

InsCer, fase II, Instituto do Cérebro

Ampliação do InsCer garante novos serviços à população e contribuições para o conhecimento do cérebro

No dia 9 de novembro, data em que a PUCRS comemora 72 anos, o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) inaugura a expansão de sua estrutura para oferecer mais exames e serviços à população e empresas de todo o País, além de ampliar o desenvolvimento de pesquisa de ponta com foco no diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças do cérebro. Conduzido por um time de neurocientistas renomados, é uma iniciativa com oito anos de atuação que coloca o Estado como referência nacional e internacional no tema.

O InsCer se consolida como um polo de desenvolvimento, pesquisa e inovação na busca de soluções às doenças que acometem o cérebro e orientado às demandas do paciente e sociedade. Somos uma referência nacional e internacional que une assistência, pesquisa e inovação em um só lugar, um projeto idealizado e desenvolvido de maneira integrada e multidisciplinar. Estamos ajudando a construir o futuro da saúde e da ciência mundial”, ressalta o neurologista e neurocientista Jaderson Costa da Costa, diretor do Instituto.

Com dois anos de duração, as obras iniciaram em outubro de 2018 e triplicaram a atual estrutura de tamanho, passando de 2.549 para 9.335 metros quadrados, contemplando o que foi planejado no projeto original. O investimento total, com aporte da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), é de R$ 66.837 milhões.

A ampliação do InsCer faz parte de um conjunto de iniciativas que compõem o Campus da Saúde da PUCRS, um lugar que foi projetado para reunir tudo o que é preciso para cuidar da vida de maneira integral.

“Não se trata apenas de uma ampliação de espaço físico, representa um marco histórico para a PUCRS, pois por meio de iniciativas inovadoras que serão desenvolvidos pelo InsCer, estaremos desenhando o futuro com projetos concretos e efetivos ancorados no presente, tornando o lugar onde vivemos melhor a partir do cuidado, desde a prevenção, diagnóstico, tratamento e pesquisa de ponta em saúde”, afirma o reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira.

O evento de inauguração acontece a partir das 10h, com transmissão pelo canal da PUCRS no YouTube e pode ser acompanhada neste link.

Neurociência para atender as demandas da população e contribuir com o futuro da saúde

Diferente de outros institutos que existem no País, as pesquisas desenvolvidas no InsCer têm foco no paciente, e a estrutura reúne centro clínico, ambulatório e produção de radiofármacos. É por isso que a ampliação não é apenas uma entrega de estrutura e sim um investimento para resolver problemas centrados nas pessoas, com novas tecnologias, maiores possibilidades de trazer profissionais de pesquisa da área de Medicina e, por fim, prevenir e colaborar para tratamentos que possam salvar vidas. 

A nova estrutura conta com sete laboratórios altamente equipados que foram construídos e representam um avanço para as pesquisas translacionais, com espaços que favorecem a interação entre cientistas. Esses ambientes são dedicados exclusivamente aos estudos pré-clínicos do cérebro. O Centro de Pesquisa e Investigação Clínica, organizado em nove ambientes inclui espaço diferenciado para registros de polissonografia e moderno simulador de exame de ressonância magnética para que o paciente se familiarize com o procedimento.

Novos exames e tecnologia de diagnóstico e reabilitação serão oferecidos à população, como a estimulação magnética transcraniana e as avaliações neuropsicológicas e multidisciplinares. A ampliação da Centro de Imagem Molecular com a aquisição do estado da arte em ressonância magnética permitirá maior precisão diagnóstica e estudos funcionais qualificados oferecidos à comunidade. A síntese e produção de novos radiofármacos voltados às doenças neurodegenerativas e oncológicas vai ser ampliada e intensificada.

A recepção também foi renovada para oferecer maior conforto aos clientes. Um bistrô para alimentação e um moderno auditório com 240 lugares para uso da comunidade científica, acadêmica e da população compõem a estrutura.

InsCer, Instituto do Cérebro

Inauguração da fase II do InsCer marca a primeira entrega das obras no Campus da Saúde da PUCRS

Aumento da produção de radiofármacos para empresas

Com a nova estrutura, o Centro de Produção de Radiofármacos também teve sua capacidade de desenvolvimento ampliada. Agora, todo o processo de produção destas novas substâncias vai ocorrer dentro do InsCer, desde a pesquisa básica para descobrir novos biomarcadores, até a aplicação em pacientes.

Denominado de Pesquisa Translacional, este ciclo vai se dar em uma nova e ampla estrutura, totalmente focada nas pesquisas e no atendimento ao paciente. Os radiofármacos são substâncias utilizadas em doenças neurodegenerativas e oncológicas e têm despertado grande interesse no mundo inteiro em função da expressiva ocorrência na população.

Investimento

A expansão do InsCer custou um total de R$ 66.837 milhões. Destes, R$ 60.154 milhões são advindos de empréstimo da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) - o primeiro a ser enquadrado na linha de financiamento Inovação Crítica da Finep, em 2018. A linha é destinada a propostas que expressem a necessidade de desenvolvimento tecnológico para atendimento a prioridades nacionais de interesse estratégico. Os outros R$ 6.683 milhões são contrapartida da PUCRS, o equivalente a 10% do valor total.

Sala de Imersão

Tem lançamento previsto também para o dia 9/11 a Sala de Imersão do InsCer. Um espaço que permitirá a visitantes fazer um tour virtual pelas áreas restritas do Instituto e conhecer mais sobre a história do InsCer por meio de uma timeline interativa.

Além disso, este espaço passa a ser utilizado pelos pesquisadores, que também são professores, para aulas virtuais em um ambiente em que é possível conhecer um pouco mais sobre o InsCer e ainda assim ministrar o conteúdo da disciplina.

O Campus da Saúde d PUCRS

Frente à amplitude que o conceito de longevidade vem ganhando na ciência com o aumento da expectativa de vida em todo o mundo, o Campus da Saúde da PUCRS foi pensado não apenas para promover o viver mais, mas para garantir o viver bem. Um lugar completo para que a população do Rio Grande do Sul e do Brasil alcance a longevidade com saúde e autonomia.

A entrega da ampliação do InsCer faz parte dessa iniciativa que tem formato inédito no País e vai reunir ensino, pesquisa, inovação e assistência às pessoas. O modelo integrado e multidisciplinar foi pensado para atender o movimento de cuidado integral com a vida e promoção da saúde em todos os sentidos, conectando as atuações do Parque Esportivo, do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), do Centro Clínico, do Centro de Reabilitação, do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), das Escolas de Medicina e de Ciências da Saúde e da Vida e de iniciativas de inovação como o BioHub, empreendimento do Tecnopuc que atua na geração de negócios inovadores em ciências da vida.

“É uma mudança de modelo, de paradigma, com integração entre todas as unidades e circulação facilitada”, afirma o diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa. 

O reitor da PUCRS, Irmão Evilázio Teixeira, ressalta que de ponta a ponta, em cada um dos empreendimentos, a intenção da universidade é fazer com que as pessoas despertem para a importância de cuidar da saúde e possam contar com a instituição para aprender a fazer isso e para facilitar estes processos com uma estrutura completa.

“Com a missão de transformar a saúde por meio da inovação, produção e difusão do conhecimento, queremos que seja uma entrega para as pessoas, um espaço que facilite o protagonismo delas no cuidado consigo mesmas e com os outros. Que seja um local de promoção da vida em todas as suas dimensões”, destaca.

Entre os maiores diferenciais deste modelo adotado, o reitor aponta ainda o fato de ser um ambiente de inovação vinculado ao melhor Parque Científico e Tecnológico do País segundo a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), um hospital que é referência nacional em assistência, os cursos de Medicina, Odontologia e Psicologia que estão entre os melhores do Brasil e, especialmente, um corpo clínico, técnico e docente de alta qualidade e comprovada competência. 

 

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Rocha-Sanchez trouxe uma abordagem inspiradora em sua palestra. Crédito: Reprodução

Com transmissão ao vivo pelo canal de YouTube da PUCRS, o encerramento aconteceu no último dia 30 e contou com palestra A ciência como instrumento de superação: minha jornada dos macacos amazônicos às patentes médicas, conduzida pela Dra. Sonia M. Rocha-Sanchez da Creighton University, nos Estados Unidos. Rocha-Sanchez relatou sua trajetória de superação pessoal e acadêmicadeixando uma mensagem inspiradora com quatro pontos essenciais: sonhe grande, trabalhe duro, mantenha focado no seu objetivo, acerque-se de pessoas/mentores que te motivem a ser o melhor que você possa ser”.  O evento completo está disponível para visualização.  

O coordenador da Iniciação Científica da PUCRS, professor Júlio César Bicca-Marques, conduziu a cerimônia. A diretora de pesquisa da pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da PUCRS, Fernanda Morroneabriu o evento parabenizando todos os bolsistas e orientadores pelos trabalhos apresentados ao longo da semana. “Sem dúvida foi uma experiência muito enriquecedora pra todos nós. 

Promovido pela pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade, o evento teve 749 inscritos e 294 avaliadores. O salão de iniciação científica representa um espaço de socialização de atividades de pesquisa envolvendo estudantes da graduação e professores/pesquisadores de diferentes universidades e instituições de pesquisa regionais e brasileiras.  

Confira os alunos destaques, seus trabalhos e respectivos orientadores: 

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