Vivenciar experiências profissionais reais, que aproximam a teoria das aulas à realidade do mercado de trabalho, é o desejo de quem ingressa em uma graduação. No curso de Odontologia da PUCRS são oferecidas diferentes atividades práticas e disciplinas que integram a prestação de serviços importantes para a comunidade, a preocupação com o impacto social, além do desenvolvimento de habilidades técnicas e humanas.
A Escola de Ciências da Saúde e da Vida proporciona uma formação acadêmica, profissional e humana. Conforme o professor e coordenador do curso, João Batista Blessmann Weber, a graduação em Odontologia já formou aproximadamente 4,5 mil cirurgiões-dentistas com sólido embasamento em evidências científicas e alta carga de treinamento clínico.
Um dos fatores que coloca o/a estudante da PUCRS em destaque, segundo o professor, é o completo ecossistema de ensino, pesquisa, inovação e empreendedorismo da Universidade, situado em um único campus. Toda essa infraestrutura proporciona aos alunos vivências e oportunidades diferenciadas durante a jornada acadêmica.
“O nome da Odontologia da PUCRS é reconhecido pela excelência, tradição e respeitabilidade, ampliando a inserção no mercado de trabalho. Os/as profissionais são preparados também para atuar em gestão e planejamento de políticas nacionais de saúde bucal, assim como na iniciativa privada”, destaca o coordenador.
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As instalações do curso comportam sete ambulatórios próprios com mais de 190 consultórios odontológicos, além de laboratórios de Patologia Bucal, Laserterapia, Radiologia, Estomatologia Clínica e Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. As atividades práticas também acontecem no Hospital São Lucas, no Centro de Extensão Universitária Vila Fátima e em Unidades de Saúde, por meio de um convênio com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
Durante toda a trajetória acadêmica, os docentes buscam inspirar nos estudantes o desenvolvimento de competências e habilidades para no futuro profissional poder atuar na iniciativa pública e privada. Quem se forma no curso de Odontologia da PUCRS apresenta, como principais características, a formação integral, contemplando os aspectos morais, éticos, culturais e técnicos, de forma que possam atender com qualidade as demandas odontológicas da sociedade.
“O aprendizado na graduação desenvolve-se a partir dos conteúdos teóricos das disciplinas básicas, inserindo-se gradativamente nas disciplinas de pré-clínicas e nas atividades de atendimento aos pacientes por intermédio de uma progressão de complexidades na evolução dos semestres”, pontua Weber.
Ele explica que, dessa forma, o/a aluno/a desenvolve habilidades em todas as áreas de atuação da Odontologia, “com um amplo embasamento teórico-científico e competências para elaboração de diagnóstico, planejamento e execução de tratamentos propostos”.
Uma das grandes preocupações dos/as estudantes durante o curso é desenvolver atividades práticas nos pacientes. Quanto a isso, Weber garante que o plano pedagógico do curso prevê uma formação que vai preparando o estudante até chegar neste momento, sempre com o acompanhamento contínuo de professores altamente qualificados nas diversas áreas da Odontologia.
Após a conclusão do curso, a maior preocupação costuma ser em relação à inserção no mercado de trabalho. Aqui, o professor alerta:
“Apesar de ser um mercado bastante competitivo, o aluno formado no Curso de Odontologia da PUCRS, possui uma formação integral, com uma carga horária prática robusta, possibilitando o desenvolvimento de habilidades que, sem dúvida, tornarão este profissional diferenciado para atuar na área em que desejar”.
Foi realizada, na tarde desta quarta-feira (2), a inauguração da modernização das clínicas do Curso de Odontologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS. Com um investimento estimado de mais de um milhão de reais, a reestruturação conta com 52 novas cadeiras odontológicas de última geração. Para a decana da Escola, a professora Andrea Gonçalves Bandeira, trata-se de um momento de suma importância para o curso de Odontologia, que em 2023 completou 70 anos.
“É um curso longevo, com muita tradição e história. Mais de 4,5 mil cirurgiões dentistas já foram formados aqui, sem falar nos inúmeros profissionais que realizaram nossos cursos de especialização, mestrado e doutorado. Nada disso seria capaz sem toda a dedicação dos técnicos administrativos, funcionários e corpo docente qualificado e dedicado. Este é um investimento muito significativo em prol de uma formação de qualidade dos nossos alunos e um atendimento especial à comunidade”, declara.
Esse feito traz um importante benefício, não somente para os alunos, mas principalmente para o grande número de pacientes que são atendidos no Serviço Escola, localizado no prédio 6. O ambulatório do curso é aberto ao público em geral, e os/as interessados/as em receber atendimento podem marcar horário para a triagem em todo o início de semestre, pelo telefone (51) 3353-4106.
As vagas são distribuídas de acordo com as necessidades acadêmicas, e os pacientes pagam uma taxa de atendimento a cada consulta clínica. Os tratamentos são realizados a preços acessíveis, sendo alguns de forma gratuita. Somente no primeiro semestre de 2023, foram realizadas mais de 2,3 mil consultas odontológicas. “Os novos consultórios contemplam questões essenciais para os atendimentos, como biossegurança e ergonomia, não somente para os pacientes, mas também para alunos e professores”, explica o coordenador do curso de Odontologia da PUCRS, Prof. João Batista Blessmann Weber.
A cerimônia, que contou com o Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, também registrou a presença da professora Andrea; da decana associada, professora Tatiana Quarti Irigaray; da Pró-Reitora de Graduação da Universidade, professora Adriana Justin Cerveira Kampff; do Pró-Reitor de Administração e Finanças, professor Alam de Oliveira Casartelli; da Coordenadora Administrativa, Tamara Georgi, além de docentes, técnicos e técnicos administrativos do curso de Odontologia.
O reitor declara seu desejo para que o ambulatório revitalizado ajude cada vez mais as pessoas.
“Que esse espaço seja mais que uma localização geográfica dentro de um prédio, que seja um lugar que gere senso de pertencimento e comunidade, de aprendizagem e vida para a nossa comunidade e para todos aqueles que vem aqui buscar alívio de dores e por uma saúde melhor. Quem sabe por um sorriso que ajude a realizar os sonhos.”
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Mestre e doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Odontologia da PUCRS, André Weissheimer assumiu recentemente como professor e diretor clínico do Programa de Ortodontia da Escola de Odontologia da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Weissheimer concluiu seu mestrado em 2008 e doutorado em 2013, na área de Ortodontia, sob orientação da professora Luciane Macedo de Menezes.
O doutorado sanduíche, a partir de uma parceria já estabelecida pela sua orientadora da PUCRS com a University of Southern California (USC), em Los Angeles, foi um marco fundamental para seu futuro. Em 2015, as inovações resultantes desta parceria iniciada receberam investimentos privados para desenvolvimento de um aparelho ortodôntico revolucionário.
“Por consequência, decidi mudar para os Estados Unidos e contribuir para o desenvolvimento de uma empresa de tecnologia e inovação em Ortodontia chamada InBrace, localizada em Irvine, California. Desde 2015, a empresa já recebeu 250 milhões de dólares em investimentos do Vale do Silício para seu desenvolvimento tecnológico”, conta Weissheimer.
A decisão de estabelecer residência permanente nos Estados Unidos foi acompanhada pelo sonho ser um Ortodontista reconhecido, diplomado pelo American Board of Orthodontics e membro da prestigiada Edward H. Angle Society of Orthodontics. “Com o apoio da minha esposa, Diandra Luz, também Cirurgiã-Dentista formada pela PUCRS, conclui a residência em Ortodontia na UCS neste ano. Foram três anos de muita dedicação, aprendizado e sacrifícios”, adiciona.
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Weissheimer iniciou sua formação em Odontologia na Universidade Federal de Santa Catarina, onde também concluiu seu curso de Especialização em Ortodontia em 2006. Posteriormente realizou seu mestrado e doutorado na PUCRS e este ano concluiu a residência em Ortodontia na USC. O profissional tem experiência significativa em tratamento ortodôntico estético (ortodontia lingual), ortodontia digital, CAD/CAM, tomografia computadorizada de feixe cônico e aparelhos fixos personalizados, com mais de 40 publicações, capítulos de livros e patentes em seu nome. O pesquisador foi destaque na capa de duas das principais revistas clínicas ortodônticas cinco vezes. Muitas destas publicações e patentes foram realizadas durante suas atividades na PUCRS.
Nas redes sociais, Weissheimer comemorou a importante posição alcançada.
“Sou imensamente grato pelas oportunidades e experiências que tive. Com humildade e gratidão, embarco neste novo capítulo em Harvard, sabendo que tenho uma dívida de gratidão com meus ex-colegas e mentores da PUCRS e da UFSC, que me moldaram no profissional que sou hoje. Juntos, vamos continuar a buscar a excelência e moldar o futuro da nossa profissão”, celebrou.
De acordo com Weissheimer, o PPG em Odontologia da PUCRS foi importante para a oportunidade nos Estados Unidos por dois motivos. “O primeiro foi a possibilidade de realizar parte da pesquisa de doutorado em uma prestigiada universidade americana, permitindo a interação com novas tecnologias e o estabelecimento de um networking internacional. O segundo, e mais importante, foi a experiência de ser orientado por mentores extraordinários: professores Luciane Macedo de Menezes, Susana Maria Deon Rizzatto e Rogerio Belle de Oliveira, aos quais aproveito para expressar minha profunda admiração e gratidão”.
A importante posição conquistada pelo egresso também foi comemorada pelo coordenador do PPG em Odontologia Maximiliano Schunke Gomes.
“Sua atuação em uma instituição de alto impacto científico no cenário mundial projeta também o nome da PUCRS, e reflete um perfil de trajetória acadêmica que sempre esteve em sintonia com a inovação e a indústria. Esta notícia representa uma conquista singular, que espelha o alcance formativo internacional de nosso Programa”, comenta.
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Para a professora Luciane Macedo de Menezes, orientadora de Weissheimer durante seu mestrado e doutorado na PUCRS, o sucesso atingido não foi surpresa. “O André sempre se destacou pela determinação e busca da excelência. Estamos muito felizes com as vitórias de nossos egressos que, em diferentes níveis e áreas de atuação, estão conseguindo mostrar o valor do conhecimento adquirido através de um trabalho sério e consistente”.
Questionado sobre qual seria seu conselho para quem está iniciando a carreira em Odontologia, Weissheimer destacou a importância de buscar bons mentores e ter objetivos claros de médio e longo prazo. “A clássica pergunta ‘Quem eu quero ser em cinco anos?’ é um guia não apenas para selecionar no que se focar, mas principalmente para saber ao que renunciar. O cuidado e a atenção ao paciente vêm sempre em primeiro lugar, com tratamentos realizados de forma integrada baseados na ciência e na busca pela excelência”, comenta.
O docente completa que, em um mundo onde o modismo e o imediatismo parecem predominar, é fundamental buscar uma formação sólida e dominar os conceitos básicos.
“O aprimoramento de técnicas é um processo que demanda tempo e a excelência vem da dedicação e da paciência. ‘Mastery is not a destination, but a lifelong journey of growth and self-improvement’ (Maestria não é um destino, mas uma jornada vitalícia de crescimento e autoaprimoramento)”, finaliza.
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A pandemia de covid-19 evidenciou a importância dos profissionais da saúde no Brasil e no mundo. Enquanto médicos e enfermeiros atuavam na linha de frente, especialistas atendiam em consultórios, psicólogos ajudavam a cuidar da saúde mental e cientistas desenvolviam vacinas em tempo recorde. Esse cenário aumentou a admiração pelas profissões da área e inspirou muita gente a estudar para atuar em prol de quem precisa de cuidados.
Cursar uma graduação na área da saúde, contudo, exige analisar diferentes critérios na hora de escolher onde começar a construir o futuro profissional. A dica é sempre procurar por Instituições de Ensino Superior que valorizem as demandas atuais do mercado e ofereçam, desde o início, a possibilidade de integração com profissionais de diferentes áreas da saúde e experiências práticas, além de uma estrutura completa e segura para aprender.
Os projetos pedagógicos devem espelhar como são os profissionais que o mundo necessita atualmente. Os requisitos vão muito além dos ensinamentos teóricos e técnicos, envolvendo também aspectos como empatia e formação humanística.
“O profissional da saúde de hoje precisa estar atento às necessidades das pessoas e, obviamente, ter uma formação consistente, voltada ao contexto contemporâneo e dentro de uma perspectiva de ensino integral, junto a outros profissionais. Necessariamente, precisa trabalhar em equipe e, nessa perspectiva, deve ter uma de aprendizagem com estudantes e profissionais de outras áreas”, explica a decana associada da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, Marion Creutzberg.
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Reconhecida por ser uma das melhores Universidades da América Latina, a PUCRS tem uma oferta completa de formações na área da saúde: são 11 opções de cursos de graduação, sete programas de mestrado e doutorado e mais de 10 opções de especialização, MBA e certificações, além de programas de residências médicas multiprofissionais e em área profissional.
As antigas formações rígidas não têm mais espaço na instituição. Atualmente, estudantes podem customizar parte do curso com disciplinas e projetos de seu interesse, construindo um percurso acadêmico próprio e personalizado, incluindo mais experiências práticas ao longo de toda a formação.
“Todos os currículos dos nossos cursos da área da saúde estão organizados com práticas desde o primeiro semestre até as vivências de total imersão no cuidado à pessoa no último ano. O estudante tem a possibilidade de ampliar o aprendizado em laboratórios de pesquisa e simulação realística, seguidos pelos cenários de prática real. Essa é a questão mais importante. Não apenas porque as diretrizes de formação profissional da saúde preveem isso, mas porque entendemos que, realmente, a aprendizagem teórica se torna consistente quando é experienciada”, comenta a professora Marion.
Uma novidade da Universidade que tem como piloto a área da Saúde é a possibilidade que o estudante realize uma trajetória acadêmica cursando disciplinas das duas graduações desde o início, concluindo mais de uma formação em menos tempo. No momento esse percurso é possível entre os cursos de Educação Física e Fisioterapia e Biomedicina e Farmácia.
Com o melhor curso de Enfermagem do Brasil, segundo o Ministério da Educação (MEC), a PUCRS também possui o segundo melhor curso de Medicina do País e o curso de Odontologia mais bem avaliado entre as instituições privadas no Rio Grande do Sul. A instituição também oferta os cursos de Psicologia, Gastronomia, Farmácia, Fisioterapia, Biomedicina, Nutrição, Ciências Biológicas e Educação Física.
Um dos grandes diferenciais, além da excelência, é que a PUCRS é a única universidade do Brasil com um Campus que conta com um ecossistema completo de saúde e bem-estar, multidisciplinar, que combina estruturas de ensino, pesquisa, extensão, inovação, assistência e serviços especializados na área. Isso faz com que quem estuda na instituição tenha atividades práticas em estruturas reconhecidas como Hospital São Lucas (HSL), Instituto do Cérebro (Inscer), Parque Esportivo, Centro de Reabilitação, Centro de Extensão Vila Fátima – unidade de saúde que realiza a atenção à saúde da população, vinculado ao Sistema Único de Saúde, há mais de 40 anos no Bairro Bom Jesus -, além do Biohub | Tecnopuc, iniciativa voltada à geração de negócios inovadores em saúde.
Toda a infraestrutura do Campus da Saúde permite que os acadêmicos se aproximem e vivenciem as rotinas de suas futuras profissões e prestem serviços para a comunidade. Independentemente da ocasião, os estudantes são estimulados para que a centralidade do cuidado esteja no Individuo, colocando a vida no centro de tudo, estimulando o protagonismo das pessoas para a promoção da saúde.
“Outro aspecto a ser destacado é que alunos de graduação, especialização, residência multiprofissional ou em área profissional em saúde, mestrado e doutorado, podem atuar de forma conjunta, criando um espaço diferenciado de aprendizagem que oportuniza o desenvolvimento de um trabalho colaborativo, que só uma Universidade com esse porte pode oferecer”, diz Marion.
A professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, Andrea Gonçalves Bandeira, ressalta que a universidade consegue fomentar a formação integral ao criar uma conexão entre diversas carreiras. Isso porque os espaços da instituição permitem que estudantes de diferentes cursos desenvolvam competências colaborativas, valorizando posturas humanas, éticas e críticas.
Estudantes de Medicina, por exemplo, trabalham com alunos dos cursos de Enfermagem, Biologia e Educação Física. Juntos, eles constroem projetos ou produtos que possam contribuir com o desenvolvimento da sociedade.
“Isso é o que se espera hoje dos profissionais da área. Temos inúmeros estudos que mostram que os sistemas de saúde mais eficazes e os cuidados mais seguros partem do momento em que se tem pessoas que trabalham em equipes interprofissionais e que pensam em projetos terapêuticos de forma conjunta. Isso minimiza danos e riscos, trazendo uma efetividade maior para o sistema de saúde e para o cuidado com as pessoas”, afirma Andrea.
A professora destaca ainda que no momento em que se adota o conceito ampliado de saúde, a saúde deixa de ser a ausência de doença, e passa a considerar os determinantes sociais de saúde e suas implicações no processo saúde e adoecimento, como acesso à educação, lazer, saneamento básico. Deste modo, os novos profissionais precisam estar abertos a trabalhar em equipe. “Uma profissão só não dará conta das necessidades sozinha, temos que pensar cada vez mais em uma atuação integrada. Essa é uma perspectiva muito importante que se espera dos profissionais da saúde hoje. O profissional da saúde que o mundo precisa, além de estar sempre atento às necessidades da população, ou do paciente que ele está atendendo, necessita aprender a fazer uma escuta qualificada, e essa escuta qualificada se traduzir em cuidado humanizado e empático, compreender as necessidades e conseguir, junto de uma equipe interprofissional, dar o melhor encaminhamento”, encerra.
Outra vantagem é que quem escolhe a PUCRS para se formar no campo da saúde pode cursar parte da graduação em instituições estrangeiras, por meio da mobilidade acadêmica. Além de colaborar para um currículo mais robusto, a iniciativa permite explorar novas culturas e perspectivas.
Formada na primeira turma do curso de Enfermagem da PUCRS, Aline Camargo Nunes comenta que o mundo precisa de profissionais com capacidade de ser flexíveis, de se recriar, de se reinventar. – Os profissionais de saúde que vão entrar no mercado de trabalho têm que buscar desenvolver habilidades para enfrentar o inesperado de forma segura para o profissional e para o paciente – comenta. Hoje, ela atua no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e percebe as diferentes possibilidades da universidade foram fundamentais para a construção pessoal e profissional.
“A formação na PUCRS foi essencial para desenvolver minhas potencialidades através de ferramentas que proporcionaram um conhecimento de excelência em contexto em que eu estava me preparando para o mundo”, afirma Aline.
Interessados em estudar saúde na PUCRS podem realizar o Vestibular ou solicitar o ingresso extravestibular. A segunda opção pode ser feita por meio de processo de transferência, ingresso de diplomado, reopção ou reingresso.
*Texto publicado originalmente em GZH.
Vivenciar experiências profissionais reais, que aproximam a teoria das aulas à realidade do mercado de trabalho, é o desejo de quem ingressa em uma graduação. No curso de Odontologia da PUCRS são oferecidas diferentes atividades práticas e disciplinas que integram a prestação de serviços importantes para a comunidade, a preocupação com o impacto social, além do desenvolvimento de habilidades técnicas e humanas.
A Escola de Ciências da Saúde e da Vida proporciona uma formação acadêmica, profissional e humana. De acordo com o professor e coordenador do curso, João Batista Blessmann Weber, a graduação em Odontologia já formou aproximadamente 4,5 mil cirurgiões-dentistas com sólido embasamento em evidências científicas e alta carga de treinamento clínico.
Um dos fatores que coloca o/a estudante da PUCRS em destaque, segundo o professor, é o completo ecossistema de ensino, pesquisa, inovação e empreendedorismo da Universidade, situado em um único campus. Toda essa infraestrutura proporciona aos alunos vivências e oportunidades diferenciadas durante a jornada acadêmica.
“O nome da Odontologia da PUCRS é reconhecido pela excelência, tradição e respeitabilidade, ampliando a inserção no mercado de trabalho. Os/as profissionais são preparados também para atuar em gestão e planejamento de políticas nacionais de saúde bucal, assim como na iniciativa privada”, destaca o coordenador.
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As instalações do curso comportam sete ambulatórios próprios com mais de 190 consultórios odontológicos, além de laboratórios de Patologia Bucal, Laserterapia, Radiologia, Estomatologia Clínica e Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. As atividades práticas também acontecem no Hospital São Lucas, no Centro de Extensão Universitária Vila Fátima e em Unidades de Saúde, por meio de um convênio com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
Durante toda a trajetória acadêmica, os docentes buscam inspirar nos estudantes o desenvolvimento de competências e habilidades para que o futuro profissional possa atuar na iniciativa pública e privada. Quem se forma no curso de Odontologia da PUCRS apresenta, como principais características, a formação integral, contemplando os aspectos morais, éticos, culturais e técnicos, de forma que possam atender com qualidade as demandas odontológicas da sociedade.
“O aprendizado na graduação desenvolve-se a partir dos conteúdos teóricos das disciplinas básicas, inserindo-se gradativamente nas disciplinas de pré-clínicas e nas atividades de atendimento aos pacientes por intermédio de uma progressão de complexidades na evolução dos semestres”, pontua Weber.
Ele explica que, dessa forma, o/a aluno/a desenvolve habilidades em todas as áreas de atuação da Odontologia, “com um amplo embasamento teórico-científico e competências para elaboração de diagnóstico, planejamento e execução de tratamentos propostos”.
Uma das grandes preocupações dos/as estudantes durante o curso é o desenvolvimento de atividades práticas nos pacientes. Quanto a isso, Weber garante que o plano pedagógico do curso prevê uma formação que vai preparando o estudante até chegar neste momento, sempre com o acompanhamento contínuo de professores altamente qualificados nas diversas áreas da Odontologia.
Após a conclusão do curso, a maior preocupação costuma ser em relação à inserção no mercado de trabalho. Aqui, o professor alerta:
“Apesar de ser um mercado bastante competitivo, o aluno formado no Curso de Odontologia da PUCRS, possui uma formação integral, com uma carga horária prática robusta, possibilitando o desenvolvimento de habilidades que, sem dúvida, tornarão este profissional diferenciado para atuar na área em que desejar”.
Ao longo da infância, pais costumam lembrar seus filhos constantemente de escovar os dentes, passar fio dental e ir ao dentista. Normalmente, esses bons hábitos são recomendados para evitar cáries, gengivites e outras complicações dentárias. Porém, o que tem sido evidenciado por pesquisadores no mundo inteiro é que a manutenção da boa saúde bucal está associada à redução do risco de diversas doenças crônicas não transmissíveis, como aterosclerose, doenças cardiovasculares, diabetes e até mesmo mortalidade.
Doenças crônicas não transmissíveis são aquelas que se desenvolvem ao longo da vida, muitas vezes de forma lenta, silenciosa e sem apresentar sintomas. Segundo números da Organização Mundial de Saúde (OMS), estas são responsáveis por 63% das mortes no mundo e são a causa de 74% dos óbitos no Brasil. No Programa de Pós-Graduação em Odontologia da PUCRS, pesquisadores buscam entender de que forma as infecções e doenças de origem bucal se associam com o agravamento de outras doenças no organismo humano.
Um estudo de meta-análise realizado em parceria entre a PUCRS e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) evidenciou que cerca de 50% das pessoas adultas no mundo tem pelo menos um dente com lesão endodôntica ao longo da vida, destacando esta doença como uma das mais comuns da humanidade. Conforme explica o coordenador e professor do PPG em Odontologia, Maximiliano Schunke Gomes, estes dados revelam que as doenças bucais são mais prevalentes que muitas outras mais conhecidas como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares.
“Precisamos cada vez mais debater sobre saúde bucal, com mais ações de conscientização e políticas públicas para que a sociedade entenda que as patologias bucais vão além da presença de cáries ou de questões meramente estéticas, mas possuem relação importante com a saúde do organismo como um todo”, destaca o pesquisador.
Análises realizadas por pesquisas da PUCRS revelam que as cáries e as infecções endodônticas, gengivais e periodontais têm influência não apenas a nível dentário, bucal ou gengival, mas também impactam a circulação sanguínea do indivíduo. De acordo com Gomes, isso acontece porque as bactérias de origem bucal podem transitar pela corrente sanguínea, além das repercussões imunológicas oriundas da presença de infecções e inflamações bucais, que modificam mediadores das vias inflamatórias de todo o organismo.
Há alguns anos atrás, um estudo publicado pela equipe do Professor Maximiliano Gomes em parceria com a University of Maryland (EUA) apresentou análises longitudinais com até 40 anos de acompanhamento em um grupo de pacientes norte-americanos, com o objetivo de entender o impacto da presença de infecções endodônticas a longo prazo.
A pesquisa evidenciou que os pacientes que apresentavam maior carga de doenças endodônticas no início do estudo apresentaram um risco 77% maior de desenvolver complicações cardiovasculares (angina, infarto agudo do miocárdio ou até morte por razões cardiovasculares) a longo prazo, independentemente de idade, sexo, ou mesmo da presença de comorbidades como obesidade, dislipidemia, diabetes, entre outros fatores.
Em outros estudos conduzidos na PUCRS, foram analisados pacientes do Serviço de Neurologia do Hospital São Lucas, acometidos por Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVC). A doença acontece quando há uma alteração súbita do fluxo sanguíneo cerebral, ocorrendo comprometimento de circulação de sangue na região do encéfalo, podendo causar desde efeitos reversíveis até sequelas irreversíveis como alterações na fala e nos movimentos e até morte.
Em sua tese de doutorado realizada no PPG em Odontologia da PUCRS, a professora Thayana Leão analisou mais de 400 pacientes acometidos por AVCs, buscando compreender a associação entre a presença de doenças bucais e as sequelas causadas pelo acidente. Três estudos recentes oriundos de sua tese foram publicados em periódicos científicos internacionais, evidenciando que os indivíduos que tinham menos dentes naturais e piores condições de saúde bucal apresentaram risco significativamente aumentado de ter AVC e de apresentar pior desfecho na recuperação.
“Frente aos resultados das pesquisas que vem sendo realizadas na PUCRS, em conjunto com outras evidências de outros estudos realizados em centros de pesquisa no mundo, podemos relacionar a presença de problemas bucais com maio risco de ocorrência de doenças cardiovasculares, independentemente dos fatores de risco já conhecidos como obesidade, tabagismo e outros. Um aspecto inédito que os resultados de nossos estudos sugerem é que pacientes com AVC e que possuem maior carga de complicações bucais, estão associados a sequelas mais severas do acidente vascular, incluindo risco de óbito”, ressalta Gomes.
Outra relação estudada pelo pesquisador e seu grupo de pesquisa é a possível associação entre saúde bucal e aptidão física. Estudos que estão atualmente em andamento no PPG em Odontologia da PUCRS vêm analisando se existe alguma relação entre a presença de lesões bucais e o condicionamento físico. Resultados preliminares de estudos em modelos animais conduzidos no Cembe sugerem que ratos com lesões bucais não se condicionam fisicamente da mesma forma que os animais sem lesões, mesmo treinando pelo mesmo período de tempo. Desta forma, como explica o professor Maximiliano Gomes, outros estudos estão em andamento a fim de investigar a hipótese de que as lesões bucais reduzem ou mesmo anulam os efeitos benéficos do condicionamento físico aeróbio e também do treino anaeróbio.
Dois estudos anteriores do grupo de pesquisa, que analisaram um grupo de policiais militares, demonstraram estatisticamente que aqueles indivíduos que tinham mais carga de doenças bucais não atingiam níveis tão altos no teste de aptidão física (TAF), mesmo que treinassem regularmente, independentemente de outros fatores como idade ou índice de massa corporal.
“São resultados iniciais que apontam para afirmar que estas lesões silenciosas bucais possivelmente afetam o condicionamento físico. Não por acaso, atualmente cirurgiões-dentistas atuam em delegações esportivas de alto nível, justamente para prevenir essas infecções e inflamações de origem bucal”, finaliza Gomes.
Conheça o curso de Odontologia da PUCRS
Em abril de 2023, o curso de Graduação em Odontologia PUCRS completa 70 anos de história, sempre em busca da promoção da saúde bucal e bem-estar de pacientes, ensino aos/às estudantes e estrutura profissional aos/às professores/as. Para a docente Andrea Bandeira, decana da Escola de Ciências da Saúde e da Vida (ECSV), que engloba o curso de Odontologia, a graduação é feita de muitas histórias que se desenrolam na Universidade.
“Neste dia rememoramos muitos fatos que nos trouxeram até aqui e nos consolidaram ao longo destes anos como um curso de excelência e de destaque. A Odontologia da PUCRS está entre as melhores do Brasil. Além de um corpo docente extremamente qualificado e de uma equipe técnica que se destaca no atendimento a alunos/professores e pacientes, ressaltamos toda a infraestrutura que o curso dispõe, como ambulatórios e laboratórios, o que contribui para a formação integral dos estudantes e que impacta de forma muito positiva a saúde da população”, avalia.
No dia 25 de abril de 1953, era fundada a Faculdade de Odontologia, inicialmente nas dependências do Colégio Rosário, no bairro Independência e, posteriormente, transferida para o prédio 6 do Campus da PUCRS, onde fica atualmente. Os docentes à frente do curso na época eram o então reitor da Universidade, professor Cônego Alberto Etges, e o Prof. Dr. Elias Cirne Lima, fundador e primeiro diretor da faculdade.
Em suas sete décadas de atuação, a Odontologia da PUCRS formou aproximadamente 4,5 mil cirurgiões-dentistas, além de inúmeros especialistas, mestres e doutores na área. “Além da graduação, sempre com uma visão inovadora, mantemos um Programa de Pós-Graduação em Odontologia com excelência nacional, formando mestres e doutores para atuarem em diferentes frentes de Ensino e Pesquisa. Diversos egressos deste Programa de Pós-Graduação atuam em Instituições de Ensino Superior, tanto nacionais como internacionais”, explica o atual coordenador professor João Batista Blessmann Weber.
“As pesquisas geradas pelos nossos docentes e discentes têm contribuído muito para o fortalecimento de evidências científicas nas diferentes áreas de atuação da Odontologia, até em nível internacional”, salienta a professora Ana Maria Spohr, membro da comissão coordenadora do curso.
Além disso, o curso presta serviço à comunidade por meio de atendimentos nas clínicas do prédio 6, no Hospital São Lucas e em projetos sociais – ao todo, somam-se cerca de 50 mil atendimentos por ano.
Para o professor Alexandre Bahlis, ex-coordenador do curso, além da história repleta de conquistas, a graduação ainda tem um futuro brilhante pela frente.
“Com o olhar atento às necessidades acadêmicas para uma formação consistente, integral e humana, através do profundo conhecimento de nossa história, da nossa vocação Marista de ensinar e do comprometimento do nosso corpo docente, podemos projetar com otimismo os rumos do Curso de Odontologia da PUCRS, preparando com excelência nossos alunos para os grandes desafios contemporâneos”, pontua.
No curso de Odontologia da PUCRS são oferecidas diferentes atividades práticas e disciplinas que integram a prestação de serviços importantes para a comunidade e a preocupação com o impacto social. Além disso, também faz parte da base da graduação o desenvolvimento de habilidades técnicas e humanas. Um dos fatores que coloca o/a estudante da PUCRS em destaque é o completo ecossistema de ensino, pesquisa, inovação e empreendedorismo da Universidade situado em um único campus.
As instalações do curso comportam sete ambulatórios próprios com mais de 190 consultórios odontológicos, laboratórios de Patologia Bucal, Laserterapia, Radiologia, Estomatologia Clínica e Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial.
As atividades práticas também acontecem no Hospital São Lucas, no Centro de Extensão Universitária Vila Fátima e em Unidades de Saúde por meio de um convênio com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Toda essa infraestrutura proporciona aos alunos vivências e oportunidades diferenciadas durante toda a sua jornada acadêmica.
Autoexame é fundamental para a prevenção da doença
Mais de 80% dos casos de câncer de boca estão relacionados a hábitos do paciente. / Foto: Bruno Todeschini
O câncer de boca é um tumor maligno que acomete os lábios e estruturas da boca como língua, céu da boca, gengiva, amígdalas e glândulas salivares. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2022, mais de 15 mil pessoas foram acometidas pela doença, afetando principalmente homens acima dos 40 anos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), afirma que o câncer de boca pode ser prevenido de forma simples, por meio da promoção da saúde bucal, da ampliação do acesso aos serviços de saúde e do diagnóstico precoce. A PUCRS é referência na área de Saúde Bucal: o Serviço de Atendimento Odontológico do curso de Odontologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e o Serviço de Estomatologia e Prevenção do Câncer Bucomaxilofacial do Hospital São Lucas (HSL) oferecem assistência odontológica em diversas especialidades para a comunidade em Porto Alegre.
Além disso, pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da PUCRS desenvolvem diversos estudos nas áreas de concentração em Clínica Odontológica e Biologia Oral. A professora Fernanda Salum, que atua na área de Estomatologia, explica quais são as causas do câncer de boca e quais hábitos saudáveis podem ser adotados para evitar a doença.
Autoexame é fundamental para a prevenção da doença. / Foto: Pexels
Conforme a docente, mais de 80% dos casos de câncer de boca estão relacionados a fatores externos, ou seja, os hábitos do paciente. Fernanda alerta que o principal fator associado é a exposição ao sol (câncer de lábio), o consumo de tabaco (cigarros, cachimbo, charuto, palheiro e fumo de mascar) e o consumo de álcool.
Nos últimos anos, o alto número de jovens utilizando cigarros eletrônicos também influenciou os registros de pessoas acometidas pelo câncer de boca, pois o hábito é tão ou mais prejudicial quanto o consumo do cigarro convencional.
Em 2020, o Atlas de Mortalidade por Câncer relatou que o número de mortes pelo câncer de boca atingiu em sua maioria homens, totalizando 4.767 casos, enquanto o número em mulheres foi de 1.425 casos. A professora explica que o HPV (papiloma vírus humano) também pode causar a doença, podendo então provocá-la principalmente nas regiões mais posteriores da cavidade oral.
Com isso, além de evitar o consumo de tabaco e álcool, recomenda-se o uso de filtro solar labial para a prevenção do câncer de boca. Outra forma de combater a doença é o autoexame, pois sempre que o paciente perceber feridas (úlceras) bucais que não cicatrizam, placas brancas ou manchas vermelhas na cavidade oral, deve procurar um especialista. Fernanda destaca que, com o diagnóstico ainda nos estágios iniciais, as chances de cura são altíssimas, sem necessidade de cirurgias mutiladoras.
Entre as principais doenças da cavidade bucal estão também a cárie e a doença periodontal (doença da gengiva e dos tecidos de suporte dos dentes). Fernanda pontua que as boas práticas de cuidados bucais para a prevenção destas enfermidades envolvem higiene bucal adequada. Isso inclui escovação com pastas de dentes fluoretadas e uso diário de fio dental, além de visitas regulares ao dentista, determinadas de acordo com as necessidades do paciente.
“Além de manter adequada higiene bucal, o paciente deve estar ciente dos malefícios do tabaco e do álcool. Manter uma dieta adequada também é importante, assim como a hidratação da mucosa com ingestão frequente de água. Evitar bebidas ou alimentos muito quentes e eliminar qualquer fator traumático bucal como próteses mal adaptadas é fundamental”, conscientiza a professora.
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A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença. Neste processo, a saúde bucal é fundamental, pois sua precariedade tem impacto não apenas nos dentes, mas também no corpo como um todo. Dados do Instituto do Coração (Incor), apontam que doenças na região podem causar outras condições, como doenças renais, osteoarticulares e respiratórias, além de diabetes, câncer e a ocorrência de desfechos adversos durante a gravidez.
No dia 25 de outubro é celebrado o Dia Nacional do Dentista, data que marca a criação dos primeiros cursos de Graduação em Odontologia no Brasil. Na PUCRS, os cursos de graduação e Pós-Graduação em Odontologia são pioneiros na formação de profissionais com condições de atuar em qualquer instituição do país e do mundo no seu campo de saber odontológico.
O professor e pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Paulo Floriani Kramer desenvolve projetos de pesquisa nas áreas de enfermidades orofaciais da criança ao idoso, epidemiologia e etiopatogenia das doenças e disfunções do sistema estomatognático, cárie dentária na primeira infância e traumatismo alvéolo-dentário na dentição decídua. De acordo com uma de suas pesquisas, tem sido a dedicação de pesquisadores, dentistas e gestores conseguir traduzir esse conhecimento científico em estratégias eficazes de prevenção e controle populacional e práticas clínicas.
A cárie dentária é a doença crônica mais comum da humanidade. A cárie não tratada tem um grande impacto na qualidade de vida relacionada à saúde entre crianças, adolescentes e adultos em todo o mundo. Ela é determinada por fatores biológicos, psicossociais e ambientais, com contribuições comportamentais críticas que se acumulam ao longo da vida. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2015), fatores dietéticos, particularmente o consumo de açúcares livres, são proeminentes entre os fatores de risco.
Apesar das diretrizes nacionais e internacionais para práticas alimentares saudáveis, o consumo de alimentos e bebidas ricos em açúcar desde o primeiro ano de vida tem sido descrito não apenas no Brasil, mas em diversas populações do mundo. De acordo com o estudo Padrões de consumo de açúcar no início da vida e cárie dentária nos dentes permanentes: um estudo de coorte de nascimentos, com autoria do professor Kramer e outros pesquisadores, existem três fatores de dieta que são associados à cárie dentária nos dentes permanentes: o ganho de peso da mãe durante a gestação, a introdução de alimentos doces na infância e a compra de açúcar durante a infância, até os seis anos de idade.
Como apontado na pesquisa, a infância é um período crítico em que as experiências com vários alimentos e gostos podem influenciar as preferências e comportamentos alimentares futuros. Além disso, dietas compartilhadas entre mãe e filho, que apresentam alimentos cariogênicos e ricos em açúcar, podem explicar a presença de cárie em longo prazo observadas na dentição permanente.
A pesquisa explica que esses dados sugerem que os comportamentos relacionados à dieta no nível familiar e infantil se manifestam desde a gravidez e continuam na infância, com potenciais consequências para a saúde que continuam nos dentes permanentes. Desta forma, esses achados indicam a necessidade de intervenções em vários níveis para interromper esse padrão e preservar a boa saúde bucal ao longo da vida.
Na PUCRS, a graduação em Odontologia já formou cerca de 3.800 cirurgiões-dentistas, além de ser o mais bem avaliado entre as instituições privadas no Rio Grande do Sul, segundo o Ministério da Educação (MEC). A Escola de Ciências da Saúde e da Vida proporciona uma formação acadêmica, profissional e humana, com um completo ecossistema de ensino, pesquisa, inovação e empreendedorismo da Universidade, situado em um único campus. Toda essa infraestrutura proporciona aos alunos vivências e oportunidades diferenciadas durante a jornada acadêmica.
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Na Pós-Graduação a universidade também é referência na área com o Programa de Pós-Graduação, em Odontologia, que apresenta nota 5 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os estudantes de mestrado e doutorado tem acesso ao conhecimento avançado na Odontologia, assim como aprimoram habilidades como redação científica, espírito crítico, conhecimento das políticas de pesquisa, multidisciplinaridade e inserção em Odontologia digital.
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A apresentação do novo Laboratório Multifuncional, realizada na última sexta-feira, 30 de julho, marcou a história do curso de Odontologia, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida. Iniciada em 2020, a reforma do espaço foi concluída com êxito e celebrada pela comunidade acadêmica em um evento de inauguração, que contou com a participação de nomes importantes como o reitor Irmão Evilázio Teixeira; o professor Luciano Castro e as professoras Marion Creutzberg e Tatiana Irigay, decano do curso e decanas associadas; além de outras lideranças da Universidade e professores da Escola.
O laboratório, localizado no quarto andar do Prédio 6, apresenta uma ampla área física que possibilita o ensino tanto de estudantes de graduação quanto de pós-graduação. De acordo com Ana Maria Spohr, professora do curso e uma das idealizadoras do projeto, os grandes diferenciais da revitalização são as bancadas ergonômicas, os equipamentos modernos e as áreas específicas para o desenvolvimento das atividades práticas de diversas disciplinas laboratoriais.
“A moderna arquitetura implementada neste laboratório possibilita a ampla visualização de todo o espaço físico, incentivando a integração entre graduação e pós-graduação. O novo sistema de som e vídeo facilitará a demonstração das atividades práticas em tempo real, assim como a projeção de vídeos de interesse acadêmico durante as aulas”, destaca a professora.
Construído em 1960, o laboratório – agora chamado de Multifuncional – reúne as trajetórias de mais de 60 turmas, que passaram pelo mesmo espaço, com a mesma mobília e disposição. Agora, entretanto, houve inovação nessa estrutura. Para Angélica Fritscher, professora e coordenadora do curso de Odontologia da Universidade, o laboratório é motivo de orgulho, pois representa lembrança e futuro.
“Quase todos os anos nós realizamos encontros com os alumni do curso e, quando passávamos pelo laboratório, eles ficavam felizes e animados de encontrar o lugar em que costumavam sentar-se para a assistir às aulas. É um espaço muito importante e com muitas histórias. Agora, realizamos o sonho antigo fazer essa reforma e proporcionar um espaço mais adequado e moderno para os nossos alunos”, comenta Angélica.
Uma série de disciplinas dos cursos de graduação serão ministradas no Laboratório Multifuncional, como Materiais Dentários, Anatomia Dentária, Oclusão I, Pré-clínica de Dentística, Pré-clínica de Prótese Fixa, Pré-clínica de Endodontia, Pré-clínica de Prótese Removível e Pré-clínica de Prótese Total.
Para os alunos de pós-graduação, estão à disposição equipamentos específicos para o desenvolvimento da parte experimental das pesquisas, além de uma área para o preparo de amostras.
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