Filosofia, Direito, Medicina e Computação são apenas algumas das áreas do saber exploradas em obras recentemente publicadas por pesquisadores e pesquisadoras da PUCRS. Os livros, que podem ser adquiridos no site da ediPUCRS, são de autoria de docentes e estudantes de pós-graduação da Universidade.
Nos últimos anos, a ediPUCRS tem se dedicado a tornar o conhecimento científico mais acessível e popular, com publicações de relevância científica, cultural, social, literária ou didática, de todas as áreas.
Confira nove lançamentos da editora:
1. Dignidade da pessoa humana e o direito das crianças e dos adolescentes
Por Irmão Evilázio Teixeira, reitor da PUCRS
Com profundidade filosófica e teológica, a obra faz um resgate histórico do valor que norteia as atividades relacionadas à pessoa humana e se constitui em um dos viabilizadores da convivência social. Na sequência, mais de 30 anos após a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, traça o difícil e tortuoso caminho enfrentado para a conquista do artigo 227 da Constituição Federal de 1988.
2. Inventário da infância: o universo não adulto na narrativa
Por Paulo Kralik, professor da Escola de Humanidades, e as doutorandas Raquel Belisario e Samla Canilha
Para construir um inventário da infância, o livro investiga obras literárias (e cinematográficas) em que a voz da criança está presente como narradora ou como personagem. Desses estudos emergem questões de duas naturezas: as estruturais, que discutem o ato narrativo em sua complexidade, e as psicossociais e históricas, que avaliam o espaço ocupado pela criança no âmbito da família e da sociedade.
3. Como cuidar do idoso com Alzheimer
Por Newton Luiz Terra, professor da Escola de Medicina
O Alzheimer é uma doença crônica, neurodegenerativa e inflamatória que se caracteriza pelo declínio progressivo das funções corticais superiores. Os sintomas cognitivos decorrentes da atrofia cerebral pela morte dos neurônios influenciam nas atividades de vida diária e nas relações interpessoais. Por isso, a qualidade de vida de pacientes com Alzheimer depende das pessoas ao redor, tornando fundamental o papel de quem cuida.
4. Crônicas da inovação: um olhar reflexivo e provocador sobre o cotidiano da inovação
Por Gabriela Ferreira, professora da Escola de Negócios
A construção do futuro começa pela inovação. E isso é mais do que tecnologias exponenciais, como Inteligência Artificial, Blockchain ou Robótica. Se trata de visão e pessoas dispostas a se arriscar a pensar o novo. As crônicas trazem as experiências de quem, há muitos anos, vive todas as nuances do mundo da inovação, seja como pesquisadora ou gestora de ambientes de inovação, acompanhando de perto os erros e acertos de grandes organizações e startups nesta jornada.
Por Ángela Cuartas (doutora), Geysiane Andrade (doutoranda), Harini Kanesiro (mestra), Juliana Maffeis (metra), Manuela Furtado (mestra), Márcia Bastilho (mestranda) e Vitória Vozniak (mestra), pela Escola de Humanidades
Reúne poemas, listas, contos e fragmentos de autoras e autores que confessam ou inventam pretextos que os mantêm no limbo da página em branco, na tentativa de entender, como dizia Salvador Dalí, “a doce angústia criativa”.
6. Connecting Museums: práticas educativas em ciências e matemática na educação básica
Por Caroline McDonald (GNM), professor José Ferraro (Escola de Humanidades), M. Paul Smith (Oxford), Melissa Pires (Escola de Humanidades) e Renata Medina (Escola de Ciências da Saúde e da Vida)
O livro é resultado de um projeto de internacionalização realizado pelo Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT), em parceria com o Great North Museum: Hancock (GNM), da Universidade de Newcastle e o Oxford University Museum of Natural History (OUMNH), da Universidade de Oxford. Juntos, desde 2015, os museus têm atuado em ações que contemplam atividades relacionadas à educação, à gestão, à inovação e à liderança em museus universitários de ciências.
7. Diário de uma Pandemia: os primeiros 200 dias de vigília em prol da vida de todos nós
Por Luís Villwock, professor da Escola de Negócios
O livro é fruto do trabalho que está em permanente evolução, cujo ponto final se dará apenas ao término da pandemia. Guiado pelo valor de fazer o bem ao próximo, conta parte da trajetória do movimento solidário e voluntário Brothers In Arms, que visa ajudar profissionais da área da saúde que estão na linha de frente no combate à Covid-19.
8. Contraeducação Histórica: a diagonal do agora e a utopia negativa
Por Bruno Picoli, doutor em Educação pela Escola de Humanidades
O autor propõe uma reflexão sobre as condições de hospitalidade, que deve acolher o Outro no mundo inóspito da contemporaneidade e dos crescentes desafios da Educação em todos os sentidos de crescimento do ser humano. É no Agora que tudo se decide – “o tempo certo está aí”, disse Rosenzweig – e, portanto, é Agora que essa reflexão deve ter lugar e desafiar todo e qualquer desânimo e conformismo.
9. Roteiro para o desenvolvimento dos aspectos computacionais da inteligência organizacional em organizações orientadas a dados – IOODA
Por Beatriz Benezra Dehtear, mestranda da Escola Politécnica, e o professor Duncan Dubugras Alcoba Ruiz
IOODA é um roteiro que habilita analistas de Inteligência Empresarial (BI) a aplicar formas mais complexas de análise de dados. O livro se propõe a simplificar o processo que caracteriza esse tipo de aplicação. IOODA também conduz profissionais na documentação de informações críticas geradas durante sua execução e oferece a possibilidade de realizar avaliações sobre resultados parciais obtidos.
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A partir desta segunda-feira, 21 de dezembro, a versão digital do livro de contos Acervo de Ficções, organizado pelo professor Ricardo Barberena e pela estudante Marina Nogara, pode ser adquirida por meio do site da Editora Zouk. A Live de lançamento do livro ocorre no mês de janeiro de 2021 e será nas páginas oficiais da PUCRS Cultura (Instagram e Facebook).
Publicado pela Editora Zouk, o livro Acervo de Ficções nasce de um projeto de interface entre a Escrita Criativa e o patrimônio do Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural, tendo como fim a exploração criativa do acervo, a valorização e a difusão da memória de artistas e intelectuais sul-rio-grandenses e a interação com a comunidade acadêmica. O projeto conta com a participação de vinte escritoras e escritores vinculados à PUCRS (alunos e ex-alunos de graduação e pós-graduação das áreas de Letras e Escrita Criativa), que utilizaram dez objetos pertencentes ao Acervo do Delfos como gatilhos poéticos para suas produções: o divã de Cyro Martins, o chapéu de Patrícia Bins, o rádio de Ir. Elvo Clemente, a bengala de Dyonélio Machado, a máquina de escrever de João Otávio Nogueira Leiria, o colar de Maria Dinorah, a máscara mortuária de Benno Mentz, a carteirinha de músico de Luiz Antônio de Assis Brasil, a lança de Nico Fagundes e a casa em miniatura feita por Pedro Geraldo Escosteguy.
O resultado final reúne os textos ficcionais produzidos, além de fotografias dos objetos feitas pela fotógrafa da PUCRS Camila Cunha e ilustrações e capa assinadas pela artista Lu Rabello.
Alice Elnecave Xavier, Alice Meira Moraes, Ana Carolina Schmidt Ferrão, Ángela Cuartas, Benjamin Brooks, Bernardo Spindola Mendes, Felipe Durli, Gabriel Fragoso, Jaqueline Puhl, Jeferson Tenório, Juca Böes, Juliana Maffeis, María Elena Morán, Maria Williane, Marina Soares Nogara, Renata Wolff, Ricieri Camatti, Stéfanie Sande, Tiago Germano e Valentina Ceolin Gindri.
Marina Soares Nogara nasceu em Porto Alegre, em 1998. É estudante de graduação em Escrita Criativa pela PUCRS e estagiária do Instituto de Cultura (PUCRS). Foi bolsista de Apoio Técnico do Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural.
Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui graduação (2000), doutorado (2005) e pós-doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, coordenador executivo do Delfos e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).
Na noite da última quinta-feira, 17 de dezembro, aconteceu o Prêmio Açorianos de Literatura 2020, organizado pela Coordenação do Livro e Literatura da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Apresentada por Sergius Gonzaga, a cerimônia premiou e homenageou escritores, obras e iniciativas literárias. O Instituto de Cultura da PUCRS recebeu homenagem especial por suas iniciativas na área da Literatura e o escritor e professor de Letras e Escrita Criativa, Altair Martins, dividiu com o escritor Paulo Scott o prêmio de melhor narrativa longa pelo livro Os donos do inverno.
A homenagem especial destinada ao Instituto de Cultura se deve às suas diversas iniciativas na área de Literatura, por meio de seus projetos culturais e do Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural. Em mensagem de agradecimento, o Irmão Marcelo Bonhemberger, pró-reitor de Identidade Institucional, agradeceu à sua equipe e destacou a realização de 197 ações culturais que valorizaram diferentes artes e vozes, impactando mais de 164 mil pessoas. Somente na área da Literatura, projetos realizados em 2020, como Ensaios de Morar, Live de Cabeceira, Livros Para Salvar do fogo, Cem Anos de Clarice e Ato Criativo, contaram com a participação de 36 escritores e escritoras do Brasil e de outros lugares do mundo.
Por decisão do juri, o prêmio de melhor narrativa longa foi entregue a dois escritores: Altair Martins, escritor e professor da Escola de Humanidades, pelo romance Os donos do inverno, e Paulo Scott, pelo romance Marrom e amarelo. Os donos do inverno conta a história de Elias e Fernando, dois irmãos que, apesar de viverem perto um do outro, se evitam há vinte e quatro anos. Em razão de um acontecimento inesperado, o professor Elias pedirá a ajuda de Fernando, taxista, para realizar o antigo sonho de seu falecido irmão mais velho. Lado a lado num táxi, eles terão que cruzar Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina com o objetivo de levar os ossos do jóquei C. Martins até a grande noite do turfe em Buenos Aires.
Altair Martins nasceu em Porto Alegre, em 1975. É bacharel em Letras, além de mestre e doutor pela UFRGS. Atualmente, é professor dos cursos de Escrita Criativa e Letras da PUCRS. Entre outros prêmios, ganhou o São Paulo de Literatura (2009), com o romance A parede no escuro, o Moacyr Scliar (2012), com os contos de Enquanto água, e duas vezes o Guimarães Rosa (1994 e 1999), organizado pela Radio France Internationale, com os contos Como se moesse ferro e Humano. Tem textos publicados em Portugal, Itália, França, EUA, Argentina, Uruguai e Espanha. Em 2018, estreou na dramaturgia com o livro Guerra de Urina, lançado pela ediPUCRS.
Os donos do inverno, de Altair Martins
Marrom e amarelo, de Paulo Scott
Apenas por nós choramos, de Anna Mariano
Como se mata uma ilha, de Priscila Pasko
Comigo no cinema, de Martha Medeiros
Histórias de (não) era uma vez, de Maria Luiza Puglia, ilustrações de Martina Schreiner
Rabiscos, de Luís Dill, desenhos de Fernando Vilela
Tudo tem a ver, de Arthur Nestrovski
Cem poemas de cem poetas: a mais querida antologia poética do Japão / por Andrei Cunha (tradutor)
Instituto de Cultura da PUCRS
Editora Figura de Linguagem
Escritor Rossyr Berny
Professora Regina Zilberman
Professor Voltaire Schilling
Professor Flávio Loureiro Chaves
Tudo tem a ver, de Arthur Nestrovski
A partir desta segunda-feira, começa a reforma do Salão de Atos visando revitalizar o espaço, adequando-o às necessidades de acessibilidade, conforto e qualidade acústica. Serão trocados o telhado, todos os revestimentos internos e piso. O local passará a ser acessível de acordo com as novas técnicas. Receberá novas cadeiras, que permitirão rearranjo para acomodar cadeirantes e seus acompanhantes, obesos e pessoas com mobilidade reduzida. A entrada do Salão de Atos será nivelada. A capacidade do espaço continuará a mesma, de 1,6 mil lugares.
A reforma, que está prevista para ocorrer até outubro, também incluirá troca do sistema de iluminação, permitindo efeitos e dimerização. O telhado poderá receber estruturas temporárias, conforme o evento. O forro terá passarelas, com espaços vazados para instalar, por exemplo, iluminação cênica.
Com a reforma do Salão de Atos, as formaturas de 2019/1 serão realizadas apenas no Centro de Eventos, com duas cerimônias às sextas-feiras e duas aos sábados. O estacionamento para colaboradores entre os prédios 3 e 4 estará interditado até outubro. A entrada e saída de carros será apenas pela cancela lateral, hoje usada para saída na Avenida Ipiranga.
Em cada canteiro de obra, um elevado volume de resíduos é gerado. E se esses detritos fossem reaproveitados, com a potencial reutilização em concretos ou argamassas? Esse é o conceito da pesquisa coordenada pelo professor da Faculdade de Engenharia da PUCRS, Jairo Andrade. A proposta do estudo visa minimizar o descarte inadequado desses produtos, além de tentar agregar valor aos mesmos. A pesquisa já foi publicada na revista científica internacional Construction and Building Materials.
Segundo o professor, devido à normalização técnica, tal material ainda não pode ser utilizado como elemento estrutural para a construção de prédios, mas sim em outras aplicações não estruturais, como: meios-fios, vergas e contra vergas e blocos para pavimentação. “Estamos verificando a potencialidade de uso em argamassas de revestimento, conhecido como reboco”, explica.
O estudo já está em testes na Universidade, sendo dissertação de mestrado defendida recentemente pelo engenheiro civil, Sérgio Roberto da Silva no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais (PGETEMA) da PUCRS. Apesar de várias de pesquisas sendo desenvolvidas em relação ao reaproveitamento dos resíduos de obra, o professor alerta que ainda há muito por se fazer. “Existem vários aspectos que têm que ser estudados antes de saber até que ponto o material pode ser efetivamente empregado, como o comportamento do mesmo ao longo do tempo e as suas possíveis interações ambientais, até porque se trata de um resíduo”, comenta.