Durante o mês de outubro, as campanhas de prevenção ao câncer de mama ganham destaque nas mais diferentes mídias, assim como as mensagens de combate ao câncer de próstata em novembro. Porém, o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento de todas as variações e tipos de câncer? Graças a esse cuidado, é possível aumentar as chances de controlar a doença, assim como a qualidade de vida dos pacientes, além de favorecer a efetividade e os custos dos tratamentos.
Um dos principais aliados no tratamento dos pacientes é o profissional da área de oncologia. Esses especialistas estudam o crescimento desordenado de células, que podem resultar em câncer ou tumores, assim como seu desenvolvimento no organismo e a melhor forma de tratamento. Além disso, novas pesquisas com medicamentos e diferentes terapias são cada vez mais exploradas na busca de formas de combater o câncer. Isso é o que mostra o relatório social anual Clinical Cancer Advances 2020, divulgado pela American Society of Clinical Oncology (Asco). Entre os avanços já destacados estão as possibilidades com imunoterapia e novas tecnologias, por exemplo.
Sendo uma condição médica complexa, os profissionais especializados em oncologia possuem diferentes formações. Entre eles, estão os médicos, enfermeiros e farmacêuticos. O último, por exemplo, geralmente menos associado a esse tipo de trabalho, é quem produz e mistura os remédios e químicas necessárias para o preparo da quimioterapia. Ele também atua no acompanhamento dessas medicações, de forma a amenizar possíveis efeitos colaterais para o organismo. Segundo Liamara Andrade, professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, “para prevenir os erros na terapia de combate ao câncer, a multidisciplinaridade é essencial”. Inclusive, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde 2004, destaca a necessidade de que todos os serviços que trabalhem no combate ao câncer tenham equipes formadas por esses três profissionais para um tratamento completo e aumentar os índices de cura.
Apesar do diagnóstico muitas vezes assustar, a descoberta do câncer não é uma sentença. Na verdade, quando o tratamento acontece da forma adequada, o índice de recuperação é bastante elevado: mais da metade das pessoas sobrevivem à doença. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a sobrevida mediana de pacientes é estimada em 75% em casos de câncer de mama, 92% para o câncer de próstata, 60% para o câncer do colo do útero e 66% para Leucemia Linfoblástica Aguda na infância.
Segundo uma estimativa realizada pelo Inca, o Brasil teria registrado 600 mil novos casos de câncer por ano em 2018 e 2019. No mundo, foram mais de 18 milhões de ocorrências em 2018, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Esse mesmo estudo aponta que o tipo de câncer que será o mais comum nos próximos anos é o de pele, conhecido por ser menos letal. Os outros dez tipos de câncer mais incidentes no Brasil serão o de próstata, mama feminina, cólon e reto (câncer de intestino), pulmão, estômago, colo do útero, cavidade oral, sistema nervoso central, leucemias e esôfago.
Segundo o Inca, o câncer é um conjunto de doenças, cada uma com características e fatores de risco próprios, cujo denominador comum é a reprodução desordenada de células. Sendo assim, pode ser causada por diversos fatores. A idade, histórico familiar e a exposição a propriedades do cigarro, alimentos processados e gordurosos e sobrepeso podem amplificar as chances do desenvolvimento da doença.
Novas técnicas de detecção também surgiram nos últimos anos. Recentemente, uma equipe de pesquisadores internacionais publicou na revista Science seu trabalho sobre um novo exame de sangue que pode ajudar a detectar oito tipos de câncer em uma fase pouco avançada. Além disso, o método também consegue identificar com mais certeza em qual órgão a doença está se proliferando.
O curso de Oncologia Farmacêutica da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS capacita o profissional graduado em Farmácia a atuar diretamente nos serviços de tratamento ao câncer, com o diferencial de atuar já durante o curso no Hospital São Lucas da PUCRS e utilizar da simulação realística para o aprendizado prático dos casos. “Cada vez mais se necessita do profissional farmacêutico, tanto no mercado de trabalho, quanto na pesquisa de novas terapias oncológicas”, comenta Liamara Andrade. Acesse o site do curso e amplie sua área de atuação com aulas já para esse semestre.
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