Com grande presença de público, ocorreu a exibição do documentário Minha Avó era Palhaço na Sala de Música do Multipalco, ocorrida no dia 17 de agosto. O evento marcou o início da parceria entre o Instituto de Cultura da PUCRS e a Fundação Theatro São Pedro (TSP), que visa ampliar a programação cultural na cidade.
“Em nome da minha família e equipe, ficamos muito orgulhosos pelo convite e com o resultado do evento. Um filme sobre minha vó selar essa parceria entre o Instituto e o Theatro é motivo de muito honra. Além disso, esse olhar às discussões que o filme aborda, como racismo e machismo, além do circo no nosso país, são muito importantes”, enfatizou uma das diretoras do filme, Mariana Gabriel.
Minha Avó era Palhaço mostra a influência dos negros no espetáculo circense e o preconceito que sofriam nesse meio, a partir da história de Maria Eliza ou Xamego, a palhaço que, no início da década de 40 e 60, era a grande atração do Circo Guarany. A neta da artista, Mariana, realizou, em parceria com a cineasta Ana Paula Minehira, a direção do filme que é resultado de entrevistas, consultas no acervo do Centro de Memória do Circo, leituras de teses nacionais e internacionais, sites variados e bibliografia de temas relevantes.
Após a exibição do filme, um pequeno picadeiro foi improvisado na sala do Theatro. Foi o encontro entre a palhaça Birota (encenada pela própria Mariana) e o Xamego. Com uma imagem de sua vó fantasiada, fez uma performance circense, oportunizando momentos de muitas risadas e emoção em memória de sua vó.
Logo após a breve apresentação, Mariana e a sua mãe Daise, filha da palhaço biografada, realizaram um bate-papo com a plateia, que pode expor suas curiosidades sobre o filme e a família Gabriel.
Os principais registros de Minha Avó era Palhaço estão sendo armazenados num blog, escrito por Daise, que é jornalista. Nele, estão as experiências que o documentário vem proporcionando às pessoas.
Para o futuro, Mariana já está em processo de pesquisa para um novo documentário: a história de João Alves, seu bisavô e fundador do Circo Guarany. “A partir do filme sobre a minha vó, pude reparar como a memória audiovisual brasileira é carente desses tipos de registros. Existe muita gente interessada nesses assuntos”, completou a diretora.
A PUCRS também proporcionou outros momentos circences, no caso, na Rua da Cultura. No dia 16 de agosto, a banda porto-alegrense Bandinha Di Dá Dó , com os palhaços Cotoco, Teimoso Teimosia, Invisível e Zé Docinho interagiram com o público, tocando músicas que mesclam ritmos ciganos, world music e rock’n’roll.
Anteriormente, no dia 7 de agosto, aconteceu o espetáculo de rua Circo de Horrores e Maravilhas,concebida pela Cooperativa de Artistas Teatrais – Oigalê.
Confira a galeria de fotos:
Localizada no prédio 2 da PUCRS (avenida Ipiranga, 6681), a Fundação Irmão José Otão (Fijo) será palco de uma capacitação recheada de diversão. No local, acontecerá o treinamento dos novos integrantes da ONG Doutorzinhos. As inscrições para o processo seletivo dos novos voluntários estarão abertas até o dia 15 de abril.
As entrevistas ocorrem entre os dias 17 e 23 de abril e os selecionados passam por um curso de formação, durante todo o mês de maio, com aulas de desinibição, iniciação teatral e jogos de improviso. Os candidatos deverão ter 18 anos ou mais até o início do curso e preencher a ficha de inscrição disponível na fanpage da ONG.
Mais informações pelo telefone (51) 3205-3100.
A ONG Doutorzinhos é uma organização sem fins lucrativos fundada há 12 anos que utiliza da figura do palhaço para levar alegria a pacientes, acompanhantes e equipes de saúde. Está presente em 11 hospitais de Porto Alegre e em 2017 realizou 1.246 visitas beneficiando aproximadamente 152.221 pessoas.