O presidente da Rede Marista Internacional de Instituições de Ensino Superior e vice-reitor da PUCRS, Ir. Manuir Mentges, abriu a sessão de boas-vindas da 9ª Assembleia da Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior. O evento que ocorreu pela plataforma Zoom, contou com a presença de mais de 180 participantes das 27 universidades pertencentes à Rede, de lideranças, de convidados de espaços maristas no mundo e da Administração Geral do Instituto Marista.
Na ocasião, o Vigário Geral do Instituto Marista, Ir. Luiz Carlos Gutierrez agradeceu a todos os presentes por manter vivas as comunidades universitárias, mesmo em um momento turbulento, seguindo a ideia de “servir bem, servir hoje e servir primeiro”. Ele ainda recordou que as instituições de Ensino Superior maristas oferecem um serviço profundamente relevante que contribui para crescimento das sociedades contemporâneas e que isso está muito relacionado ao terceiro apelo do Capítulo Geral dos irmãos maristas, o qual convida a inspirar a criatividade para sermos construtores de pontes.
Entre os painéis apresentados, um deles, mediado pelo Ir. Roberto López, da Universidad Marista de Querétaro, no México, membro do Comitê Executivo, com a participação do professor Francisco Marmolejo, presidente da Divisão de Educação Superior no Qatar Foundation. Eles apresentaram a palestra Quais desafios e possibilidades podemos apontar num contexto pós-pandemia para Instituições de Educação Superior, por meio da qual Marmolejo apresentou possibilidades para o futuro da Educação Superior.
Para isso, o professor retomou a caminhada histórica das universidades e os obstáculos que permeiam esses espaços desde o século XX. Sua palestra foi encerrada com um convite a pensar sobre o contexto que virá no pós-pandemia: “Este é o momento para pensar e construir uma nova educação, uma educação reinventada”. Com isso, Marmolejo aponta para uma das características que são constantes na educação: a transformação.
Com mediação do Ir. Carlos Alberto Rojas, do Secretariado de Educação e Evangelização do Instituto Marista, o painel foi conduzido pelo professor Alsones Balestrin, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Ele abordou os principais pontos sobre a temática Organização em Rede para Instituições de Educação Superior.
Balestrin apresentou teorias relacionadas aos funcionamentos em rede, incluindo as cooperações na natureza, na história e nas instituições. A partir de contextos de organizações em rede, o professor ressaltou que existem três elementos fundamentais para a cooperação funcionar: “Interação, objetivos comuns e governança: esses três pontos resultam em benefícios comuns”. Eles estão relacionados com a escala e o poder de mercado, redução de custos e riscos, desenvolvimento de práticas comuns, aprendizagem coletiva e inovação colaborativa. Segundo o professor, “as organizações vão cooperar porque esperam obter algo que seria improvável de forma individual”.
No evento também foi apresentado o plano de ação do Comitê Executivo para a Rede até 2022. A proposta é dar continuidade aos trabalhos que estão sendo realizados e, na próxima Assembleia, em abril de 2022, ter a validação de projetos já em execução na rede.
A Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior (IES) consiste na união de, atualmente, 27 instituições que, em sintonia com as premissas da Administração Geral do Instituto dos Irmãos Maristas, em Roma, buscam criar conexões de sinergia e atuação em seus espaços de missão.
Fundada em 2004, essa rede tem como objetivo criar oportunidades de parcerias, formação e projetos em conjunto, potencializando a atuação no ensino superior em mais de 10 países.
As vacinas são a forma mais eficiente de prevenir doenças infecciosas. O pioneiro no desenvolvimento das vacinas foi Edward Jenner, um médico britânico que desenvolveu o imunizante contra a varíola, a qual foi declarada erradicada em 1979 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – devido à grande eficácia do método.
Apesar de não ser uma ferramenta nova de combate a doenças, em meio à corrida para a produção e disponibilização de vacinas contra a Covid-19, também surgem muitas dúvidas por parte da população. Entre as preocupações e as curiosidades estão as orientações para quem pode receber os imunizantes contra a Gripe (Influenza) e o coronavírus, além de como funciona o processo para a produção de uma vacina.
Pensando nisso, a professora Ana Duarte, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, preparou explicações úteis sobre as etapas que envolvem a elaboração de um imunizante. Como pesquisadora, Ana trabalha com temas relacionados a vacinas, imunologia viral, terapias antivirais e antitumorais e respostas de diferentes tipos de células.
As vacinas funcionam educando o sistema imune. Elas induzem a chamada “resposta de memória específica”, onde células T e células B (produtoras de anticorpos) são ativadas. Quando o corpo entra em contato com o patógeno (organismo que transmite alguma doença), essa resposta irá proteger o sistema, impedindo que a doença se manifeste de forma grave. Deste modo, o corpo fica imune.
É importante lembrar que a vacina não pode ser considerada somente como um meio de proteção individual, e sim coletivo, para que seja atingida a imunidade em grande escala e a redução da circulação do patógeno na população.
Para induzir a resposta imune especifica é necessário um antígeno (componente essencial que causa a produção de anticorpos). O antígeno pode ser o patógeno morto ou atenuado, ou uma parte dele. As estratégias de vacinas mais modernas, como de RNAm e Vetores virais recombinantes, funcionam como uma plataforma para produzir o antígeno. Ou seja, parte do patógeno, no individuo vacinado.
Algumas vacinas ainda possuem adjuvantes (matéria prima que, quando adicionada à fórmula do medicamento, ajuda na sua ação) que são importantes para melhorar a resposta imune. Outros componentes comuns das vacinas são conservantes, para impedir que a vacina seja contaminada depois de aberta, e estabilizantes, para prevenir reações químicas na vacina. Alguns imunizantes precisam de um líquido diluente para deixar a vacina na concentração correta imediatamente antes do seu uso.
O desenvolvimento de uma vacina é semelhante ao desenvolvimento de um medicamento. No total, são quatro etapas: pré-clínica e fases 1, 2 e 3:
Durante os ensaios de fase 3 é recomendado que o grupo voluntário e a equipe de cientistas não saibam quem recebeu a vacina ou o placebo, garantindo que os resultados da eficácia não sejam influenciados por quem está avaliando. Essa etapa costuma ser desenvolvida em diferentes países para analisar a resposta em diferentes populações.
Esse é um processo que costuma ser caro, podendo custar milhões de reais e durar anos até o cumprimento de todas as etapas. Quando a última fase está completa, os resultados são submetidos às avaliações das agências reguladoras de cada país.
Vale ressaltar que as vacinas para prevenção da Covid-19 foram obtidas em tempo recorde. Essa grande conquista científica foi possível devido aos conhecimentos prévios obtidos a partir de outros tipos de coronavírus e um esforço coletivo de muitos cientistas de todo o mundo, com sobreposição das fases clínicas. Ou seja, para acelerar o processo, a organização da fase 3 foi iniciada antes do término da fase 2.
Não é necessário se preocupar, pois as vacinas continuam sendo monitoradas após a aprovação, garantindo a segurança e a saúde das pessoas imunizadas.
Produzir uma vacina não é um processo fácil e varia de acordo com o seu tipo. Um dos principais processos é a produção do ingrediente farmacêutico ativo. Para vacinas que utilizam como antígeno o vírus atenuado ou inativado, o processo consiste na replicação celular a partir de uma cepa de referência (uma variante com construção diferente e propriedades físicas distintas) e posterior purificação e inativação, se necessário. Já as vacinas bacterianas são produzidas por um processo de fermentação.
As vacinas mais recentes de RNAm utilizam a tecnologia do DNA recombinante (clonagem molecular). Para a vacina contra a Covid- 19, por exemplo, a sequência que codifica a proteína Spike (importante para a sobrevivência viral) do vírus SARS-COV-2 é clonada em um plasmídeo (DNA circular bacteriano). Esse plasmídeo é propagado em bactérias para aumentar a sua quantidade.
Posteriormente, a sequência de DNA que codifica a proteína é retirada do plasmídeo e esse DNA servirá de molde para síntese de RNAm in vitro utilizando enzimas especificas (proteínas que regulam reações químicas do organismo). Esse RNAm é o princípio ativo das vacinas e será envolto em lipídeos para facilitar sua entrada nas células de pessoas vacinadas, que irão produzir a proteína Spike que servirá como antígeno e irá induzir a resposta imune.
Para certificar a qualidade esperada dos lotes de vacinas, são realizados testes em cada etapa da cadeia de produção:
E então a vacina está pronta para ser embalada e distribuída para população.
A maioria das vacinas requer refrigeração entre 2°C e 8°C para o armazenamento e transporte. Outras precisam de temperaturas ainda mais baixas, de -20°C a -70°C. Para isso é necessário que haja um planejamento para a distribuição dos imunizantes, com cadeia, infraestrutura e equipes da área de saúde treinadas.
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Nas últimas semanas, publicamos as primeiras matérias da série PUCRS contra a Covid-19, que abordaram as soluções desenvolvidas com o apoio do Tecnopuc e as ações lideradas por quatro das sete Escolas da Universidade. Hoje, o destaque vai para algumas iniciativas de enfrentamento ao coronavírus conduzidas pelas Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica.
De acordo com o vice-reitor da PUCRS, Irmão Manuir Mentges, em uma crise sanitária como essa, as soluções devem vir da ciência. “Esse é o nosso papel enquanto Universidade. Tentamos realizar diversas ações por meio de nossas Escolas, sejam elas de caráter solidário, como a produção e distribuição de escudos faciais (face shields), de cuidados relacionados à saúde mental ou por meio da pesquisa. Todas as áreas realizaram ações importantes”, relata.
O vice-reitor acrescenta que muitas iniciativas partiram das Escolas e tiveram participação de outras instituições ligadas à PUCRS, como o Instituto do Cérebro (InsCer) e o Hospital São Lucas (HSL). “Todas essas ações visam contribuir para a região em que a Universidade está inserida”.
Em breve, você conhecerá algumas ações desenvolvidas pelos Institutos da PUCRS. Continue acompanhando!
Em abril de 2020, há poucas semanas do início da pandemia no Brasil, pesquisadores e professores da PUCRS desenvolveram um novo teste para identificar pessoas negativas para o coronavírus. Coordenado por Daniel Marinowic, professor da Escola de Medicina da Universidade, a alternativa de exame é mais barata e os resultados ficam prontos em menos tempo, sem perder o padrão de qualidade, pois também é utilizada a metodologia de diagnóstico molecular, usado no exame padrão.
Ao lado de profissionais do HSL, pesquisadores da Escola também participaram do desenvolvimento de um protótipo conector para sistema de alto fluxo impresso em 3D que possibilita que pacientes em tratamento com Covid-19 recebam maior fluxo de oxigênio, diminuindo a necessidade de intubação. Até o momento, já foram produzidos 221 protótipos que estão sendo utilizados em nove hospitais do Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Com a ajuda de Inteligência Artificial (IA) e uma equipe multidisciplinar, o professor da Escola de Medicina e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), Bruno Hochhegger desenvolveu um método que deve estimar a quantidade de leitos necessários para pacientes com Covid-19. Por meio da verificação do registro médico eletrônico, já foram incluídos atendimentos realizados no HSL e em outros hospitais do País.
No segundo semestre do ano passado, estudantes de Medicina foram premiados pelo Congresso Online de Cirurgia (CONCIR), com o estudo “COVID-19: análise do impacto da pandemia na realização de ressecção pulmonar por neoplasia no Hospital São Lucas da PUCRS no ano de 2020”. A pesquisa foi desenvolvida por alunos do 6° ao 12° semestre, com a supervisão da professora Maria Teresa Ruiz Tsukazan.
Além disso, em meio à corrida para encontrar a possível cura ou vacina da Covid-19, dois pesquisadores uniram recursos e esforços na busca de um tratamento alternativo. Marcus Jones, professor da Escola de Medicina, e Marcelo Cypel, ex-aluno da PUCRS que hoje atua na Universidade de Toronto, estão desenvolvendo um estudo com a utilização do gás de óxido nítrico para combater infecções. De acordo com o professor, esse estudo provavelmente irá além do tratamento para o coronavírus, podendo ser efetivo também para outras infecções pulmonares e novos vírus. Em novembro, o primeiro paciente recebeu esse tratamento em Porto Alegre.
Luis Humberto Villwock, professor da Escola de Negócios, coordenou o movimento Brothers in Arms, que conta com o trabalho voluntário de pessoas interessadas em combater a Covid-19. Nessa ação, o grupo de voluntários elaborou boletins atualizados com as carências e demandas de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) dos hospitais e unidades de saúde de Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul.
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Além disso, os voluntários do Movimento, junto com entidades filantrópicas, universidades e empresas, atuam também em outras frentes como: compra de materiais de EPIs, coleta e entrega de doações de equipamentos de proteção às unidades de saúde, manutenção de respiradores inoperantes, Impressão 3D de peças para protetores faciais, entre outras ações.
A Escola de Negócios também contribui com orientações para empresas de pequeno a grande porte sobre renegociação e análise de fluxo de caixa para sobreviver em tempos de pandemia. Com a coordenação do professor Gustavo de Moraes e o envolvimento voluntário de ex-alunos e estudantes de graduação e mestrado, esses suportes técnicos foram dados a empresas de vários segmentos como alimentação, educação e vestuário.
No ano passado, também nasceu o Hub de Conteúdos, importante lançamento do Laboratório de Experiências do Consumidor (Labex). Seu objetivo é apoiar o varejo durante e após a crise da pandemia. Para isso, o projeto contempla um portal de conteúdo, um espaço para análise e um estudo de mercado. O último analisou os impactos no comportamento de consumo decorrentes da pandemia do coronavírus, considerando as dimensões “individual”, “social” e “econômica”, no curto, médio e longo prazo.
No início de 2021, a PUCRS e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MP/RS) assinaram um convênio para restauração de centenas de celulares apreendidos na rede prisional. Os aparelhos recuperados estão sendo disponibilizados para estudantes, da rede pública de ensino, que não têm os recursos necessários para acompanhar as aulas remotas durante a pandemia. O trabalho de triagem e recondicionamento dos smartphones está sendo realizado no Laboratório de Projetos em Engenharia (LPE) da Escola Politécnica.
Observando o déficit de produção de máscaras de proteção no Brasil, os alunos do curso de Engenharia Mecânica desenvolveram um maquinário e abriram uma empresa voltada para equipamentos de proteção individual (EPIs). Com a missão de tornar o País autossuficiente nessa área, a Bioelegance já conta com certificação da Anvisa para as máscaras que produz. Esse é um exemplo da utilização dos conhecimentos aprendidos em aula e aplicados na inovação e no empreendedorismo que, ao mesmo tempo, contribui para o controle da disseminação da Covid-19.
Por fim, os estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo também participaram da doação de 197 máscaras infantis para a Instituição Casa Madre Giovanna, que atua no acolhimento de crianças, adolescentes e famílias em vulnerabilidade. A ação fez parte do projeto Voluntariado, da Pastoral da PUCRS.
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Breves caminhadas no trajeto entre compromissos, uma pausa para se alongar após algumas horas em frente ao computador, exercícios físicos em lugares especializados e ao ar livre. Essas são apenas algumas das atividades que ficaram menos frequentes ou se tornaram inexistentes em meio à pandemia da Covid-19. Como forma de mostrar alternativas para manter o corpo em movimento e promover um estilo de vida mais saudável com o passar dos anos, a Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) organizou duas atividades online sobre o tema.
“Movimento é vida. A vida é um processo. Melhore a qualidade do processo e você melhora a própria vida”, já dizia Moshe Feldenkrais, cientista e mestre de jiu-jitsu e judô que criou o método que leva seu nome. No Método Feldenkrais, o corpo humano é a ferramenta fundamental para a realização de processos evolutivos profundos.
O tema será foco da Oficina de Movimento Consciente, que acontece de 21 de junho a 26 de julho, no turno da tarde, com a professora convidada Gabriela Guaragna, formada em dança, Arteterapia, Expressões Criativas e no Método Feldenkrais.
Para participar da oficina é necessário se inscrever pelo site da Unati, e as vagas são limitadas. O investimento é de R$ 199,00 para o público geral e R$ 178,00 para alumni PUCRS ou pessoas com mais de 60 anos.
Gabriela afirma que, independentemente da idade, o importante é se manter uma pessoa ativa:
“O que precisamos é criar movimentos diferentes dos nossos habituais, para não nos tornarmos rígidos demais em determinadas áreas e sem movimento em outras”.
Ao fazer isso, não somente a musculatura é ampliada, mas também a forma de ver a vida e a si mesmo/a. Com o tempo, é comum que alguns hábitos se tornem mais difíceis, podendo causar dores e desconfortos. Movimentar-se com mais consciência pode tornar os exercícios e atividades diárias mais prazerosos e fáceis, explica a professora.
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No dia 26 de maio, às 15h, acontece a live Como se exercitar sem sair de casa?, também com Gabriela Guaragna, junto com o professor Rafael Baptista, do Programa de Pós-graduação em Gerontologia Biomédica da Escola de Medicina da PUCRS e dos cursos de Educação Física e Nutrição da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS.
O encontro será transmitido pelo canal da PUCRS no YouTube e abordará formas simples de praticar atividades físicas dentro do espaço que você tem em casa.
Confira algumas orientações preparadas por Rafael:
Gostou das dicas? Salve o evento na sua agenda e aprenda ainda mais no dia 26 de maio, às 15h, pelo canal da PUCRS no YouTube.
A Oficina de Movimento Consciente traz lições de um estudo feito na Austrália, baseado no Método Feldenkrais, que demonstrou melhora no equilíbrio de pessoas idosas. A turma irá aprender a se mover de formas não habituais, com ainda mais atenção. Alunos e alunas serão instigados/as a realizar movimentos pequenos, para que possam perceber todas as partes que estão envolvidas naquela ação.
Esta atividade se propõe a ajudar o/a aluno/a se mover com mais integridade e dar mais qualidade para movimentos da sua vida diária. “Quando movimentamos nossa cabeça para os lados, por exemplo, movemos nossa coluna inteira, nossos ombros, nosso peito, em maior ou menor grau, desenvolvendo também a capacidade proprioceptiva”, acrescenta Gabriela.
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Inscreva-se na Oficina de Movimento Consciente
Com o início da pandemia do coronavírus, em março de 2020, diversas ações de combate à Covid-19 foram desenvolvidas pelas Escolas da PUCRS. Preocupados com a saúde física, mental e emocional da população, estudantes e professores atuaram tanto na linha de frente do tratamento da doença como nos bastidores – fomentando a geração de conhecimento, se opondo à desinformação e buscando formas de se fazer presente nesse momento tão difícil para todos.
O vice-reitor da PUCRS, Irmão Manuir Mentges, ressalta que, desde o começo do período pandêmico, a Universidade deu respostas aos problemas causados pela Covid-19, seja por meio de pesquisa aplicada, adaptações no modelo de ensino, participação nos testes da vacina Coronavac no Hospital São Lucas ou pela criação de projetos inéditos nas Escolas.
Sobre a relevância de a Universidade se relacionar com a cidade e comunidade em que está inserida, Ir. Manuir destaca que a PUCRS tem um importante compromisso com toda a sociedade. “Tudo aquilo que se ensina, que se pesquisa e que se inova, deve ir ao encontro da sociedade. Se por um lado temos diversos projetos que trazem as pessoas à Universidade, como a Clínica da Odonto, o Centro Vila Fátima e o InsCer, também levamos a PUCRS para a comunidade por meio da participação em comitês estratégicos do Poder Público e participação no processo de vacinação da população. Essa relação não é apenas importante, ela é essencial para manter viva a missão para qual a Universidade é chamada a exercer nos tempos atuais”, complementa.
Abaixo, você confere algumas ações lideradas pelas Escolas de Comunicação, Artes e Design – Famecos, de Humanidades, de Ciências da Saúde e da Vida e de Direito. Na próxima semana, traremos as iniciativas das Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica. Nessa série, já foram abordadas também as iniciativas dos laboratórios do Tecnopuc.
O compromisso do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos é levar informação sobre a Covid-19 à comunidade. É por isso que os estudantes do Editorial J, laboratório convergente do curso, criaram uma newsletter semanal, enviada todas as sextas-feiras por Whatsapp (para se inscrever e receber as atualizações, basta entrar no grupo), com as principais notícias da semana relacionadas ao coronavírus. Nesse ano, o principal enfoque da news são as atualizações em relação à vacinação. Além disso, os estudantes desenvolvem uma thread semanal no Twitter do J para compartilhar relatos de profissionais que estão atuando na linha de frente.
Já no curso de Design os estudantes desenvolveram dois protótipos, sob orientação de seus professores, para auxiliar no cotidiano da população. O primeiro deles foi o projeto Mask Case, vencedor do Prêmio Bonancini de Design. Essa criação surgiu da identificação da dificuldade de armazenamento das máscaras de proteção individual no dia a dia, em atividades como comer em um restaurante, por exemplo.
O resultado foi um compartimento de máscaras que permite guardá-las sem que elas sejam contaminadas. O Mask Case está em código aberto, ou seja, sem propriedade intelectual, permitindo que qualquer um possa produzi-lo, sendo necessária apenas uma impressora 3D para realizar sua confecção. Além disso, em parceria com o Tecnopuc, os estudantes desenvolveram um dispenser de álcool gel e medidor de temperatura.
Durante o isolamento, o entretenimento ganhou um papel importante na vida de todos. Nesse sentido, o curso de Produção Audiovisual conseguiu, apesar das restrições, entregar oito filmes à comunidade em 2020. Nesse semestre, mais oito devem ser produzidos sendo que, destes, já foram iniciadas as gravações de dois. As produções são realizadas no TECNA.
O curso de Relações Públicas, por sua vez, abordou com frequência o tema comunicação na pandemia: foram realizadas lives sobre o assunto por meio da plataforma Zoom, contando com convidados e audiência de todo o Brasil. Além disso, em janeiro de 2021 houve uma oficina de verão sobre Atendimento ao Cliente: crise e gestão em tempos de pandemia. Ainda em 2020/2, os estudantes do 8º semestre do curso criaram projetos voltados para organizações e empresas, orientando sobre posicionamentos de comunicação e relacionamento com seus públicos neste período de pandemia.
Os estudantes de Publicidade e Propaganda que fazem parte do Laboratório de Pesquisa coordenado pelos professores Claudia Trindade e Ilton Teitelbaum, puderam participar de uma pesquisa qualitativa sobre as questões de mobilidade ligadas ao presente a ao futuro da Pandemia da Covid-19, desenvolvida para o Projeto Vida Urgente, da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga. Já nas disciplinas do curso, em Planejamento de Mídia foi realizada, em parceria com a agência Moove, uma campanha de valorização dos médicos e profissionais da saúde em meio à pandemia a ser utilizada pelo Cremers.
O Ir. Édison Hüttner, professor do curso de História da Escola de Humanidades da PUCRS, organizou um grupo de voluntariado para auxiliar aldeias indígenas do Ceará. Participam da ação docentes e discentes do programa de Pós-Graduação em História. Por meio do projeto, foram ajudadas comunidades das etnias potiguara, gavião, tabajara e tubiba tapuya. A ação visa orientar a utilização de um equipamento de luz ultravioleta (UV-C INFO) pelos profissionais de saúde indígena para a esterilização de superfícies. O aparelho foi desenvolvido pela Hüttech, empresa de tecnologia de combate a pandemia de Covid-19, sediada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), e será doado ao órgão responsável. A ação pretende:
Estudantes dos cursos de Enfermagem e de Farmácia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida fazem parte da equipe que atua na linha de frente no combate ao coronavírus. São eles que estão realizando a vacinação dos grupos prioritários e em uma das primeiras semanas de vacinação chegaram a imunizar mais de mil pessoas. Além disso, eles atuam nos cuidados hospitalares dos pacientes internados por Covid-19 no Hospital São Lucas da PUCRS.
Já o curso de Psicologia da Escola, por meio do Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), criou um programa de acolhimento na pandemia, disponibilizando atendimento online e gratuito. Coordenado pelas professoras Renata Dipp e Fernanda Moraes, o SAPP realiza em média cerca de 15 mil atendimentos presenciais por ano, no entanto, devido à situação de crise sanitária, em 2020 o serviço teve uma pausa para adaptações entre os meses de março a agosto, retornando com capacidade de 25% em função dos protocolos sanitários.
Em setembro, após liberação do Conselho Federal de Psicologia, os atendimentos realizados pelos estagiários puderam ser adaptados à modalidade online e em março foi iniciado o programa de acolhimento. As inscrições para a primeira edição iniciaram no dia 19/3 e foram encerradas em 72 horas, após o alcance de 500 inscritos que esgotaram a capacidade de atendimento dessa edição.
Por fim, diversas cartilhas de conscientização sobre os mais variados temas foram desenvolvidas pela Escola: o SAPP produziu orientações sobre saúde mental e a vida a dois na pandemia, saúde mental na pandemia e violência doméstica (visando orientar profissionais a identificarem sinais de abuso sexual em crianças e adolescentes), além de sugerir cuidados para a comunidade acadêmica.
Há, ainda, a força-tarefa PsiCOVIDa, que surgiu com a missão de contribuir para o bem-estar das pessoas com conhecimento científico durante a pandemia. O grupo publicou mais uma série de cartilhas de assuntos como enfrentamento do estresse durante a pandemia, atividades físicas para realizar durante a pandemia e combate à Covid-19 para idosos.
Todas as cartilhas podem ser conferidas na página sobre o coronavírus no portal da PUCRS e na página do SAPP.
O curso de Fisioterapia, em parceria com o Serviço de Fisioterapia do Hospital São Lucas, está auxiliando na recuperação de pacientes internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com sequelas da Covid-19. Para isso, estão utilizando tecnologias como realidade virtual, ou Virtual Reality (VR), além de eletroestimulação muscular e treinamento muscular ventilatório. Dessa forma, é possível realizar a retomada da força física, do controle e da coordenação motora além de aspectos lúdicos.
O programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais realizou uma série de conteúdos em vídeo para fornecer orientações sobre o Direito e a pandemia. As produções estão disponíveis para acesso e alguns temas abordados foram:
Além disso, a Escola de Direito realizou a publicação de alguns livros como o Ciências Criminais e Covid-19, do professor Nereu Giacomolli e o Direito de Família no Pós-Pandemia: repercussões jurídicas no “novo normal”, desenvolvido pelo grupo de estudos Temas Atuais de Direito das Família, coordenado pelo professor Daniel Ustarroz. Para o lançamento do último, foi realizado um congresso virtual, composto por uma série de palestras, as quais ficaram salva para acesso posterior no canal do professor Daniel no YouTube.
Leia também: Laboratórios do Tecnopuc apoiam soluções de enfrentamento a Covid-19
O Serviço de Fisioterapia do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), associado ao curso de Fisioterapia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, está aplicando um método inovador para a recuperação de pessoas internadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com sequelas da Covid-19. A reabilitação acontece com o uso de tecnologias como realidade virtual, ou Virtual Reality (VR), além de eletroestimulação muscular e treinamento muscular ventilatório. Assim, é trabalhada a retomada da força física, do controle e da coordenação motora também e aspectos lúdicos.
Com a VR, são apresentados conteúdos interativos que simulam situações reais e do cotidiano como pescarias, escaladas em montanhas e caminhadas na praia. Segundo a professora e chefe do serviço no HSL, Flávia Franz, durante a imersão nessas cenas, a equipe trabalha exercícios funcionais associados aos vídeos que os/as pacientes estão assistindo. “Estimulados assim, o paciente a elevar as mãos para jogar uma vara de pesca, subir até o cume, colocar os seus pés na areia e até caminhar à beira-mar. Tudo isso auxilia de forma importante na recuperação de sequelas”, explica.
Junto à equipe de Fisioterapia do hospital, 18 estudantes do curso de Fisioterapia também realizam estágio na recuperação de pacientes com diferentes patologias, como a Covid-19. Coordenado pela professora Clarissa Blattner, o grupo do estágio curricular (com duração de três semestres) vivencia e aplica na prática o que foi aprendido em sala de aula. “O Serviço e a Universidade têm uma atuação integrada que possibilita esse tipo de experiência, enriquecendo a trajetória do aluno e o preparando de forma efetiva para o mercado de trabalho”, comenta Clarissa.
O projeto teve início após Clarissa propor o uso dos óculos de Realidade Virtual com o grupo de estudantes, há algumas semanas, e a partir disso, apresentou a ideia de implementar a atividade no hospital. No mesmo dia, um paciente em recuperação pós-Covid-19 utilizou o recurso e o retorno foi instantâneo. “Tanto a equipe como os alunos e professores ficaram encantados com o resultado. O que vimos foi a comprovação do que propõe a realidade virtual: a imersão e a interação, promovendo motivação para um trabalho de maior independência funcional aos pacientes”, conta Flávia.
A fisioterapeuta ressalta que o paciente em questão logo ficou motivado a participar dos estímulos multissensoriais, como os visuais, auditivos e, sobretudo, emocionais. Clarissa acrescenta que com esse tipo de prática o processo de reabilitação se torna mais agradável para os/as pacientes: “apesar de não substituir outros processos inerentes à reabilitação, percebemos que além da vantagem física, a VR impacta na motivação e na adesão ao tratamento”.
Após o início do projeto, que já atendeu muitas pessoas, o HSL adquiriu cinco novos óculos VR e entregou à coordenação da ação, para que mais pacientes possam utilizar o recurso simultaneamente.
A estudante Kellyn Gatto, que está no 9º semestre do curso de Fisioterapia, recorda o caso de um paciente de 72 anos que gostava muito de pescar e pode sentir novamente um pouco dessa paixão com o uso da Realidade Virtual. “Ele está internado desde dezembro e, para ajudar a sair um pouco do ambiente hospitalar, simulamos a prática da pesca. Ele pôde fazer o movimento de jogar a rede e puxar a linha, por exemplo, que ajuda a entreter e serve como motivação para realizar exercícios alternativos”, conta.
Kellyn comenta que se interessou pela área ao acompanhar o tratamento do próprio avô, que teve câncer. Segunda ela, com a experiência de estagiar no HSL e atuar na recuperação de pacientes, pôde se aproximar do sonho de cuidar de outras pessoas. No futuro, a estudante espera realizar residência clínica, para trabalhar tanto com adultos quanto com crianças.
Uma outra paciente utilizou a realidade imersiva na reabilitação após 75 dias de UTI e um quadro de 95% de comprometimento pulmonar causado pelo coronavírus, precisando de traqueostomia e de ventilação mecânica. Para ela, Flávia explica que a equipe utilizou imagens de praia e céu estrelado e lembra que a VR é uma ferramenta eficiente, mas não substitui as técnicas de reabilitação:
“Com essa paciente, percebemos uma resposta muito significativa do controle cefálico e da motricidade fina, entre outros aspectos, na tentativa de interagir com o cenário. Hoje, ela já consegue controlar a cabeça, o tronco e apresenta simetria nos membros superiores, com maior coordenação. Além disso, notamos uma efetiva melhora em sua autoestima, pois, com esse controle, ela já consegue se comunicar de forma mais eficiente com a equipe e expressar seus sentimentos”.
Outro caso relatado pela fisioterapeuta foi o de um paciente que passou 30 dias na UTI, também intubado, e que chegou a passar por uma traqueostomia após o intenso período de ventilação mecânica. Esse paciente relatou à equipe que era motorista de ônibus e que tinha muita saudade de dirigir.
A equipe então carregou um vídeo de corrida de Fórmula 1 e o resultado foi emocionante. “Ele estava com a cabeça mais lateralizada para a esquerda com um déficit motor muito grande. Notamos imediatamente que ele começou a fazer os movimentos de direção com os membros superiores e a inclinar a cabeça para o outro lado nas ‘curvas’. Foi muito gratificante para a equipe perceber que, ao retirarmos o paciente do ambiente hospitalar, mesmo que figurativamente, passamos a ter um grande aliado no processo de reabilitação”.
Além do Serviço de Fisioterapia do HSL, a PUCRS também possui um Centro de Reabilitação (CR), um espaço de assistência integrada ao processo de ensino, pesquisa e extensão da Universidade. Com foco na atenção à saúde da pessoa como um todo, as ações programáticas do CR são interdisciplinares e também contam com a atuação de 21 estudantes do curso de Fisioterapia.
Dificuldades para dormir têm afetado boa parte da população durante a pandemia provocada pela Covid-19. Entre os adultos, 70% tiveram alterações para iniciar ou manter o sono. Esse é o resultado apontado pela primeira etapa da pesquisa Como está o seu sono nessa quarentena?, realizada pelo Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer).
O estudo destacou que nos adultos as alterações no sono estão principalmente relacionadas às mudanças na rotina dos filhos e preocupações emocionais como ansiedade e medo. Os dados apontaram alterações no sono de 58,6% das crianças de 0 a 3 anos, 27,7% das crianças de 4 a 12 anos e 56,6% dos adolescentes. De acordo com a pesquisa, pais que têm filhos nessas faixas etárias tiveram aumento nas chances de desenvolverem problemas no sono.
“Comparando com dados anteriores, durante a pandemia os problemas para dormir duplicaram entre adultos e adolescentes. Nas crianças de 0 a 3 anos, as dificuldades triplicaram”, afirma a coordenadora da pesquisa e vice-diretora do InsCer, Magda Lahorgue Nunes.
Em relação à dificuldade para dormir, Magda destaca que as mudanças na rotina podem ser um dos causadores. “Queixas de insônia estão sendo muito frequentes durante a quarentena. Isso certamente é decorrente de quebras nas rotinas, da falta de necessidade de cumprir horários, além do relaxamento nos aspectos de higiene do sono, como variações no horário de dormir e de acordar e o uso excessivo de telas”, afirma.
Para manter a saúde do sono, apesar de todas as mudanças e das preocupações causadas pela pandemia, é importante tentar seguir uma rotina. “Ter um horário para dormir e acordar, evitar o uso de telas pelo menos 30 minutos antes de dormir, não fazer uso excessivo de álcool, optar por refeições leves à noite e evitar bebidas com cafeína podem ajudar”, sugere Magda.
A primeira etapa do estudo teve dados coletados entre abril e junho de 2020. Com a extensão do contexto de pandemia, foi adicionada uma segunda etapa do estudo para entender o comportamento do sono da população após mais de um ano de quarentena.
A segunda etapa da pesquisa está aberta a todos, independente da participação na primeira fase. Para participar basta responder um questionário online, disponível até o dia 30 de junho. Nesta segunda fase, foram adicionadas questões referentes à depressão e à violência doméstica.
Nesta semana, o Governo do Estado publicou o decreto 55.856, de 27/04/2021, que altera o modelo de distanciamento controlado, suspendendo temporariamente o sistema de cogestão e colocando todo o Estado sob bandeira vermelha. Conforme o planejamento de atuação da Universidade para cada uma das bandeiras, divulgado no começo do ano, passaremos a atuar conforme o que está previsto para a bandeira vermelha a partir da próxima segunda-feira, dia 3 de maio.
A Universidade mantém as aulas teóricas online e somente retoma práticas e estágios da graduação e atividades de pesquisa que não que não podem ser realizadas de forma remota, conforme prevê o decreto vigente.
Desde o início da pandemia, a atuação da PUCRS segue em total conformidade com as determinações do poder público e os critérios previstos nas bandeiras de distanciamento controlado, priorizando a segurança e a saúde de alunos/as, professores/as e técnicos/as administrativos/as.
Aulas da graduação, pós, extensão e idiomas: aulas teóricas seguem online.
Detalhamento: as definições e orientações de cada curso serão comunicadas pelas Escolas diretamente aos estudantes.
Quem não puder comparecer às atividades presenciais: estudantes que pertencem ao grupo de risco ou que estão impossibilitados de participar das atividades presenciais podem solicitar Ausência Excepcional Autorizada. Consulte a Central de Atendimento ao Aluno pelo e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp (51) 98443-0788.
Alguns serviços de atendimento aos estudantes já estão atendendo presencialmente em horário restrito e com equipes reduzidas, como a Central de Atendimento ao Estudante. Já outros permanecem com atendimento online e por telefone. Também há restaurantes e bares operando neste momento no Campus.
Atividades administrativas: os serviços e atividades serão mantidos em regime de escala com a organização definida pelos gestores e garantido o suporte às atividades acadêmicas e demais operações da universidade.
Desde o início da pandemia, além de se preocupar em manter a excelência nas aulas e atividades remotas, a PUCRS providenciou todas as adequações necessárias para proteger o grupo de profissionais que integram atividades essenciais no Campus, cumprindo protocolos rígidos de prevenção e cuidado:
“Tomamos todas as medidas necessárias para manter nosso Campus um ambiente seguro, mas a contenção da doença depende da presença responsável de cada um de nós, onde quer que estejamos. Assim, reforço a importância de seguirmos firmes na manutenção de hábitos de prevenção”, reforça o reitor, Ir. Evilázio Teixeira.
A Universidade segue atenta às recomendações e decretos do poder público e priorizando a saúde e o bem-estar da comunidade universitária.
Quase 29 milhões de pessoas já receberam pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no Brasil, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa divulgados neste mês. Desde o começo de abril, acontece em paralelo a 23ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe (Influenza) em todo o território nacional, promovida pelo Ministério da Saúde. Se você faz parte do grupo que está apto a receber as duas doses, confira respostas para as principais dúvidas e alguns cuidados importantes antes de se vacinar.
A professora Ana Duarte, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, preparou algumas orientações úteis. Como pesquisadora, Ana trabalha com temas relacionados a vacinas, imunologia viral, terapias antivirais e antitumorais e respostas de diferentes tipos de células.
Antes de procurar um posto de vacinação é importante se informar sobre quais são os grupos prioritários estabelecidos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) (para a Covid-19). No caso no Rio Grande do Sul, acompanhe os informativos no site Te Vacina, da Secretaria Estadual da Saúde.
Os grupos prioritários foram estabelecidos para garantir a proteção de pessoas com maior risco de desenvolvimento dos estágios mais graves dessas doenças, preservando vidas e possibilitando o funcionamento dos serviços de saúde.
Para a Covid-19, pela escassez de doses disponíveis, a preferência é para pessoas com 60 anos ou mais; pessoas com deficiência (PCDs); gestantes; povos indígenas vivendo em terras indígenas; povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas; trabalhadores da Saúde; grupo com comorbidades; entre outros disponíveis no PNI, mas ainda sem previsão para o começo da imunização.
Além dessas, no caso da gripe também estão incluídas: crianças de seis meses a menores de seis anos de idade; pessoas em período pós-parto (puérperas); e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.
É importante lembrar de levar algum documento de identificação (com foto, de preferência), comprovantes (caso faça parte dos grupos prioritários não relacionados à idade, como profissionais da saúde) e a carteirinha de vacinação das crianças (para Influenza). Se for receber a segunda dose contra o coronavírus, leve também o comprovante de que você tomou a primeira vacina.
Para preservar a saúde, em alguns casos o ideal é adiar a aplicação das vacinas. Em pacientes com doenças febris, por exemplo, recomenda-se esperar até a melhora dos sintomas. A vacina da Influenza pode ser administrada mesmo com a ingestão de outros medicamentos, entretanto, remédios imunossupressores podem atrapalhar a resposta da vacina.
Pacientes que previamente apresentaram reações alérgicas após ingestão de ovo (angioedema, desconforto respiratório, vômitos repetidos) podem receber a vacina para Influenza, desde que em um ambiente onde seja possível o tratamento de manifestações alérgicas graves e com supervisão médica.
Também é preciso ter cautela e avaliar caso a caso ao administrar a vacina em pessoas com trombocitopenia, qualquer distúrbio da coagulação ou a pessoas em terapia anticoagulante.
Não é recomenda a administração simultânea das vacinas contra o coronavírus e a gripe. A indicação é respeitar um intervalo de pelo menos 14 dias entres as doses.
As vacinas contra a Covid-19 atualmente disponíveis no Brasil têm esquemas diferentes de aplicação. Fique atento/a ao cronograma para o momento certo de retornar para segunda dose de acordo com a empresa fabricante:
Crianças com menos de nove anos recebem duas doses da vacina da Influenza na primeira imunização, com intervalo de um mês. Acima de nove anos a dose é única.
As reações adversas mais comuns associadas a todas essas vacinas estão relacionadas à dor local e eventual processo alérgico. Em especial para vacina da AstraZeneca (Fiocruz), existe o risco muito baixo de ocorrência de coágulos sanguíneos. Preste atenção aos possíveis sintomas, como falta de ar, dor no peito, inchaço na perna, dor de cabeça e abdominal.
Todos os imunizantes disponíveis hoje passaram por longos períodos de testes e análises e são seguros para a utilização pela população. Caso seja necessário, procure orientação médica, mas evite se expor aos vírus.
Para que todo mundo possa voltar a fazer planos para o período pós-pandemia, é necessário que cada um e cada uma continue tomando os principais cuidados de higiene e segurança. Se precisar sair, lembre-se de usar máscara e levar o álcool em gel, além de manter o distanciamento social.
Além de docente, Ana Paula Duarte de Souza é graduada em Farmácia Bioquímica e Análises Clínicas (UFSM), tem mestrado em Biotecnologia (UFSC) e doutorado em Biologia Celular e Molecular (PUCRS) com sanduíche na University of Melbourne na Austrália (2009) e pós-doutorado na área de Imunologia (PUCRS).
A Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) promoveu nesta semana o bate-papo online Vacinei, e agora?, que abordou a importância e os efeitos da imunização contra a Covid-19.
O convidado foi o médico Fabiano Ramos, chefe do serviço de Infectologia do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) e líder do estudo de desenvolvimento da vacina Coronavac no Rio Grande do Sul, que contou com mais de mil voluntários/as.
Confira a gravação completa do evento e saiba mais sobre o processo de imunização:
A pandemia impactou a vida de pessoas no mundo todo, cobrou reações imediatas das autoridades e exigiu da população força e resiliência. A área da educação também precisou se reestruturar e uma nova dinâmica de ensino ganhou espaço, expondo fragilidades e enfatizando desigualdades sociais. Durante este longo período de distanciamento social em que vivemos, já se somam 13 meses de aulas remotas, além de uma série de aprendizados e desafios enfrentados por professores e professoras, principalmente da educação básica.
No Dia Mundial da Educação, celebrado neste 28 de abril, o contexto de dificuldade reforça a importância de ações que ampliem os investimentos em educação, valorizem os profissionais da área e democratizem o acesso aos ensinos básico, técnico e superior.
Com o intuito de contribuir com essas reflexões, o estudo Impactos da Pandemia na Pessoa Docente, desenvolvido na Escola de Humanidades da PUCRS e coordenado pela professora Bettina Steren, junto com o seu grupo de pesquisa PROMOT (Processos Motivacionais em Contextos Educativos), identificou nuances da experiência pessoal e profissional dos professores e professoras durante esse período de crise. O grupo faz parte do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCRS, um dos melhores do País, com nota 6 segundo a Capes, e referência internacional.
A pesquisa ouviu mais de 200 participantes de dezenas de municípios do Rio Grande do Sul e de localidades de fora do Estado e do País, que responderam a um questionário online com 25 perguntas, em maio de 2020. O número mais expressivo de participantes é de docentes de escolas públicas (74,8%), que atuam no Ensino Fundamental (40%) e com mais de 15 anos de docência (36,6%). Eles também representam a maioria (93,6%) das instituições que adotaram o ensino remoto emergencial.
Dificuldade no uso de tecnologias, adaptação curricular, comunicação, sobrecarga de trabalho e realidade socioeconômica dos estudantes foram os desafios profissionais mais citados pelos participantes. Quando questionados sobre os desafios pessoais, os pontos que mais impactaram a atuação dos docentes foram a expectativa de atender às necessidades tanto dos estudantes e dos pais como das coordenações, e a dificuldade de cativar as turmas sem a possibilidade de contato físico – proporcionado em sala de aula.
De acordo com a pesquisadora, apesar dos obstáculos, os docentes seguem ativos buscando formas de minimizar os impactos negativos da pandemia no futuro dos estudantes – especialmente daqueles que possuem menos recursos:
“Há professores e professoras, juntamente com estudantes, buscando incansavelmente formas de manter o ensino e os processos de aprendizagem em ação. Na visão de docentes de escolas públicas e privadas, segundo dados da pesquisa, a experiência destes dois anos tem contribuído em certa medida para o desenvolvimento da autonomia dos estudantes, assim como a valorização da escola e autoconhecimento emocional”.
Além das dificuldades, os professores da educação básica também citaram os aprendizados desse período de docência remota. Dentre os aspectos profissionais, estão o acesso a novas tecnologias e metodologias de ensino, o aprimoramento do planejamento docente e o desenvolvimento profissional. Na perspectiva pessoal, empatia, autoconhecimento, planejamento e resiliência foram os aprendizados mais citados.
Para o pós-pandemia, Bettina ressalta que as pesquisas sobre bem-estar e mal-estar docente apontam para a necessidade de valorização profissional, representada por melhores condições de trabalho, sejam elas referentes à infraestrutura das escolas, programas de formação docente continuada, aumento salarial, ações governamentais, respeito à trajetória e escuta de cada professor e professora:
“Os estudos indicam, também, a necessidade de institucionalização de redes de apoio nas comunidades escolares em parcerias com universidades e profissionais de diferentes áreas, como apoio psicológico, rodas de conversas e metodologias ativas na resolução de problemas e construção do conhecimento”.
Para o professor e decano da Escola de Humanidades, Draiton Gonzaga, o Dia Mundial da Educação reforça que o presente e o futuro do País passam, necessariamente, pelas mãos de docentes que contribuem para a formação de cidadãos e cidadãs. Profissionais e cidadãos do futuro dependem de educação de qualidade para dar continuidade à sua trajetória no ensino superior nas mais diversas áreas e construir o amanhã, inclusive, como professores e professoras.
E é a base para esse futuro que é moldada coletivamente no hoje, afirma Ana Soster, decana associada da Escola de Humanidades. “A Universidade exerce um papel fundamental na formação das pessoas que sonham em ensinar. É na interação com o ensino básico e com a comunidade que fortalecemos a função social da docência e contribuímos para as mudanças. No ambiente acadêmico, aprendendo a ensinar, é que compreendemos o quanto esse processo é permanente e contínuo”, destaca.